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Universidade Salgado de Oliveira Curso Farmácia DIOGO FABRICIO LUCIANA MARTINS GIL SÉRGIO CALÊNDULA Niterói Outubro/2017 CALÊNDULA Trabalho da disciplina de Farmacognosia. Referente ao segundo semestre de 2017. Professor: Nelson Carlos Niterói Outubro/2017 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 4 2. CALÊNDULA 5 2.1. HISTÓRICO 5 2.2. ORIGEM GEOGRAFICA 5 2.3. ASPECTOS BOTÂNICOS 5 2.4. PARTES UTILIZADAS 5 2.5. INDICAÇÕES TERAPEUTICAS 5 2.6. CONTRA INDICAÇÃO 5 2.7. PREUCAÇÕES DE USO 5 2.8. FORMAS FARMACÊUTICAS 6 2.9.VIAS DE ADMINISTRAÇÃO 6 3. POSOLOGIA 6 3.1. CLASSES QUÍMICA / PRINCIPIO ATIVO 6 3.2. EFEITOS ADVERSOS 6 3.3. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS 6 3.4. INFORMAÇÕES SOBRE SEGURANÇA E EFICÁCIA ......................6-7 4. CONCLUSÂO 8 5. REFERÊNCIAS 9 4 Introdução A calêndula (Calendula officinalis L.), planta medicinal de origem mediterrânea cujo principal efeito terapêutico está relacionado à cicatrização de tecido cutâneo, é também eficiente no tratamento de abcessos gástricos e inflamações vascular e glandular. Esta espécie é, potencialmente, interessante para o sul do Brasil devido às condições edafoclimáticas serem favoráveis ao seu cultivo. As plantas medicinais de origem europeia, em geral, são indicadas para esta região onde podem se constituir em uma promissora alternativa para as pequenas propriedades que utilizam mão-de-obra familiar pois, usualmente, a colheita e o respectivo beneficiamento são manuais, devido à escassez de máquinas para este fim, o que tem sido um dos entraves à produção em larga escala. [1] Calêndula Calendula é um gênero de plantas pertencentes à família Asteraceae, vulgarmente chamadas calêndulas. Parte utilizada Flores. 2.1 Histórico Os Árabes e Indianos, já conheciam as atividades corantes e medicinais da calêndula desde a antiguidade, sendo posteriormente cultivada pelos Gregos, que a utilizavam em seus festejos e até faziam grinaldas para seus heróis, assim como fazem na Índia até os dias de hoje, para coroar suas divindades. Em latim – kalendulae- representa o primeiro dia do calendário romano. Os romanos a denominavam de solsequium, que significa seguidora do sol, pois ela costuma abrir suas flores com a presença do sol e fechar no entardecer. Suas pétalas secas foram utilizadas para substituir o açafrão como condimento. Foi muito utilizada durante as guerras (civil norte americana e primeira mundial) como antiinflamatória e anti-séptica em ferida. [2] 2.2 Origem Geográfica Planta da família Asteraceae, nativa da Região Mediterrânea da Europa. Cultivada mundialmente como planta ornamental, principalmente na América Latina. 2.3 Aspectos botânicos Erva anual, de clima temperado a subtropical. Não tolera temperaturas elevadas, acima de 25º C ou chuvas prolongadas na florada. No Sul e Sudeste do Brasil, seu cultivo deve ser feito no outono/inverno. Os solos de média a alta fertilidade são adequados ao seu cultivo, com bom teor de matéria orgânica, bem drenados e pH entre 5,0 e 6,5. Exigente quanto à irrigação, principalmente na fase de formação da muda e na fase de botões florais. 2.4 Partes utilizadas Folhas e principalmente flor. 2.5 Indicações terapêuticas Antialérgica, suavizante, refrescante, antiinflamatória, cicatrizante, anti-séptico,colagogo, emenagogo, diaforético 2.6 Contra Indicação Gravidez e lactação para o uso interno. Devido à presença de ácido salicílico em sua constituição, seu uso interno deve ser evitado em pacientes em uso de anticoagulantes. Sem contra-indicações ao uso tópico prolongado. 2.7 Precauções de uso Não foram encontrados dados descritos na literatura consultada 2.8 Formas farmacêuticas Xarope, cremes, loções, géis, xampu, comprimidos, cápsulas, etc. 2.9 Vias de administração Oral, tópico, sublingual. 3.0 Posologia Uso tópico: infusão ou decocção 50 g/litro, para banhos e compressas, tinturas, alcoolaturas, unguentos, pomadas, cremes, loções, sabonetes, xampus, pomadas emorabase. Uso interno: Infusão: 15 g/litro, de 3 a 5 xícaras por dia; Tintura (1:10)- 2 g diários, divididos em 3 tomadas; Extratos fluidos (1 g= 40 gotas) 20 a 30 gotas 2 a 3X/dia. 3.1 Classes química / principio ativo Óleos essenciais (mono e sesquiterpenos), carotenóides (xantinas, calendulina,caroteno, licopeno, etc), flavonóides, ácido oleanóico, saponinas, mucilagens, resinas, princípios amargos, polissacarídeos, ácido salicílico, vitaminas, minerais. 3.2 Efeitos adversos Raros casos de alergia em pessoas sensíveis. 3.3 Interações medicamentosas Não foram encontrados dados descritos na literatura consultada. 3.4 Informações sobre segurança e eficácia Ensaios não clínicos -Farmacológicos Foram demonstradas ações antimicrobiana, anti-inflamatoria, cicatrizante e sobre mucosite oral. Extratos de calêndula oficialismo são capazes de aumentar a revascularização, efeito que pode contribuir para atividade cicatrizante atribuída a espécie. O número de micro vasos observados em membranas coriolantóica de galinha tratadas com extrato aquoso a 3% das flores de C. officinalis foi significativamente maior do que nas membranas tratadas com o controle (20,3 + 2,9 versus 3,8 + 0,2 respectivamente, p < 0,0001). Esse efeito foi associado à deposição de ácido hialuronico, observada nas membranas tratadas, mas não nas membranas controle. -Toxicológicos Não foi observado efeito espermicida induzido por extrato de calêndula sobre espermatozóides humanos. Baixa toxicidade aguda e subcrônica em ratos. Foi observado aumento nos níveis sérios da ureia, alanina e aminotransferase, ápos administração de altas doses do extrato, possivelmente devido a sobrecarga renal e hepática. Ensaios clínicos -Farmacológicos O uso de infuso de calêndula, quatro vezes ao dia, durante sete dias, na forma de enxaguatório bucal , produziu a cicatrização do tecido lesionado após cirurgia período tal. A utilização de gel oral contendo extrato de flores de calêndula (2%, p/v) reduziu a intensidade da mucositeoral orofaringera induzida por radiação em pacientes com câncer de cabeça e pescoço. Foi observada atividade antisséptica em pacientes tratados com formulação a base da tintura de calêndula após extração dos terceiros molares. -Toxicológicos Não foram encontrados dados descritos na literatura. Conclusão Após a análise conclui-se que a Calendula officinalis L. (Asteraceae) tem sido amplamente utilizada por suas propriedades antiinamatórias, anti-espasmódicas, emenagogas, colagogas, sedativas, sudorícas, vulnerárias e bactericidas. Dada sua importância terapêutica, apresenta-se resultado de pesquisa exploratório-descritiva incluindo características botânicas, agronômicas, ecológicas e de uso dessa espécie, visando subsidiar o incremento de seu cultivo no Brasil. Referências Calêndula officinalis L. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31222002000200006/ Acessado 20/10/2017 às 23:00 Farmacopeia Brasileira: Calendula officinalis L. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/documents/33832/2909630/Memento+Fitoterapico/a80ec477-bb36-4ae0-b1d2-e2461217e06b/ Acessado : 20/10/2017 as 23:20 5
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