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Tributos sobre o Patrimônio

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1 
 
 
IPTU – Imposto sobre Propriedade Territorial Urbana 
 
Características do IPTU 
 
Tributo local 
•Onera os proprietários de imóveis localizados na área urbana da cidade. 
•Base de cálculo: valor venal do imóvel = valor de mercado 
•Alíquota prevista em lei. Aplica-se a alíquota ao valor venal do imóvel. 
•As alíquotas podem ser diferenciadas conforme o tipo de imóvel: residencial, 
comercial, industrial e terreno. 
 
O IPTU é geralmente cobrado por meio de LANÇAMENTO DE OFÍCIO que 
tem alto custo administrativo e financeiro 
 
O proprietário nem sempre reside no imóvel exigindo investimento em várias 
notificações de alto custo 
 
O único imóvel onde reside o proprietário é muito mais onerado que vários 
imóveis de um mesmo proprietário. 
 
A capacidade contributiva nem sempre é respeitada quando não há capacidade 
econômica 
 
No Brasil a base de cálculo do IPTU considera o terreno e a construção. 
 
Em alguns locais da Austrália e da Nova Zelândia a base de cálculo do imposto 
imobiliário é apenas o valor do terreno, desconsiderando-se a construção 
 
Com essa regra e mediante a aplicação de uma alíquota alta, o proprietário do 
imóvel tem forte estímulo a edificá-lo e a dar o melhor uso possível ao terreno no curto 
prazo. 
 
PECULIARIDADES 
 
No Brasil é rara a cobrança de IPTU de imóveis não regularizados. Na América 
Latina o preço médio do solo urbano regularizado e urbanizado é mais caro que o de países 
desenvolvidos, que apresentam elevada renda per capita, e Isso se deve a baixa taxação 
imobiliária dos países da região e a elevada informalidade. 
 
 
2 
 
Quanto mais elevada a tributação da propriedade imobiliária, menor será o 
preço dos imóveis para venda. 
 
Os assentamentos irregulares valorizam os assentamentos formais. 
 
O valor de mercado dos imóveis se altera quando há expectativa de 
regularização. 
 
Todo tributo incide sobre uma riqueza. O imóvel é uma riqueza mensurável. O 
IPTU é um tributo onde o sujeito passivo é facilmente identificável. 
 
O valor venal que constitui a base de cálculo do IPTU é facilmente apurado 
 
É possível respeitar a capacidade contributiva com leis de isenção e redução de 
base cálculo. O alto custo do lançamento de ofício pode ser diluído na eficiência da 
cobrança ou até substituído pelo lançamento por homologação. 
 
A cobrança do crédito tributário ou da dívida ativa pode ocorrer por meio de 
conciliações administrativas ou judiciais. 
 
Compete ao Município instituir impostos sobre (art. 156 CF) 
 
Art. 156 - Compete aos Municípios instituir impostos sobre: 
 I - propriedade predial e territorial urbana; 
 II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens 
imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de 
garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição; 
 III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, 
definidos em lei complementar. 
 
FATO GERADOR 
 
O fato gerador do IPTU é a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem 
imóvel por natureza ou por acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona 
urbana do Município (art. 32 CTN). 
 
Isenção art. 70 LC 7/73 
Zona Urbana 
 
CTN - Art. 32. O imposto, de competência dos Municípios, sobre a propriedade 
predial e territorial urbana tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a 
posse de bem imóvel por natureza ou por acessão física, como definido na lei civil, 
localizado na zona urbana do Município. § 1º Para os efeitos deste imposto, entende-se 
como zona urbana a definida em lei municipal; observado o requisito mínimo da existência 
de melhoramentos indicados em pelo menos 2 (dois) dos incisos seguintes, construídos ou 
 
3 
 
mantidos pelo Poder Público: 
 
 
Zona Urbana 
 
I - meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais; 
II - abastecimento de água; 
III - sistema de esgotos sanitários; 
IV - rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição 
domiciliar; 
V - escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 (três) 
quilômetros do imóvel considerado. 
 
Zona Urbana 
 
§ 2º A lei municipal pode considerar urbanas as áreas urbanizáveis, ou de 
expansão urbana, constantes de loteamentos aprovados pelos órgãos competentes, 
destinados à habitação, à indústria ou ao comércio, mesmo que localizados fora das zonas 
definidas nos termos do parágrafo anterior. 
 
No Código Civil 
 
Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou 
artificialmente. 
 
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: 
I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram; 
II - o direito à sucessão aberta. 
 
Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: 
I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem 
removidas para outro local; 
II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se 
reempregarem. 
Art. 1.248. A acessão pode dar-se: 
I - por formação de ilhas; 
II - por aluvião; 
III - por avulsão; 
IV - por abandono de álveo; 
V - por plantações ou construções. 
 
BASE DE CÁLCULO 
 
É o valor venal do imóvel (ou seja, o valor total de venda), pois o IPTU incide 
sobre imóveis por natureza ou acessão física (art. 33 CTN). 
 
4 
 
 
Valor Venal: Não se considera o valor dos bens móveis mantidos, em caráter 
permanente ou temporário. 
 
O valor venal do imóvel resultará dos seguintes elementos: 
1. na avaliação do terreno, o preço do metro quadrado referente 
a cada face do quarteirão, a área do terreno e suas características 
peculiares; 
2. na avaliação da construção, o preço do metro quadrado de cada tipo, a 
idade e a área 
3. soma do valor do terreno ou da parte ideal deste, com o valor da 
construção e dependências. 
 
CONTRIBUINTE 
 
1. proprietário do imóvel; 
2. titular do seu domínio útil (enfiteuta ou foreiro); 
3. seu possuidor a qualquer título 
 
Responsabilidade: 
Art. 131, I do CTN: o adquirente responde pelos tributos sobre o imóvel. 
 
Interpretação do STJ: Responsabilidade solidária. 
“ 1. Segundo o art. 34 do CTN, consideram-se contribuintes do IPTU o 
proprietário do imóvel, o titular do seu domínio útil ou o seu possuidor a 
qualquer título. 
2. A jurisprudência desta Corte Superior é no sentido de que tanto o 
promitente comprador (possuidor a qualquer título) do imóvel quanto seu 
proprietário/promitente vendedor (aquele que tem a propriedade registrada 
no Registro de Imóveis) são contribuintes responsáveis pelo pagamento do 
IPTU.”(RESP 1111202/SP, REL. MINISTRO MAURO CAMPBELL 
MARQUES, PRIMEIRA SEÇÃO, JULGADO EM 10/06/2009, DJE 
18/06/2009) 
 
ALIQUOTAS 
 
As alíquotas podem ser progressivas, seletivas ou proporcionais. 
 
1- PROGRESSIVAS EM FUNÇÃO DO VALOR VENAL DO IMÓVEL 
 
 art. 156, §1º, inciso I da CF/88 – LC nº 40/01 – art. 39 
 
2- SELETIVAS - ALÍQUOTAS DIFERENCIADAS DE ACORDO COM A 
LOCALIZAÇÃO E O USO DO IMÓVEL 
 
 
5 
 
art.156, §1º, inciso II da CF/88 – LC nº 40/01 – art. 39 
 
3- PROPORCIONAIS- ALÍQUOTAS PROGRESSIVAS NO TEMPO 
art. 182, §4º, inciso II da CF/88. 
 
Atualmente, as alíquotas aplicadas são as seguintes: 
 – imóveis residenciais: 0,85% 
 – imóveis não-residenciais: 1,10% 
 – terrenos: varia de 1,50% a 6,00% 
 – terrenos com projeto arquitetônico de imóvel residencial aprovado pela 
PMPA: 0,95% 
 – terrenos com projeto arquitetônico de imóvel não residencial aprovado 
pela PMPA: 1,20% 
 – imóveis utilizados na produção agrícola: 0,03% 
 
Lançamento 
 
Lançado anualmente, tendo por base a situação do imóvel no exercício 
imediatamente anterior.O exercício financeiro tem início em 1º de janeiro. A partir dessa data o IPTU 
já é exigível 
 
As alterações na lei após 1º de janeiro devem ser efetivadas a partir do próximo 
exercício. 
 
Inscrição Cadastral 
 
O prédio e o terreno estão sujeitos à inscrição na Secretaria Municipal da 
Fazenda, ainda que ao abrigo de imunidade, de não incidência ou mesmo que beneficiados 
por isenção. 
 
A eficiência na cobrança do IPTU depende da: 
 
1- ATUALIZAÇÃO DA PLANTA GENÉRICA DE VALORES 
2- COBERTURA CADASTRAL 
3- AVALIAÇÕES IMOBILIÁRIAS 
 
É possível cobrar alíquotas maiores de terrenos não edificados 
 
É possível que obras públicas causem valorização imobiliária (mais valia) 
 
Os recursos utilizados em programas habitacionais e urbanismo também 
valorizam os imóveis urbanos 
 
 
6 
 
PROPRIEDADE + FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE 
 
Alteração conceitual do regime tradicional de propriedade - conceito dinâmico 
 
IPTU COMO INSTRUMENTO DE TRANSFORMAÇÃO SOCIAL DO 
ESTADO através de alíquotas progressivas com finalidade preponderantemente fiscal e 
extrafiscal 
 
Princípios Constitucionais norteadores do IPTU 
 
Princípio da Igualdade Material 
•Deve-se tributar desigualmente os desiguais na medida de suas desigualdades 
•(Aristóteles, Rui Barbosa, Duguit, Habermas) 
•Igualdade tributária = Atendimento ao Princípio da Capacidade Contributiva 
•IPTU - aplicação obrigatória da Igualdade e do Princípio da Capacidade 
Contributiva - possibilidade de instituição de alíquotas progressivas 
 
 
Princípio da Capacidade Contributiva 
•Objetiva ou Absoluta - signo presuntivo de riqueza 
•Subjetiva ou Relativa - manifesta-se na Relação Jurídica Tributária - visa a 
correta distribuição da carga tributária por meio de uma BC e de Alíquotas que realizem a 
igualdade 
 
A Relação Jurídica Tributária se origina de um fato jurídico, um laço pessoal e 
não um vínculo entre pessoas e coisas - a classificação econômica de tributos reais e pessoais 
está superada. 
 
O Estado Social Democrático de Direito exige a personalização dos impostos 
 
 
Princípio da Vedação de Tributo com Efeito Confiscatório 
–A propriedade não pode ser ameaçada 
–Deve ser preservada 
–Ter garantida a sua utilização e aproveitamento 
 
 
Princípio da Progressividade 
– Assegura a capacidade contributiva 
– A realização da igualdade e da República 
– Atende aos objetivos do Estado Brasileiro 
– Justiça 
– Liberdade 
 
7 
 
– Solidariedade 
– Erradicação da Pobreza 
– Redução das Desigualdades Sociais 
 
Progressividade Fiscal do IPTU - art. 156, § 1º 
 
ENTENDIMENTO DO STF: RE 153.771-0 – MG – relator para Ac. Moreira 
Alves. Relator vencido – Min Carlos Velloso – Publicado na Revista Trimestral de 
Jurisprudência v. 162, p. 726-759. 
 
IPTU – Imposto Real – não se aplica o princípio da capacidade contributiva ao 
IPTU – não sendo admitida a Progressividade Fiscal. 
 
Somente é possível a progressividade extrafiscal – Art. 182, § 4º, II. 
 
Negou-se a progressividade constante do art. 156, § 1º (redação anterior à EC 
29/00 - “§1º O imposto previsto no inciso I poderá ser progressivo, nos termos de lei 
municipal,de forma a assegurar o cumprimento da função social da propriedade”). 
 
Progressividade Fiscal do IPTU - art. 156, § 1º 
 
Emenda Constitucional nº 29 de 09/2000 – (art. 156, § 1º, incisos i e ii) 
 
Normas anteriores à EC 29/00– Celso Antônio Bandeira de MELLO – a 
Emenda não constitucionaliza normas inconstitucionais anteriores. 
 
TRF 4ª Região – entende possível a convalidação de lei originalmente 
inconstitucional – AI nº 1999.04.01.049258-2 – RS – DJ 27.10.99, p. 669). 
 
ITBI – Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis 
Surgiu em 1809 como SISA. 
Em 1891 tornou-se matéria constitucional 
Constituição de 1938 fez uma divisão 
Em 1961 passa a ser de competência dos municípios 
Em 1965 junta ao ITBI e ao ICMD 
Em 1988 traz a redação vigente hoje 
 
HIPOTESE DE INCIDÊNCIA 
 
O ITBI, tem sua fonte na Constituição, no art. 156, inciso II. 
 
Compete aos Municípios instituir impostos sobre: II - transmissão inter vivos, a 
qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de 
 
8 
 
direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua 
aquisição; 
 
A Lei Complementar é o Código Tributário Nacional (Lei 5.172, de 25.10.66), 
que regula este tributo em seus artigos 35 a 42 
 
Em termos de legislação ordinária., o ITBI, sendo da competência dos 
Municípios, tem legislação própria para cada um deles. 
 
FATO GERADOR 
 
É transmissão, por ato oneroso, de bens imóveis, excluindo-se a sucessão 
(causa mortis), é definido, com maior amplitude, no artigo 35 do CTN, nos 
seguintes termos: 
I - a transmissão, a qualquer título, da propriedade ou do domínio útil de bens 
imóveis, como definidos na lei civil; 
II - a transmissão, a qualquer título, de direitos reais sobre imóveis, exceto os 
direitos reais de garantia; 
III - a cessão de direitos relativos às transmissões referidas nos incisos 
anteriores. 
 
Casos de interesse: 
 
Na divisão de patrimônio na separação judicial 
 
Em caso de separação se o patrimônio for dividido na metade, não incide o 
imposto, pois não houve a transmissão da propriedade, mas tão somente partilha de bens 
que já pertenciam aos cônjuges. Porém, se uma das partes, ficar com uma parte do 
patrimônio imobiliário que corresponda a mais da metade, o ITBI incide sobre a respectiva 
diferença, como se tivesse havido uma transferência da propriedade. 
 
É constitucional a cobrança do ITBI para casos de usucapião? 
 
Não, porque no usucapião não há transmissão de bens, e sim aquisição 
originária, em correspondência com o direito que se perde. Indevido, portanto, o ITBI 
 
Aspecto temporal da hipótese de incidência. 
 
O momento em que o poder público passa a ter direito ao ITBI, onde surge a 
obrigação tributaria, é a ocasião da lavratura da escritura definitiva de compra e venda do 
imóvel. 
 
Aspecto espacial: local da ocorrência 
 
Sendo o imposto da competência dos municípios, o local da ocorrência do fato 
 
9 
 
gerador é o do município onde se localiza o imóvel objeto de transmissão, ou ao qual está 
ligada a cessão de direitos, independente do local onde foi lavrado à escritura 
Não há distinção entre zona urbana e rural, valendo, pois, para todo e qualquer 
imóvel. 
C.T.N art. 41, "o imposto compete ao Estado da situação do imóvel transmitido, 
ou sobre que versarem os direitos cedidos (...)". 
 
Aspecto pessoal da hipótese de incidência 
 
Sujeito ativo 
 A competência tributária para a instituição do ITBI pertence aos Municípios 
 
Sujeito passivo 
 O art. 42 do CTN deixou a critério de cada entidade política a eleição do 
contribuinte, que poderá ser qualquer uma das partes na operação tributada 
Sujeição passiva indireta 
 Responsabilidade solidária pelo cumprimento da obrigação tributária ... 
 
CONTRIBUINTE X RESPONSAVEL 
 
Contribuinte do imposto é qualquer das partes na operação tributada. 
 
Cessões de direitos: o cedente; 
 
Permuta, cada um dos permutantes em relação ao imóvel ou ao direito 
adquirido; 
 
Nas demais transmissões, o adquirente do imóvel ou direito transmitido. 
 
Se o adquirente não pagar o ITBI, poderá ser cobrado o imposto (respondem 
solidariamente): 
- Quem transmite o imóvel (vendedor); 
- do cedente (vendedor, na cessão) 
- dos oficiais do Cartório, se tiver havido irregularidade ao ser lavrada 
 
BASE DE CÁLCULO 
 
A base de cálculo do ITBI é o valor venal dos bens ou direitos transmitidos. 
(CTN, art. 38 e LC 197/89, art. 11°). 
 
Valor venal é "o valor de venda ou seja o valor demercado. 
 
A Base de cálculo do ITBI e do IPTU devem ser idênticas, como prescreve o 
Código Tributário Nacional, em seus artigos 33 e 38, porém como o valor venal do IPTU 
costuma estar (quase) sempre desatualizado e, portanto, defasado, o contribuinte acaba 
 
10 
 
pagando o ITBI calculado sobre um valor diferente de “valor venal” ao qual incide o IPTU. 
 
Na realidade o valor venal é constituído pelo resultado da estimativa fiscal 
efetuada pelo Agente Fiscal da Receita Municipal. 
 
Estimativa Fiscal 
 
Recurso Discordando da estimativa fiscal: contribuinte poderá solicitar, até a 
data de validade daquela estimativa, reclamação à Fiscalização da Receita Municipal, que 
procederá a uma reestimativa fiscal. art. 29) 
 
Pode o contribuinte juntar laudo de avaliação elaborado por profissional 
habilitado. 
 
ALÍQUOTA DO ITBI 
 
Regra: Alíquota de 3% ( art.16 LC 197/89). 
 
Grande parte da literatura vem discutindo casos de tributação progressiva do 
ITBI, se será constitucional ou não esta cobrança. Ex. Código Tributário de São Paulo. 
 
Exceções: 
 
I – nos financiamentos imobiliários residenciais, inclusive no consórcio para 
aquisição de imóvel, concedidos por meio de contrato de financiamento com garantia 
hipotecária ou por alienação fiduciária, com prazo não inferior a 5 (cinco) anos, que tenham 
força de escritura pública e desde que o valor da estimativa fiscal do imóvel seja igual ou 
menor do que o teto estabelecido para os financiamentos no âmbito do SFH: a) sobre o 
valor efetivamente financiado ou constante na carta de crédito, até o limite de 68.000 
(sessenta e oito mil) UFMs: 0,5 % (zero vírgula cinco por cento); b) sobre o valor restante: 
3% (três por cento). 
 
III - nas transmissões de terrenos destinados à construção de conjuntos 
residenciais de interessesocial em que os adquirentes sejam cooperativas habitacionais 
autogestionárias, a alíquota será de 1% (um por cento), atendidos os seguintes requisitos: a) 
para obtenção do benefício da alíquota reduzida, a cooperativa deverá apresentar a relação 
completa dos associados no momento da solicitação da guia de recolhimento do imposto; 
b) juntar declaração do DEMHAB, confirmando que a cooperativa habitacional é 
credenciada, é autogestionária e seus associados possuem renda média de até 10 (dez) 
salários mínimos. UFM(Unidade Financeira Municipal): R$ 2,7778 
 
IMUNIDADE 
 
A CF instituiu a imunidade tributária em relação a esse imposto, tornando 
insuscetível de tributação as: 
 
11 
 
 
- transmissões decorrentes de conferência de capital, de fusão, de incorporação, 
de cisão ou de extinção de pessoas jurídicas, salvo se a atividade preponderante 
do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, a locação de bens 
imóveis ou o arrendamento mercantil (art. 156, § 2º, I da CF). 
 
Peculiaridades da Imunidade 
 
1 - A imunidade - União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios -- não 
se aplica aos imóveis relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas 
normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou 
pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente comprador da 
obrigação de pagar o imposto relativo ao bem imóvel. 
 
2 - A imunidade - templos de qualquer culto e os partidos políticos, inclusive 
suas fundações, as entidades sindicais dos trabalhadores, as instituições de educação e de 
assistência social, sem fins lucrativos, observados os requisitos da Lei - compreende 
somente os imóveis relacionados com as finalidades essenciais das entidades neles 
mencionadas. 
Definição de Atividade Preponderante art. 156, § 2º, I da CF: 
 
a - se mais de 50% da receita operacional da pessoa jurídica adquirente dos 
bens ou direitos decorrer das transações mencionadas no inciso IV, e 
b - se a preponderância ocorrer: 
 1 - nos dois anos anteriores e nos dois anos subseqüentes à data do título 
hábil a operar a transmissão, considerando um só período de apuração de quatro anos; ou 
- nos três primeiros anos seguintes à data da referida transmissão, caso a 
pessoa jurídica adquirente inicie suas atividades após a data do título hábil a 
operar a referida transmissão ou a menos de dois anos antes dela, considerando 
um só período de apuração de três anos. 
 
 3 - A pessoa jurídica adquirente de imóveis ou de direitos a eles relativos, nos 
termos do inciso IV deste artigo, deverá apresentar à Fiscalização da Receita Municipal, 
demonstrativo de sua receita operacional, no prazo de 60 dias, contados do primeiro dia útil 
subseqüente ao do término do período que serviu de base para a apuração da 
preponderância. 
 
4 - Verificada a preponderância referida ou não apresentada a documentação 
prevista no § 4º deste artigo, tornar-se-á devido o imposto atualizado na forma prevista no 
§§ 7º e 8º do art. 11 desta Lei Complementar. 
 
TJRS 
APELAÇÃO CÍVEL. MANDADO DE SEGURANÇA. ITBI. TRANSFERÊNCIA DE IMÓVEIS 
EM INTEGRALIZAÇÃO DE CAPITAL SOCIAL. ATIVIDADES PREPONDERANTES 
 
12 
 
IMOBILIÁRIAS. EMPRESA CONTROLADA. IMUNIDADE DESCARATERIZADA. 
SENTENÇA CITRA PETITA. SENTENÇA CITRA PETITA. Configura-se citra petita a sentença, 
uma vez que não foi apreciado um dos fundamentos que embasam a pretensão contida na inicial. 
Apesar do vício, de acordo com o disposto no artigo 1.013, § 3 º, do CPC, afigura-se possível a 
análise nesta esfera recursal. IMUNIDADE. NÃO CONFIGURAÇÃO. Não houve pelo fisco 
equivocada interpretação do disposto no art. 156, § 2º, I, da CF. A exceção da parte final da norma 
engloba ambas as hipóteses nela previstas, tanto de "transmissão de bens ou direitos incorporados 
ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital", quanto de "transmissão de bens ou 
direitos decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica". A expressão 
"nesses casos", entre vírgulas, contempla as duas situações previstas no inciso. A apelante celebrou 
com Clianel - Administração e Participações LTDA, em 14/07/2010, sua controlada, contrato de 
comodato de 43 imóveis e, em 20/07/2010, de locação dos imóveis. No período em análise, as 
receitas de equivalência patrimonial da impetrante somaram R$ 818.665,45, e as de aluguéis de 
imóveis, R$ 217.124.24, totalizando R$ 1.035.789,69. As demais receitas contabilizadas atingiram 
apenas R$ 5.884,38. Apesar das receitas designadas de "equivalência patrimonial" não serem 
provenientes de ato praticado de forma direta pela impetrante, possuem origem em atividade 
imobiliária. E a autora é controladora da empresa que obteve os rendimentos em questão, baseado 
em contrato com ela firmado, em clara intenção de desvirtuar o pagamento do imposto. É 
indissociável o resultado financeiro da sociedade controlada ante a sociedade controladora, na 
hipótese dos autos. Não faz jus a impetrante à imunidade de ITBI postulada. APELAÇÃO 
DESPROVIDA. (Apelação Cível Nº 70074185257, Vigésima Primeira Câmara Cível, Tribunal de 
Justiça do RS, Relator: Almir Porto da Rocha Filho, Julgado em 09/08/2017) 
 
APELAÇÃO CÍVEL. TRIBUTÁRIO. AÇÃO ANULATÓRIA. ITBI. IMUNIDADE SOB 
CONDIÇÃO RESOLUTIVA. FALTA DE RECEITAOPERACIONAL NO PERÍODO DE 
APURAÇÃO DA PREPONDERÂNCIA. NÃO INCIDÊNCIA. As imunidades tributárias, enquanto 
limitações constitucionais ao poder de tributar, são exceções que têm por escopo a preservação de 
valores estabelecidos pelo poder constituinte como essenciais ao fortalecimento das instituições, à 
organização do Estado Democrático, bem como à garantia dos direitos fundamentais. A imunidade, 
ao obstar a incidência do ITBI nas transferências de imóvel para integralização de capital social, o 
faz com o objetivo de estimular a atividade empresarial, impulsionando a livre iniciativa e a 
economia do país. Incontroversa a inatividade da pessoa jurídica, a falta dereceita operacional 
não permite o exame da atividade preponderante, prova sem a qual não se confirma o benefício 
fiscal, já que exceção à regra da tributação. APELAÇÃO PROVIDA. (Apelação Cível Nº 
70073460230, Vigésima Primeira Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Marcelo Bandeira 
Pereira, Julgado em 21/06/2017) 
 
NÃO INCIDENCIA LC 197/89 
 
I - na transmissão do domínio direto ou da nua-propriedade; 
 
II - na desincorporação dos bens ou dos direitos anteriormente transmitidos ao 
patrimônio de pessoa jurídica, em realização de capital, quando reverterem aos primitivos 
alienantes; 
Ressalva: Apenas se receberem os mesmos bens ou direitos em 
pagamento de sua participação, total ou parcial, no capital social da 
pessoa jurídica. 
 
III – na transmissão ao alienante anterior, em razão do desfazimento da 
 
13 
 
alienação condicional ou com pacto comissório, pelo não-cumprimento de condição, pela 
falta de pagamento do preço, ou ainda por decisão judicial. 
 
IV - na retrovenda e na volta dos bens ao domínio do alienante em razão de 
compra e venda com pacto de melhor comprador; 
 
V - no usucapião; 
 
VI - na extinção de condomínio, sobre o valor que não exceder ao da quota-
parte de cada condômino; 
 
VII - na promessa de compra e venda; 
 
VIII - na rescisão do contrato de promessa de compra e venda quando esta 
ocorrer pelo não-cumprimento de condição ou pela falta de pagamento, ainda que parcial; 
 
IX – na cessão do contrato de promessa de compra e venda que não esteja 
registrada no Cartório de Registro de Imóveis; 
 
LANÇAMENTO 
 
O lançamento do ITBI é realizado via declaração. 
 
Onde o contribuinte procura a Administração Publica, e fornece os dados para o 
calculo do valor a ser contribuído e ela diz qual será o montante. 
 
 
ITR – Imposto sobre Propriedade Territorial Rural 
 
LEGISLAÇÃO 
 
 Constituição Federal – art. 153, VI 
 Código Tributário Nacional – arts. 29 a 31 
 Leis federais ns. 9.393/96, 9.779/99 
 Decreto federal nº 4.382/02 
 
MATERIALIDADE 
 
Propriedade, domínio útil, ou posse de imóvel por natureza, localizado fora da 
zona urbana do Município, em 1º de janeiro de cada ano. 
 
Propriedade – Conceito que decorre do Código Civil (art. 1.228) relativo a 
“proprietário”, como sendo a pessoa que tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e 
 
14 
 
o direito de reavê-la do poder de que quer que injustamente a possua ou detenha. 
 
FATO GERADOR 
 
O Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) tem como fato gerador a 
propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza, localizado fora da zona 
urbana do município, em 1º de janeiro de cada ano. (CTN, art. 29; L. 9393/96, art. 1º). 
 
 CF (art. 5º) 
 Inciso XXII – é garantido o direito de propriedade 
 Inciso XXIII – a propriedade atenderá a sua função social 
 
Domínio Útil – Direito de utilização e disposição, inclusive o de alienação, 
conferido ao foreiro, relativamente a prédio enfitêutico. A enfiteuse constituía direito real 
sobre coisa alheia (ex: terrenos de marinha – arts. 678 e 680 do Código Civil anterior que 
ainda vigora). 
 
Posse – Conceito que decorre do conceito possuidor, como sendo a pessoa que 
tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade 
(Código Civil, art. 1.196). Distingue-se do mero detentor. 
 
Imóvel – Bem como o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou 
artificialmente (Código Civil, art. 79). 
 
Imóvel Rural – Área contínua formada de uma ou mais parcelas de terras 
localizadas na zona rural do Município. Área contínua é a área total do prédio rústico, 
mesmo que fisicamente dividida por ruas, estradas, rodovias, ferrovias, ou por canais ou 
cursos de água. 
 
Zona Rural – Conceito extraído de critério jurídico de “zona urbana” (CTN – art. 32, § 1º). 
Entendida como aquela definida em lei municipal, observado o requisito mínimo da 
existência de melhoramentos indicados em pelo menos dois dos incisos seguintes, 
construídos ou mantidos pelo Poder Público, a saber: 
 I – meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais; 
II – abastecimento de água; 
III – sistema de esgotos sanitários; 
IV – rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição 
domiciliar; 
V – escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de três quilômetros do 
imóvel considerado. 
 
Obs – A inexistência de dois dos requisitos caracteriza zona rural. 
 
Não Incidência: 
I – pequena gleba rural, desde que o seu proprietário a explore só ou com sua família, 
 
15 
 
e não possua outro imóvel; 
II – imóveis rurais da União, dos Estados, do DF e dos Municípios; 
III – os imóveis rurais de autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo Poder 
Público, desde que vinculados às suas finalidades essenciais ou às dela decorrentes; 
IV – os imóveis rurais de instituições de educação e de assistência social, sem fins 
lucrativos, relacionados às suas finalidades essenciais. 
 
Pequena Gleba Rural – Imóvel com área igual ou inferior a 100, 50 ou 30 hectares, 
conforme a região. 
 
Súmula nº 45 do CARF: O Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural não incide sobre 
áreas alagadas para fins de constituição de reservatório de usinas hidrelétricas. 
 
SUJEITO ATIVO 
 
União. O imóvel que pertencer a mais de um Município deverá ser enquadrado 
no Município onde fique a sede do imóvel; se não existir, será enquadrado no Município 
onde se localize a maior parte do imóvel. 
CONTRIBUINTE 
 
Contribuinte – Proprietário do imóvel rural, titular do seu domínio útil, ou 
possuidor, a qualquer título (usufruto; possuidor; compromissário comprador) Obrigados a 
cadastramento na Receita Federal do Brasil. Devem declarar o Valor da Terra Nua (VTN). 
 
Responsável – Sucessor a qualquer título (arts. 128 a 133 do CTN). 
 
BASE DE CÁLCULO 
 
 Valor fundiário (CTN – art. 30), considerando os elementos seguintes: 
 
I – Valor da Terra Nua (VTN) – valor de mercado do imóvel, excluídos os valores 
relativos a (a) construções, instalações e benfeitorias; (b) culturas permanentes e 
temporárias; (c) pastagens cultivadas e melhoradas; e (d) florestas plantadas. 
 
II – O VTN refletirá o preço de mercado de terras, apurado em 1º de janeiro de 
cada ano de ocorrência do fato gerador, e será considerado auto-avaliação da terra nua o 
preço de mercado; 
 
III – Incluem-se no conceito de construções, instalações e benfeitorias – os 
prédios, depósitos, galpões, casas de trabalhadores, estábulos, currais, mangueiras, aviários, 
pocilgas e outras instalações para abrigo ou tratamento de animais, terreiros para secagem 
de produtos agrícolas, colocação de água, tanques, represas. 
 
IV – O VTNT (Valor da Terra Nua Tributável) é obtido mediante a multiplicação 
do VTN pelo quociente entre a área tributável e a área total do imóvel. 
 
16 
 
 
 Área Tributável – Área total do imóvel, excluídas as áreas de 
 (a) preservação permanente; 
(b) reserva legal; 
(c) reserva particular do patrimônio natural; 
(d) servidão florestal; 
(e) de interesse ecológico para proteção dos ecossistemas; 
(f) imprestáveis para a atividade rural. 
 
 Restrições ao uso da Propriedade 
 I – Invasão 
 II – Inundação 
 III – Tombamento 
 IV – Requisição 
 V – Desapropriação 
 VI – Servidão 
 
 
 
 
 ALÍQUOTAS 
 
Variáveis (0,03% a 20%) são aplicadas sobre o Valor da Terra Nua Tributável, 
considerando o grau de utilização. Cada imóvel tem uma alíquota específica pela área total 
e no respectivo grau de utilização. 
 
Progressividade – Tributação mais gravosa (alíquotas maiores) para os imóveis 
rurais inexplorados ou de baixa produtividade, para atender finalidade social e econômicae 
não incremento da receita (extrafiscalidade). 
 
 Exemplo: um imóvel que mede acima de 5.000 há, cuja grau de utilização for maior 
que 80%, receberá uma alíquota de 0,45%, ao passo que se o mesmo imóvel tiver um 
grau de utilização de até 30%, sua alíquota será de 20,0%. 
 
 
Lançamento 
 Espécie por homologação conforme art. 10 da Lei nº 9393/96: Art. 10. A apuração 
e o pagamento do ITR serão efetuados pelo contribuinte, independentemente de prévio 
procedimento da administração tributária, nos prazos e condições estabelecidos pela 
Secretaria da Receita Federal, sujeitando-se a homologação posterior. 
Progressividade: O ITR será progressivo e tem suas alíquotas fixadas de forma a 
desestimular a manutenção de propriedades improdutivas. 
 
17 
 
 CF/88: Art. 153, 4º O imposto previsto no inciso VI do caput: I - será 
progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de 
propriedades improdutivas 
 
Municípios. Fiscalização e cobrança. 
 
Será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da 
lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal. 
(CF88, art. 153, §4º, EC 42, 19/12/2003). 
 
Neste caso, 100% do ITR arrecadado fica com o Município. 
 
Se é a Receita quem arrecada, 50% ficam com a União e 50% com o 
Município. 
 
ITCD – Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação 
 
O ITCMD (Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de quaisquer 
Bens ou Direitos) é um tributo, modalidade Imposto, previsto na Constituição Federal de 
1988 e foi instituído no Estado do Rio Grande do Sul pela Lei nº 8821/89 
 
LEGISLAÇÃO 
 
Constituição Federal: Art. 155, I, e § 1º 
Lei nº 8.821/89 – RS: Lei instituidora do ITCD no RS 
Decreto nº 33.156/89 – RS: Regulamento do ITCD 
 
COMPETÊNCIA 
 
Na vigência da Constituição anterior podiam os Estados e o Distrito Federal 
instituir imposto sobre transmissão, a qualquer título, de bens imóveis por natureza e 
acessão física e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como sobre a 
cessão de direitos à sua aquisição. 
 
A transmissão era a qualquer título. Mais amplo, portanto, nesse aspecto, o 
âmbito do tributo. Entretanto, não abrangia os bens móveis, cuja transmissão fora da 
atividade comercial não ensejava tributo. 
 
A Constituição Federal de 1988 atribuiu aos Estados e ao Distrito Federal 
competência para instituir imposto sobre transmissão causa mortis e doação de quaisquer 
bens ou direitos (art. 155, inc.I). 
 
 
18 
 
O âmbito do tributo ficou, assim, ampliado quanto ao objeto da transmissão, 
que é agora qualquer bem ou direito. Ficaram, todavia, excluídas as transmissões a título 
oneroso. 
 
 É estadual através da Secretaria da Fazenda – art. 155, I, CF. 
 
OBS: O fundamento da instituição do ITCMD pelos Estados está no art. 24, § 3º da CF. 
 
Aos Estados caberão a competência para legislar. 
As alíquotas variam de Estado para Estado. 
 
FUNÇÃO 
 A função do imposto sobre heranças e doação é fiscal, vale dizer, esse 
imposto tem a finalidade de gerar recursos financeiros para os Estados e o Distrito Federal. 
 
FATO GERADOR 
 
O ITCMD têm como fato gerador toda transmissão de bem ou direitos a título 
gratuito, por causa mortis ou ato inter vivos, na modalidade Doação. 
O fato gerador ocorre tantas vezes forem o número de herdeiros, legatários ou 
donatários. 
 
Conforme art. 35, § único do CTN: “Nas transmissões causa mortis, ocorrem 
tantos fatos geradores distintos quantos sejam os herdeiros ou legatários.” 
 
Princípios constitucionais aplicáveis 
• legalidade: Todo Tributo deve ser instituído através de lei; 
• anterioridade: A majoração do imposto somente surtirá efeito a partir do 
exercício financeiro subseqüente ao da publicação da lei tributária; 
• irretroatividade: A lei não se aplica a situações jurídicas ocorridas 
anteriormente ao seu advento; 
 
O imposto tem como fato gerador (art. 2º da Lei 8.821/89) a transmissão "causa 
mortis" e a doação a qualquer título, de: 
 
I - propriedade ou domínio útil de bens imóveis e de direitos a eles relativos; 
II - bens móveis, títulos e créditos, bem como dos direitos a eles relativos. 
 
Definição de Doação: qualquer ato ou fato em que o doador, por liberalidade, 
transmite bens, vantagens ou direitos de seu patrimônio, ao donatário que os aceita, 
expressa, tácita ou presumidamente, incluindo-se as doações efetuadas com encargos ou 
ônus. 
 
Regra Matriz de Incidência 
 
19 
 
 
 
AAssppeeccttoo MMaatteerriiaall:: O artigo 155, I da CF que prescreve a transmissão causa 
mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos constitui o núcleo do tributo, dando-se 
ênfase ao verbo transmitir, em razão de mortis, qualquer bem ou direito (complemento). 
 
 
Aspecto Territorial: 
•Bens imóveis e respectivos direitos: Estado da situação do bem, ou ao Distrito 
Federal. 
•Bens móveis, títulos e créditos: Estado onde se processar o inventário ou 
arrolamento, ou tiver domicílio o doador, ou ao Distrito Federal; 
 
Compete ao ERGS quando: 
 - o herdeiro ou legatário for domiciliado neste Estado, no caso de 
transmissão de bens móveis, títulos e créditos, e: 
a) o inventário ou arrolamento tiver sido processado no exterior; 
b) o "de cujus" era residente ou domiciliado no exterior, ainda 
que o inventário ou arrolamento tenha sido processado no País. 
 
 - os bens móveis, títulos e créditos forem transmitidos em decorrência de 
doação em que o doador tiver domicílio neste Estado; 
 
 - os bens móveis, títulos e créditos forem transmitidos por pessoa sem 
residência ou domicílio no País e o donatário for domiciliado neste Estado. 
 
Essa regra de competência é aplicada também à transmissão de direitos. 
 
Aspecto Temporal na Causa Mortis: 
 
O evento mortis é o marco temporal para a incidência do imposto sobre a 
transmissão causa mortis, inclusive sobre a mortis presumida. 
 
� na data da abertura da sucessão legítima ou testamentária, mesmo nos 
casos de sucessão provisória e na instituição de fideicomisso e de 
usufruto; 
� na data da mortis do fiduciário, na substituição de fideicomisso; 
� na data da ocorrência do fato jurídico, nos casos não previstos 
nas alíneas "a" e "b"; 
 
Aspecto Temporal Na doação: 
• De bens móveis, a materialização da transmissão se dá pela tradição. 
• De bens imóveis com o registro do título aquisitivo no Cartório de Registro de 
Imóveis. 
 
20 
 
 
a) na data da instituição do usufruto convencional; 
b) na data em que ocorrer o fato ou ato jurídico determinante da 
consolidação da propriedade, tal como nas hipóteses de extinção dos direitos 
de usufruto, de uso, de habitação e de servidões; 
c) na data da partilha de bem por antecipação da legítima; 
d) na data da mortis de um dos usufrutuários, no caso de usufruto 
simultâneo em que tenha sido estipulado o direito de acrescer ao 
usufrutuário sobrevivente; 
e) na data da transmissão da nua-propriedade; 
f) na data da formalização do ato ou negócio jurídico, nos casos não 
previstos nas alíneas "a" a "e". 
 
BASE DE CÁLCULO 
 
A base de cálculo desse imposto há de ser fixada pela lei da entidade 
competente para instituir o tributo. Deve ser, em princípio, o valor de mercado do bem 
objeto da transmissão. Pode ser menor. Não pode ser maior, posto que se estaria atingindo 
riqueza outra que não o próprio bem transmitido. 
 
 BC: Valor venal dos bens e direitos, avaliado pela fazenda. 
 
A base de cálculo do imposto é o valor venal dos bens, dos títulos ou dos créditos 
transmitidos, apurado mediante avaliaçãoprocedida pela Fazenda Pública Estadual ou 
avaliação judicial, expresso em moeda corrente nacional e o seu equivalente em quantidade 
de UPF-RS, obedecidos os critérios fixados em regulamento. ( Art. 12 da Lei 8.821/89) 
 
Transmissão de direitos: valor venal do respectivo bem, título ou crédito, 
apurado conforme avaliação. 
 
Na hipótese de apuração da base de cálculo mediante avaliação judicial, a 
Fazenda Pública Estadual será previamente intimada para indicação de assistente técnico, 
nos termos da lei processual civil. 
 
Importante: Não serão deduzidos da base de cálculo do imposto os valores de quaisquer 
dívidas que onerem o bem, título ou crédito transmitido. 
 
A Fazenda Pública Estadual no inventário que se processe pela forma de 
arrolamento efetuará a avaliação no prazo de 30 (trinta) dias, contado da data do 
recebimento da solicitação referida no artigo 22, exceto se houver necessidade de diligência 
para a complementação de dados, hipótese em que o prazo contará da data da sua 
complementação. 
 
O contribuinte deverá fornecer à Fazenda Pública Estadual os elementos 
necessários para apuração da base de cálculo do imposto. 
 
21 
 
 
A Fazenda Pública Estadual poderá adotar procedimento eletrônico e 
simplificado para determinação da base de cálculo e apuração do imposto. 
 
Atualmente vigor o sistema DIT: formulário eletrônico utilizado por advogados 
e tabelionatos e destinado à prestação das informações relativas às transmissões de bens ou 
direitos sujeitos a incidência do Imposto sobre a Transmissão "Causa Mortis" e Doação, de 
quaisquer bens ou direitos (ITCD). Os usuários poderão preencher o formulário e enviá-lo 
via internet à Receita Estadual, recebendo em devolução a avaliação dos bens e o cálculo 
do imposto ou a sua exoneração. O próprio usuário poderá ainda emitir as guias de 
pagamento e a Certidão de Situação Fiscal. 
 
Prazo da Avaliação 
 
A base de cálculo estabelecida, expresso em moeda corrente nacional, 
prevalecerá por um mês, assim entendido o período de tempo contado do dia da avaliação 
ao seu correspondente do mês seguinte. 
 
Se não houver dia correspondente no mês subseqüente ao da avaliação, o prazo 
referido no "caput" findará no primeiro dia do mês seguinte a este. 
 
Findo o prazo referido no "caput" sem pagamento do imposto, a expressão em 
moeda corrente nacional da base de cálculo será atualizada monetariamente, dividindo-se, 
para tanto, o valor apurado de acordo com o "caput" do artigo anterior pelo valor da UPF-
RS na data da avaliação e, a seguir, multiplicando-se o resultado pelo valor da UPF-RS na 
data do pagamento. 
 
Avaliação Fiscal 
 
As informações necessárias para fins de avaliação de bens e apuração do 
imposto serão prestadas através da Declaração de ITCD (DIT), emitida conforme 
instruções baixadas pela Receita Estadual, nos caso de inventário judicial. 
 
Da Avaliação Contraditória 
 
Discordando da avaliação, o contribuinte poderá, no prazo de 10 (dez) dias, 
contado da respectiva ciência, requerer avaliação contraditória (Art. 17 DECRETO Nº 
33.156/89). 
 
A data inicio do prazo é quando o contribuinte for cientificado, considerando 
como data: 
•em que lhe for entregue o documento em que constou a avaliação pela 
repartição fazendária; 
•do recebimento, na repartição fazendária, da guia de arrecadação, 
na hipótese de ter imposto a pagar, ou da Certidão de Quitação do 
 
22 
 
ITCD, emitida conforme modelo previsto em instruções baixadas pela 
Receita Estadual, se não houver imposto a pagar; 
•do primeiro acesso à Declaração de ITCD (DIT) com a avaliação da 
autoridade fazendária, no endereço da Secretaria da Fazenda na 
Internet http://www.sefaz.rs.gov.br. 
 
Reavaliação Ex Oficio dos Bens 
 
Os bens, títulos e créditos, bem como os direitos a eles relativos, serão 
reavaliados sempre que o pagamento do imposto não se tenha efetivado no prazo de 2 
(dois) anos, contado da data da última avaliação. 
 
Poderão, ainda, ser reavaliados os bens e direitos, de ofício ou a requerimento 
do interessado, quando circunstância superveniente venha a prejudicar a avaliação e desde 
que não tenha sido pago o imposto ou constituído o respectivo crédito tributário por 
atividade fiscal. 
 
Momento do Recolhimento – Art. 30 Decreto 33156/89 
 
I - na transmissão de bens, títulos ou créditos decorrentes de sucessão 
legítima ou testamentária, em que o inventário se processe pela forma de: a) inventário 
judicial, no prazo de 30 dias, contado da data em que transitar em julgado a sentença 
homologatória do cálculo, ou, na falta desta, na data em que transitar em julgado a 
sentença homologatória da partilha ou da adjudicação, e, em qualquer hipótese, antes da 
expedição dos formais; b) inventário e partilha por escritura pública, antes de sua 
lavratura; 
II - na transmissão de bens, títulos ou créditos decorrentes de sucessão legítima 
ou testamentária em que o inventário se processe pela forma de arrolamento, se a partilha se 
formalizar: a) por escritura pública, antes de sua lavratura; b) por termo nos autos, no prazo 
de 30 dias, contado de sua lavratura ou, na data do trânsito em julgado da respectiva 
homologação ou julgamento, na hipótese dessa data ocorrer antes do referido prazo; c) por 
escrito particular, no prazo de 30 dias, contado da data de sua assinatura, ou, na falta desta, 
na data do trânsito em julgado da respectiva homologação, e, em qualquer hipótese, antes 
do registro no órgão competente, quando exigido; d) nos termos do art. 34, antes da 
propositura da respectiva ação; 
III - na extinção de usufruto, de uso, de habitação e de servidão, na reversão de 
usufruto e na substituição de fideicomisso: a) antes da lavratura, quando forem 
formalizadas por escritura pública; b) antes do cancelamento da averbação no ofício ou 
órgão competente, nos demais casos; 
IV - na dissolução da sociedade conjugal, relativamente ao valor que exceder à 
meação transmitida de forma gratuita: a) antes da lavratura, se for formalizada por escritura 
pública; b) no prazo de 30 dias, contado da data em que transitar em julgado a sentença 
homologatória do cálculo, ou, na falta desta, na data em que transitar em julgado a sentença 
homologatória da partilha, e, em qualquer hipótese, antes da expedição dos formais e antes 
do registro do ato no ofício ou órgão competente, quando exigido; 
 
23 
 
V - na doação de bens, títulos ou créditos, que se formalizar por escritura 
pública, antes de sua lavratura; 
VI - na doação de bens, títulos ou créditos, que se formalizar por escrito 
particular, no prazo de 30 dias, contado da data da assinatura deste e antes do registro do 
ato no Ofício ou órgão competente, quando exigido, na hipótese dessa data ocorrer antes do 
referido prazo; 
VII - na cessão de direitos hereditários de forma gratuita: a) antes da lavratura 
da escritura pública, se o contrato tiver por objeto bem, título ou crédito certo e 
determinado; b) no mesmo prazo previsto na alínea "a" do inciso I deste artigo, quando a 
cessão se formalizar nos autos do inventário, mediante termo de desistência, ou por 
escritura pública, quando esta se referir à totalidade da herança ou fração; c) no mesmo 
prazo previsto na alínea "b" do inciso I deste artigo, quando a Cessão se formalizar na 
própria escritura pública de inventário e partilha; 
VIII - nas transmissões "causa mortis" ou doações de bens, títulos ou 
créditos não referidas nos incisos anteriores, no prazo de 30 dias, contado da 
ocorrência do fato gerador e antes do registro do ato no ofício ou órgão competente, 
quando exigido, na hipótese dessa data ocorrer antes do referidoprazo. 
 
CRITÉRIO PESSOAL 
 
Sujeito Ativo: É o credor da obrigação tributária, é a pessoa a quem a lei 
atribui o direito subjetivo de exigir o tributo. A CF atribui competência para legislar sobre o 
ITCMD aos Estados e ao Distrito Federal, portanto, tem-se estes entes como sujeitos ativos 
do referido imposto. 
 
Sujeito Passivo: ÉÉ a pessoa de quem se exige o cumprimento da prestação, ou 
seja, é aquele a quem a lei determina o dever jurídico de cumprir a prestação pecuniária. 
 
CONTRIBUINTE 
 
Na ausência de dispositivo constitucional a respeito, o legislador da entidade 
tributante tem relativa liberdade para definir o contribuinte desse imposto. Em se tratando 
de herança, logicamente deve ser contribuinte o herdeiro, ou legatário. Em se tratando de 
doação, o contribuinte pode ser, em princípio, tanto o doador como o donatário. 
 
Contribuinte do imposto é (Art. 8.º da Lei 8.821/89): 
 
I - nas doações: 
a) o doador, quando domiciliado ou residente no país; 
b) o donatário, quando o doador não for domiciliado ou residente no 
país; 
c) o nu-proprietário, na extinção do usufruto por mortis do 
usufrutuário; 
d) o beneficiário: 
 1 - na mortis de um dos usufrutuários, em se tratando 
 
24 
 
de usufruto simultâneo em que tenha sido estipulado o direito de 
acrescer ao usufrutuário sobrevivente; 
 2 - na renúncia de usufruto; 
 3 - na extinção de direito de uso, de habitação e de 
servidões; 
 
 II -nas transmissões "causa mortis", o beneficiário ou recebedor do bem 
ou direito transmitido. 
 
ALÍQUOTAS 
 
O imposto sobre heranças e doações terá suas alíquotas máximas fixadas pelo 
Senado Federal (Constituição Federal, art. 155, § 1º, inc. IV, CF). Salvo essa limitação, 
prevalece a liberdade dos Estados e do Distrito Federal para o estabelecimento de tais 
alíquotas. 
 
Fatos geradores posteriores a 30/12/2009 
· Na transmissão “causa mortis”: 4%. 
· Na transmissão por doação: 3%. 
 Ver os artigos 18 e 19 da Lei 8.821/89. O valor atualizado da UPF-RS (Unidade Padrão 
Fiscal do Estado do Rio Grande do Sul) pode ser obtido no Apêndice XXIV da Instrução 
Normativa 45/98 
 
RESPONSÁVEL PESSOAL ( Art. 9.º da Lei 8.821/89): 
 
São pessoalmente responsáveis: 
 
I - pelo pagamento do imposto: 
a) o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, quanto ao devido pelo 
"de cujus" até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta 
responsabilidade ao montante do quinhão, legado ou meação; 
b) o espólio, quanto ao devido pelo "de cujus", até a data da abertura da 
sucessão; 
II - pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos 
praticados com excesso de poderes ou infração da lei, contrato social ou estatuto: 
a) as pessoas referidas no artigo 11; 
b) os mandatários, prepostos ou empregados; 
c) os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas, limitada 
esta responsabilidade ao período de exercício do cargo. 
RESPONSÁVEL SOLIDÁRIO (Art. 10 da Lei 8.821/89): 
 
São solidariamente obrigados pelo pagamento dos créditos correspondentes a 
obrigações tributárias: 
 
25 
 
 
 I - as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato 
gerador da obrigação principal; 
 II - o donatário, quanto ao devido pelo doador residente ou domiciliado no 
País, inclusive no tocante à doação ou doações anteriores; 
 III - o doador residente ou domiciliado fora do País, quanto ao devido pelo 
donatário. 
 
Art. 11 da Lei 8.821/89: Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da 
obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este, nos atos em que 
intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis: 
 
I - os pais, pelo imposto devido pelos seus filhos menores; 
II - os tutores e curadores, pelo imposto devido por seus tutelados e curatelados; 
III - os administradores de bens de terceiros, pelo imposto devido por estes; 
IV - o inventariante, pelo imposto devido pelo espólio; 
V - os servidores públicos, os tabeliães, escrivães e demais serventuários de 
ofício, pelo imposto devido sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, 
em razão de seu ofício. 
Parágrafo único - O disposto neste artigo só se aplica, em matéria de 
penalidades, às de caráter moratório. 
 
Imunidades - Art. 5º 
 
I - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; 
II - os templos de qualquer culto; 
III - os partidos políticos, inclusive suas fundações; 
IV - as entidades sindicais dos trabalhadores, instituições de educação e de 
assistência social, sem fins lucrativos, observado o disposto nos parágrafos 3º e 4º deste 
artigo; 
V - os livros, os jornais, os periódicos e o papel destinado à sua impressão. 
 
Não Incidência – art. 6 
 
I - na renúncia à herança ou legado, desde que feita sem ressalvas, em 
benefício do monte e não tenha o renunciante praticado qualquer ato que demonstre 
aceitação; 
II - na extinção de usufruto, se tiver sido tributada a transmissão da nua- 
propriedade até 28 de fevereiro de 1989; 
III - na doação, quando esta corresponder a uma operação incluída no campo de 
incidência do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadoria e sobre 
prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação. 
IV - na extinção do condomínio, quando o valor transmitido não superar a cota-
parte de cada condômino; 
 
 
26 
 
Isenção – Art. 7 
 
I - de imóvel urbano, desde que seu valor não ultrapasse o equivalente a 4.379 
(quatro mil trezentas e setenta e nove) UPF-RS e o recebedor seja ascendente, descendente 
ou cônjuge, ou a ele equiparado, do transmitente, não seja proprietário de outro imóvel e 
não receba mais do que um imóvel, por ocasião da transmissão. 
II - decorrente da extinção de usufruto, de uso, de habitação e de servidão, 
quando o nu-proprietário tenha sido o instituidor. 
III - decorrente de doação em que o donatário for a União, o Estado do Rio 
Grande do Sul ou município deste Estado. 
IV - de imóvel rural, desde que o recebedor seja ascendente, descendente ou 
cônjuge, ou a ele equiparado, do transmitente, e, simultaneamente, não seja proprietário de 
outro imóvel, não receba mais do que um imóvel de até 25 (vinte e cinco) hectares de terras 
por ocasião da transmissão e cujo valor não ultrapasse o equivalente a 6.131 (seis mil cento 
e trinta e uma) UPF-RS. 
V - decorrente da extinção de usufruto, de uso, de habitação e de servidão, 
relativos a bens móveis e imóveis, títulos e créditos, bem como direitos a eles relativos, 
quando houver sido tributada a transmissão da nua-propriedade. 
VI - decorrente de doação em que o donatário seja alguma das entidades 
referidas nos incisos II, III e IV do artigo 5º; 
VII - de roupas, de utensílios agrícolas de uso manual, bem como de móveis e 
aparelhos, de uso doméstico. 
VIII - "causa mortis" por sucessão legítima, cuja soma dos valores venais da 
totalidade dos bens imóveis situados neste Estado, bens móveis, títulos e créditos, bem 
como os direitos a eles relativos, compreendidos em cada quinhão, avaliados nos termos do 
artigo 12, não ultrapasse a 10.509 (dez mil quinhentas e nove) UPF-RS. 
IX - cujo valor do imposto devido constante no documento de arrecadação 
resulte em quantia inferior ao equivalente a 4 (quatro) UPF-RS. 
X - no período de 1º de janeiro de 2011 a 31 de dezembro de 2014, conforme 
relação de beneficiários, termos e condições previstos em instruções baixadas pela Receita 
Estadual, por doação de bens ou direitos, ocorrida no Brasil ou exterior, relacionada à 
realização das competições Copa das Confederações da FIFA de 2013 ou Copa do Mundo 
da FIFA de 2014.Observações Importantes 
 
O valor do bem ou direito na transmissão causa mortis é atribuído na avaliação 
judicial e homologado pelo Juiz; 
 
Embora a Súmula 113 do STF estabeleça que o ITCMD seja calculado sobre o 
valor dos bens na data da avaliação, a jurisprudência posterior assentou ser possível a 
fixação de tal momento na data da transmissão dos bens. 
 
Na doação, como o imposto incide sobre a transmissão gratuita de qualquer 
bem ou direito, é imprescindível que ocorra a mudança jurídica de sua titularidade, 
 
27 
 
mediante o empobrecimento do doador e o enriquecimento do donatário. 
 
LANÇAMENTO 
 
O lançamento desse imposto é feito, em princípio, por declaração. O 
contribuinte oferece ao Fisco os elementos necessários ao respectivo cálculo. 
 
Às leis das entidades tributantes cabe estabelecer o procedimento a ser adotado 
em cada caso. 
 
 
 
IPVA 
 
 O IPVA foi instituído pela EC nº 27 de 28/11/1985, que acrescentou o inciso III ao art. 
23 da CF/1967, de acordo com a EC nº 1/1969 e é o sucessor da antiga TRU (Taxa 
Rodoviária única). 
Diz o artigo 155 da CF/88: 
DOS IMPOSTOS DOS ESTADOS E DO DISTRITO FEDERAL 
 
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: 
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; 
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços 
de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as 
operações e as prestações se iniciem no exterior; 
III - propriedade de veículos automotores. 
 
RS: DECRETO Nº 32.144/8DECRETO Nº 32.144, DE 30 DE DEZEMBRO DE 19855 
 
 Os Estados e o DF exigem o IPVA com base nas respectivas leis, porém não há 
lei complementar para atender à regra da alínea “a” do inciso III do art. 146 da CF: 
 
Art. 146. Cabe à lei complementar: 
 
III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre: 
 
a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos 
discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e 
contribuintes; 
 
 Argumenta-se que a instituição e cobrança podem ser feitas com a edição de lei estadual, 
 
28 
 
tendo por fundamento o § 3º do art. 24 da CF/88 e o § 1º do art. 32 da CF/88: 
 
Embora não haja normas gerais relativas ao IPVA em lei complementar, conforme 
exige o art. 146, III da CF/88, os Estados e o DF exercem a competência legislativa plena 
para satisfazer as suas peculiaridades, conforme autoriza o art. 24, § 3º c/c art. 32, § 1º da 
CF/88. 
 
 Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger- se-á por lei 
orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois 
terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos 
nesta Constituição. § 1º - Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas 
reservadas aos Estados e Municípios. 
 
Fato Gerador 
• O fato gerador do IPVA, embora não previsto em lei complementar, é a propriedade 
do veículo automotor, assim entendido qualquer veículo com propulsão por meio de 
motor, com fabricação autorizada e destinada ao transporte de mercadorias, pessoas 
ou bens como automóveis, motocicletas, embarcações e aeronaves, mas em 
decorrência do licenciamento. 
CTB – Anexo I 
 VEÍCULO AUTOMOTOR: todo veículo a motor de propulsão que circule por seus 
próprios meios, e que serve normalmente para o transporte viário de pessoas e 
coisas, ou para a tração viária de veículos utilizados para o transporte de pessoas e 
coisas. 
 
 O termo compreende os veículos conectados a uma linha elétrica e que não 
circulam sobre trilhos (ônibus elétrico). 
 
Fato Gerador = Propriedade 
• Assim, o fato gerador é a propriedade e não a posse, a mera detenção ou o 
próprio uso. 
• Por isso as indústrias automobilísticas e as revendedoras de automóveis não 
pagam o IPVA, pois não licenciam o veículo produzido. 
 
O fato gerador ocorre, via de regra, no dia 1º de janeiro de cada exercício, como 
só ocorre com os tributos incidentes sobre o patrimônio (ser proprietário) 
 
Em relação aos veículos novos, o fato gerador ocorre na aquisição 
 
No caso de importação de veículos, quando se considera a data do desembaraço 
aduaneiro para fins de incidência do tributo. 
 
 
29 
 
Também considera-se ocorrido o fato gerador na data em que se perde a 
imunidade ou a isenção. IPVA 
•A questão gera polêmica quando se pretende incluir no campo competencial do IPVA as 
aeronaves, cujo conceito legal pode ser extraído do art. 106 da Lei nº 7.565/86 (Código 
Brasileiro de Aeronáutica):Art. 1ei 7.565/86 (Código Brasileiro de Aeronáutica): 
 
 Art. 106. Considera-se aeronave todo aparelho manobrável em vôo, que possa 
sustentar-se e circular no espaço aéreo, mediante reações aerodinâmicas, apto a 
transportar pessoas ou coisas. 
Barcos e aviões não devem pagar IPVA, decide 
• Embarcações e aeronaves não devem pagar o Imposto sobre Propriedade de Veículos 
Automotores (IPVA). Esta foi a decisão do Plenário do Supremo Tribunal Federal 
(STF) ao dar provimento, por maioria, ao Recurso Extraordinário (RE) 379572. 
 
• O recurso foi interposto contra decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-
RJ), que havia julgado válidos os artigo 5º, II, da Lei estadual 948/85 e o artigo 1º, 
parágrafo único do Decreto 9146/86. Estes dispositivos faziam incidir o IPVA sobre 
proprietários de veículos automotores, incluindo embarcações e aviões. 
 arcos e aviões não devem pagar IPVA, decide STF 
• No início do julgamento, na sessão de 20 de setembro de 2006, o relator, ministro 
Gilmar Mendes, votou para negar provimento ao recurso, rememorando os 
julgamentos dos RE 134509 e 255111. As decisões desses recursos foram no sentido 
de considerar incabível a cobrança do IPVA para embarcações e aeronaves, 
afirmando que este imposto sucedeu a Taxa Rodoviária Única, que historicamente 
exclui embarcações e aeronaves. 
 
• Naquela ocasião, acompanharam o relator os ministros Ricardo Lewandowski, Eros 
Grau, Carlos Ayres Britto e Sepúlveda Pertence. O ministro Joaquim Barbosa abriu 
divergência por entender que “a expressão ‘veículos automotores’ seria suficiente 
para abranger embarcações, ou seja, veículos de transporte aquático”. 
Barcos e aviões não devem pagar IPVA, decide STF 
• O julgamento foi suspenso com o pedido de vista dos autos pelo ministro Cezar 
Peluso. 
 
Voto Vista: Ao retomar o julgamento do RE na sessão plenária de hoje, o ministro Cezar 
Peluso afirmou ter ficado convencido do acerto dos precedentes lembrados pelo relator 
durante seu voto. Por isso, votou também no sentido de dar provimento ao recurso, sendo 
acompanhado pelo ministra Cármen Lúcia. O ministro Marco Aurélio votou acompanhando 
a divergência, para negar provimento ao recurso. Dessa forma, por maioria, seguindo o 
voto do relator, ministro Gilmar Mendes, o Plenário do STF deu provimento ao Recurso 
 
30 
 
Extraordinário (RE) 379572. 
 
 
 Importante chamar a atenção para decisões do STF, no sentido de que o IPVA só 
deverá incidir sobre veículos automotores terrestres (vide publicação no Informativo 
do STF nº 270 de 27 a 31/05/2002). 
 
 Ademais, o veículo automotor é licenciado pelo Município e a aeronave é licenciada 
pela União (dado que circulam no espaço aéreo, não em rodovias de qualquer Estado, 
mas em aerovias). 
IPVA: Incidência sobre Embarcaçência dos Estados e do Distrito Federal para institue 
RE 134.509-AM, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ acórdão Min. Sepúlveda Pertence, 
29.05.2002. RE-134509)IPVA: Incidência sobre Aeronaves 
 
RE 255.111-SP, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ acórdãoMin.Sepúlveda Pertence, 
29.05.2002. (RE-255111) IPVA a veículos aéreos e aquáticos (Notícias Agência 
Câmara) 
•A Câmara analisa projeto de lei complementar que estende o Imposto de Veículos 
Automotores (IPVA) aos veículos aéreos e aquáticos (PLP nº 343/13). A Constituição de 
1988 prevê a incidência do IPVA apenas para os veículos automotores. 
 
•A proposta, do deputado Assis Carvalho (PT-PI), não prevê a tributação de veículos de 
uso comprovadamente comercial, destinados à pesca, aos serviços de táxi, ao transporte de 
passageiros e de cargas. Também não incluiu no texto tratores, caminhões, aviões agrícolas 
de pulverização e implementos agrícolas. 
10/02/2014 - Projeto estende IPVA a veículos aéreos e aquáticos (Notícias Agência 
Câmara) 
•De acordo com Carvalho, o Brasil possui a maior frota de aviões executivos do 
hemisfério sul, uma média de 12 mil aeronaves registradas, e uma frota náutica esportiva 
em torno de 168 mil unidades. 
 
•Para o deputado, nesse contexto, seria possível reduzir sensivelmente as alíquotas 
aplicadas atualmente sobre carros e motos, além de favorecer os empreendedores 
individuais e das empresas urbanas e rurais. "A medida vai garantir maiores recursos aos 
estados e municípios, devido à arrecadação maior de imposto", afirmou Carvalho. 
 
Tramitação: A proposta, que tramita em regime de prioridade, será analisada pelas 
comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois, 
seguirá para o Plenário. 
Base de 
Base de cálculo é o valor médio de mercado dos veículos automotores. 
 
 
31 
 
� - Na hipótese de veículos novos, considera-se valor médio de 
mercado o constante no documento fiscal, incluído o valor de 
opcionais e acessórios. 
� - Inexistindo a obrigatoriedade de emissão de documento fiscal, 
considera-se valor médio de mercado o constante em documento 
relativo à transmissão da propriedade 
� No caso de internamento de veículos automotores importados para 
uso do importador, considera-se valor médio de mercado o 
constante do documento de importação, convertido em moeda 
nacional pela taxa cambial vigente na data do desembaraço 
aduaneiro, acrescido dos impostos incidentes e das demais despesas 
incorridas 
 
 
Atente-se ao fato de que a EC 42/2003 dispôs na parte final do art. 150, § 1º da CF/88, que 
é exceção à anterioridade nonagesimal a alteração da base de cálculo do IPVA. 
 
Portanto, é possível que se proceda à fixação legal do valor venal de um veículo automotor, 
no fim de ano, e que tal modificação possa ser aplicada no 1º dia do exercício financeiro 
seguinte. 
 
• Exemplo: 
 
 Lei número tal, publicada em 31 de Dezembro de 2013 altera o valor venal de um 
certo veículo automotor. 
 
 Esse aumento legal será eficaz no dia seguinte, ou seja, em 1º de Janeiro de 2014, 
pois é uma exceção à regra dos 90 dias. 
Alíquotas 
 A Emenda Constitucional nº 42 de 19/12/2003, criou o § 6º do art. 155, 
estabelecendo as seguintes regras para o IPVA: 
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: 
 
III - propriedade de veículos automotores. 
 
§ 6º O imposto previsto no inciso III: 
 
 I - terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal; 
 
II - poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização. 
 
 I - 3% (três por cento), no caso de propriedade de veículos automotores dos tipos 
automóvel, camioneta e motor-casa, e, no caso de aeronave e embarcação, se de lazer, 
de esporte ou de corrida; 
 
32 
 
II - 2% (dois por cento), no caso de propriedade de veículos automotores dos tipos 
aeronave e embarcação, exceto de lazer, de esporte ou de corrida e dos tipos 
motocicleta, motoneta, triciclo e quadriciclo; 
III - 1% (um por cento), no caso de propriedade de veículos automotores dos tipos 
caminhão, caminhão-trator, ônibus e microônibus. 
IV - 1% (um por cento), no caso de veículos automotores, exceto os veículos dos 
tipos motor-casa, aeronave, embarcação, motocicleta, motoneta, triciclo e quadriciclo, 
de propriedade de empresas locadoras de veículos, utilizados na atividade de locação 
para terceiros. 
Contribuinte 
Contribuinte 
 
 O contribuinte do IPVA é o proprietário de veículos automotores sujeitos a registro 
e/ou licenciamento em órgão federal, estadual ou municipal, neste Estado. 
 
Art. 131. São pessoalmente responsáveis: 
 
I - o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos; 
 
São solidariamente responsáveis pelo pagamento do imposto e acréscimos devidos: 
I - as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador 
da obrigação principal; 
II - proprietário de veículo automotor que o alienar, a qualquer título, até o 
momento do registro da comunicação no órgão público de trânsito encarregado do registro 
e licenciamento, inscrição ou matrícula; 
III - o adquirente ou remitente do veículo automotor, em relação aos débitos do 
anterior ou dos anteriores proprietários 
Lançamento 
 
Lançamento do IPVA é feito de ofício. 
 
A Secretaria da Fazenda do Estado emite o documento e o envia anualmente para o 
proprietário do veículo. 
 
A propriedade prova-se pelo CRV – Certificado de Registro de Veículo. 
Outrosição das Receitas 
Repartição de Receitas: A repartição das receitas tributárias do IPVA será feita por rateio 
de 50% para o Estado e 50% para o Município, onde for efetuado o licenciamento do 
veículo (art. 158, III, CF/88): 
Art. 158. Pertencem aos Municípios: III - cinqüenta por cento do produto da arrecadação 
do imposto do Estado sobre a propriedade de veículos automotores licenciados em seus 
territórios; 
 
Para veículos utilizados em atividades de interesse socioeconômico específico 
(agroindústria, transporte público de passageiros, terraplenagem), haverá isenção. Art. 4º 
 
33 
 
Decreto n. 32.144/85 
Imunidade 
Quanto aos veículos das pessoas jurídicas de direito público, dos templos e das instituições 
de educação e assistência social, haverá imunidade (art. 150, VI, alíneas “a”, “b” e “c” da 
CF/88. 
 
Hipóteses de Furto ou Roubo Veículos Furtados/Roubados 
 
Art. 4. Decreto 32.144/95 
§ 4º - Será dispensado o pagamento do imposto se ocorrer perda total do veículo por furto, 
roubo, sinistro ou outro motivo que descaracterize o seu domínio útil ou a sua posse. 
 5º - A dispensa de que trata o parágrafo anterior será concedida pela Fiscalização de 
Tributos Estaduais, segundo instruções baixadas pela Receita Estadual. (Substituída a 
expressão "Departamento da Administração Tributária" por "Receita Estadual" pelo art. 2º 
(Alteração 094) do Decreto 48.882, de 23/02/12. 
§ 6º - A dispensa do pagamento do imposto, na hipótese dos §§ 4º e 5º, no exercício em que 
se verificar a ocorrência, desonera o interessado do pagamento do tributo devido na 
proporção do número de meses em que o titular do veículo não exerceu seus direitos de 
propriedade e posse e, nos casos de furto ou roubo, enquanto esses direitos não forem 
restaurados. 
§ 7º - Nos casos de veículos furtados ou roubados, sempre que forem restaurados os direitos 
de propriedade e posse violados, o contribuinte deve comunicar o fato, imediatamente e por 
escrito, à Fiscalização de Tributos Estaduais (art. 12, § 2º)

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