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GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS

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GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
AULA 1 – CONCEITOS E OBJETIVOS
FATORES DETERMINANTES
Não se pode esquecer a influência da globalização, que trouxe como decorrência, dentre outros fatores, a abertura dos mercados a nível mundial e aumento das incertezas econômicas. Em meio a operações logísticas muito mais complexas e abrangentes, a logística extrapolou os limites organizacionais, passando a assumir vínculos muito fortes entre todos os elos da cadeia produtiva.
Iniciamos com uma analise das varias fases, pelas quais as atividades logísticas passaram, desde sua concepção inicial, até a sua última fase, de integração total, tão presente nos dias atuais, com a introdução do Supply Chain Management (SCM). Segundo Fleury (2003), a origem das atividades logísticas, se confunde como o início das atividades econômicas organizadas. A partir do momento que o homem passou a realizar a troca de excedentes da produção especializada, foram introduzidas três das mais importantes funções logísticas: estoque, armazenagem e transporte. O excesso da produção gerada e não vendida transformava-se em estoque, o qual precisava ser armazenado, e mais tarde transportado, até o local de consumo.
A logística, em sua concepção inicial, consistia o simples ato de entregar o produto certo, no lugar solicitado, dentro de um determinado intervalo de tempo. Com o passar dos anos, este conceito evoluiu, adquirindo novas vertentes, procurando sempre se adaptar ás necessidades específicas de cada década, no decorrer do século XX (Bowersox, 2001).
O processo evolutivo da Logística pode ser melhor compreendido, ao ser analisado em fases sequenciais. Um estudo feito por John Kent e Daniel Flint (Figueiredo & Arkader, 1998), analisa a evolução do pensamento logístico, em cinco eras ou etapas principais.
Segundo o tal estudo, o Pensamento Logístico teve sua introdução no início do século XX, numa época em que prevalecia a economia agrária. De forma que, as atividades logísticas desenvolvidas até então, limitavam-se ao transporte e à distribuição física da produção agrícola.
A partir de 1940, no entanto, a Logística começou a englobar um maior número de atividades, relacionadas, sobretudo, com transporte, suprimentos, construção, e assistência a feridos. A logística foi então dividida em dois segmentos: distribuição física e suprimentos.
Nos EUA, o termo logístico empresarial se desenvolveu, tendo como maior preocupação o fornecimento de armamentos e munições às emissões militares. Ao entrar em guerra, o governo americano propôs uma estratégia produtiva, em meio a qual, a população do país, bem como as forças produtivas foram voltadas para a produção bélica.
ERA DA INTEGRAÇÃO INTERNA
A próxima fase proposta por Novaes marca o início do processo de integração na evolução logística, se dá a partir de 1970. Segundo o estudo proposto por John Kent e Daniel Flint, no entanto, já se verifica na década de 60, uma primeira tendência ao processo de integração. Tal fase é definida como “Era da Integração Interna”, e caracteriza o período, no qual o pensamento logístico começou a assumir uma abordagem sistêmica.
As atenções antes voltada especialmente para distribuição física, migraram para um enfoque mais amplo das funções, motivadas, sobretudo pela economia industrial. Algumas atividades, como o gerenciamento de transporte, suprimentos, distribuição, armazenagem, controle de estoque e de manuseio de materiais, já começaram a ser colocadas na pratica nessa época.
A década de 60 é bastante influenciada pelas necessidades de especialização da produção a nível mundial. Cada produto era fabricado na área que melhor conciliasse as questões de baixo custo e localização geográfica, o que por sua vez conduziu ao aperfeiçoamento dos sistemas de distribuição. O excesso da produção gerado nas regiões especializadas, pode desta forma, ser transportado de forma econômica para outras áreas produtivas e consumidoras.
Ainda na década de 60 observou-se, a influência da informática nos processos produtivos, com a introdução de cartões perfuradores e fitas magnéticas, que foram aos poucos substituindo alguns procedimentos manuais. O emprego de computadores trouxe relativas melhoras ao tratamento de problemas de sequenciamento da produção, localização otimizada de centros de distribuição, otimização de estoques, dentre outras atividades (Novaes, 2001).
Nessa fase, começou a se verificar uma certa invasão de valores no contexto social. A sociedade não se mostrava mais satisfeita com a padronização de produtos, exigido, portanto, uma maior variedade de opções.
Dessa forma, aos poucos foram sendo verificadas mudanças nos sistemas produtivos, que foram de tornando mais flexíveis, de forma a proporcionar maior leque de opções. No passo em que cresceram as variedades de cada produto, aumentaram também as suas concentrações em estoques: Maiores estoques por sua vez, implicavam em aumento nos custos de armazenagem. Diante de todas essas mudanças, os elementos chaves passaram a ser a otimização de atividades, assim como seu planejamento, na busca da racionalização integrada da cadeia de suprimentos.
Apesar do planejamento logístico já possuir nessa fase um alcance que vai além das fronteiras organizacionais, abrangendo também clientes e fornecedores, tal planejamento era caracterizado por sei ainda bastante rígido, não permitindo correções em tempo real. O planejamento uma vez definido, não podia ser mais modificado, sendo implementado em períodos longos. Por esse motivo, a interligação que conecta as diversas partes que compõem a cadeia de suprimentos nessa fase é rígida.
A década de 70 correspondente a um período crítico, no qual ocorreu uma série de crises econômicas no contexto mundial, tais como a crise do petróleo, que encareceu de forma extraordinária o transporte de mercadorias. Os efeitos das crises repercutiram nos meios produtivos, ocasionando uma certa mudança de prioridades. Dessa forma, as empresas que antes priorizavam o atendimento às necessidades de demanda, a partir de então, voltaram-se mais para que a questões como manutenção e suprimentos. Surgiram assim, profissionais especializados no gerenciamento da matéria prima.
Período esse, no qual, a Logística passou a assumir uma forte preocupação não só relacionada ao produto, mas também a qualidade de serviços prestados. As operações logísticas buscavam dessa forma, conciliar baixo custo com a melhora do nível de serviço. Nesse sentido, a logística voltou-se para questões de produtividade e custos de estoque.
Segundo Novaes (2001), outro fato característico desse período, foram as relativas melhoras verificadas nos fluxos logísticos, com a utilização intensiva da multimodalidade de transporte. Através do uso combinado de transporte aéreo, marítimo e terrestre, as empresas conseguiram obter redução de custos, assim como melhor aproveitamento de capacidade de transporte.
INTEGRAÇÃO FLEXIVEL
A terceira fase, que começou em fins da década de 1980, e ainda está em fase de implementação em muitas empresas, é caracterizada pela mudança de natureza do planejamento, que passou a assumir um caráter mais flexível, respondendo melhor às necessidades instantâneas do processo. A integração dinâmica e flexível foi verificada ao longo da cadeia de suprimentos, envolvendo não só as relações internas da empresa, mas também o relacionamento entre a empresa e seus fornecedores e clientes. Tal relacionamento ainda se dava, no entanto, de dois em dois, entre as entidades da cadeia logística.
Tal fase, na qual se desenvolveu o importante conceito de Logística Integrada, foi bastante influenciada pelo emprego de poderosas tecnologias de informação e sistemas de comunicações, que contribuíram para uma grande revolução na forma de se tratar as informações. A mudança no nível de integração foi favorecida pela adoção do EDI (Intercâmbio eletrônico de dados), que conduziu à flexibilização do processo de programação. As informações, que antes só apresentavam alguma funcionalidade no tratamento histórico, passarama ser essenciais para atualização de dados em tempo real.
Grandes melhoras no sistema de controle de estoque foram propiciadas pela introdução do código de barras em supermercados.  Tal tecnologia possibilitou o aumento do nível de integração entre o setor de vendas com depósitos e centros de distribuições. A coleta de dados, assim como a troca de informações, antes realizada de forma manual, sujeita a procedimentos demorados e muitas fontes de erro, passaram a ser realizadas de forma automática, com o emprego de tecnologias de captura de dados operantes em radiofrequência (Bowersox, 2001).
A interligação entre os elementos da cadeia já adquiriu nessa fase, um certo grau de flexibilidade, possibilitando responder de forma instantânea a eventuais mudanças externas.
INTEGRAÇÃO ESTRATÉGICA (SCM)
Na quarta e última era, que se estende até os dias atuais, o pensamento logístico assumiu uma visão mais estratégica no meio intra e inter empresarial.
Tal era é bastante influenciada pelos efeitos da globalização. Diante desse novo contexto, em que a Logística passou a ser vista como poderosa arma estratégica na conquista de novos mercados, se desenvolveu o importante conceito de Supply Chain Management. Conceito este, que propiciou uma integração a inda mais forte entre todos os elementos da cadeia produtiva, levando-os a atuar de forma conjunta, visando alcançar um objetivo comum que gerasse benefícios a todos.
Dessa forma, pretendia-se reduz ir custos e desperdícios; reduz ir estoques que se acumulam ao longo dos vários elos da cadeia de suprimentos; melhorar a qualidade de serviços ao consumidor final e minimizar o ciclo de vida do pedido.
Enquanto nas fases anteriores da evolução logística, podia-se perceber um papel bem delimitado entre os vários elementos que compunham a cadeia logística, na quarta fase, tal separação já não é mais tão nítida. De forma que se pode observar um certo grau de interseção entre as operações envolvidas ao longo da cadeia logística.
Tal fase é denominada, segundo o estudo proposto por John Kent e Daniel Flint, como a Era do Supply Chain. Na medida em que a logística abandonou seu caráter operacional, migrando para o nível estratégico, passou a ser denominada de Logística Integrada. Verificou-se assim, uma maior preocupação do processo logístico como um todo, envolvendo maior controle de toda a cadeia produtiva entre fornecedores, distribuidores e consumidores.
Segundo Novaes (2001), outros aspectos que ganharam maior relevância nesta nova fase, são os seguintes:
Preocupação dos impactos logísticos no meio ambiente assim como o tratamento atribuído à questão da logística reversa. Numa fase bastante marcada pelos efeitos da globalização, que contribuíram para o aumento da circulação de mercadorias por meios terrestres, os congestionamentos de trânsito tornaram-se mais frequentes, elevando bastante o nível de poluição atmosférica. Diante do movimento de uma série de entidades em defesa do meio ambiente, começou-se a refletir mais sobre os agentes poluentes envolvidos em operações logísticas. Houve uma maior preocupação também com o descarte de alguns produtos finais, muitas vezes maléficos ao meio ambiente, no processo produtivo. Descobriu-se, que muito destas matérias-primas, após serem submetidas a uma série de tratamentos, ou operações de reciclagem, poderiam ser reaproveitadas. Tentava-se reduzir dessa forma, os desperdícios de materiais, o que por sua vez possibilitariam diminuição de custos.
Abertura das Fronteiras Organizacionais seja através da formação de parcerias com fornecedores e clientes, seja pela prática da terceirização de uma série de atividades. Desta forma, cresceu de forma intensiva a circulação da informação por toda a cadeia produtiva, possibilitando o acesso mútuo de informações organizacionais e estratégicas.
Consequentemente, um maior grau de sincronismo foi verificado na cadeia de suprimentos, em toda a sua extensão. As inversas operações logísticas deixaram assim de atuar isoladamente, não sendo mais exclusivas de um setor específico. Pode-se perceber o grande grau de relevância que foi atribuído aos canais de comunicação, assim como aos novos sistemas de informações, ao propiciar um fluxo de informações mais eficiente. A questões como integridade de informação, confiabilidade de transmissão, foi dedicada uma atenção especial.
Surgimento da Prática do “Postponement” ou Postergação que possibilita a redução de prazo de entrega do produto, assim como diminuição das incertezas ao longo da cadeia. Por meio desta, os produtos ficam armazenados nos centros de fabricação na sua forma semi acabada, só recebendo o acabamento, quando solicitados para venda, nos centros de distribuição. 0 postponement permite responder de forma bastante flexível às necessidades de customização do usuário final. Grandes volumes de estoques de produtos acabados que se acumulavam nos pontos de venda, gerando custos de estoque, foram dessa forma, bastante reduzidos.
Preocupação com a satisfação plena do consumidor seja ele intermediário ou final, fato este que por sua vez conduziu a uma progressiva melhora na prestação de serviços, em termos de eficiência, qualidade, redução de preços e otimização de tempo. Diante da forte pressão por redução de estoque, os clientes institucionais foram induzidos realizarem compras de forma mais frequente, e em menores quantidades, exigindo, portanto, o cumprimento de prazos menores de entrega, não sujeitos a eventuais erros ou atrasos. Já o consumidor final, com um estilo de vida bastante marcado pelas pressões do trabalho, considera mais relevante, questões de qualidade de serviço e atendimento, capazes de proporcionar maior conforto, confiança e cumprimento fiel de prazos. Tais exigências tornam-se mais críticas e, portanto, mais complexas de serem gerenciadas, e otimizadas perante o tempo, com a prática progressiva do comércio eletrônico (Fleury,2003). Pode-se imaginar a verdadeira situação caótica que surgiu nas operações logísticas, na medida em que os produtos precisavam ser entregues diretamente na casa de uma infinidade de consumidores finais, ao invés de num único centro de distribuição.
Desenvolvimento Contínuo da Cadeia de Suprimentos
Devemos considerar o estado da arte da Logística na nova era. Descrevendo as suas características em relação às diversas fases já consolidadas, demonstrando-a como a nova tendência da Cadeia de Suprimentos do século XXI. Para isto, são apresentados três fatores já chamados de Triplo A, também chamados de Agilidade, Adaptabilidade e Alinhamento Estratégico.
Os objetivos do fator Agilidade são reagir rapidamente a mudanças de curto prazo em demanda ou oferta e processar sem atropelos distúrbios externos. Para que estes objetivos sejam atingidos, recomenda-se que as empresas adotem os seguintes métodos:
✔Promover um fluxo de informações com fornecedores e clientes;
✔Desenvolver relacionamentos de colaboração com fornecedores;
✔Projetar para posterg ação;
✔Formar reservas de estoques com compra de componentes essenciais de baixo custo;
✔Contar com um sistema logístico ou com parceiros confiáveis;
✔Esboçar planos de emerg ência e desenvolver equipes de gestão de crises
Atualmente as organizações são desafiadas a operar de forma eficiente e eficaz para garantir a continuidade de suas atividades, o que as obriga a constantemente desenvolver vantagens em novas frentes de atuação. As demandas impostas pelo aumento da complexidade operacional e pela exigência de maiores níveis de serviço pelos clientes, mas que anseiam por preços declinantes, servem de exemplo aqui.
	Competir é preciso e, portanto, é uma realidade que não se pode mais ignorar. Assim, todas as organizações buscam diferenciar-se de seus concorrentes para conquistar e manter clientes. Só que isto está se tornando cada vez mais difícil. O aumento da arena competitiva, representado pelas possibilidades de consumo e produção globalizadas, a necessidade de que se façam lançamentos mais freqüentes de novosprodutos, os quais, em geral, terão ciclos de vida curtos, e a mudança no perfil dos clientes, cada vez mais bem informados e exigentes, forçam as empresas a serem criativas, ágeis e flexíveis, mas também a aumentarem sua qualidade e confiabilidade.
	
A agregação de valor poderá surgir da oferta de entregas mais confiáveis e freqüentes, em menores quantidades, da oferta de maior variedade de produtos, melhores serviços de pós-venda, maiores facilidades de se fazer negócio e sua singularização na organização. Todas essas facilidades poderão ser transformadas em um diferencial aos olhos do cliente, que pode estar disposto a pagar um valor mais alto por melhores serviços, que representem benefícios.
DEFINIÇÃO DE LOGÍSTICA 
Muito se fala a respeito da Logística como sendo, atualmente, a responsável pelo sucesso ou insucesso das organizações. Porém, o que se pode perceber no mercado é que muito pouco se sabe sobre as atividades logísticas e como as mesmas devem ser definidas nas organizações.
É importante então evitar que situações de modismo acabem por influenciar o uso errado da palavra e, o que seria muito pior de suas técnicas e atividades. Como se pode perceber a atividade logística está inserida em diversos pontos da organização e sua correta aplicação se faz necessária para o bom andamento das atividades. 
Mas, afinal o que é realmente a Logística?
O termo Logística, de acordo com o Dicionário Aurélio, vem do francês logistique e tem como uma de suas definições a parte da arte da guerra que trata do planejamento e da realização de: projeto e desenvolvimento, intenção, armazenamento, transporte, distribuição, reparação, manutenção e evacuação de material (para fins operativos ou administrativos). Pela definição do Cound of Logistics Management 'logística é a parte do Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos que planeja, implementa e controla o fluxo e armazenamento eficiente e econômico de matérias-primas, materiais semi acabados e produtos acabados, bem como as informações a eles relativas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às exigências dos clientes".)
Pode-se definir Logística como sendo a junção de quatro atividades básicas: as de aquisição, movimentação, armazenagem e entrega de produtos
Para que essas atividades funcionem, é imperativo que as atividades de planejamento logístico, quer sejam de materiais ou de processos, estejam intimamente relacionadas com as funções de manufatura e marketing. 
Existem diversos tipos de organização, sejam privadas ou públicas, que se utilizam dos serviços logísticos, como empresas manufatureiras, empresas de transporte, empresas alimentícias, Forças Armadas, serviços postais, distribuição de petróleo, transporte público e muitas outras.
Logística é a chave de muitos negócios por várias razões, entre as quais incluímos o alto custo de operação das cadeias de abastecimento. Pode-se perceber que a tendência das organizações é a horizontalizarão, atividade cujos muitos produtos até então produzidos por determinada empresa do fim da cadeia de fornecimento passam a ser produzidos por outras empresas, ampliando o número de fontes de suprimento e dificultando a administração desse exército de fornecedores.
Se os custos são tão altos, por que então horizontalizar e criar demanda para atividades logísticas?
A resposta para a indagação acima se resume em duas palavras: mercado globalizado. À medida que as empresas investem em parceiros comerciais, aumentam os gastos com o planejamento de toda a cadeia. Ao analisar essa situação de forma holística, percebe-se que há uma redução de custos. Entretanto, mais importante do que tal redução, a atividade logística passa a agregar valor, melhorando os níveis de satisfação dos usuários, e, ainda, a mudança na atividade logística, se não for acompanhada por todas as organizações, levará à falência aquelas que não se enquadrarem.
Contudo, pode ficar uma questão a ser resolvida: como se dá a redução nos custos?
Tal redução, acompanhada de um estudo logístico, é explicada pela especialização das empresas fornecedoras, haja vista que as mesmas acabam por investir em tecnologia de ponta para os desenvolvimentos dos materiais, até então produzidos da empresa que está no fim da cadeia, que agora passarão a ser fabricados da mais nova empresa horizontalizada.
A partir desse momento, a tendência é que exista uma redução de custos, proporcionada pelo ganho de escala na produção e pelo desenvolvimento tecnológico, focado agora em uma determinada linha de produto.
Como se pode perceber, a atividade logística está inserida em diversos pontos da organização e sua aplicação se faz necessária para o bom andamento das atividades.
OBJETIVOS DA LOGÍSTICA
Atualmente as organizações são desafiadas a operar de forma eficiente e eficaz para garantir a continuidade de suas atividades, o que as obriga a constantemente desenvolver vantagens em novas frentes de atuação. As demandas impostas pelo aumento da complexidade operacional e pela exigência de maiores níveis de serviço pelos clientes, mas que anseiam por preços declinantes, servem de exemplo aqui.
Como agregar mais valor e, ao mesmo tempo, reduzir os custos, garantir o aumento e a lucratividade?
A Logística tem sido uma das maneiras mais frequentemente utilizadas para vencer esses desafios. A explicação reside na sua capacidade de evoluir para responder as necessidades advindas das profundas e constantes mudanças que as organizações estão enfrentando. O modo como a Logística vem sendo aplicada e desenvolvida, no meio empresarial e acadêmico, denota a evolução do seu conceito, a ampliado das atividades sob sua responsabilidade e, mais recentemente, o entendimento de sua importância estratégica.
Em seu estágio mais avançado, está sendo utilizada para o planejamento de processos de negócios que integram não só as áreas funcionais da empresa, como também a coordenação e o alinhamento dos esforços de diversas organizações na busca por reduzir custos e agregar o máximo valor ao doente final. A isto tem sido dado o nome de Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos.
Diante desse cenário, muitas empresas vêm empreendendo esforços para organizar uma rede integrada e realizar de forma eficiente e ágil o fluxo de materiais, que vai dos fornecedores e atinge os consumidores, garantindo a sincronização com o fluxo de informações que acontece no sentido contrário.
As empresas que têm implementado o Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos estão conseguindo significativas reduções de estoque, otimização dos transportes e eliminação das perdas, principalmente aquelas que acontecem nas interfaces entre as organizações e que são representadas pelas duplicidades de esforços. Como agregação de valor, estão conseguindo maior confiabilidade e flexibilidade, melhoram o desempenho de seus produtos e estão conseguindo lançar novos produtos em menores intervalos de tempo.
Apesar dos expressivos resultados obtidos, muitas dificuldades existem na implementação desse conceito, pois torna-se necessária uma profunda análise na cultura das empresas que irão compor a cadeia. 
A visão funcional deve ser abandonada, informações precisam ser compartilhadas, inclusive aquelas sobre os custos.
Os relacionamentos devem ser construídos com base em confiança mútua; o horizonte de tempo desloca-se do curto para o longo prazo, e um dos elos, chamado de elo forte, será responsável pela coordenação do sistema, e seu desempenho neste papel será funda mental para o alcance dos objetivos.
Um outro desafio é equacionar os diferentes tamanhos e objetivos dos componentes, e como isso exige uma mudança de cultura, o estabelecimento da cadeia requer tempo e esforço.
Dada a complexidade desse novo arranjo, que passa a ter dimensão inter organizacional, a medição de desempenho necessita de indicadores que permitam o controle da performance da cadeia como um todo. Não se pode esquecer que deve existir compatibilidade entre os sistemas de informação dos elos, que muitasvezes se utilizam de plataformas diferentes.
Por último, e muitas vezes esquecido, está o fato de que o elemento humano é de suma importância e, portanto, deverá ser treinado e estar preparado para esta nova realidade. Cabe registrar a escassez de profissionais nessa área, em especial, aqueles com visão sistêmica e conhecedores de todas as atividades logísticas.
Embora o conceito de Supply Chain Management ainda esteja sendo desenvolvido e não exista uma metodologia única para a sua implementação, sua adoção poderá ser uma fonte potencial de obtenção de vantagem competitiva para as organizações e mostra-se como um caminho a ser seguido pelas demais.
No Brasil, a maioria das empresas ainda está aplicando a logística de forma embrionária, o que as coloca em desvantagem diante de concorrentes externos. Poucos são os segmentos mais adiantados, como os da indústria automobilística e dos supermercados, que adotaram tais medidas.
Esforços para mudar este cenário já estão acontecendo, o que permite uma visão mais otimista na aplicação da logística no aproveitamento de seus benefícios para o país, melhorando assim nossa capacidade de competir.
AULA 1 – VIDEOAULA
Com o mundo globalizado e a competitividade cada vez mais acirrada, o estudo da Cadeia de Suprimentos, passou a ser fator preponderante para as empresas modernas. Podemos afirmar que os três elementos mais importantes na cadeia de suprimentos são:
 Transporte
 Armazenagem
 Estoque
A Logística, anteriormente, limitava-se a entrega de mercadorias onde o cliente determinava.
Com o passar do tempo esses conceitos foram se alterando em função da exigibilidade cada vez maior da demanda e da concorrência.
Pode-se conceituar a Logística em quatro etapas distintas que foram evoluindo ao longo dos anos.
Fase 1 -Nos idos do início do século XX, a produção era eminentemente agrária e a Logística tratava de transportar e distribuir esses produtos agrícolas.
Fase 2 - A partir da década de 1940, o advento da 2ª guerra mundial, trouxe a necessidade da locomoção e ressuprimento de veículos, pessoas, alimentos, novas construções e aí a Logística recebeu uma configuração que se dividia em dois segmentos: Distribuição física e suprimentos.
Fase 3 - Após o fim da 2ª guerra mundial, a Logística entra em outra fase a que denominou-se Fase da Integração Interna que preocupava-se então com o gerenciamento de transportes, suprimentos, gestão de estoques, armazenagem e suas atividades
Fase 4 – A partir da década de 1970, a produção industrial torna-se bem mais complexa em virtude das novas exigências da demanda, a produção em massa passa a ser uma realidade e aí a introdução da TI torna-se fundamental para o sucesso dos processos Logísticos
Mais adiante vemos então que as empresas entendem a necessidade da integração e o que hoje verificamos como Cadeia de Suprimentos, que deixou de ter apenas o contexto interno da empresa voltando-se também para os fornecedores e clientes.
Assim temos então a fase da integração com o conceito e entendimento que todos os processos e elementos da Cadeia de Suprimentos são interligados
Na fase de integração, que passamos a chamar de Cadeia de Suprimentos, algumas preocupações a partir da década de 1990 passaram a fazer parte do estudo da Cadeia Logística, como:
Impactos gerados ao meio ambiente 
Parcerias e terceirizações
Postergação / customização
Foco na demanda (nível de serviço)
Custos
Desenvolvimento contínuo da Cadeia
Atualmente, em razão da forte concorrência em virtude principalmente da globalização, as empresas modernas devem buscar diferenciais que as projete no mercado.
É necessário que as empresas aumentem seu nível de serviço continuamente, oferecendo produtos e serviços de altíssima qualidade, flexibilizando suas ações, respeitando sistematicamente as necessidades dos clientes, assim trazendo confiabilidade para que possa fidelizar sua demanda e também aumenta-la.
A Logística pode ser definida como a parte da Cadeia de Suprimentos que gerencia, planeja e controla os fluxos de materiais e informações.
Podemos também dizer que a Logística é a união dos quatro elementos básicos da Cadeia de Suprimentos;
Aquisição
Movimentação
Armazenagem 
Entrega
A logística auxilia as empresas a aumentar continuamente o nível de serviço ao cliente e a reduzir custos.
Isso só é possível através de um gerenciamento correto da Cadeia de Suprimentos, onde todas as ações estão interligadas e daí verifica-se quais as atividades ou processos que estão gerando custos desnecessários, procurando redefini-los ou até eliminando-os.
Aquela visão anterior de que só o “meu setor” me interessa, deve ser abandonada, o olhar deve ser sistêmico, todas as atividades ou processos ao longo da cadeia de suprimentos devem interessar a todos, essa interligação é importante, um elo fraco da cadeia tende a se romper, prejudicando então toda a cadeia.
Os relacionamentos ao longo da cadeia devem ser mútuos e de interdependência, ou seja, deverá ser uma relação de verdadeira parceria.
Observando sempre a influência e importância dos elementos externos a empresa, que são, os fornecedores e clientes.
Com eles integrados e como parceiros da empresa, a chance de sucesso aumenta substancialmente.
AULA 2 – FUNDAMENTOS DA LOGÍSTICA, CONCEITOS E CICLOS DE ATIVIDADES
O conceito de custo total abriu as portas para o exame das inter-relações entre os custos funcionais. Aprimoramentos subsequentes propiciaram um entendimento mais abrangente dos componentes do custo logístico e identificaram a necessidade crítica do desenvolvimento de uma análise do custo funcional e de recursos.
A competência logística é alcançada através da coordenação de suas atividades. O desafio está em gerenciar as atividades relacionadas a essas áreas funcionais, de tal forma orquestrada, com o objetivo de atender às exigências logísticas.
A principal unidade de análise da Logística é o ciclo de atividades. A análise da integração logística em termos de ciclos de atividades fornece uma perspectiva básica da dinâmica, das interfaces e das decisões que devem ser vinculadas para a criação de um sistema operacional.
O conceito de atividades logísticas
A competência logística é alcançada através da coordenação das atividades logísticas: tecnologia da informação, transportes, estoques, armazenagem, embalagem e manuseio e canais de distribuição. O desafio está em gerenciar as atividades relacionadas a essas áreas funcionais, de forma orquestrada com o objetivo de oferecer o nível de atendimento das exigências logísticas.
A tecnologia da informação é decisiva para uma comunicação rápida e precisa nos processos logísticos. A tecnologia atual é capaz de manipular os mais exigentes requisitos de informações As empresas estão aprendendo a utilizar essa tecnologia da informação para elaborar soluções logísticas inovadoras e únicas.
Quanto mais eficiente for o projeto do sistema logístico da empresa, mais sensível será a precisão das informações. Sistemas logísticos bem calibrados, baseados no tempo, não têm nenhum excesso de estoque, pois os estoques de segurança são mantidos num nível mínimo. O fluxo de informações torna um sistema logístico dinâmico. A disponibilidade de informações em tempo hábil, com qualidade, é fator-chave às operações logísticas.
TRANSPORTE: O transporte é a atividade logística que posiciona geograficamente os produtos. Devido a sua importância fundamental e a visibilidade de seu custo, o transporte recebe uma atenção especial entre as atividades logísticas. O custo do transporte é o pagamento pela movimentação entre duas localidades geográficas e as despesas relacionadas ao gerenciamento e manutenção do estoque em transito.
Os ciclos de atividades devem ser projetados para utilizar o transporte que minimize o custo total do sistema. Se uma movimentação especifica levar dois dias na primeira vez e seis na próxima, esta variação poderá criar sérios problemas nas operações logísticas. Sem consistência no transporte,torna-se necessária a formação de estoques de segurança como uma medida de proteção. A consistência do transporte está ligada diretamente à falta de produtos. 
Com o advento das novas tecnologias tornou-se possível controlar e informar a situação dos transportes. No projeto de um sistema de logística, deve se observar um equilíbrio entre custos de transportes e nível de serviço.
ESTOQUE: As necessidades de estoque de uma empresa dependem da estrutura da rede logística e do nível desejado de serviço ao cliente. Uma empresa poderia manter um centro de distribuição com todos os itens vendidos dedicado a cada cliente. No entanto, são poucas as situações em que empresas tem como mantes seus estoques em níveis tão elevados, em função do risco e custo total proibitivos. O objetivo é fornecer o serviço desejado ao cliente mantendo o mínimo em estoque, consiste com o menor custo total possível. 
As estratégias logísticas são projetadas para manter o mínimo possível de ativos financeiros em estoque. O objetivo básico é obter uma rotatividade máxima satisfazendo, ao mesmo tempo, os compromissos com os clientes.
ARMAZENAGEM: por envolver muitos componentes logísticos, a armazenagem não se enquadra em esquemas de classificação específicos, como estoque ou transporte. Um deposito é considerado, geralmente, um lugar onde são guardados estoques de materiais e de produtos. No entanto, muitos projetos logísticos, o armazém é considerado mais uma instalação de processamento do que um local de guarda de mercadorias. A armazenagem é parte de todo sistema logístico. Os sistemas de distribuição não devem ser projetados com vistas na manutenção de estoques por períodos excessivos, embora tenham ocasiões em que isto se justifica. 
As vantagens de armazenagem são de natureza econômica e nível de atendimento aos clientes. Nenhum deposito deve fazer parte de sistemas logísticos, a menos que a inclusão se justifique plenamente por meio da análise custo-benefício. Existem vários tipos de serviços que podem ser prestados por depósitos de materiais e produtos. A adaptação de serviços tradicionais de armazenagem às modernas exigências de prestação de serviços e de redução de custos faz parte dos requisitos da logística moderna.
CANAL DE DISTRIBUIÇÃO: Um canal de distribuição consiste em empresas empenhadas na compra e na venda de transações de produtos.
A meta de marketing é negociar, contratar e administrar transações em uma base continua. A força total de promoção criativa ocorre dentro de uma estrutura de marketing. Os participantes do canal de marketing são especialistas em transações, assim como agentes de produção, vendedores, intermediários, atacadistas e varejistas.
O canal de logística representa uma rede de relações de trabalho especializadas em movimentar e posicionar o estoque. O trabalho de logística envolve transporte, armazenagem de estoque, manuseio de materiais e processamentos de pedidos, além de uma variedade cada vez maior de serviços de valor agregados. Os envolvidos nos processos de logísticas estão preocupados em resolver exigências de espaço e de tempo.
A separação estrutural está fundamentada no fato de que as organizações comuns do canal não são normalmente ideais para a realização do marketing e de logística. Quando o participante do canal, como um revendedor, executa o trabalho de marketing e de logística, o arranjo é chamado de um sistema de estrutura única. 
Em função da necessidade de realizar vários e diferentes tipos de trabalho para satisfazer as exigências logísticas, não é de surpreender inúmeras empresas combinem competências para a criação da estrutura do canal. As exigências de logística de marketing de uma distribuição bem-sucedida só serão plenamente satisfeitas através da cooperação no âmbito de todo o canal.
EMBALAGEM E MANUSEIO: Embalagem e manuseio constituem uma parte integrante da Logística. 
Normalmente, é necessário armazenar mercadorias em momentos selecionados durante o processo logístico. Os veículos de transporte exigem manuseio de materiais para carregá-los e descarregá-los de uma maneira eficiente quando embalados juntos, em caixas de papelão ou contêineres. O manuseio de produtos é uma atividade importante. Os produtos devem ser recebidos, movimentados, classificados e montados de modo a atender às exigências do pedido do cliente e simplificam o fluxo dos produtos ao longo DE TODO SISTEMA LOGISTICO.
CICLOS DE ATIVIDADES LOGÍSTICAS
A principal unidade de análise da Logística integrada é o ciclo de atividades. A análise da integração logística em termos de ciclos de atividades fornece uma perspectiva da dinâmica, das interfaces e das decisões que devem ser vinculadas para a criação de um sistema operacional. Os fornecedores, a empresa e seus clientes são vinculados através dos meios de comunicação e do transporte.
A principal unidade de análise da Logística integrada é o ciclo de atividades, que envolve as interfaces com fornecedores, empresa e clientes.
 Os ciclos de atividades tornam-se dinâmicos à medida que atendem aos requisitos de entrada/saída. A entrada de um ciclo de atividades é um pedido que especifica os requisitos de um produto ou material. Um sistema de alto volume em geral exige diversas combinações diferentes de ciclos de atividades para atender a todos os requisitos do pedido. A medida que os requisitos são altamente previsíveis ou relativamente poucos, os ciclos de atividades necessários para fornecer apoio logístico podem ser simplificados. A estrutura geral dos ciclos de atividades necessários para dar apoio a uma empresa varejista de grande porte é muito mais complexa que as exigências de estrutura operacional de uma empresa de medidos por reembolso postal. 
A saída do sistema é o nível de desempenho esperado da operação logística. A estrutura dos ciclos de atividades será considerada eficaz desde que as exigências operacionais sejam satisfeitas.
Dependendo da missão operacional de um ciclo de atividades especifico, as atividades necessárias podem estar sob o controle de uma única empresa ou podem envolver múltiplas empresas.
Ciclos de apoio à produção estão normalmente sob o controle total de uma única empresa. Por outro lado, ciclos de atividades relacionadas à distribuição física e a suprimentos envolvem normalmente a participação do cliente ou fornecedor. Os ciclos de atividades envolvem a Cadeia de suprimentos inteira e vinculam parceiros participantes.
É importante saber que a frequência de transações varia de um ciclo de atividades para outro. Alguns ciclos de atividades são estabelecidos para proporcionar uma compra ou venda única. Outros ciclos de atividades representam arranjos a longo prazo.
Independentemente do número e dos diferentes ciclos de atividades utilizadas por uma empresa para satisfazer suas exigências logísticas, cada um deve ser projetado individualmente e gerenciado operacionalmente. Em essência, a estrutura dos ciclos das atividades é a base para implementação da Logística integrada. Para uma melhor compreensão desse conceito importante, a natureza das semelhanças e diferenças dos ciclos de atividades, associados à distribuição física, apoio a manufatura e suprimentos, é adiante apresentada e discutida.
CICLOS DE ATIVIDADES DA DISTRIBUIÇÃO FÍSICA
	Os ciclos de distribuição física envolvem o processamento e a entrega de pedidos do cliente. A distribuição física está relacionada com as atividades de vendas e marketing, pois proporciona a disponibilidade de produtos, de maneira econômica e a tempo.
O ciclo de atividades típico da distribuição física envolve quatro atividades relacionadas: transmissão de pedidos, seleção de pedidos, transporte do pedido e entrega ao cliente.
A chave para a compreensão da dinâmica do ciclo de atividades da distribuição física é ter em mente que os clientes iniciam o processo fazendo pedidos. A capacitação de resposta logística da empresa vendedora constitui uma das competências mais significativas na estratégia de marketing.
 CICLOS DE ATIVIDADES DE APOIO À PRODUÇÃOOs ciclos de atividades de apoio à produção consistem na Logística da produção. A produção pode ser vista como estando posicionada entre a distribuição física e as operações de suprimentos de uma empresa. O apoio logístico à produção tem como principal objetivo estabelecer e manter um fluxo econômico de materiais e estoque em processo para dar apoio às programações de produção. A movimentação e a armazenagem de produtos, materiais, componentes e peças semi acabadas entre instalações da empresa representam a responsabilidade operacional da Logística de apoio à manufatura.
A Logística de apoio à manufatura normalmente diz respeito exclusivamente à empresa, ao passo que as outras áreas lidam com a incerteza comportamental de clientes e fornecedores externos. Mesmo em situações em que são efetuados contratos de fabricação com terceiros para aumentar a capacidade interna, o controle total é maior que nas outras duas áreas operacionais.
A Logística de apoio à manufatura normalmente diz respeito exclusivamente à empresa, ao passo que as outras áreas lidam com a incerteza comportamental de clientes e fornecedores externos. Mesmo em situações em que são efetuados contratos de fabricação com terceiros para aumentar a capacidade interna, o controle total é maior que nas outras duas áreas operacionais.
Numa típica organização de manufatura, suprimentos fornecem materiais e componentes fabricados externamente quando e onde necessários. Iniciada a operação de produção de uma empresa, exigências subsequentes de movimentação entre fábricas de materiais ou produtos semi acabados são classificadas como apoio à produção. Concluída a produção, o estoque de produtos acabados é alocado e distribuído diretamente para os clientes ou para centros de distribuição para entrega subsequente para o cliente.
Quando uma empresa tem várias fábricas especializadas em atividades de produção específicas, o sistema de apoio à produção pode exigir uma ampla rede de ciclos de atividades. Visto que fábricas especializadas executam estágios de produção e fabricação exclusivos antes da montagem final, inúmeras manipulações e transferências são normalmente necessárias para concluir o processo de produção.
CICLOS DE ATIVIDADES DE SUPRIMENTOS
Várias atividades ou tarefas são necessárias para facilitar um fluxo ordenado de materiais, peças ou estoque de produtos acabados para um complexo de produção ou distribuição: a procura, colocação do pedido e expedição, transporte e recebimento. Essas atividades são essenciais para completar o processo de suprimentos.
Recebidos os materiais, peças ou produtos de revenda que foram adquiridos, as exigências de armazenagem, manipulação e transporte subsequente para facilitar a produção ou redistribuição são fornecidas da maneira adequada pelos outros ciclos de atividades.
Devido ao âmbito limitado das operações de suprimentos, atualmente elas vêm sendo amplamente identificadas como Logística de Entrada.
Com três diferenças importantes, o ciclo de suprimentos é semelhante ao ciclo de distribuição: tempo de entrega, tamanho do carregamento, método de transporte e o valor dos produtos envolvidos são substancialmente diferentes. Suprimentos requerem frequentemente carregamentos muito grandes.
O objetivo básico de suprimentos é executar a Logística de Entrada pelo menor custo total. O valor mais baixo dos materiais e peças, em relação aos produtos acabados, significa que existe um trade-off em potencial entre o custo de manutenção do estoque em trânsito e o tempo de deslocamento, visando utilizar meios de transporte de baixo custo. Visto que o custo diário para manter os materiais e a maioria dos componentes no canal de suprimentos menor que o custo de manutenção do estoque de produtos acabados, o pagamento de tarifas muito elevadas por um transporte mais rápido não agrega normalmente nenhum benefício. Quando componentes de alto valor são empregados na produção, a ênfase geralmente muda para compras em lotes menores e quantidades exatas que exigem um controle logístico acurado.
Uma característica particular de supri mentos é que o número de fornecedores utilizados por uma empresa é normalmente menor que a base de clientes atendidos. O ciclo de suprimentos normalmente é mais direto.
AULA 2 - VIDEOAULA
A Logística é uma atividade meio e não atividade fim.
A Logística é uma atividade de apoio, propiciando auxílio, principalmente, a produção e ao marketing.
Os fundamentos da Logística a nível estratégico são:
Nível de serviço ao cliente;
Redução / Otimização dos custos
Conseguir esse equilíbrio não é uma tarefa das mais fáceis, pois quando aumenta-se o nível de serviço ao cliente, a tendência é que os custos aumentem também.
Portanto conseguir operacionalizar os dois fundamentos a nível estratégico, da Logística é imprescindível para o sucesso das empresas modernas.
Podemos notar que alguns processos são comuns a todos os elos da Cadeia de Suprimentos e são esses processos portanto que trazem mais impactos em custos para a Cadeia, são eles:
Transportes
Armazenagem
Estoques
Administrar com eficiência e eficácia esses três processos implica em reduções substanciais nos custos logísticos e totais.
Esse conjunto de processos podem corresponder a até 45% dos custos das operações logísticas ao longo da Cadeia de Suprimentos.
TRANSPORTE
O transporte é a função da Logística que posiciona geograficamente os produtos, portanto o transporte é visto de forma especial pois além de sua importância, é também responsável por uma parcela substancial dos custos na Cadeia de Suprimentos.
O modo pelo qual os produtos são transportados agregam uma série de características que podem impactar os clientes ou forçar a empresa a formar estoques.
Deve-se também levar em consideração o transporte interno, pois esses muitas vezes acarretam custos indesejáveis as empresas.
ESTOQUES
Os estoques são formados pelas empresas em função das incertezas quanto a demanda e/ou quanto ao ressuprimento.
Os estoques trazem impactos em custos importantes para a Cadeia de Suprimentos, assim como uma perigosa relação de riscos, além de imobilizar capital da empresa.
Esses aspectos são diretamente proporcionais ao tamanho do estoque.
Atualmente as empresas buscam ter seus estoques em níveis mínimos possíveis, já que estoque zero é muito difícil para a grande maioria das empresas
ARMAZENAGEM
A armazenagem é também um aspecto bastante importante na Cadeia de Suprimentos, pois envolve diversas atividades logísticas, podendo também gerar custos bem expressivos se mal administrados.
Quando nos referimos a armazenagem estamos nos reportando aos espaços físicos, armazéns, onde são guardadas, estocadas, as mercadorias.
Existem diversos tipos de armazéns sempre voltados a atender as mercadorias (estoques) que estão ali guardados, segundo as suas mercadorias.
Podemos afirmar que a função precípua de um armazém é a de preservar fisicamente a s mercadorias ali guardadas, mantendo sua qualidade original.
CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO
Os canais de distribuição são as formas pelas quais a empresa faz chegar até o seu cliente os seus produtos.
O fluxo de distribuição pode conter diversos elementos a que chamamos de intermediários, todos com a função de oferecer aos clientes os produtos dos fabricantes. São elementos desse fluxo além dos fabricantes:
Distribuidores (atacadistas)
Representantes
Varejistas
Consumidor final
Quanto maior o nº de participantes do fluxo de distribuição, maior será o custo agregado que será repassado para o preço final do produto. 
MANUSEIO
Uma outra atividade também bastante constante e por isso relevante nas operações logísticas é o manuseio.
Os manuseios das mercadorias podem ser influenciados por alguns aspectos como:
Embalagem – as embalagens devem dar suporte ao manuseio em função da segurança quanto a danos nos produtos.
Equipamento – As movimentações das mercadorias também dependem quanto a segurança e agilidade dos equipamentos que estão sendoutilizados.
Produto – As características do produto também vão influenciar no manuseio, como a forma física do produto
A logística de produção é uma etapa da cadeia de suprimentos onde a Logística apoia principalmente quanto ao ressuprimento de matérias primas, insumos, materiais auxiliares, materiais de embalagem, etc. ...
O elo da cadeia de suprimentos a que chamamos de Logística de Suprimentos é o elo intermediário entre o elo de Suprimentos que passa a ser o seu fornecedor interno e o elo de distribuição que passa a ser seu cliente interno.
Essa consecução de atividades e processos devem estar bem harmoniosos de forma que não se verifique descontinuidades na Cadeia de Suprimentos vindo a prejudicar o seu fluxo de funcionamento.
Podemos portanto definir as atividades logísticas em três macro processos, dentro da Cadeia de Suprimentos, que são:
Logística de Suprimentos (in bound)
Logística de Produção
Logística de Distribuição (out bound)
Esses são os três elos da cadeia que devem estar sempre equilibrados para que nenhum deles se rompa.
LOGÍSTICA DE SUPRIMENTOS 
É a série de atividades logísticas que tratam de suprir a Cadeia de Suprimentos.
Inicia-se nos procedimentos de compras, recebimento, conferência, armazenagem e controle com a finalidade de dar5 apoio ao seu cliente interno que é a Logística de Produção
LOGÍSTICA DE PRODUÇÃO
É exatamente o elo da Cadeia de Suprimentos encarregada de após suprida pelo seu fornecedor interno, a Logística de Suprimentos, transformar as matérias primas e outros materiais em produtos finais que são aqueles desejados pelos clientes conforme a definição do marketing.
Esses produtos após finalizados e embalados são encaminhados para os seus clientes internos que é a Logística de Distribuição.
LOGÍSTICA DE DISTRIBUIÇÃO
Esse é o último elo interno da Cadeia de Suprimentos, é nesse ambiente que são acolhidos os produtos já finalizados, armazenados para então serem entregues ao cliente.
Nesse elo também encontram-se atividades logísticas importantes como: picking, faturamento, expedição, distribuição física, essa última atividade considerada a eficácia da cadeia de suprimentos.
AULA 3 – IDENTIFICAÇÃO E VISÃO DOS FATORES CHAVES
PREVISÃO DE DEMANDA:
A previsão de demanda consiste na fixação da quantidade de produtos e serviços correspondentes de que os clientes necessitarão em determinada situação.
A necessidade de saber, de forma precisa, a demanda do produto, é de grande importância para as operações da empresa - marketing, fabricação e logística. 
As previsões de marketing em relação à demanda futura determinam a alocação de pessoal de vendas, estratégias promocionais, de preços e atividades referentes à pesquisa de mercado. As previsões de produção determinam escalas de produção, estratégias de aquisições e compras e decisões referentes ao inventário de fábrica.
As previsões de administração da logística fixam as quantidades pertinentes a cada item produzido que serão transportadas aos diversos mercados que a empresa atende. A administração da logística deve também identificar a origem da de manda no sentido de que uma quantidade de produto possa ser alocada ou estocada em cada área de seu mercado. O conhecimento de níveis Futuros de demanda permite ao administrador da logística alocar seus recursos (orçamentos) a atividades que atenderão a essa demanda.
Ciclos de Atividades Logísticas – Suprimentos
Ocorre na interface entre o fabricante e o fornecedor e inclui todos os processos necessários para garantir que os materiais estejam disponíveis e a fabricação ocorre sem atrasos. O fabricante faz pedidos de componentes aos fornecedores que possam reabastecer seus estoques. A relação é muito parecida com aquela entre distribuidores e fabricantes, com uma diferença significativa: enquanto os pedidos entre varejistas e distribuidores são acionados com incerteza em relação à demanda do cliente, os pedidos dos componentes podem ser determinados com precisão, uma vez que o fabricante já decidiu qual será sua programação de produção. Assim é importante que os fornecedores estejam em contato com a programação de produção do fabricante. Os processos desse ciclo de acordo com o autor Meindl (2006) são:
Pedido baseado na programação do fabricante ou nas suas necessidades de estoque;
•Programação da produção do fornecedor;
•Fabricação e transporte dos componentes;
•Recebimento pelo fabricante
Pedido baseado na programação do fabricante ou nas suas necessidades de estoque;
•Programação da produção do fornecedor;
•Fabricação e transporte dos componentes;
•Recebimento pelo fabricante
Pedido baseado na programação do fabricante ou nas suas necessidades de estoque;
•Programação da produção do fornecedor;
•Fabricação e transporte dos componentes;
•Recebimento pelo fabricante
•Pedido baseado na programação do fabricante ou nas suas necessidades de estoque;
•Programação da produção do fornecedor;
•Fabricação e transporte dos componentes;
•Recebimento pelo fabricante.
•Pedido baseado na programação do fabricante ou nas suas necessidades de estoque;
•Programação da produção do fornecedor;
•Fabricação e transporte dos componentes;
•Recebimento pelo fabricante.
Ciclos de Atividades Logísticas – Produção
Ocorre na interface entre o distribuidor e o fabricante (ou varejista e fabricante) e inclui todos os processos envolvidos no reabastecimento dos estoques do distribuidor (ou varejista). Esse ciclo é acionado pelos pedidos dos clientes, pelos pedidos de reabastecimento de um varejista ou pela previsão de demanda dos clientes e pela disponibilidade atual de produtos nos depósitos de produtos acabados do fabricante. Os processos envolvidos nesse ciclo são os seguintes, segundo o autor Meindl (2006):
CHEGADA DO PEDIDO- durante esse processo, o distribuidor programa o aciona mento do pedido de reabastecimento com base na previsão futura demanda e nos estoques já existentes. 
O pedido resultante é então transmitido ao fabricante. Em alguns casos, o cliente ou o varejista podem fazer o pedido direto ao fabricante. Em outras ocasiões, o fabricante produz para estocagem em um deposito de produtos acabados;
PROGRAMAÇÃO PARA PRODUÇÃO- durante esse processo, os pedidos são integrados ao planejamento ou à programação da produção. Dadas as quantidades de produção necessárias, o fabricante deve decidir qual será a sequência exata de produção. Caso possua diversas linhas, o fabricante deve decidir também que produtos serão alocados em cada linha. O objetivo desse processo é maximizar a quantidade de pedidos atendidos no prazo, mantendo os custos baixos;
FABRICAÇÃO E TRANSPORTE- durante esse processo, o fabricante produz de acordo com a programação de produção, atendendo aos padrões de qualidade. Durante a fase de transporte, o produto é transportado ao consumidor, ao varejista, ao distribuidor ou ao depósito de produtos acabados. O objetivo desse processo é entregar o produto na data prometida, atendendo aos padrões de qualidade e mantendo os custos baixos;
RECEBIMENTO- durante esse processo, o produto é recebido pelo distribuidor, pelo depósito de produtos acabados, pelo varejista ou pelo cliente e os registros de estoques são atualizados.
Outros processos ligados à estocagem e transferência de fundos também ocorrem.
Ciclos de Atividades Logísticas – Distribuição
Acontece na interface entre o varejista e o distribuidor ou fabricante e engloba todos os processos ligados ao reabastecimento dos estoques do varejista. Inicia-se quando um varejista faz um pedido para reabastecer estoques que deverão atender a uma futura demanda. Em alguns casos, o reabastecimento é feito por um distribuidor que possui um estoque de produtos acabados.
Em outros casos, o reabastecimento é feito diretamente pela linha de produção do fabricante. O objetivo do ciclo de reabastecimento é restaurar os estoques dos varejistas a um custo mínimo e oferecer simultaneamente a disponibilidade de produtos necessários ao cliente. Os processosenvolvidos no ciclo de reabastecimento são os seguintes, de acordo com o autor Meindl (2006):
Acionamento do Pedido do Varejista: ao atender a demanda do cliente, o varejista tem seu estoque esgotado, devendo ser reabastecido para atender a solicitações futuras. É essencial o planejamento de uma política de reabastecimento ou emissão de pedidos que acionem um pedido de reabastecimento a partir de um estágio anterior (possivelmente o distribuidor ou o fabricante).
O objetivo do processo de acionamento de pedido do varejista é maximizar a lucratividade equilibrando disponibilidade de produto e custo;
Emissão do Pedido do Varejista: refere-se à comunicação do varejista ao distribuidor ou fabricante sobre os produtos que deseja adquirir. 
O objetivo desse processo é que o pedido seja emitido com precisão e transmitido rapidamente a todos os processos da cadeia de suprimento a eles relacionados;
Atendimento ao Pedido do Varejista: nesse processo o pedido é atendido e enviado ao cliente. Uma distinção muito importante é a dimensão do pedido em relação ao pedido dos clientes. Os pedidos dos clientes costumam ser menores que os pedidos de reabastecimento do varejista. O objetivo desse processo é reabastecer seu estoque no prazo e minimizar custo;
Recebimento do Pedido pelo Varejista: uma vez que o pedido de reabastecimento chega ao varejista, ele deve providenciar o que foi pedido, atualizar todos os registros de estoques e quitar todas as contas a pagar. Esse processo envolve fluxo de produtos do distribuidor ou fabricante para o varejista, bem como fluxo financeiro e de informações. O objetivo desse processo é atualizar os estoques e abastecer as prateleiras de maneira rápida e precisa, com o menor custo possível.
Atividades Logísticas
Lambert et al. (1998) considera, na Administração da Logística, um conjunto de algumas atividades que compõe o fluxo de um produto desde o ponto de origem até o ponto de consumo, explicando sua importância:
Processamento de Pedidos: O sistema de processamento de pedidos é o centro nervoso do sistema de logística. O pedido do cliente serve como mensagem de comunicação que desencadeia o processo logístico. A velocidade e a qualidade dos fluxos de informações têm impacto direto no custo e na eficiência da operação como um todo. O processamento de pedidos e os sistemas de informações formam a base dos sistemas de informações gerenciais e corporativas. É uma área que oferece um potencial considerável para a melhoria do desempenho da logística.
O ciclo típico de pedido consiste dos seguintes componentes: 
Preparação e transmissão do pedido; 
Recebimento e entrada do pedido; 
Processamento do pedido; 
Resgate no estoque e embalagem; 
Expedição do pedido e 
Entrega e descarregamento no cliente.
Comunicações de Distribuição: Hoje, o sucesso no ambiente empresarial exige a administração de um sistema complexo de comunicações. Deve ocorrer uma comunicação eficaz entre: 
A empresa, seus clientes e seus fornecedores; 
Os principais componentes funcionais da empresa - marketing, fabricação, logística e finanças/contabilidade;
As diversas atividades relacionadas à logística, tais como serviço ao cliente, tráfego e transporte, armazenagem e estocagem, processamento de pedidos e controle de inventário. 
A comunicação é o elo vital entre o processo 
Controle de Inventário: A atividade de controle de inventário é crítica por causa da necessidade financeira de manter um nível de estoque de produtos em quantidade adequada para satisfazer as necessidades dos clientes e da produção. Manter estoques de matérias-primas, peças de reposição e produtos finais consome espaço e capital. O dinheiro investido em inventário torna-se indisponível para outros fins, e basta mencionar que o custo da manutenção de estoques pode variar de 14 a mais de 50%, dependendo do produto. Um bom controle de inventário começa na determinação do nível de estoque necessário para atender ao cliente, ao mesmo tempo em que se leva em conta o custo de desempenho das outras atividades logísticas.
Tráfego e Transporte: Um componente importante do processo logístico é o movimento ou fluxo de bens desde o ponto de origem até o ponto de consumo. Um produto produzido em um ponto tem muito pouco valor para o cliente potencial, a não ser que o mesmo seja direcionado ao ponto onde será consumido. Neste caso, o transporte opera essa movimentação. A movimentação por meio de fatores como distância ou espaço cria utilidade de valor ou lugar. A utilidade de tempo é, em sua maior parte, criada ou adicionada pela guarda e armazenagem do produto até que ele seja necessário. Mas o transporte significa um fator na utilidade de tempo, ao determinar a rapidez e consistência de um determinado produto que se move de um para outro ponto. 
Isto é conhecido como tempo em trânsito e consistência de serviço. Se um produto não estiver disponível na data exata em que se precisar dele, poderá haver repercussões dispendiosas, tais como vendas perdidas, insatisfação do cliente e parada de produção. As atividades de tráfego e transporte administram a movimentação de produtos e incluem: escolha do meio de transporte (aéreo, ferroviário, marítimo/fluvial, duto viário, rodoviário); escolha de um caminho específico (rota); obediência a diversas regulamentações em relação ao transporte, em nível municipal, estadual e federal; e conhecimento das exigências no transporte doméstico e internacional. 
O transporte é muitas vezes o maior custo individual no processo da logística. Portanto, é um componente importante que deve ser administrado com eficácia. O transporte, sob a ótica da logística, compreende a distribuição do produto, relacionando-se aos vários métodos e mecanismos utilizados no sentido de movimentar o mesmo. Ao se planejar a movimentação de produtos pela cadeia de distribuição física, deve ser verificado o modal de transporte mais adequado para conduzir o produto ao seu destino final. Na perspectiva de Keedi (2001), para o desenvolvimento adequado da logística, é de importância fundamental o conhecimento dos diferentes modais de transporte, bem como as cargas adequadas a cada um deles. Este autor assevera que, no planejamento da escolha do meio de transporte mais eficaz é necessário analisar todas as rotas possíveis, observando os modais mais adequados a cada percurso. Devem-se considerar itens como capacidade de transporte, menor custo, segurança, versatilidade e rapidez. 
Armazenagem e Estocagem: Armazenagem e estocagem são atividades que administram o espaço físico necessário para manter inventários. É parte integrante de todos os sistemas logísticos, uma vez que desempenha um papel importante em proporcionar o nível desejado de logístico como um todo e os clientes da empresa. Uma comunicação precisa e sem atrasos é a pedra fundamental da boa administração da logística. O sistema de comunicações de uma empresa pode ter a sofisticação de um sistema de informações gerenciais ou consistir simplesmente em comunicações verbais entre pessoas. Em qualquer sistema, deve haver disponibilidade e comunicação das informações vitais entre as pessoas que "precisam saber" serviço ao cliente a um baixo custo total. No decorrer do tempo, a armazenagem evoluiu de uma faceta relativamente menor dos sistemas logísticos da empresa a uma de suas funções mais importantes.
Podemos definir armazenagem como a parte do sistema logístico da empresa que estoca produtos (matérias-primas, peças, produtos semi acabados) entre o ponto de origem e o ponto de consumo, e proporciona informações à diretoria sobre a situação, condição e disposição dos itens estocados. O papel óbvio da armazenagem é estocar produtos. Entretanto, a armazenagem proporciona subdivisão, consolidação e serviços de informação. Essas atividades enfatizam o fluxo do produto em vez da estocagem. Uma movimentação rápida e eficiente de grandes quantidades de matérias-primas, partes sobressalentes e bens acabados através do armazém, combinadacom informações rápidas e precisas sobre os produtos estocados, é a meta de todo o sistema logístico.
AULA 3 – VIDEOAULA
DEFINIÇÃO DA DEMANDA
Definir a demanda é um aspecto crucial para o sucesso da Cadeia de Suprimentos.
Deve ser um dos processos mais bem identificados e entendidos, pois a definição da demanda nos informa o potencial de vendas futuras em relação a quantidade.
Essas informações vão alimentar os programas de produção que por sua vez vão exigir materiais para que o produto seja confeccionado para então abastecer os estoques de produtos acabados.
Desequilíbrios nesse processo vão acarretar problemas de falta ou sobras nos estoques.
Existem diversos métodos que podem ser utilizados para a definição da demanda.
SUPRIMENTOS
Um outro aspecto também bastante importante para a Cadeia de Suprimentos é exatamente a questão dos ressuprimentos. Ter um abastecimento regular e exato traz tranquilidade aos gestores que poderão então ordenar seus planos de ação no sentido de transpor toda a cadeia sem intercorrência, chegando com os produtos no cliente da forma como esse esperava.
Para que esse abastecimento tenha êxito é necessário que os principais fornecedores da empresa, sejam parceiros, pretende-se com essa parceria formar uma relação ganha x ganha, ou seja, uma relação onde todos vão ser recompensados justamente.
PRODUÇÃO
Este é o elo da cadeia em que as matérias primas e outros materiais serão transformados em um produto final que é o produto projetado para atender o cliente.
Nesse ambiente, uma perfeita programação da produção, que vai direcionar o processo produtivo para o que deverá ser produzido e quanto deverá ser produzido.
Verificamos que no momento do planejamento serão informações importantes as requeridas na definição da demanda, ou seja, vai alimentar o plano de produção quanto a quantidade a ser produzida de cada item.
E o ressuprimento pelos nossos fornecedores externos vão garantir os planos de produção sobre o aspecto da disponibilidade e qualidade dos materiais.
DISTRIBUIÇÃO
Esse é o último elo da Cadeia de Suprimento sobre aspecto interno da empresa. Esse processo faz interface direta com os clientes da empresa, podendo ser um distribuidor atacadista), um representante, um varejista ou o cliente final.
A partir daí qualquer erro vai ser refletido diretamente no cliente, por isso, a distribuição física ser considerada a eficácia da Cadeia de Suprimentos, é o resultado final de todas as ações que aconteceram ao longo da Cadeia.
PROCESSAMENTO DE PEDIDOS
Algumas atividades logísticas deverão ser bem administradas para dar suporte ao macro processos logísticos. Uma dessas atividades é o Processamento do Pedido.
O processamento do pedido irá gerar o que chamamos de ciclo do pedido. É fácil entender que quanto mais ágil e curto esse ciclo, mais rápido o cliente estará recebendo seu pedido e consequentemente efetuando seu pagamento.
O ciclo do pedido é composto por alguns elementos como:
Preparação e transmissão do pedido;
Recebimento e entrada do pedido;
Processamento do pedido;
Picking;
Expedição;
- Distribuição e entrega;
FLUXO DE INFORMAÇÕES
Esse fluxo começa pelo cliente que irá informar o que deseja consumir e quanto quer consumir, envolve–se então os fornecedores e as áreas internas da empresa e principalmente a rede de transportes e de instalações da empresa.
Todo esse transito de informações necessita de suporte de TI para que haja rapidez e segurança.
INVENTÁRIOS
São também uma atividade crítica dentro da Cadeia de Suprimentos pois vai servir de controle aos estoques, atendendo assim os controles fiscais e financeiros da empresa. 
Os inventários são contagens físicas que podem ocorrer de diversas formas mas que darão a empresa o que chamamos de saldo físico e que será confrontado com o saldo existente no banco de dados da empresa e que chamamos de saldo contábil.
Eles servem portanto para a verificação das informações dos estoques e para corrigir alterações dos planos de estocagem.
TRANSPORTES
Conforme já comentamos anteriormente os transportes podem impactar substancialmente os custos das empresas.
A escolha do modal de transporte a ser utilizado é um dos principais requisitos a serem verificados num planejamento de transportes.
Escolhido o modal será necessário fazer uma gestão bastante competente, pois os mesmos agregam os aspectos tempo x distância e esses elementos são fundamentais para dimensionar o tempo de entrega ao cliente.
ARMAZENAGEM E ESTOCAGEM
Já entendemos que os armazéns são as instalações físicas onde são guardados os estoques.
Os armazéns devem ser apropriados ao tipo de mercadoria que irão receber, ali essas mercadorias serão movimentadas e um lay-out bem definido, prático e funcional, assim como os equipamentos adequados vão fazer com que os produtos tenham sua garantia contra danos.
Nos ambientes de armazéns vários cuidados serão necessários, pois os estoques ali guardados, normalmente oferecem riscos que uma boa armazenagem vai eliminar.
AULA 4 – MARKETING E LOGÍSTICA
Introdução
Relações Marketing e Logística
Agregar valor aos produtos e serviços, de forma que os benefícios oferecidos aos clientes sejam cada vez mais expressivos, continuamente, ao menor custo possível.
Este é o desejo da grande maioria das empresas que veem, nesta relação, a possibilidade de aumentar seus lucros, ao mesmo tempo que constroem relações comerciais mais duradouras.  A capacidade de uma empresa ser competitiva depende de sua cadeia de valor, isto é, do conjunto de atividades que criam valor para o produto na visão do consumidor.
O PAPEL DE MARKETING 
O marketing é a área responsável por captar as informações dos mercados consumidores e desenvolver a visão que irá definir como é possível oferecer mais valor. O marketing é um processo social por meio do qual as pessoas e os grupos de pessoas obtêm aquilo que necessitam e o que desejam com a criação, com a oferta e com a livre negociação de produtos e serviços de valor com outros (KOTLER e KELLER, 2006).
Em uma indústria, por exemplo, pode-se dizer que este processo se inicia no desenvolvimento de produtos, que é alimentado por informações coletadas pela área de marketing e termina com a disposição final dos resíduos, após o consumo ou uso do produto pelo usuário final, que o fará influenciado pela forma como a organização faz sua divulgação.
Desta forma, percebe-se que o marketing deve ser orientado para o cliente, atendendo suas solicitações e necessidades. No entanto, diversas áreas se envolvem na criação deste valor e na sua posterior transferência ao mercado.
O PAPEL DA LOGÍSTICA
Os últimos anos, porém, têm reservado uma posição de destaque para a logística. Não no sentido de torná-la mais importante do que as outras áreas de uma empresa, mas sim de desenvolvimento de um potencial antes não explorado.
Este se refere à possibilidade de uma maior participação dos processos relacionados não só à movimentação, mas, principalmente, pela disponibilização dos produtos no lugar certo e na hora certa, que se refere ao processo de distribuição.
INTEGRAÇÃO LOGÍSTICA X MARKETING
Deve-se ter a clareza de que ambos os setores trabalham em função de gerar lucro para a empresa, um lucro suficientemente grande para valer a pena a existência do negócio. E isto ocorre quando é possível vender produtos a um preço acima dos gastos totais para disponibilizá-los ao mercado. Um consumidor faz a sua compra quando percebe que o desembolso que irá fazer será um bom negócio para ele, isto é, quando percebe uma relação de valor favorável para ele no processo de aquisição.
Desta forma, tem-se, por um lado, o marketing trabalhando para que o cliente esteja disposto a gastar o maior valor possível com o produto. Isto é feito de diversas maneiras, dentre elas pode-se citar a propaganda com pessoas ou situações que geram uma sensação de glamour e status.
Por outro lado, tem-se a logística, que visa disponibilizar o produto nas condições ideais parao consumo. E isto tem duas frentes: pode-se aumentar a percepção de valor, auxiliando o marketing no convencimento do cliente, ou pode-se trabalhar na redução de custos do processo de distribuição.
O que se pretende é propor um meio para que a logística seja mais efetiva na valorização do produto oferecido, agindo integradamente com a área de marketing, com o menor custo possível associado ao melhor nível de serviços.
OS DIFERENCIAIS COMPETITIVOS
A seleção de uma boa estratégia logística exige muito dos mesmos processos criativos que o desenvolvimento de uma boa estratégia empresarial. Abordagens inovadoras para a estratégia logística podem oferecer uma vantagem competitiva peculiar, diferenciando-se de todos os concorrentes.
Tem sido sugerido que uma estratégia logística tem três objetivos:
Vantagem em custos;
Vantagens nos níveis de serviços;
Vantagens combinadas.
Usando o processo de Logística, podemos obter uma vantagem competitiva, isto significa uma supremacia duradoura em relação a concorrência, obtendo a preferência dos clientes.
VANTAGENS EM CUSTO
É a estratégia dirigida para minimizar os custos varáveis associados à movimentação e à estocagem. A melhor estratégia é geralmente formulada para avaliação dos cursos de ação, como escolha entre diferentes localizações de Centros de Distribuição ou a seleção entre modais alternativos de transportes ou intermodalidade. A maximização do lucro é a principal meta.
VANTAGENS NOS NÍVEIS DE SERVIÇOS
São estratégias que normalmente reconhecem que as receitas dependem do nível de serviço logístico fornecido. Embora os custos aumentem rapidamente com elevados níveis de serviços logísticos aos clientes, o aumento nas receitas pode mais que compensar custos mais altos. Para ser eficaz, a estratégia de serviços é desenvolvida em contraste com os fornecidos pela concorrência. 
Normalmente se diz que “os clientes não compram produtos, compram satisfação”, isto quer dizer que, não se compra o produto pelo que ele é, mas pela promessa do que lhes “proporcionará". Os benefícios podem ser intangíveis, tais como reputação ou imagem, e o desempenho oferecido pode ser melhor que o concorrente.
Para o seu produto não tornar-se “commodity”, - o diferencial ser o preço, pois o restante será igual aos concorrentes - temos que agregar valor.
A maneira simples que a empresa ideal tem que ter seus produtos colocados no quadrante superior direito, oferecendo vantagem em serviços e vantagem em produtividade. Hoje a empresa deve obter seu ganho máximo no início do ciclo de vida do produto, sendo sempre que possível referencial de sua área, apresentando constante inovação, se mantendo à frente de seus concorrentes
DESAFIOS DA LOGÍSTICA
Os maiores desafios da Logística no ambiente atual são os seguintes:
Explosão do serviço ao cliente
Redução do Ciclo de Vida dos Produtos
Globalização dos Negócios
Integração organizacional
Nível de Exigência do Nível de Serviço ao Cliente
As principais mudanças necessárias no gerenciamento logístico são:
ENCURTAR O FLUXO LOGÍSTICO
As empresas tendem a encurtar o fluxo logístico e trazendo-os para próximo de suas plantas o que permite a operação adotando-se os princípios de Just-in-Time na entrega, e na fabricação, agilizando a colocação dos produtos no mercado.
MELHORAR A VISIBILIDADE DO FLUXO LOGÍSTICO
A visibilidade do fluxo logístico é de vital importância para a identificação dos gargalos de produção e na redução dos estoques, para isto as barreiras departamentais devem ser quebradas e as informações compartilhadas. As estruturas devem ser voltadas para o mercado, caracterizadas pela qualidade dos sistemas de informação.
GERENCIAR A LOGÍSTICA COMO UM SISTEMA
O processo logístico deve ser gerenciado de forma sistêmica, pela importância na combinação da capacidade de produção com as necessidades do mercado. É importante que o processo reconheça os inter-relacionamentos e interligações da cadeia de eventos que conectam fornecedor ao cliente. É importante entender que o impacto de uma decisão em qualquer parte do sistema causará reflexos no sistema inteiro. A logística tem como essência a preocupação de obter vantagem competitiva em mercados cada vez mais voláteis, sobrevivendo as empresas que conseguirem adicionar valor ao cliente em prazos cada vez menores.
FUNDAMENTOS DA LOGÍSTICA: CUSTOS LOGÍSTICOS E NÍVEL DE SERVIÇOS 
CUSTOS LOGÍSTICOS - VISÃO DO CUSTO TOTAL
Para Bailou (1995), o custo total logístico é a soma dos custos de transporte, estoque e processamento do pedido, sob a perspectiva da cadeia de suprimentos. Decisões tomadas com base no conceito de custo total logístico não conseguem enxergar os custos existentes fora da empresa. Esse tipo de análise toma-se um tanto quanto restritiva, por não conseguir gerenciar os custos gerados pelas atividades desempenhadas por uma cadeia de suprimentos. Pelo fato de estar restrita a aspectos internos da empresa, tal análise não permite uma visão estratégica dos custos.
A origem do conceito de custo total baseia-se no fato de que algumas ações no sentido de reduzir os custos individuais de uma atividade logística podem implicar o aumento dos custos de outra. É possível, portanto, existirem comportamentos antagônicos dos diversos custos logísticos. Por exemplo, uma diminuição no custo do transporte (frete) pode ser conseguida com a compra de lotes maiores de bens e/ou serviços; mas, por outro lado, isto pode implicar um aumento nos custos de estoque e de armazenagem e uma antecipação de despesas. Desta maneira, no momento da tomada de qualquer decisão no processo logístico deve-se levar em conta os diversos custos envolvidos, buscando-se um balanceamento dos mesmos, de maneira que a redução ou o aumento de alguns custos conduza a uma redução do custo total.
NÍVEL DE SERVIÇOS AO CLIENTE
A missão básica que o Marketing executa na maioria das empresas é gerar lucro, através de duas ações básicas: obter e atender a demanda (Kotler, 1995). Conseguir demanda é resultado dos esforços promocionais, assim como do preço e da composição da carteira de produtos oferecidos ao público. Uma vez conseguida a demanda, esta deve ser atendida e é quando a distribuição física age e é reconhecida como agente estimulador da demanda. Disponibilidade de produto, pronta entrega e atendimento correto dos pedidos são apenas alguns dos serviços que agradam ao cliente, e vendas podem ser geradas por bons serviços.
É o nível de serviço que une os esforços de promoção e distribuição, e a qualidade com que o fluxo de bens e serviços é gerenciada, resulta no nível de serviço Logístico da empresa. Como o nível de serviço Logístico está associado aos custos de prover esse serviço, é necessário que o seu planejamento se inicie com as necessidades de desempenho exigidas pelos clientes no atendimento dos seus pedidos.
Vendedores inteligentes procuram criar diferentes combinações dessas três características básicas para atingir diferentes classes de compradores e segmentos de mercado. O nível de serviço oferecido pode ser o diferencial competitivo, podendo ser um elemento promocional tão importante como desconto no preço, propaganda, vendas personalizadas ou condições de vendas favoráveis. Além disso transporte especial, maior disponibilidade de estoque, processamento rápido de pedidos e menor perda ou dano de transporte, geralmente afetam positivamente os clientes e, logo, as vendas. Para desenvolver uma estratégia de serviço ao cliente, é necessário desenvolver uma definição operacional do serviço ao cliente.
LaLonde e Zinszer pesquisaram várias maneiras de como o serviço ao cliente pode ser visto: 
(1) como uma atividade; 
(2) em termos de níveis de desempenho; 
(3) como uma filosofia de gestão. 
Uma visão de serviço ao cliente como uma atividade sugere que ele pode ser gerenciado. Pensar no serviço ao cliente em termos de níveis de desempenho tem relevância desde que o serviço possa ser mensurado com precisão.
A noção de serviço ao cliente como uma filosofia

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