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COiì-r RiËijiçOES DO CONSTRUCIONISTYO SOCIAL A UMA NOVA PSICOLOGIA DOGENTRO CONCEIÇAO NOGUE RA insiib,tode Educâçoe Riólogia dã Universdadedo Minho Po'trgaì RESUMO .as queíÕ6 de gênero cdnoho,è sãoâ/âd8 e amldat fom or'-bvíús pelcs discusos d.1s citu' AlonkrcÌìos ,z'no o dìtaJoo dosêntu Íri @6railarekpska@ia nalenn, ìsn é, ..títo o própr.b atcetu e âs teoí;as erpli.âb:vas qrê o enwíen ítrún conshJtua un s@ìbd,qLt,hqíeesttass.xiâdoac satpróptu s1údr. Após a'ín Eão depspediraspóç nndeha' Fíestu úitâlitlâs ê da teaiadittz, assbeaeàa'íi?aot pandìgÌÌ1âs coorcnciMb. agoa .olo.âdas nohs quenaÊs e deeÍ6 íanb p,n ap@ ps;aCqía e paâ ês p".sÊ, M depêsqui;a badiion6, q@to pan a eXitê dosbhitado a páti6s6,;ad4 tuSê"e,trqtuÇoEs DE GÈNER? - pstooL(xtt4 R€LÀçóE, soctAts ABSTRACT CONINBU QAIS TO 7HEsACL4L CA\STRUC A\ OFA NEWPSYCIIOL^'YAFGE\,IDTR Ihegenderq,estjons, a, keyae enBd bdàybybre puqic ingene.nl, have been buìlt bytllê aìene d!@8, VlêdânbyâH,úC.iEbte @yte ds@e @&nderl@ tEeÈ@6htcí.d bl noden ps/cholq, ìe, haw bhe caftept úd he epbÌÊú.t/ íheÒn'n hare conttnr.rl a rte$r8 tn t, tadã, ts iBefatsocíaed wlh b stat. Aier íE "enwste" afke pn nnentsb, pai stuctuíalk perspectives and ofke iìtal keoy @e rcw seet t e enaEaÊ2 oí the cÍ,ìÍ.48 aí calventútâl pandg%. New questÈt1s and new dâ/tenges are now íaied frt {qôhÒlag/ úd tô bre badÍionêl resêa'd| pRZm, 6 ren I b úe sttt úd aÊtaìs ôíke nê2,a,8 andpn Í^B Mìnedb ga.der Eíè arÍgô, agora revislo e ampllado. orìginou s de apresntação prcíèidâ m SedináÌio lnlemaciona do Projetô Côedu<d?Áó Do &ircípio ao dsen@Aaindb de um ptát:d, Õí saniado pea Comissão paE a lguadade e pê€ os D€itc da lí!hèe, èm ju.ho de 999,  pÌime Ê veÂão pode ser enóntrada nó ata5 do Ìeterdo en@ntrc Cadm de P€squie, n" | 12, p. I 17- | 53, ma4o/ 200 | ) 3 7 INTRODUçAO As questões de gênerc, como hoje são faladas e assumidas, fomm construidas pelos discuEos das ciências. A psicologia não íoi exceçáo para tal tendo contdbuído diíercntes progrãmas de pesquisa, algurìs benr d siintos entre si. Pretende se, co,.n este aÌijgo, apreseniãra evolLrção do dÈculso sobre€ênero na psicologia, sob uma otjcafeminista cúca, distandando nos teoricãmente do domíìio de invesí€ago intitulado de "estudo das mulheres". O íato de a Arnerican Psychological Sodery ter criado a dMsão de "estudos das mulheres", pretendendo dar resposta a um númem creÍente de irìveíisador€s que se preocupâ\am mm a problepfÌâtìca, prodciou ao rnesmo ternpo que se evilasse totalrnenie o uso da palawa "funìinismo" (\Mlk nson, | 994. Essa diüúo de "estudo6 sobrc as mulheres", p€íeiiamente integrãdâ ao espínto tradiional da peBpediva domiÕante em psi.ologiã, sqenâ mesmo a não politizçm da Ìnvestigaéo, à luz dos princípios positivistas da objenüdade, neutrãlidade e impessoali' dade. Assim, muitos dos tíãbalhos inseridos nessa dV sáo náo desaíìam nem as ìnsti tulçÕês e{stentes nem 6 pútG da pópria p6ìcologà, nem 3 Õncepções dominantes de "mulher", que a pópdâ discjplina conslruiu e promoveu Por esse motivo, rnuìb6das investigadoràs que se intitulâm psicólo€as femini9ãs a6<cam se e se difercnciam das pnítìG .ìsqiad6 ao "csludo das mulhcrcs . Ás fEìólogasfeministas dèsafam a pcìcologia t"adidonal, peló suas teoíias e pela suã âiÌtude de n%aéo perante as Ìelações de podei centrais na vida sodal e na elações degênero em partialan Uff otemo'femin smo" preciementepamsublinharas aspectos políticos e cúicos associados de 6ma clara ao seu trabalho (KEinge[ ]990). Esse srupo desaÍa o poder masculino dentro da pslco ogia, sugêrindo quê as teoias psicológi(as fteqüentemente excluem as mu her€s ou diíorcem as suas eçerìên- das, assimiando-as à do6 homen! aos esterútjpos mascul nos, ou vendo'as mulhe res como categorìa unitária, apenas coÍÌìparìávelà categoriâ unüria de homem (PaÍlee,l98ltl985).ApsicologiafenìinistalãmbémdesaÍao6lÌrnÌtesdapópfladiscrpll na, colocando em evidênda o poder qlre esh iem para modelara co'npreenúo acerca do dia-a-diae pamproduzirefertos reais e materiais no rnundo (Krtzlnge[ ]99 ). tusumÌndo essa p€Ep€ctiva, podere admfir que a própria psÌcologìa como clên cia estáprotundamente implicãda no corìtrole sobre as mulhercs, J.á que é usada com íreqüência para justiÍcar e perpetuar as páticas opressi!"s. A situação Íol e tem sido mantida deüdo ao caráter inercntemente positrvista, predominante na disdpllna. que. apesarde allamente criticâdo no prcseôte, é aìnda domina,rte (Kitzinger, | 990t | 99 ). Conforme lomas Lbãn€z ( | 994), a adeúo dalsicolo€ia ao mito da objetrvidade colocou-a, mmo ciência, no paDel de simples crcnisiã da realidade, desvinc'r ando-a de r38 Cademos de Pesqlisa n' li2, m4Õ/ 2001 ioda a responsâbilidade e de todo o compromisso. Acrediiando na exjíên.iâ de rma reaiidade diante da qualpodem exiíìr modos pÌjülegiados de acesso, a pEicol€a acabou poradenrâ uma iCeol€a que confere à razão cieníÍca un'ì esiatuio aistórico, afnìando se como umâpotentê retóna. O objetivo central deste adigo é precisamente nnost aÌcomo essa "poterìte rctó- rìcada!€rdade íoi(.nsüui'ìdo. \ê.oaae <ob-eo gèce.oarèopresele. PROGMMAS DE PESQUISA làssa,"m cerca de 30 anos dede que as c entisias sociãis Íeminiías idernificaram ogênerc como uma dimensão de arìálise da veÌdade. Nascldo no intenso dêbatê cientffco qle ô feminismo dos anos 60 e 70 sefou, o conceito de gênero rapidarnente passou a inte€Ì"r ô discurso das ciênciâs socaÈ e humad (...). A emeqênca desre conceito inscreüa-se num rÌovo proieto teóíico que pretendla denronstrar a prod!9o social das crençs ê saberês ,obrê os sms. coldando a queslão nâ áÂendâ cierìt'rnca da iNeíisação sial e rctiEndo a definiti vmenre da zom de iní!ências da biologia. (Aínâncio, L 999, p.3) A padirdá, 06 pr<Bramas de pesquisa$c€derdm se e a produçao cjentrc sob'€ esta problemátìcâ cresceu Ír&ncialmente, s€ndo iÍìporhnte lembmras peÌspecti\,as de dÌveÍsas a',toms sobrc as díerentes íases nesta con*uçao (Howard, HoÌlanden | 997rV\4lknson, I 997). O compromisso básico de todas as feminisÌas de diÍerentes domínìos do conhe cjmento tem sido a buÍá perÍÌünente da supeaéo dos esteróUpos de gênero como objetivo de errèdicaros úeses que pr€jldicam as muÌhercs na sociedade (Daüs, GeÌeen. | 994. No entarìio, os caminhoc escolhrdos pâÌa o alcance dessâ rneta não íorãm, nem são ainda sempre os mesmo6, podendo encontrar se psicólogas feíììinisias de díeren- tes postuB tsíricâs e indusive de diÊrêntes poÁì.ionamentos epistemológlcos. Seguindo a perspecriva da filósofa femlnista Sandra Harding ( | 986), podernos descr€ver dolstipos prindpaìs de posturas no donìmio do estudo do gênero na p6ìcoLo- eà: a perspeciiva êmpin.istâ êâ p5emodêmã. No paradigÍÌìat"ddidonal, ândap'edominante nap6Ìcolqia, no desgnado pr4'ã- na anpiria!Ía, scientrstÀs identiÍìcam o sexismo e o androcentrismo como vieses sociais que podem ser corngidos pela estritá âd€ão à nome da p€squis .ientíÍìG. Partem por isso para o esürdo dos acontecimentos recolhendo dados por meìo de fo'mas que act€dilam confiáveis e \áidas, dabndo os resultados de maneira objet'\ã. NlspeEFecdciNeÌmied6dõabo@erÌsapreseiiadõporl k)erd e lollarder Cadetu de Pesquira. n' I | 2, rÈ4ô/ 200 | 1 3 9 ( | 994, rclativas ao desenvolvimerno hìsórió da ieorì7ação cientíìó sô.àÌ acerG do gênero, que são o óbüo rcflexo dos climas hiíórico, sociai e polídco no6 quais eme€i- íãm. $o elô d dooraêgen es .ên id tu - dd social,eio. Áqíj'náa albÌJâgen Mi,JbA quepre\â<eu ertre Gpdótogos, EprìreiE metade do se.ulo )O( sugere a exislêncÌa de díercnças inaiâs e está\,€is enfe o! sexo6, conceib.rando ogênero (ou sexo, qre, nessa penpectivã, sáo pEtÌcamente equlvrlentes) como 'rma prcpnedadê está\,€Ì, inata e bipolar de diferenciaéo :ÍNal, tendo um aáter enìinentemente deblminish. As üóes essencìallshs alem de entenderern ogênerc conìo uma propnedade estível, considerdrn-no como um traço que de{cÌeve as personajidades, os prce$os cagnitivls,ojulgà r rento Írcrdl etc. (Bohan. I 994. Dessa rnaneira, os mo delo6 essencialistds co.rebem o gênerc eÍìr termos de drìbuto6fundamentais, concebldos como intemos, persisGntes (Bun; I 998) e, geÌãlmeúe, sepâÌados das e4eriências quo- tidianas de interaçio com os conte,\tos sociopolfticos, l-)esse modo, muitas vezes o essendalLmoéinteQrehdoeaomprceMidoconìoddenÌiniyììobôktico(Bohãn,1997), pois, no que diz respeiio ao eênero, advoga uÍìì posicionamento que defne a natrreza feminina e ÍÍìasculina elpressas em diêrcnçs de peIsonãi,Cade, preêrênclasprofissiorìais, desejo de patemidade etc. (Bura 1998). A segundaabordagem desse progrdma empiÍjdstapode ser considenda como a da sxialbaçãa,quedo.rinou a psimloda socialdurante os anos 60 e 70;aqulmove se o Íoco de aienéo, relaüvo ao gênero, da bologìa para a socializaéo. O gênero passa a ser concebido, não como inato, mâs como o resultado de forgs sociais e cultumis, aprendidoporlntelmed:odosprccessosdemodel€em eimitaéo(Banduia, 974.4s chanças, ao aprcnderem a Ìntemalizar prescriçoes apropriadas p€rà o ser mas.ulino ou feminino de acodo com as nonÌas da sociedade, íomam peEonalidades e padrõ€s de comporlzÍnento enquãdràdos no gênero. Depob de fomada, a personalidade é conce bida corno canderíiicalndMdual esúvel e iner€nte ao6 indMduos. Ássinr, amasculÌnlda dê ê aíeminÌlidade pãsff a ser aáieístì.as s<l.jalherìte aprendidas peìo dsenvÕM- mento cognìtÌvo e emocronal. No auge dessâ perspeciivâ e em meados dos anos 60 o conceito de arìdroginja inn"oduzldo por Sandm Bem é exemplo da populaÌidade dessa abordasêm. Tendo.orôopremis 9@ 4pe:n;c podem pGuir(po'-que aprendeÊm p'ecocemente) cancieáíicas considemdâs femininas ou nüscì.rlinas, e que podem úilizá- Ìas em diferentes contextog e circunsânclas, a ârdrogìnia apresenüava se como apossi- biiidade de e atjngiro cacìdô ideêl (Bem, I 97.1). Pcsteriormente, porvolia dos eos 70, a teoda do papel social de Alice Eagly introduz ta'Ìbém a idéia das diferençs sexuais como resuhado dos paÉis soclâs que rcgulam o coínportamento das p€ssoas na vida aduhae que so aprendidoslelascriangs Íìos p'oc(jss desci aÉo. Na medida em t40 CademG dê tusqúÇ, no | 2, maço/1001 que homens e mulhee rìão slãô proÌrrcionalmerúe repreentâdos em paÉis sociais especfrcos, acabam poradquirir díerentes conìpetêndas, que, por suavez, aÊta,rn o seu cornpodameniosocit(Ëagly, 1987t 1994).Apenasumamudan9nadiüúodotmba, lho, poderir cond@ir a uma mudang 5ub61ãnclal no conicudo dospêpéis de gênerc. Apesarde penÌìitir díeren9s sociaìs, esta peÍsp€cti\ratambem mereceu cúìcas, a despertodê estrrcen!"da rasocrãEaéo e da ênfàse napossibilidade de rnúanç., contor- me o desejo da sociedade e dos seus membrcs, o que impiiava uÌÌa visão disür na da anterio[ essencia]lsta, que sugeia unìa imutabiLidade associada ao gênerc. ,as crírjcas rnais imporànÈ reldi\.às aid abodagem dizem rcspeito aoãto de ogênero, conc€bido conro opemndo no ntueL indMdual e da penoiì:lidade. estrra seMg de um corlole soddgerat. lsio é, pela socialiaçao, rap€zes e nìoçs aprendenì a s€ corììportarde modo que naüda aduha mantêm a odem sociãl esiabelecida. Aprópria concepgo de andÌoginia, de íonìa parâdo)€J, tonìou se inadequada pamas pelspec$\,ãs€minlstrs (,A-nâncio, | 994). Aques áopincjpal Ieddia noÍato de este modelo @n6nuara rcmrìhec€r 06 concerto6 corì\,€ndo, nâb de fernìnilidade e masorìnidade, reterÈo o dualismo dássico e redrÍnando as difercn- ças degênero conside€das "reais"; iÍo é, a exlstência de entìdades rcais e intemês, do pontodeüsiapsicologico(f1orawskj,990),semehai'ìteàidéiade'natuÌ?is",quecardcte, nza as abodagens essendalisias. Aiendêncla @actedza apeEpediva da soclalizaçâo de umaíoma geml (How?rd, Hollande[ 1997). Outra crítica aponta parâ o seu caáer prescritivo. Os estereotipos degênero, ìmplrcam prescriçóes, que se maÌìíestam nos pãÉis de gênerc. Iais prescrições corfeuram dois coniuntos de comportamentos e caÌac- terísticas, uns corÌsidemdog majs apropriados paÌa rnulheres e oúros. para hoflìens. O gênero, em termos de sociaÌizaéo, é üatado, dessaíorÌna, não conìo reflexo de íorrtes estrLtuEis de desigualdade, mas, ao contárìo, como uÍÌâ eçli(ãqo com dircito póprio. lsíontesdapópriasociallzâForecebempouGatenção(Ho\t?rd,HoilandeÌ;997)eo sistemasocialdas rela@es de gênerc não é questondo (tuìâncjo, 1992). Conduindo, 3 abordagens da socialiaéo êm relaéo ao gênêic tlo!!êr?fr no\ãs visões mâs também implicarzm outros e os mesmos problemas, dém de não resol\erem osjá exlíentes. Essa óordagem enâtüa que o gênero é aprendido e náo iÉto, ru continua adef nir€ênero em iemos de diÊren9dicotômiG. Deg foma, a diíinéo entre inato e aprendÌdo, em cedâ medida, é meÌamente semântiG, já que a sociãlLzaéo de gênero é concebjda como algo espeoïco e persistente ao lonso do cido dc üda. ^ ssim, cm iê,mos pnítlcos, o eênero contLnua a ser visto como interno e imuiá\€I. Por esta máo Janis Bohan ( I 994 desigÍìa por essenciaiisias arnbas as abordâ- gens, consÌdemndo coÍìo asseço b,ísicã da perspectj\ã essenclalisia a idéia do gênero corÌ lo GrdctedsücapeÍÌÌ d ier Ìte e súvcl d6 ir divíduc,s. CàdetudePsqui!, i' 12. Íú4o/2001 Flsê prognma de pesqLriq emp rìdsta produiu um lêquê det "balhos esndd mente diredonados. sobretrdo parâ as dÌÈrcnsas seruais, aboriagem funúmentalmen- teessendalista(CmìÀ{ord,995;Evãns,Ì994tFlax, l 990i Harding 1994i Hare-l',1ustrn, l"larecek, 1994i HolLway, 994 Kitzi.Ac., 199.1t f4arecek, 1995). O essenctatsmo conceíua o gênero corÍìo um conjunto de propriedades ou aiributos fundamentais intemos, perslstentes egealmente sepaÈdos da e)periêncla viida (CÊwfo|d, 19951 Jlare-Hustin, MaÌÊek, 1990; Ì994)- O gênerc, é also Íeìativo a mulh--res e homens (Côvford, | 995): a pexuisa sobre as díerengs sexuais assume que existe o objeto 'mulher" e, por isso, o "íerninino" pode ser defrnido ern tenììos de qualÌdades inerentes (competências cagniti!-ds, emoçoes, modos particulares de conhecimento) a todas ãs mulhercs (Hare-i\4ustin, |4arc.€k, | 990). Quando o gênero é consruído em tenÌos de qualidades abstralas de indiúduos, as circunstânclas e experiências de úrìosgnrpos de mulheres tcmam se inele\antes e podem ser colocadas de lado. O essencialismo náo implica necessariarnerìte determinismo bioÌogica ou uma ênlâseimportantedobiol ico pa'ã a erçlicação das especmcidades do gênerc (ernbom historicamente o determinlsrno biológico tenha ddo umaforma de essencia ismo reíe- rerìte ao gênero). Pelo contnárjo, é o âto de asslrnir a ayistêncla de qual dades ou cancteísti.as dee ,,Ìorindivíduos, e úo as suas o4i,yrs(biológicas ou soclait que define o essencialismo (Crã\r,ford, | 995). Como refe'€m Hare-l.1ustin e l'1aÌ€cek ( | 990) â reafnììação de qualidades essenciais negligenda â complexidade e o diÍìarn smo do com- poümento de gênerc que se esÌabeÌece durante as relações soc ais, âzendo ent-ar em colapqo um jogo de díercnçzs que eíão senìpre em mudança, em dualismos esiát c.s exagerados (derÌì, 1 990). A diíinéo edÌê oÂtemos "çxo" e'gêneÕ", sugeida e.leseNoM.la dlrênie a segunda onda do feminjsrno, foi u'ÌìatenÌaiiva Gignmcativa) de separar o sexo biol€co do social - o gênero - e, desse modo, po6sibilbr a crííca social (Craúod, | 995). No entanto, a rorça orltural do essenclallsrno mantwe a diíjnéo, dodo lugtra @ntusõ€, inconsiíêndas e problemas detenninolagia. lsto é, no\as díerenças sexuajs. ürtualmen- te idêrìticas à de décadas a1Ì,ás. são eiiqueiadas como diíerenças de gênero. ksas no\,"s difcrcnças áo iguaìs às êntìgas rnas "\€stidõ" @m ouüa roupaaem, isto é, @ntinum a shuarse dentro do ìndiúdLro, descont6drdìzdõ so.ialmente e apìdmente voltadas parâ um enfoque biológico. De modo irônico, umapretensão íeminista, que visava teoüaÌ a consluéo social da mas.ulinÌdade e da fenìini Ìdade, prassa aser a es-traÌéaiague a obs.urece íCÊ\^.,fod, 1995). A pópria noéo de 'p6icoloda da mulher" é essendalista porque sugere qle as mulheres (comogrupo untirìo)parúLhamumapsicolagia (um conjunro de qualidâdes, t47 Gdemos de Peeqlisa ." I I 2, março/ 2001 iEços e cpacjdâdês, inÍ6 ou âdquiridas) que, presumvdmente, lhes condiciona o comportarnento (Hare-f1uÍìn, Müecek | 990). Essa ordem de conceiros explicarivos têrn o efeito de esmorecer a cúÌca social e enmmjam as mllheres a encontiar sotuções pessoaispormeÌodepEicoterêpiaoupr ftmõdeprcmoéopessoaledeaúo-aluda (CãwíoÌd, | 995). Nessa p€mpectila, a responsabi iaade da mudança é cotocada para o indMduo, não parâ o coletivo, o que enco,aja a vidmlaçao e a culpa (dem, I 995). Na p6Ìcologia, o feminismo empìricista e o seu prograÍ ia incidlu ebretudo na remoéo dos vieses sexistas e androcêntricos da pesqulsa, embora ainda hala muìtas questóes a serem dÈcúidas. A psicologia empiicisla êminista não desãfou as crenças aceÍe dos sujehos das pesquisas e dos obsenãdores. os tundamentos do método cienúfico, da obsewação, da análÈe, da pÌedìção, da generalização e da aqLisição do Aadoçãode uma Ì icaempiricista nao elirninou a margìnaldade das mulhercs (objeüvo primoÌdial desse íeminisíìo) e tampouco promoveu o pensamento refleìlo aúo.Jítco, necessário para compreender o s*isrno e prcmover rìovas ;déjês e novos sisteÍnas(Bunììan, l990jWlknson, 1986). po contnáno, aciênciatumìnista enrpincista continuou atcmaro homem como peEpectivã, serdo a muÌhero'but'o" prcbleÍnaizado (f4olaw5k, 1990). A ciência sustenta, mantém e âlimenÌa as relaçóes sociajs prepondemntes, em que o conceiio degênero eíá subjacente, sendo compre€nd'Ldo por lentes de catego|as e dualismos. O potencialdo empiricismo é. por isso, llmitado à natureza dos seus conceitos, stçÉntados por umavlsão de mundo baseada em dualidades relacionadas com o gênero (rdem, 1990). Conduindo, as íenìinistasteóricas assirn corno outros ieoricos soaais desaÍanm muihsdas aflrna@ n'odemisbs da psicdogia, induindo o sar esseÍìcjalismo. lndiüduals mo e asr.afé noposilivismo (Ha.e-Muíin, l\lãÍeí€k 1994). S..gundo HoLÍwãy( 1994), ate os dias de hoje, a p6ÈoÌ€a sociaÌíeminista continua presa da armadilha dos duaüsrnos: sexo teTl{çgênerc e semelhan9 !€/5ll'diíerençã. É necessiárìo, portanto, um projeto psicologico feminlsta +re rcjeite o dualisnìo. O conhednìento cjeniífico necessih sercorÌì preendido comopodersocial, não como leis uni\,€rrajs ou pa''cdas de dn-nãéo de \,€da de. Se a cênciabrcompreendida em tennoo sodajs e rchciorìajs, as opoÍtunìCades pÌ"licas parã a pesquisa feminislapoderão ser exploÊdas É necessário dar se um passo para a t"níonÌìêçáo do disolrsofeminisla, paso que rcquer a sepaÌaéo do discu'so 'mest"e", identficandonor'os\ãloresedescontuindodiscursos(l'4o'ã\ skj, 1990). Segundo Hardìng ( | 986), ó movimentações re€ridas começamnì a su€ir pof volta dos anos 80 e se inscrevem no feminisrno pos-modemiía, e ^ o prcEranasxás ,?oderóâdo qual falaremos em sepuida, Cãdetu de Pesqukã, ô" | 12, rorçô/2001 t4 l dependem das rêlâées wiais estabetecids num determinado conte\io hìsrórico c depmdendo dos interesses individuais (BurÌt I 995). Nos lãbalhos das íeministrs poemodemíías, a lÌnguagem e as ì€lações sociais tomm s-- ent€isparaaproduçãodoconh<imento, e pa|aa r€presentação da e4)e nêncà (Wlkinson, KEinger, I 995). O conhecimento é reconheddo como necessaÌia- mente pragmátìco e parcial, e o papel do conhecedor como inerentemente social e politico (Flax, | 990). Conceber â clência como imbricada nas relaSões sociais, inìpÍca que exptorãr estas queíões toma,se óbüo e necessário (lYorãwski, 1990). Assim, eÍudos na pers- pediva femlnislarós-modemisba assinalam a imporánda de se reconhecer o conheci- menio como produzÌdo dentro de, por meio de e para certas relaÉes sociais (idem, | 990). PaÈ uhrapassar os inìpasses do enìpiricismo é necesúrio alterar a pnática de tróalho e construir nc /as reÌaÉes socials e nows narrati\,ãs denfficas. E como as pnátì- cas científicas são concebidas como ações quotidianas, no reladonamenio social, uma pcícobg-aÉminiía requer unìaügìlánda reíexivã corsiante, unìa monitoÍizaéo dos ato6 cÌentfficos e um dirccionamenio das anáises pã,? a deÍonstruéo e a reconírução dos codigos de gênero (l',lorawski, 1990). Ássim, o pos modernismo aceih a muhipliddade, è incoerênda ê o pâEdoxo, tudo o que os pamdigmas positiüías sempre excluíram- Nega a aparente rigidez da linguagem sobre os significados eshbelecidos, e é .éptica acerca da natureza fta da reâfidade Reónhê.êndoqueosigni.,?doéapenasãquilocomoqueconcordmc 06 pos-modemistas desse\.€m um sÌstema n €is arÌìplo de possibilldades, contexio em que o gênero é encarado como passíveÌ de versóes parc ais e pâradoxais. O gênero é assìm <óstÌìJído @mo um põ@s, não como uma resposta fk, podendo seÌ reodzãdo de várìas maneirãs (Harê-l'lustin, Mêr€cek, I 990). l'4esmo corÌìo oDseru?oores, sor.os iambém consilÌorcs do gênero. Na psido8ia esse desafio do conhed.nerìto, como âtgo socÌaìmenre con$ruí- do, consubsiancia-se na perspectiva do consirudodsmo socjal, rìaperspecti\,a da aná- lise do discurso, ou da psicol€a cúica, perspeciÌvas que partilhãm entre si prem ssas semelhantes e se inserem num mesmoposicÌonamento epistemológico. por isso, assume se desdejá que não exiíe uma cornpleta concoìdância rclatilamente a quem é conírucionista so<ial, pós-eínrturalista, pós-moderno, dapsicologia crítjca (BurÌl I 995). Apesar de se poder equacionar dilerençãs erìtre esszs difercntes postums, pam eíe imbdho iÍrìporta essencÌalmente referir o que todas compartilham, uma especie de "parecen9 íamiliar' (Buni | 995), que representa para o estldo do gênero um Cade@ de Peequie, no I | 2, .€Go/ 200l t45 tude,ç liwffientê &ssifiar de Õnstru.iônìdâ sqjãl quâlquêr ábôrdagem quê tenha na bóe um ou majs dos pressupostos que Gergen ( | 994) considerà como fundamerìtais paÍa uma ciêncja conslrudonista social, tais comd . Pod6o cúica dia.nte do conhecimento concebido como \erdade'. . G teÍmos e asíonÌìas pelas quajs se consegue corÍìpreender o mundo e cadâ um indiüdualmente são ar€íatos sociais, prodúos de inierrehçóes pe$Gi1 com esp€cifrcidade hlstórica e cuhulal. . Deêrminada des.riçao do nìundo o! do setré nrsteniada ao longo do tempo, não por\ãlidade objeij\ã, nì6 devido às vicisshÌrdes doprccsso sôdal . O significdo da Ìinguagem dedva do seu modo de tuncionamento dentro do6 pad6€s de rclacionaÌento. . AvãliarasfomdêdisoÌso siíents é ao mesmotempoa€liar padrõ€sde \ri.Casinr|"l. Diante desses pressupostos podemos íacilmerìte coínpreender as gmndes dis- trnções dessa po6tuÊ reìativamente ao parddigmatradìdonal posiüüsta dapsìcolagiâ. E essenaalmente o seu <ãnáterantiessencialiíã, anti reãista. E â prcssuposigo da llngua- gem como prccondÌção pam o pensâmento ê .omô fôma de a6o so.ial ê ô sêL íoco na inÌeraÉo e nas priátìcas so<iais aliada à pe6pedi\.ado conhecimento copno especfica- mente histôico e cuftui"l, que o díerencia da abordagem maìs t-adicional (Buni Ì 995i Gersen, Daüs, 1994. Essa posiFo quesÌiona o critério de verdade assim como de faros objetivos. Iodo o conhecimento é derivado da forma paÌlicular de cada indlvíduo se acercar do mundo, assìm como dos interess€s parìielares em jogo. Quesüonmdo os pressupos- tos do essencÌalismo, a teoria construcionista social deslocou o foco da atenção da pessoa parè o domído social. A F,sicologia, em taÌ perspect!\,ã, toma-se o estudo do ser so<ialmente coníruído, oprodúo de diÍurso6 histórica e cultuÍãtÍììente corìtÌngentes, dscursos que trdzern consigo uma rede conìplexa de relações de poder. A pessoa tìca como que encaixada" num sistema histórico, social e poLítico do qual não pode ser retiÌ"da e esìJdada defonìa independente. Apsicoloeia e apdcolo€ia social nãopodem pretendef descobrìr a Vedade' dâ netrreza das pessoas e daüdasodal, porque as suas expli.açóes eíão lìmitadas noternpo e na orltJra; de!€m essenciimente óaÌÌEraatenção paão estudo hiÍóri.o da eme€ên- cia das íormas correntes da üda social, assim como das pnáticas sodaisqLe as crìam. Pressupondo que o mundo social e 06 ìndiúduos são o prcdúo de um processo social, rìao pode haver nada predeterminado do ponto de vrsìa da nãtrrcza do mundo ou das t46 Cadmôs de P€sqlisa .o I i 2, mr!o/ 200 I pesG Não êyjstem 'essências" dêntro ds coisas ou da, pesss que os torÕe o auc á, Aidéaleva-rcG direhmerÌte à i.rìplicações dessapers@ilepa?o €studo dogênero. O corst'udonismo so<ìal está em desacordo com as noçõ€s LÌsadas no quotidiano de qre o s*o é unìafomimpoÌtanre e hásl@de dlíjn6o e diÈrenúFo (Daür Ge€e'ì. 1997t Gergen | 994). l'4u;tas femin süs argumentam que o sexo/gênerc náo deve ser teonzado como diíinéo, antes pelo confìário deve ser novamenre concenuado como apenas um pdncipio de o€aiìi,?Éo edal, estnÌuEnre das relaçÕes de poder entre os sexos 0NìÌkinson, | 997). Desse modo, condui-se que a categoria sexuã lsâda petas pessoas pa|a dar serìÌido à slas üdas de\€ ser araisada e compreendida como Drodúo Ì.Cedógico e não bÌologico(&er-nger l 98Z Wlknson, l 9Z. Afeminitidade e â nìasclrtini- dade úo, nessa pe6pectì\,a, simptes priícas ideoqicas eficazes porque no6 éoiraÌìsmi tiaas coi_no sendo raturais e rcsultantes lnevibá!€is da biologia oLr da experiência (Wetherc]], | 997). O aparcdmenÌo de algc .oercnte que pos:a ser explicado como propdedade do indivíluo é prccisarnente o efeito nìais poiente desse movimeìtoìdeotógico, Éque penÌi- te a drìbuiÉo de urna impoúncia simboJica (excessiva) à díerendação sexÌrat, o que por sua vez reforça e mantém a odem social ügente. Nesse aspecto, o gênero não é uma quesáo de idenÌijades individuais, lnitiiãs e consistentes d€ homern e mulhe[ peto con- tníio deserìvolve se medianie peç6 de discurso, oÌ€aìizadas num siíerÌìa de sEnificdos disponí,€is ac6 indivíJLros defonÌã a darem seftAo às suas posid€s, o que htçioricamente é reconheciCo como r€sposlasfemininas e masarllrìas (Wetlìerell 1997). Conìo rcfercrn Ho^rard € HoÌlanden ...ãtràvés da irìteãção, .egociamôs intepretaçõ€s particutares islo é criaÍ!ìos s gnií cado. At?res da lingu:gem, atÈvés da p3itlcipação n6 druais da intemção socia , ãtrãv6 da Mb ènvôVirento a.rivo om 6 ímbo6 e d ísLidades materìais dã vìú de todos os dìâs, nós liteRlmentê criâmos:aur o aue reco Um mínimo de compreensão das regías pârt thadas e das rêatìdads é necêsúno Pa€ s!íentâr a comunl@çãô humm e : lnteçãô ê em úU@ lnslân. â a sdtêda- d6. (1997, p.35) Deaw ( l%4), cíiücando as abordasens essencjalistas Gejam de ordem biotodca ou de sociaÌizaéo), sugere que a atenção deve ser dada sobretudo às seqüênciãs irìterècionais âtivas, isto é, à escolhas que Írìulheres e homens ázem nos processos de interação. Deste modo ogênero não é apenas algo qle a sociedade impõe aos indìú- duos; mulheÌ€s e homens, eles póprios íazem o gênerc e, ao ãzêto, etes es.othem cerias opçoes coÍnporiamentais e ignonm oúl?s. Essa penpectiva desa{a o canáter ïÌâtural" da díerençade gênerc, sustenlãndo que todês as camcteís1cas sociais signilaa, t\,ãs éo ati\€mente siadas, e não biol ica'ne'ìte inerentes, peníEnente..nerìte sodaliza Cadere de Pesquiq, .o i 12, roço/2001 t 4 / dãsou êstR,trralmente prêdêtêmìnadrs. Em oúE pdavB comodizêm Howã'de Hollandei o gênero é relaiivo à peiormance, poàe se dizer 'íazêr o gênero . lío á cornportar-se de maneiG que seja quaÌfor a situaéo, sejam quajs forcm os atorcs, o nosr@r podareÌoè /íoao'on.eno @r o+-pnldoro gÉ.c-o Claro q!ê quer homem qler m(] hêres cômpôftâm,s muiias vdes de formas co.rtadìtónâs relalì!€mente à nomìâs paÌ" o sê! gênêrô, md o qLre é importantê é que o bahnço das rÌ)ss açóes seja percebido como côÌíôrme ( ..). Na medida em que a socl€dade eíá organl,âdâ em temos daquilo qle é compreendLdô como diterenças ssenciais eôte honrêns e mu heres, fazer o gênero tonìa-se assim inryÈ tuet. (t997, p. 37) Esse conceito consirucÌonisia social do gênero ajuda a reconciliar os resLrltados empíricos de que mulherc. e homens são mais slmilares qle díercnies na maioria dos tmços e coÍnpetênció, com a percepção conìum de que paÌ€cem compoftar se de íorrna diÊrente. Apesar de mulheres ê ho.nens poderem teras mes,Ììas competêncìâs, ofro de entunlãlÊm díerentes cir.uníân.is. .ósiËJEimênios e expectrNas lMa, íreqüentemente, a tomar decisôes dÌstìn1rs rehti\a.nente ao seu rcpedório de opçóes Dessa íorma, reaÍìrmam os armnjos baseados nas categorias sexuais como naturals, tundamentãis, imutáveis e es€nciaìs, lesftiÍìMdo @nseqümiemente â ordem sial Poder-se-ia então irÌìagìnarque a siÍÍìples mudanç2 na íonÌa copno homem e mulheres 'fazem o gênerc" podeÍia ser o caminho pa|a a tGníornìaçáo, No €ntanto, apesar de aÌgurnas posições constru<ionistas sociais de orisem merìcna centrarem o foco de aten9o no contexto das interaçóes, e na pelspecii!ã de o ìndiúduo como agente, é inìportarie lernbrarque feqüentemente 06 corslraìgifììeniJs irstìiudonais, a hierarquia ryiãl e s relações siajs de poder limitam êaéo dos indMduos.,!s pGiÉes consblcìc nisias sociaìs, da análise do discurso e da psicologia críiica focahzam mais a atenção na e$ì,tra de poder e na locallzação dos atores socjãis nãs estruturès sodah paÌìcuhÌ€s, daí que a mudang não pode ser en@Eda m eíem individual (Nosueira, 199D. Fode-se considerar a perspecti\ã construclonlsia so.jaì um núdeo do pós-mo- demismo que se prcpagou portodas as disciplinas (Freud, I 994). O construcionismo cial é uma ahematiE que pemie dlrigira ene.sãfeminish para novas e mais váidô foÌÌÌìãs de pesquisa. Reqler uma abordagem auio-reíÌexiva e urna anáfise críticâ das categorjas eshbelecÌdas do discurso psicológico (Hare-lYustin, lYarecek, 990)., 2. Es peupecti% cúsideÉ o mundo qìa <@o umã emp@ hwana, lma espé.iê de NenCô hunr@ (FEud, | 994). Nócehôs num mundo que rem ddosocialmsie cos!ído medrante Dresc.çóes <uhurais, dos tabus da <€ncâs, d6 h Dóteses de vlda, dó ativ dads. tud.' ise pe a hisÍoda partlcllar de uma curiua (8uÌr_, | 995; cer€en I 982). A iossa cuLúB, 148 Cader@ de PesluGa, na I 12, mç/2@! IYARECEK. j. Gendei polilcs and psychoLogy's wa),s of know ^ E Anen:cân Pst€holoe&, v50, n.3, p.162 3. 199s. llORAWSKl, J. G. 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