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Casos concretos CPC av2

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Questão Discursiva
1- Jorge Lourenço procura um advogado e informa que comprou uma televisão de última geração (R$ 8.500,00) para sua residência, mas o equipamento não funciona corretamente. Apesar de inúmeros contatos e promessas do fabricante TVJÓIA e seu serviço autorizado de garantia, nenhuma visita técnica foi realizada. Na conversa com o advogado procurado, Jorge Lourenço informa que gostaria de ter o aparelho (ou outro equivalente) funcionando, além de danos materiais e morais pelo ocorrido. O advogado informa a Jorge Lourenço que irá elaborar a ? Petição Inicial? E que o caso seguirá o procedimento comum sumário em Vara, pois de acordo com o CPC, este caso não poderia mais ir aos Juizados Especiais Cíveis da Lei 9099/95.
a)Esta correta a orientação prestada pelo advogado no tocante ao rito ou procedimento adequado ao caso?
a)Não. A orientação prestada pelo advogado no tocante ao rito ou procedimento adequado ao caso está completamente equivocada. A uma, pois de acordo com o NCPC não existe mais a figura do ?procedimento comum sumário? (arts. 272 e 275 e seguintes do CPC/73), mas sim o ?procedimento comum?, (art. 318 do NCPC). A duas, pois mesmo com o NCPC, sendo Jorge Lourenço pessoa maior de 18 anos, plenamente capaz e sua causa não complexa, certamente pode-se optar pelos Juizados Especiais Cíveis ( Lei 9099/95), em tese, opção menos onerosa e mais célere do que a tramitação em varas cíveis.
b) Sem prejuízo da resposta no item a), qual seria a outra opção para Jorge Lourenço pleitear em perante o Poder Judiciário uma reparação de seus danos?
b) Como antecipado no item a), parte final da resposta, Jorge Lourenço poderia pleitear seus direitos em Juizado Especial Cível Estadual ( Lei 9099/95). A Lei 9099/95 contém um rito especial e um juízo especial, tudo em prol dos princípios ou ideais do art. 2º da referida lei.
1ª Questão.
De acordo com o NCPC é correto afirmar que:
c) Na petição inicial pode haver indicação de interesse em realizar audiência de conciliação ou mediação. Art. 319, VII do NCPC
2ª Questão
Com relação ao pedido no processo civil, marque a opção incorreta:
c) A cumulação de pedidos diversos contra o mesmo réu só é possível quando houver conexão. Art. 327 do NCPC
2- Questão Discursiva.
Uma animada conversa entre dois estudantes de graduação em Direito a respeito de uma decisão judicial de 1ª instância que julgou liminarmente improcedente o pedido (antes mesmo da citação do demandado) por estar frontalmente contrária a enunciado de súmula do Superior Tribunal de Justiça ou do Supremo Tribunal Federal chamou atenção de um terceiro estudante, representante de turma do 6º período que achou por bem intervir na conversa. Em dado momento, os três alunos fizeram as seguintes manifestações categóricas:
Aluno do 4o Período - O Princípio da Inafastabilidade do Poder Judiciário está acima de qualquer lei ou código, de modo que não pode haver indeferimento liminar de Petição Inicial sem antes ocorrer a citação do demandado, futuro réu. Aluno do 5o Período - O Juiz pode sim decidir pela Improcedência Liminar do Pedido, mas apenas nos casos de súmula vinculante do STF.
Aluno do 6o Período - O Princípio da Inafastabilidade do Poder Judiciário está acima de qualquer lei ou código, mas isto não torna inconstitucional determinado artigo do CPC, ou mesmo decisão judicial devidamente fundamentada em casos concreto no âmbito do Processo Civil brasileiro.
a) Existe alguma manifestação correta acima?
Sim. Assiste razão ao aluno do 6o Período, muito embora o tema seja polêmico e mereça atenção dos estudantes e operadores do mundo jurídico nos anos iniciais de vigência do NCPC, em especial ao que possa surgir em sede doutrinaria e jurisprudencial. Hoje, sem sombra de dúvida, o Princípio da Inafastabilidade do Poder Judiciário, também trabalhado como o primeiro e maior significado do Princípio do Acesso a Justiça (art. 5º , XXXV da CRFB de 1988) prepondera sobre o ordenamento jurídico pátrio, seja na horizontalidade, seja na verticalidade. O art. 322 do NCPC traz ( em parte) a ideia já ventilada no art. 285-A do NCPC, sem prejuízo de outros dispositivos de matéria recursal que também poderiam ser mencionados, como os arts. 518, § 1º , 557 e 557 §1o? A do CPC . De acordo com o NCPC, trata-se dos casos de improcedência liminar do pedido, hipótese em o mérito do caso concreto é resolvido, ainda que sem um julgamento novo, individual e com a citação do demandado. A ideia é de que a máquina judiciária, bem como a pessoa natural ou jurídica demandada não gastem recursos e tempo para tratar de temas já resolvidos pelos tribunais locais e superiores, dependendo do caso. É o aproveitamento de casos anteriores, onde causa de pedir/objeto/pedido podem ter sua análise estendida a outras partes que se encontrem em situações jurídicas equivalentes. É o trato coletivo de temas de direito já analisados ( e na maioria dos casos sumulados) pelos tribunais e não há razão para respostas diferenciadas, ao menos em regra.
A título de complemente, as manifestações dos alunos do 4º e 5º períodos contém equívocos. No caso do aluno do 4º período, interpreta-se o acesso à Justiça estritamente por um viés ?individual?, sem levar em consideração o papel do cidadão ou pessoa jurídica na coletividade. Diferença do ?eu individual versus eu coletivo? e um tratamento material do princípio da isonomia previsto no art. 5º , caput da CRFB de 1988. No caso do aluno do 5º período, o equívoco está na limitação à hipótese de súmula vinculante, em desacordo com o art. 332 do NCPC.
b) Existe diferença entre Improcedência Liminar do Pedido e Indeferimento da Petição Inicial ?
Sim. Improcedência liminar do pedido está prevista no art. 332 do NCPC enquanto o indeferimento da petição inicial no art. 330 do NPC. Na primeira hipótese (item anterior) ocorre uma resolução do caso com manifestação a respeito do direito material dos envolvidos( art. 487 do NCPC) e no segundo, a extinção do processo sem resolução, manifestação a respeito do direito material dos envolvidos. A finalização do processo ocorre por questões ou falhas processuais, as chamadas nulidades insanáveis ou mesmo as sanáveis que nao foram atendidas pelas partes. Aqui não se resolve o mérito( art. 485 do NCPC)
Questões Objetivas
1ª Questão.
A improcedência liminar do pedido pode ocorrer:
d) na hipótese de entendimento firmado em incidente de demandas repetitivas.
2ª Questão
A respeito da possível audiência de conciliação ou mediação prevista no NCPC para
ocorrer antes da resposta do réu, marque a opção correta.
d) Trata-se dispositivo que tem por objetivo propiciar outros meios para a composição dos interesses das partes.
3- Questão Discursiva.
Juan é advogado e está terminando seus estudos complementares de pós-graduação fora do Brasil, razão pela qual resolveu contratar um advogado para a defesa de seus interesses em processo judicial no qual fora citado dias antes da viagem, de forma inesperada e, segundo ele, sem qualquer nexo de causalidade com as pessoas, fatos narrados na petição inicial. Segundo Juan, trata-se de pedido de reintegração de posse realizado por Jurema, tendo por objeto um sítio em Maricá, município do Rio de Janeiro, onde Juan afirma apenas frequentar em propriedades de seus primos e tios. O advogado contratado, Dr. Rafael, tranquiliza Juan e afirma ter descoberto em documentos cartorários na municipalidade o verdadeiro possuidor (ao menos de fato) do referido sítio e que irá realizar a resposta do réu, na modalidade de Contestação, tudo nos termos do CPC.
a) Está correta a modalidade de defesa (resposta) indicada pelo Dr. Rafael ? Caso o Juiz entenda pela ilegitimidade passiva de Juan, o processo será extinto sem resolução do mérito ?
a) Sim. O Dr. Raphael deve apresentar defesa de Contestação em petição própria, onde alegará, em matéria de preliminar, a ilegitimidade passiva de seu cliente Juan. Esta alegação traduz a ideia de que não há nexo de causalidade entre o autor, os fatos (causa de pedir) , pedido e Juan. Falta assim,a regularidade de uma das condições da ação, a legitimidade passiva. Na vigência do CPC/73, tal alegação reconhecida pelo juiz, invariavelmente levava a extinção do processo( art. 267, VI c/c art. 301, X do CPC/73).
b)Quais os significados dos Princípios da Eventualidade e Ônus da Impugnação. Específica para fins do momento processual dos artigos 335 e seguintes do CPC ?
b) O Princípio da eventualidade está previsto no art. 336 e 342 do NCPC, sendo este último artigo uma espécie de excepcionalidade em casos específicos. Traduz a ideia de que o réu deve-se utilizar deste momento e peças processuais para alegar e sustentar todos os fatos (direito material e processual) que possam ser necessários ou úteis para a melhor justiça a ser realizada no caso concreto. A omissão culposa acarreta, via de regra, preclusão. A omissão dolosa, além da preclusão, pode gerar condenação por litigância de má-fé (arts. 77 e seguintes do NCPC).
Questões Objetivas
1ª Questão
Marque a alternativa correta dentre as opções abaixo.
d) O revés não pode mais praticar atos processuais antes da sentença, salvo com anuência da outra parte. Art.337,XIII do NCPC
2ª Questão
Quando houver caso de incompetência relativa do juízo e impedimento do juiz, a defesa do réu dever ser por:
a) contestação e exceção respectivamente. a) Art. 337, II. do NCPC. A suspeição e impedimento não integraram o rol de temas novos em contestação.
4- 1ª Questão Discursiva
Marisa promove ação judicial de indenização por danos materiais e morais em face de Tinoco, seu vizinho. Segundo Marisa, Tinoco tem insistentemente atitude ilícita e desrespeitosa com seu animal preferido, um cavalo de estimação chamado "Ventania". Tais atitudes fez com que o mesmo ficasse em estado de grande agitação, vindo inclusive a se cortar na cerca da propriedade no último mês, o que gerou internação veterinária com cirurgia e medicamentos. Tinoco citado, não ofereceu contestação, o que foi certificado pelo cartório, conforme consta nos autos. Marisa, eufórica e, acompanhando seu andamento processual na internet, liga para seu advogado, informa da revelia e pergunta se com isso, o juiz irá proferir sentença de procedência do seu pedido.
a) Sempre que houver Revelia haverá procedência do pedido ?
a) Não necessariamente. No caso concreto, é possível que com a revelia (ausência de contestação) o juiz possa julgar antecipadamente a lide, proferindo sentença de procedência do pedido. Além dos arts. 344 e 345 do NCPC o princípio do livre convencimento motivado também pode alterar o quadro fático e, posteriormente a sentença do juiz. Em outras palavras, ocorrendo a revelia, é preciso verificar a incidência dos itens do art. 345 e o livre convencimento motivado do magistrado.
b) Caso Tinoco tivesse oferecido Contestação alegando que apenas se defendia de Ventania, pois o animal ameaçava ataca-lo quando passava rente à cerca, qual deveria ser a atitude do Juiz?
 Tinoco teria oferecido contestação com defesa indireta de mérito prevista no art. 350 do NCP, de modo que o juiz deveria intimar o autor para realizar manifestação a respeito, inclusive com possibilidade de produção de provas.
Questões Objetivas
1ª Questão
João é citado em ação proposta por Pedro e realiza contestação alegando falta de pagamento para não cumprir com sua parte em contrato firmado pelas partes. Além disso, também aproveitou e está cobrando de Pedro determinada soma em dinheiro, oriundo do mesmo negócio jurídico. Marque a opção que indica as respostas apresentadas por João nos autos do processo.
c) contestação e reconvenção na mesma peça processual.
2ª Questão
A revelia no processo civil é:
c) ausência de contestação. Art.344 NCPC
c). Art. 343 do NCPC.
Sugestão de resposta à 2ª questão Objetiva
c) Art. 344 do NCPC
5- Questão Discursiva
Pablo exerceu seu direito de ação em face de Rodrigo para obter a rescisão contratual de determinado negócio jurídico firmado entre as partes. Na Petição Inicial Pablo afirma que Rodrigo descumpriu três cláusulas contratuais distintas, causando danos materiais e morais e por tais razões, não mais deseja manter o vínculo contratual, requerendo ainda, além de seu desfazimento, o pagamento de multa contratual prevista em cláusula específica. Junta apenas documentos comprobatórios e afirma não necessitar de outros meios para sustentar o alegado. Rodrigo devidamente citado oferece Contestação, reconhece o fato em que se funda a ação, mas aponta razões e fatos não informados por Pablo para tentar justificar seu comportamento contratual em não cumprir o previsto em apenas uma das cláusulas citadas, não se manifestando sobre as demais suscitadas na Petição Inicial. Requereu ainda depoimento pessoal e de testemunhas que poderão confirmar os fatos por ele narrados. Após a certificação da tempestividade da defesa apresentada, os autos vão conclusos ao juiz.
Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos:
a) Caso o Juiz considere pertinente a defesa apresentada por Rodrigo será possível o julgamento antecipado do mérito ?
b) Caso o Juiz entenda que existe fato incontroverso poderá haver julgamento antecipado parcial do mérito.
Questões Objetivas
1ª Questão
A incompetência absoluta pode ser declarada de ofício pelo Juízo. Tal informação é:
a) Incorreta, pois deve ser alegada por peça própria de exceção.
b) Correta, pois são as questões prejudiciais ao julgamento do mérito.
c) Incorreta, pois deve ser declarada de ofício pelo Juiz.
d) Correta, pois trata-se de questão preliminar e matéria de ordem pública que pode ser alegada pelas partes ou declarada pelo juiz em momento de saneamento do processo.
2ª Questão
A respeito do direito de se manifestar em réplica no processo civil é correto afirmar que:
a) é um direito constitucional e independe da resposta do réu.
b) depende do teor da resposta do réu e necessita de decisão do juiz.
c) não foi mantido no NCPC.
d) ocorre apenas quando existe questão preliminar suscitada na contestação,
Avaliação
Sugestão da Questão Discursiva
a) Considerando os elementos apontados no enunciado da questão a resposta é negativa.
Ao que tudo indica, o réu realizou defesa indireta de mérito, prevista no art. 350 do NCPC, de modo que o juiz deve determinar sua intimação para falar em 15 dias, podendo, inclusive, produzir provas a respeito dos novos fatos e alegações. O dispositivo simplesmente consagra, em sede de fase de postulação, o direito ao contraditório, que deve ser uma constante máxima na fase cognitiva dos processos judiciais e administrativos.
b) Aqui sim a resposta é positiva. O NCPC trouxe esta novidade no tocante à possibilidade de sentença parcial em caso de direito incontroverso, nos termos do art. 356, I. Os demais incisos do referido artigo trazem outras hipóteses de julgamento parcial do mérito. No CPC/73, muito se conseguia acesso a direito incontroverso pela previsão do art. 273, § 6o, em sede de tutela concedida antes da sentença final. O NCPC formaliza e define melhor o contexto de tais direitos e sua possível execução, ao deferir às sentenças tal possibilidade e, consequentemente, caminho para formação de coisa julgada. Trata-se da técnica de fracionamento do julgamento com vistas ao maior acesso à justiça possível, neste caso aqui, pela possibilidade de execução efetiva do direito material, motivação maior de todo jurisdicionado.
Sugestão da 1ª Questão Objetiva
d). Art. 337, §5o do NCPC.
Sugestão da 2ª Questão Objetiva.
d) Art. 350 do NCPC.
6- Questão Discursiva
André e Lívio figuram respectivamente como autor e réu em ação de cumprimento contratual que tem como objeto a prestação de serviços de manutenção de aparelhos de ar condicionado. O contrato foi firmado pelas partes e vinha sendo cumprido normalmente, até que em determinado mês, sem nenhuma razão específica, Lívio deixou de realizar o serviço. Após realizar duas notificações, André optou pelo Poder Judiciário para tentar resolver seu problema. O advogado de André distribuiu a petição inicial com a opção denão realizar audiência de conciliação ou mediação. Após a citação e apresentação de defesa, o Juiz determina a realização de Audiência de Instrução e Julgamento e intima as partes envolvidas.
Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos:
a) Considerando que a audiência a ser realizada tem por finalidade instruir e proporcionar condições técnicas para o julgamento do Juiz?, é possível ainda haver espaço para a conciliação ou mediação?
b) O que significa dizer que a ?audiência de instrução e julgamento é una e indivisível ?
Questões Objetivas
1ª Questão
Sobre a audiência de instrução e julgamento é incorreto afirmar:
a) A apresentação de razões finais escritas (memoriais) independe complexidade da causa, nos termos da lei.
b) A AIJ pode ser adiada em casos especiais.
c) Finda a instrução, o juiz deve dar a palavra ao advogado do autor e réu, além do Ministério Público, quando for o caso.
d) Se houver antecipação ou adiamento da audiência os advogados ou sociedade de advogados será intimada.
2ª Questão
A AIJ serve para:
a) apenas para produzir provas em juízo, pois não pode haver conciliação.
b) instruir o juiz, preparando-o para futuramente decidir.
c) instruir o juiz, mas também pode haver conciliação.
d) apenas para produzir prova de depoimento pessoal e testemunhal, pois as demais podem ser juntadas aos autos.
Avaliação
Sugestão de respostas da Questão Discursiva
a) A resposta é afirmativa. O texto do art. 359 reflete e estende a ideia de que em todo e qualquer momento processual que for possível, deve haver a interpretação e ação favorável ao incentivo da conciliação, mediação e arbitragem, nos termos do art. 3º , §§1º a 3º do NCPC. O CPC/73 continha disposição similar, com maior timidez e talvez pouco incentivo prático na letra do art. 448. Não se pode perder de vista a ideia de que tais dispositivos estão amparados constitucionalmente, principalmente com o art. 5º , LXXVIII da CRFB de 1988 ( razoável duração do processo).
b) Significa que em regra, a audiência de instrução deve ter começo, meio e fim de forma ininterrupta e apenas ser cindida em caráter excepcional e devidamente justificado. Trata-se do disposto no art. 365 do NCPC, reproduzindo a ideia prevista no art. 455 do CPC/73, ainda que com maior definição quanto às hipóteses e tempo de recomeço da audiência. Espera-se que as agendas permitam o cumprimento dos ideais da regra da não interrupção e recomeço o mais breve possível.
Sugestão de gabarito da 1ª questão objetiva
a). Art. 364, §2o do NCPC
Sugestão de gabarito da 2ª questão objetiva
c) art. 359 do NCPC.
7-Questão Discursiva
Raphael consulta Arthur (seu advogado de confiança) a respeito de uma questão jurídica envolvendo a compra de um veículo ?Zero Quilômetro? que realizou recentemente, a menos de 3 (três) meses. O veículo apresenta defeitos que intermitentes, aparentemente relacionados à parte elétrica ou eletrônica do veículo. Rafael informa ao seu advogado que já tentou por todos os meios convencer os responsáveis da concessionária onde foi adquirido, assim como o próprio fabricante do problema. O máximo que conseguiu foi a marcação de mais uma visita e vistoria técnica do veículo e os resultados foram um gentil café em sala de espera refrigerada e a posição de que ele ( Raphael) é quem deveria provar que o veículo está com problemas, pois, na vistoria, nada foi detectado. Assim, Raphael pergunta ao advogado se é possível levar o caso ao Poder Judiciário, já que ele não tem como provar tecnicamente o defeito, pois é mero consumidor e não conhece de componentes técnicos do veículo. Raphael também informa que pesquisou e encontrou outros casos similares, onde pessoas naturais e jurídicas conseguiram provar o mesmo problema em seus veículos de mesma marca e modelo. Arthur tranquiliza Raphael e informa que irá requerer em Juízo as medidas processuais necessárias para a melhor e mais rápida defesa de seus interesses.
Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos:
a) A quem incumbe, ordinariamente, o ônus da prova em juízo no processo civil brasileiro?
b) É possível alguma inversão no caso concreto?
Questões Objetivas
1ª Questão
O princípio do livre convencimento motivado traduz a ideia de que:
a) o juiz tem liberdade para apreciar e decidir a causa, mas deve fundamentar apenas as sentenças que resolvem o mérito.
b) a motivação interna de convencimento do magistrado legitima sua decisão, não havendo necessidade de externar nas decisões judiciais fundamentação específica da fonte jurídica para o julgamento.
c) as partes tem total liberdade para convencer o juiz dos fatos jurídicos materiais e processuais.
d) se houver súmula vinculante, não haverá necessidade de interpretação e decisão
fundamentada do caso.
2ª Questão.
Marque a opção correta:
a) A parte que alegar direito municipal em juízo poderá ter que provar o teor e vigência, se assim determinar o juiz.
b) O juiz não pode dispensar a prova, mesmo em fatos notórios.
c) Após recente decisão do STF, agora é possível a produção forçada de provas, desde seja o último recurso ou expediente para se chegar à sentença de mérito.
d) A prova documental pode ser arguida como falsa a todo e qualquer tempo, não havendo preclusão a respeito de documentos que já poderiam ter sido juntado aos autos.
Avaliação
Sugestão da resposta da Questão Discursiva.
a) A matéria das provas está agora regulada nos arts. 369 e seguintes do NCPC, com correspondência nos arts. 332 e seguintes do CPC/73. As disposições relativa ao ônus da produção das provas está previsto no art. 373 do NCPC, com forte valorização da dinamização em detrimento da teoria estática. Outros dispositivos, como o art. 376 do NCPC também trazem disposições específicas que envolvem o tema. Em regra, continua valendo a máxima de que ?aquele que alega deve provar ?. O que mudou foram as condições e hipóteses de modificação, total ou parcial do ônus em prol da real possibilidade de instrução processual e, consequente, decisões finais mais próximas da realidade fática.
b) O caso em tele traz uma relação de consumo, pelo que se remete também ao CDC, em seus arts. 6o, VIII e 51, VI com disposições que traduzem casos em que o ônus da prova pode ser revisto, incluso de ofício pelo juiz. No caso concreto, resta evidente a incapacidade técnica de Raphael avaliar componentes de seu veículo. Por último, cabe destacar que se provada a ocorrência de casos similares ( outros processos com comprovação dos fatos ou inversão da prova), é possível ainda o uso da prova emprestada, nos temos do art. 372 do NCPC.
Sugestão da resposta da 1ª Questão objetiva.
a) Art. 93, IX da CRFB de 1988. É um dever do juiz e um direito de todo jurisdicionado. Ver também art. 371 do NCPC.
Sugestão da resposta da 2ª Questão objetiva
a) Art. 375 do NCPC.
8-Questão Discursiva
Carla está desesperada e conversa com Dra. Suzana (sua advogada) que a principal testemunha de seu caso e que deverá comparecer em audiência de instrução futura ( mês seguinte) foi hospitalizada para passar por procedimento cirúrgico de alto risco em no máximo 3 (três) dias, conforme atestou o médico em documento próprio. Existe sério risco de morte, ou mesmo de vida com sequelas cerebrais diversas. O tempo de espera é apenas para os trâmites técnicos e administrativos para a cirurgia, pois trata-se de evento futuro e certo. Dra. Suzana lamenta o ocorrido com Carla, mas informa que nada pode fazer, pois o NCPC não prevê mais a medida cautelar existente no CPC/73, talvez no máximo peticionar nos autos informando do ocorrido e requerendo o adiamento da audiência para aguardar a melhor recuperação da testemunha enferma, ou mesmo conseguirem uma testemunha substituta.
Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos:
a) Está correta a informação jurídica prestada pela Dra. Suzana ?
b) É possível que Atas Notariais possam atestar ou documentar a existência de fatos jurídicos materiais e servirem de meio probatórioem Juízo ?
Questões Objetivas
1ª Questão
Com o NCPC é correto afirmar que:
a) no ambito dos juizados especiais cíveis estaduais será agora possível provas mais complexas, além de documental, depoimento pessoal e testemunhal.
b) no ambito do procedimento comum e de acordo com o princípio da concentração dos atos processuais, em regra as provas devem ser requeridas e produzidas em momentos pontuais, sob pena de preclusão, salvo casos especificados em lei.
c) as provas documentais somente podem ser juntadas na audiência de instrução e julgamento.
d) a ata notarial está formalizada como meio probatório, mas não houve previsão de prova emprestada.
2ª Questão.
A prova realizada através de exame de DNA:
a) é obrigatória para a parte contrária, pois trata-se de dignidade na pessoa humana.
b) não é obrigatória, mas pode geral consequências para quem não se submete ao mesmo.
c) nao pode mais ser determinada pelos juízes, sob pena de violação de direito constitucional.
d) deve obrigatoriamente ser seguida pelo juiz.
Avaliação
Sugestão da resposta da 1ª questão discursiva
a) Não. O NCPC não suprimiu a possiblidade de produção de prova antecipada, tampouco deixou de realçar sua característica de cautela, de urgência instrumental. Os arts. 381 a 383 respondem satisfatoriamente ao questionamento. É importante salientar que o NCPC deu um novo tratamento às tutelas de urgência, na verdade, agora denominadas de ?tutela provisória? e que podem ter natureza de evidência ou urgência. Dentro da tutela de urgência, encontramos medidas satisfativas e medidas cautelares. Ver arts. 294 a 311 do NCPC.
b) Sim. É perfeitamente possível e sua tipificação legal está no art. 384 do NCPC, que deve ser combinado com a LRP ( Lei de Registros Públicos ? 6015/73) e com Lei 8953/94). Apesar de não haver correspondência formal no CPC/73, a sua utilização prática ja vinha ocorrendo para a comprovação ( mais efetiva e segura ) de certos papeis e comunicações, inclusive em meio eletrônico.
Sugestão da resposta da 1ª questão objetiva.
b). Princípio da concentração dos atos processuais. Petição inicial, réplicas, contestação, dentre outros momentos mais específicos, incluso por ordem judicial.
Sugestão da resposta da 2ª questão objetiva.
b) Arts. 231 e 232 do Código Civil c/c art. 379 do NCPC.
9-Questão Discursiva
A Administradora Joia Rara Ltda está em litígio com a empreiteira Obra Boa Ltda, contratada para reformar apartamento específico e não consegue se conformar com a decisão do juiz que indeferiu requerimento formulado por seu advogado para realização de prova pericial que comprovasse a má prestação dos serviços prestados, além da não prestação de outros. O juiz indeferiu o pleito, alegando já existir nos autos o requerimento tempestivo ( e deferido) do advogado da Administradora Joia Rara sobre produção de provas (documental e testemunhal), não havendo agora, em outro momento processual, possibilidade de novo requerimento para meio probatório distinto. O advogado da Administradora Joia Rara Ltda discorda da posição do juiz e pretende recorrer da decisão de qualquer jeito, pois vislumbra violação legal e constitucional no caso.
Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos:
a) Está correta a posição juiz em relação ao momento requerimento de produção de provas ?
b) Quais as diferenças entre prova pericial e inspeção judicial ?
Questões Objetivas
1ª Questão
A respeito da confissão judicial e outras provas no NCPC, marque a opção correta:
a) A confissão judicial deve ser exclusivamente espontânea, podendo a extrajudicial ser provocada.
b) A confissão judicial poderá sempre ajudar ou prejudicar os litisconsortes.
c) A parte nao é obrigada a depor sobre fatos que coloquem sua vida em perigo.
d)A parte quando realiza confissão pratica um ato irrevogável.
2ª Questão
Ainda a respeito das provas e o NCPC, responda:
a) A exibição de documento ou coisa pode ser ordenada por juiz de direito.
b) O documento público faz prova apenas de sua formação, mas não dos fatos descritos.
c) Quando a lei exigir documento público como da substancia do ato, nenhuma outra prova, por mais especial que seja, poderá suprimir sua falta.
d) Apenas considera-se autor do documento particular aquele que o fez e assinou, além de reconhecer firma, sob pena de quebra da presunção de autoria.
Avaliação
Respostas da Questão Discursiva
a) O tema não é tão simplório quanto possa parecer. A quantidade de dispositivos que tratam da possibilidade de produção de provas é relativamente extensa. Os artigos 319,VI e 336 do NCPC trazem as disposições referentes aos momentos previsíveis, quais sejam a o peticionamento inicial e a resposta do réu. Após, o NCPC traz diversos arts. sobre o tema ( 369, 370, 381 e em especial, o art. 435). O fato é que sempre que houver fundamento para solicitar a produção de provas, especialmente em relação a fatos novos ou desconhecidos no momento processual já ultrapassado, a tendência é a aceitação, sob pena de violação do direito ao devido processo legal e ao fim, ao acesso à justiça propriamente dito. O art. 435 do NCPC é bem específico em relação ao tema. Basta o advogado bem fundamentar o requerimento. Por outro lado, sabemos que as decisões judiciais devem ser fundamentadas e nada impede que o juiz indefira o pleito por falta de tipificação legal, ou mesmo por falta de necessidade. É sempre bom lembrar que o juiz é o destinatário das provas, de modo que o não deferimento de produção probatória, nem sempre leva a um prejuízo real para as partes.
b) A prova pericial, sua produção, contraditório e apreciação estão previstas nos arts. 464 a 480 do NCPC. A prova pericial pode ser um exame, vistoria e avaliação. Como se percebe, trata-se de meio de prova essencialmente técnico, que exige conhecimentos específicos às mais diversas áreas da ciência. O perito é verdadeiro auxiliar da justiça, realiza aquilo que tecnicamente o juiz de direito não tem elementos técnicos para tal.
Visa provar a existência ou não de atos ou fatos jurídicos materiais e mesmo processuais.
Resposta da 1ª questão objetiva
c) Art. 388 do NCPC.
Resposta da 2ª questão objetiva
c) Art. 406 do NCPC.
10- Questão Discursiva
Em ação de rescisão contratual, devolução de valores pagos e ainda indenização por danos morais movida por Júlio em face da Rei dos Móveis Ltda., a Juíza proferiu sentença onde julgou integralmente procedente o pedido autoral. Júlio questiona seu advogado a respeito da sentença, pois ao realizar a leitura em seu acompanhamento processual na internet, não entendeu o que seriam os termos fundamentação e dispositivo. Júlio também queria saber quais os efeitos práticos que a sentença teria no caso concreto dele. O advogado de Júlio respondeu que toda sentença tem como elementos ou partes obrigatórias : relatório, fundamentação e dispositivo. Informou também que o referido titulo judicial poderia constituir uma hipoteca judiciária.Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos:
a) Está correta a informação prestada pelo advogado de Júlio ?
b) Qual o conceito jurídico de sentença de acordo com o NCPC/2015 ?
Questões Objetivas
1ª Questão
Com relação aos pedidos formulados pelas partes as sentenças podem ser classificadas em:
a) declaratórias, constitutivas ou condenatórias, segundo a classificação trinária.
b) declaratórias, mandamentais e constitutivas, segundo a classificação trinária.
c) mandamentais apenas, pois todas possuem caráter coerctivo e força de lei.
d) declamatórias ou não declaratórias, quando julgam procedente ou improcedente o pedido.
2ª Questão.
As sentenças condenatórias de prestação de fazer, não fazer e entregar coisa certa:
a) já eram previstas no CPC/73, furto de diversas reformas processuais que ocorreram a partir dos anos 1990.
b) não existiam em nosso ordenamento jurídico.
c) não podem ter solução por meio de mediação ou arbitragem.
d) já podem ter solução por meio de arbitragem, desde que haja anuência das partes e doMinistério Público.
Avaliação
Sugestão de resposta da questão discursiva.
a) Sim. A dúvida de Júlio é esclarecida quando se explica que o dispositivo é que faz coisa julgada nos casos previstos em lei. É também importante salvaguardar uma importante exceção prevista na lei 9099/95, art. 38 (caput), onde ocorre dispensa de relatório das sentenças.
b) A sentença é um dos pronunciamentos do juiz e de acordo com o art. 203, §1º , sentença é todo pronunciamento judicial com fundamento no art. 485 ou 487 pode resolver a fase de conhecimento ou execução, conforme o caso concreto. Os requisitos ou elementos essenciais da sentença estão previstos no art. 489 do NCPC. Esta é a regra geral.
Sugestão da resposta da 1ª questão objetiva.
A). De acordo com classificação trinária, o interesse das partes pode dizer respeito à declaração, constituição ( desconstituição, modificação) e condenação de direitos.
Sugestão da resposta da 2ª questão objetiva.
A). Arts. 461 e 461-A do CPC/73.
11-Questão Discursiva
A pessoa jurídica Show da Vida Ltda representa os interesses de famosa banda nacional, administrando toda sua agenda de shows, turnês e respectiva logística. Em razão disto, a Show da Vida Ltda. contratou os serviços da agência de publicidade Comunication Ltda. para fins de divulgação de uma série de espetáculos que ocorreriam em 6 (seis) meses em Salvador, capital da Bahia, durante os festivos de carnaval. A divulgação deveria ser imediata em todas as mídias sociais, televisão, rádio e algumas fontes impressas semanalmente. Após 15 dias da contratação, nada havia sido feito e a Comunication Ltda foi notificada. Passados mais 15 dias, a Show da Vida Ltda ingressa com ação judicial com pedido de obrigação de fazer, obtendo inclusive, tutela de urgência para o pronto cumprimento, sob pena de multa diária de R$ 5.000,00 (cinco mil reais). Infelizmente, mesmo com toda dedicação e diligência do patrono da Show da Vida, a divulgação não ocorreu, assim como a venda antecipada de ingressos e o espetáculo foi cancelado. Após tal comunicação nos autos do processo, a revelia e posterior não manifestação da ré, o juiz deu continuidade e proferiu sentença convertendo a obrigação de fazer em perdas e danos.
Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos:
a) É possível o juiz proferir sentença condenatória de pagar quantia certa quando o pedido inicial era de condenação de obrigação de fazer, tendo inclusive ocorrido deferimento de tutela de urgência?
b) A sentença proferida no caso está sujeita ao Duplo Grau de Jurisdição
Obrigatório?
1ª Questão
A remessa necessária prevista no NCPC:
a) se aplica à toda decisão proferida contra Fazenda Pública.
b) às decisões condenatórias de pagar quantia certa contra a Fazenda Pública, nos termos do art. 496 do NCPC.
c) também ocorre em sede de juizados especiais federais.
d) também ocorre em sede de juizados especiais fazendários dos Estados.
2ª Questão.
Sentença ultra petita é aquele que:
a) julga totalmente improcedente o pedido autoral.
b) deixa de analisar pedido formulado pelas partes.
c) condena ao pagamento de astreintes.
d) concede direito pretendido pela parte, mas em quantidade superior.
Avaliação
Resposta da 1ª Questão Discursiva
a) Sim. O pronunciamento do juiz, no caso a sentença, deve manter correspondência, simetria com os pedidos formulados na petição inicial e contestação, minimamente falando. O que se afirma é que o juiz não pode proferir decisão extra, ultra ou citra petita, sob pena de violação do princípio da inércia e imparcialidade ao longo do itinerário processual. Ocorre que em certos casos ( obrigação de fazer, não fazer e entrega de coisa), uma vez impossível o cumprimento com a prestação originária, podem as partes interessadas requerem a conversão em perdas e danos, ou mesmo o juiz realizar de ofício, quando evidente não haver outra solução fática possível. Inteligência do art. 499 do
NCPC.
b) Não. O princípio do duplo grau de jurisdição obrigatório está previsto no art. 496 do NCPC com a rubrica de ?Remessa Necessária?. O art. 496, I é claro na tipicidade dos casos sob remessa necessária.
Resposta da 1ª questão objetiva
b) Art. 496 do NCPC.
Resposta da 2ª questão objetiva
d) Art. 492 do NCPC.
12-Questão Discursiva
Um espanhol foi condenado em segunda e última instância por um tribunal competente de seu país a pagar a quantia de 50 mil euros por conta de dívidas oriundas de cheques não honrados pelo sistema bancário ou pelo próprio emitente. O caso transitou em julgado e quando foi iniciada a execução, descobriu-se que o devedor tinha se mudado para o Brasil, especificamente para Fortaleza, capital do Ceará. O credor consulta seu advogado a respeito da possibilidade de cumprimento da sentença no Brasil, onde está claro o estabelecimento de nova residência e domicilio do espanhol devedor, inclusive com novos negócios em andamento, conforme relatos e documento obtidos pelas redes sociais. O advogado espanhol contrata os serviços do escritório onde você está estagiando para concretizar o direito material de seu cliente.
Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos:
a) Quais os requisitos para a homologação de sentença estrangeira no Brasil?
b) Quais os órgãos judiciários competentes para e homologação e execução no Brasil ?
Questões Objetivas
1ª Questão
No âmbito da homologação de sentença estrangeira no Brasil é correto afirmar que:
a) existe novo juízo de mérito, com possibilidade de reversão do direito material.
b) existe apenas juízo de delibação.
c) não existe juízo de mérito ou delibação, mas apenas tramitação burocrática para posterior cumprimento na Justiça Federal.
d) pode haver anulação do julgado, se houver violação de direito pátrio.
2ª Questão:
A respeito da possibilidade de homologação de decisão arbitral do estrangeiro, marque a correta opção:
a) Não é possível sua homologação, uma vez que o título executivo é extrajudicial.
b) Não é possível sua homologação sem anuência prévia das partes.
c) Pode ser homologada de acordo com o NCPC.
d) Trata-se de título executivo extrajudicial no Brasil e poder ser homologada.
Avaliação
Sugestão de resposta da 1ª questão discursiva
a) A sentença estrangeira deve atender a requisitos processuais: preferida por juiz naturalmente competente em sede de um processo judicial que atenda os princípios da isonomia, contraditório, ampla defesa, imparcialidade, incluindo também o direito aos recursos e meios de impugnação extraordinários, se houver. A sentença estrangeira deve atender também a requisitos materiais: haver tipicidade material idêntica, equivalente ou não proibida, bem como ter condenação compatível, incluso com relação aos princípios da dignidade da pessoa humana e demais valores fundamentais da CRFB de 1988. Não se trata de novo julgamento de mérito, mas simples juízo de delibação, onde são verificados os requisitos processuais e materiais acima.
b) O STJ é competente para a homologação da decisão estrangeira nos termos do art. 960, § 2o do NCPC. A Justiça Federal é competente para sua execução, seu cumprimento nos termos do art. 109,X da CRFB de 1988.
Sugestão de resposta da 1ª questão objetiva
b). Existe apenas juízo de delibação, isto é, de verificação a respeito legalidade e constitucionalidade material e formal do título. Em outras palavras, se a lei material e processual existe no Brasil e tem compatibilidade com nossos valores constitucionais. (arts 960 a 965 do NCPC).
Sugestão de resposta da 2ª questão objetiva
c). O art. 960, §3 do CPC estabiliza a questão que já havia sido objeto de jurisprudência do STJ (SEC 8847 EX 2012/0244916-3)
13-Questão Discursiva
Joana está muito feliz pois foi informada por seu advogado do transito em julgado de sua sentença. Ela obteve uma sentença condenatória e também declaratória, referente à problemas de cumprimento contratual com Fábio. O réu foi condenado a pagar toda a quantia que lhe devia e ainda foi resolvida uma questão prejudicial queacabou surgindo nos autos após a resposta do réu, que realizou defesa indireta de mérito, suscitando nulidade de cláusulas contratuais referentes justamente ao tempo e modo de pagamento. No entanto, como Joana está cursando graduação em Direito, ficou com dúvida a respeito do conteúdo declaratório da sentença e seus efeitos após o transito em julgado. Seu advogado informou que de fato, apesar da vitória no caso, a coisa julgada só abrangeria o pedido formulado na petição inicial, pois eles não demandaram por ação declaratório incidental quando deveriam, no momento de manifestação sobre a contestação ofertada.
Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos:
a) Está correta a orientação do advogado ?
b) No caso acima ocorre coisa julgada material e formal ?
Questões objetivas
1ª Questão
Existe coisa julgada material em sede de ação civil pública( Lei 7347/85)
a) Sim. Trata-se de ação de conhecimento que poderá ou não ter o direito material apreciado.
b) Não, pois a coisa julgada aqui no caos procedência teria uma amplitude muito grande.
c) Sim, mas apenas no caso de improcedência do pedido.
d) Não, seja com procedência ou improcedência do pedido autoral.
2ª Questão
A coisa julgada é oponível:
a) em sede de contestação, em matéria preliminar, sob pena de preclusão.
b) em sede mandado de segurança apenas, pois viola-se direito liquido e certo.
c) em todo e qual momento ou fase processual, sendo certo que deve ser alegado na primeira hora em que parte fala nos autos, sob pena de ulterior responsabilização das custas e outros danos processuais.
d) apenas no âmbito dos tribunais, sendo vedada sua alegação em 1a instância,
Avaliação
Sugestão de Respostas da Questão Discursiva
a) Não. A orientação está equivocada, pois de acordo com o art. 503 do NCPC, a coisa julgada agora já pode abranger também a questão declaratória. É indispensável a comparação com o CPC/73, arts. 5º , 325 e 470. Pela sistemática anterior havia necessidade de ação declaratória incidental e requerimento específico. O NCPC facilita e simplifica a extensão dos efeitos da coisa julgada, desde que cumpridos os requisitos previstos no texto legal.
b) Sim. A coisa julgada material é a ?autoridade? que prevê indiscutível e imutável a decisão de mérito não mais sujeita a recurso e consequentemente, não poderá haver nova ação e processo sequencial para decidir o mesmo direito material já sentenciado. Arts. 485, 486 e 487 combinados com os arts. 502 a 508, todos do NCPC.
Sugestão de Resposta da 1ª questão
a) A ação civil pública nada mais é do que um processo de conhecimento com rito especializado e com ótimas ferramentas processuais, mas nada impede o seu transito em julgado.
Sugestão de Resposta da 2ª questão:
c.) Trata-se de matéria de ordem pública e que pode ser alegado em qualquer grau de jurisdição.
14-Questão Discursiva
Marcelo foi réu em ação judicial movida pela Concessionária Auto Novo S.A onde foi proferida sentença de procedência total do pedido autoral. Augusto conseguiu a condenação de Marcelo ao pagamento de R$ 100.000,00 (cem mil reais) por danos materiais sofridos em razão de uma briga generalizada provocada por Marcelo dentro do estabelecimento comercial da parte autora, após negativa de crédito quando o réu tentava adquirir um veículo financiado. Após a sentença, houve recurso de Apelação que apesar de admitido, não teve provimento pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, sendo mantida a sentença de mérito. Não houve mais recurso e ocorreu o transito em julgado e após 2(dois) meses, a Concessionária Auto Novo S.A. iniciou a fase de execução do julgado em face de Marcelo. Neste meio tempo, Marcelo descobre que o juiz do caso é amigo íntimo dos sócios da Concessionária Auto Novo S.A e pergunta a seu advogado se existe alguma possibilidade de se reverter a decisão transitada em julgado e obtém resposta negativa, em razão da formação de coisa julgada material nos termos da lei processual civil em vigor que visa justamente garantir o mínimo de segurança jurídica aos jurisdicionados.
Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos:
a) A coisa julgada material realmente não pode ser atacada no caso concreto ?
b) A autoridade da coisa julgada material afeta toda a sentença proferida que não esteja sujeita a recurso .
Indaga-se:
Questões Objetivas
1ª Questão
Não fazem coisa julgada material:
a) os motivos e a verdade dos fatos no processo.
b) a questão incidental, ainda que decidia pelo juiz após contraditório.
c) os resultados de laudos de provas periciais.
d) as sentenças que resolvem o direito material.
2ª Questão
A respeito da relativização da coisa julgada no Brasil é correto afirmar que:
a) Não vigora e não se aplica ao nosso direito teorias de relativização da mesma.
b) Apenas encontra guarida na ação rescisória do art. 966 do NCPC.
c) Pode ocorrer, em caos extremos e pontuais, sob pena de banalização e enfraquecimento da segurança jurídica dos julgados.
d) Pode ser feita por qualquer juiz ou tribunal, a livre distribuição.
Avaliação
Sugestão de Respostas da 1ª Questão
a) A resposta é negativa. O caso suscitado por Marcelo, quando muito se enquadra na hipótese de suspeição e não impedimento, o que ensejaria, ao menos em tese, Ação Rescisória. O impedimento, assim como a incompetência absoluta são temas considerados demasiadamente importantes , nulidades insanáveis, ao contrário da suspeição, ou mesmo a incompetência relativa. Interpretação dos arts. 144 a 148 e 966, II do NCPC.
b) De acordo com o NCPC, todas as decisões de mérito transitadas em julgado podem ser objeto de ação rescisória. Apesar da ampliação, continuamos com as restrições às sentenças meramente homologatórias, bem como outros atos praticados pelas partes que continuam sendo resolvidos por ações próprias de anulação, nos termos da lei civil e processual. Art. 966, § 6o do NCPC.
Sugestão de Resposta da 1ª Questão
a). art. 504 do NCPC.
Sugestão de Resposta da 2ª questão:
c). A regra é a segurança do ato jurídico perfeito, do direito adquirido e da coisa julgada, nos termos do art. 5o, XXXVI da CRFB de 1988.
15-Questão Discursiva
Temístocles ingressou com ação em face da empresa de Telefonia Fone Fácil S.A formulando declaratório de inexistência de relação jurídica combinado com condenação por danos materiais e morais. Segundo o autor, a ré teria realizado inscrição indevida de seu nome no cadastro de inadimplentes em razão de suposta dívida de contas pretéritas de titularidade do autor. Após contestação da ré, o juiz, não havendo mais necessidade de realização de mais provas, resolveu o caso com julgamento antecipado da lide, julgando procedente o pedido autoral e estipulando a indenização total no valor de R$15.000,00 (quinze mil reais), entendo ser este valor suficiente para reparar os danos materiais e morais suscitados e provados nos autos. A decisão transitou em julgado e Temístocles inicia a fase de execução em face da agora executada, Telefonia Fone Fácil S.A. Em diligências internas na empresa, o advogado da Telefonia Fone Fácil S.A descobre que já havia uma decisão judicial transitada em julgado em face de Temístocles, envolvendo os mesmos fatos jurídicos suscitados na ação atual. Indignado, o advogado resolve ingressar com Ação Rescisória.
Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos:
a) É possível Ação Rescisória no presente caso ?
b) Qual o órgão competente para conhecer e julgar a Ação Rescisória.
Questões Objetivas
1ª Questão
São legitimados para ação rescisória:
a) As partes originárias do processo judicial, com exceção do revel.
b) As partes originárias do processo judicial, mas não seus eventuais sucessores.
c) Apenas aquele que saiu derrotado e o terceiro interessado.
d) O Ministério Público como parte ou fiscal da lei.
2ª Questão.
O prazo decadencial para propositura de ação rescisória é de:
a) 2 anos contados do transito em julgado da ultima decisão proferida no processo.
b) 5 anoscontados sempre da primeira decisão de mérito nos autos.
c) 2 anos contados da data de interposição de recursos.
d) 5 anos contados da data da última decisão proferida no processo, salvo se houve prazo decadência menor no Código Civil.
Avaliação
Sugestão de Respostas da Questão Discursiva
a) Sim. Caso clássico e talvez de maior temor no ambiente judiciário, qual seja, julgar duas vezes o mesmo fato jurídico material, ainda que com denominações ou rubricas distintas. A Jurisdição quando entra em cena após a provocação dos jurisdicionados decide em caráter substitutivo de uma única vez, sem prejuízo de instancias diversas e previstas na estrutura processual vigente. Não há segurança jurídica que resista a um número sequencial de julgamentos. Art. 966, IV do NCPC.
b) Ação Rescisória é de competência dos Tribunais. Trata-se de competência originária e verdadeira atuação de 1o grau de jurisdição por órgãos de 2a instância ( considerando como causa de pedir algo diferente da ação originária). Os regimentos internos dos tribunais também dispõem a respeito de seu tramite procedimental.
Sugestão de Resposta da 1ª Questão Objetiva
d) Art. 967 do NCPC
Sugestão de Resposta da 2ª questão Objetiva
a) Art. 975, caput do NCPC.
16-Questão Discursiva
Em Ação Rescisória proposta por Godofredo em face de Silas houve requerimento de de concessão de tutela provisória, considerando que Godofredo alega que em razão da flagrante nulidade do julgamento anterior ( violação manifesta de norma jurídica objeto de súmula de jurisprudência dominante do STF) e da fase em que se encontra a execução, é possível que seu bem imóvel seja levado à hasta pública, com demasiado perigo de dano irreparável ou mesmo de dificílima reparação. O relator admite a petição inicial e, incontinente, defere o requerimento de Godofredo para suspender a execução até a decisão final da Ação Rescisória. Silas inconformado, afirma que decisão antecipada do relator seria uma violação constitucional do contraditório e da ampla defesa, pelo que não se conformará com a decisão.
Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos:
a) A Ação Rescisória poderia ser admitida no presente caso ?
b) Existe a possibilidade de concessão de tutela provisória em sede de Ação Rescisória.
Indaga-se:
Questões Objetivas
1ª Questão
Nos termos do NCPC, cabe ação rescisória:
a) quando proposta pelo Ministério Público, caso não tenha sido ouvido em processo em que lhe era obrigatória a intervenção, salvo se a sentença de mérito for efeito de colusão das partes.
b) na hipótese em que se verifique fundamento para invalidar confissão, ainda que nessa não tenha se baseado a sentença, ou quando em erro de fato for fundada a sentença de mérito.
c) depois de transitada em julgado a sentença de mérito, o autor obtiver documento novo, cuja existência ignorava, capaz, por si só, de lhe assegurar pronunciamento favorável.
d) quando a sentença de mérito for proferida por juiz relativamente incompetente, ou for verificada que foi dada por concussão, prevaricação ou corrupção do juiz.
2ª Questão
A ação rescisória tem natureza de:
a) conhecimento até sua admissibilidade, depois, cautelar.
b) cautelar com procedimento especial
c) conhecimento com procedimento especial.
d) conhecimento com decisão meramente declaratória.
Avaliação
a) Em tese sim. O enunciado informa da ocorrência de grave erro judiciário de natureza dupla: violação manifesta de norma jurídica objeto de súmula de jurisprudência dominante do STF. Sem dúvidas sobre a admissibilidade no presente caso. Não se trata de mera divergência de um ou outro juiz ou tribunal, mas sim violação flagrante de norma jurídica já interpretada pelo STF, objeto de súmula de jurisprudência dominante.
b)Sim. O art. 969 do NCPC traz a ressalva de forma muito similar ao art. 489 do CPC/73. É importante destacar a alteração do tratamento das tutelas de urgência, agora denominadas de tutela provisória e suas espécies. Também é importante frisar que o crivo de análise aqui é muito mais severo e exigente do que em 1ª instancia, mormente em direitos materiais ligados à dignidade da pessoa humana ( direitos fundamentais) ou questões patrimoniais de relevo, como a propriedade e posse de bens imóveis, por exemplo.
Respostas da 1a questão:
c) Art. 966 do NCPC.
Respostas da 2a questão:
c). Trata-se do primeiro procedimento especial previsto já no CPC/73 e que foi mantido
no NCPC no art. 966 e seguintes.

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