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Credito Tributário e Lançamento

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FACULDADE BRASILEIRA DE TRIBUTAÇÃO – FTB 
Graduação Tecnológica em Gestão Financeira, com ênfase na Gestão de Tributos 
Crédito Tributário e Lançamento Tributário 
1 
 
 
FATO GERADOR E OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA 
 
A regra-matriz é a representação de uma norma de conduta que leva o 
contribuinte a entregar dinheiro ao Estado. 
 
O contribuinte só entrega o dinheiro ao Estado se tiver um motivo. Os 
motivos da entrega estão descritos nos critérios apontados na regra-matriz de 
incidência. 
 
 
Relação Jurídica Tributaria 
 
Para realizar a tributação, recolhendo os tributos devidos pelos 
contribuintes, o Estado-Fisco precisa percorrer um caminho previamente fixado 
pelo ordenamento jurídico-tributário. 
 
A relação de tributação não é simples relação de poder ou mera 
manifestação da soberania estatal, é sobretudo, relação jurídica, na medida em 
que a tributação utiliza o instrumental do direito para sua efetivação. 
 
 Na realidade o que se têm é uma relação jurídica impositiva tributária. Relação 
jurídica porque tem origem e é regulada por normas previstas no sistema jurídico. 
Impositiva em razão a imposição por parte do Estado sobre o contribuinte, 
resguardados obviamente os direitos deste. Tributária pela razão de estar vinculado a 
tributo, a uma natureza fiscal. 
 
A ausência de um dos elementos da regra-matriz de incidência tributária 
impede a cobrança do tributo, apesar de muitas vezes o crédito ser constituído. 
 
Artigos 113 do CTN - 2 (duas) espécies de obrigação tributária: 
 
- obrigação tributária principal 
- obrigação tributária acessória 
 
O CTN apesar de prever duas espécies de obrigação tributaria, como visto 
acima, na realidade define 4 espécies de obrigações tributária sendo: 
 
� 2 (duas) relativas à licitude; 
� 2 (duas) oriundas da ilicitude(descumprimento das obrigações 
lícitas). 
FACULDADE BRASILEIRA DE TRIBUTAÇÃO – FTB 
Graduação Tecnológica em Gestão Financeira, com ênfase na Gestão de Tributos 
Crédito Tributário e Lançamento Tributário 
2 
 
 
A Regra-matriz de incidência é considerada a norma jurídica “stricto 
sensu”. As demais normas (deveres instrumentais e normas decorrentes do 
descumprimento de obrigação principal e acessória relativas à arrecadação e 
fiscalização de tributos) são as chamadas normas jurídicas “lato sensu”. 
 
Assim considerando, os chamados deveres instrumentais, são também 
normas jurídicas tributárias mas em sentido lato. 
 
CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
(arts. 139 a 141 do CTN) 
 
DEFINIÇÃO: Constitui a prestação que o Sujeito Ativo (Fazenda Pública) 
poder exigir do Sujeito Passivo (Contribuinte ou o Responsável) em razão da 
obrigação tributária principal. 
 
Decorre da Obrigação Tributária e tem a mesma natureza desta. 
 
Extinção,Suspensão e Modificação: Após a constituição regular somente 
podem ocorrer alterações lato sensu no CT nas situações prescritas em lei, pois 
em caso contrário resultará na responsabilidade fucncional 
 
Crédito tributário: qualifica o direito subjetivo, de que é portador o sujeito 
ativo da relação jurídica obrigacional, relativo à prestação de um tributo, que 
se apresenta como objeto da obrigação. 
 
O crédito surge com a ocorrência do fato jurídico tributário tributário, 
que depende da formalização (ser vertido em linguagem competente) para 
obter os efeitos de exigibilidade. fica sujeito ao ato de aplicação do direito 
definido como ato administrativo de “lançamento tributário”. 
 
 
LLAANNÇÇAAMMEENNTTOO TTRRIIBBUUTTÁÁRRIIOO 
 
É o ato de aplicação do direito que dá origem ao fato jurídico tributário. É a 
norma individual e concreta que formaliza em linguagem competente um fato 
ocorrido no mundo social, que está descrito no antecedente de uma norma geral e 
abstrata de instituição de um tributo, dando origem ao fato jurídico tributário. 
 
 
CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
(arts. 142 a 146 do CTN) 
 
FACULDADE BRASILEIRA DE TRIBUTAÇÃO – FTB 
Graduação Tecnológica em Gestão Financeira, com ênfase na Gestão de Tributos 
Crédito Tributário e Lançamento Tributário 
3 
 
 
LANÇAMENTO 
 
É o instrumento pelo qual a Fazenda Pública pretende a constituição do 
crédito tributário. É também utilizada a expressão “Auto de Infração” ou “NFLD” 
(Notificação Fiscal de Lançamento de Débito). 
 
Materializações do Lançamento 
 
Lançamento Tributário como Procedimento Administrativo (art.142): 
 
• Verifica a Ocorrência do FT 
• Delimita a matéria tributável 
• Calcula o montante do tributo devido 
• Identifica o SP 
• Caso seja, propõe a sanção cabível 
 
AAttoo ddee LLaannççaammeennttoo:: ddeeccllaarraattóórriioo oouu ccoonnssttiittuuttiivvoo?? 
 
Nos termos do artigo 144 do CTN, seria declaratório, seguindo as posições 
de Amilcar Falcão e Geraldo Ataliba 
 
No entanto, dado que o fato jurídico tributário - fato gerador - só nasce, só é 
exigível, a partir do lançamento tributário, é um ato constitutivo. O Lançamento 
constitui o fato jurídico tributário, o crédito tributário e dá origem ao nascimento 
da obrigação tributária e da relação jurídica tributária. O entendimento é pela 
eficácia constitutiva. 
 
MODALIDADES DE LANÇAMENTO 
(arts. 147 a 150 do CTN) 
 
São três as modalidades de lançamento tributário, diferenciando pela 
carga de atividade praticada pelo contribuinte. 
 
DE OFÍCIO (quando a iniciativa é toda da Fazenda Pública). Ex. IPTU. 
 
POR DECLARAÇÃO (quando o Sujeito Passivo presta previamente alguma 
informação necessária para a Fazenda Pública fazer a cobrança). Ex. ITR 
 
POR HOMOLOGAÇÃO (quando o Sujeito Passivo identifica todos os elementos 
do tributo e antecipa o pagamento, restando à Fazenda Pública homologar ou não 
o procedimento, podendo esta homologação ser EXPRESSA ou TÁCITA). Ex.ICMS 
 
 
FACULDADE BRASILEIRA DE TRIBUTAÇÃO – FTB 
Graduação Tecnológica em Gestão Financeira, com ênfase na Gestão de Tributos 
Crédito Tributário e Lançamento Tributário 
4 
 
LLAANNÇÇAAMMEENNTTOO DDEE OOFFÍÍCCIIOO 
ARTIGO 149 DO CTN – Hipóteses 
 
- DDIIRREETTOO 
I - quando a lei deterinar que o procedimento de lançamento será feito 
diretamente pela Administração Pública; 
 
- SSUUPPLLEETTIIVVOO ÀÀ DDEECCLLAARRAAÇÇÃÃOO:: 
II - quando a declaração não seja prestada, por quem de direito, no prazo 
e na forma da legislação tributária; e 
III - quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado 
declaração nos termos do inciso anterior, deixe de atender pedido de 
esclarecimento da autoridade administrativa 
 
SSUUPPLLEETTIIVVAAMMEENNTTEE AAOO ““AAUUTTOOLLAANNÇÇAAMMEENNTTOO: 
V - quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte da pessoa 
legalmente obrigada, no exercício da atividade a que se refere o artigo seguinte. 
De forma supletiva ao lançamento por homologação, quando se verifique a 
ausência do cumprimento dos atos previstos em lei por parte do contribuinte. 
 
O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa 
nos seguintes casos (CTN, art. 149): 
1. Quando a lei assim o determine; 
2. Quando a declaração não seja prestada, por quem de direito, no prazo e 
na forma da legislação tributária; 
3. Quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado 
declaração, deixe de atender, no prazo e na forma da legislação tributária, 
a pedido de esclarecimento formulado pela autoridade administrativa, 
recuse-se a prestá-lo ou não o preste satisfatoriamente, a juízo daquela 
autoridade; 
4. Quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer 
elemento definido na legislação tributária como sendo de declaração 
obrigatória. 
5. Quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte da pessoa 
legalmente obrigada, no lançamento por homologação; 
6. Quando se comprove ação ou omissão do sujeito passivo, ou deterceiro 
legalmente obrigado, que dê lugar à aplicação de penalidade pecuniária. 
7. Quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício 
daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação. 
8. Quando deva ser apreciado fato não conhecido ou não provado por 
ocasião do lançamento anterior. 
9. Quando se comprove que, no lançamento anterior, ocorreu fraude ou 
falta funcional da autoridade que o efetuou, ou omissão, pela mesma 
autoridade, de ato ou formalidade essencial. 
FACULDADE BRASILEIRA DE TRIBUTAÇÃO – FTB 
Graduação Tecnológica em Gestão Financeira, com ênfase na Gestão de Tributos 
Crédito Tributário e Lançamento Tributário 
5 
 
 
LLAANNÇÇAAMMEENNTTOO PPOORR DDEECCLLAARRAAÇÇÃÃOO 
ARTIGO 147 DO CTN 
 
aquele emitido com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro, 
quando um ou outro, na forma da legislação tributária, presta à autoridade 
administrativa informações sobre matéria de fato, indispensáveis à sua 
efetivação (art. 147, do CTN). 
 
O lançamento é efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de 
terceiro, quando um ou outro, na forma da legislação tributária, presta à 
autoridade administrativa informações sobre matéria de fato, indispensáveis à 
sua efetivação. (CTN, art. 147). 
 
 
LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO 
ARTIGO 150 DO CTN 
 
Ocorre com os tributos em que a lei atribua ao sujeito passivo o dever de 
antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, ficando 
sujeito a controle por parte da autoridade administrativa, mediante o ato de 
homologação. 
 
A homologação pode ser expressa ou tácita - § 4º do art. 150 - Se a lei não 
fixar prazo à homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato 
gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, 
considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo 
se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação. 
 
A homologação é um ato jurídico administrativo de natureza 
confirmatória, em que o agente público, verificado o exato implemento das 
prestações tributárias de determinado contribuinte, declara, de modo expresso, 
que obrigações houve, mas que se encontram devidamente quitadas até aquela 
data, na estrita consonância dos termos da lei. 
 
O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja 
legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem 
prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida 
autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, 
expressamente a homologa. (CTN, art. 150). 
 
Características: 
1. O pagamento antecipado pelo obrigado extingue o crédito, sob 
condição resolutória da ulterior homologação ao lançamento. 
FACULDADE BRASILEIRA DE TRIBUTAÇÃO – FTB 
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Crédito Tributário e Lançamento Tributário 
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2. Não influem sobre a obrigação tributária quaisquer atos anteriores 
à homologação, praticados pelo sujeito passivo ou por terceiro, visando à extinção 
total ou parcial do crédito. Serão, porém, considerados na apuração do saldo 
porventura devido e, sendo o caso, na imposição de penalidade, ou sua graduação. 
3. Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a 
contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda 
Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e 
definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, 
fraude ou simulação. (CTN, art. 150, §4º). 
 
Se o contribuinte apresentar a declaração, no tributo sujeito a lançamento 
por homologação, mas não realizar o respectivo pagamento, a declaração, por si 
só, já constitui o crédito tributário e será diretamente inscrita na dívida ativa 
para possibilitar o ajuizamento da execução fiscal, não sendo necessário realizar 
lançamento de ofício. 
 
STJ “Homologação, ocorrendo a declaração do contribuinte 
desacompanhada do pagamento no vencimento, não se aguarda o decurso do 
prazo decadencial para o lançamento. A declaração do contribuinte elide a 
necessidade da constituição formal do débito, podendo este ser imediatamente 
inscrito em dívida ativa, tornando-se exigível, independentemente de qualquer 
procedimento administrativo ou de notificação ao contribuinte. REsp 824430 / PR 
RECURSO ESPECIAL 2006/0032343-1 Relator(a) Ministro CASTRO MEIRA (1125) 
Órgão Julgador T2 – SEGUNDA TURMA 
 
Sumula STJ 436: “A entrega de declaração pelo contribuinte, reconhecendo 
o débito fiscal, constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra 
providência por parte do Fisco” 
 
LLAANNÇÇAAMMEENNTTOO DDEE MMUULLTTAASS -- AAUUTTOO DDEE IINNFFRRAAÇÇÃÃOO 
 
Para o caso das infrações, temos o chamado AUTO DE INFRAÇÃO, o qual 
deve ser aplicado nas seguintes hipóteses do art. 149: 
IV – quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer 
elemento definido na legislação tributária como sendo de declaração 
obrigatória (...) 
VI – quando se comprove ação ou omissão do sujeito passivo, ou de 
terceiro legalmente obrigado, que dê lugar à aplicação de penalidade 
pecuniária; 
VII – quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício 
daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação. 
 
 
FACULDADE BRASILEIRA DE TRIBUTAÇÃO – FTB 
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Crédito Tributário e Lançamento Tributário 
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PROCEDIMENTO DE ARBITRAMENTO 
 
 No lançamento de ofício, pode a autoridade usar do procedimento de 
arbitramento, no qual a autoridade lançadora, mediante processo regular, 
arbitrará o valor ou preço, sempre que sejam omissos ou não mereçam fé as 
declarações ou os esclarecimentos prestados, ou os documentos expedidos pelo 
sujeito passivo ou pelo terceiro legalmente obrigado, ressalvada, em caso de 
contestação, avaliação contraditória, administrativa ou judicial (art. 148, CTN). 
 
•Súmula 76 do TFR: “Em tema de imposto de renda, a desclassificação da 
escrita somente se legitima na ausência de elementos concretos que 
permitam a apuração do lucro real da empresa, não a justificando simples 
atraso na escrita.” 
Retificação da declaração pelo sujeito passivo. 
 
A retificação da declaração por iniciativa do próprio declarante, quando 
vise a reduzir ou a excluir tributo, só é admissível mediante comprovação do erro 
em que se funde, e antes de notificado o lançamento. (CTN, art. 147, §1º). 
 
Retificação pela Receita Federal. 
 
Os erros contidos na declaração e apuráveis pelo seu exame serão 
retificados de ofício pela autoridade administrativa a que competir a revisão 
daquela. (CTN, art. 147, §2º). 
 
ALTERABILIDADE DO LANÇAMENTO 
ARTIGO 145 DO CTN 
 
I - impugnação do sujeito passivo, administrativa ou judicial, usando do 
princípio optativo entabulado pela Constituição, art. 5º, XXXIV (direito de 
petição); e XXXV (liberdade de acesso ao judiciário); 
 
II - recurso de ofício – “recurso” é expressão usada para designar a 
possibilidade de recorrer a uma autoridade superior ou funcionalmente 
destacada, pela especialidade, em qualquer fase do procedimento fiscal; 
 
III - Iniciativa de ofício da autoridade administrativa nos casos previstos no 
art. 145 do CTN 
 
Resultado do Processo Administrativo ou Judicial 
Como resultado, ao final do processo, administrativo ou judicial, 
poderemos ter, como conteúdo da decisão: 
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i) a confirmação do lançamento; 
ii) a declaração de nulidade por vício de forma, quando então aplica-se 
novo prazo de decadência, a partir desse momento(art. 173, II); 
iii) declaração de nulidade por ausência de motivo, quando o fato jurídico 
não tenha ocorrido, ou; 
iv) a alterabilidade do lançamento praticado. 
 
ALTERABILIDADE DO LANÇAMENTO 
III - iniciativa de ofício da autoridade administrativa, nos casos previstos no 
artigo 149 – particularmente os casos dos itens VIII, do art. 149 – quando deva ser 
apreciado fato não conhecido ou não provado por ocasião do lançamento 
anterior; e IX, do art. 149 – quando se comprove que, no lançamento anterior, 
ocorreu fraude ou falta funcional da autoridade que o efetuou, ou omissão, pela 
mesma autoridade, de ato ou formalidade essencial. 
 
Revisão do Lançamento por alteração de Critério Jurídico 
 
Art. 146 do CTN“A modificação introduzida, de ofício ou em conseqüência 
de decisão administrativa ou judicial, nos critérios jurídicos adotados pela 
autoridade administrativa no exercício do lançamento somente pode ser 
efetivada, em relação a um mesmo sujeito passivo, quanto a fato gerador ocorrido 
posteriormente à sua introdução.” 
 
Mudança de crédito jurídico: quando a autoridade administrativa 
simplesmente muda de interpretação, substitui uma interpretação por outra, sem 
que se possa dizer que qualquer uma das duas seja incorreta. 
Também há mudança de critério jurídico quando a autoridade 
administrativa, tendo adotado uma entre varias alternativas expressamente 
admitidas pela lei, na feitura do lançamento, depois pretende alterar esse 
lançamento, mediante a escolha de outras das alternativas admitidas e que 
enseja a determinação de um crédito tributário em um valor diverso, 
geralmente mais elevado. 
 
Sumula TFR:“A mudança de critério jurídico adotado pelo fisco não 
autoriza a revisão de lançamento.“ 
 
“Se a autoridade fiscal teve acesso à mercadoria importada, examinando 
sua qualidade, quantidade, marca, modelo e outros atributos, ratificando os 
termos da declaração de importação preenchida pelo contribuinte, não lhe cabe 
ulterior impugnação ou revisão do lançamento por alegação de qualquer 
equívoco. STJ. Resp 1.112.702-SP. Min. Relator Luiz Fux 
 
 
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Crédito Tributário e Lançamento Tributário 
9 
 
RETIFICAÇÃO DE DECLARAÇÃO 
 
Quando o contribuinte tiver de apresentar alguma declaração a respeito do 
crédito tributário (nos casos de tributo sujeito a lançamento por declaração ou 
por homologação) a retificação dessa declaração com o objetivo de reduzir ou 
excluir tributo apenas pode ser realizada antes da notificação do lançamento 
respectivo. 
 
INTERCORRÊNCIAS DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
 
SUSPENSÃO (suspende a exigibilidade do crédito até decisão final a respeito 
da legalidade ou não de sua cobrança) 
 
EXTINÇÃO (extingue a própria obrigação tributária) 
 
EXCLUSÃO (dispensa ou elimina a possibilidade de cobrança do crédito 
tributário ou de penalidade tributária) 
 
Suspensão do Credito Tributário 
 
A expressão suspensão do crédito tributaria tal qual trazida pelo CTN, 
acabou por vezes apresentando uma situação jurídica que se mostrou 
incompatível. Isso se deve ao fato de que o próprio CTN afirma “suspende o crédito 
tributário”, mas na realidade não há suspensão nenhuma do credito tributário, o 
que há sim é a suspensão da exigibilidade do crédito tributário. Melhor 
afirmando, o que ocorre é suspender o direito da autoridade tributária de exigir o 
crédito. Trata-se então, de suspender não o credito, mas sim a exigibilidade do 
crédito tributário. 
 
Efeito da Suspensão da exigibilidade: Impede a inscrição em dívida ativa do 
crédito, e por via de conseqüência a cobrança do crédito eis que o lançamento já 
fora realizado. 
 
MORATÓRIA: considera como sendo a prorrogação do vencimento para 
pagamento, dependendo de lei autorizativa e, obviamente, concordância do 
credor. É o protelamento da data para recolhimento do tributo devido. 
 
DEPÓSITO DO MONTANTE INTEGRAL: funciona como garantia enquanto 
discute e previne contra acréscimos de correção monetária e juros. 
 
RECLAMAÇÕES E RECURSOS ADMINISTRATIVOS: enquanto se discute a 
legalidade do crédito tributário não pode ele ser exigido. 
 
LIMINAR EM MANDADO DE SEGURANÇA: se houve decisão judicial, em 
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Crédito Tributário e Lançamento Tributário 
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caráter liminar, determinando a suspensão da exigibilidade, não pode haver 
cobrança. 
 
LIMINAR ou TUTELA ANTECIPADA EM OUTRAS AÇÕES JUDICIAIS: Ação 
Ordinária, Ação Cautelar. 
 
PARCELAMENTO: o pagamento da obrigação tributária é dilatado de forma 
fracionada e mensal, dependendo de lei autorizativa e, desde que o credor 
concorde. 
 
CAUSAS DE EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
(arts. 156 a 174 do CTN) 
 
PAGAMENTO: forma habitual de extinguir qualquer obrigação. 
 
COMPENSAÇÃO:(encontro de contas, depende de lei. 
 
TRANSAÇÃO: negociação, depende de lei; 
 
REMISSÃO: perdão, depende de lei. 
 
PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA: perda direito de ação e perda do próprio 
direito. 
 
CONVERSÃO DO DEPÓSITO EM RENDA: o depósito converte-se em pagamento. 
 
PAGAMENTO ANTECIPADO E HOMOLOGAÇÃO: concordância com o 
pagamento. 
 
CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO: devedor quer pagar, credor não quer 
receber. 
 
DECISÃO ADMINISTRATIVA IRREFORMÁVEL: trânsito em julgado em processo 
administrativo. 
 
DECISÃO JUDICIAL PASSADA EM JULGADO: trânsito em julgado judicial de 
decisão favorável ao contribuinte, que entende inexigibilidade do tributo. 
 
DAÇÃO EM PAGAMENTO: dar um bem como pagamento, estando restrito a 
bens imóveis. 
 
CAUSAS DE EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
(arts. 175 a 182 do CTN) 
 
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11 
 
Isenção: hipótese de incidência, mas com dispensa de pagamento. 
Anistia: perdão da penalidade, que em matéria tributária é a multa. 
 
Isenções Tributárias 
 
A isenção tributária é o afastamento pela lei da incidência da norma 
jurídica tributária, ou seja, ocorre o fato gerador do tributo, mas no momento em 
que deverá acontecer a incidência da norma tributária, esta incidência é afastada 
pela lei. 
 
Sempre decorre de Lei - art. 97 do CTN. Mesmo quando prevista em 
contrato, também é decorrente de lei, a qual especifica as condições e requisitos 
para sua concessão (Isenção Relativa). 
 
Anistia 
 
É o perdão da penalidade de índole tributária. Isso não quer significar o 
perdão do débito tributário, mas da multa que recai sobre o sujeito passivo 
inadimplente da relação jurídica. 
 
Não é aplicável aos atos qualificados como crimes ou contravenções, 
somente abrangendo as infrações cometidas anteriormente à vigência da lei que 
a concede. 
 
Exclusão da penalidade pecuniária, sem dispensa do pagamento de tributo, 
nem da correção monetária. Ex. Lei 11941/09(Refis IV) 
 
Espécies de Anistia 
 
Caráter geral - quando concedida incondicionalmente. Não há necessidade 
do sujeito passivo requerê-la; 
 
Limitadamente - quando concedida quanto à multa aplicada em conjunto 
com determinado tributo, até determinado montante, ou a determinadas 
regiões territoriais; 
 
Condicionalmente - quando o contribuinte tiver que cumprir determinada 
condição, como pagar o tributo respectivo. 
 
Incondicional - o sujeito não deve preencher qualquer requisito; 
 
Individual - o sujeito deve requerer os benefícios comprometendo-se a 
preencher os requisitos necessários. 
 
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Remissão x Anistia 
 
Remissão = Perdão do Débito Tributário 
Anistia = Perdão da Penalidade 
 
Remissão – Vínculo de natureza tributária 
 
Anistia - Vínculo de índole sancionaria.

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