Buscar

Civil III - Dos Atos Unilaterais de Vontade

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

Unifacisa
Professor(a): Ghislaine Alves Barbosa
Aluno(a): Tayná Guimarães Andrade
Disciplina: Direito Civil III Período: 4º - 2017.2
Dos Atos Unilaterais de Vontade
Introdução 
Os Atos Unilaterais de Vontade estão relacionados às obrigações resultantes da vontade de uma só pessoa, independentemente da certeza do credor. Portanto, os atos só podem ser criados pela Lei. As três principais fontes de obrigações são os contratos, os atos unilaterais e os atos ilícitos. São disciplinados pelo Código Civil como Atos Unilaterais de Vontade; A Promessa de Recompensa (arts. 854 à 860); A Gestão de Negócios (arts. 861 à 875); O Pagamento Indevido (arts. 876 à 883) e o Enriquecimento Sem Causa (884 à 886).
A Promessa de Recompensa - se refere a uma obrigação, e seu cumprimento deve ser feito de qualquer maneira, e a promessa é vista como ato unilateral, sendo assim, não depende de outra pessoa para satisfazer a condição. 
A sua característica da promessa acontece só quando ocorre a sua publicidade, e pode se dar de várias formas, por ex.: por jornais, rádio, televisão, internet, faixa, panfletos, portanto, qualquer meio é capaz de tornar público o que se busca.
Requisitos de validade - a publicidade, o apontamento do serviço ou da condição a ser preenchida e a indicação expressa de que haverá recompensa no caso de preenchimento das condições pre-estipuladas.
Anulação da promessa - o promitente pode anular a promessa, desde que use o mesmo meio que fez a publicidade, ficando ainda, proibido do promitente retirar a oferta se tiver determinado prazo para a realização da tarefa.
Revogabilidade da promessa - quando na promessa de recompensa não figura cláusula de irrevogabilidade, pode o promitente revogar, uma vez que se submeta ao art. 856 do CC que antes de prestado o serviço, ou preenchida a condição. Portanto, pode o promitente revogar a promessa, contanto que o faça com o mesmo meio de publicidade. 
 Sendo assim, a proposta será irrevogável quando o promitente assina o prazo para a execução da tarefa, pois nessa hipótese, imagina-se que renunciou ao arbítrio de tirar a oferta, enquanto aquele que não houver transcorrido. 
A Gestão de Negócios - a gestão de negócios não tem caráter contratual, mas é um ato unilateral, e se dá quando uma pessoa, sem autorização do interessado, intervém na administração de negócio alheio, fazendo segundo o interesse e a vontade de seu dono, como se fosse seu, ou seja, é uma administração oficiosa de interesses alheios.
Pressupostos:
 Negócio alheio: vai ter uma visão do interesse do terceiro em sentido amplo. E esse preceito ainda é aplicado quando o gestor trata do negócio como se fosse dele próprio, ou ate mesmo quando ele (gestor) pensa que é de uma pessoa, mas acaba sendo de alguém totalmente diferente da que ele pensou;
Ausência de autorização do dono do negócio: o dono do negócio não deve ter conhecimento do que está acontecendo, pois, caso ele tenha descoberto e tenha dado a autorização, está caracterizado como mandado tácito ou a locação de serviços;
Atuação do gestor no interesse e vontade presumida do dominus: o gestor procura fazer exatamente como o dono do negócio gostaria se tivesse presente. Se o negócio não é bem gerido, pode aquele correr o risco de não ter os seus atos ratificados.
Gestão contrária - se for contrariada a vontade manifestada pelo dono (expressa ou tácita), não haverá gestão, mas ato ilícito. Portanto, atrai para si os riscos do caso fortuito.
Prejuízos da gestão - se a gestão acabou sendo contrária da vontade do dono, poderá pedir que restitua a coisa ao estado anterior ou que pague a diferença.
Obrigações do gestor:
Dever de Informação - Art. 864. Tanto que se possa, comunicará o gestor ao dono do negócio a gestão que assumiu, aguardando-lhe a resposta, se da espera não resultar perigo;
Continuidade da Gestão: Art. 865. Enquanto o dono não providenciar, velará o gestor pelo negócio, até o levar a cabo, esperando, se aquele falecer durante a gestão, as instruções dos herdeiros, sem se descuidar, entretanto, das medidas que o caso reclame;
Ratificação da Gestão: Art. 873. A ratificação pura e simples do dono do negócio retroage ao dia do começo da gestão, e produz todos os efeitos do mandato;
Negócio Útil - Art. 869. Se o negócio for utilmente administrado, cumprirá ao dono as obrigações contraídas em seu nome, reembolsando ao gestor as despesas necessárias ou úteis que houver feito, com os juros legais, desde o desembolso, respondendo ainda pelos prejuízos que este houver sofrido por causa da gestão.
	 §1º. A utilidade, ou necessidade, da despresa, apreciar-se-á não pelo resultado obtido, mas segundo as circunstâncias da ocasião em que se fizerem.
 §2º. Vigora o disposto neste artigo, ainda quando o gestor, em erro quanto ao dono do negócio, der a outra pessoa as contas da gestão;
Limites da Indenização pelo Dono - Art. 870. Aplica-se a disposição do artigo antecedente, quando a gestão se proponha a acudir a prejuízos iminentes, ou redunde em proveito do dono do negócio ou da coisa; mas a indenização ao gestor não excederá, em importância, as vantagens btidas com a gestão;
Alimentos - Art. 871. Quando alguém, na ausência do indivíduo obrigado a alimentos, por ele os prestar a quem se devem, poder-lhes- á reaver do devedor a importância, ainda que este não ratifique o ato;
Funeral - Art. 872. Nas despesas do enterro, proporcionadas aos usos locais e à condição do falecido, feitas por terceiro, podem ser cobradas da pessoa que teria a obrigação de alimentar a que veio a falecer, ainda mesmo que esta não tenha deixado bens;
Liberalidade do Gestor - Art 872 Parágrafo único. Cessa o disposto neste artigo e no antecedente, em se provando que o gestor fez essas despesas com o simples intento de bem-fazer;
Diligência na Gestão - Art. 868. O gestor responde pelo caso fortuito quando fizer operações arriscadas, ainda que o dono costumasse fazê-las, ou quando preterir interesse deste em proveito de interesses seus.
Parágrafo único. Querendo o dono aproveitar-se da gestão, será obrigado a indenizar o gestor das despesas necessárias, que tiver feito, e dos prejuízos, que por motivo da gestão, houver sofrido;
Gestão contrária aos interesses do dono - Art. 874. Se o dono do negócio, ou da coisa, desaprovar a gestão, considerando-a contrária aos seus interesses, vigorará o disposto nos arts. 862 e 863, salvo o estabelecido nos arts. 869 e 870; 
Art. 862 prejuízos do caso fortuito e de força maior;
Art 863 restituir ao estado anterior;
 Gestão Compartilhada - Art. 875. Se os negócios alheios forem conexos ao do gestor, de tal arte que se não possam gerir separadamente, haver-se-á o gestor por sócio daquele cujos interesses agenciar de envolta com os seus.  
Parágrafo único. No caso deste artigo, aquele em cujo benefício interveio o gestor só é obrigado na razão das vantagens que lograr.
Do Pagamento Indevido - O pagamento indevido é fonte de uma obrigação, pois não se permite o pagamento que não tenha uma causa para o recebimento, e isso consiste em um enriquecimento sem causa. Aquele que recebeu, fica obrigado a restituir, e isso só será possivel com a repetição do indébido, com base no que o pagamento extingue a obrigação, porém, o pagamento indevido cria uma outra obrigação.
Há duas espécies de Pagamento Indevido:
Pagamento Objetivamente Indevido - no qual há uma prestação errada por parte daquele que vai pagar, que nem sempre é o devedor. Em resumo, o sujeito paga uma dívida que não existe ou um débito existe, mas que ja foi extinto;
Pagamento Subjetivamente Indevido - aqui a dívida é existente, porém, foi feita para alguém que se julgava como devedor e não era, sendo esta relação obrigacionalmente relativa a um terceiro, e não ao solven (aquele que vai realizar o pagamento). Com o fato ocorrido, terá o solven direito à repetição, uma vez que não existe obrigação para que seja efetuado o pagamento.
Requisitos: 
Enriquecimento patrimonial do accipiens à custade outrem - o aumento do patrimônio daquele que vai receber o pagamento indevido;
Empobrecimento do solvens - diminuição do patrimônio daquele que pagou indevidamente ao accipiens;
Relação de imediatidade - o enriquecimento daquele que recebeu o dinheiro deve estar diretamente ligado ao empobrecimento daquele que pagou indevidamente;
Ausência de culpa do empobrecido - o pagamento indevido decorre de erro ou de desconhecimento da realidade, por parte do solvens, que cumpre voluntariamente, pensando que ali tinha uma obrigação. O ônus da prova do erro compete ao solvens, como prevê o código civil;
Falta de causa jurídica justificativa do pagamento efetuado pelo solvens - isso acontece quando há inexistência de justificativa para a realização da prestação, e assim surge o direito do solvens de receber a restituição e o dever do accipiens de restituir;
Subsidiariedade da ação im rem verso - a ação de repetição somente deverá ser proposta quando não houver outro meio jurídico capaz de corrigir a situação de enriquecimento indevido.
*O prazo prescricional para pretensão de ressarcimento de enriquecimento sem causa é de 3 anos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro – 3. Teoria das Obrigações Contratuais e Extracontratuais. São Paulo: Saraiva, 27. Ed. 2011
LUZ, José Carlos Ferreira da. Atos Unilaterais de Vontade. 2014. Disponível em: <http://www.iesp.edu.br/newsite/assets/2012/11/23.pdf>. Acesso em: 01 nov. 2017.
THAIS. Enriquecimento sem causa e pagamento indevido - Maria Helena Diniz. 2012. Disponível em: <http://direitoresumidoo.blogspot.com.br/2012/05/enriquecimento-sem-causa-e-pagamento.html>. Acesso em: 04 nov. 2017.

Continue navegando