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Culpa Recíproca, Força Maior e Aposentadoria

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1 
 
 
 
 2 
AULA 3: CULPA RECÍPROCA E FORÇA MAIOR 3 
CONTEÚDO 3 
CULPA RECÍPROCA 3 
FORÇA MAIOR 4 
FACTUM PRINCIPIS 5 
APOSENTADORIA 5 
EXTINÇÃO DA EMPRESA 6 
ATIVIDADE PROPOSTA 9 
REFERÊNCIAS 11 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 11 
CHAVES DE RESPOSTA 16 
ATIVIDADE PROPOSTA 16 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 17 
 
 
 
 
 3 
Conteúdo 
Culpa Recíproca 
A culpa recíproca, conforme estabelece o artigo 484 da CLT, se configura 
quando ambas as partes dão ensejo à extinção do contrato de trabalho, pela 
prática de atos tipificados legalmente como de justa causa (art. 482 e 483, 
CLT). Ocorrendo, assim, uma forma de extinção tácita, pela falta gravíssima 
capaz de impossibilitar a continuidade do contrato. 
Em regra, a culpa recíproca é reconhecida judicialmente, uma vez que as 
partes se julgam sempre com razão. 
São requisitos da culpa recíproca: 
1) Duas faltas, uma do empregado outra do empregador, 
2) Nexo de causalidade entre as duas, 
3) Concomitância da culpa recíproca - ato e reflexo, 
4) Proporcionalidade entre as faltas praticadas. 
 Legislação: artigo 484, art. 18, parágrafo 2º, lei 8036/90 e súmula 
14, TST 
 Saldo de salário 
 Férias vencidas + 1/3 
 Direitos: 
 
 4 
 FGTS +20% 
 50% férias integrais+1/3 
 50% décimo terceiro 
 50% aviso prévio 
 
Força Maior 
O Art. 501 a 504 da CLT reduz pela metade as indenizações rescisórias. 
O conceito de força maior conjuga a inevitabilidade do evento conjugada com 
a ausência de culpa do empregador. Segundo a doutrina, a previsão relativa à 
força maior é a exceção da exceção, pois quem corre o risco da atividade 
empresarial é o empregador. 
Pois bem, em ocorrendo a hipótese de força maior, nós teremos uma 
modalidade de terminação do contrato cujos efeitos correspondem aos de 
uma dispensa atenuada, vale dizer, serão devidos todos os direitos, mas, no 
entanto, a indenização pelo tempo de serviço será calculada na base e 20% 
do valor depositado, e não 40%, ou seja, pela metade. 
 Extinção de estabelecimento x força maior: Se a força maior 
alcançar, somente, um dos estabelecimentos, tal fato não significará a 
impossibilidade de continuação do contrato pois, conforme previsto no 
art. 469, &2 da CLT, na hipótese de extinção de um único 
estabelecimento, permanecendo a atividade desenvolvida em outros, a 
empresa poderá transferir o empregado. O que o direito do trabalho 
busca, essencialmente, proteger é a continuidade da relação de 
emprego. 
Tratando-se do estável decenal (raro em face da revogação da 
estabilidade celetista desde 5.10.88) aplicam-se os arts. 477 e 478 CLT. 
 Com contrato prazo determinado: Metade da indenização prevista 
no art. 479 CLT. 
 
 5 
 
 Com contrato prazo indeterminado: Decai para 20% o percentual 
rescisório – art. 18, 2º da L. 8036/90. 
Factum Principis 
Considera a autoridade como responsável (municipal, estadual ou federal), 
pela paralisação temporária ou definitiva do trabalho – art. 486 , da CLT. 
 Súmula 44 do TST: Não há previsão legal para redução de outras 
verbas rescisórias, como salário, férias e outras, mas, apenas a 
indenizatória. Sendo esta a posição majoritária da doutrina, ou seja, 
apenas a indenização de 40% sobre os depósitos do FGTS, para os 
contratos indeterminados, (20% – art. 18, 2º da L. 8036/90), e se 
contrato determinado nos moldes do art. 479, CLT. 
Havendo comprovação de falsa alegação do motivo de força maior, são 
garantidas para os empregados estáveis a reintegração e a complementação 
da indenização já percebidas aos não estáveis, assegurando a ambos o 
pagamento da remuneração atrasada – arts. 486 e 504 CLT. 
Aposentadoria 
A aposentadoria por invalidez gera a suspensão do contrato de trabalho. 
(CLT, art. 475) Se o empregado recupera a capacidade para o trabalho, terá 
assegurado o direito à função que exercia na época da aposentadoria, 
facultado, no entanto, ao empregador, indenizá-lo, nos termos do 477 e 478, 
estável 497 (leia-se: pela rescisão do contrato, à época do retorno). 
 
Os efeitos da aposentadoria espontânea ou voluntária eram de extinção do 
contrato de trabalho, mas por força da ADIN 1.721-3 o STF considerou o §3º 
do art. 453 da CLT inconstitucional. Sob tal fundamento o TST editou a 
Súmula 361 , cancelando a Súmula 295( aposentadoria compulsória – art. 
14, da Lei 8036/90), e a OJ 177, SDI- 1. 
 
 
 6 
Em relação à aposentadoria por invalidez, o TST não considera o seu efeito 
como de extinção do contrato de trabalho, conforme a Súmula 160, e 
sim como de suspensão do mesmo. 
 
Todavia, a Súmula 217 do STF dispõe: após cinco anos a aposentadoria 
se tornaria definitiva. 
Pois, a antiga lei da previdência determinava que, após cinco anos, a 
aposentadoria por invalidez se converteria em definitiva. Gerava, por seu 
turno, a extinção do contrato de trabalho. Hoje, mesmo após cinco anos, 
permanece provisória, já que, a qualquer tempo, poderá ser reconsiderada, 
se o empregado recuperar a capacidade. 
 
Extinção da empresa 
Vale lembrar que o Direito do Trabalho cuida de proteger o direto adquirido e 
o contrato dos empregados em relação a qualquer alteração na estrutura 
jurídica da empresa e a mudança na propriedade da empresa não afetará os 
contratos de trabalho dos respectivos empregados. (artigos 10 e 448, CLT). 
Trata da solidariedade, nos casos de grupo econômico – art. 2º, § 2º, CLT. 
 
Aliás, seguindo o princípio protetor como corolário do princípio da 
continuidade da relação de emprego, dispõe o § 2°, do artigo 469, da CLT, 
que é permitida a transferência quando ocorrer extinção do estabelecimento 
em que trabalhar o empregado. 
 
Todavia, ocorrendo o encerramento das atividades do estabelecimento 
empresarial em sua totalidade, ou seja, não mais existindo filiais, deixa de 
existir o vínculo empregatício, pois não há mais a relação de emprego. 
Inclusive, esse efeito entende-se até mesmo ao empregado estável, já que 
impossibilita a sua continuação ou reintegração no emprego. 
 
 
 7 
Com isso, cessam de imediato as garantias provisórias de emprego da 
gestante, do integrante de CIPA, do dirigente sindical, do acidentado e 
demais garantias decorrentes de lei, convenção ou acordo coletivo de 
trabalho ou sentença normativa. 
 
Mas, o empregador não se exime de suas obrigações contratuais, pois 
a extinção regular ou irregular da empresa acarreta a rescisão do 
contrato, por isso o empregador é considerado o responsável pela verbas 
resilitórias. 
 
 Súmula 44 do TST - aviso prévio: Cessação da atividade. Clt, art. 
487. «a cessação da atividade da empresa, com o pagamento da 
indenização simples ou em dobro, não exclui, por si só, o direito do 
empregado ao aviso prévio.» súmula mantida pelo pleno do TST (res. 
121, de 28/10/2003). Res. 41, de 08/06/73 - do-gb de 14/06/73 - 
republ. No dju de 02/08/73. 
 
Direito do empregado na rescisão: por ocasião da extinção da empresa, são 
devidas as verbas rescisórias correspondentes a uma dispensa sem justa 
causa, levando em consideração o tempo de trabalho do empregado, tais 
como: 
 
a) Aviso prévio; 
b) Saldo de salários; 
c) Férias vencidas acrescidas de 1/3 constitucional - (se for o caso); 
d) Férias proporcionais acrescidas de 1/3 constitucional; 
e) 13º salário vencido - (se for o caso); 
f) 13º salário proporcional; 
g) Multa do FGTS (40%); 
h) Entrega das guias do FGTS; 
i) Entrega do formulário do Seguro-desemprego. 
 
 
 8 
Atenção: Em relação ao direito à indenização relativa ao período de 
estabilidade,dos empregados estáveis inexiste uma legislação ou um 
posicionando doutrinário majoritário a respeito dos empregados em gozo de 
estabilidade provisória, cabendo o Judiciário Trabalhista determinar se é 
devido ou não o pagamento das verbas referentes. 
 
Conforme a Súmula n° 173 do TST (Tribunal Superior do Trabalho), o 
entendimento jurisprudencial majoritário é no sentido de ser devido o 
pagamento dos salários somente até a data em que se verificar a extinção do 
estabelecimento, não sendo, portanto, devida a indenização do período que 
faltar para o término da estabilidade, 
 
 Súmula n° 173 do TST “Extinto, automaticamente, o vínculo 
empregatício com a cessação das atividades da empresa, os salários só 
são devidos até a data da extinção”. 
 
Atenção: No caso da extinção da empresa e não havendo como realizar a 
transferência dos empregados, a rescisão contratual não causará nem um 
prejuízo ou mesmo modificará o recebimento do benefício previdenciário do 
segurado, o qual será mantido até a recuperação de sua capacidade para o 
trabalho, de acordo com avaliação da perícia médica da Previdência Social. 
As súmulas do TST nºs 339 e 369 estabelecem que não há estabilidade ao 
cipeiro e ao dirigente sindical quando do encerramento da atividade 
empresarial. 
 
 Morte do empregador: Não gera a extinção do contrato de trabalho, 
pois a relação de emprego não goza do atributo da pessoalidade com 
relação ao empregador. A única exceção admitida pela lei será o caso 
de morte do empregador, empresa individual, cabendo a terminação 
por justo motivo, dispensado o empregado do aviso prévio, mas é ele 
quem pede demissão. Na morte do empregador pessoa física, o 
 
 9 
contrato se tornou impossível, sem culpa do empregado, dispensa 
imotivada, salvo aviso prévio pela impossibilidade de sua execução. 
 
 Morte do empregado – igual ao pedido de demissão, salvo 
quanto ao aviso prévio pela impossibilidade de execução. 
 
Atividade proposta 
Caso 1: Marcilio foi admitido para trabalhar na Indústria químico-
farmacêutica e em 15/03/2013, ele e vários colegas foram comunicados do 
término do contrato de trabalho e nada receberam. Inconformados 
ingressaram com ação trabalhista, e a empresa reclamada alegou que não 
teve como pagar as verbas trabalhistas aos seus empregados em razão das 
dificuldades financeiras pelas quais vem passando, desde que a União e o 
INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) decidiram conceder a 
patente do principal medicamento produzido pela empresa a uma 
multinacional francesa. A ré relatou ainda que o produto em questão 
representava 85% de seu faturamento. Foram juntados vários documentos 
comprobatórios de suas alegações. Argumentou que havia ocorrido factum 
principis e objetivou fosse esta a hipótese configurada para a extinção do 
contrato de trabalho. Analise a legislação em vigor e esclareça se considera a 
ocorrência de factum principis e qual a consequência para o pagamento das 
verbas trabalhistas. 
 
Caso 2- Em dezembro de 2013 o Estado do Espírito Santo foi vitimado por 
fortes chuvas. Leia a matéria, publicada pela Agência Brasil, disponível na 
Biblioteca Virtual e responda: 
Analisando a situação concreta apresentada e sabendo-se que várias 
empresas encerraram suas atividades, tendo em vista os estragos causados 
pelas enchentes ocorridas, esclareça qual seria segundo a lei trabalhista a 
causa da extinção dos contratos de trabalho Quais seriam as verbas devidas? 
 
 
 10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Material complementar 
 
Agravo de instrumento. 
Recurso de revista. Dirigente de CIPA Estabilidade provisória. 
Extinção do estabelecimento. Súmula 339 II-TST Matéria fática. 
Súmula 126/TST. Decisão denegatória. Manutenção. O art. 10, II, 
"a", do adct da constituição federal confere estabilidade provisória 
ao dirigente eleito da CIPA, protegendo-o da "dispensa arbitrária ou 
sem justa causa". Todavia, a norma jurídica não proibiu a dispensa 
 
 11 
do membro da CIPA quando fundada em motivo disciplinar, técnico, 
econômico ou financeiro (art. 165 da CLT). Com efeito, a proteção 
ao empregado detentor de estabilidade provisória se justifica 
enquanto funciona o estabelecimento para o qual foi formada a 
CIPA, visando ao cumprimento das normas relativas à segurança dos 
trabalhadores da empresa. Assim, a extinção da unidade para a qual 
o empregado foi eleito como membro suplente da CIPA inviabiliza a 
sua ação fiscalizadora e educativa, sendo motivo hábil para 
fundamentar a dispensa desse representante. Inteligência da Súmula 
339, II, do TST. Sendo assim, não há como assegurar o 
processamento do recurso de revista quando o agravo de 
instrumento interposto não desconstitui os fundamentos da decisão 
denegatória, que subsiste por seus próprios fundamentos. Agravo de 
instrumento desprovido. (AIRR - 686-87.2010.5.03.0048, Relator 
Ministro: Mauricio Godinho Delgado, Data de Julgamento: 
20/03/2013, 3ª Turma, Data de Publicação: 26/03/2013). 
 
 
 
 
 
Referências 
CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. 8. ed. Niterói: Impetus, 2013. 
 
DELGADO GODINHO, Maurício. Curso de Direito do Trabalho. 2013. 
 
OLIVEIRA, Aristeu de. Manual de Prática Trabalhista. 47. ed. Atlas, 2012. 
 
Exercícios de Fixação 
Questão 1 
 
 12 
Considerando as previsões da CLT sobre rescisão do contrato de trabalho, é 
INCORRETO afirmar: 
 
a) No caso de morte do empregador constituído em empresa individual, é 
facultado ao empregado rescindir o contrato de trabalho. 
b) No caso de paralisação temporária ou definitiva do trabalho, motivada 
por ato de autoridade municipal, estadual ou federal, ou pela 
promulgação de lei ou resolução que impossibilite a continuação da 
atividade, prevalecerá o pagamento da indenização, que ficará a cargo 
do governo responsável. 
c) Havendo culpa recíproca no ato que determinou a rescisão do contrato 
de trabalho, não há que se falar em recebimento de indenização. 
d) Nos contratos que tenham termo estipulado, o empregador que, sem 
justa causa, despedir o empregado, será obrigado a pagar-lhe, a título 
de indenização, e por metade, a remuneração a que teria direito até o 
término do contrato. 
e) Aos contratos por prazo determinado que contiverem cláusula 
assecuratória do direito recíproco de rescisão antes de expirado o 
termo ajustado, aplicam-se, caso seja exercido tal direito por qualquer 
das partes, os princípios que regem a rescisão dos contratos por prazo 
indeterminado. 
 
Questão 2 
A existência da empresa é pressuposto para que o salário seja devido. 
Ocorrendo o fechamento do estabelecimento, desaparece o direito do 
empregado às vantagens decorrentes da estabilidade provisória, porquanto a 
dispensa, nesta hipótese, não encontra obstáculo legal, porque não revela 
impedimento ou fraude, por parte do empregador, e reveste-se de motivo 
econômico. Tal, contudo, não ocorre quando a demissão ocorreu em virtude 
do encerramento da atividade apenas de filial da empresa demandada, 
hipótese em que a atividade da empresa não foi encerrada, mas apenas foi 
fechado um de seus estabelecimentos. 
 
 13 
Com base no julgado acima marque a resposta incorreta e fundamente. 
 
a) Ocorrendo o fechamento do estabelecimento, desaparece o direito do 
empregado às vantagens decorrentes da estabilidade provisória. 
b) Quando a demissão ocorre em virtude do encerramento da atividade 
apenas de filial da empresa, o empregado deve ser transferido. 
c) No caso de morte do empregador constituído emempresa individual, é 
facultado ao empregado rescindir o contrato de trabalho. 
d) Extinto, automaticamente, o vínculo empregatício com a cessação das 
atividades da empresa, os salários são só devidos após a data da 
extinção. 
e) A cessação da atividade da empresa, com o pagamento da indenização 
simples ou em dobro, não exclui, por si só, o direito do empregado ao 
aviso prévio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 3 
TRT-RN /FCC/ 21ª REGIÃO /Analista - Execução de Mandados/ 2003. O 
factum principis ocorre quando há: 
 
a) Falência da empresa. 
b) Extinção da empresa. 
c) Extinção da empresa por motivo de força maior. 
d) Paralisação temporária do trabalho por motivo de força maior. 
e) Paralisação temporária ou definitiva do trabalho por intervenção 
doestado. 
 
 14 
 
Questão 4 
I. Paulo Alegria manteve vínculo empregatício com Clara das Neves, 
empresária individual que explorava o ramo de produção e vendas de 
brindes, durante o período de cinco meses e quinze dias quando houve 
extinção da empresa individual, em razão da morte da titular. Sobre a 
situação proposta, considere as assertivas abaixo em vista da doutrina 
majoritária e responda. 
II. Extinto o contrato de trabalho, em razão da morte do empregador e 
consequente cessação das atividades da empresa, o empregado tem 
direito ao saldo salarial dos dias trabalhados no mês da rescisão, 
indenização do aviso prévio, 07/12 avos de 13º salário proporcional, 
07/12 avos de férias proporcionais com 1/3, saque dos depósitos do 
FGTS com a indenização rescisória de 40%. 
III. Extinto o contrato de trabalho, em razão da morte do empregador e 
consequente cessação das atividades da empresa, o empregado não 
tem direito à indenização do aviso prévio, mas faz jus ao saldo salarial 
dos dias trabalhados no mês da rescisão, 05/12 avos de 13º salário 
proporcional, 05/12 avos de férias proporcionais com 1/3 e saque dos 
depósitos do FGTS sem a indenização rescisória de 40%. 
IV. Extinto o contrato de trabalho, em razão da morte do empregador e 
consequente cessação das atividades da empresa, o empregado tem 
direito ao saldo salarial dos dias trabalhados no mês da rescisão, 06/12 
avos de 13º salário proporcional; 06/12 avos de férias proporcionais 
com 1/3 e ao saque dos depósitos do FGTS, sem a indenização 
rescisória de 40%. 
V. A morte do empregador, pessoa física ou empresário individual, nem 
sempre provoca o fim do empreendimento econômico, pois este pode 
ser mantido em funcionamento pelos respectivos herdeiros. Nesta 
hipótese, o trabalhador tem a faculdade legal de rescindir o contrato 
de trabalho, tendo direito ao recebimento das seguintes verbas: 06/12 
avos de 13º salário proporcional, 06/12 avos de férias proporcionais 
 
 15 
com 1/3 e ao saque dos depósitos do FGTS sem a indenização 
rescisória de 40%. 
 
a) As assertivas I e IV são corretas. 
b) As assertivas I e II são corretas. 
c) Apenas a assertiva III é correta. 
d) Nenhuma assertiva é correta. 
e) As assertivas II e IV são corretas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 5 
Marialva da Silva manteve vínculo de emprego com Dorvalino das Dores, 
empresário individual, dedicado ao comércio de cosméticos, durante dois 
meses e quatorze dias. Pediu demissão, mas como não conseguiu outra 
colocação trinta dias depois da saída, resolveu retornar ao antigo emprego, 
sendo readmitida. Trabalhou então durante sete meses e quinze dias, quando 
houve extinção da empresa, em razão da morte do titular. À luz das 
disposições legais que regulam a matéria, considere as assertivas abaixo: 
 
 
 16 
I. A morte do empregador, que seja pessoa física ou empresário 
individual, nem sempre provoca o fim do empreendimento econômico, 
pois este pode ser mantido em funcionamento pelos respectivos 
herdeiros. 
II. Extinto o contrato de trabalho, em razão da morte do empregador e 
consequente cessação das atividades da empresa, a empregada tem 
direito, dentre outros, à indenização do aviso prévio, 13º salário 
proporcional, férias proporcionais à razão de 11/12 e respectivo terço 
constitucional. 
Extinto o contrato de trabalho, em razão da morte do empregador e 
consequente cessação das atividades da empresa, a empregada tem 
direito, dentre outros, a 13º salário proporcional, a férias proporcionais 
à razão de 8/12 e respectivo terço constitucional. 
III. Extinto o contrato de trabalho, em razão da morte do empregador e 
consequente cessação das atividades da empresa, a empregada não 
tem direito à indenização do aviso prévio. Tem direito, contudo, a 13º 
salário proporcional e a férias proporcionais. 
Quais das opções acima são corretas? 
a) I e IV 
b) I e II 
c) I e III 
d) Nenhuma 
e) III e IV 
Atividade Proposta 
Caso 1: O aluno deverá argumentar que parágrafo 1º do artigo 486 da CLT 
determina que, havendo alegação do factum principis por parte do 
empregador, o Tribunal do Trabalho deverá notificar a pessoa de direito 
público apontada como responsável pela paralisação, para que, no prazo de 
 
 17 
30 dias, exponha os seus argumentos, passando a integrar o processo. Isso é 
necessário, tendo em vista que a indenização será paga pela autoridade 
governamental. No caso concreto, há fortes indícios da ocorrência desta 
terminação que caracteriza-se pelo ato unilateral da autoridade pública - 
municipal, estadual ou federal - capaz de alterar relações jurídicas privadas já 
constituídas, atendendo ao interesse público. Especificamente no âmbito 
trabalhista, esse ato, administrativo ou legislativo, impossibilita a continuidade 
da atividade da empresa, em caráter temporário ou definitivo. O artigo 486 
da CLT prevê que, nessa situação, o empregado terá direito a receber 
indenização pelo fim do contrato, mas quem arcará com o valor será a 
autoridade responsável. O fato do príncipe é uma espécie de força maior, na 
forma disposta no artigo 501 da CLT. Ou seja, trata-se de acontecimento 
inevitável, para o qual o empregador não concorreu. 
 
Caso 2: O aluno deverá abordar a hipótese de força maior prevista no artigo 
501 e seguintes da CLT. 
 
Exercícios de Fixação 
Questão 1 - C 
Justificativa: artigo 484, CLT C/C Súmula 14, TST 
Questão 2 - D 
Súmula 173 TST. 
 
Questão 3 - E 
Art. 486 da CLT. 
 
Questão 4 - A 
 
Questão 5 - B 
 
 
 
 18 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atualizado em: 27 jun. 2014

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