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RECLAMAÇÃO TRABALHISTA RALIN

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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DA ___ VARA DO TRABALHO DE _____________/SE.
Reclamante: Paulo
Reclamada: Empresa Delta
Paulo, brasileiro, solteiro, analista de vendas, portador do RG Nº XXXXXXXXX, inscrito no CPF Nº XXXXXXXXX, CTPS Nº XXXXXXXXXXX, PIS Nº XXXXXXXXXX, residente e domiciliado na Avenida Murilo Dantas, Nº 1145, Bairro Farolândia, CEP: 49032-721, nesta cidade, vem, à presença de Vossa Excelência, por meio de seu advogado adiante assinado (procuração evento id ______), com escritório profissional situado na Avenida Murilo Dantas, Bairro Farolândia, Aracaju/SE, CEP: 49032-721, e-mail: naty.adv@gmail.com, nesta urbe, onde recebe notificações e intimações, com fulcro no art. 840 da CLT, propor:
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
em face de Empresa Delta, inscrita no CNPJ Nº XXXXXXXXX, situada na rua XXXXXXX, Nº XXXXX, Bairro XXXX, CEP: XXXXXX, pelos fatos e fundamentos à seguir aduzidos.
I – PRELIMINAR DE MÉRITO
Nos termos do art. 14, § 1º, da Lei 5.584/70, das Leis 1.060/50 e 7.115/83, do art. 790, § 3º, da CLT e OJ 331 da SBDI-1, a Reclamante declara para os devidos fins e sob as penas da Lei, ser pobre, encontrando-se desempregado e não tendo como arcar com o pagamento de custas e demais despesas processuais sem prejuízo do próprio sustento e de sua família, pelo que requer os benefícios da justiça gratuita.
II – MÉRITO
1 – DO CONTRATO DE TRABALHO
O reclamante foi contratado para exercer a função de analista de vendas, no dia 05 de maio de 2005, com remuneração mensal de R$ 3000,00 (três mil reais). A jornada de trabalho fixada era das 8h às 18h, com 30 minutos de intervalo intrajornada de segunda a sábado. 
É necessário salientar que a empresa Delta, situa-se em local de difícil acesso, sendo que o empregador fornecia-lhe o transporte para deslocar-se até o local de trabalho. O trajeto casa/trabalho, trabalho/casa durava cerca de 1h, porém o reclamante nada recebia pelo tempo a disposição. 
Aos primeiro de abril do corrente ano, o reclamante dirigiu-se ao empregador para reivindicar o pagamento a que faz jus referente às férias, fato pelo qual deixou o empregador chateado. Na oportunidade, o empregador irresignado pelo questionamento do empregado, chamou-o de “imbecil e idiota”, despedindo-o então sumariamente, sem receber-lhes as quantias referentes às verbas resilitórias a que fazia jus.
Invocando o Princípio da Dignidade da Pessoa Humana, pelos fatos narrados, requer:
DA INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS/ OFENSA A HONRA E BOA FAMA 
Consoante aos fatos narrados é inconteste que o Reclamante foi constrangido pela Reclamada, no que tange aos descumprimentos das normas coletivas de trabalho. Ora, uma norma convencional que estipula regras mínimas de conduta no ambiente de trabalho prezando-se pela boa fé, pelo respeito ao princípio da dignidade da pessoa humana, devendo ser cumprido pelo empregador e pelo empregado. Consoante com essa política que visa assegurar ao trabalhador um meio ambiente do trabalho sadio, as normas constantes no art. 483 da CLT evidenciam a prática de atos incompatíveis com dignidade e decoro nas relações trabalhistas, então considera-se que o contrato de trabalho rescindido pleiteando-se a indenização devida. Entende-se, que o reclamante fora ofendido em sua honra com palavras de cunho ofensivo e pejorativo, desta forma o empregador infringiu a norma legal contida no art. 483, f, da CLT, fato esse que constitui falta grave e levo ao conhecimento de Vossa Excelência para que sejam tomadas as medidas cabíveis, buscando que se determine a reparação dos danos causados ao Reclamante.
2- DA JORNADA DE TRABALHO
A)HORAS “IN ITINERE”
As horas “in itenere” são aquelas pagas ao trabalhador que fica a disposição da empresa. Vislumbra-se do art. 58, §2º da CLT que quando o tempo de deslocamento entre o trabalho/casa casa/trabalho e local da prestação de serviço for de difícil acesso ou não servido por transporte público e o empregador fornecer-lhes a condução deve-se ser computado como jornada de trabalho. Ainda neste sentido a Súmula 90,I do TST vem ratificar as horas “in itinere” pagas em decorrência do tempo em que o trabalhador ficou a disposição nas condições mencionadas na CLT, in verbis:
I - O tempo despendido pelo empregado, em condução fornecida pelo empregador, até o local de trabalho de difícil acesso, ou não servido por transporte público regular, e para o seu retorno é computável na jornada de trabalho.
Entende-se, que o Reclamante gastava em média cerca de 1h no deslocamento até o ambiente de trabalho, utilizando-se da condução fornecida pela empresa.
Diante dos fatos acima mencionados, entende-se que o reclamante faz jus ao recebimento das horas “in iteinere”, as quais ficou a disposição da empresa.
DO INTERVALO INTRAJORNADA
O Reclamante cumpria jornada de 8 (oito) horas diárias, usufruindo apenas de 30 (cinquenta) minutos para repouso e alimentação de segunda à sábado.
Nos termos do art. 71 da CLT, o empregado que trabalha mais de 6 (seis) horas diárias faz jus a, no mínimo, 1 (uma) hora de intervalo intrajornada para descanso e alimentação.
Diante dos fatos acima narrados, requer a condenação da Reclamada ao pagamento da hora cheia do intervalo, acrescida do adicional de 50% (cinquenta por cento), nos termos do art. 71, § 4º, da CLT e Súmula 437, I, do TST, bem como reflexos, vez que o intervalo tem natureza salarial, conforme estipulado pela Súmula 437, III, do TST, em verbas contratuais (em especial nas comissões) e resilitórias, DSR, aviso prévio, décimo terceiro salário integral e proporcional, férias integrais e proporcionais acrescidas do terço constitucional e FGTS (depósitos e multa de 40%).
3- DO PAGAMENTO DAS VERBAS RESILITÓRIAS
O Reclamante foi dispensado sem justa causa pela Reclamada no dia 01 de abril de 2017. Entretanto, não recebeu nenhuma das verbas rescisórias que lhes são devidas.
Nesse contexto dispõem-se abaixo as verbas devidas às quais o reclamante faz jus:
DO AVISO PRÉVIO
O aviso prévio é uma proteção existente no contrato de trabalho, assim a parte que, sem justo motivo, rescindir deverá avisar a outra previamente, conforme dispõe o art. 487 da CLT.
Consoante com a legislação vigente entende-se que o empregador rescindiu o contrato de trabalho não avisando previamente ao reclamante sobre a rescisão, bem como não houve o pagamento de aviso prévio, neste caso, indenizado correspondente a 30 dias, conforme dispõe o art. 487, II da CLT.
A falta de pagamento do aviso prévio ao empregado enseja que este possui o direito de pleitear os salários correspondentes ao prazo de aviso, conforme dispõe o art. 487, § 1º da CLT e Súmula 305 do TST.
DAS FÉRIAS
As férias conforme a legislação vigente é devida ao empregado quando 
o trabalhador laborou por 12 meses, obtendo assim o direito de gozar de 1 período de férias de 30 dias, percebendo o salário mensal com acréscimo de 1/3 de salário, conforme dispõe a Carta Magna em seu art. 7º, XVII da CF/88.
Desta forma, o reclamante faz jus ao recebimento de férias em dobro, pois os art. 137 e art. 145 ambos da CLT, fazem menção que quando o empregador não efetua o pagamento das férias devidas no prazo legal, deverá então ser pago em dobro. Ainda neste sentido, a Súmula 450 do TST vem ratificar o instituto do pagamento das férias em dobro ao trabalhador, quando o empregador não as paga no prazo legal, in verbis:
“É devido o pagamento em dobro da remuneração de férias, incluído o terço constitucional, com base no art. 137 da CLT, quando, ainda que gozadas na época própria, o empregador tenha descumprido o prazo previsto no art. 145 do mesmo diploma legal.” 
Diante do exposto pleiteia-se o pagamento em dobro das férias, visto que o empregador não as pagou no prazo legal, bem como o pagamento das férias proporcionais a que faz jus tendo em vista que o reclamante foi dispensado no dia 01 de abril de 2017, obtendo assim o direito de receber a título de férias proporcionais 11/12 + 1/3. 
 DO13º SALÁRIO OU GRATIFICAÇÃO NATALINA
O Reclamante possui o direito de receber a gratificação natalina proporcional ao tempo trabalhado. Desta forma terá direito a perceber 11/12 referentes ao 13º salário.
SALDO DE SALÁRIO
O Reclamado possui direito ao saldo de salários referentes aos dias trabalhados na empresa no mês de exercício no qual fora despedido. Tem-se então, que fará jus ao recebimento de 26 dias de salário.
FGTS
O Reclamado pleiteia a liberação das guias referentes ao pagamento dos depósitos de FGTS bem como a multa de 40% a que faz jus. Assim sendo, o Reclamante precisa da liberação dessas guias para que seja feio o saque.
4 - DA MULTA DO ART. 477, §8º DA CLT
A Reclamada, não respeitou o prazo para pagamento das parcelas resilitórias previstas no art. 477, § 6º, da CLT, desta forma solicito que sejam aplicadas as penalidades previstas no art. 477, §8º da CLT. 
5- DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
Nos termos do art. 22 da Lei 8.906/1994 c/c arts. 82, § 2º e 85 “caput”, ambos do NCPC e art. 133 da CF/88, tendo em vista que o advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei, resta evidente que o art. 791 da CLT não foi recepcionado pela Carta Magna. Portanto, requer que a condenação da Reclamada ao pagamento dos honorários advocatícios.
 
III – DOS PEDIDOS
A reparação pelo dano moral causado ao Reclamante, devido a ofensa a honra em ambiente de trabalho proferida pelo empregador, causando enormes prejuízos e sendo considerada uma falta grave, constituindo-se em uma das hipóteses de despedida indireta com fulcro no art. 483, f, da CLT.
O pagamento das verbas resilitórias que lhes são devidas, entre elas destacam-se o DSR, aviso prévio, décimo terceiro salário e proporcional, férias integrais (dobradas) e proporcionais acrescidas do terço constitucional e FGTS (depósitos e multa de 40%).
A condenação da Reclamada ao pagamento de indenização por danos morais em valor a ser arbitrado pelo (a) Douto (a) Magistrado (a).
A condenação da Reclamada ao pagamento das horas “in itineres”, assim consideradas todas as horas excedentes da jornada de trabalho, mas que deviam ser computadas como tempo de deslocamento até o trabalho, ressaltando-se que a empresa reclamada situava-se em local de difícil acesso e o empregador fornecia a condução, dessa forma o tempo o qual o trabalhador permaneceu em disposição deve-se ser pago. 
A condenação da Reclamada ao pagamento da hora cheia do intervalo, acrescida do adicional de 50% (cinquenta por cento), nos termos do art. 71, § 4º, da CLT e Súmula 437, I, do TST, bem como reflexos, vez que o intervalo tem natureza salarial, conforme estipulado pela Súmula 437, III, do TST, em verbas contratuais (em especial nas comissões) e resilitórias, DSR, aviso prévio, décimo terceiro salário integral e proporcional, férias integrais e proporcionais acrescidas do terço constitucional e FGTS (depósitos e multa de 40%).
 A condenação da Reclamada ao pagamento da multa prevista no art. 477 da CLT, § 8º, nos termos da OJ 351 da SBDI-1.
 A condenação da Reclamada ao pagamento dos honorários advocatícios, invocando o art. 133 da CF/88, conforme fundamentado no item supra. 
IV- DOS REQUERIMENTOS FINAIS
Em exposto, vem requerer:
 O acolhimento da preliminar de mérito para que o Reclamante possa receber os benefícios da justiça gratuita;
A notificação da Reclamada para oferecer resposta à Reclamatória Trabalhista, sob pena de revelia e confissão quanto à matéria de fato;
A produção de todos os meios de prova em direito admitidos, em especial a prova documental, documental, o depoimento pessoal e a oitiva de testemunhas;
Por fim, a procedência dos pedidos com a condenação da Reclamada ao pagamento das verbas pleiteadas, acrescidas de juros e correções monetárias;
Atribui-se a causa valor de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais).
Nestes termos,
Pede e espera deferimento.
Aracaju/SE, 11 de agosto de 2017.
NATALINE SANTOS DE ALMEIDA
OAB/SE Nº XXXXXXX
UNIVERSIDADE TIRADENTES
NATALINE SANTOS DE ALMEIDA
DIREITO
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA APRESENTADA A DISCIPLINA DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO IV
ARACAJU/SE, AGOSTO DE 2017.

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