Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
MECÂNICA DOS SOLOS II AULA 01 PROF.: ROSIEL FERREIRA LEME Tema: TENSÕES NO SOLO PROGRAMA DA AULA Tensões no solo Calculo das tensões no solo TENSÕES NO SOLO TENSÕES NO SOLO Qual a importância do estudo de tensões O conhecimento das tensões atuantes em um maciço de terra é de vital importância no entendimento do comportamento de praticamente todas as obras de Engenharia Geotécnica. 1.1 Conceito de tensões num meio particulado TENSÕES NO SOLO Como se dá as tensões num meio particulado Considere o modelo de solo a seguir. 1.1 Conceito de tensões num meio particulado grãos de siltes e de areias, a transmissão de forças se faz através do contato direto de mineral a mineral. partículas de mineral argila em número muito grande, as forças em cada contato são muito pequenas e a transmissão pode ocorrer através da água quimicamente adsorvida. 5 TENSÕES NO SOLO Como se dá as tensões num meio particulado As forças entre as partículas são aleatórias ao longo de toda a massa de solo, mas em todo ponto de contato do plano podem ser decompostas numa componente normal (N) e uma componente tangencial (T) 1.1 Conceito de tensões num meio particulado F N T F T N F N T De acordo com Craig (2007) o erro inserido ao admitir que o contato entre as partículas ocorre pontualmente é insignificante em solos. A área de contato normalmente significa algo entre 1 e 3 % da área da seção transversal A. Como é impossível desenvolver modelos matemáticos com base nas inúmeras forças, a sua ação é substituída pelo conceito de tensões. 6 TENSÕES NO SOLO Como se dá as tensões num meio particulado A TENSÃO NORMAL é o somatório das forças normais ao plano, dividida pela área total da seção. A TENSÃO CISALHANTE é o somatório das forças tangenciais, dividida pela área total da secção. 1.1 Conceito de tensões num meio particulado 7 TENSÕES NO SOLO Como se dá as tensões num meio particulado Nos solos, ocorrem tensões devido ao peso próprio e às cargas aplicadas. Na análise do comportamento dos solos, as tensões provenientes do peso próprio têm valores consideráveis, e não podem ser desconsideradas. A distribuição de tensões no solo devido ao seu peso próprio pode resultar em um problema razoavelmente complexo 1.1 Conceito de tensões num meio particulado 8 CALCULO DAS TENSÕES NO SOLO 2. CÁLCULO DAS TENSÕES Considere dois blocos de pesos P1 e P2, superpostos. As tensões de contato desses blocos sobre uma superfície horizontal são assim determinadas: h1 h2 A P1 P2 Volumes Peso total do prisma Tensão vertical total na base do prisma 2.1 Tensões devidas ao peso próprio 10 2. CÁLCULO DAS TENSÕES Tomemos, agora, um perfil de solo sedimentar como se segue: 2.2 Tensões NEUTRA zw = (5 + 6 +7) m = 18 m ‘ 6 m 7 m Areia fofa Argila mole 5 m zw Se um tubo fosse inserido no solo até a face inferior da camada de areia, qual seria a altura da coluna de água no tubo? 49,05 kPA 107,91 kPA 176,58 kPA u = 18 * 9,81 = 176,58 kPa Água logo u (kPa) z (m) A pressão na água, poro-pressão, no plano inferior da camada de areia é: 11 2. CÁLCULO DAS TENSÕES 2.3 Tensões Efetivas O conceito de tensão efetiva pode ser visualizado imaginando-se uma esponja cúbica, colocada num recipiente com água. Na situação inicial, em repouso, as tensões resultam do peso da esponja e da pressão da água. N.A 12 2. CÁLCULO DAS TENSÕES 2.3 Tensões Efetivas Ao se colocar um peso sobre a esponja, um acréscimo de tensão lhe é aplicada. N.A 13 2. CÁLCULO DAS TENSÕES 2.3 Tensões Efetivas Ao se colocar um peso sobre a esponja, um acréscimo de tensão lhe é aplicada. A esponja se deforma N.A 14 2. CÁLCULO DAS TENSÕES 2.3 Tensões Efetivas Se, ao invés de se colocar o peso, o nível da água fosse elevado, de tal forma que o acréscimo de pressão sobre a esponja fosse a mesma que aquela aplicada pelo peso colocado anteriormente. As tensões na água no interior da esponja seriam igualmente majoradas desse valor, e a esponja não se deformaria. N.A Esponja em repouso 15 2. CÁLCULO DAS TENSÕES 2.3 Tensões Efetivas Se, ao invés de se colocar o peso, o nível da água fosse elevado, de tal forma que o acréscimo de pressão sobre a esponja fosse a mesma que aquela aplicada pelo peso colocado anteriormente. As tensões na água no interior da esponja seriam igualmente majoradas desse valor, e a esponja não se deformaria. A esponja não se deforma N.A 16 2. CÁLCULO DAS TENSÕES 2.3 Tensões Efetivas Ao notar a diferença de natureza das forças atuantes, Terzaghi identificou que a tensão normal total (σ) num plano qualquer deve ser considerada como a soma de duas parcelas: a pressão na água intersticial, chamada de poro-pressão (u). a tensão transmitida pelos contatos entre as partículas, denominada por ele tensão efetiva (σ’); σ' = σ −u 17 2. CÁLCULO DAS TENSÕES Exercício Calcular as tensões verticais totais e efetivas nos pontos A a D do perfil geotécnico da Fig. 3.8. (Ortigão) 18
Compartilhar