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Professor: Roberto Mandelli Direito Constitucional – (Organização do Estado). Prova = 40% testes – 60% dissertativas. Aula = 2h aulas, aula expositiva, explicativa e 1hr aula respondendo questões. Questões são respondidas em grupo. (entregar respostas dos grupos individualmente, na data combinada “quarta anterior da prova do 1º bimestre” – não é obrigatório, mas ela vai valer 15hrs de atividade complementar e 1 ponto na prova do 1º bimestre). Bibliografia: - Constituição Federal. - Curso de Direito Constitucional: (autores ↓) Luiz Alberto Davi Araújo – edição + recentes. Gilmar Ferreira Mendes. - Fernanda Dias Menezes de Almeida – Competências na constituição de 1988. (editora Atlas). - Os Artigos Federalistas. (para quem amar “Federalismo”). • Livro de Luiz Alberto Davi Araújo e Vidal Serrano – Curso de Direito Constitucional. - Conceito de constituição. - Classificação das constituições (constituições flexíveis e regidas). - Poder constituinte. Organização do Estado: Divisão Espacial do Poder. (1º bimestre - 1ª prova). - Federalismo: Titulo III da Constituição = “Da organização do Estado”. (Art. 18 e seguintes). Entidades da Federação Brasileira. Repartição Constitucional de Competências. Intervenção Federal. (art. 34). Divisão Orgânica do Poder. (2º bimestre – 2ª prova). - Separação de Poderes: Titulo IV da Constituição = “Da organização dos Poderes” (art. 44 e seguintes). “Poder” Legislativo. (art. 44 e seguintes). “Poder” Executivo. (art. 76 e ss). “Poder” Judiciário. (art. 92 e ss). (não vamos estudar). Processo Legislativo. (art. 59 e ss). 24/02/2016 Divisão Espacial do Poder Federalismo Formas de Estado: - Estado Unitário: Poder do estado esta centralizado em um único centro irradiadores do poder. A forma unitária do estado é uma forma mais antiga. Centralização politica administrativa. - Estado Federativo: Se caracteriza principalmente pela descentralização do poder politico e administrativo. Âmbito de duas “ordens”, uma central e outras regionais. Brasil adota estado Federativo desde a constituição de 1891, com uma forma importada dos Estados Unidos. Não é uma criação daqui, foi importada dos EUA. Estado federativo combina mais com estados maiores (EUA, Canada, Brasil, Argentina, Alemanha, Suíça são todos federalismo) quanto maior o estado, maior probabilidade de existir diferenças regionais (administrar os problemas e o poder politico para criar leis). O estado federativo é dividido em regiões, chamados de estado membro... Poder politico e administrativo é distribuído. Poder para elaborar leis da união e federais. União dos Estados Federativos (Estados Unidos): Estados não podem tratar das competências da união e a união não pode tratar dos elementos do Estado. Confederação – Tratado internacional – Vínculo Fraco. Federação – Constituição – Vínculo Forte. Politico = Poder Legislativo (criar leis) / Administração = Poder Executivo. Pacto federativo: os estados abrem mão de suas soberanias, formando um estado novo estado federativos. Surgi uma entidade chamada de União. Poder politico e administrativo do estado: o poder politico era de governar e o administrativo de se autogovernar. Soberania é a possibilidade do estado ter seu próprio ordenamento jurídico e seu próprio governo. Distrito Federal não pertencem a nenhum Estado-Membro. Não tem município. É uma entidade autônoma. Características do Estado Federativo Descentralização Politica e Administrativa: Caracterizada por uma repartição (distribuição) constitucional de competências. Essas repartição devem ser realizadas pela constituição. A União, os Estados, o distrito federal e os municípios nenhuma são soberania, pois são entidades autônoma. Cada uma é distribuída as competências de todos os estados. Indissolubilidade do Vínculo Federativo: Intervenção Federal (não existe na forma unitário, pois não precisa, ela é própria para o estado federativo). A união estabelecida entre os estados constitui um vinculo de estado absoluto. Não há nenhum meio de desfazer o vinculo federativo. O Estado Brasileiro não foi um estado federativo formado devidamente, os seus estados-membros não foram soberanos, foi formada por meio da importação dos estados unidos. Se alguma região quiser sair do Estado Federativo ela não pode (art. 34º - CF). Formação da vontade central com a participação das vontades parciais: União elabora a lei que vai produzir em todos os estados. Representantes dos estados devem participar da elaboração da lei da união, então é criado uma entidade com nome e sobrenome, o chamado Senado Federal (88 senadores). Uma casa representando o povo= câmera dos estados. E outra casa representando os Estados-Membros e Distrito Federal = Senado Federal. Para um projeto de lei for aprovado, além dos votos dos deputados, precisa da aprovação dos senadores, sem eles não é aprovado e vai arquivado. Vontade central = União. / Vontades parciais = Estados-Membros. Capacidade dos Estados-Membros para elaboração das suas próprias Constituições: Constituição Estadual que decorre ao poder constituinte derivado decorrente. É próprio dos Estados Federativos. Os estados poderão elaborar normas constitucionais, então eles têm poder constituinte, porem limitados. Os limites são os constitucionais federais. Rigidez Constitucional: Rigidez vinculada a competências. Para a manutenção do Estado Federativo. Órgão responsável pelo controle de constitucionalidade: Constituição do Federalismo tem ser que ser uma constituição rígida Constituições semirrígidas ou Constituições semiflexíveis = Não há diferença, pois são sinônimas (uma parte sendo rígida a outra vai ser flexível). Constituição rígidas pode ser alterada, mas são mais difíceis. Constituição flexível pode ser alterada, mas são mais fácil (uma lei posterior estar no mesmo nível). 02/03/2016 Entidades da Federação Brasileira - Entidades autônomas da Federação Brasileira: União, Estados, o Distrito Federal e Município. (Art. 18 – CF) - Soberania: Elemento característico do Estado (país), poder supremo e independente que dá ao Estado a capacidade para criar, executar e aplicar seu ordenamento jurídico. - Autonomia: Capacidade atribuída a as entidades da Federação para tomar decisões, mas dentro de limites estabelecidos pela Constituição. - Estado Federativo encontra-se dois elementos diferentes: Que correspondem as ordens existentes no Estado: Centrais e Regionais. União: É uma entidade autônoma essencialmente federativa com competência comum para tratar da mesma forma em todo o Estado Federativo. Ela nasce no pacto (do vinculo) federativo. (União é tratada no estado federativo, porque ela nasce no estado federativo). A União embora autônoma, age com poderes de soberania quando representa o Estado Federativo nas suas relações internacionais. (União representa o Estado Federativo e age com poder de soberania). (Art. 21, I – CF). Estados-Membros (Estados Federados). (pode ser consideradas como): Entidades autônomas federadas: São as entidades que se federaram, ou seja, que deram origem ao pacto federativo. Competência: Elementos diferenciais (regionais). Capacidades de autonomia dos Estados-Membros: Auto-organização: capacidade para elaborar sua própria Constituição. (Art. 25 – CF e Art. 11 – ADCT “Atos das Disposições Constitucionais Transitórias”). - Poder Constituinte Derivado Decorrente. - Limitado: Princípios Constitucionais Federais. (125 – CF). I. Princípios federais extensíveis: princípios do estado federativo, mas que devem ser observados pelos Estados-Membros quando estiverem organizando. (Art. 1º – CF). II. Princípios constitucionais estabelecidos: Nossa Constituição cria regras dos órgãos que realiza os poderes dos Estados-Membros. (Art. 27 – CF). III. Princípios Constitucionais Sensíveis: Estão relacionados à intervenção do Estado. (Art. 34 – CF). Autogoverno: Possibilidade dos Estados-Membros escolherem suas próprias autoridades. - Poder Legislativo: AssembleiaLegislativa (deputados estaduais). - Poder Executivo: Governador do Estado (quem escolhe é o povo do próprio Estado). - Poder Judiciário: Tribunal de Justiça e Juízes Estaduais (concurso público realizado pelo Tribunal de Justiça pelo próprio Estado). (Art. 94 – CF). Capacidade Legislativa: Possibilidade de elaborar leis estaduais, dentro das matérias de sua competência. Capacidade Administrativa: Possibilidade de gerenciar seus próprios órgãos e serviços públicos, sem a interferência da ordem central. Distrito Federal: Entidade autônoma federada. Competência: Elementos Regionais mais Locais. Capacidade de Autonomia Auto-organização: Capacidade para elaborar sua própria Lei Orgânica. (Art. 32 – CF). - Poder Constituinte Derivado Decorrente. - Limitado: Princípios Constitucionais Federais. (125 – CF). I. Princípios federais extensíveis: princípios do estado federativo, mas que devem ser observados pelos Estados-Membros quando estiverem organizando. (Art. 1º – CF). II. Princípios constitucionais estabelecidos: Nossa Constituição cria regras dos órgãos que realiza os poderes dos Estados-Membros. (Art. 27 – CF). III. Princípios Constitucionais Sensíveis: Estão relacionados à intervenção do Estado. (Art. 34 – CF). Autogoverno: Possibilidade de o Distrito Federal escolher suas próprias autoridades. - Poder Legislativo: Câmara Legislativa (Deputados Distritais). - Poder Executivo: Governador do Distrito Federal. - Poder Judiciário: Art. 21, XIII – CF. (É organizada e mantida pela União). “Cinco instituições do DF são organizadas e mantidas pela União e não pelo próprio DF: Poder Judiciário, Ministério Publico, Policia Civil, Policia Militar e Corpo de Bombeiros”. (Art. 21 – CF). Capacidade Legislativa: Possibilidade de elaborar leis distritais, dentro das matérias de sua competência. Capacidade Administrativa: Possibilidade de gerenciar seus próprios órgãos e serviços públicos, sem a interferência da ordem central. Exceção: Art. 21, XIII e XIV – PJ/MP/Pol. Civil/Pol. Militar/Corpo Bombeiro. Municípios: Entidades autônomas federadas? = É uma entidade autônoma, mas não federada, principalmente porque não elege senador. Competência: Elementos Locais. Capacidade de Autonomia Auto-organização: Capacidade para elaborar sua própria Lei Orgânica. (Art. 29 – CF). - Poder Constituinte Derivado Decorrente? Não, principalmente ao “IV”. - Limitado: Princípios Constitucionais Federais. (125 – CF). I. Princípios federais extensíveis: princípios do estado federativo, mas que devem ser observados pelos Estados-Membros quando estiverem organizando. (Art. 1º – CF). II. Princípios constitucionais estabelecidos: Nossa Constituição cria regras dos órgãos que realiza os poderes dos Estados-Membros. (Art. 27 – CF). III. Princípios Constitucionais Sensíveis: Estão relacionados à intervenção do Estado. (Art. 34 – CF). IV. Princípios Constitucionais Estaduais. Autogoverno: Possibilidade dos Municípios escolherem suas próprias autoridades. - Poder Legislativo: Câmara Municipal (vereadores). - Poder Executivo: Prefeito Municipal. - Poder Judiciário: Não tem. Capacidade Legislativa: Possibilidade de elaborar leis municipais, dentro das matérias de sua competência. Capacidade Administrativa: Possibilidade de gerenciar seus próprios órgãos e serviços públicos, sem a interferência da ordem central. Territórios Federais – Art. 33 – CF. - São descentralizações administrativas da União, integram esta e não recebem autonomia da Constituição. - Competências: não recebem. Não possuem capacidades de autonomia. Organização: Lei ordinária federal (lei da União). Governo: - Câmara Territorial: Função Deliberativa (e não legislativa). - Governador do Território: Nomeado na forma do art. 84, XIV. - Poder Judiciário: Organizado e mantido pela União. (Art. 21, XIII). Capacidade Legislativa: Não tem. Capacidade Administrativa: Depende da lei federal que disporá sobre sua organização administrativa. Repartição Constitucional de Competências Competência: é a faculdade constitucionalmente atribuída a uma entidade do Poder Público para tomar decisões dentro de limite estabelecidas pela Constituição. Espécies de Competências - Políticas (legislativas). (Art. 22 – CF). - Administrativas (materiais). (Art. 21 – CF). - Judiciárias. (Art. 92 – CF) (Competências do poder judiciário estão a partir do Art. 101 – CF). - Tributárias. (Art. 145 – CF) (Competências do poder tributário estão nos Arts. 153/155/156 – CF). Princípios da Predominância do Interesse: - Entidades da Federação - Interesses atribuídos pela entidade União -> Geral Estados Membros -> Regional Municipal -> Local Distrito Federal -> Regional + Local Princípio da Indelegabilidade (não transferir) de Competências: As competências atribuídas a uma entidade da federação não são transferíveis para outra entidade, exceto se houver dispositivo constitucional expresso permitindo a transferências. - Regra: Competências próprias de uma entidade e não transferíveis. (Ex: Art. 21/30 – CF). Competências exclusivas. - Exceção: Competências próprias de uma entidade e transferíveis. (Ex: Art. 22 “paragrafo único” [onde a competência união permite a transferência da lei complementar aos Estados Membros] – CF). (Se uma Lei Complementar tiver um artigo X que lei ordinária, ela não precisara de uma nova lei). Competências privativas. A constituição diz que se uma matéria for tratada de lei complementar e o resto é Lei Ordinária. Existe diferença entre lei complementar e lei ordinária: 1º é a de material/conteúdo. 2º Formal no processo legislativo de elaboração da Lei Ordinária e Lei Complementar. (Quórum de aprovação). Lei Ordinária = Quórum maioria simples. (Maioria simples, número total de presentes na seção). Lei Complementar = Quórum de aprovação maioria absoluta. (Numero inteiro superior à metade). Critérios: - Enumerativo: Competências enumeradas, elencadas, discriminadas. (Ex: Art. 21/22/30/25, §2 – CF). - Reservado: Competências residuais, remanescentes. (Ex: Art. 25, §1). - Horizontal (critério + antigo): Competências próprias de SÓ UMA entidade. (Ex: - Vertical: Competências distribuídas para MAIS de UMA entidade. (Ex: Art. 23/24 – CF). “comum = todas as entidades”. Ler e Responder: Art. 24, I. – O município pode legislar sobre direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanismo? Porque não esta neste artigo?
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