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Desenvolvimento Psicossocial de Erikson

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04/11/2016
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Desenvolvimento da Infância e da Adolescência
Andréa Jannotti Nogueira Rodrigues
Aula 10 - Objetivo
• Desenvolvimento Emocional e Social de Erikson
• Discussão sobre o desenvolvimento psicossocial no 3 primeiros anos
• Embora os bebês tenham padrões comuns de desenvolvimento, eles também - desde o início -
apresentam personalidades distintas, que refletem tanto influências inatas como ambientais. 
Desde o nascimento, o desenvolvimento da personalidade se entrelaça com os 
relacionamentos sociais 
• as emoções desempenham diversas funções importantes para a sobrevivência e o bem-estar 
humanos:
•
• comunicar a condição interna da pessoa aos outros e provocar uma resposta
• orientar e regular o comportamento - função que durante a primeira infância começa a ser 
transferida do cuidador para a criança (medo e surpresa - mobilizam a ação em 
emergências; interesse e excitação - exploração do ambiente)
•
•
• As emoções humanas são flexíveis e modificáveis. 
• O desenvolvimento cognitivo desempenha um papel importante na emoção quando os bebês 
aprendem a avaliar o significado de uma situação ou de um evento em seu contexto e aferir o 
que está acontecendo segundo expectativas baseadas em experiências prévias.
Marcos do desenvolvimento Psicossocial na Primeira Infância
0-3 meses
• Os bebês são receptivos à estimulação. Começam a demonstrar interesse e curiosidade e 
sorriem prontamente para as pessoas. 
3-6 meses
• Os bebês são capazes de prever o que vai acontecer e sentir desapontamento quando isso não 
acontece. 
• Demonstram isso ao ficarem zangados ou cautelosos. 
• Sorriem, resmungam e riem com freqüência. 
• Essa é uma época de despertar social e das primeiras trocas recíprocas entre o bebê e o 
cuidador. 
7-9 meses
• Os bebês fazem "jogos sociais" e tentam obter resposta das pessoas."Falam", tocam e tentam 
fazer outros bebês responderem. 
• Exprimem emoções mais diferenciadas, demonstrando alegria, medo, raiva e surpresa.
9-12 meses
• Os bebês preocupam-se muito com o principal cuidador, podem ficar com medo de estranhos 
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e agir de modo reservado em novas situações. Com 1 ano, comunicam suas emoções de 
maneira mais clara, demonstrando estados de espírito, ambivalência e gradações de 
sentimentos. 
12-18 meses
• Os bebês andam e exploram seu ambiente, usando as pessoas às quais têm maior apego como 
base segura. 
• A medida que dominam o ambiente, tornam-se mais confiantes e mais ansiosos por afirmação. 
16-36 meses
• As crianças, às vezes, ficam ansiosas porque percebem o quanto estão se separando de seu 
cuidador. Elaboram sua consciência de suas limitações por imaginação, brincadeiras e 
identificação com adultos.
•
Chorar Chorar é o mais poderoso - e às vezes o único - modo que os bebês possuem de 
comunicar suas necessidades. Quase todos os adultos em qualquer parte do mundo 
respondem rapidamente a um bebê que está chorando (Broude, 1995). 
Pesquisas identificam 4 padrões distintos de choro:
• fome básico (um choro rítmico, que nem sempre está associado à fome); 
• raiva (variação do choro rítmico, na qual um excesso de ar é forçado através das cordas vocais); 
• dor (crise repentina de choro intenso sem gemidos preliminares, às vezes seguido pela 
contenção da respiração); 
• frustração (dois ou três gritos longos, sem pausa prolongada na respiração)
Sorrir e Rir
• Os primeiros esboços de sorriso ocorrem de modo espontâneo logo após o nascimento, 
aparentemente como resultado dos ciclos alternados de excitação e relaxamento na atividade 
do sistema nervoso subcortical
• Esses sorrisos involuntários costumam aparecer durante períodos de sono REM
• Os primeiros sorrisos em estado alerta podem ser provocados por sensações suaves, como 
pequenas sacudidelas ou toques sobre a pele do bebê. 
Sorrir e Rir
• Na segunda semana, um bebê pode sorrir sonolentamente depois de uma refeição. 
• Na terceira semana, a maioria dos bebês começa a sorrir quando está alerta e prestando 
atenção à voz e ao aceno de cabeça de um adulto. 
• Com 1 mês, os sorrisos geralmente se tornam mais freqüentes e mais sociais. Durante o 
segundo mês, à medida que o reconhecimento visual desenvolve-se, os bebês sorriem mais 
em resposta a estímulos visuais, como os rostos que conhecem (Sroufe, 1997; Wolff, 1963).
•
Sorrir e Rir
• Aproximadamente no quarto mês, os bebês começam a rir alto quando os beijamos na barriga 
ou lhes fazemos cócegas ("Eu vou te pegar!"). 
• Um bebê de 6 meses dá risinhos ao reagir a sons incomuns ou ao ver sua mãe com uma toalha 
sobre o rosto; um bebê de 8 meses pode sorrir durante uma brincadeira. 
• Essa mudança reflete o desenvolvimento cognitivo: por rirem do inesperado, os bebês com 
mais idade demonstram que sabem o que esperar. 
• O riso também ajuda os bebês a aliviar a tensão, como a do medo de um objeto ameaçador 
(Sroufe, 1997). 
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(Sroufe, 1997). 
• teoria e pesquisa sugerem que o processo de desenvolvimento emocional é um processo 
ordenado. 
• As emoções não surgem plenamente desenvolvidas. 
• Assim como um sorriso neonatal espontâneo é um precursor dos sorrisos de prazer em 
resposta a pessoas ou eventos, emoções complexas parecem basear-se em outras emoções 
anteriores mais simples 
Temperamento
• modo característico de lidar com e reagir às pessoas e às situações
• é o como do comportamento: não o que as pessoas fazem, mas de que forma o fazem
Estudo Longitudinal em NY
• crianças fáceis: crianças com um temperamento geralmente feliz, ritmos biológicos regulares e 
disposição para aceitar novas experiências. 
• crianças difíceis: crianças com um temperamento irritadiço, ritmos biológicos irregulares e 
respostas emocionais intensas. 
• crianças de aquecimento lento: crianças cujo temperamento geralmente é tranqüilo, mas que 
hesitam para aceitar novas experiências. 
• grau de harmonia: grau de adequação entre as demandas e os constrangimentos ambientais e 
o temperamento de uma criança.
Qual É o Grau de Estabilidade do Temperamento? 
• Já no útero, os fetos demonstram personalidades distintas. Possuem diferentes níveis de 
atividade e freqüências cardíacas, as quais parecem prognosticar diferenças de disposição após 
o nascimento (DiPietro, Hodgson, Costigan e Johson, 1996; ver Capítulo 3).
• Ele também tende a ser bastante estável. Os recém-nascidos apresentam diferentes padrões de 
sono, protesto e atividade, e essas diferenças tendem a persistir em certa medida (Korner et al., 
1985; Korner, 1996). 
• O temperamento inicial pode prenunciar a personalidade adulta. 
Erikson
1. Este autor entende que o desenvolvimento é um processo contínuo, com diversas fases 
cruciais. 
2. Para Erikson o ser humano busca ao longo de sua vida a construção e o reconhecimento de 
sua identidade. Precisa entender-se como alguém que é único, que tem passado, presente e 
futuro particulares. 
3. Essa integração do passado, presente, futuro na vida do sujeito é fundamental para a 
construção da identidade.
4. A teoria de Erikson considera o desenvolvimento da personalidade como algo que se 
desenrola da infância à velhice - mas reconhece na adolescência o período crucial para a 
formação da identidade. 
Erikson propôs uma série de 8 estágios para caracterizar o desenvolvimento ao longo da vida. 
Cada estágio da vida impõe um desafio ou uma crise normativa. 
Cada crise tem duas saídas possíveis, duas polaridades. 
Uma das polaridades vai predominar na resolução da crise, a qualidade que predomina éincorporada ao ego.
•
A primeira crise é a da Confiança básica X desconfiança básica (0 - 17 meses)
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• A primeira crise humana já é de natureza relacional, devido à característica de desproteção e 
dependência, o bebê precisa de um parceiro que atenda as suas necessidades. 
• O bebê deve aprender que precisa confiar em seus pais para a obtenção de alimento, conforto, 
segurança e amor. 
• Quando esta confiança se desenvolve a criança sente-se segura, sente que o mundo é um 
lugar estável e tranqüilo de estar. A desconfiança básica é o sentimento oposto a este.
• Quando se desenvolve a confiança, há uma chance maior de a criança desenvolver autonomia 
na segunda fase, no segundo conflito. 
A segunda crise é a da Autonomia X dúvida e vergonha (18 meses a 3 anos)
• Neste momento a crise principal vivida pela criança se refere à desenvolver sua autonomia ou 
uma dúvida em relação às suas capacidades. 
• Este conflito está bastante vinculado a questão da dependência e da autonomia. 
• Quanto mais a criança desenvolver um sentimento de confiança nos pais, durante a primeira 
crise, mais ela vai ser capaz de ser autônoma e de fazer coisas independentemente, inclusive 
coisas que vão gerar a desaprovação e a repreensão dos pais. 
• A autonomia reflete na capacidade de ousar, fazer, tentar.
• O oposto é desenvolver um sentimento de dúvida e vergonha em relação a si mesmo. 
A terceira crise é a da Iniciativa X culpa (3,1 anos - 6 anos)
• As crianças desenvolvem mais ainda a capacidade de iniciar e realizar atividades. 
• Os pais serão importantes no sentido de encorajar a criança em suas iniciativas ou em reforçar 
um sentimento de culpa pelas iniciativas.
•
Período Pré-natal (concepção ao nascimento)
• O feto responde à voz da mãe e desenvolve uma preferência por ela
Resumindo
Primeira Infância (nascimento aos 3 anos) 
• Desenvolve-se um apego a pais e a outras pessoas. 
• Desenvolve-se a autoconsciência. 
• Ocorre uma mudança da dependência para a autonomia. 
• Aumenta o interesse por outras crianças. 
Segunda Infância (3 aos 6 anos) 
• O autoconceito e a compreensão das emoções tornam-se mais complexos; a auto-estima é 
global. 
• Aumentam a independência. a iniciativa, o autocontrole e os cuidados consigo mesmo. 
• Desenvolve-se a identidade de gênero. 
• O brincar torna-se mais imaginativo. mais complexo e mais social. 
• Altruísmo, agressão e temores são comuns. 
• A família ainda é o foco da vida social, mas as outras crianças tornam-se mais importantes. 
• Freqüentar a pré-escola é comum. 
Terceira Infância (6 aos 11 anos) 
• O autoconceito torna-se mais complexo, influenciando a auto-estima.
• A co-regulação reflete a transferência gradual de controle dos pais para a criança 
• Os amigos assumem importância central. 
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Adolescência (II aos aproximadamente 20 anos) 
• Busca de identidade, incluindo a identidade sexual, torna-se central. 
• Relacionamentos com os pais são, em geral, bons. 
• Os grupos de amigos ajudam a desenvolver e testar o autoconceito, mas também podem 
exercer uma influência anti-social.
Jovem Adulto (20 aos 40 anos) 
• Os traços e estilos de personalidade tornam-se relativamente estáveis, mas as mudanças na 
personalidade podem ser influenciadas pelas etapas e pelos eventos de vida. 
• Tomam-se decisões sobre os relacionamentos íntimos e os estilos de vida pessoais. 
• A maioria das pessoas casa-se e tem filhos. 
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