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3 UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP UNIDADE ACADÊMICA DE GRADUAÇÃO CURSO DE PSICOLOGIA TÍTULO: ÉTICA, SEXUALIDADE E O COMPORTAMENTO HUMANO Padrões comportamentais, valores éticos e morais 1 ÉTICA, SEXUALIDADE E O COPORTAMENTO HUMANO Resumo: Quando falamos em comportamento humano dentro da sociedade, levantamos à discussão sobre até onde é o limite de direito e permissão do individuo para com o próximo. Há um dito popular que proclama: “o seu direito acaba onde começa o dos outros”, essa frase se estabelece, também, as relações trabalhistas, o comportamento do individuo dentro de um ambiente de trabalho. Mas, quando o ato do patrão desrespeita o funcionário, com atitudes consideradas como assédios sexuais, há a quebra da ética profissional? Até onde o comportamento humano, movido pela sexualidade, pode ser entendido como instrumento que desobstrui para o entendimento ético e moral de uma sociedade? Palavras-chave: Assédio sexual, relação patrão funcionário. 1 INTRODUÇÃO A relação de trabalho entre patrão e funcionário é a discussão que vamos analisar na pesquisa Ética, sexualidade e o comportamento humano, vamos estabelecer relações nos conceitos morais e éticos observados dentro de uma sociedade tendo como base a própria sociedade, a cultura e a religião. Para isso, devemos compreender o significado de ética nas relações humanas. De acordo a psicóloga, psicopedagoga e pedagoga, Marina S. Rodrigues Almeida, autora do texto “Ético nas Relações Humanas” de 2014, ao lançar um olhar sobre as crises profundas que desestruturam a sociedade, constata-se que a violência tanto física como moral, gerada pela desvalorização à vida, são presença marcante no mundo atual. Segundo Marina, o desrespeito aos princípios éticos que guiam e orientam as relações humanas torna inviável a convivência harmoniosa entre as pessoas. Consideramos o fato de sermos uma sociedade globalizada, informatizada e contemporânea, que se apresenta pautada na velocidade, satisfação imediata, rapidez, agilidade, novidades científicas e tecnológicas a todo vapor, nos deparamos por outro lado com uma incapacidade humana de gerenciar, pensar e estabelecer diretrizes para proteção e respeito da própria raça. Característica esta natural do ser humano, pensante, afetivo e emocional que precisa de tempo para processar informações, novidades e se adaptar. (ALMEIDA, 2014, p. 1). 2 DESENVOLVIMENTO O advogado Fábio Luiz Pereira da Silva, em um texto “Assédio sexual no trabalho, responsabilidade do empregador”, publicado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), em 2001, comenta que as relações entre empregado e patrão são constituídas legalmente, por leis trabalhistas, e o assedio sexual e moral tornou-se um assunto de grande notoriedade nos últimos tempos. Vários debates englobando o assunto são travados constantemente, principalmente nos Tribunais. Segundo o advogado, também no âmbito do direito do trabalho verifica-se que não são poucos os casos de assédio sexual ocorrido no ambiente de trabalho. SILVA (2001, p. 1) afirma que “o caso mais rotineiro é o do superior hierárquico que, em troca de favores sexuais, promete ao subalterno, vantagens, promoções, melhores salários etc”. Conforme Silva, (2001, p.1) o assédio pode se dar também em outros casos, segundo o especialista, para que ele ocorra, no âmbito do direito do trabalho, basta que o assediador, no intento de alcançar seus objetivos sexuais, ofereça ao assediado benefícios sem os quais, presumivelmente, este não conseguiria alcançar sem a ajuda daquele. Ou, ainda, que o assediador demonstre intenção de prejudicar o assediado, caso não obtenha os favores sexuais que busca. Assim, o patrão sempre responderá pelos danos decorrentes de assédio sexual praticados contra empregado no ambiente de trabalho. Há entendimentos na doutrina no sentido de que o patrão somente responderia se efetivamente concorresse para o evento, deixando de tomar as medidas aptas a obstá-lo (neste sentido. ROBORTELLA, Luiz Carlos Amorim, em seu recente artigo Proteção à intimidade do empregado. Dano moral. Assédio Sexual, publicado no 'Repertório de Jurisprudência IOB', Caderno 2, Boletim 22/2000, texto 2/16695, p. 435/440). (SILVA, 2001, p. 1) No texto de Augusto Pio Benedetti, “Relações Humanas e Ética”, de 2016, o autor explica que, para as relações delicadas e improvisadas entre grupos de trabalho de uma empresa e a falta de cooperação e interação entre seus membros resultam, na maioria das vezes, em prejuízo à corporação da qual fazem parte. Benedetti comenta que a ética profissional e das organizações é muito importante, tanto para a adequada condução da carreira do empregado como para o crescimento das empresas envolvidas. O autor conta que a ética nas relações dentro da empresa – entre funcionários, funcionários e patrões – e da empresa com a comunidade externa é essencial para que se construa uma imagem positiva da organização, capaz de promover a sua evolução e, também, a de todos que trabalham nela, beneficiando a sociedade como um todo. É imprescindível ter sempre na consciência que há uma exorbitância de ações que não estão narradas nos códigos de muitas profissões e são comuns a várias atividades que uma pessoa pode exercer. Você pode perguntar a si mesmo: Estou sendo bom profissional? Estou agindo adequadamente? Realizo corretamente minha atividade? 3 RESULTADOS Desta forma, conforme o texto “Assédio sexual no trabalho, responsabilidade do empregador”, do advogado Fábio Luiz Pereira da Silva, é dever do empregador tomar medidas preventivas, assegurando a intimidade de seus empregados e preservando-os de situações vexatórias, como meio, não só de evitar controvérsias judiciais, mas também de resguardar a dignidade humana, garantida constitucionalmente (inciso X, art. 5.º da CF/88). 4 considerações finais Portanto, o assédio sexual acometido por patrão contra os funcionários, passou a ter um destaque bem maior no mundo globalizado, talvez, a informatização das novas tecnologias tenha possibilitado a divulgação dessas informações, já que, o desrespeito contra o funcionário é uma discussão antiga, mas, nem todo acesso às plataformas midiáticas comprovam a diminuição dos atos antiéticos dos patrões contra os empregados. É importante que o empregado esteja em atento em todas as atitudes anormais dos patrões, atitudes que esteja enquadradas em atos imorais e que ferem a legitimidade ética da parceria patrão-empregado. Outra metida é buscar o direto legal contido na constituição federal que, garante o direito de todos, caso haja o desrespeito antiético. REFERÊNCIAS ARRUDA et al. Fundamentos de ética empresarial e econômica. São Paulo: Atlas, 2001. Exemplo: BRESSANI, M. A. D. Resgatando o amor e a ética nas relações. Disponível em: . Acesso em: 4 jan. 2014. GOLDIM, J. R. Ética, moral e direito. 2003. Disponível em: . Acesso em: 10 abr. 2016. BENEDETTI, A. P. Relações Humanas e Ética. Disponível em: http://estudio01.proj.ufsm.br/cadernos_mecanica/oitava_etapa/arte_relacoes_humanas.pdf SILVA, F. L. P. Assédio sexual no trabalho, responsabilidade do empregador. Disponível em:.http://www.unesp.br/proex/informativo/edicao03dez2001/materias/assedio.htm
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