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Acadêmica: Gabriela Cogo Paes Máximo
 Rgm: 063.2470
 Disciplina: Tópicos Especiais de Literatura
 Respostas referentes às aulas 5 e 6
 Leia o poema abaixo.
Mestiço!
Nasci do negro e do branco
e quem olhar para mim
é como que se olhasse
para um tabuleiro de xadrez:
a vista passando depressa
fica baralhando cor
no olho alumbrado de quem me vê.
Mestiço!
E tenho no peito uma alma grande
uma alma feita de adição
Foi isso que um dia
o branco cheio de raiva
cantou os dedos das mãos
fez uma tabuada e falou grosso:
– mestiço!
a tua conta está errada.
Teu lugar é ao pé do negro.
Ah! Mas eu me danei…
e muito calminho
arrepanhei o meu cabelo para trás
fiz saltar fumo do meu cigarro
cantei do alto
a minha gargalhada livre
que encheu o branco de calor!…
Mestiço!
Quando amo a branca
sou branco…
Quando amo a negra
sou negro.
Pois é…
Francisco José Tenreiro (São Tomé, 1921-1963)
De que forma esse poema representa o país de origem? Justifique sua resposta e seja crítico!
O poema Canção do Mestiço de Francisco José Tenreiro demonstra uma grande preocupação do autor em trazer para a literatura a questão dos negros e mestiços, que são retrato de uma África com diversas perspectivas etno-culturais. Nota-se que o poeta absorve e foca seus conhecimentos e esforços na África, mudando a visão racial que se tinha do continente até então. Sua contribuição parte de produção literária de maneira agressiva e revolucionária, posicionando-se contra a opressão efetuada pelos colonizadores europeus perante o povo africano. O referido autor ficou conhecido como o primeiro poeta do Movimento de Negritude.
O autor traça no poema uma imagem do mestiço de maneira satírica e irônica, sendo fruto do negro e do branco possui a vantagem de ser a soma de ambos, como constatamos nos versos “eu tenho no peito uma alma grande; uma alma feita de adição”. O poema possui um ritmo solto, não se enquadrando nos padrões de métrica tradicional, constituído de versos livres, características da ideia defendida no poema: a condição livre do mestiço em uma sociedade colonialista marcada pelo preconceito por parte do colonizador português.
Dessa forma, vemos o quanto Tenreiro esteve atento em retratar de forma peculiar o quadro do mestiço no continente africano.
Analise as afirmações abaixo:
I O Movimento Vamos descobrir Angola, surgido a partir de 1940, impulsionou novos poetas, sobretudo, jovens estudantes que tinham um ideal político-cultural que iria demarcar profundamente as bases da literatura angolana contemporânea.
II É na década de 1950 que o movimento ganha força e os nomes de Viriato da Cruz, Antônio Jacinto e Agostinho Neto se consolidam no ambiente político-literário de Angola. Juntos, eles repensavam as produções do país, articulando maneiras da poesia angolana representar efetivamente a cultura do país.
III A cultura angolana é riquíssima, uma vez que o território abarca uma infinidade de costumes, línguas e identidades, compondo um verdadeiro mosaico cultural. É também o país que mais possibilitou trocas culturais com o Brasil.
IV Há que se destacar ainda, na década de 1980, duas importantes publicações: a Antologia dos novos poetas de Angola (1988)e a revista literária Mensagem (1970). Novamente, Mia Couto, António Cardoso, Agostinho Neto e outros poetas, como Alda Lara e Antero Abreu, participaram de ambas as publicações.
Está correto apenas o que se afirma em:
a) I, II e IV
b) III e IV
c) I, II e III. Alternativa correta
d) I, II, III e IV.
Faça uma pesquisa sobre os escritores de Angola, escolha algum que não foi citado no Guia de Estudos e destaque sua relevância e suas características literárias. 
Viriato da Cruz nasceu em 1928 em Kikuvo. É considerado um dos mais importantes impulsionadores de uma poesia regionalista angolana nas décadas de 40 e 50, caracterizando sua obra de apego aos valores africanos, tanto na temática quanto na forma. A sua produção literária é dispersa por publicações periódicas.
Viriato da Cruz foi um dos mentores do Movimento dos Novos Intelectuais de Angola (1948) e também da revista Mensagem em 1951. O renomado autor saiu de Angola em 1957 para juntar-se a Mário de Andrade em Paris, tendo desenvolvido neste local também intensa atividade cultural.

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