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DESAFIO AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO FINANCEIRO I

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DESAFIO ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
 DESAFIO AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO FINANCEIRO I
Para este Desafio, é importante saber que o retorno sobre o patrimônio líquido, conhecido pela sigla ROE (Return On Equity), é a medida de quanto a empresa está lucrando, proporcionalmente ao capital investido pelos sócios. Veja-se a fórmula: ROE = margem de lucro x giro do ativo x alavancagem financeira. A seguir, você vai ver, resumidamente, cada um desses elementos:
a) Margem de lucro: indica a parcela das vendas que efetivamente é lucro. Se uma empresa vende determinado produto por R$ 100,00, mas tem custos de R$ 99,00, acaba lucrando R$ 1,00 a cada R$ 100,00. Outra empresa pode vender um produto similar por R$ 80,00, sem que tenha prejuízo por isso. Ao contrário, se seus custos são de R$ 76,00 (por exemplo), seu lucro por unidade é de R$ 4,00.
b) Giro do ativo: é, basicamente, a velocidade dos ativos; significa o tempo que o ativo leva para se renovar. É mais fácil entender dando-se como exemplos os estoques: se uma empresa demora muito para vender seus estoques, o giro é baixo, todavia, se ela vende tudo o que fabrica em poucos dias, o giro é alto. Prazos de pagamento e recebimento também influenciam. Se uma empresa vende em prazo longo, seu giro será baixo, pois ela demorará mais para receber as vendas.
c) Alavancagem financeira: é a proporção do endividamento em relação ao capital próprio. Uma empresa, por exemplo, com recursos dos sócios em proporção muito maior do que dívidas com terceiros é considerada de baixa alavancagem.
Para concluir este Desafio, é preciso também lembrar que a principal dificuldade das empresas brasileiras para aumentarem o ROE é conciliar a elevação da margem de lucro (ganhar mais por cada produto vendido, o que levaria a um aumento dos preços dos produtos vendidos) com um giro do ativo maior (vender e receber em prazos menores).
Se você fosse contratado para encontrar uma “fórmula mágica” para aumentar o ROE das empresas brasileiras, qual seria essa fórmula?
Observação: se for necessário realizar alguma operação matemática, deve ser apresentado o raciocínio completo, e não apenas o resultado final.
Padrão de resposta esperado
A “fórmula mágica" seria vender mais caro e receber em menor prazo (se, atualmente, a empresa parcela suas vendas em três meses, por exemplo, ela deveria parcelar apenas em duas vezes, ou vender à vista).
O grande problema dessa “fórmula mágica” é que ela utiliza duas medidas que costumam reduzir as vendas, pois aumentar os preços dos produtos desestimularia diversos clientes a comprar (por que eles pagariam mais caro por seus produtos?) e, ao mesmo tempo, parcelar em um prazo menor também costuma reduzir vendas, pois quem antes podia pagar um determinado valor por mês, ao longo de três meses, pode não ser capaz de fazê-lo em um prazo menor (ex.: quem podia comprar um produto de R$ 90,00 em três meses – R$ 30,00 por mês – talvez não possa pagar R$ 45,00 por mês, caso o prazo seja reduzido para dois meses).
NA PRÁTICA
Veja agora a importância do acompanhamento do ROE para o progresso de uma 
empresa.
DESAFIO AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO FINANCEIRO II
Existem diversas críticas à utilização do ROE. Para realizar este desafio, vejamos as três principais:
a) Visão de curto prazo: ROE apresenta o resultado da empresa apenas do último ano, o qual, muitas vezes, pode ter sido um ano excepcionalmente bom ou muito ruim. Caso isso aconteça, o resultado do ROE estará “contaminado” por fatores de um único ano, deixando de refletir, com precisão, o desempenho da própria empresa.
b) Risco: O valor do ROE nada diz sobre os riscos aos quais a empresa está relacionada. Por exemplo, uma empresa com ROE de 8%, que opera no mercado nacional, está menos exposta a riscos do que uma empresa com ROE de 9%, que exporta seus produtos exclusivamente para a Coreia do Norte, um mercado bem mais arriscado.
c) Valor: o ROE é calculado sobre o valor contábil, e não sobre o valor de mercado da empresa. Assim, se um ROE de 10% é obtido por uma empresa contabilizada como R$500 mil, mas seu valor de mercado (suas ações) é R$1 milhão, a ROE será menor.
Agora, para concluir este desafio, você deverá apresentar uma alternativa para, pelo menos, uma das críticas acima e, NECESSARIAMENTE, avaliar a utilização do ROE diante das críticas. Se for necessário realizar alguma operação matemática, deve ser apresentado o raciocínio completo, e não apenas o resultado final.
Veja as alternativas por crítica, lembrando que qualquer uma delas poderia ser respondida:
a) Visão de curto prazo: uma alternativa seria, além de informar o ROE do ano anterior, apresentar a média dos últimos três ou cinco anos.
b) Risco: a única alternativa conhecida seria informar, junto com o ROE, a nota do rating do país com o qual a empresa tem negócios. Com estas duas informações, fica mais fácil avaliar se existe algum risco atrelado aos negócios da empresa.
c) Valor: a melhor alternativa (adotada por diversas empresas) é apresentar os dois resultados, o calculado sobre o valor contábil e o calculado pelo valor de mercado.
Já sobre a utilização do ROE diante das críticas, é importante observar que ele não deixa de ser um indicador importante, apenas fica a ressalva de que ele não deve ser interpretado de forma isolada, pois nem sempre um ROE elevado é melhor do que um mais baixo. É preciso verificar sua sustentabilidade ao longo do tempo, os riscos embutidos, bem como as diferenças entre o valor contábil e o de mercado.
NA PRÁTICA
Veja agora um exemplo sobre o cálculo do ROE.
DESAFIO PLANEJAMENTO DO DESEMPENHO FINANCEIRO FUTURO
O bom conhecimento das demonstrações contábeis financeiras não é útil apenas aos contadores, afinal, o planejamento financeiro (ao qual estão subordinadas todas as atividades da empresa) é apresentado utilizando-se as demonstrações contábeis, ainda que com viés financeiro. Sabe-se também que, independentemente do tamanho da empresa, quanto mais profissional for sua administração, mais atenção será dada ao planejamento financeiro.
Logo, para resolver este Desafio, você deverá explicar por que a maioria das empresas começa a elaboração de seus planejamentos financeiros estipulando os preços que serão cobrados pelos seus produtos e a previsão de suas vendas, para tentar prever o lucro que obterão no final do próximo ano contábil
Padrão de resposta esperado
A maioria das empresas começa suas estimativas com base na previsão de vendas, ou seja, previsão do quanto a empresa pretende vender, de quais matérias-primas serão adquiridas, dos recursos contratados de mão de obra, de transporte, etc. Ou seja, a grande maioria das despesas variáveis de qualquer empresa é uma decorrência do volume de vendas e, consequentemente, de produção (se a empresa for produzir o que for vender). Os demais custos são fixos (não variam de acordo com o volume de vendas) e, como o próprio nome diz, estes são fáceis de calcular, pois são fixos.
Então, estimando-se corretamente o volume de vendas, têm-se os custos variáveis, e, conhecendo os custos fixos, basta somá-los para obter o custo total da empresa. Por fim, sabendo-se o preço dos produtos que serão vendidos, ao multiplicá-los pelo volume de vendas, a receita da empresa se torna conhecida. E, então, basta subtrair os custos previstos da receita esperada para que o lucro se torne uma variável conhecida.
NA PRÁTICA
Um problema comum a todas as empresas é a previsão dos juros e do endividamento. Veja!
DESAFIO ADMINISTRAÇÃO DO CRESCIMENTO I
Sustentável é uma palavra a cada dia mais relacionada à natureza e à ecologia. Sempre que ouvimos que uma empresa deve ter um crescimento sustentável, imaginamos que ela deve poluir pouco e contribuir para a evolução da sociedade em que atua. Da mesma forma que a palavra sustentável é utilizada para indicar que os recursos naturais estão sendo utilizados da melhor forma. Em finanças, crescimento sustentável significa crescer sem acabar com os recursos financeiros da empresa.
Você pode estar querendo perguntar “mas crescer cada vez mais não é o objetivode toda empresa?” A resposta é sim, o objetivo de toda empresa deve ser crescer, contudo, por mais estranho que possa parecer, crescer rápido demais pode levar uma empresa à falência.
Para resolver este desafio, você deverá pesquisar e explicar porque o crescimento acelerado pode levar uma empresa a quebrar. Embora a falência possa acontecer de diversas maneiras, procure encontrar as razões financeiras para isso.
Padrão de resposta esperado
O crescimento acelerado pode levar uma empresa a quebrar de diversas maneiras, as mais comuns são pelo esgotamento de recursos próprios ou pelo excesso de endividamento. Vamos explicar melhor cada um deles: para uma empresa crescer, é necessário que ela seja capaz de produzir mais produtos (se for uma indústria) ou prestar uma quantidade maior de serviços ou, ainda, uma mistura destes dois componentes.
Em todos esses casos, isso significa aumentar a capacidade de atendimento ao cliente mas, na prática, para que isso aconteça de fato, é necessário investir recursos financeiros (ou na aquisição de mais máquinas, para empresas que produzem bens ou na contratação de mais funcionários, para empresas que prestam serviços). O problema é quando os atuais sócios da empresa não possuem esses recursos, não tendo como investirem, ou seja, a empresa cresce em vendas, mas não consegue aumentar sua produção (ou atendimento) e acaba falindo por frustrar as expectativas de seus clientes, fornecedores e demais parceiros comerciais.
Uma alternativa a esta falta de recursos dos sócios seria a empresa obter financiamentos bancários, para poder adquirir mais máquinas ou contratar mais funcionários. O problema é que estes financiamentos, especialmente no Brasil, trazem elevadas despesas financeiras com o pagamento dos juros. Se estas novas despesas forem maiores do que o lucro que a empresa obterá no seu crescimento, ela acabará tendo que “pagar mais do que tem a receber” e, assim, se tornará inadimplente.
Além destes custos variáveis, é importante observar que determinados custos fixos também acabam não sendo totalmente fixos, durante um crescimento acelerado. O exemplo mais simples de entender é o de uma fábrica que tem como custo fixo o aluguel de um galpão, para armazenar seus produtos. Com seu crescimento, ela passa a ter que alugar um galpão maior, ou mais galpões, de forma que o custo com o aluguel, antes fixo, passa a ter um aumento.
NA PRÁTICA 
Crescer é o “sonho dourado” de todo empreendedor. O problema é que na pressa para crescer, os gestores se esquecem de verificar as bases financeiras que irão garantir tal crescimento. 
NA PRÁTICA
Embora existam diversas alternativas para se controlar o crescimento de uma empresa, na prática, um fator crucial é o tempo, ou melhor, é quanto tempo a empresa tem para adotar medidas, e como está a situação do mercado naquele momento.
Veja:
ara chegar a tais informações, é necessário avaliar, conjuntamente: a necessidade de capital de giro (NCG), o saldo de tesouraria (T) e o capital de giro (CDG). Veja a fórmula de cada um deles:
• Necessidade de capital de giro: ativo cíclico (ou operacional) – passivo cíclico (ou operacional).
• Saldo de tesouraria: ativo errático (ou de curto prazo) – passivo errático (ou de curto prazo).
• Capital de giro: passivo permanente (ou de longo prazo) – ativo permanente (ou de longo prazo).
Observe que, enquanto as fórmulas de NCG e T subtraem os respectivos passivos dos respectivos ativos, a fórmula de CDG subtrai o ativo do passivo. Isso traz uma informação importante, pois, quando o resultado da fórmula for positivo, a NCG e o T serão aplicações de recursos, enquanto o CDG será a fonte de recursos. E, é claro, quando o resultado for negativo, a situação se inverte: a NCG e o T serão fontes de recursos e o CDG será a aplicação de recursos. Com base nessas informações, comente cada uma das situações a seguir:
Padrão de resposta esperado
Embora a resposta não precise conter as mesmas palavras, o importante é observar que a sequência das situações parte da pior (letra a) para a melhor (letra f). Veja cada uma delas:
a) NCG > 0, CDG < 0, T < 0: esta é a pior situação possível, pois a NCG precisa ser financiada, mas a empresa não dispõe nem de recursos de longo prazo (o CDG, o que seria o ideal), nem de curto prazo (T) para este fim. Depende de empréstimos bancários de curto prazo, aumentando seu risco financeiro e seus custos de operação.
b) NCG < 0, CDG < 0, T < 0: situação ainda complicada, pois, apesar de não depender de empréstimos bancários de curto prazo, as aplicações de longo prazo são financiadas pelo ciclo financeiro. Qualquer redução nas vendas ou inadimplência por parte no pagamento de seus clientes afetarão diretamente o caixa da empresa.
c) NCG < 0, CDG < 0, T > 0: situação um pouco melhor que a anterior, pois a empresa conta com algum recurso de curto prazo para equilibrar suas contas. Porém, continua exposta a situações de mercado (redução nas vendas ou inadimplência por parte no pagamento de seus clientes).
d) NCG > 0, CDG > 0, T < 0: embora não seja a ideal, pelo menos as contas de longo prazo encontram-se equilibradas, com o próprio CDG financiando a NCG. É possível que enfrente, de tempos em tempos, dificuldades de curto prazo (pela T negativa), mas o bom acompanhamento financeiro é o suficiente para evitar maiores problemas.
e) NCG > 0, CDG > 0, T > 0: situação muito boa. As contas de longo prazo encontram-se equilibradas, e sobram recursos no curto prazo (T positiva). A única questão é saber como a empresa fará para financiar novos projetos.
f) NCG < 0, CDG > 0, T > 0: situação ótima. Além de existir folga de caixa no curto prazo (T positiva), sobra o capital de giro próprio e a NCG é negativa, tornando-se uma fonte de recursos. Todo o trabalho do administrador financeiro deve ser voltado para manter esta situação.
NA PRÁTICA
No dia a dia, acontecem situações em que é necessário optar pela que prejudicará menos a empresa. Veja a seguir:
DESAFIO CAPITAL DE GIRO
É sabido que Capital de Giro são os “recursos que sustentam as operações empresariais diárias”. Isso é válido para todo tipo de empresa, da padaria da esquina à maior multinacional do planeta e até para governos. No caso das empresas, esse recurso pode ser dos próprios sócios ou ter sido obtido através de empréstimos (financeiros ou não).
Embora Capital de Giro seja o termo mais utilizado, na prática, as empresas se preocupam mesmo é com a Necessidade de Capital de Giro (NCG), ou seja, a necessidade permanente de recursos causada pelo fato de as saídas de caixa (pagamentos) ocorrerem antes das entradas de caixa (recebimentos). Chamando-se de “ativo cíclico” ou "operacional" a soma das contas cíclicas do ativo circulante e de "passivo cíclico" ou "operacional" a soma das contas cíclicas do passivo circulante, a Necessidade de Capital de Giro pode ser assim definida: NCG = ativo cíclico - passivo cíclico.
Sendo: ativo cíclico - passivo cíclico = duplicatas a receber + estoques (e outras contas a receber de natureza operacional) e passivo cíclico = fornecedores + impostos + salários a pagar (e outras contas a pagar de natureza operacional).
Uma NCG positiva indica que a empresa precisa de recursos para financiar seu ciclo operacional. Quando a empresa não consegue crédito junto aos seus parceiros “naturais”, ela é, normalmente, obrigada a recorrer a empréstimos bancários. Nesses casos, o risco de insolvência tende a aumentar, mas há exceções, por exemplo, no caso de empresas cujos ciclos são tão longos que, para não sobrecarregar seus parceiros comerciais, elas acabam preferindo recorrer a empréstimos bancários.
Para resolver este Desafio, você deverá explicar por que a NCG é mais crítica no Brasil do que em outros países, tanto para as empresas como para os consumidores finais.
Padrão de resposta esperado
O grande problema da NCG no Brasil é que, quando as empresas precisam recorrer a empréstimos bancários para supri-la, elas encontram os juros mais altos do mundo. Não havendo outra solução, as empresas pagam esses altosjuros e acabam repassando tais custos financeiros aos consumidores finais, por meio do aumento do preço dos produtos, ou seja, os altos juros afetam a todos, mesmo aqueles que não fazem uso direto deles.
NA PRÁTICA
Veja agora um exemplo sobre Capital de Giro:
DESAFIO FINANCIAMENTO DAS OPERAÇÕES I
Neste Desafio, você vai entrar no “mundo corporativo” e entender um pouco mais sobre quem “manda” nas empresas e quem “ganha mais dinheiro” quando elas são lucrativas. Para isso, você deverá citar as três variáveis dos títulos financeiros e o que são seus ratings. Além disso, você também deverá comparar as diferenças entre as ações preferenciais e as ações ordinárias e, por fim, responder: toda empresa conta com esses dois tipos de ações?
Padrão de resposta esperado
De início, será respondida a última questão: toda empresa conta com ações preferenciais e ações ordinárias? Não, nem toda empresa tem os dois tipos de ações, mas elas precisam ter, pelo menos, as ações ordinárias.
Ações preferenciais: são as ações que têm preferência (como indica seu nome) no recebimento dos dividendos da empresa. Por outro lado, o possuidor dessas ações não tem poder de comando da empresa (não decide nem opina sobre o que a empresa fará ou não).
Ações ordinárias: são as ações que dão as ordens (daí o nome) na empresa, ou seja, têm poder de comando. Por outro lado, só recebem dividendos após o pagamento dos dividendos das ações preferenciais. Em alguns casos, quando o lucro da empresa não é o suficiente para pagar dividendos a todas as ações, as preferenciais recebem, mas as ordinárias, não.
Já as três variáveis dos títulos financeiros são: o valor de face (quanto ele vale em moeda corrente), a taxa de retorno ou o “cupom” (os juros que o título renderá) e a data de vencimento (quando será pago o principal, se os juros foram pagos antes, ou o principal e os juros, se estes não foram pagos antes).
Rating é uma palavra de origem inglesa que indica uma classificação de títulos. Há diversas empresas que fazem isso, e cada uma delas tem sua tabela, mas a forma de funcionamento é similar: elas começam dos melhores títulos, aqueles com menores chances de apresentarem algum problema, e vão seguindo para os títulos com mais probabilidades de problemas.
Por problemas entende-se o atraso no pagamento dos juros, no pagamento do principal e, até mesmo, no pagamento de nenhum destes (inadimplência). Por exemplo, um título classificado como AA tem o mais alto rating, e isso indica que a capacidade de pagamento dos juros e do principal é extremamente elevada. Os títulos BB têm um pouco menos de capacidade de pagamento, os CC, menos ainda, e os títulos D são inadimplentes, ou seja, essa classificação é usada quando o risco de falência é alto.
NA PRÁTICA
Existem diversas empresas que avaliam os ratings de países e de grandes empresas pelo mundo todo. Na prática, o rating de uma empresa pode ser influenciado pelo rating do país onde ela está, o que pode, ou não, ser compensado pelo país sede da empresa. Veja um exemplo: 
DESAFIO FINANCIAMENTO DAS OPERAÇÕES II
Como já se sabe, em muitos casos, a empresa não gerará internamente os recursos necessários para empreender seus projetos. Nessa situação, ela precisará captar recursos externamente, o que pode ser feito, essencialmente, por meio da entrada de novos recursos dos sócios (capital próprio) ou de terceiros (credores).
Se a opção for por recursos próprios, estes poderão ser buscados junto aos atuais sócios (acionistas) ou por meio da entrada de novos participantes na sociedade. Para o caso das sociedades limitadas, isso poderá ser feito por meio da busca de um novo sócio, informalmente. O grande problema dessa opção é a falta de confiabilidade nas projeções de resultados futuros dessa empresa. Se isso acontece, a empresa ainda poderá optar pela transformação em uma sociedade anônima.
Com base nisso, para resolver este Desafio, você deverá:
• Diferenciar os dois tipos de emissão de ações.
• Citar e também explicar, pelos menos, dois dos obstáculos para a abertura de capital no Brasil.
Padrão de resposta esperado
Uma emissão de ação pode ser classificada como:
a) Oferta pública inicial (Initial Public Offering – IPO): é quando a empresa negocia suas ações pela primeira vez no mercado aberto (bolsas de valores).
b) Emissões subsequentes: são as que ocorrem quando a empresa já conta com ações em circulação.
Quanto aos obstáculos para a abertura de capital no Brasil, têm-se:
1. Estrutura empresarial brasileira: fornece uma série de incentivos para a manutenção de grandes blocos empresariais no controle das empresas. Com isso, o mercado se torna muito menos líquido e incerto.
2. Falta de necessidade imediata de recursos: induz muitas empresas a adiarem seu processo de abertura de capital.
3. Dificuldades na fixação do preço de emissão: a baixa liquidez e a estrutura econômica do país geram um gap entre o preço avaliado pelo mercado e o preço justo da ação.
4. Desconhecimento do mercado de ações pelos novos entrantes: os dirigentes das empresas, apesar de não admitirem, muitas vezes desconhecem o mercado de ações do país onde trabalham.
NA PRÁTICA
A emissão de ações, sobretudo a primeira, é mais demorada do que se pensa. Na prática, o processo leva vários meses e contém muitas etapas. Vejamos as principais etapas:
NA PRÁTICA
E na prática, qual método é mais utilizado na avaliação de oportunidades de investimento? A resposta para esta pergunta é simples: o VPL. Veja o porquê.
DESAFIO AVALIANDO OPORTUNIDADES DE INVESTIMENTO II
A análise de investimentos possui dois aspectos: o teórico e o prático. A teoria consiste em conhecer as fórmulas de Valor Presente Líquido (VPL), Taxa Interna do Retorno (TIR), o payback, dentre outros e, ainda, saber calculá-los quando todas as informações são disponibilizadas. A prática pode ser tão simples quanto a teoria, ou bem mais complexa, pois muitas vezes as informações dentro das empresas não são tão acessíveis quanto no enunciado de um exercício. É preciso buscar as informações necessárias para a realização do cálculo em diversos setores e, ainda, separar as informações que são relevantes das que são irrelevantes.
Com base nisso, explique a importância de cada uma das situações a seguir:
1) Identificar o momento exato em que o recurso entra ou sai do caixa.
2) Identificar quais receitas e despesas estão exclusivamente relacionados ao investimento em estudo.
3) Canibalização de produtos.
4) Depreciação.
5) Impacto no capital de giro.
6) Custos já incorridos.
Padrão de resposta esperado
1) Identificar o momento exato em que o recurso entra ou sai do caixa: isso é importante porque um contrato de milhões de reais pode ser assinado hoje, mas os recebimentos e desembolsos só ocorrerão daqui há muitos meses. Ou seja, se considerarmos a movimentação financeira em data diferente da real, o cálculo estará equivocado.
2) Identificar quais receitas e despesas estão exclusivamente relacionados ao investimento em estudo: é importante, porque considerar, no cálculo, uma despesa que acontecerá, independente da empresa realizar ou não determinado investimento, poderá comprometer a decisão, afinal, se a despesa não está relacionada ao projeto, ela é irrelevante para a tomada da decisão.
3) Canibalização de produtos: é importante, porque se o gestor de um projeto considerar todas as futuras receitas como acréscimos reais à empresa, poderá estar cometendo um grande erro. Imagine que uma empresa pretenda lançar uma nova linha de veículos. Será preciso identificar quais clientes que comprariam os anteriores veículos da empresa, que irão deixar de fazê-lo, para comprar a nova linha. Ou seja, embora o novo veículo venha a vender, por exemplo, 1.000 unidades por mês, isso não significa que a empresa estará vendendo 1.000 unidades a mais, é preciso “descontar” os veículos substituídos. A “canibalização” ocorre quando um produto novo “come” um pedaço do mercado de um produto antigo.
4) Depreciação: isso é importante por que a depreciação não é paga. Nenhuma empresa efetua o pagamentoda depreciação, ou seja, ela é uma despesa contábil, mas não sai nem um centavo do caixa da empresa.
5) Impacto no capital de giro: é importante, porque não basta considerar apenas as despesas que serão diretas no projeto, mas as indiretas também. Imagine que um novo tipo de produto será vendido de forma parcelada. Isso demandará um aumento no capital de giro da empresa, o que possui um custo, ou seja, além de considerar as despesas no investimento, é preciso considerar este aumento das despesas financeiras para financiar a venda.
6) Custos já incorridos: é importante, porque a decisão de fazer ou não um projeto não deve levar em consideração as despesas já feitas. Ou seja, se foi preciso gastar durante o desenvolvimento do projeto, por exemplo, com pesquisa de campo, contratação de escritório de advocacia (para avaliar questões legais etc.) e até mesmo na construção de um protótipo, tudo o que foi gasto não é relevante para a decisão, pois já foi gasto. Ou seja, mesmo que a decisão seja não fazer o projeto, aquelas despesas serão pagas de qualquer maneira.
NA PRÁTICA
No dia a dia das empresas, é muito comum acontecer uma situação que contraria a teoria. Conforme vimos, os custos já incorridos não devem ser considerados na decisão de realizar ou não um projeto, pois eles já foram gastos. Ou seja, mesmo que a decisão seja de não fazer o projeto, aquelas despesas serão pagas de qualquer maneira. Apesar disto, as empresas insistem em ignorar estes custos no momento da decisão, normalmente com a justificativa de que aqueles gastos ocorreram em função do projeto, o que não deixa de ser verdade. Veja um exemplo clássico disso:
DESAFIO ANÁLISE DE RISCO EM DECISÕES DE INVESTIMENTO I
Sempre que ouvimos a palavra risco a associamos a coisas negativas, mas, em análise de investimentos, risco é, literalmente, parte do nosso dia a dia e, por isso, precisamos entender melhor os mecanismos de ajuste e de defesa relacionados a ele.
É preciso lembrar que todo investimento tem chances de dar 100% certo ou de ser parcialmente certo e, finalmente, 100% errado. Quando Bill Gates resolveu fundar a Microsoft, para aprimorar os softwares que não interessavam à IBM, muitas pessoas consideraram isso muito arriscado (e realmente era). Mas algumas décadas depois, ele tornou-se a pessoa mais rica do mundo, e a Microsoft, que começou em uma sala desocupada da IBM, hoje vale muito mais que a própria IBM. É claro que nem só de histórias de sucesso vive o mundo dos investimentos, ao contrário, estima-se que, para cada empresa bem sucedida, 18 empresas faliram, ou acabaram sendo adquiridas por outras empresas. Você pode estar pensando que é muito pouco, só uma, a cada 19, ter sucesso. Mas é importante lembrar que falir não significa deixar de investir e, no fim, acabar tendo sucesso.
Henry Ford (fundador da fábrica de veículos Ford) faliu três vezes antes de conseguir ter sucesso na fabricação de veículos. Mesmo Steve Jobs (fundador da Apple) quase levou a empresa à falência diversas vezes. Walt Disney, como um último exemplo, apostou todo o recurso de seus estúdios de desenho (modesto naquela época) e até economias pessoais, na construção de um novo tipo de parque de diversões (Disneylândia, na Califórnia). O risco que ele correu foi muito grande, pois se o público não gostasse de seu parque, ele seria mais um na extensa lista de empreendedores falidos. Para sua sorte, sabemos que esta história teve um final muito feliz.
Pois bem, para resolver este desafio, você deverá diferenciar risco sistêmico de risco não sistêmico e depois demonstrar como a diversificação de ativos é capaz de reduzir o risco total de investimentos (se preferir, pode comparar o risco de um investimento em ativo único com investimento em mais de um ativo).
Padrão de resposta esperado
Risco sistêmico é todo risco que não pode ser diminuído por ação isolada de nenhuma empresa. Em outras palavras, não há nada que se possa fazer, pois envolve questões macroeconômicas. Já o risco não sistêmico é todo o risco que pode ser diminuído pela empresa.
A diversificação de ativos é capaz de reduzir o risco total de investimentos, pois é possível escolher investimentos que possuam consequências inversas aos fatos futuros. Por exemplo, você não sabe se no ano que vem irá fazer calor ou frio. Investir apenas em uma fábrica de aparelhos de ar-condicionado (e torcer para fazer calor) ou apenas em uma fábrica de cobertores (e torcer para fazer frio) não elimina o risco de o resultado ser o oposto do esperado. Por outro lado, investir um pouco em cada uma destas fábricas e, assim, fabricar ambos os produtos, elimina, em grande parte, o efeito de o clima ser adverso ao previsto.
NA PRÁTICA
No dia a dia das empresas, o risco é um fator sempre presente. As decisões sobre o que fazer antes de os riscos acontecerem podem definir o resultado positivo ou negativo da empresa. Buscar eliminar todos os riscos pode não ser a melhor opção. Isso acontece porque, na maioria dos casos, o que se faz é trocar um tipo de risco por outro. Vejamos um exemplo:
DESAFIO ANÁLISE DE RISCO EM DECISÕES DE INVESTIMENTO II
Quando uma empresa, ou uma pessoa física, avalia se vai investir ou não em determinado ativo, é sempre necessário verificar se o retorno do investimento está ajustado ao risco. Só se investe em algo com mais risco se o retorno for maior. Vejamos um exemplo simples: imagine duas empresas quaisquer, denominadas de “X” e “Y”. A empresa “X”, há décadas no mercado, produz e vende seus produtos há muitos anos para os Estados Unidos e Europa. A empresa “Y”, recém-fundada, decidiu produzir produtos de luxo para o mercado Norte Coreano (é um exemplo). Se a empresa “X” oferece 10% de retorno anual a seus investidores, alguém investirá na empresa “Y” pelos mesmos 10%? É claro que não, pois seu mercado é muito mais arriscado que o da empresa “X”, assim, para atrair investidores, a empresa “Y” acaba sendo forçada a oferecer um retorno maior, por exemplo, 12 ou 15%. O problema deste exemplo é que ele trata situações simples de avaliar, pois uma é recém-fundada e a outra já é tradicional, e o mercado de cada empresa é bem diferente.
Agora, como fazer para calcular o custo de capital para investimento em empresas multidivisionais (aquelas que possuem diversas divisões, ou que operam em diversos setores) ou para considerar a inflação em seu cálculo e, para finalizar, como utilizar opções reais para gerenciar o risco?
Pois bem, este é o desafio desta unidade. Pesquise e responda às três perguntas acima.
A resposta será avaliada conforme os seguintes critérios:
• Se for necessário realizar alguma operação matemática, deve ser apresentado o raciocínio completo, e não apenas o resultado final.
Padrão de resposta esperado
Para calcular o custo de capital para investimento em empresas multidivisionais (aquelas que possuem diversas divisões, ou que operam em diversos setores) o melhor caminho é dividir as empresas em tantos setores quantos os que a empresa opera. Uma empresa que opera, por exemplo, em dois setores como energia elétrica e transporte, deveria ser “dividida” em duas e cada parte desta empresa analisada comparativamente a uma empresa ”pura”, uma só de energia elétrica e outra só de transporte.
Para considerar a inflação em seu cálculo, é preciso “descontá-la” da taxa de retorno efetivamente esperada. Um exemplo que deixa bem claro como isso funciona é imaginar que um determinado investimento apresenta taxa de retorno de 10% ao ano, em um determinado país que tem inflação anual de 2%. Só com estas informações é possível entender que a taxa de retorno real (descontada a inflação) será de aproximadamente 8% (10% - 2%). O cálculo exato é obtido dividindo os fatores (1,10/1,02 = 1,0784 ou 7,84%).
Por fim, a utilização de opções reais para gerenciar o risco do investimento vai depender do tipo de investimento escolhido. Se for a compra de ações, por exemplo, não é necessário nenhuma formalização especial, basta escolher uma empresa cujas ações possuem liquidez (são fáceis de comprar ouvender a qualquer momento). Assim, se passado algum tempo você identificar que o retorno daquelas ações está acima do que se esperava, basta você comprar mais. Ou, se apenas manter o investimento, se o resultado estiver como previsto ou, vender as ações rapidamente, se perceber que o resultado está ruim. Por outro lado, alguns tipos de investimentos não possuem estas características, e outros ainda dependem de contratos devidamente formalizados para permitir tais práticas (investir mais ou menos). Em outras palavras “opções reais” são investimentos nos quais é possível investir mais, ficar como está ou investir menos, a qualquer momento.
NA PRÁTICA
Uma das atividades mais complicadas na avaliação das oportunidades de investimentos é quando você compara duas empresas que operam em mais de um setor. Veja um exemplo:
NA PRÁTICA
Na prática, ao avaliar uma empresa, deve-se ter o cuidado de verificar em qual momento estão os investimentos feitos por ela. Veja um exemplo:

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