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CAPITAL DE GIRO Dentro do Ativo Circulante, para efeitos deste conceito, normalmente estão englobados os valores de caixa e títulos negociáveis, duplicatas a receber e estoques. No caso dos valores em caixa, representados pelo dinheiro da empresa, o administrador financeiro precisa entender que a manutenção destes valores se dá a partir de pagamentos de determinados valores já conhecidos, por precaução por parte das entidades, uma vez que podem ocorrer alguns imprevistos e a empresa precisa manter certo nível de liquidez para pagar algumas dívidas. E por fim, existem empresas que mantêm dinheiro em aplicações financeiras, por exemplo, por motivos especulativos, ou seja, há determinada sobra de liquidez e elas investem estes valores dependendo da atratividade da taxa de juros paga. No que diz respeito a duplicatas a receber, é preciso que seja observado com atenção o volume deste grupo, uma vez que o comportamento das vendas bem como uma política de crédito bem formulada irão influenciar o valor deste. Os estoques, por sua vez, também merecem atenção do administrador, uma vez que é preciso definir de forma muito bem pensada políticas de compras, bem como critérios de controle e decisões de investimento, uma vez que a empresa precisa decidir se irá ou não investir valores neste grupo. É importante lembrar que, no caso dos estoques, devem ser considerados os custos e também os riscos envolvidos. Em um primeiro momento existem os custos de capital que são relacionados aos valores investidos na matéria-prima estocada, bem como no local e nos equipamentos que são utilizados para esta estocagem. Em um segundo momento, existem os custos de instalações que estão relacionados, por exemplo, à locação de prédios, galpões industriais, bem como taxas e outros valores que precisam ser pagos para a manutenção destes lugares que serão utilizados para a guarda da matéria-prima. É necessário, ainda, lembrar que existem os custos com serviços que são valores gastos tanto na recepção, na armazenagem quanto em outros gastos necessários no trabalho com a matéria-prima. Ainda existem os riscos de estocagem que têm relação com furtos, obsolescência, enchentes, entre outros a que estão sujeitos os estoques. É papel dos responsáveis pela gestão financeira, levando em conta todos estes fatores e também os que sejam ligados à realidade de cada empresa, a maximização dos recursos do ativo circulante e da diminuição das obrigações do passivo circulante. Assim, consegue-se a razoabilidade entre lucro e risco, trazendo retorno para os acionistas e deixando mais elevado o valor de mercado da empresa. Matematicamente, podem-se obter capitais de giro líquido positivos, negativos ou nulos. É positivo quando os ativos superarem os passivos. Pode ser nulo quando os recursos financeiros e obrigações são equivalentes. O risco empresarial pode estar evidenciado pela quantidade reduzida de capital de giro líquido, sendo parte destes ativos financiada por ativos circulantes. Desta forma, os ativos permanentes ou fixos serão usados por um prazo maior de tempo e as obrigações terão que ser liquidadas, ainda, no curto prazo. Desta forma, fica clara a má gestão financeira e do capital de giro de uma empresa. O mais comum é que os administradores financeiros procurem o valor mais elevado para o capital de giro líquido. Isso denota um menor risco de insolvência no curto prazo. Só que esta situação não é infalível. Quando isto ocorre, pode ser que alguns recursos do capital de giro líquido estejam financiados por recursos de longo prazo. A longo prazo, os recursos disponibilizados são normalmente mais elevados que os de curto prazo, dado o seu uso por prazo de tempo mais dilatado. Nestas situações, pode estar sendo evidenciado um descompasso financeiro entre curto e longo prazos, podendo gerar problemas de médio a longo prazo.
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