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CAPITULO 01 O que é sociologia

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O Capítulo 1 foi estruturado como uma introdução à sociologia e ao próprio livro. Possui três tarefas básicas:
 Aborda a questão “O que é sociologia?” e apresenta a disciplina como uma “atividade fascinante e instigante”, ilustrando seu alcance, significância e poder. 
 Apresenta a emergência histórica da disciplina, situando-a firmemente dentro das condições sociais da época. 
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 Introduz uma série de perspectivas ou escolas de pensamento que informam grande parte da prática em sociologia. 
Dessa forma, este capítulo é o ponto de partida tanto para estudantes que não têm base sociológica e quanto para aqueles que estão avançando.
O Capítulo 1 também oferece algumas respostas para a questão de “Para que serve a sociologia?”.
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O capítulo fornece ma ideia do alcance do tema e do uso da imaginação sociológica para ir além da premissa de que nossas experiências pessoais são evidências fidedignas para entender as sociedades ou a vida social como um todo. Isto é, ilustra a discussão de uma atividade “cotidiana” como tomar um cafezinho. 
O texto aponta para cinco maneiras novas de analisar o simples ato de tomar um cafezinho ao “nos distanciarmos” da “imediatez das circunstâncias pessoais”:
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(a) o valor simbólico de tomar café como um ritual social;
(b) o status do café como uma droga aceita no Ocidente, que contrasta com substâncias consideradas antissociais e a proibição do café em outras culturas;
(c) a disponibilidade do café como uma mercadoria, o resultado de um sistema complexo de produção e distribuição que atua em todo o planeta;
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(d) a introdução relativamente recente do café em dietas Ocidentais no final do século XIX, após a expansão colonial na América do Sul e na África;
(e) a significância do ato de tomar café como uma ‘escolha de estilo de vida’ em termos das marcas que as pessoas escolhem, suas posturas perante a maneira em que o produto é manufaturado e comercializado, e mesmo onde elas decidem sentar e bebê-lo.
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Essas cinco novas maneiras nos permitem avançar para uma das famosas noções de C. Wright Mills sobre a relação entre questões públicas e problemas pessoais. 
O capítulo enfatiza a inter-relação entre o comportamento individual e os efeitos padronizadores das instituições sociais e introduz o conceito do próprio Giddens de estruturação para descrever esse processo contínuo de reconstrução social.
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O capítulo também introduz alguns pensadores fundamentais no cânone sociológico, traçando os temas comuns que relacionam a sociologia contemporânea com suas raízes nas revoluções gêmeas que começaram na Europa na década de 1780, particularmente os efeitos da Revolução Industrial. 
As principais questões de reflexão são:
Qual é a natureza humana?
Por que a sociedade é estruturada da forma existente?
Como e por que as sociedades mudam?
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PRINCIPAIS TEÓRICOS
Augusto Comte (1798-1857)
Criador do termo “sociologia”.
Acredita que a ciência poderia ser usada para compreender a sociedade. 
Estabelece que a sociologia, como ciência positiva, deveria se preocupar apenas com “entidades observáveis que são conhecidas diretamente pela experiência”, uma ideia hoje associada ao termo positivismo.
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Émile Durkheim (1858-1917)
Apresenta interesse no estudo social dos fatos.
Aplica métodos científicos naturais à investigação social.
Interesse na divisão complexa do trabalho.
Construiu a tipologia do suicídio, que afirma que fatores sociais exercem influência na vida dos indivíduos suicídas.
Afirma que as intensas modificaçãos sociais deixam o indivíduo em estado de anomia.
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Karl Marx (1818-1883)
Capitalismo é o foco central.
Análise baseada na concepção materialista da história.
A luta de classes é a principal força motriz da história: capitalistas vs. proletariado.
Previu a substituição do capitalismo no futuro por um sistema de propriedade comum e de relações sociais igualitárias.
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Max Weber (1864-1920)
O capitalismo é apenas uma entre as muitas forças que moldam a mudança social.
Ênfase na ação, e não na estrutura.
Noção do “tipo ideal”.
Destaque para a racionalização, uma mistura de ciência, tecnologia e organização burocrática, todas direcionadas para a obtenção de mais eficiência. 
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PRINCIPAIS ABORDAGENS
Traçado por Comte e Durkheim, o funcionalismo é apresentado em termos de seu uso de analogias orgânicas, sua ênfase no consenso moral e sua quase hegemonia durante as carreiras de Parsons e Merton. Algumas críticas comuns à abordagem geral recebem breve alusão, principalmente a natureza problemática do conceito de “necessidades sistêmicas”.
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As teorias do conflito abrangem uma grande variedade de abordagens que também adotam uma visão geral sistêmica da vida social, mas prestam muito mais atenção em questões de poder e desigualdade. O texto usa Dahrendorf como exemplo de alguém que trabalha nesta tradição com uma dívida para Marx e Weber.
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As teorias da ação social, em contrapartida, prestam muito mais atenção no significado da ação e interação entre indivíduos, e Weber é evidenciado como seu principal defensor. O interacionismo simbólico é discutido como o exemplo mais desenvolvido desse tipo de abordagem. O texto concentra-se no interesse de Mead no papel do símbolo na linguagem e no significado. É o compartilhamento desse simbolismo que dá forma a todas as interações.
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EXEMPLO DE AULA
Pensando como um sociólogo 
Objetivos: Introduzir a noção da imaginação sociológica e promover o desenvolvimento do pensamento sociológico.
 
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Resultado: Ao final da aula, os alunos saberão:
1. Definir “sociologia” e ‘imaginação sociológica’.
2. Entender o exemplo da “sociologia do café”.
3. Aplicar o modelo a uma nova situação social.
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QUESTÕES PARA REFLEXÃO & DISCUSSÃO
Por que temos dificuldade para nos distanciarmos da vida cotidiana?
Por que nossas ações têm tantas consequências involuntárias?
O estudo da sociologia é mais provável de contribuir para a transformação ou a reprodução social?
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Qual era a visão de Comte sobre a sociologia como disciplina?
O que Durkheim queria diz com fatos sociais?
A sociologia ainda diz respeito às mesmas coisas que há 100 anos?
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Autoconsciência significa necessariamente mais felicidade?
O que estaria envolvido em uma sociologia da sociologia?
Até que ponto a sociologia é filha do século XIX?
Argumente sobre a obrigatoriedade da Sociologia na educação básica.

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