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INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como objetivo formular uma analise e uma intervenção Psicopedagogia clínica de um aluno cujo pseudônimo D.O.S, de 7 anos de idade que cursa 1 anodo ensino fundamental e que vem apresentado dificuldades em seu processo de construção do conhecimento. Enquanto futura psicopedagoga vejo a importância deste trabalho se justifica pelo necessário aperfeiçoamento do conhecimento adquirido através do estudode campo.
Sabemos que a educação para a cidadania é uma tentativa de fazer com que haja maior conscientização da sociedade a fim de que ela assuma as responsabilidades sociais e políticas que ele cabe. Portanto, como se preocupa com o problema de aprendizagem, deve ocupar- se inicialmente do processo de aprendizagem, estudando assim as características de aprendizagem humana.
2. Objetivo Geral
	Investigar de forma minuciosa os fatores que dificultam a aprendizagem da leitura e da escrita, além da falta deinteração entre os alunos estudados, desenvolvendo um trabalho voltado para atividades psicopedagógicas
2.1 Objetivo Específico
	Entrevistar o coordenador e o professor dos alunos estudados;
	Levar a família a compreender o quanto se faz necessário dialogar, usando da sinceridade para se obter um grande entendimento;
	Aproximar o sujeito da escola e da família, colaborando assim para uma maior compreensão e desenvolvimento do aluno;
	Aplicar anamnese com pais ou responsáveis;
	Aplicar testes projetivos deleitura e raciocínio lógico;
	Elaborar e encaminhar a devolutiva da queixa para a direção da instituição para que haja possíveis encaminhamentos;
	Detectar o nível de capacidade da criança;
	Compreender e interpretar o processo do diagnóstico clínico e psicopedagógico, considerado suas relações com o aluno e a instituição.
3. DESENVOLVIMENTO
3.1 Identificações da instituição.
O estagio clínico institucional foi realizado na Escola Municipal Aurélio Buarque de Holanda (EMABH), localizada na Rua Rafael Tobias, 40, Lindéia - Belo horizonte / Minas Gerais.
Optei por cumprir a carga horária de estágio exigida pelo curso nessa instituição onde há ocorrências em vários casos a serem avaliados.
Essa instituição de caráter Municipal atende atualmente uma media de 1.150 alunos. A escola foi fundada em março de 1991.
A instituição, que funciona em três turnos (diurno, vespertino e noturno), conta hoje com alguns projetos dentro da escola dentre eles podemos citar: Programa Escola Integrada, Escola Aberta, etc.
A instituição atende crianças de periferia e bairros próximos à escola. A clientela da escola, quase na sua totalidade, é composta por alunos provenientes de famílias de baixa renda, muitas delas em situações de vulnerabilidade social, são filhos de trabalhadores, domésticas, pedreiros, diaristas, garis, trabalhadores sem qualificação profissional, etc. Uma grande parcela das crianças também participam de programas sociais Federais, como Bolsa Escola, Bolsa Família, Segurança Alimentar, etc.
A escola atende ainda alunos Portadores de Necessidades Especiais que estão inclusos nas diferentes turmas do ensino fundamental.
Quanto à estrutura física a instituição possui 19 salas de aula, sala de direção, sala de coordenação, laboratório de informática, dispensa, cozinha, 2 banheiros para atender os alunos e dois para os professores e administradores, pátio, 2 quadras esportivas, áreas livres e biblioteca.
4.O CASO A SER ANALISADO PELA PSICOPEDAGOGA
Para esclarecer o desenvolvimento da pesquisa será feita umadescrição detalhada do desenvolvimento do caso clínico a partir da implantação do projeto psicopedagógico proposto. Essa descrição será fundamentada pela análise da observação participante (exposta no diário de campo). Portanto, a análise é a interpretação dos dados acontecerão a partir da leitura concomitante dos dados gerados pelos instrumentos de coleta.
A criança foi encaminhada para a psicóloga através da escola, pois foi observado que o aluno estava se isolando e regredindo seu aprendizado. O primeiro passo foi fazer uma triagem inicialmente formado pelos pais da criança e uma equipe interdisciplinar da escola (Professores,Coordenadores) para o estudo do caso. Está com a saúde física preservada, foi solicitado um encaminhamento ao neuro pediatra parauma avaliação neurológica e exame laboratoriais recentes.
Após a observação da equipe D.O.S. Foi encaminhado para a avaliação psicopedagógica para a tentativa de resolução do problema, onde será feita uma análise através do discurso (implícito eexplícito), com visitas a fazer intermediação do discurso da escola e o espaço no qual surge a demanda. De acordo com o que relato que for apresentado pelos responsáveis, se dará inicio ao ponto de partida para o caso ser trabalhado.
A equipeinterdisciplinar iniciará o tratamento da criança pedindo um novo exame, já que os últimos foram realizados há 3 anos atrás, e não apresentaram nenhum histórico de doença que fosse relevante. Foi solicitado que os mesmos preenchessem um questionário, até que os relatórios ficassem prontos.
Devolvido o questionário foram obtidas as seguintes informações:
	D.O.S tem 07 anos, nasceu de parto normal e está cursando o 1°ano do ensino fundamental, no período da tarde. Está repetindo o ano escolar pela 1ª vez, tendo repetido no total uma vez .
	Sua família é composta pela avó materna (68 anos, pensionista, não trabalha fora), mãe (28 anos, recepcionista de hotel), pai (32 anos, pedreiro) e uma irmã de 2 anos;
	Seus pais trabalham fora o dia todo. D.O S. e sua irmã ficam com aavó, que apesar da saúde debilitada cuida da casa, dele e de sua irmã.
4.1 Apresentação do Caso
D.O S. - 07 anos – Estudante
Pai – 32 anos – Pedreiro
Mãe – 28 anos – Recepcionista
Avó materna – 68 anos pensionista
4.2Resumo Da Queixa Principal
D.O S. - 07 anos – encaminhado pela escola, cursa o 1°ano do ensino fundamental. A mãe queixa-se da escola. Nasceu de parto normal, desenvolvimento normal. Segundo o relato da Direção da Escola, a hipótese de diagnóstico é isolamento, regressão na aprendizagem e tem “raciocínio lento” (sic).
O pai e a mãe compareceram à primeira entrevista e demonstraram muita preocupação com D.O.S, porque a criança “não consegue aprender” (sic).
Relato descritivo Anamnese
Filiação
Pai: J.M.S.
Idade: 32 anos
Profissão: Pedreiro
Escolaridade: 9° ano do ensino fundamental.
Mãe: R.M.S.
Idade: 28 anos
Profissão: Recepcionista
Escolaridade: Ensino Médio Completo .
Avó: M.J.C.S
Idade: 69 anos
Profissão :Aposentada
Escolaridade: 3° ano Ensino Fundamental
5. ANAMNESE
A anamnesia e o ponto positivo do diagnóstico psicopedagógico. É através dela que conhecemos importantes informações sobre o paciente dentro de sua dinâmica familiar ,contemplando toda sua história de vida .A entrevista deve ser bem conduzida e registrada para que possa cumprir com seu objetivo :servir com base para as hipóteses geradas e para confirmação do diagnostico .
Visando aprofundar o conhecimento para um melhor diagnóstico sobre D.O.S, a família foi chamada para uma entrevista. Pôde-se identificar no discurso dos pais, um lugar e negação constituído para D.O.S., que acaba se reproduzindo na escola. A fala de preocupação dos pais é assim apresentada: “D.O.S. não consegue aprender”. Pode-se assim verificar, que há uma responsabilidade imposta à D.O.S. por não aprender. Não há nenhum questionamento do espaço escolar, pois, D.O.S. É o sujeito da ação de não aprender. Tanto é que os pais relatam a vergonha pelo ano de repetência do filho. D.O S. é responsabilizado pelo que não consegue, mas foinegado a ele o lugar de sujeito desde a sua concepção, pois a gravidez “foi um descuido”, segundo a mãe. E todas as ações da mãe negam D.O.S. (não fez pré-natal, não amamentou). Entretanto, ele nasceu e foi se constituindo como sujeito e aí passou a ser nodiscurso, principalmente da mãe, sujeito de ações consideradas negativas, tal como “não aprender”.
5.1Entrevista com a mãe
A mãe relatou que M.S. nasceu de parto normal e é o primeiro filho o mesmo possui uma irmã menor de 2 anos. A gravidez não foidesejada – “Foi um descuido” (sic), segundo a mãe:“A gravidez foi um descuido, não fiz pré-natal, só fui ao hospital para ele nascer”(sic). Relata ainda não ter feito o pré-natal, só indo ao hospital para ter o bebê. D.O.S. Não foi amamentado, pois a mãediz que não teve leite, os primeiros cuidados ficaram a cargo da avó materna. O desenvolvimento foinormal. Aos dois anos foi para a creche ficando até os cinco anos, a tarde quando voltava para a casa era cuidado pela avó materna. O maior contato com ospais era somente nos fim de semana, pois eles trabalhavam até tarde e às vezes quando chegavam em casa e D.O.S. já estava dormindo. A mãe informa que D.O.S. era muito quieto, mas isso não era motivo de preocupação. A mãe afirma que D.O.S. fazia ela e o marido “passarem muita vergonha pelos anos de repetência” (sic). Decidiram, então, trocá-lo de escola ambas públicas municipais. D.O.S. identifica-se com o lugar constituído para ele:“Minha mãe me mudou de escola, porque sou muito burro e não consigo aprender direito”(sic).
5.2 Entrevista com o pai
O pai foi chamado, para a conversa e logo chegou dizendo: “deve ser rápido, pois não tenho muito tempo” (sic). Perguntando para ele sobre o filho, deu-se a entender que a única preocupação que tinha com D.O.S.era com repetência do filho na escola. O pai afirma não ter notado nada de diferente, e esta ciente da dificuldade de D.O.S na escola (sic). Quando foi perguntado sobre o convívio de D.O.S em casa, ele disse “é normal e uma criança quieta, não me da muitotrabalho e gosta de brincar no quarto sozinho”(sic) .
5.3 Entrevista com a avó
Em entrevista, a avó declarou que cuida de D.O.S. desde seu nascimento e manifestou preocupação com o neto. Ela afirma que D.O.S. sofreu uma mudança muito grande depois da morte do avô ao qual era muito apegado: “Ele ficou assim depois da morte do avô, era muito apegado a ele acho que ele não superou. O avô brincava com ele, conversava o avô era a vida dele” (sic). Vemos que na opinião da avó a perda do avô pode ser a grande causa do isolamento de D.O.S. Ela disse também que há um distanciamento entre D.O.S. e os pais, e que os mesmos “não dão a atenção devida ao filho e há sim algo de estranho acontecendo com ele.” (sic).
5.4 Entrevista com D.O S.
Foi agendada uma entrevista de anamnese com a criança. A mãe o trouxe e queria permanecer na sala, foi explicado que a entrevista era com o menor. Novamente a mãe foi muito insistente em não deixar o filho a sós com a entrevistadora. Foi dada a explicação que D.O S. só iria conversar e que o trabalho era dessa forma: primeiro ouvindo os pais, depois ouvindo a criança; a mãe relutou muito, mas aceitou.
D.O S. entrou na sala. Apresentava um estado de apreensão, estava com as extremidades geladas, muito limpo, arrumado e trazia um urso de pelúcia. Iniciou-se a conversa sobre ele, a princípio foi muito difícil estabelecer um contato, pois a toda hora a mãe batia na porta, a cada batida, D.O S. ficava desconsertado.
Foram realizadas dobraduras para ele colorisse. No início não queria colorir, foi pedido que tentasse. Aos poucos foi colorindo, atendendo ao pedido para que desenhasse. A princípio ele não queria desenhar, então comecei então a desenhar figuras para que ele completasse e assim foi feito, até que D.O S. começou a desenhar sozinho. A primeira sessão foi de 1 hora e 30 minutos. Ele perguntou se poderia voltar, a resposta foi afirmativa. A mãe foi avisada que D.O S. viria às consultas algumas vezes . A mãe disse que não poderia trazê-lo, por perguntado a ela se não havia outra pessoa para fazê-lo, após muita insistência ela disse que pediria a avó para trazê-lo. A mãe ainda tentou colocar alguns obstáculos, mas aquele menino isolado, quieto e apreensivo no início da sessão já apresentava outro tônus vital afirmando seu lugar. Duas semanas D.O S. já apresenta uma mudança.
Na primeira sessão, ao mesmo tempo em que realiza ações para construir vínculo com D.O S., também age no sentido de que o mesmo vá se constituindo como sujeito de ações consideradas positivas (pintar, desenhar, colorir, brincar). A mãe resistiu, pois o lugar de ações negativas ”precisa” se mantido para D.O S..
6. AVALIAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA
A avaliação começou somente na terceira sessão, pois queria observar mais, e construir um vínculo com D.O S., pois ele havia dito na primeira sessão, que estava sempre com o ursinho de pelúcia porque ele era seu único amigo. Tal relato aconteceu porque ele não trouxe seu ursinho de pelúcia, perguntado sobre ele D.OS. disse que não precisava mais dele, pois já tinha uma amiga. Assim, a avaliação psicopedagógica podia ser feita, pois o vínculo estava elaborado. Na avaliação foi constatado alto grau de ansiedade, isolamento, medo de errar e não corresponder às expectativas, sentimentos de incompetência, rejeição, solidão, sentimentos de menos valia e uma expressão de revolta contra os pais (por meio de desenhos).
		Intervenção Psicopedagógica
A caixa individual com diversos materiais e outras coisas pessoais de D.O S. que ela coloca na caixa. Esta caixa tem como objetivo lúdicoque desperta estruturas cognitivas (atenção, memórias, concentração, criatividade, entre outros aspectos). O trabalho começa através de jogos e vão se desenvolvendo outros jogos que de certa forma atuam como facilitadores da aprendizagem. Como D.O S. tem muita dificuldade na escrita e na leitura, começamos com o dominó de letras e palavras jogos que incluíam a construção de palavras e frases.
A intervenção, no caso de D.O S. foi feita por uma professora da escola .Foi proposta a ela a realizar essa avaliação e a mesma concordou em aplicar. Com esse mecanismo tivemos uma eficacia na intervenção ,pois ela obtinha de um carisma e atenção facilitando assim na análise do aluno. 
Após á intervenção tivemos outros contatos ,nos quais o paciente já estava a vontade após algumas semanas de atendimento,D.O.S. já estava demostrando uma melhora na leitura, apresentando autoconfiança e interesse.
O interesse pela leitura era o ponto crucial, pois o ler significava o não falar, o não se expressar durante a trajetóriada vida de D.O.S., sempre foi negado à fala, o discurso e a leitura da voz a D.O.S. expressar-se e se constituir como sujeito dentro dessa família e da sociedade.
Na metade dos trabalhos durante uma sessão D.O.S., resolveu doar seu o urso de pelúcia paraalguém que se sentisse sozinho como “ele esteve um dia” (sic). Isso significa o lugar de sujeito se constituindo a partir de uma autoafirmação de D.O.S.. O trabalho continua, pois muita coisa precisa ser feita ainda, como dar suporte nas condições emocionais, na autoestima, no, perder e ganhar, reelaborando este aparelho psíquico para que D.O.S. consiga enfrentar a vida com mais confiança e segurança.
6.2 Devolutiva pais e ao aluno
O embasamento para a realização dessa devolutiva foi à observação e asanotações realizadas durante o período destinado as sessões de atendimento psicopedagógico, conclui que D.O.S e uma criança bastante feliz ,porém desmotivada ,ele esta compatível com o nível de desenvolvimento para sua faixa etária pré operatória (7 anos).Em relação a leitura e a escrita encontra se no nível pré silábico escrita diferenciada ,durante as atividades realizadas,ele fez registros diferentes entre palavras modificando a quantidade e a posição e fazendo variação nos caracteres, pode conhecer ounão os sons de algumas letras ou de todos elas.
Para a reconstrução de suas hipóteses quanto escrita e leitura, recomendo a exploração dos conhecimentos já atingidos por D.O.S. com elogios, parabéns por suas realizações e incentivo para tentar fazer de formas diferentes. O emprego do lúdico nessa etapa da vida e de grande utilidade, pois as crianças nessa faixa etária fazem associações, entre o imaginário e o real, então jogo de adivinhações, alfabeto móvel,recorte musica dramatizações, fantoches, entre outras atividades, farão com que se divertindo ele possa aprender e que tal aprendizagem seja de fato significativa, porque dessa maneira ele próprio construa o seu conhecimento.
6.3 Devolutiva a instituição
Com o objetivo de apresentar os resultados daavaliação Psicopedagogia realizadas durante o período destinado as sessões de atendimento para com D.O.S. foi observação e anotação, durante os atendimentos, para melhor entender, sobre o relacionamento de questões de cunho afetivo, social e intelectual,verifiquei no transcorrer da analise que D.O.S e uma criança bastante feliz,e desconfiada ,possuí uma admiração pela sua família, pois em todas as atividades proposta, sempre se referiu a família e os animais com muito carinho e apreço,mesmo que sua família não dar a devida atenção. D.O.S..
Ele e saudável, esta de acordo com o desenvolvimento para sua faixa etária, onde as crianças utilizam o imaginário, ou seja, o lúdico para o desenvolvimento.
Assim como a aprendizagem, o corpo também esta em desenvolvimento e precisa de atividades, ate como meio de canalizar a energia típica da idade, sugiropara as atividades escolares um reforço pedagógico jogos de adivinhações, alfabeto móvel, recortes, musica, dramatizações, fantoches, atividades repetitivas (copia ditado, escrever no quadro). Mas um espaço onde o lúdico predomine e que de forma diferenciada ele possa realizar atividades que venham a desenvolver os seus conhecimentos e fazer como ele possa adquirir outras, participando efetivamente dessa construção.
Para o desenvolvimento físico, bem como disciplina e canalização de energia, sugiro o trabalho multidisciplinar na realização das atividades, tendo em vista que as atividades requerem um nível elevado, atividades físicas, futebol ,música, a fim de melhorara concentração, tranquilidade disciplina para sua eficaz realização. Dentro da própria instituição pode encontrar projetos esportivos e recreativos.
7. PARECER PSICOPEDAGÓGICO
D.O.S é uma criança de sete anos de idade que frequenta o primeiro ano doEnsino Fundamental de uma escola da rede pública Municipal e que vem enfrentando dificuldades em seu processo de ensino-aprendizagem.
Do ponto de vista intelectual apresenta uma estrutura cognitiva correspondente ao nível de transição do pensamento operatório concreto para o operatório formal, o que está adequado para sua idade, sete anos, pois nesta idade é comum que haja prevalência do estágio de inteligência formal com maior utilização do raciocínio hipotético dedutivo.
Do ponto de vista afetivo demonstra condições inadequadas de relacionamento: apresenta uma submissão excessiva a figuras de autoridades bem como uma ligação de dependência com a mãe (relação simbiótica). Reage sempre com timidez a presença de outras pessoas. Demonstram grande necessidadede aceitação/aprovação buscando sempre corresponder as expectativas. Tal comportamento provoca em D.O.S um alto grau de ansiedade frente às exigências as quais é submetida. Os sintomas de ansiedade que apresenta , atrapalham o seu raciocínio. Observou-seum vínculo negativo com o processo de aprendizagem, o que interfere no seu desempenho escolar. Finalizando, as dificuldades de aprendizagem de D.O.S.são decorrentes da falta de atenção e concentração para as atividades a serem desenvolvidas.
		
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Sentindo na pele o papel desempenhado pelo psicopedagogo clinico pude perceber o quanto é valioso fazer o bem ao nosso próximo, intervir na vida de criança com dificuldades de aprendizagem, estimulando as a superar suas limitações e trazendode volta sua auto-estima, sua alegria é uma das recompensas que o dinheiro não paga. Portanto, é necessário que o psicopedagogo tenha um olhar abrangente sobre as causas das dificuldades de aprendizagem para que venha compreender mais profundamente como ocorre este processo de aprender utilizando-se de uma abordagem mais ampla na qual não se toma apenas um aspecto da pessoa, mas sua integralidade. A esta idéia Piaget (1978 apud BALESTRA, 2007, p. 47) atesta o fato de que a afetividade e a inteligência sãoindissociáveis e constituem os dois aspectos de toda conduta humana. Espero que como futura psicopedagoga e pela cobrança da inclusão deste profissional no sistema educacional publico de nossa cidade. Sendo a alfabetização célula mãe que norteia toda trajetória do aprendizado e do saber socialmente elaborado e acumulado pela humanidade, é necessário que saia do discurso de programa vultoso e se transforme em prioridade no contexto. Não cabe ao psicopedagogo julgamentos precoce e equivocados e tão menos divisões de atitudes baseadas nos conceito de certo errado, mas sim, um olhar dirigido a um sujeito, que é único, peculiar e tem sua própria história e, portanto suas atitudes ou falta delas são reflexo dessa constituição, mesmo inserido em um cenário social.É necessário, por fim, considerar o sujeito como um corpo; esse que é dotado de conhecimento, de afetos e emoções, de um organismo, de inteligência e de cultura.
REFERÊNCIAS
BALESTRA, Maria Marta. A psicopedagogia em Piaget: uma ponte para a educação da liberdade. Curitiba: Ibpex, 2007. 
CHAMAT, L.S.J. Técnicas de Diagnóstico Psicopedagógico: O diagnóstico Clínico na Abordagem Interacionista. São Paulo: Vetor,2004.
LOPES, Shiderlene Vieira. O processo de avaliação e intervenção em psicopedagogia. Curitiba: Ibpex, 2008.
VISCA, Jorge. Técnicas projetivas Psicopedagógica e pautas gráficas para a sua interpretação Buenos Aires. Visca e Visca, 2008.

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