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TIPOS DE FEDERALISMO São várias as tipologias concernentes ao federalismo. Em síntese, destacam-se as conceituações abaixo: a) Quanto a Formação história ou Surgimento: Agregação: Estados independentes deixam de lado sua soberania, agregam-se formando um novo Estado Federado. É o caso dos Estados Unidos. Desagregação: Ocorre quando determinado Estado unitário decide se descentralizar. É o caso do Brasil. b) Quanto ao modo de separação de atribuições ou repartição de competências: Dual: A separação de competências entre os entes federados é rígida e não existe cooperação entre ambos. Os Estados Unidos em seu estágio inicial. Cooperativo: Existe uma aproximação entre os entes federados que atuam em conjunto. Como acontece no Brasil c) Quanto à concentração do poder: Centrípeto: Observa-se o fortalecimento do poder central do Estado em relação aos Estados Membros. Centrífugo: Observa-se a preservação dos poderes dos Estados Membros e aquisição de maior autonomia em relação ao Estado. Os termos, centrípeto e centrifugo, devem ser analisados de forma cautelosa, pois divergem em seu sentido quando utilizado no contexto de origem do federalismo e em sua classificação quanto à tipologia. Acima, observa-se seu sentido quanto às tipologias da federação. No contexto Histórico ou de origem é utilizado, por exemplo, para explicar a formação dosEstados Unidos que decorre de um movimento Centrípeto, de fora para Dentro, quando os Estados soberanos cedem parte de sua soberania e se agregam. No Brasil a formação resultou de um movimento centrífugo, de dentro para fora, um Estado unitário foi descentralizado[5]. d) Quanto à decorrência de vários fatores ou sistematização da repartição de competências: Simétrico: Homogeneidade de fatores culturais e linguísticos dentre outros. Ex. No Brasil o MPF é espelho para o MPE. Assimétrico: Heterogeneidade ou diversidade de fatores culturais e linguísticos dentre outros. e) Quanto ao federalismo orgânico: O Estado é visto como organismo onde se busca a manutenção do todo em detrimento da parte. Os estados membros só têm a perder nessa relação em que são apenas reflexos do poder central. f) Quanto ao Federalismo de integração: Observa-se a supremacia do Governo central sobre os entes federativos (quebrando a autonomia entre si). Aqui o modelo federativo é atenuado. g) Quanto ao federalismo de equilíbrio: A ideia que se tem é a de entes federativos mantendo-se em harmonia, fortalecendo as instituições. h) Quanto ao federalismo de segundo grau: No Estado brasileiro temos uma ordem central, ordem regional e ordem local, representadas respectivamente por União, Estados e Municípios (Tríplice Estrutura do Estado - contrário do modelo norte americano que reconhece somente a união e os estados membros). O Município, ao se organizar, deve observar a Constituição Federal e a Constituição do seu respectivo Estado. CARACTERÍSTICAS DA FEDERAÇÃO Descentralização Política (Autonomia entre Entes Federados); Repartição de Competências (Autonomia e Equilíbrio entre Entes Federativos); Constituição rígida como base jurídica (Garante distribuição de competências); Inexistência do direito de secessão (Princípio da indissolubilidade do vínculo federativo); Soberania do Estado federal (A soberania é característica de todo país); Intervenção (Em situações de crise garante o equilíbrio federativo); Auto-organização dos Estados-membros (Constituições estaduais); Órgão representativo dos Estados-membros (Senado); Guardar a Constituição (STF); Repartição de receitas (Equilíbrio entre Entes Federativos). TABELA 1: DIFERENÇAS ENTRE FEDERAÇÃO E CONFEDERAÇÃO. FEDERAÇÃO CONFEDERAÇÃO Constituição Tratado Autonomia Soberania Indissolubilidade (vedada a secessão) Dissolubilidade (direito de secessão)[6]
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