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Língua Portuguesa (EaD) - Aula 03

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Língua Portuguesa
Aula 03:
Introdução
Aqui, trataremos, especi�camente, de concordância nominal e 
verbal. 
Objetivo
Ao �m desta aula, você deverá ser capaz de cumprir os 
objetivos abaixo descritos:
1. Reconhecer algumas regras de concordância verbal e nominal;
2. Re�etir acerca dos usos da língua quanto à concordância;
3. Relacionar seus elementos aos usos cotidianos da língua;
4. Identi�car diversas formas de comunicação dependentes da 
norma culta da língua.
Concordância = adequação da língua
Exemplo 1:
_Parece que não existe mais pessoas interessadas neste assunto
O que há de estranho nessa frase? Se não há “mais pessoas 
interessadas neste assunto”, então, o verbo deveria estar no 
plural. Logo, o correto seria: 
_Parece que não existem mais pessoas interessadas neste assunto.
Exemplo 2:
_Vou mandar anexo no e-mail os relatórios.
E nesta frase? O que lhe chamou a atenção? Se o substantivo 
“relatórios” está no plural, o adjetivo “anexo” deve seguir essa 
categoria da língua. Logo, o correto seria: 
_Vou mandar anexos no e-mail os relatórios.
Agora, as frases possuem CONCORDÂNCIA.
Exercício:
Com base no que vimos anteriormente, identi�que os 
equívocos de concordância nas frases a seguir e reescreva-as 
corretamente: 
1. Segue anexa as atas de registro de preço.
Resposta: Seguem anexas as atas de registro de preço.
2. Todas as decisões tratadas na reunião e assinadas pelo chefe 
foi seguido.
Resposta: Todas as decisões tratadas na reunião e assinadas 
pelo chefe foram seguidas.
Um Pouco de Teoria
A Língua Portuguesa é bastante �exível no que diz respeito à 
posição dos elementos na frase. Observe os seguintes exemplos:
A) As duas alunas inteligentes já começaram a estudar para a 
prova de amanhã.
B) Já começaram a estudar para a prova de amanhã as duas 
alunas inteligentes.
C) Para a prova de amanhã, já começaram a estudar as duas 
alunas inteligentes.
No exemplo (A), a frase está na ordem direta, ou seja, na ordem 
padrão da língua: SUJEITO + VERBO + COMPLEMENTO
SUJEITO = “As duas alunas inteligentes”
VERBO = “começaram a estudar”
COMPLEMENTO = “para a prova de amanhã”
Ordem direta e inversa
Vamos voltar ao exemplo que apresentamos no início da aula:
_Parece que não existe mais pessoas interessadas neste assunto.
Esse tipo de erro ocorre, geralmente, devido à inversão dos 
elementos na frase, como vemos em:
_Não veio à aula de matemática do turno da manhã ontem os 
nossos melhores alunos.
Mas há como evitar esses equívocos?
Sim, colocando a frase na ordem direta. Isso é importante para 
veri�car a concordância do VERBO com o SUJEITO. No caso dos 
exemplos em questão, o correto seria:
_Parece que mais pessoas interessadas neste assunto não existem.
_Não vieram à aula de matemática do turno da manhã ontem os 
nossos melhores alunos.
Não quer dizer que a ordem inversa não deva ser usada, mas, se 
você a escolher, poderá correr o risco de se enganar quanto à 
concordância. Ao menos na hora da revisão, procure utilizar a 
ordem direta.
Exercício:
Para testar seus conhecimentos e veri�car se entendeu a 
diferença entre ordem direta e inversa da língua, coloque as 
frases a seguir na ordem direta, ajustando a concordância, 
quando necessário:
1. Ouviram do Ipiranga as margens plácidas de um povo 
heroico o brado retumbante.
Resposta: As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado 
retumbante de um povo heroico.
2. Os dois irmãos, na hora do jantar, sem o menor 
constrangimento, comeu antes de lavar as mãos.
Resposta: Os dois irmãos comeram antes de lavar as mãos na 
hora do jantar, sem o menor constrangimento.
Adequação linguística
Analise os seguintes exemplos:
_As menina está pronta.
_As meninas estão prontas.
Frases desse tipo identi�cam a que comunidade linguística 
pertencem as pessoas que as proferem. E quando empregamos 
a língua adequadamente em contextos formais, de acordo com 
a norma culta, também somos marcados da mesma forma.  
Exercício:
No exemplo a seguir, há um problema de concordância verbal 
no título da matéria. Veja: 
1. ‘’Revelações de detalhes sobre tortura de Dilma intriga Brasil, 
diz 'NYT'’’ Detalhes das sessões de tortura sofridas por Dilma 
na ditadura militar têm intrigado os brasileiros, informa matéria 
publicada pelo 'New York Times' no sábado (4). [...]
Nesse caso, o verbo “intrigar” não concorda com o sujeito da 
oração. O correto seria: ‘’Revelações de detalhes sobre tortura 
de Dilma intrigam Brasil, diz ‘NYT’.’’
Dúvidas frequentes de concordância verbal
Para evitar equívocos de concordância verbal, existe uma regra 
geral que deve ser sempre considerada:
O verbo concorda com o núcleo do sujeito a que se refere em 
número – singular ou plural – e em pessoa – 1ª, 2ª ou 3ª.
Palavra principal que compõe o sujeito da oração – aquela que 
rege a concordância. Geralmente, esse vocábulo é um 
substantivo, mas também pode ser um pronome. 
1) Sujeito colocado depois do verbo
Quando o sujeito aparece posposto ao verbo – isto é, depois 
dele –, costuma-se cometer o erro mencionado no início da 
aula. Observe:
INCORRETO: _Parece que não existe  mais pessoas interessadas 
neste assunto.
ESTRATÉGIA: Substituir o sujeito por um pronome = ELAS 
_Parece que elas não existem mais.
CORRETO: _Parece que não existem mais pessoas interessadas 
nesse assunto.
2) Em frases em que o sujeito é muito extenso ou em que o 
núcleo do sujeito está distante do verbo, também se cometem 
alguns erros. Você já deve ter percebido que, às vezes, o sujeito 
é tão longo que perdemos o �o da meada não só quanto ao 
sentido da sentença como também quanto à gramática. 
Observe:
INCORRETO: _O perigo de encontrarmos nas ruas ou nas cidades 
grandes um assaltante podem nos intimidar.
ESTRATÉGIA: Pergunte-se: O que “pode nos intimidar”? 
Resposta: “O perigo” = ELE
CORRETO: _ O perigo de encontrarmos nas ruas ou nas cidades 
grandes um assaltante pode nos intimidar.
3) Contaminação do verbo com a palavra mais próxima, sem 
concordar com o núcleo do sujeito de fato: Outro erro muito 
comum ocorre quando o verbo é contaminado pela palavra 
mais próxima e deixa de concordar com o núcleo do sujeito de 
fato. Esse engano é corriqueiro em situações em que a 
expressão antes do verbo está no plural e o núcleo do sujeito, 
no singular ou vice-versa. Observe:
INCORRETO: _Será que a incompetência por parte de diversos 
pro�ssionais não poderiam ser evitados?
ESTRATÉGIA: Pergunte-se: O que “poderia ser evitado(a)”? 
Resposta: “a incompetência”.
CORRETO: _Será que a incompetência por parte de diversos 
pro�ssionais não poderia ser evitada?
4) Muito CUIDADO com a concordância que envolve um 
pronome: O, OS, A, AS. Observe como deduzimos a 
concordância adequada nesse tipo de construção:
INCORRETO: _Todas aquelas promessas a fez esquecer a traição.
ESTRATÉGIA: Pergunte-se: O que “a fez esquecer a traição”? 
Resposta: “Todas aquelas promessas”.
CORRETO: _Todas aquelas promessas a �zeram esquecer a traição.
5) Núcleos ligados pela conjunção OU. Quando aparecem nas 
sentenças núcleos ligados pela conjunção “ou”, devemos 
considerar duas situações – aquelas em que:
a) Há ideia de exclusão ou de reti�cação. Nesse caso, a ação ou 
o fato só pode ser atribuído a um dos núcleos. O verbo �ca, 
então, no singular ou concorda com o núcleo do sujeito mais 
próximo. Exemplos:
 _Felipe Massa ou Lewis Hamilton será o piloto vencedor. (Ideia de 
exclusão)
_Escultura ou pinturas eram do século XVIII. (Ideia de exclusão)
_O professor ou os professores elaboraram as questões. (Ideia de 
reti�cação) 
b) Não há ideia de exclusão. Nesse caso, a ação ou o fato 
podem ser atribuídos a ambos os núcleos. O verbo vai, então, 
para o plural na pessoa gramatical predominante. Exemplos:
_O álcool ou o cigarro são prejudiciais à saúde.
_Você ou a mãe dela serão sempre odiadas por todos.
6) Uso de expressões especí�cas. Vamos, agora, aos casosde 
concordância a partir de usos de expressões especí�cas. São elas:
a) Um dos que x uma das que:
Se você usar tais expressões, o verbo poderá �car no singular 
ou no plural. Exemplo: 
_O segurança foi um dos que pediu/pediram demissão.
b) A maioria de x grande parte de x parte de x a maior parte de:
Se você usar tais expressões partitivas e equivalentes, o verbo 
poderá �car no singular ou no plural. Exemplo:
_A maioria das revistas não comentou/comentaram o caso.
_Grande parte dos espectadores perdeu/perderam a estreia da 
nova novela.
c) Mais de um:
Se você usar esta expressão, o verbo �cará no singular – a não 
ser que ela esteja repetida ou indique reciprocidade. Exemplo:
_Mais de um funcionário foi demitido.
_Mais de uma escolha, mais de uma ação teriam de ser feitas. 
(Expressão repetida)
_Mais de um convidado deram-se as mãos. (Ideia de reciprocidade)
7) Pronomes relativos QUE e QUEM. Veja, agora, como ocorre a 
concordância quando o sujeito é formado pelos seguintes 
pronomes relativos:
a) Que:
Nesse caso, o verbo concorda em número e pessoa com o 
antecedente do pronome. Exemplos:
_Fui eu que liguei o aparelho.
_Foram eles que ligaram o aparelho. 
b) Quem:
Nesse caso, o verbo �ca na 3ª pessoa do singular. Exemplos:
_Não sou eu quem paga o serviço.
_Fui eu quem pagou a serviço. 
Atenção! Na língua falada, é comum o verbo concordar com o 
antecedente do pronome QUEM e ouvirmos frases do tipo: 
_Não sou eu quem pago a conta. No entanto, a prescrição gramatical 
condena esse uso, considerando-o um desvio da norma culta. 
8) Verbos impessoais. Alguns casos de concordância com 
verbos impessoais são alvo de dúvidas por parte de muitos 
brasileiros. Aqueles que não podem ser �exionados em outras 
pessoas, mas sempre permanecem na 3ª pessoa do singular, 
pois não possuem sujeito. Você conhece esses verbos? São eles:
a) Haver
Este verbo não varia quanto apresenta os seguintes sentidos:
Tempo decorrido: Exemplos:
_Não nos vemos há muito tempo.
_Havia cinco anos que planejávamos essa viagem.
_Não os vejo há três meses.
Existir: Exemplo:
_Havia 10 alunos na sala.
b) Fazer
Este verbo não varia quando indica tempo. Exemplos:
_Faz muitos anos que não nos vemos.
_Faz dois anos que viajamos à Espanha.
c) Chover, Gear, etc.
Estes verbos, que indicam fenômenos da natureza, não variam 
e formam orações sem sujeito. Exemplos:
_Chove muito lá fora.
_Chovia muito quando chegamos ao aeroporto.
Atenção! Quando usados em sentido �gurado, os verbos que 
exprimem fenômenos da natureza DEIXAM de ser impessoais. 
Exemplos: 
_Choviam lágrimas de seus olhos. (Sentido metafórico)
9) Partícula SE. Veja, agora, como ocorre a concordância de 
verbos acompanhados da partícula SE:
Partícula apassivadora SE
Neste caso (SE + VERBO TRANSITIVO DIRETO), o verbo 
normalmente concorda com o sujeito, porque a partícula SE 
torna a frase passiva, ou seja, o sujeito é quem sofre a ação do 
verbo. Exemplos:
_Vende-se casa nova.   -   Casa nova é vendida.
_Vendem-se casas novas.  -  Casas novas são vendidas.
Nesses exemplos, as expressões “casa nova” e “casas novas” 
ocupam a função de sujeito e, por isso, os verbos concordam 
com elas, �cando, respectivamente, no singular e no plural.
índice de indeterminação do sujeito. A partícula SE tem a 
função de indeterminar o sujeito da oração quando aparece 
acompanhada dos seguintes verbos:
Verbo Intransitivo - Exemplo: _Vive-se feliz naquela cidade.
Verbo Transitivo Indireto - Exemplo: _Precisa-se de ajudantes.
Verbo de Ligação - Aquele que indica um estado do sujeito, e 
não uma ação. Exemplo: _Permanece-se feliz naquela casa.
Atenção! Nessas situações, o verbo �ca, OBRIGATORIAMENTE, 
na 3ª pessoa do singular.
10) Verbo SER
Seguindo a relação sintática que se estabelece entre o sujeito e 
o verbo, o mais comum é que o verbo SER concorde com o 
sujeito. Exemplos:
_Ele era muito feliz. 
_Eles eram muito felizes.
No entanto, esse verbo adéqua-se à �exão do predicativo  nos 
seguintes caso do quadro. Quando usamos um verbo de 
ligação, completamos o sentido da frase com um predicativo 
do sujeito, como em:
_A menina é/anda/permanece triste.
A palavra “triste” completa o sentido do sujeito “A menina”, e o 
verbo de ligação funciona como uma ponte de sentido entre o 
sujeito e sua característica: o predicativo, que, na maioria das 
vezes, é um adjetivo.
a) Quando o substantivo ou pronome designa pessoa. 
Exemplos: 
_Seu maior orgulho eram os alunos.
_O grande merecedor foste tu.
b) Quando o predicativo é o pronome demonstrativo “o”. 
Nesse caso, o verbo SER �ca no singular.
Exemplo:
_Problemas é o que não lhe falta.
c) Quando o predicativo é neutro, ou seja, quando se 
relaciona a horas, distâncias e datas.
Exemplos:
_É uma hora.
_São dez horas. 
_Hoje é primeiro de maio.
_Hoje são 30 de maio.
_Daqui à praia, será um quilômetro.
_Daqui à praia, serão dois quilômetros.
d) Quando o sujeito é um dos pronomes – QUE, QUEM e O QUE. 
Nesse caso, o verbo SER concorda, obrigatoriamente, com o 
predicativo. Exemplos:
_Que são homônimos? 
_Quem foram os vencedores do campeonato? 
e) Quando o sujeito é um dos pronomes – TUDO, ISSO, 
AQUILO, ISTO, NINGUÉM, NENHUM – ou expressão do tipo O 
RESTO, O MAIS etc. Nesse caso, o verbo SER concorda, 
preferencialmente, com o predicativo. Exemplos:
_Tudo são �ores no início da relação. 
_Isto são fenômenos da natureza.
f) Quando usamos as expressões É MUITO, É POUCO, É 
BASTANTE. Nesse caso, o verbo SER �cará no singular se 
indicar quantidade, distância, medida. Exemplos:
_Quatro reais é pouco para irmos ao cinema. 
_Seis quilos de feijão é mais do que pedi.
De acordo com Sautchuk (2011, p. 221), um texto sem 
concordância nominal pode impressionar, de forma negativa, o 
leitor ou ouvinte. Vamos analisar, agora, algumas dúvidas 
frequentes no que diz respeito a esse tipo de concordância. A 
regra geral para evitar erros nesse sentido é a seguinte:
Os determinantes e modi�cadores concordam com o 
substantivo a que se referem. 
O quadro a seguir apresenta esses termos:
Língua Portuguesa
Aula 03:
Introdução
Aqui, trataremos, especi�camente, de concordância nominal e 
verbal. 
Objetivo
Ao �m desta aula, você deverá ser capaz de cumprir os 
objetivos abaixo descritos:
1. Reconhecer algumas regras de concordância verbal e nominal;
2. Re�etir acerca dos usos da língua quanto à concordância;
3. Relacionar seus elementos aos usos cotidianos da língua;
4. Identi�car diversas formas de comunicação dependentes da 
norma culta da língua.
Concordância = adequação da língua
Exemplo 1:
_Parece que não existe mais pessoas interessadas neste assunto
O que há de estranho nessa frase? Se não há “mais pessoas 
interessadas neste assunto”, então, o verbo deveria estar no 
plural. Logo, o correto seria: 
_Parece que não existem mais pessoas interessadas neste assunto.
Exemplo 2:
_Vou mandar anexo no e-mail os relatórios.
E nesta frase? O que lhe chamou a atenção? Se o substantivo 
“relatórios” está no plural, o adjetivo “anexo” deve seguir essa 
categoria da língua. Logo, o correto seria: 
_Vou mandar anexos no e-mail os relatórios.
Agora, as frases possuem CONCORDÂNCIA.
Exercício:
Com base no que vimos anteriormente, identi�que os 
equívocos de concordância nas frases a seguir e reescreva-as 
corretamente: 
1. Segue anexa as atas de registro de preço.
Resposta: Seguem anexas as atas de registro de preço.
2. Todas as decisões tratadas na reunião e assinadas pelo chefe 
foi seguido.
Resposta: Todas as decisões tratadas na reunião e assinadas 
pelo chefe foram seguidas.
Um Pouco de Teoria
A Língua Portuguesa é bastante �exível no que diz respeito à 
posição dos elementos na frase. Observe os seguintes exemplos:
A) As duas alunas inteligentes já começaram a estudar para a 
prova de amanhã.
B) Já começaram a estudar para a prova de amanhã as duas 
alunas inteligentes.C) Para a prova de amanhã, já começaram a estudar as duas 
alunas inteligentes.
No exemplo (A), a frase está na ordem direta, ou seja, na ordem 
padrão da língua: SUJEITO + VERBO + COMPLEMENTO
SUJEITO = “As duas alunas inteligentes”
VERBO = “começaram a estudar”
COMPLEMENTO = “para a prova de amanhã”
Ordem direta e inversa
Vamos voltar ao exemplo que apresentamos no início da aula:
_Parece que não existe mais pessoas interessadas neste assunto.
Esse tipo de erro ocorre, geralmente, devido à inversão dos 
elementos na frase, como vemos em:
_Não veio à aula de matemática do turno da manhã ontem os 
nossos melhores alunos.
Mas há como evitar esses equívocos?
Sim, colocando a frase na ordem direta. Isso é importante para 
veri�car a concordância do VERBO com o SUJEITO. No caso dos 
exemplos em questão, o correto seria:
_Parece que mais pessoas interessadas neste assunto não existem.
_Não vieram à aula de matemática do turno da manhã ontem os 
nossos melhores alunos.
Não quer dizer que a ordem inversa não deva ser usada, mas, se 
você a escolher, poderá correr o risco de se enganar quanto à 
concordância. Ao menos na hora da revisão, procure utilizar a 
ordem direta.
Exercício:
Para testar seus conhecimentos e veri�car se entendeu a 
diferença entre ordem direta e inversa da língua, coloque as 
frases a seguir na ordem direta, ajustando a concordância, 
quando necessário:
1. Ouviram do Ipiranga as margens plácidas de um povo 
heroico o brado retumbante.
Resposta: As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado 
retumbante de um povo heroico.
2. Os dois irmãos, na hora do jantar, sem o menor 
constrangimento, comeu antes de lavar as mãos.
Resposta: Os dois irmãos comeram antes de lavar as mãos na 
hora do jantar, sem o menor constrangimento.
Adequação linguística
Analise os seguintes exemplos:
_As menina está pronta.
_As meninas estão prontas.
Frases desse tipo identi�cam a que comunidade linguística 
pertencem as pessoas que as proferem. E quando empregamos 
a língua adequadamente em contextos formais, de acordo com 
a norma culta, também somos marcados da mesma forma.  
Exercício:
No exemplo a seguir, há um problema de concordância verbal 
no título da matéria. Veja: 
1. ‘’Revelações de detalhes sobre tortura de Dilma intriga Brasil, 
diz 'NYT'’’ Detalhes das sessões de tortura sofridas por Dilma 
na ditadura militar têm intrigado os brasileiros, informa matéria 
publicada pelo 'New York Times' no sábado (4). [...]
Nesse caso, o verbo “intrigar” não concorda com o sujeito da 
oração. O correto seria: ‘’Revelações de detalhes sobre tortura 
de Dilma intrigam Brasil, diz ‘NYT’.’’
Dúvidas frequentes de concordância verbal
Para evitar equívocos de concordância verbal, existe uma regra 
geral que deve ser sempre considerada:
O verbo concorda com o núcleo do sujeito a que se refere em 
número – singular ou plural – e em pessoa – 1ª, 2ª ou 3ª.
Palavra principal que compõe o sujeito da oração – aquela que 
rege a concordância. Geralmente, esse vocábulo é um 
substantivo, mas também pode ser um pronome. 
1) Sujeito colocado depois do verbo
Quando o sujeito aparece posposto ao verbo – isto é, depois 
dele –, costuma-se cometer o erro mencionado no início da 
aula. Observe:
INCORRETO: _Parece que não existe  mais pessoas interessadas 
neste assunto.
ESTRATÉGIA: Substituir o sujeito por um pronome = ELAS 
_Parece que elas não existem mais.
CORRETO: _Parece que não existem mais pessoas interessadas 
nesse assunto.
2) Em frases em que o sujeito é muito extenso ou em que o 
núcleo do sujeito está distante do verbo, também se cometem 
alguns erros. Você já deve ter percebido que, às vezes, o sujeito 
é tão longo que perdemos o �o da meada não só quanto ao 
sentido da sentença como também quanto à gramática. 
Observe:
INCORRETO: _O perigo de encontrarmos nas ruas ou nas cidades 
grandes um assaltante podem nos intimidar.
ESTRATÉGIA: Pergunte-se: O que “pode nos intimidar”? 
Resposta: “O perigo” = ELE
CORRETO: _ O perigo de encontrarmos nas ruas ou nas cidades 
grandes um assaltante pode nos intimidar.
3) Contaminação do verbo com a palavra mais próxima, sem 
concordar com o núcleo do sujeito de fato: Outro erro muito 
comum ocorre quando o verbo é contaminado pela palavra 
mais próxima e deixa de concordar com o núcleo do sujeito de 
fato. Esse engano é corriqueiro em situações em que a 
expressão antes do verbo está no plural e o núcleo do sujeito, 
no singular ou vice-versa. Observe:
INCORRETO: _Será que a incompetência por parte de diversos 
pro�ssionais não poderiam ser evitados?
ESTRATÉGIA: Pergunte-se: O que “poderia ser evitado(a)”? 
Resposta: “a incompetência”.
CORRETO: _Será que a incompetência por parte de diversos 
pro�ssionais não poderia ser evitada?
4) Muito CUIDADO com a concordância que envolve um 
pronome: O, OS, A, AS. Observe como deduzimos a 
concordância adequada nesse tipo de construção:
INCORRETO: _Todas aquelas promessas a fez esquecer a traição.
ESTRATÉGIA: Pergunte-se: O que “a fez esquecer a traição”? 
Resposta: “Todas aquelas promessas”.
CORRETO: _Todas aquelas promessas a �zeram esquecer a traição.
5) Núcleos ligados pela conjunção OU. Quando aparecem nas 
sentenças núcleos ligados pela conjunção “ou”, devemos 
considerar duas situações – aquelas em que:
a) Há ideia de exclusão ou de reti�cação. Nesse caso, a ação ou 
o fato só pode ser atribuído a um dos núcleos. O verbo �ca, 
então, no singular ou concorda com o núcleo do sujeito mais 
próximo. Exemplos:
 _Felipe Massa ou Lewis Hamilton será o piloto vencedor. (Ideia de 
exclusão)
_Escultura ou pinturas eram do século XVIII. (Ideia de exclusão)
_O professor ou os professores elaboraram as questões. (Ideia de 
reti�cação) 
b) Não há ideia de exclusão. Nesse caso, a ação ou o fato 
podem ser atribuídos a ambos os núcleos. O verbo vai, então, 
para o plural na pessoa gramatical predominante. Exemplos:
_O álcool ou o cigarro são prejudiciais à saúde.
_Você ou a mãe dela serão sempre odiadas por todos.
6) Uso de expressões especí�cas. Vamos, agora, aos casos de 
concordância a partir de usos de expressões especí�cas. São elas:
a) Um dos que x uma das que:
Se você usar tais expressões, o verbo poderá �car no singular 
ou no plural. Exemplo: 
_O segurança foi um dos que pediu/pediram demissão.
b) A maioria de x grande parte de x parte de x a maior parte de:
Se você usar tais expressões partitivas e equivalentes, o verbo 
poderá �car no singular ou no plural. Exemplo:
_A maioria das revistas não comentou/comentaram o caso.
_Grande parte dos espectadores perdeu/perderam a estreia da 
nova novela.
c) Mais de um:
Se você usar esta expressão, o verbo �cará no singular – a não 
ser que ela esteja repetida ou indique reciprocidade. Exemplo:
_Mais de um funcionário foi demitido.
_Mais de uma escolha, mais de uma ação teriam de ser feitas. 
(Expressão repetida)
_Mais de um convidado deram-se as mãos. (Ideia de reciprocidade)
7) Pronomes relativos QUE e QUEM. Veja, agora, como ocorre a 
concordância quando o sujeito é formado pelos seguintes 
pronomes relativos:
a) Que:
Nesse caso, o verbo concorda em número e pessoa com o 
antecedente do pronome. Exemplos:
_Fui eu que liguei o aparelho.
_Foram eles que ligaram o aparelho. 
b) Quem:
Nesse caso, o verbo �ca na 3ª pessoa do singular. Exemplos:
_Não sou eu quem paga o serviço.
_Fui eu quem pagou a serviço. 
Atenção! Na língua falada, é comum o verbo concordar com o 
antecedente do pronome QUEM e ouvirmos frases do tipo: 
_Não sou eu quem pago a conta. No entanto, a prescrição gramatical 
condena esse uso, considerando-o um desvio da norma culta. 
8) Verbos impessoais. Alguns casos de concordância com 
verbos impessoais são alvo de dúvidas por parte de muitos 
brasileiros. Aqueles que não podem ser �exionados em outras 
pessoas, mas sempre permanecem na 3ª pessoa do singular, 
pois não possuem sujeito. Vocêconhece esses verbos? São eles:
a) Haver
Este verbo não varia quanto apresenta os seguintes sentidos:
Tempo decorrido: Exemplos:
_Não nos vemos há muito tempo.
_Havia cinco anos que planejávamos essa viagem.
_Não os vejo há três meses.
Existir: Exemplo:
_Havia 10 alunos na sala.
b) Fazer
Este verbo não varia quando indica tempo. Exemplos:
_Faz muitos anos que não nos vemos.
_Faz dois anos que viajamos à Espanha.
c) Chover, Gear, etc.
Estes verbos, que indicam fenômenos da natureza, não variam 
e formam orações sem sujeito. Exemplos:
_Chove muito lá fora.
_Chovia muito quando chegamos ao aeroporto.
Atenção! Quando usados em sentido �gurado, os verbos que 
exprimem fenômenos da natureza DEIXAM de ser impessoais. 
Exemplos: 
_Choviam lágrimas de seus olhos. (Sentido metafórico)
9) Partícula SE. Veja, agora, como ocorre a concordância de 
verbos acompanhados da partícula SE:
Partícula apassivadora SE
Neste caso (SE + VERBO TRANSITIVO DIRETO), o verbo 
normalmente concorda com o sujeito, porque a partícula SE 
torna a frase passiva, ou seja, o sujeito é quem sofre a ação do 
verbo. Exemplos:
_Vende-se casa nova.   -   Casa nova é vendida.
_Vendem-se casas novas.  -  Casas novas são vendidas.
Nesses exemplos, as expressões “casa nova” e “casas novas” 
ocupam a função de sujeito e, por isso, os verbos concordam 
com elas, �cando, respectivamente, no singular e no plural.
índice de indeterminação do sujeito. A partícula SE tem a 
função de indeterminar o sujeito da oração quando aparece 
acompanhada dos seguintes verbos:
Verbo Intransitivo - Exemplo: _Vive-se feliz naquela cidade.
Verbo Transitivo Indireto - Exemplo: _Precisa-se de ajudantes.
Verbo de Ligação - Aquele que indica um estado do sujeito, e 
não uma ação. Exemplo: _Permanece-se feliz naquela casa.
Atenção! Nessas situações, o verbo �ca, OBRIGATORIAMENTE, 
na 3ª pessoa do singular.
10) Verbo SER
Seguindo a relação sintática que se estabelece entre o sujeito e 
o verbo, o mais comum é que o verbo SER concorde com o 
sujeito. Exemplos:
_Ele era muito feliz. 
_Eles eram muito felizes.
No entanto, esse verbo adéqua-se à �exão do predicativo  nos 
seguintes caso do quadro. Quando usamos um verbo de 
ligação, completamos o sentido da frase com um predicativo 
do sujeito, como em:
_A menina é/anda/permanece triste.
A palavra “triste” completa o sentido do sujeito “A menina”, e o 
verbo de ligação funciona como uma ponte de sentido entre o 
sujeito e sua característica: o predicativo, que, na maioria das 
vezes, é um adjetivo.
a) Quando o substantivo ou pronome designa pessoa. 
Exemplos: 
_Seu maior orgulho eram os alunos.
_O grande merecedor foste tu.
b) Quando o predicativo é o pronome demonstrativo “o”. 
Nesse caso, o verbo SER �ca no singular.
Exemplo:
_Problemas é o que não lhe falta.
c) Quando o predicativo é neutro, ou seja, quando se 
relaciona a horas, distâncias e datas.
Exemplos:
_É uma hora.
_São dez horas. 
_Hoje é primeiro de maio.
_Hoje são 30 de maio.
_Daqui à praia, será um quilômetro.
_Daqui à praia, serão dois quilômetros.
d) Quando o sujeito é um dos pronomes – QUE, QUEM e O QUE. 
Nesse caso, o verbo SER concorda, obrigatoriamente, com o 
predicativo. Exemplos:
_Que são homônimos? 
_Quem foram os vencedores do campeonato? 
e) Quando o sujeito é um dos pronomes – TUDO, ISSO, 
AQUILO, ISTO, NINGUÉM, NENHUM – ou expressão do tipo O 
RESTO, O MAIS etc. Nesse caso, o verbo SER concorda, 
preferencialmente, com o predicativo. Exemplos:
_Tudo são �ores no início da relação. 
_Isto são fenômenos da natureza.
f) Quando usamos as expressões É MUITO, É POUCO, É 
BASTANTE. Nesse caso, o verbo SER �cará no singular se 
indicar quantidade, distância, medida. Exemplos:
_Quatro reais é pouco para irmos ao cinema. 
_Seis quilos de feijão é mais do que pedi.
De acordo com Sautchuk (2011, p. 221), um texto sem 
concordância nominal pode impressionar, de forma negativa, o 
leitor ou ouvinte. Vamos analisar, agora, algumas dúvidas 
frequentes no que diz respeito a esse tipo de concordância. A 
regra geral para evitar erros nesse sentido é a seguinte:
Os determinantes e modi�cadores concordam com o 
substantivo a que se referem. 
O quadro a seguir apresenta esses termos:
Língua Portuguesa
Aula 03:
Introdução
Aqui, trataremos, especi�camente, de concordância nominal e 
verbal. 
Objetivo
Ao �m desta aula, você deverá ser capaz de cumprir os 
objetivos abaixo descritos:
1. Reconhecer algumas regras de concordância verbal e nominal;
2. Re�etir acerca dos usos da língua quanto à concordância;
3. Relacionar seus elementos aos usos cotidianos da língua;
4. Identi�car diversas formas de comunicação dependentes da 
norma culta da língua.
Concordância = adequação da língua
Exemplo 1:
_Parece que não existe mais pessoas interessadas neste assunto
O que há de estranho nessa frase? Se não há “mais pessoas 
interessadas neste assunto”, então, o verbo deveria estar no 
plural. Logo, o correto seria: 
_Parece que não existem mais pessoas interessadas neste assunto.
Exemplo 2:
_Vou mandar anexo no e-mail os relatórios.
E nesta frase? O que lhe chamou a atenção? Se o substantivo 
“relatórios” está no plural, o adjetivo “anexo” deve seguir essa 
categoria da língua. Logo, o correto seria: 
_Vou mandar anexos no e-mail os relatórios.
Agora, as frases possuem CONCORDÂNCIA.
Exercício:
Com base no que vimos anteriormente, identi�que os 
equívocos de concordância nas frases a seguir e reescreva-as 
corretamente: 
1. Segue anexa as atas de registro de preço.
Resposta: Seguem anexas as atas de registro de preço.
2. Todas as decisões tratadas na reunião e assinadas pelo chefe 
foi seguido.
Resposta: Todas as decisões tratadas na reunião e assinadas 
pelo chefe foram seguidas.
Um Pouco de Teoria
A Língua Portuguesa é bastante �exível no que diz respeito à 
posição dos elementos na frase. Observe os seguintes exemplos:
A) As duas alunas inteligentes já começaram a estudar para a 
prova de amanhã.
B) Já começaram a estudar para a prova de amanhã as duas 
alunas inteligentes.
C) Para a prova de amanhã, já começaram a estudar as duas 
alunas inteligentes.
No exemplo (A), a frase está na ordem direta, ou seja, na ordem 
padrão da língua: SUJEITO + VERBO + COMPLEMENTO
SUJEITO = “As duas alunas inteligentes”
VERBO = “começaram a estudar”
COMPLEMENTO = “para a prova de amanhã”
Ordem direta e inversa
Vamos voltar ao exemplo que apresentamos no início da aula:
_Parece que não existe mais pessoas interessadas neste assunto.
Esse tipo de erro ocorre, geralmente, devido à inversão dos 
elementos na frase, como vemos em:
_Não veio à aula de matemática do turno da manhã ontem os 
nossos melhores alunos.
Mas há como evitar esses equívocos?
Sim, colocando a frase na ordem direta. Isso é importante para 
veri�car a concordância do VERBO com o SUJEITO. No caso dos 
exemplos em questão, o correto seria:
_Parece que mais pessoas interessadas neste assunto não existem.
_Não vieram à aula de matemática do turno da manhã ontem os 
nossos melhores alunos.
Não quer dizer que a ordem inversa não deva ser usada, mas, se 
você a escolher, poderá correr o risco de se enganar quanto à 
concordância. Ao menos na hora da revisão, procure utilizar a 
ordem direta.
Exercício:
Para testar seus conhecimentos e veri�car se entendeu a 
diferença entre ordem direta e inversa da língua, coloque as 
frases a seguir na ordem direta, ajustando a concordância, 
quando necessário:
1. Ouviram do Ipiranga as margens plácidas de um povo 
heroico o brado retumbante.
Resposta: As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado 
retumbante de um povo heroico.
2. Os dois irmãos, na hora do jantar, sem o menor 
constrangimento, comeu antes de lavar as mãos.
Resposta: Os dois irmãos comeram antes de lavar as mãos na 
hora do jantar, sem o menor constrangimento.
Adequação linguística
Analise os seguintes exemplos:_As menina está pronta.
_As meninas estão prontas.
Frases desse tipo identi�cam a que comunidade linguística 
pertencem as pessoas que as proferem. E quando empregamos 
a língua adequadamente em contextos formais, de acordo com 
a norma culta, também somos marcados da mesma forma.  
Exercício:
No exemplo a seguir, há um problema de concordância verbal 
no título da matéria. Veja: 
1. ‘’Revelações de detalhes sobre tortura de Dilma intriga Brasil, 
diz 'NYT'’’ Detalhes das sessões de tortura sofridas por Dilma 
na ditadura militar têm intrigado os brasileiros, informa matéria 
publicada pelo 'New York Times' no sábado (4). [...]
Nesse caso, o verbo “intrigar” não concorda com o sujeito da 
oração. O correto seria: ‘’Revelações de detalhes sobre tortura 
de Dilma intrigam Brasil, diz ‘NYT’.’’
Dúvidas frequentes de concordância verbal
Para evitar equívocos de concordância verbal, existe uma regra 
geral que deve ser sempre considerada:
O verbo concorda com o núcleo do sujeito a que se refere em 
número – singular ou plural – e em pessoa – 1ª, 2ª ou 3ª.
Palavra principal que compõe o sujeito da oração – aquela que 
rege a concordância. Geralmente, esse vocábulo é um 
substantivo, mas também pode ser um pronome. 
1) Sujeito colocado depois do verbo
Quando o sujeito aparece posposto ao verbo – isto é, depois 
dele –, costuma-se cometer o erro mencionado no início da 
aula. Observe:
INCORRETO: _Parece que não existe  mais pessoas interessadas 
neste assunto.
ESTRATÉGIA: Substituir o sujeito por um pronome = ELAS 
_Parece que elas não existem mais.
CORRETO: _Parece que não existem mais pessoas interessadas 
nesse assunto.
2) Em frases em que o sujeito é muito extenso ou em que o 
núcleo do sujeito está distante do verbo, também se cometem 
alguns erros. Você já deve ter percebido que, às vezes, o sujeito 
é tão longo que perdemos o �o da meada não só quanto ao 
sentido da sentença como também quanto à gramática. 
Observe:
INCORRETO: _O perigo de encontrarmos nas ruas ou nas cidades 
grandes um assaltante podem nos intimidar.
ESTRATÉGIA: Pergunte-se: O que “pode nos intimidar”? 
Resposta: “O perigo” = ELE
CORRETO: _ O perigo de encontrarmos nas ruas ou nas cidades 
grandes um assaltante pode nos intimidar.
3) Contaminação do verbo com a palavra mais próxima, sem 
concordar com o núcleo do sujeito de fato: Outro erro muito 
comum ocorre quando o verbo é contaminado pela palavra 
mais próxima e deixa de concordar com o núcleo do sujeito de 
fato. Esse engano é corriqueiro em situações em que a 
expressão antes do verbo está no plural e o núcleo do sujeito, 
no singular ou vice-versa. Observe:
INCORRETO: _Será que a incompetência por parte de diversos 
pro�ssionais não poderiam ser evitados?
ESTRATÉGIA: Pergunte-se: O que “poderia ser evitado(a)”? 
Resposta: “a incompetência”.
CORRETO: _Será que a incompetência por parte de diversos 
pro�ssionais não poderia ser evitada?
4) Muito CUIDADO com a concordância que envolve um 
pronome: O, OS, A, AS. Observe como deduzimos a 
concordância adequada nesse tipo de construção:
INCORRETO: _Todas aquelas promessas a fez esquecer a traição.
ESTRATÉGIA: Pergunte-se: O que “a fez esquecer a traição”? 
Resposta: “Todas aquelas promessas”.
CORRETO: _Todas aquelas promessas a �zeram esquecer a traição.
5) Núcleos ligados pela conjunção OU. Quando aparecem nas 
sentenças núcleos ligados pela conjunção “ou”, devemos 
considerar duas situações – aquelas em que:
a) Há ideia de exclusão ou de reti�cação. Nesse caso, a ação ou 
o fato só pode ser atribuído a um dos núcleos. O verbo �ca, 
então, no singular ou concorda com o núcleo do sujeito mais 
próximo. Exemplos:
 _Felipe Massa ou Lewis Hamilton será o piloto vencedor. (Ideia de 
exclusão)
_Escultura ou pinturas eram do século XVIII. (Ideia de exclusão)
_O professor ou os professores elaboraram as questões. (Ideia de 
reti�cação) 
b) Não há ideia de exclusão. Nesse caso, a ação ou o fato 
podem ser atribuídos a ambos os núcleos. O verbo vai, então, 
para o plural na pessoa gramatical predominante. Exemplos:
_O álcool ou o cigarro são prejudiciais à saúde.
_Você ou a mãe dela serão sempre odiadas por todos.
6) Uso de expressões especí�cas. Vamos, agora, aos casos de 
concordância a partir de usos de expressões especí�cas. São elas:
a) Um dos que x uma das que:
Se você usar tais expressões, o verbo poderá �car no singular 
ou no plural. Exemplo: 
_O segurança foi um dos que pediu/pediram demissão.
b) A maioria de x grande parte de x parte de x a maior parte de:
Se você usar tais expressões partitivas e equivalentes, o verbo 
poderá �car no singular ou no plural. Exemplo:
_A maioria das revistas não comentou/comentaram o caso.
_Grande parte dos espectadores perdeu/perderam a estreia da 
nova novela.
c) Mais de um:
Se você usar esta expressão, o verbo �cará no singular – a não 
ser que ela esteja repetida ou indique reciprocidade. Exemplo:
_Mais de um funcionário foi demitido.
_Mais de uma escolha, mais de uma ação teriam de ser feitas. 
(Expressão repetida)
_Mais de um convidado deram-se as mãos. (Ideia de reciprocidade)
7) Pronomes relativos QUE e QUEM. Veja, agora, como ocorre a 
concordância quando o sujeito é formado pelos seguintes 
pronomes relativos:
a) Que:
Nesse caso, o verbo concorda em número e pessoa com o 
antecedente do pronome. Exemplos:
_Fui eu que liguei o aparelho.
_Foram eles que ligaram o aparelho. 
b) Quem:
Nesse caso, o verbo �ca na 3ª pessoa do singular. Exemplos:
_Não sou eu quem paga o serviço.
_Fui eu quem pagou a serviço. 
Atenção! Na língua falada, é comum o verbo concordar com o 
antecedente do pronome QUEM e ouvirmos frases do tipo: 
_Não sou eu quem pago a conta. No entanto, a prescrição gramatical 
condena esse uso, considerando-o um desvio da norma culta. 
8) Verbos impessoais. Alguns casos de concordância com 
verbos impessoais são alvo de dúvidas por parte de muitos 
brasileiros. Aqueles que não podem ser �exionados em outras 
pessoas, mas sempre permanecem na 3ª pessoa do singular, 
pois não possuem sujeito. Você conhece esses verbos? São eles:
a) Haver
Este verbo não varia quanto apresenta os seguintes sentidos:
Tempo decorrido: Exemplos:
_Não nos vemos há muito tempo.
_Havia cinco anos que planejávamos essa viagem.
_Não os vejo há três meses.
Existir: Exemplo:
_Havia 10 alunos na sala.
b) Fazer
Este verbo não varia quando indica tempo. Exemplos:
_Faz muitos anos que não nos vemos.
_Faz dois anos que viajamos à Espanha.
c) Chover, Gear, etc.
Estes verbos, que indicam fenômenos da natureza, não variam 
e formam orações sem sujeito. Exemplos:
_Chove muito lá fora.
_Chovia muito quando chegamos ao aeroporto.
Atenção! Quando usados em sentido �gurado, os verbos que 
exprimem fenômenos da natureza DEIXAM de ser impessoais. 
Exemplos: 
_Choviam lágrimas de seus olhos. (Sentido metafórico)
9) Partícula SE. Veja, agora, como ocorre a concordância de 
verbos acompanhados da partícula SE:
Partícula apassivadora SE
Neste caso (SE + VERBO TRANSITIVO DIRETO), o verbo 
normalmente concorda com o sujeito, porque a partícula SE 
torna a frase passiva, ou seja, o sujeito é quem sofre a ação do 
verbo. Exemplos:
_Vende-se casa nova.   -   Casa nova é vendida.
_Vendem-se casas novas.  -  Casas novas são vendidas.
Nesses exemplos, as expressões “casa nova” e “casas novas” 
ocupam a função de sujeito e, por isso, os verbos concordam 
com elas, �cando, respectivamente, no singular e no plural.
índice de indeterminação do sujeito. A partícula SE tem a 
função de indeterminar o sujeito da oração quando aparece 
acompanhada dos seguintes verbos:
Verbo Intransitivo - Exemplo: _Vive-se feliz naquela cidade.
Verbo Transitivo Indireto - Exemplo: _Precisa-se de ajudantes.
Verbo de Ligação - Aquele que indica um estado do sujeito, e 
não uma ação. Exemplo: _Permanece-se feliz naquela casa.
Atenção! Nessas situações, o verbo�ca, OBRIGATORIAMENTE, 
na 3ª pessoa do singular.
10) Verbo SER
Seguindo a relação sintática que se estabelece entre o sujeito e 
o verbo, o mais comum é que o verbo SER concorde com o 
sujeito. Exemplos:
_Ele era muito feliz. 
_Eles eram muito felizes.
No entanto, esse verbo adéqua-se à �exão do predicativo  nos 
seguintes caso do quadro. Quando usamos um verbo de 
ligação, completamos o sentido da frase com um predicativo 
do sujeito, como em:
_A menina é/anda/permanece triste.
A palavra “triste” completa o sentido do sujeito “A menina”, e o 
verbo de ligação funciona como uma ponte de sentido entre o 
sujeito e sua característica: o predicativo, que, na maioria das 
vezes, é um adjetivo.
a) Quando o substantivo ou pronome designa pessoa. 
Exemplos: 
_Seu maior orgulho eram os alunos.
_O grande merecedor foste tu.
b) Quando o predicativo é o pronome demonstrativo “o”. 
Nesse caso, o verbo SER �ca no singular.
Exemplo:
_Problemas é o que não lhe falta.
c) Quando o predicativo é neutro, ou seja, quando se 
relaciona a horas, distâncias e datas.
Exemplos:
_É uma hora.
_São dez horas. 
_Hoje é primeiro de maio.
_Hoje são 30 de maio.
_Daqui à praia, será um quilômetro.
_Daqui à praia, serão dois quilômetros.
d) Quando o sujeito é um dos pronomes – QUE, QUEM e O QUE. 
Nesse caso, o verbo SER concorda, obrigatoriamente, com o 
predicativo. Exemplos:
_Que são homônimos? 
_Quem foram os vencedores do campeonato? 
e) Quando o sujeito é um dos pronomes – TUDO, ISSO, 
AQUILO, ISTO, NINGUÉM, NENHUM – ou expressão do tipo O 
RESTO, O MAIS etc. Nesse caso, o verbo SER concorda, 
preferencialmente, com o predicativo. Exemplos:
_Tudo são �ores no início da relação. 
_Isto são fenômenos da natureza.
f) Quando usamos as expressões É MUITO, É POUCO, É 
BASTANTE. Nesse caso, o verbo SER �cará no singular se 
indicar quantidade, distância, medida. Exemplos:
_Quatro reais é pouco para irmos ao cinema. 
_Seis quilos de feijão é mais do que pedi.
De acordo com Sautchuk (2011, p. 221), um texto sem 
concordância nominal pode impressionar, de forma negativa, o 
leitor ou ouvinte. Vamos analisar, agora, algumas dúvidas 
frequentes no que diz respeito a esse tipo de concordância. A 
regra geral para evitar erros nesse sentido é a seguinte:
Os determinantes e modi�cadores concordam com o 
substantivo a que se referem. 
O quadro a seguir apresenta esses termos:
Concordância nominal
Explicando o quadro e a regra geral. Regras especiais: Além do 
princípio básico apresentado anteriormente quanto à 
concordância nominal, temos de considerar algumas regras 
especiais importantes em nosso dia a dia, que envolvem o uso 
dos seguintes termos:
a) ANEXO, APENSO, INCLUSO, JUNTO, SEPARADO
Todas estas palavras são adjetivos e concordam em gênero e 
número com o substantivo ao qual se referem. Exemplos:
_Seguem anexas às cartas as contas de telefone.
_Anexo ao e-mail coloquei o arquivo de que você precisava.
_Está incluso ao processo seu pedido.
_Elas estão separadas há muito tempo.
_As planilhas de custo estão apensas aos documentos.
A expressão EM ANEXO é invariável
b) O(S) MAIS POSSÍVEL(IS) e O(S) MENOS POSSÍVEL(IS)
Quando empregar uma destas formas, basta �car atento ao 
artigo: Se ele estiver no singular, o adjetivo “possível” também 
�cará no singular; Se ele estiver no plural, o adjetivo “possível” 
também �cará no plural. Exemplos:
_Deixou o �lho o mais pobre possível.
_Deixou os parentes os mais pobres possíveis.
c) MESMO
-Depois de um pronome reto: Neste caso, a palavra concorda 
com o pronome ou com a pessoa a quem se refere, reforçando 
a expressão. Exemplos:
_Ela mesma disse isso.
_Eles mesmos �zeram a pesquisa.
d) = DE FATO ou REALMENTE
Neste caso, a palavra NÃO varia. Exemplos:
_Ela disse isso mesmo? Ela disse isso de fato?
_Eles �zeram mesmo a pesquisa.  Eles �zeram realmente a pesquisa. 
e) O(S) MESMO(S), A(S) MESMA(S):
NÃO use estas expressões para substituir pronome ou 
substantivo! Exemplos:
_O professor preparou a prova, e “o mesmo” vai aplicá-la.
Correção: _O professor preparou a prova, e ele mesmo vai aplicá-la.
f) É BOM, É NECESSÁRIO, É PROIBIDO
Estas expressões concordarão, obrigatoriamente, com o 
substantivo a que se referem quando este for precedido de 
artigo. Caso contrário, elas serão invariáveis. Exemplos:
Determinantes
ARTIGO - o, a, os, as, um, uma, 
uns, umas
NUMERAL - um, dois, três, 
primeiro, segundo etc.
PRONOME DEMONSTRATIVO 
- esse, essa, esses, essas, 
aquele, aquela, aqueles, 
aquelas.
PRONOME POSSESSIVO - 
meu, minha, meus, minhas, 
seu, suas etc.
PRONOME INDEFINIDO - 
toda, todo, todas, todos, etc.
Núcleo
SUBSTANTIVO
Modi�cadores
ADJETIVOS
_É necessário ter paciência.
_A paciência é necessária ao homem.
Analise, agora, as frases a seguir retiradas de placas que podem 
ser encontradas, facilmente, pelas ruas:
_Proibido a entrada de pessoas estranhas nesta área
_Atenção. Proibido a entrada de pessoas não autorizadas
O que há de errado com elas? Em ambos os casos, há erro de 
concordância nominal, enfatizado pelo uso do artigo de�nido “a”. 
O correto, então, seria:
_Proibida a entrada de pessoas estranhas nesta área.
_Proibida a entrada de pessoas não autorizadas. 
Exercício:
Corrija as frases a seguir, quando necessário:
1. Foi ao cinema Luiza e suas primas.
Resposta: Foram ao cinema Luiza e suas primas.
2. Nunca antes na história da humanidade, foi tão comentada 
as ideias desse autor.
Resposta: Nunca antes na história da humanidade, foram tão 
comentadas as ideias desse autor.
3. O problema apontado pelas pessoas em todas as reuniões 
foram resolvidos imediatamente. 
Resposta: O problema apontado pelas pessoas em todas as 
reuniões foi resolvido imediatamente.
4. A maioria dos entrevistados reprovam a administração 
municipal.
Resposta: A frase está correta. Há duas possibilidades de 
escrevê-la: A maioria dos entrevistados reprova/reprovam a 
administração municipal.
5. Ou você ou eu teremos de resolver o problema.
Resposta: A frase está correta, se a ideia é de inclusão. Mas, se 
for de exclusão, o verbo �cará no singular: Ou você ou eu terá 
de resolver o problema.
6. Mais de um aluno tiraram boa nota.
Resposta: A frase está incorreta. O correto é: Mais de um aluno 
tirou boa nota.
7. O professor foi um dos que não aprovou aquele aluno.
Resposta: A frase está correta. Há duas possibilidades de 
escrevê-la: O professor foi um dos que não aprovou/aprovaram 
aquele aluno.
8. Aluga-se apartamento.
Resposta: A frase está correta. Se o sujeito fosse “apartamentos”, 
o verbo �caria no plural: Alugam-se apartamentos.
9. Nesta competição, não existe titulares ou reservas.
Resposta: A frase está incorreta. O correto é: 
Nesta competição, não existem titulares ou reservas.
10. Já faziam anos que não nos víamos.
Resposta: A frase está incorreta. O correto é: 
Já fazia anos que não nos víamos. 
11. Complete as lacunas com o verbo SER �exionado de forma 
adequada:
a)_____uma hora da tarde
Resposta: É
b)_____13 horas.
Resposta: São
c) Esses dados_____parte de um relatório.
Resposta: eram
d) O escolhido_____eu.
Resposta: fui
12. Corrija os erros de concordância:
a) Supõe-se que, com a presença do bombeiro, as pessoas �quem 
mais seguras e aguardem, com tranquilidade, que eles a ajudem.
Resposta: Supõe-se que, com a presença do bombeiro, as 
pessoas �quem mais seguras e aguardem, com tranquilidade, 
que eles as ajudem. (“pessoas” - “as”)
b) Sua justi�cativa a respeito dos elevados preços se baseiam 
na alta do dólar. Então, solicitamos que nos seja fornecido uma 
relação com itens que estejam mais em conta.
Resposta: Sua justi�cativa a respeito dos elevados preços se 
baseia na alta do dólar. Então, solicitamos que nos seja 
fornecida uma relação com itens que estejam mais em conta. 
(Sujeito = “Sua justi�cativa” - verbo no singular; “uma relação” - 
“fornecida”)
c)Foi solicitado junto à gerente de vendas a substituição das 
cortinas do escritório. 
Resposta: Foi solicitada junto à gerente de vendas a 
substituição das cortinas do escritório. (O que “foi solicitado”? 
Resposta: “a substituição” - concordância no feminino: 
“solicitada”)
d) Por vezes, o inconformismo de pacientes ou de familiares 
levam a atitudes menos cordiais para com os médicos.
Resposta: Por vezes, o inconformismo de pacientes ou de 
familiares leva a atitudes menos cordiais para com os médicos. 
(Sujeito = “o inconformismo de pacientes ou de familiares” - 
verbo no singular)
Resumo do conteúdo:
Nesta aula, estudamos:
• As noções de concordância nominal e verbal;
• As diversas formas de uso da língua;
• A amplitude do uso da norma culta para o cotidiano.
Concordância nominal
Explicando o quadro e a regra geral. Regras especiais: Além do 
princípio básico apresentado anteriormente quanto à 
concordância nominal, temos de considerar algumas regras 
especiais importantes em nosso dia a dia, que envolvem o uso 
dos seguintes termos:
a) ANEXO, APENSO, INCLUSO, JUNTO, SEPARADO
Todas estas palavras são adjetivos e concordam em gênero e 
número com o substantivo ao qual se referem. Exemplos:
_Seguem anexas às cartas as contas de telefone.
_Anexo ao e-mail coloquei o arquivo de que você precisava.
_Está incluso ao processo seu pedido.
_Elas estão separadas há muito tempo.
_As planilhas de custo estão apensas aos documentos.
A expressão EM ANEXO é invariável
b) O(S) MAIS POSSÍVEL(IS) e O(S) MENOS POSSÍVEL(IS)
Quando empregar uma destas formas, basta �car atento ao 
artigo: Se ele estiver no singular, o adjetivo “possível” também 
�cará no singular; Se ele estiver no plural, o adjetivo “possível” 
também �cará no plural. Exemplos:
_Deixou o �lho o mais pobre possível.
_Deixou os parentes os mais pobres possíveis.
c) MESMO
-Depois de um pronome reto: Neste caso, a palavra concorda 
com o pronome ou com a pessoa a quem se refere, reforçando 
a expressão. Exemplos:
_Ela mesma disse isso.
_Eles mesmos �zeram a pesquisa.
d) = DE FATO ou REALMENTE
Neste caso, a palavra NÃO varia. Exemplos:
_Ela disse isso mesmo? Ela disse isso de fato?
_Eles �zeram mesmo a pesquisa.  Eles �zeram realmente a pesquisa. 
e) O(S) MESMO(S), A(S) MESMA(S):
NÃO use estas expressões para substituir pronome ou 
substantivo! Exemplos:
_O professor preparou a prova, e “o mesmo” vai aplicá-la.
Correção: _O professor preparou a prova, e ele mesmo vai aplicá-la.
f) É BOM, É NECESSÁRIO, É PROIBIDO
Estas expressões concordarão, obrigatoriamente, com o 
substantivo a que se referem quando este for precedido de 
artigo. Caso contrário, elas serão invariáveis. Exemplos:
_É necessário ter paciência.
_A paciência é necessária ao homem.
Analise, agora, as frases a seguir retiradas de placas que podem 
ser encontradas, facilmente, pelas ruas:
_Proibido a entrada de pessoas estranhas nesta área
_Atenção. Proibido a entrada de pessoas não autorizadas
O que há de errado com elas? Em ambos os casos, há erro de 
concordância nominal, enfatizado pelo uso do artigo de�nido “a”. 
O correto, então, seria:
_Proibida a entrada de pessoas estranhas nesta área.
_Proibida a entrada de pessoas não autorizadas. 
Exercício:
Corrija as frases a seguir, quando necessário:
1. Foi ao cinema Luiza e suas primas.
Resposta: Foram ao cinema Luiza e suas primas.
2. Nunca antes na história da humanidade, foi tão comentada 
as ideias desse autor.
Resposta: Nunca antes na história da humanidade, foram tão 
comentadas as ideias desse autor.
3. O problema apontado pelas pessoas em todas as reuniões 
foram resolvidos imediatamente. 
Resposta: O problema apontado pelas pessoas em todas as 
reuniões foi resolvido imediatamente.
4. A maioria dos entrevistados reprovam a administração 
municipal.
Resposta: A frase está correta. Há duas possibilidades de 
escrevê-la: A maioria dos entrevistados reprova/reprovam a 
administração municipal.
5. Ou você ou eu teremos de resolver o problema.
Resposta: A frase está correta, se a ideia é de inclusão. Mas, se 
for de exclusão, o verbo �cará no singular: Ou você ou eu terá 
de resolver o problema.
6. Mais de um aluno tiraram boa nota.
Resposta: A frase está incorreta. O correto é: Mais de um aluno 
tirou boa nota.
7. O professor foi um dos que não aprovou aquele aluno.
Resposta: A frase está correta. Há duas possibilidades de 
escrevê-la: O professor foi um dos que não aprovou/aprovaram 
aquele aluno.
8. Aluga-se apartamento.
Resposta: A frase está correta. Se o sujeito fosse “apartamentos”, 
o verbo �caria no plural: Alugam-se apartamentos.
9. Nesta competição, não existe titulares ou reservas.
Resposta: A frase está incorreta. O correto é: 
Nesta competição, não existem titulares ou reservas.
10. Já faziam anos que não nos víamos.
Resposta: A frase está incorreta. O correto é: 
Já fazia anos que não nos víamos. 
11. Complete as lacunas com o verbo SER �exionado de forma 
adequada:
a)_____uma hora da tarde
Resposta: É
b)_____13 horas.
Resposta: São
c) Esses dados_____parte de um relatório.
Resposta: eram
d) O escolhido_____eu.
Resposta: fui
12. Corrija os erros de concordância:
a) Supõe-se que, com a presença do bombeiro, as pessoas �quem 
mais seguras e aguardem, com tranquilidade, que eles a ajudem.
Resposta: Supõe-se que, com a presença do bombeiro, as 
pessoas �quem mais seguras e aguardem, com tranquilidade, 
que eles as ajudem. (“pessoas” - “as”)
b) Sua justi�cativa a respeito dos elevados preços se baseiam 
na alta do dólar. Então, solicitamos que nos seja fornecido uma 
relação com itens que estejam mais em conta.
Resposta: Sua justi�cativa a respeito dos elevados preços se 
baseia na alta do dólar. Então, solicitamos que nos seja 
fornecida uma relação com itens que estejam mais em conta. 
(Sujeito = “Sua justi�cativa” - verbo no singular; “uma relação” - 
“fornecida”)
c) Foi solicitado junto à gerente de vendas a substituição das 
cortinas do escritório. 
Resposta: Foi solicitada junto à gerente de vendas a 
substituição das cortinas do escritório. (O que “foi solicitado”? 
Resposta: “a substituição” - concordância no feminino: 
“solicitada”)
d) Por vezes, o inconformismo de pacientes ou de familiares 
levam a atitudes menos cordiais para com os médicos.
Resposta: Por vezes, o inconformismo de pacientes ou de 
familiares leva a atitudes menos cordiais para com os médicos. 
(Sujeito = “o inconformismo de pacientes ou de familiares” - 
verbo no singular)
Resumo do conteúdo:
Nesta aula, estudamos:
• As noções de concordância nominal e verbal;
• As diversas formas de uso da língua;
• A amplitude do uso da norma culta para o cotidiano.

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