trabalho saneamento ambiental rural

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Captação e tratamento de agua – Corumbá MS - População rural
A cidade de Corumbá é uma cidade localizada na região Centro Oeste no estado de Mato Grosso do Sul, com a população estimada em aproximadamente 108.656 habitantes e com uma área de 64.960 km².
Sendo desse total apenas 21,57 km² de área urbana com 97.186 habitantes e todos os 108.634,43 km² de área rural com 11.470 habitantes, ou seja estamos falando de um grande vazio demográfico, Com esses dados em mãos fica claro que não podemos pensar em captação e distribuição coletiva, pois os gastos com instalação, condutores, licenças ambientais e manutenção seriam inviáveis.
A água é indispensável para a vida na terra, então não importa a região em que se vive, o homem sempre achara uma forma de captar e tratar sua agua, e com o tempo foram criadas várias técnicas para isso, como a utilização de aguas de nascentes para consumo humano e poços.
Para a utilização de aguas de nascentes precisaríamos da ajuda topográfica do terreno, pois precisaríamos da gravidade ou algum sistema de bombeamento com o uso de energia elétrica, o que nos faz deixar essa ideia de lado quando tratamos de Corumbá devido ao seu relevo pantaneiro.
De longe os poços rasos e artesianos são os mais usados, sendo ainda mais usado os poços rasos por não precisarem de energia elétrica para a retirada d’água.
Cuidados para se ter água de boa qualidade
A captação de água em regiões rurais, onde não há abastecimento público, pode acontecer em poços rasos ou cisternas que acumulam agua dos lençóis subterrâneos rasos, essa agua está mais sujeita à contaminação por água de chuva, infiltração de esgotos no solo, por agrotóxicos, dejetos de animais, dentre outros. Para garantir a qualidade dessa água na propriedade, devem-se tomar alguns cuidados, desde a construção até a sua correta utilização.
Localização das instalações
A qualidade da água de poços rasos ou cisternas está diretamente relacionada com o tipo de solo e a localização dele na propriedade. A distância dos poços rasos ou cisternas deve ser de no mínimo, 30 metros de estábulos, currais, galinheiros, sumidouros e valas de infiltração ou qualquer outra fonte de contaminação. Quando possível, devem-se construir os poços rasos acima das instalações já existentes, evitando também enxurradas e locais com risco de inundações. O local escolhido para construção deve possuir um solo que não seja muito resistente, para que o trabalho possa ser feito manualmente. A boca da cisterna deverá permitir facilmente o acesso de pessoas, tanto na escavação, quanto na limpeza.
As atividades de construção apresentam alguns riscos, principalmente de desabamento, devendo ser desenvolvidas por profissionais e com certos cuidados para a segurança.
Precauções na construção
As cisternas são, normalmente, estruturas cilíndricas e preferencialmente devem ser feitas de alvenaria ou manilha. Trabalhando sempre em duplas, estando sempre uma pessoa do lado de fora do buraco. Os trabalhadores devem sempre estar atentos quanto à presença de gases no interior do poço, alguns podem ser tóxicos ou até mesmo explosivos. Revestir as paredes conforme o poço se aprofunda, para evitar qualquer desmoronamento durante o processo. 
Um método recomendado é o uso de manilhas de concreto armado, que vai calçando o poço conforme a perfuração vai progredindo. Tijolos também poderão ser usados para revestir a parede da escavação, ficando a critério do proprietário e ou profissional. 
No fundo da cisterna, recomenda-se colocar uma camada de 30 cm a 40 cm de cascalho grosso ou brita número 4, seguida de uma camada de 15 cm a 20 cm de areia lavada. Estas duas camadas formarão um filtro natural, evitando que materiais contaminem a água que emana do poço raso ou cisterna. Após sua construção, o poço raso ou cisterna deve ser bem fechado. Recomenda-se a construção de uma paredinha ou retenção de tijolos, de 40 – 60 cm acima do nível do solo. Fazer reboco na parte interna e externa dessa parede, bem como um contra piso na superfície do terreno ao redor do poço raso ou cisterna, numa largura de 1 metro. 
Para que não haja infiltração de água suja, a superfície do terreno ao redor do poço raso ou cisterna deve ter sua inclinação voltada para fora, ou seja, em cima de um morro, evitando a contaminação de sua água. O poço deve ser tampado, e a água retirada por meio de bomba elétrica ou manual, evitando a necessidade de se utilizar de baldes ou de qualquer outro equipamento que possa contaminar a água.
Procedimentos para limpeza e desinfecção do poço
A limpeza dos poços deve ser feita pelo menos uma vez ao ano. Devem ser seguidas as seguintes medidas para a limpeza e desinfecção.
Esvaziar toda água do poço raso ou cisterna. 
Escovar as paredes internas e remover todo resíduo desprendido, utilizar uma escova ou vassoura. Deixar encher até estabilizar o nível da água, adicionar uma solução à base de cloro para desinfecção de água; pode ser utilizada água sanitária (hipoclorito de sódio), na proporção de 400 ml para cada 1.000 litros. Deixar em repouso no mínimo durante 4(quatro) horas. Retirar toda água e deixar encher novamente. A partir daí a água já está pronta para o consumo. Quando a água da cisterna for utilizada para consumo da família, deve-se proceder à cloração.
Até agora vimos como e que procedimentos devemos seguir para a construção de poços rasos ou cisternas, agora veremos alguns métodos para melhorar essa captação e economizar agua potável que é o que procuramos trazer neste trabalho.
Formas de economizar agua e melhorar a captação de água.
A forma mais conhecida sem dúvida é a captação de água da chuva por calhas e armazenada em cisterna.
Vantagens: Grande economia no consumo de água potável na propriedade. Disponibiliza água para lavagem de instalações, descarga de vasos sanitários, irrigação, limpeza geral, uso em pulverizações. Permite seu uso racional e contribui para ações de proteção ambiental.
A captação de agua começa pelo telhado que vai na calha e vai para a cisterna para tratamento e armazenamento. Caso o uso da água exija tratamento, ele será feito nas seguintes etapas: pré-filtro, filtro lento e armazenagem para consumo.
Geralmente o sistema para aproveitamento de água de chuva sai barato e requer pouca manutenção, quando bem dimensionado e instalado. Embora não seja considerada potável, a qualidade da água é boa e pode ser usada em diversas finalidades.
Sistema de captação, tratamento e armazenamento 
Como primeiro cuidado, verifica-se a localização do telhado, que será usado para captar a água da chuva. Sempre que possível, utilizar telhados que estejam em áreas livres de árvores, pois as folhas podem entupir as calhas e a tela protetora e, se encaminhadas para cisterna, interferem na qualidade da água. As calhas devem ser dimensionadas para suportar o volume captado no telhado. Teremos uma tela para limpeza de impurezas maiores, como folhas e paus, o ideal é que esta tela seja instalada na saída da calha coletora e na entrada do reservatório. As primeiras chuvas e as chuvas fracas sempre serão descartadas pois servem somente para a limpeza do telhado que acumula impurezas no período de estiagem, por isso instalaremos um registro separador para que o descarte da água ocorra. 
A água da chuva, além de apresentar uma qualidade satisfatória, quando armazenada de maneira correta, permite ao produtor ter água em quantidade e qualidade, suficiente para diversos usos durante alguns meses do ano, ou seja, mesmo não usando essa agua para consumo humano, ela promovera uma grande economia de água potável que é o que se procura hoje,
Apesar desse sistema de calhas contribuír para a economia de agua potável, o planeta precisa de muito mais que isso, como; proteção de solo, rios, nascentes e mananciais.
O desmatamento de encostas e das matas ciliares além do uso inadequado dos solos, vêm contribuindo para a diminuição da quantidade e qualidade da água. Para a recuperação e preservação das nascentes e mananciais em propriedadesrurais, pode-se adotar algumas medidas de proteção do solo e da vegetação que englobam desde a eliminação das práticas de queimadas até o enriquecimento das matas nativas. 
Conheça algumas delas, já praticadas por alguns produtores rurais que podem valorizar suas terras.
Conservação do solo; plantio em curva de nível, evitar queimadas, plantio em consorcio, fazer uso de resto culturais (palhada), acabar com o uso excessivo de defensivos agrícolas nas plantações que é um grande agente contaminador do solo e da agua, principalmente do lençol freático, construir locais adequados para descarte das embalagens vazias dos defensivos, cercamento de nascentes, enriquecimento da vegetação, construção de fossas assépticas nas residências rurais, evitando o lançamento de esgotos nas águas da propriedade, construção de fossas para os rejeitos animais, principalmente no caso de criação de suínos,
construção de cochos para abastecimento de água para o gado ao longo da propriedade, evitando o trânsito de animais junto às nascentes e córregos.
Com certos cuidados a serem tomados a ajuda será de grande valia para o para o meio ambiente, pois quando falamos de agua o meio ambiente está inserido como um todo. A preservação, a manutenção e a economia são os melhores caminho para o equilíbrio do meio ambiente, e isso só depende de nós.