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FACULDADE BRASILEIRA DE TRIBUTAÇÃO – FTB Graduação Tecnológica em Gestão Financeira, com ênfase na Gestão de Tributos Crédito Tributário e Lançamento Tributário 1 FATO GERADOR E OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA A regra-matriz é a representação de uma norma de conduta que leva o contribuinte a entregar dinheiro ao Estado. O contribuinte só entrega o dinheiro ao Estado se tiver um motivo. Os motivos da entrega estão descritos nos critérios apontados na regra-matriz de incidência. Relação Jurídica Tributaria Para realizar a tributação, recolhendo os tributos devidos pelos contribuintes, o Estado-Fisco precisa percorrer um caminho previamente fixado pelo ordenamento jurídico-tributário. A relação de tributação não é simples relação de poder ou mera manifestação da soberania estatal, é sobretudo, relação jurídica, na medida em que a tributação utiliza o instrumental do direito para sua efetivação. Na realidade o que se têm é uma relação jurídica impositiva tributária. Relação jurídica porque tem origem e é regulada por normas previstas no sistema jurídico. Impositiva em razão a imposição por parte do Estado sobre o contribuinte, resguardados obviamente os direitos deste. Tributária pela razão de estar vinculado a tributo, a uma natureza fiscal. A ausência de um dos elementos da regra-matriz de incidência tributária impede a cobrança do tributo, apesar de muitas vezes o crédito ser constituído. Artigos 113 do CTN - 2 (duas) espécies de obrigação tributária: - obrigação tributária principal - obrigação tributária acessória O CTN apesar de prever duas espécies de obrigação tributaria, como visto acima, na realidade define 4 espécies de obrigações tributária sendo: � 2 (duas) relativas à licitude; � 2 (duas) oriundas da ilicitude(descumprimento das obrigações lícitas). FACULDADE BRASILEIRA DE TRIBUTAÇÃO – FTB Graduação Tecnológica em Gestão Financeira, com ênfase na Gestão de Tributos Crédito Tributário e Lançamento Tributário 2 A Regra-matriz de incidência é considerada a norma jurídica “stricto sensu”. As demais normas (deveres instrumentais e normas decorrentes do descumprimento de obrigação principal e acessória relativas à arrecadação e fiscalização de tributos) são as chamadas normas jurídicas “lato sensu”. Assim considerando, os chamados deveres instrumentais, são também normas jurídicas tributárias mas em sentido lato. CRÉDITO TRIBUTÁRIO (arts. 139 a 141 do CTN) DEFINIÇÃO: Constitui a prestação que o Sujeito Ativo (Fazenda Pública) poder exigir do Sujeito Passivo (Contribuinte ou o Responsável) em razão da obrigação tributária principal. Decorre da Obrigação Tributária e tem a mesma natureza desta. Extinção,Suspensão e Modificação: Após a constituição regular somente podem ocorrer alterações lato sensu no CT nas situações prescritas em lei, pois em caso contrário resultará na responsabilidade fucncional Crédito tributário: qualifica o direito subjetivo, de que é portador o sujeito ativo da relação jurídica obrigacional, relativo à prestação de um tributo, que se apresenta como objeto da obrigação. O crédito surge com a ocorrência do fato jurídico tributário tributário, que depende da formalização (ser vertido em linguagem competente) para obter os efeitos de exigibilidade. fica sujeito ao ato de aplicação do direito definido como ato administrativo de “lançamento tributário”. LLAANNÇÇAAMMEENNTTOO TTRRIIBBUUTTÁÁRRIIOO É o ato de aplicação do direito que dá origem ao fato jurídico tributário. É a norma individual e concreta que formaliza em linguagem competente um fato ocorrido no mundo social, que está descrito no antecedente de uma norma geral e abstrata de instituição de um tributo, dando origem ao fato jurídico tributário. CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO (arts. 142 a 146 do CTN) FACULDADE BRASILEIRA DE TRIBUTAÇÃO – FTB Graduação Tecnológica em Gestão Financeira, com ênfase na Gestão de Tributos Crédito Tributário e Lançamento Tributário 3 LANÇAMENTO É o instrumento pelo qual a Fazenda Pública pretende a constituição do crédito tributário. É também utilizada a expressão “Auto de Infração” ou “NFLD” (Notificação Fiscal de Lançamento de Débito). Materializações do Lançamento Lançamento Tributário como Procedimento Administrativo (art.142): • Verifica a Ocorrência do FT • Delimita a matéria tributável • Calcula o montante do tributo devido • Identifica o SP • Caso seja, propõe a sanção cabível AAttoo ddee LLaannççaammeennttoo:: ddeeccllaarraattóórriioo oouu ccoonnssttiittuuttiivvoo?? Nos termos do artigo 144 do CTN, seria declaratório, seguindo as posições de Amilcar Falcão e Geraldo Ataliba No entanto, dado que o fato jurídico tributário - fato gerador - só nasce, só é exigível, a partir do lançamento tributário, é um ato constitutivo. O Lançamento constitui o fato jurídico tributário, o crédito tributário e dá origem ao nascimento da obrigação tributária e da relação jurídica tributária. O entendimento é pela eficácia constitutiva. MODALIDADES DE LANÇAMENTO (arts. 147 a 150 do CTN) São três as modalidades de lançamento tributário, diferenciando pela carga de atividade praticada pelo contribuinte. DE OFÍCIO (quando a iniciativa é toda da Fazenda Pública). Ex. IPTU. POR DECLARAÇÃO (quando o Sujeito Passivo presta previamente alguma informação necessária para a Fazenda Pública fazer a cobrança). Ex. ITR POR HOMOLOGAÇÃO (quando o Sujeito Passivo identifica todos os elementos do tributo e antecipa o pagamento, restando à Fazenda Pública homologar ou não o procedimento, podendo esta homologação ser EXPRESSA ou TÁCITA). Ex.ICMS FACULDADE BRASILEIRA DE TRIBUTAÇÃO – FTB Graduação Tecnológica em Gestão Financeira, com ênfase na Gestão de Tributos Crédito Tributário e Lançamento Tributário 4 LLAANNÇÇAAMMEENNTTOO DDEE OOFFÍÍCCIIOO ARTIGO 149 DO CTN – Hipóteses - DDIIRREETTOO I - quando a lei deterinar que o procedimento de lançamento será feito diretamente pela Administração Pública; - SSUUPPLLEETTIIVVOO ÀÀ DDEECCLLAARRAAÇÇÃÃOO:: II - quando a declaração não seja prestada, por quem de direito, no prazo e na forma da legislação tributária; e III - quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado declaração nos termos do inciso anterior, deixe de atender pedido de esclarecimento da autoridade administrativa SSUUPPLLEETTIIVVAAMMEENNTTEE AAOO ““AAUUTTOOLLAANNÇÇAAMMEENNTTOO: V - quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte da pessoa legalmente obrigada, no exercício da atividade a que se refere o artigo seguinte. De forma supletiva ao lançamento por homologação, quando se verifique a ausência do cumprimento dos atos previstos em lei por parte do contribuinte. O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa nos seguintes casos (CTN, art. 149): 1. Quando a lei assim o determine; 2. Quando a declaração não seja prestada, por quem de direito, no prazo e na forma da legislação tributária; 3. Quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado declaração, deixe de atender, no prazo e na forma da legislação tributária, a pedido de esclarecimento formulado pela autoridade administrativa, recuse-se a prestá-lo ou não o preste satisfatoriamente, a juízo daquela autoridade; 4. Quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer elemento definido na legislação tributária como sendo de declaração obrigatória. 5. Quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte da pessoa legalmente obrigada, no lançamento por homologação; 6. Quando se comprove ação ou omissão do sujeito passivo, ou deterceiro legalmente obrigado, que dê lugar à aplicação de penalidade pecuniária. 7. Quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação. 8. Quando deva ser apreciado fato não conhecido ou não provado por ocasião do lançamento anterior. 9. Quando se comprove que, no lançamento anterior, ocorreu fraude ou falta funcional da autoridade que o efetuou, ou omissão, pela mesma autoridade, de ato ou formalidade essencial. FACULDADE BRASILEIRA DE TRIBUTAÇÃO – FTB Graduação Tecnológica em Gestão Financeira, com ênfase na Gestão de Tributos Crédito Tributário e Lançamento Tributário 5 LLAANNÇÇAAMMEENNTTOO PPOORR DDEECCLLAARRAAÇÇÃÃOO ARTIGO 147 DO CTN aquele emitido com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro, quando um ou outro, na forma da legislação tributária, presta à autoridade administrativa informações sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação (art. 147, do CTN). O lançamento é efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro, quando um ou outro, na forma da legislação tributária, presta à autoridade administrativa informações sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação. (CTN, art. 147). LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO ARTIGO 150 DO CTN Ocorre com os tributos em que a lei atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, ficando sujeito a controle por parte da autoridade administrativa, mediante o ato de homologação. A homologação pode ser expressa ou tácita - § 4º do art. 150 - Se a lei não fixar prazo à homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação. A homologação é um ato jurídico administrativo de natureza confirmatória, em que o agente público, verificado o exato implemento das prestações tributárias de determinado contribuinte, declara, de modo expresso, que obrigações houve, mas que se encontram devidamente quitadas até aquela data, na estrita consonância dos termos da lei. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa. (CTN, art. 150). Características: 1. O pagamento antecipado pelo obrigado extingue o crédito, sob condição resolutória da ulterior homologação ao lançamento. FACULDADE BRASILEIRA DE TRIBUTAÇÃO – FTB Graduação Tecnológica em Gestão Financeira, com ênfase na Gestão de Tributos Crédito Tributário e Lançamento Tributário 6 2. Não influem sobre a obrigação tributária quaisquer atos anteriores à homologação, praticados pelo sujeito passivo ou por terceiro, visando à extinção total ou parcial do crédito. Serão, porém, considerados na apuração do saldo porventura devido e, sendo o caso, na imposição de penalidade, ou sua graduação. 3. Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação. (CTN, art. 150, §4º). Se o contribuinte apresentar a declaração, no tributo sujeito a lançamento por homologação, mas não realizar o respectivo pagamento, a declaração, por si só, já constitui o crédito tributário e será diretamente inscrita na dívida ativa para possibilitar o ajuizamento da execução fiscal, não sendo necessário realizar lançamento de ofício. STJ “Homologação, ocorrendo a declaração do contribuinte desacompanhada do pagamento no vencimento, não se aguarda o decurso do prazo decadencial para o lançamento. A declaração do contribuinte elide a necessidade da constituição formal do débito, podendo este ser imediatamente inscrito em dívida ativa, tornando-se exigível, independentemente de qualquer procedimento administrativo ou de notificação ao contribuinte. REsp 824430 / PR RECURSO ESPECIAL 2006/0032343-1 Relator(a) Ministro CASTRO MEIRA (1125) Órgão Julgador T2 – SEGUNDA TURMA Sumula STJ 436: “A entrega de declaração pelo contribuinte, reconhecendo o débito fiscal, constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do Fisco” LLAANNÇÇAAMMEENNTTOO DDEE MMUULLTTAASS -- AAUUTTOO DDEE IINNFFRRAAÇÇÃÃOO Para o caso das infrações, temos o chamado AUTO DE INFRAÇÃO, o qual deve ser aplicado nas seguintes hipóteses do art. 149: IV – quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer elemento definido na legislação tributária como sendo de declaração obrigatória (...) VI – quando se comprove ação ou omissão do sujeito passivo, ou de terceiro legalmente obrigado, que dê lugar à aplicação de penalidade pecuniária; VII – quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação. FACULDADE BRASILEIRA DE TRIBUTAÇÃO – FTB Graduação Tecnológica em Gestão Financeira, com ênfase na Gestão de Tributos Crédito Tributário e Lançamento Tributário 7 PROCEDIMENTO DE ARBITRAMENTO No lançamento de ofício, pode a autoridade usar do procedimento de arbitramento, no qual a autoridade lançadora, mediante processo regular, arbitrará o valor ou preço, sempre que sejam omissos ou não mereçam fé as declarações ou os esclarecimentos prestados, ou os documentos expedidos pelo sujeito passivo ou pelo terceiro legalmente obrigado, ressalvada, em caso de contestação, avaliação contraditória, administrativa ou judicial (art. 148, CTN). •Súmula 76 do TFR: “Em tema de imposto de renda, a desclassificação da escrita somente se legitima na ausência de elementos concretos que permitam a apuração do lucro real da empresa, não a justificando simples atraso na escrita.” Retificação da declaração pelo sujeito passivo. A retificação da declaração por iniciativa do próprio declarante, quando vise a reduzir ou a excluir tributo, só é admissível mediante comprovação do erro em que se funde, e antes de notificado o lançamento. (CTN, art. 147, §1º). Retificação pela Receita Federal. Os erros contidos na declaração e apuráveis pelo seu exame serão retificados de ofício pela autoridade administrativa a que competir a revisão daquela. (CTN, art. 147, §2º). ALTERABILIDADE DO LANÇAMENTO ARTIGO 145 DO CTN I - impugnação do sujeito passivo, administrativa ou judicial, usando do princípio optativo entabulado pela Constituição, art. 5º, XXXIV (direito de petição); e XXXV (liberdade de acesso ao judiciário); II - recurso de ofício – “recurso” é expressão usada para designar a possibilidade de recorrer a uma autoridade superior ou funcionalmente destacada, pela especialidade, em qualquer fase do procedimento fiscal; III - Iniciativa de ofício da autoridade administrativa nos casos previstos no art. 145 do CTN Resultado do Processo Administrativo ou Judicial Como resultado, ao final do processo, administrativo ou judicial, poderemos ter, como conteúdo da decisão: FACULDADE BRASILEIRA DE TRIBUTAÇÃO – FTB Graduação Tecnológica em Gestão Financeira, com ênfase na Gestão de Tributos Crédito Tributário e Lançamento Tributário 8 i) a confirmação do lançamento; ii) a declaração de nulidade por vício de forma, quando então aplica-se novo prazo de decadência, a partir desse momento(art. 173, II); iii) declaração de nulidade por ausência de motivo, quando o fato jurídico não tenha ocorrido, ou; iv) a alterabilidade do lançamento praticado. ALTERABILIDADE DO LANÇAMENTO III - iniciativa de ofício da autoridade administrativa, nos casos previstos no artigo 149 – particularmente os casos dos itens VIII, do art. 149 – quando deva ser apreciado fato não conhecido ou não provado por ocasião do lançamento anterior; e IX, do art. 149 – quando se comprove que, no lançamento anterior, ocorreu fraude ou falta funcional da autoridade que o efetuou, ou omissão, pela mesma autoridade, de ato ou formalidade essencial. Revisão do Lançamento por alteração de Critério Jurídico Art. 146 do CTN“A modificação introduzida, de ofício ou em conseqüência de decisão administrativa ou judicial, nos critérios jurídicos adotados pela autoridade administrativa no exercício do lançamento somente pode ser efetivada, em relação a um mesmo sujeito passivo, quanto a fato gerador ocorrido posteriormente à sua introdução.” Mudança de crédito jurídico: quando a autoridade administrativa simplesmente muda de interpretação, substitui uma interpretação por outra, sem que se possa dizer que qualquer uma das duas seja incorreta. Também há mudança de critério jurídico quando a autoridade administrativa, tendo adotado uma entre varias alternativas expressamente admitidas pela lei, na feitura do lançamento, depois pretende alterar esse lançamento, mediante a escolha de outras das alternativas admitidas e que enseja a determinação de um crédito tributário em um valor diverso, geralmente mais elevado. Sumula TFR:“A mudança de critério jurídico adotado pelo fisco não autoriza a revisão de lançamento.“ “Se a autoridade fiscal teve acesso à mercadoria importada, examinando sua qualidade, quantidade, marca, modelo e outros atributos, ratificando os termos da declaração de importação preenchida pelo contribuinte, não lhe cabe ulterior impugnação ou revisão do lançamento por alegação de qualquer equívoco. STJ. Resp 1.112.702-SP. Min. Relator Luiz Fux FACULDADE BRASILEIRA DE TRIBUTAÇÃO – FTB Graduação Tecnológica em Gestão Financeira, com ênfase na Gestão de Tributos Crédito Tributário e Lançamento Tributário 9 RETIFICAÇÃO DE DECLARAÇÃO Quando o contribuinte tiver de apresentar alguma declaração a respeito do crédito tributário (nos casos de tributo sujeito a lançamento por declaração ou por homologação) a retificação dessa declaração com o objetivo de reduzir ou excluir tributo apenas pode ser realizada antes da notificação do lançamento respectivo. INTERCORRÊNCIAS DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO SUSPENSÃO (suspende a exigibilidade do crédito até decisão final a respeito da legalidade ou não de sua cobrança) EXTINÇÃO (extingue a própria obrigação tributária) EXCLUSÃO (dispensa ou elimina a possibilidade de cobrança do crédito tributário ou de penalidade tributária) Suspensão do Credito Tributário A expressão suspensão do crédito tributaria tal qual trazida pelo CTN, acabou por vezes apresentando uma situação jurídica que se mostrou incompatível. Isso se deve ao fato de que o próprio CTN afirma “suspende o crédito tributário”, mas na realidade não há suspensão nenhuma do credito tributário, o que há sim é a suspensão da exigibilidade do crédito tributário. Melhor afirmando, o que ocorre é suspender o direito da autoridade tributária de exigir o crédito. Trata-se então, de suspender não o credito, mas sim a exigibilidade do crédito tributário. Efeito da Suspensão da exigibilidade: Impede a inscrição em dívida ativa do crédito, e por via de conseqüência a cobrança do crédito eis que o lançamento já fora realizado. MORATÓRIA: considera como sendo a prorrogação do vencimento para pagamento, dependendo de lei autorizativa e, obviamente, concordância do credor. É o protelamento da data para recolhimento do tributo devido. DEPÓSITO DO MONTANTE INTEGRAL: funciona como garantia enquanto discute e previne contra acréscimos de correção monetária e juros. RECLAMAÇÕES E RECURSOS ADMINISTRATIVOS: enquanto se discute a legalidade do crédito tributário não pode ele ser exigido. LIMINAR EM MANDADO DE SEGURANÇA: se houve decisão judicial, em FACULDADE BRASILEIRA DE TRIBUTAÇÃO – FTB Graduação Tecnológica em Gestão Financeira, com ênfase na Gestão de Tributos Crédito Tributário e Lançamento Tributário 10 caráter liminar, determinando a suspensão da exigibilidade, não pode haver cobrança. LIMINAR ou TUTELA ANTECIPADA EM OUTRAS AÇÕES JUDICIAIS: Ação Ordinária, Ação Cautelar. PARCELAMENTO: o pagamento da obrigação tributária é dilatado de forma fracionada e mensal, dependendo de lei autorizativa e, desde que o credor concorde. CAUSAS DE EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO (arts. 156 a 174 do CTN) PAGAMENTO: forma habitual de extinguir qualquer obrigação. COMPENSAÇÃO:(encontro de contas, depende de lei. TRANSAÇÃO: negociação, depende de lei; REMISSÃO: perdão, depende de lei. PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA: perda direito de ação e perda do próprio direito. CONVERSÃO DO DEPÓSITO EM RENDA: o depósito converte-se em pagamento. PAGAMENTO ANTECIPADO E HOMOLOGAÇÃO: concordância com o pagamento. CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO: devedor quer pagar, credor não quer receber. DECISÃO ADMINISTRATIVA IRREFORMÁVEL: trânsito em julgado em processo administrativo. DECISÃO JUDICIAL PASSADA EM JULGADO: trânsito em julgado judicial de decisão favorável ao contribuinte, que entende inexigibilidade do tributo. DAÇÃO EM PAGAMENTO: dar um bem como pagamento, estando restrito a bens imóveis. CAUSAS DE EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO (arts. 175 a 182 do CTN) FACULDADE BRASILEIRA DE TRIBUTAÇÃO – FTB Graduação Tecnológica em Gestão Financeira, com ênfase na Gestão de Tributos Crédito Tributário e Lançamento Tributário 11 Isenção: hipótese de incidência, mas com dispensa de pagamento. Anistia: perdão da penalidade, que em matéria tributária é a multa. Isenções Tributárias A isenção tributária é o afastamento pela lei da incidência da norma jurídica tributária, ou seja, ocorre o fato gerador do tributo, mas no momento em que deverá acontecer a incidência da norma tributária, esta incidência é afastada pela lei. Sempre decorre de Lei - art. 97 do CTN. Mesmo quando prevista em contrato, também é decorrente de lei, a qual especifica as condições e requisitos para sua concessão (Isenção Relativa). Anistia É o perdão da penalidade de índole tributária. Isso não quer significar o perdão do débito tributário, mas da multa que recai sobre o sujeito passivo inadimplente da relação jurídica. Não é aplicável aos atos qualificados como crimes ou contravenções, somente abrangendo as infrações cometidas anteriormente à vigência da lei que a concede. Exclusão da penalidade pecuniária, sem dispensa do pagamento de tributo, nem da correção monetária. Ex. Lei 11941/09(Refis IV) Espécies de Anistia Caráter geral - quando concedida incondicionalmente. Não há necessidade do sujeito passivo requerê-la; Limitadamente - quando concedida quanto à multa aplicada em conjunto com determinado tributo, até determinado montante, ou a determinadas regiões territoriais; Condicionalmente - quando o contribuinte tiver que cumprir determinada condição, como pagar o tributo respectivo. Incondicional - o sujeito não deve preencher qualquer requisito; Individual - o sujeito deve requerer os benefícios comprometendo-se a preencher os requisitos necessários. FACULDADE BRASILEIRA DE TRIBUTAÇÃO – FTB Graduação Tecnológica em Gestão Financeira, com ênfase na Gestão de Tributos CréditoTributário e Lançamento Tributário 12 Remissão x Anistia Remissão = Perdão do Débito Tributário Anistia = Perdão da Penalidade Remissão – Vínculo de natureza tributária Anistia - Vínculo de índole sancionaria.
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