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Atividade estruturada aspectos antropologicos e sociologicos da educaçao

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
CURSO: HISTÓRIA/ LICENCIATURA
DISCIPLINA: ASPECTOS ANTROPOLÓGICOS E SOCIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO
PROFESSOR (A) TUTOR (A): MARIA REGINA BORTOLINI DE CASTRO
POLO: EAD/ARACAJU 
DATA: 
TITULO DA ATIVIDADE ESTRUTURADA: “ENTRANDO NO CLIMA”, UMA ANÁLISE SOCIOLÓGICA DAS RELAÇÕES ENTRE A SOCIEDADE E O MEIO AMBIENTE.
ALUNO (A) AUTOR (A) DA ATIVIDADE ESTRUTURADA: Carlos Augusto Souza Paixão 
A FALSA QUALIDADE DA VIDA NORDESTINA
A sociedade nordestina vive de forma ilusória no que diz respeito ao significado de saúde ambiental e felicidade. Sobretudo, os moradores das capitais. Isto se evidencia não somente pelo conformismo forçado da população perante à destruição da natureza, mas também devido aos falsos conceitos de felicidade que são veiculados todos os dias pela mídia. 
As notícias nos mostram, frequentemente, as consequências das ações humanas ao meio ambiente. Poluição do ar e do solo, acúmulo exacerbado de lixo não reciclável e destruição de reservas ambientais são as principais manchetes que são ofertadas pela mídia. No nordeste, esta realidade não é diferente. A região que sempre encantou por suas belíssimas paisagens, hoje, enfrenta a crueldade do homem em seu nível mais extremo: a ambição. Entretanto, as pessoas não possuem o sentimento de que podem agir para mudar tal realidade. O modelo econômico capitalista força a aceitação do povo à destruição de recursos naturais, alegando que tais atitudes são necessárias para a manutenção da ´´qualidade de vida``. E que todo produto de consumo humano requer uma covardia com o planeta, e sem este material, não seria possível viver em sociedade. Esta consciência capitalista é passada às pessoas como fundamental, sendo aceita como verdade absoluta. O ser humano possui a capacidade de transmitir cultura às gerações seguintes. Logo, os membros mais novos da sociedade já crescem com esta ilusão em sua formação pessoal. Se por um lado a sociedade necessita dos produtos derivados da exploração natural, por outro, sofre com doenças causadas pela poluição do ar e do solo.
Vale ressaltar, também, o conceito distorcido de felicidade que as pessoas são convencidas a definir. E aqui aponto novamente o modelo econômico capitalista como o principal vilão. Visto que sua política incentiva o consumismo como fonte de felicidade, despertando em suas vítimas (as pessoas) um sentimento de insatisfação com os bens que possuem. Além disto, acabam criando uma falsa felicidade, baseada na aquisição de produtos cuja necessidade não é real. A população está trabalhando cada vez mais em busca desta falsa qualidade de vida. Não possuem tempo para desfrutar do que realmente deveria ser importante: família, amigos, lazer e atividades prazerosas. 
As grandes metrópoles são o palco dos sonhos de uma sociedade, porém, estes lugares estão longes de serem o palco da saúde física e mental. É fácil perceber que, em lugares mais afastados dos centros urbanos, as pessoas são mais felizes e saudáveis. Devido ao afastamento considerável da poluição e do pensamento consumista, que chega até estas pessoas de forma bem menos intensa. É o casos dos moradores da cidade de Nossa Senhora da Glória -SE. A cidade de Glória é localizada no sertão sergipano, a 120 quilômetros da capital, Aracaju. Uma distância relativamente curta se comparado às demais regiões do país. Porém, existe uma diferença significativa no que diz respeito ao modo de vida das populações destas cidades. O gloriense possui orgulho em morar no interior do estado, e não trocaria a vida simples do campo pelo brilho ofuscante da capital. No sertão não há muitas atrações. Não há praias. Não há shoppings. Não há baladas. Mas, por outro lado, não há transito e stress. Isto favorece para a superioridade do nível de felicidade desta região.
Então por que os moradores dos grandes centros não migram para a zona rural? Por que preferem sofrer com os efeitos da poluição e a pressão da vida metropolitana? Esta resposta é bem simples: devido aos sonhos que o capitalismo desperta nos corações da sociedade. Por este motivo, milhares de pessoas passam suas vidas tentando realiza-los. Colocam como objetivo principal de vida os encantos do capitalismo, e quanto mais perto dos centros urbanos, mais perto estariam desta realização. Mal sabem estas pessoas, que estão dedicando suas vidas não para suas próprias felicidades, mas sim, para o enriquecimento das grandes corporações.
Embora a zona rural possua uma maior distância dos aspectos negativos do capitalismo, ela também foi fortemente afetada pela ganancia do homem. Matas inteiras são devastadas pela ambição humana de explorar ao máximo o que a terra pode proporcionar. De uma forma extremamente egoísta, não há a preocupação em deixar um solo fértil e um ambiente favorável às futuras gerações de homens e mulheres que dependem da terra para retirar o sustento de suas famílias. 
Se atitudes não forem tomadas, não restarão nem mesmo as lembranças das pessoas felizes de Nossa Senhora da Glória. Toda a sociedade acabará de uma forma catastrófica. O solo não será fértil. O ar não será respirável. Não haverá animais e toda a matéria orgânica será extinta. A população morrerá antes de encontrar a felicidade, que foi escondida pela indústria e substituída por satisfações temporárias.
É de suma importância que o governo incentive a educação para a conscientização da população. Somente por meio dela o país poderá evoluir de forma mais sustentável. O papel do professor não é simplesmente apresentar o conteúdo de cada disciplina, mas também conversar com seus alunos sobre os acontecimentos que envolvam quaisquer assunto relativo à natureza e sociedade. Os jovens precisam crescer com um bom entendimento do espaço em que estão inseridos. Não é preciso enxergar o capitalismo de forma revoltante, e sim trabalhar o senso crítico destas pessoas, para que saibam respeitar o meio ambiente e conviver com o atual modelo econômico de forma inteligente. 
REFERENCIAS:
 Desmatamento no Brasil: disponível em:
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/desmatamento-no-brasil.htm
HELOÍSA NORONHA/UOL: Pressão para ser feliz deixa as pessoas mais infelizes, dizem especialistas. Disponível em: http://acritica.uol.com.br/vida/Manaus-Amazonas-Amazonia-Pressao-Feliz-Pessoas_0_743325738.html
Sociedade de consumo banaliza conceito de felicidade
Disponível em: http://www.usp.br/agen/?p=128761

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