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ANTI INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS ( AINES) PROFª DRª: ANDRÉA CRISTINA APOLINÁRIO DA SILVA CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO RECIFE CURSO DE FARMÁCIA DISCIPLINA: FARMACODINAMICA I calor rubor edema dor Perda da função Fosfolipídios Ácido aracdônico Ácido 5-hidroxiperoxi eicosatetraenoico 5-HEPTE 5-HETE leucotrienos TxA2 PGE2, PGF2 PGI2 Fosfolipase A2 lipoxigenases cicloxigenases PGH2/PGG2 MEDIADORES DA INFLAMAÇÃO “Target” dos anti-inflamatórios Os produtos da COX é específico do tecido em particular. Ex: as plaquetas produzem tromboxanos, os mastócitos – prostaglandinas D2. As prostaglandinas Derivados de ácidos graxos insaturados – possuem 20 carbonos (eicosanóides); Produzidas em mínimas quantidades em praticamente todos os tecidos; Atuação local, não circulam em grande quantidade no sangue; Agem como sinais locais que regulam a resposta de um tipo de célula; São mediadores químicos que são liberados em um processo alérgico e inflamatório; As prostaglandinas FUNÇÕES FISIOLÓGICAS DAS PROSTAGLANDINAS • Estimulação da agregação plaquetária (TXA2) • inibição (PGI) • relaxamento vascular (PGE2, PGI) • contração (PGF, TXA) • contração brônquica (PGF2, LCT, LTD, TXA) • relaxamento (PGE) • proteção da mucosa gástrica (PGE1, PGI) As prostaglandinas FUNÇÕES FISIOLÓGICAS DAS PROSTAGLANDINAS •manutenção do fluxo renal e regulação do metabolismo de Na+ e K+ (PGE1, PGI2) • indução contração uterina (PGE, PGF2) • produção de febre (PGE2) • hiperalgesia por potencialização dos mediadores da dor • sensibilização das terminações nociceptivas periféricas Febre e efeito dos antipiréticos As prostaglandinas APLICAÇÕES TERAPÊUTICAS DAS PROSTAGLANDINAS • Estimulação uterina (PGE2 SINTÉTICA): aborto entre 12a e 20a semana • Anomalias cardíacas congenitas (ductus arteriosus) permite a continuidade do canal arterial – análogo da PGE1: recém nascidos • Trato gastrintestinal: anti ulceroso • agregação plaquetária: substituto da heparina • Hipertensão arterial pulmonar – Analogo da PGI sintética; • Glaucoma: Latanoprost (xalatan) análogo da PGF2; Usos Terapêuticos Todos são antipiréticos, analgésicos e antiinflamatórios, mas com graus diferentes sobre essas atividades. 1. 1. Analgésicos • Dor leve a moderada • Não produz efeitos indesejáveis dos opióides no SNC • Aliviam a dor relacionada à inflamação • PG: sensibilizante das terminações nervosas às ações da bradicinina, histamina, outros mediadores químicos 1.2. Antiinflamatórios • distúrbios músculo-esqueléticos inflamatórios (artrite-reumatóide, osteoartrite, etc) 1.3. Antipiréticos • Febre: ocorre quando o ponto de ajuste do centro termorregulador está alterado • Causa: de prostaglandinas • Antipiréticos: reduzem a temperatura corpórea apenas nos estados febris • Alguns são contra-indicados para uso prolongado pelos efeitos tóxicos (p.ex.: fenilbutazona) 1.4. Dismenorréia Primária • A liberação de PG pelo endométrio durante a menstruação pode causar cólicas fortes. Usos Terapêuticos Ulceração e intolerância gastrointestinais - sangramento e anemia Bloqueio da agregação plaquetária - pela inibição da síntese de Tx Inibição da motilidade uterina - pela inibição da síntese de PG - prolongamento da gestação Reações de Hipersensibilidade Efeitos colaterais Classificação dos AINES Salicilatos Ác. salicílico * Salicilato de sódio * Salicilato de metila * Diflunisal * Ácido Acetilsalicílico Pirazolônicos Butazonas, dipirona Paraminofenol Fenacetina Paracetamol = Acetominofen Classificação dos AINES Ácido indolacético Indometacina, Sulindaco Ác. Heteroarilacético Ibuprofeno, Naproxeno Fenoprofeno, cetoprofeno Ác. Arilpropiônico Tolmetin, Diclofenaco, Cetorolaco Classificação dos AINES Ácido enólico Piroxican, Meloxican, Tenoxican Outros (inibidores seletivos da COX-2) Nimesulide, Celecoxibe, Rofecoxibe Mecanismo de ação Inibição periférica e central da atividade da enzima ciclooxigenase e subsequente diminuição da biosíntese e liberação dos mediadores da inflamação, dor e febre (prostaglandinas). ANALGÉSICOS, ANTIPIRÉTICOS E ANTIINFLAMATÓRIOS ANALGÉSICOS, ANTIPIRÉTICOS E ANTIINFLAMATÓRIOS MECANISMO DE AÇÃO ANTIINFLAMATÓRIOS: inibição da liberação de histamina e monócitos; ANTIPIRÉTICOS: interferência da liberação da PGE como modulador na regulação da temperatura; ANALGÉSICOS: Bloqueio da formação de PGs por inibição da COX; As ciclooxigenases COX-1 •enzima essencial constitutiva •encontrada na maioria das células e tecidos •produção de PGs para manutenção de funções fisiológicas ANALGÉSICOS, ANTITÉRMICOS E ANTIINFLAMTÓRIOS As ciclooxigenases COX-2 •Formação induzida processo inflamatório e interleucinas - IL1, IL2 e TNF; •Acredita-se que é predominante durante a inflamação cronica; •Prostaglandinas que mediam inflamação, dor e febre ANALGÉSICOS, ANTITÉRMICOS E ANTIINFLAMTÓRIOS FÁRMACOS ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS ANALGÉSICOS, ANTIPIRÉTICOS E ANTIINFLAMATÓRIOS Aspirina Droga cardiovascular importante ação antiplaquetária inibindo de forma irreversível a agregação plaquetária (acetila irreversivelmente a enzima cicloxigenase, único AINE que inibe a agregação plaquetária, e, a desgranulação de forma irreversível) diminuindo a incidência de angina pectoris, e, infarto do miocárdio em pacientes predispostos a estas doenças. ANALGÉSICOS, ANTIPIRÉTICOS E ANTIINFLAMATÓRIOS ANALGÉSICOS, ANTIPIRÉTICOS E ANTIINFLAMATÓRIOS ANALGÉSICOS, ANTIPIRÉTICOS E ANTIINFLAMATÓRIOS A lesão hepática dependerá de alguns fatores, como a dose ingerida, o nível sérico da droga, a atividade do sistema citocromo P450, a eficácia da conjugação hepática e do estoque de glutationa. Em situações em que há indução do citocromo P450, há maior produção de metabólito tóxico e risco aumentado de lesão hepática. Portanto, em casos de uso de álcool, anticonvulsivantes, isoniazida, rifampicina e zidovudina entre outros, doses menores de paracetamol podem causar doença. A deficiência de conjugação hepática que ocorre na síndrome de Gilbert e no jejum prolongado é fator de risco por aumentar o substrato para o metabolismo hepático do medicamento. O jejum e a desnutrição também levam à depleção do estoque de glutationa. A N-acetil-cisteína, único tratamento eficaz até o momento, atua restaurando o estoque de glutationa. ANALGÉSICOS, ANTIPIRÉTICOS E ANTIINFLAMATÓRIOS USADA NA ARTRITE REUMATÓIDE E NA GOTA EFEITOS FARMACOLÓGICOS ◦ inibição COX1 E COX2 contudo moderadamente seletiva para COX1; ◦ NÃO RECOMENDADO PARA USO ANALGÉSICO E ANTIPIRÉTICO DEVIDO A TOXICIDADE; EFEITOS COLATERAIS MAIS FREQUENTES ◦ GI (+ sérios): dor epigástrica, anorexia, dispepsia, náuseas, vômitos, úlcera péptica, sangramento GI ◦ SNC: cefaléia (25 a 50%), vertigens, tonturas, confusão mental, alucinações, distúrbios psiquiátricos (depressão e psicoses) ◦ neutropenia, trombocitopenia, anemia aplástica ◦ erupções cutâneas, prurido, urticária, crises agudas de asma, edema angioneurótico CONTRA-INDICAÇÃO ◦ doenças GI, psiquiátricas, epilepsia, parkinson ◦ insuficiência hepática e renal SUBSTÂNCIASIndometacina Indocid® Sulindaco Clinoril® Fonte: Farmacologia ( Penildon Silva, 2002) DERIVADOS DO ÁCIDO ACÉTICO ANALGÉSICOS, ANTIPIRÉTICOS E ANTIINFLAMATÓRIOS Farmacocinética: Cerca de 40 a 50% do diclofenaco são biotransformadas na primeira passagem pelo fígado(meia-vida curta) em 4- hidroxidiclofenaco que tem fraca ação anti inflamatória, embora a concentração nos locais inflamados tenha a duração de 12 a 24 horas. Assim, pela via deadministração intramuscular, o fármaco alcança maior concentração sistêmica, e, no local da inflamação. Alguns estudos indicam que o diclofenaco potássico (sal potássico) tem ação mais rápida(sendo inclusive mais indicado para a dismenorréia), e, que o diclofenaco sódico (salsódico) tem ação mais duradoura. Por via oral, o diclofenaco tem melhor absorção na presença de alimentos. ANALGÉSICOS, ANTIPIRÉTICOS E ANTIINFLAMATÓRIOS ANALGÉSICOS, ANTIPIRÉTICOS E ANTIINFLAMATÓRIOS ANALGÉSICOS, ANTIPIRÉTICOS E ANTIINFLAMATÓRIOS A COX2 apresenta um espaço maior e mais flexível no sítio de ligação do que a COX1 Local de ligação do substrato COX1 é diferente da COX2; Devido a esta diferença, surgiu fármacos seletivos para COX2; Vantagens: apresentam menores riscos de sangramento gastrointestinal; não exercem efeitos sobre as plaquetas; Podem causar, insuficiência renal e risco aumentado de hipertensão; Desenvolvidos na tentativa de agir apenas nos locais de inflamação Exercem efeitos analgésicos, antipiréticos e antiinflamatórios Menos efeitos colaterais gastrointestinais Sem impacto sobre agregação plaquetária (que é mediada por COX1) COX 2 é constitutiva nos rins: por isso não são recomendados para pacientes com insuficiência renal Fármacos: - Celocoxib (Celebrex®) - Meloxicam (Movatec®, Meloxil®) - Rofecoxib (Vioxx®) No ano de 2004, o fabricante do Rofecoxib (Vioxx) retirou do mercado este medicamento devido à incidência de efeitos adversos tromboembólicos graves (infarto agudo do miocárdio e AVC isquêmico)
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