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História do Direito Constituição Cidadã 2

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A Constituição de 1988: Constituição Cidadã
Sumário
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Qual o caminho até a Constituição de 1988 ser promulgada? 
Auge e declínio da ditadura militar 
O milagre econômico e seu fim 
Abertura política
A Assembleia Constituinte e a Constituição Cidadã
Considerações finas
INTRODUÇÂO
No presente trabalho iremos abordar a Constituição de 1988 e entender quais foram os motivos que levou ela a ser considerada como a Constituição Cidadã. Além disso, entenderemos qual foi o decorrer da história para que se chegasse até a Constituição de 1988, afim de que, possamos ampliar o conhecimento e compreender uma parte de nossa história e Direito.
QUAL O CAMINHO ATÉ A CONSTITUIÇÃO DE 1988 SER PROMULGADA?
A Constituição de 1988 foi promulgada após o fim do regime militar e elaborada durante a presidência de José Sarney, mas para chegar até o fato de ser promulgada, é necessário compreender o caminho percorrido para se chegar até a sua promulgação.
Auge e declínio da ditadura militar
A ditadura militar foi o período que antecedeu a volta da democracia no Brasil e este pode ser dividido em dois momentos. A expansão do autoritarismo (1964-1974) e a de abertura política (1974-1985).
Na expansão do autoritarismo é importante destacar que houve um aniquilamento do sistema partidário pelo AI-2, que determinou o fim dos então partidos existentes. Após esta determinação, as autoridades federais permitiram a formação de dois novos partidos: a ARENA (Aliança Renovadora Nacional), que apoiava o governo, e o MDB (Movimento Democrático Brasileiro), que o combatia. A ARENA era amplamente majoritária no Congresso e dispunha de total apoio oficial do governo, enquanto o MDB estava permanentemente ameaçado de ter seus deputados e senadores cassados.
Neste momento, havia uma grande resistência à ditadura, mesmo que houvesse uma repressão e censura à imprensa. E para se opor ao controle nacional por parte dos militares, muitos se aliaram ao MDB enquanto outros tiveram predileção pelas guerrilha urbana. Portanto, esse conflito armado fez com que o regime fosse fortalecido além de provocar métodos cruéis para combate de opositores, isto é, a tortura, prisão política e, não raro, assassinatos. Importante ser citado também que os protestos estudantis foram bem marcantes.
Dentre a oposição, surgiu a Frente Ampla. Neste se organizavam políticos como Juscelino Kubitschek, João Goulart (no exílio) e até mesmo Carlos Lacerda, o qual antes apoiava o movimento, depois passou a resistir a este em decorrência de se assustar com a permanência dos militares no poder e o caráter cada vez mais violento. A Frente Ampla foi extinta em 1968 pelo General pelo general Costa e Silva. 
O milagre econômico e o seu fim
Torna-se impossível discorrer sobre a fase da extensão do autoritarismo e não citar o tão famoso milagre econômico. No governo do general Emílio Garrastazu Médici (1969-1974), se tornou comum escutar alguns slogans, tais como “ninguém segura este país”, “este é um país que vai pra frente” ou ainda, “Brasil: ame-o ou deixe-o”. Neste período, houve um grande crescimento econômico, o que tornou o Brasil o país campeão de crescimento econômico mundial na década de 1970 além de fazer o Produto Nacional Bruto estar entre os dez primeiros no mundo.
É possível citar algumas causas para esse “milagre econômico”, como por exemplo, incentivos fiscais, o que favoreceu novos investimentos por parte de empresários brasileiros, além de investir vultosos recursos em nossa economia. Em 1970, o comércio internacional estava em uma dinâmica excelente, o que colaborou muito para o crescimento também, visto que o país exportava muito. Dentre esses, podemos citar também que os privilégios às multinacionais fizeram o investimento no Brasil aumentar em peso, além da concessão de empréstimos gigantescos por parte dos bancos internacionais. 
O período do milagre foi habilidosamente, explorado pelos governos militares, por meio de grandes propagandas em prol do regime. A vitória da seleção brasileira na Copa do Mundo de 1970 acabou se tornando um verdadeiro ícone desse momento de nacionalismo e otimismo. Foi também nessa época que foram construídas obras públicas faraônicas, como a Transamazônica, a ponte Rio-Niterói e a Usina Hidrelétrica de Itaipu. 
Apesar desse crescimento ter de fato ocorrido, em poucos anos a economia brasileira entrou em declínio e o milagre econômico ruiu. O quadro de recessão que surgiu após esse período de crescimento acelerado continuou após o fim do Regime Militar, mantendo-se até o final do século XX e início do século XXI. Enquanto no período de crescimento a classe média podia comprar automóveis, televisão a cores e equipamentos de som, no período do declínio os açougues e supermercados eram abarrotados de fila para a compra de alimentos, pois as pessoas tinham medo que a hiperinflação corroesse o valor da moeda.
Torna-se necessário citar que um dos motivos pelo qual o milagre chegasse ao fim, foi que o país não desenvolveu, pois não havia uma preocupação com o aspecto social do país. A camada popular, não se beneficiou do crescimento, enquanto a camada mais rica do país enriqueceu mais ainda. Foi produzido o que era lucrativo para as multinacionais e não o que era fundamental para a população.
Com a crise do petróleo em 1973, as exportações caíram. Para que o mercado industrial progredisse com a venda de seus produtos, deveria haver um grande mercado interno para atender estas indústrias, o que não havia no Brasil. A classe média possuía já muitos bens de consumo duráveis além de não possuírem mais o poder de compra, muito menos a classe baixa, que por agora tinham os salários mais baixos ainda. A consequência dessa queda de consumo foi produção industrial estagnada, arrocho salarial da classe média, desemprego generalizado, inflação que crescia absurdamente e dívida externa absurdamente elevada.
 Como saída para este cenário, o regime recorreu à privatização do Estado, com o objetivo de deslocar estas dívidas e prejuízos ao setor privado. Isso permitiu que pequenos grupos econômicos controlassem segmentos do Estado buscando seu exclusivo benefício, o que ajudou a estagnar o desenvolvimento brasileiro e acabou por agravar a crise, que se estendeu por muitos anos após o fim do regime. 
1.3 Abertura política
Ernesto Geisel, o quarto presidente durante a ditadura militar percebeu que se a ditadura permanecesse da mesma forma, poderia levar a sua queda, visto a insatisfação que se instaurava. Isso acontecia porque a economia só se deteriorava com esta crise oriunda do fim do milagre, a sociedade civil estava cansada da falta de liberdade política e as Forças Armadas começavam a se desgastar devido à sua longa permanência no poder.
Desta forma, como opção do governo, fizeram a abertura política, sendo importante relembrar que não visavam restabelecer a democracia no Brasil, mas sim dar condições ao regime de sobreviver em uma época de dificuldades políticas e econômicas. Para isso ocorrer, houve algumas mudanças, como a repressão policial aos poucos diminuir, os atos institucionais foram suspensos, o movimento estudantil se reorganizou, o sistema eleitoral foi democratizado, a imprensa se libertou da censura, os exilados e presos políticos foram anistiados e permitiram-se a formação de novos partidos políticos.
Em meio à liberação de novos partidos, ocorrida em 1979, os que apoiavam o governo – antiga ARENA – permaneceram unidos em um único partido, o PDS (Partido Democrático Social), enquanto o MDB se dividiu em PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro), PT (partido dos Trabalhadores) e outros.
Um fato de extrema relevância é que em 1980 aprova-se a emenda constitucional que restabelecia as eleições diretas para governador,tornando a abertura política mais abrangente. A oposição se intensificou, endurecendo sua posição, e seu movimento mais significativo foi a famosa campanha das Diretas Já, que começou depois que o deputado Dante de Oliveira apresentou projeto de emenda constitucional que instituiria eleições diretas para presidente em 1984. O projeto não foi aprovado no Congresso, devido a uma mobilização do PDS e particularmente do então presidente desse partido, o senador José Sarney. Mesmo com a pressão popular, as eleições para presidente de 1985 foram indiretas (o Congresso escolheu o presidente). O PMDB lançou como candidato à presidência o governador de Minas Gerais Tancredo Neves e à vice-presidência, José Sarney, que se desligou do PDS e se filiou ao PMDB. Enquanto isso, o PDS escolheu como candidato Paulo Maluf. A opinião pública apoiou abertamente a candidatura de Tancredo, que acabou sendo eleito pelo Colégio Eleitoral. Assim, sua vitória acendeu muitas esperanças. Surgiu, nessa época, a expressão “Nova República” para denominar o regime que substituiria a ditadura militar. E então, subitamente veio a doença e a morte de Tancredo. Perplexa, a população assistiu à posse de Sarney para a presidência da República. 
A ASSEMBLEIA CONSTITUINTE E A CONSTITUIÇÃO CIDADÃ
Após todo esse desgaste do regime militar e feita essa revisão, é possível falar sobre a Constituição de 1988, a qual se encontra vigente até os dias atuais. Durante a presidência de José Sarney, houve eleições para o Congresso Nacional, para a eleição de deputados e senadores. Os 559 eleitos formaram a Assembleia Constituinte, que elaborou a nova Constituição entre 1987 e 1988. Sendo os constituintes, a maioria pertencia aos partidos que compunham o Centro Democrático, como por exemplo, PMDB, PFL, PTB e PDS. O presidente da Constituinte foi o deputado Ulysses Guimarães, do PMDB. Entre os constituintes também estavam figuras importantes, como os futuros presidentes Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e Michel Temer.
A Constituição de 1988 é apelidada de Constituição Cidadã porque como uma de suas características é ser amplamente democrática e liberal, isto é, ela vela pelos direitos e garantias individuais do cidadão. É considerada uma peça fundamental para que se consolide o Estado democrático de direito no país. Afirmada também como Constituição Cidadã por voltar a reafirmar os direitos cassados pela ditadura.
Certamente não é a Carta Magna perfeita, mas foi a melhor que os brasileiros de 23 anos atrás puderam construir com a participação, senão de todos, mas de uma maioria expressiva. E com a participação de pode, e deve, ser aperfeiçoada para que possa ser de fato o grande instrumento de consolidação de uma nação justa, democrática e poderosa.
A Carta de 1988 é de fato a Constituição cidadã. Seu preâmbulo, que não deve ser esquecido por nenhum de nós, diz por que: "Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte, para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte Constituição da Republica Federativa do Brasil".
Dentre as determinações da Constituição, podemos citar como algumas das principais o sistema presidencialista de governo, com eleição direta em dois turnos para presidente; transformação do Poder Judiciário em um órgão verdadeiramente independente, apto inclusive para julgar e anular atos do Executivo e Legislativo; intervencionismo estatal e nacionalismo econômico; assistência social, ampliando os direitos dos trabalhadores; criação de medidas provisórias; direito ao voto para analfabetos e menores entre 16 e 18 anos de idade; ampla garantia de direitos fundamentais, que são listados logo nos primeiros artigos, antes da parte sobre a organização do Estado.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
No discorrer no texto, foi possível aumentar a gama de conhecimento a respeito de parte da história da evolução do Direito em nosso país e os tantos momentos delicados por qual tivemos que passar para alcançar os direitos que possuímos hoje.
A nossa Constituição vigente ainda possui defeitos e pode ainda ser melhorada, mas é imprescindível citar foi um grande avanço para a população brasileira, visto que, foram adquiridos direitos e garantias necessários para uma condição digna de vida para cada indivíduo presente nesta população.
Sendo importante ressaltar também, que conhecer a trajetória percorrida para que fossem alcançados esses direitos não é importante apenas aos acadêmicos de Direito e sim para toda a população, para que esta esteja ciente de que o Estado o ampara em direitos e garantias.
Referências 
CÂMARA DOS DEPUTADOS. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/legislacao/Constituicoes_Brasileiras/constituicao-cidada> Acesso em: 29 maio. 2017.
DUARTE, Leonardo Avelino. Constituição Cidadã. Jus Brasil. Mato Grosso do Sul, 2011. Disponível em: <https://oab-ms.jusbrasil.com.br/noticias/2871580/constituicao-cidada> Acesso em: 29 mai. 2017.
RESENDE, Marília Ruiz. A Constituição de 1988. Politize. Belo Horizonte – MG, 2015. Disponível em: <http://www.politize.com.br/constituicao-de-1988/> Acesso em: 29 mai. 2017.
SADER, Emir. A Constituição Cidadã. Jus Brasil. 2013. Disponível em: <http://www.cartamaior.com.br/?/Blog/Blog-do-Emir/A-Constituicao-Cidada/2/29148> Acesso em 29 mai. 2017.

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