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PANC’s Plantas Alimentícias não convencionais

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 
GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO 
 
 
 
 
Danilo Lamounier 
Paula de Oliveira Júlio 
 
 
PANC’s 
PLANTAS ALIMENTÍCIAS 
NÃO CONVENCIONAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
Belo Horizonte 
2017 
 
 
 
Danilo Lamounier 
Paula de Oliveira Júlio 
 
 
 
PANC’s 
PLANTAS ALIMENTÍCIAS 
NÃO CONVENCIONAIS 
 
 
Trabalho com o objetivo analisar o conhecimento e a 
utilização das PANC’s na Região Metropolitana de 
Belo Horizonte, para a disciplina de Ecologia 
Humana, do 1º Período da Graduação em Nutrição. 
Professor Rodrigo Pinto da Matta Machado 
 
 
 
 
 
 
 
 
Belo Horizonte 
2017 
INTRODUÇÃO 
De acordo com o Biólogo e Professor Valdely Ferreira Kinupp, define-se que todas as 
plantas que possuem uma ou mais partes comestíveis, sendo elas espontâneas ou cultivadas, 
nativas ou exóticas que não estão incluídas em nosso cardápio cotidiano, como sendo uma 
PANC – Planta Alimentícia Não Convencional. Dessa forma, muitas são denominadas 
‘mato’, ‘daninhas’, ‘invasoras’ e até ‘nocivas’ por brotarem espontaneamente entre as plantas 
cultivadas ou em locais onde não “permitimos” que isso ocorra. Esse termo refere-se a 
qualquer parte das plantas (frutos, folhas, flores, rizomas, sementes, etc) que podem ser 
consumidas pelo homem, cruas e/ou após preparo culinário. Além das ‘partes de plantas não 
convencionais’, também trata das ‘partes não convencionais de plantas comuns’, como por 
exemplos o uso das folhas de batata-doce e do mangará (coração) da bananeira na 
alimentação. De modo geral, são plantas negligenciadas pelo comércio já que seus consumidores, 
em sua grande maioria, desconhecem quais espécies poderiam ser consumidas e como poderiam 
prepará-las. 
A importância das PANC’s está no resgate e na valorização das variedades 
tradicionais de hortaliças representando ganhos do ponto de vista cultural, econômico, social e 
nutricional; já que o cultivo dessas hortaliças é feito na sua grande parte por populações 
tradicionais (agricultores familiares) que preservam o conhecimento acerca de seu cultivo e 
consumo, passando-o de geração a geração. 
 Essas plantas em sua maioria não precisam de muitos métodos para seu cultivo como 
outras espécies, sendo assim, acabam não fazendo parte diretamente da cadeia produtiva, esse 
fato traz um grande desinteresse econômico com relação elas, já que o agronegócio em 
conjunto com as empresas de sementes e insumos agrícolas, são responsáveis por grande parte 
do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil. Com isso, por mais que existam pelo menos 3 mil 
espécies de plantas alimentícias no país, a estimativa é que esse valor seja de no mínimo 10% 
da flora nativa (4 a 5 mil espécies de plantas), nossa alimentação baseia-se apenas em 20 
espécies, além de tão poucas, hoje a maioria destas espécies cultivadas é restrita a poucas 
variedades e muito da agrobiodiversidade delas já foram extintas, perdidas ou vem sofrendo 
grande erosão genética, como cita Kinupp e Lorenzi (2014, p. 14) “temos atualmente uma 
alimentação básica muito homogênea, monótona e globalizada”. 
Devido a isso, o patrimônio natural de recursos fitogenéticos das PANC’s vem sendo 
esquecido pelo desuso e, consequentemente algo que teria potencial para complementação 
alimentar por seu alto valor nutritivo, diversificação dos cardápios e dos nutrientes ingeridos e 
na diversificação das fontes de renda familiar, acabam sendo negligenciadas por grande parte 
da população e do poder público. 
 
OBJETIVO 
Este trabalho tem como objetivo analisar o conhecimento e a utilização das PANC’s 
pela população da Região Metropolitana de Belo Horizonte – RMBH. 
 
MATERIAL E MÉTODO 
 As entrevistas foram realizadas no mês de junho de 2017, com 21 entrevistados no 
total, na região do bairro Lourdes e em Contagem. Utilizamos uma entrevista semiestruturada 
e com poucas perguntas, por se tratar de uma pesquisa com enfoque mais qualitativo. Foi 
elaborado conjunto de questões cujo objetivo principal era coletar de dados para conhecer e 
listar a diversidade de PANCS da região analisada. Assim utilizamos o seguinte roteiro: 
Roteiro utilizado: 
- Nome, Idade, Sexo; 
- Origem (área rural ou urbana); 
- Quais plantas não tradicionais consumidas pela família? 
- Origem do conhecimento das PANCS (descrevemos o significado)? 
- Forma de Obtenção (cultivo, extrativismo, compra)? 
- Com que frequência se consome? 
- De que forma se consome? 
- Receita para compartilhar; 
- Conhece alguém que produz e se comercializa alguma planta; 
- Pergunta “forçada” sobre utilização de PANCs. 
A orientação foi que utilizássemos o método de amostragem Snowball que é um método 
não-probabilísticos onde os respondentes são de fácil acesso e são considerados 
representantes da população, aplica-se a amostragem bola de neve que consiste em pedir às 
pessoas que participam de uma pesquisa para nomear outras pessoas que estariam dispostas a 
participar. 
O local escolhido para coleta dos dados foi a rua próxima a uma das moradias de um dos 
integrantes do grupo. Devido à falta de interesse e tempo das pessoas no local não foi possível 
aplicar o questionário para coleta dos dados sendo assim necessário mudar de estratégia. 
Como o objetivo era coletar dados relativos a PANCs e tendo o senso comum que dentro 
de um grupo de pessoas que cozinham a chance de ela conhecer sobre o assunto é maior, 
mudamos o local de abordagem para coleta de dados para próximo a um sacolão situado na 
rua Marília de Dirceu. Utilizando a nova estratégia a coleta de dados fluiu conforme planejado 
e não se fez necessário utilizar o método sugerido pelo professor pois a oferta de pessoas para 
responder as perguntas era satisfatória. Em pouco tempo conseguimos preencher os 
formulários. Outra estratégia utilizada para obtenção dos dados foi fazer uma apresentação de 
exemplos de PANCs e os conceito pois muitos entrevistados não sabiam responder 
inicialmente as perguntas mas depois da explicação eles entendiam. Assim utilizamos o 
exemplo de uma PANC comum para exemplificar: Inhame/cará. 
A Validação dos dados foi realizada no momento da coleta dos dados, alguns 
questionários foram descartados devido à falta de conhecimento do entrevistado sobre o 
assunto. A ideia inicial era realizar 30 entrevistas, porém depois de 20 entrevistas as respostas 
começaram a ser muito iguais as demais coletadas e foi decidido que a coleta de dados já 
estava suficiente para o objetivo da pesquisa. 
 
RESULTADO E DISCUSSÃO 
 
Todos os entrevistados não conheciam o termo Plantas Alimentícias Não 
Convencionais – PANC’s, sendo assim para dar continuidade a nossa pesquisa foi necessário 
fazer uma breve explicação do que se tratava esse termo. Após a explicação, 81% (17 
pessoas) consideraram que essas plantas eram ‘mato’ e no máximo poderia ser consumido 
como chá, os outros 19% (4 pessoas) já haviam consumido na infância nos quintais azedinha 
(trevo de 3 folhas), taioba, serralha, folhas de cenoura, ora-pro-nóbis, picão. 
 Na última pergunta, escolhemos quatro pancs que poderiam ser mais conhecidas, 
como taioba, inhame, hibisco, ora-pro-nóbis para perguntar aos entrevistados. 
 
 
 
Gráfico relacionando a idade dos entrevistados: 
 
Como podemos perceber a grande parte dos entrevistados tinham entre 31 anos e 46 anos. 
Quando abordados quais conheciam o termo PANCs: 
** Destaque para que os que conheciam o termo era devido a um programa de televisão 
chamado masterChef: 
 
Para quase todos os entrevistados explicamos o significado de PANCs e exemplificamos 
perguntando seeles conheciam o Inhame/cará e 100% das pessoas responderam que sim. 
Demos outros exemplos e para conseguir dados e para “forçar” respostas pedimos para 
lembrar plantas não muito convencionais que eram utilizadas na alimentação: 
. Inhame – Todos entrevistados; 
. Taioba – 9 dos 21 entrevistados; 
. Chá de Hibísco – 13 dos 21 entrevistados; 
. Chá de folhas de chuchu – 1 dos 21 entrevistados; 
. Ora-pro-nóbis – 3 dos 21 entrevistados. 
Assim com os dados coletados e as pesquisas realizadas temos os seguintes pontos relevantes 
para utilização das PANCs: 
• Maior aproveitamento de plantas como fonte de alimentos; 
• Potencial Brasileiro de flora nativa e própria para consumo (mais de 3mil); 
• Manutenção da biodiversidade; 
• Proporcionar novas fontes de nutrientes que visa uma alimentação saudável. 
• Disseminador do desenvolvimento sustentável e de proteção ao meio ambiente. 
 
A importância das PANC’s está no resgate e na valorização das variedades tradicionais de 
hortaliças representando ganhos do ponto de vista cultural, econômico, social e nutricional; já 
que o cultivo dessas hortaliças é feito na sua grande parte por populações tradicionais 
(agricultores familiares) que preservam o conhecimento acerca de seu cultivo e consumo, 
passando-o de geração a geração. 
 
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
 
KINUPP, V.F. 2007. Plantas Alimentícias Não-Convencionais da Região Metropolitana de 
Porto Alegre, RS. Porto Alegre, 2007. 562 p. Tese - (Doutorado em Fitotecnia). 
 
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Desenvolvimento 
Agropecuário e Cooperativismo. Hortaliças Não-Convencionais (Tradicionais). Brasília: 
MAPA ACS, 2010. 52 p.

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