Buscar

PPP RESUMO NP1

Prévia do material em texto

PSICOLOGIA E POLITICAS PUBLICAS – NP1 
 
Texto - Fundamentos da Política Social 
• Políticas sociais – fenômeno associado a constituição da sociedade burguesa (modo 
capitalista de produção e reprodução) 
• Final séc. XIX – criação e multiplicação das primeiras legislações e medidas de proteção social 
(Alemanha e Inglaterra). Debate entre liberais reformadores sociais humanistas. 
• Pós segunda guerra mundial – Construção do Welfare State (estado de bem-estar) – Plano 
Beveridge 
• XVI e XVII – com o fim da sociedade feudal, desencadeada discussão sobre o papel do Estado 
– visto nessa época como um mediador civilizador. 
• Hobbes (1651) – renúncia da liberdade individual em favor de uma monarquia. 
• John Locke – acreditava que a monarquia absoluta era incompatível com o governo civil. 
Para ele, o poder tem origem num pacto estabelecido pelo consentimento mutuo dos 
indivíduos que compõem a comunidade. Associa poder a propriedade 
• Jean Jacques Rousseau – Em seu texto “Contrato Social” traz que os homens em seu estado 
de natureza estão sem moralidade e sem maldade (homem naturalmente bom e selvagem) e 
a sociedade civil é a descrição de como os homens vivem na realidade, e não uma construção 
ideal. A sociedade civil é imperfeita, corrompida pela propriedade e é produto da voracidade 
do homem. Papel do estado é limitar os extremos de riqueza e pobreza. A saída 
rousseauniana para o impasse da desigualdade social e política na sociedade civil é a 
configuração de um Estado cujo poder reside no povo, na cidadania, por meio da vontade 
geral. 
• Adam Smith – liberalista, acreditava no mercado como mecanismo natural de regulação das 
relações sociais, estado mínimo. A busca natural dos indivíduos em melhorar suas condições 
de existência, tendem a maximizar o bem-estar coletivo. O Estado deve apenas fornecer a 
base legal, para que o mercado livre possa maximizar os “benefícios aos homens”. Smith 
acreditava que os indivíduos, ao buscarem ganhos materiais, são orientados por sentimentos 
morais e por um senso de dever, o que assegura a ausência da guerra de todos contra todos. 
A coesão social se originaria na sociedade civil, com a mão invisível do mercado e o cimento 
ético dos sentimentos morais individuais, fundados na perfectibilidade humana. Não há para 
ele, portanto, contradição entre acumulação de riqueza e coesão social. 
• Ética do trabalho – trabalho como atividade edificante e benéfica, fruto de seu progresso, sem 
considerar as condições em que este trabalho se realiza. 
• Darwinismo social – liberalismo combina com este termo, pois se define por mecanismos de 
seleção natural. 
• Grande depressão – Crise econômica mundial do capitalismo. As elites político-econômicas 
começam a reconhecer os limites do mercado, se deixado à mercê dos seus movimentos 
naturais. Desconfiança de que os liberais estavam errados e revolução socialista. 
• Keynes – Apresenta a Teoria Geral, questiona a lei de Say, segundo a qual a oferta cria sua 
própria demanda. Colocava em questão o conceito de equilíbrio econômico, dizendo que 
havia uma insuficiência de demanda efetiva (não existe meios de pagamento suficientes para 
a circulação, o que pode levar a crise). Segundo Keynes, cabe ao Estado o papel de 
restabelecer o equilíbrio econômico, por meio de uma política fiscal, creditícia e de gastos, 
realizando investimentos ou inversões reais que atuem, nos períodos de depressão como 
estímulo à economia. 
• Ao Keynesianismo agregou-se o pacto fordista – da produção em massa para o consumo de 
massa e dos acordos coletivos com os trabalhadores do setor monopolista em torno dos 
ganhos de produtividade do trabalho -, e estes foram os elementos decisivos da possibilidade 
político-econômica e histórica do Welfare State. 
• Para T.H. Marshall, o conceito de cidadania, em sua fase madura, comporta: as liberdades 
individuais, expressas pelos direitos civis - direito de ir e vir, de imprensa, de fé, de 
propriedade -, institucionalizados pelos tribunais de justiça; os direitos políticos - de votar e 
ser votado, diga-se, participar do poder político - por meio do parlamento e do governo; e os 
direitos sociais, caracterizados como o acesso a um mínimo de bem-estar econômico e de 
segurança, com vistas a levar a vida de um ser civilizado. 
• Neoliberalismo – Reação as teses de Keynes. A limitação do mercado pelo Estado ameaçava 
liberdade econômica e política. Atribuem a crise ao poder excessivo dos sindicatos, com sua 
pressão sobre os salários e os gastos sociais do Estado, o que estimula a destruição dos níveis 
de lucro das empresas e a inflação; ou seja, a crise é um resultado do keynesianíssimo e do 
Welfare State. Neoliberais estimularam uma lógica societária fundada na livre concorrência, 
que talvez pudesse se adequar ao século XVIII para impulsionar a modernidade, como 
admite Marx no seu Manifesto Comunista (1997). Mas tal lógica não serve ao século XX no 
caminho do terceiro milênio, a não ser para impulsionar o retrocesso e a barbárie. 
• Marxista – existe uma incompatibilidade entre acumulação e igualdade social. 
Texto – As Políticas Públicas no Brasil: heranças, tendências e desafios 
• Heranças - Anos 30-80, estado brasileiro desenvolvimentista, conservador, centralizador, 
autoritário – não era um estado de bem-esta social e regulador. Estado promotor do 
desenvolvimento e não transformador das relações da sociedade. Estado investe na 
consolidação do processo de industrialização. Acumulação privada na esfera produtiva. 
País Rural e Agrícola -> País Potência Industrial Média. Políticas públicas eram mais 
políticas econômicas do que públicas. Políticas públicas pensadas a partir de uma média, 
considerando o país homogêneo, sendo que este é heterogêneo e cada região requer uma 
solução adequada a sua realidade. Estado regulador menor do que o estado realizador, 
facultando apenas serviços sociais de segurança e justiça. 
• Tendências – Globalização, conglomerados multinacionais. Essas tendências favoreceram 
a consolidação de uma visão que é ideológica e política: a visão de “quanto menos Estado 
e quanto mais mercado, melhor; quanto mais individualidade e quanto menos 
coletividade, melhor”. No governo do FHC, duas tendências importantes: inserção 
submissa e financeirização das riquezas. 
• Ameaças e oportunidades para os movimentos popular – Descentralização e 
democratização do estado brasileiro. Reforma de estado para um que patrocine a saúde, 
educação, segurança. Um estado com políticas sociais. Os desafios implicam em 
considerar a heterogeneidade do país. 
Texto – ABC do SUS: Doutrinas e princípios 
• O que levou os constituintes a proporem essa transformação foi o consenso, na 
sociedade, quanto à total inadequação do sistema de saúde (ex: baixa qualidade de 
serviços oferecidos, recursos financeiros insuficientes, desperdício de recursos 
alocados para a saúde, entre outros) 
• Três aspectos principais que implicam que, para se ter saúde são necessárias ações em 
vários setores, além do Ministério da Saúde e das secretarias de saúde: 
- Meio físico, meio sócio econômico e cultura, fatores biológicos, e a oportunidade de 
acesso aos serviços que visem a promoção, proteção e recuperação da saúde. 
- Direito de todos sem qualquer discriminação às ações de saúde e o dever de prover 
o pleno gozo desse direito é responsabilidade do Governo 
- SUS: rede de serviços regionalizada, hierarquizada e descentralizada, com direção 
única em cada esfera de governo, e sob controle dos seus usuários. Responsabilidade 
das três esferas autônomas de governo federal, estadual e municipal. 
• Doutrina SUS: Universalidade, Equidade, Integralidade. 
• Princípios que regem a organização do SUS: Regionalizaçãoe Hierarquização, 
Resolubilidade, Descentralização, Participação dos cidadãos, Complementariedade 
do setor privado. 
• Gestores do SUS: Gestores são as entidades encarregadas de fazer com que o SUS seja 
implantado e funcione adequadamente dentro das diretrizes doutrinárias, da lógica 
organizacional e seja operacionalizado dentro dos princípios anteriormente 
esclarecidos. Nos estados, os gestores são os secretários estaduais de saúde e no nível 
federal o Ministério da Saúde. A responsabilidade sobre as ações e serviços de saúde 
em cada esfera de governo, portanto, é do titular da secretaria respectiva, e do 
Ministério da Saúde no nível federal. O municipal programa, executa e avalia as ações 
de promoção, proteção e recuperação a saúde. O Estadual coordena as ações de saúdo 
do seu estado. O federal, lidera o conjunto de ações de promoção, proteção e 
recuperação da saúde, identificando riscos e necessidades nas diferentes regiões para 
a melhoria da qualidade de vida do povo brasileiro, contribuindo para o seu 
desenvolvimento. 
• O controle do funcionamento do SUS é feito pela população, poder legislativa e as 
esferas de governo. O custeio é feito com recursos das três esferas. 
• Promoção (Educação na saúde): Ações que promovem o bem-estar, estimula a prática 
esportiva, hábitos de higiene, desestimula o sedentarismo, tabagismo, alcoolismo, 
entre outros. Promove ações que estimulem a saúde dos cidadãos. 
• Proteção (Vigilância): vigilância sanitária, epidemiológica, saneamento básico, 
vacinações, exames médicos e odontológicos, entre outros. A partir das vigilâncias, 
colhe-se dados para conhecer e acompanhar o estado de saúde dos cidadãos. 
• Recuperação (Assistência): grupo de ações envolve o diagnóstico e o tratamento de 
doenças, acidentes e danos de toda natureza, a limitação da invalidez e a reabilitação. 
Essas ações são exercidas pelos serviços públicos de saúde (ambulatórias e 
hospitalares) e, de forma complementar, pelos serviços particulares, contratados ou 
conveniados, que integram a rede do SUS, nos níveis federal, estadual e municipal, 
particularmente nos dois últimos, onde deve estar concentrada a maior parte dessas 
atividades. 
• Reabilitação: consiste na recuperação parcial ou total das capacidades no processo de 
doença e na reintegração do indivíduo ao seu ambiente social e a sua atividade 
profissional. 
Texto - O Conceito de Saúde e suas Implicações nas Práticas Psicológicas 
• Subjetividade (exercícios cotidianos que dizem respeito à relação que o ser humano 
estabelece consigo mesmo e com o mundo a partir de códigos, regras e normas 
produzidas socialmente) na Psicologia da saúde – práticas que estabelecem valores, 
como o de cidadania e de sujeitos de direitos, a partir de um dever do Estado. 
• Saúde como direito universal e dever do Estado, como dimensão social da cidadania. 
• Ser humano biopsicossocial: a saúde, relacionada a produção de vida, pode ser 
entendida por condições físicas, psicológicas e sociais. 
• Psicologia e saúde – três Eixos: 
- Razão: psicologia cientifica, busca do motivo do que tornada os seres humanos 
“sujeitos de razão”. Volta-se para processos conscientes e cognitivos. Sustentava-se em 
pesquisas laboratoriais com ênfase nos processos mentalistas, tais como experiência 
consciente e percepção. A Psicologia não tecia relações com um conceito de saúde ou 
com o conceito de cura, visto que os processos mentalistas analisados se voltavam 
para indivíduos sem características de adoecimento. 
- Inconsciente: Diferença que o sujeito faz de si em relação à razão. Não se trata do 
sujeito que conhece, mas do sujeito marcado pelo desconhecimento, pois é onde o ser 
humano se desconhece que se torna sujeito e não onde se conhece. Principais 
contribuições para este eixo foram de Freud e Jung. O inconsciente é onde encontra-
se a verdade do sujeito. Promove a noção de que acessar o “eu interior” é um modo 
de produção de saúde, pois é esse “eu interior” que se encontra em um estado de 
imperfeição, de incompletude, de incapacidade. 
- Psicotécnicas: estreitamento de práticas psicológicas e saúde tecido a partir da 
Segunda Guerra Mundial. Psicologias aplicadas, tecnologias da subjetividade 
produzidas a partir do encontro com as formas de administração, de otimização, de 
adestramento dos corpos. São tecnologias para que os sujeitos sirvam melhor às 
instituições, que, assim como os produzem, os envolvem de tal forma que eles não 
mais conseguem “pensar-se”, “conhecer-se”, “observar-se” sem a mediação desse 
vetor – as instituições. 
• Déc. 60 – Mobilização popular em torno de questões de direitos humanos. Inicio de 
psicologia comunitária (fenômenos da população, em especial daqueles com menos 
acesso aos bens sociais e cuidados a saúde) e hospitalar (reabilitação de sujeitos que 
passam por processos cirúrgicos). Ambas as áreas promovem ações preventivas e 
cuidados básicos da saúde em à populações geograficamente definidas. 
• SUS: Direito do cidadão e dever do Estado. Saúde como uma questão integral, não 
mais como ausência de doença e sim como uma questão plural, como questão coletiva, 
baseada em dados epidemiológicos e não em dados mercadológicos. O Sus cria uma 
articulação entre vários campos do saber (psicologia, nutrição, enfermagem, entre 
outros). 
 
Texto: Psicologia em diálogo com o SUS (Mary Jane Spink) e aula Psicólogo no SUS 
• Mapeamento da atuação do psicólogo no SUS. O que o psicólogo no SUS tem feito? 
• Prática do Psicólogo na saúde (Histórico) – Ligado ao exercício da prática médica, luta 
antimanicomial, saúde mental, em 2007 10% dos psicólogos do Brasil trabalhavam no SUS. 
• Primeira grande entrada dos psicólogos no SUS foi marcada pela luta antimanicomial, a 
reforma das instituições manicomiais e aparecimento do CAPS. 
• Programa de saúde da família do SUS no qual o psicólogo tem uma ação mais voltada a 
prevenção e promoção da saúde. 
• Programas especiais tem temáticas especificas. Ex: atenção a gestantes, a diabéticos, etc. 
• Outros procedimentos: psicólogos que cuidam da gestão 
• A formação do psicólogo diverge da necessária no SUS. As formações são voltadas ao 
atendimento clinico individual, atuação como psicoterapeuta. Busca-se uma atuação 
psicológica “coletiva”, praticas com grupos e educação, atuação com equipes 
multidisciplinares, atuação não restrita a saúde mental, mas também a promoção e prevenção 
a saúde. 
• Desafios encontrados são: 
- Atuar na complexidade de uma instituição e atender ao paciente como cliente desta – 
quebra da reação protegida e autônoma em consultório. 
- Cliente oriunda de classes populares 
- Condições de trabalho assalariado, horário, avaliação de desempenho/produtividade 
- Subalternos a categoria médica – organização do processo de trabalho e diferenças de 
remuneração 
- Contato de profissionais de várias áreas exigindo a articulação entre diversos saberes 
• No mapeamento de Spink, mostra a atuação a partir de atendimento individual muito à 
frente dos demais tipos de atuação. As abordagens mais utilizadas são psicanalise e 
comportamental. As demandas mais presentes são de quadros depressivos, ansiedades e 
angustias, problemas de aprendizagem, psicóticos, álcool e drogas. 
 
Texto: A constituição da assistência social como política pública 
• Séc. XVIII – era dos direitos civis, necessários a ordem burguesa, pois era preciso o direito de 
ir e vir para vender a força de trabalho, bem como ter a garantia de segurança em relação à 
propriedade privada. 
• Séc. XIX – direitos políticos, como participação do exercício do poder, tanto votando como 
tornando-se elegível. 
• O acesso aos direitos era restrito aos homens livres, uma vez que nessaépoca ainda haviam 
escravos. 
• Direitos sociais a partir do Séc. XX – Resultado da luta da classe trabalhadora. Atendimento 
as necessidades básicas humanas, como alimentação, habitação, saúde, educação, ou seja, “a 
um mínimo de bem-estar econômico e segurança, ao direito de participar por completo da 
herança social e levar a vida de um ser civilizado de acordo com os padrões que prevalecem 
na sociedade”. 
• Até o final do séc. XIX e início do séc. XX, prevaleciam ideias liberais de estado mínimo. Com 
a crise do capitalismo em 1929, a questão social se intensificou, fazendo com que as elites 
admitissem os limites do mercado como regulador natural e resgatassem o papel do estado 
como mediador civilizador, ou seja, poder de interferência nas relações sociais. 
• Estado de bem-estar social ou Welfare State – Todo indivíduo tem direito a educação, 
assistência médica gratuita, auxilio no desemprego, garantia de uma renda mínima e 
recursos adicionais para a criação dos filhos. 
• Políticas públicas – respostas do Estado em relação as demandas que emergem da sociedade. 
Um conjunto de ações, formando uma rede complexa, endereçada sobre precisas questões de 
relevância social. Objetivam a promoção da cidadania. Pública por ser de todos. 
• 1960 – Nova crise capitalista. Prevalência de ideias neoliberais, de forma que as questões 
sociais voltam a ser pensadas como direitos civis e políticos, deixando os sociais para a 
caridade da sociedade e para a ação focalizada do estado. Privatização de alguns programas 
de bem-estar social, de maneira que o Estado se isenta da garantia dos mínimos sociais 
necessários a sobrevivência humana. 
• Autora retoma questões históricas da política de assistência social, como a evangelização dos 
índios, massacrando a cultura indígena. 1560 dotes a órfãos e doação de caixões para enterrar 
os pobres, precária enfermaria para atendimento, alimentação e abrigo a escravos e homens 
livres. Séc. XVIII Roda dos expostos para controle do abandono de bebês. 1808 abertura do 
porto brasileiro para negociação com outros países. 1824 primeira constituição brasileira, 
assegurou que todos os cidadãos livres a partir de 25 anos, do sexo masculino, teriam direito 
ao voto. 1888 abolição formal da escravatura, meio milhão de escravos são transformados em 
mão de obra assalariada, provocando mudanças nas relações de trabalho e na economia 
agrícola. 1889 Estado não considerava que área social era função pública, sendo as 
assistências desenvolvidas pela igreja católica. 1891 reduzida aos mais de 21 anos a condição 
para votar e ser eleito, exceto para mendigos, analfabetos, praças e religiosos. 1934 a 
constituição introduz os direitos trabalhistas para regularizar as relações entre o capital e o 
trabalho, instituindo-se um conjunto de medidas de proteção ao trabalhador que mais tarde 
se tornaria a CLT – Consolidação das leis trabalhistas, assegurando ainda o direito a educação 
primária integral e gratuita, amparo aos desvalidos e a maternidade e a infância (Getúlio 
Vargas). 1938 criação do Conselho Nacional De Serviço Social (CNSS), primeira 
regulamentação de assistência social do país. 1937 nova constituição para o novo estado de 
período ditatorial. 1942 Legião Brasileira de Assistência (LBA), que prestava assistência a 
soldados brasileiros recrutados para a guerra e seus familiares. 1946 nova constituição, foram 
mantidos os direitos sociais já conquistados e introduzidos novos, como: previdência com 
contribuição dos trabalhadores, direito das gestantes ao descanso antes e depois do parto, 
entre outros. Governo JK aprovada a Lei orgânica de previdência social. 1961 a 1969 – 
promulgadas as constituições antes da de 1988. 
• Entre 1975 e 1985 – enfrentamento do regime militar 
• 1985 – Comprometimento do novo governo de convocar a Assembleia Nacional Constituinte, 
aos poucos aumentando o papel do estado e das instituições sociais, visando o fortalecimento 
da democracia. Nova república entre 1985 e 1990. Várias entidades passaram a surgir como: 
Movimento Em Prol Das Reformas De Saúde, o SUS, Movimento Dos Sem Casa, Movimento 
Nacional Dos Meninos E Meninas De Rua, entre outros. 
• 1993 – LOAS – Lei Orgânica de Assistência Social é aprovada. Proteção social contra os 
mecanismos de exclusão social que decorrem de certas vicissitudes da vida, tais como 
velhice, a doença, a adversidade, as privações. Tem como objetivo a proteção a família. 
• 2004 – PNAS – Plano Nacional de Assistência Social 
• 2005 – SUAS – Sistema Único de Assistência Social – gestão da assistência social como política 
pública. O SUAS está previsto nos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) e nos 
Centros de Referência Especializados de Assistência Social Apresenta diferentes níveis de 
complexidade. 
- Proteção Social Básica: Previne situações de risco através do desenvolvimento de 
potencialidades e aquisições, o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários. Destina-
se a população que vive uma situação de vulnerabilidade social. 
- Proteção Social Especial: Atendimento destinado a famílias que se encontram em situação 
de risco pessoal e social, por ocorrência de maus tratos físicos e/ou psíquicos, abuso sexual, 
cumprimento de medidas socioeducativas, situação de trabalho infantil, dentre outras. 
• PAIF – Programa de Atenção Integral a Família – programa desenvolvido nos CRAS, com o 
objetivo de promover o acompanhamento das famílias em uma determinada região, 
potencializar a família como uma unidade de referência, fortalecendo os vínculos internos e 
externos de solidariedade, contribuir para o processo de autonomia e emancipação social das 
famílias, atuar de forma preventiva evitando que estas famílias tenham seus direitos 
violados, entre outros. O CRAS presta atendimento socioassistencial, potencializando a rede 
de proteção básica. 
Aula: SUAS 
• SUAS - A assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é política de seguridade 
social não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto 
integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às 
necessidades básicas. 
• Objetivos da Assistência Social: a proteção social, que visa à garantia da vida, à redução de 
danos e à prevenção da incidência de riscos, especialmente: proteção a família, maternidade, 
infância, adolescente e idoso; integração no mercado de trabalho; habilitação e reabilitação 
de pessoas com deficiência e sua integração na vida comunitária; garantia de salário mínimo 
a pessoa com deficiência e idoso que comprovem não possuir meios de prover a própria 
manutenção ou tê-la provida por sua família. 
• Garantir a segurança quanto à: sobrevivência, acolhida, convívio ou vivencia familiar. 
• Descentralização político-administrativa, cabendo a coordenação e as normas gerais à esfera 
federal e a coordenação e execução dos respectivos programas às esferas estadual e 
municipal, bem como a entidades beneficentes e de assistência social, garantindo o comando 
único das ações em cada esfera de governo, respeitando-se as diferenças e as características 
socioterritoriais locais. 
• Objetivos SUAS - Prover serviços, programas, projetos e benefícios de proteção social básica 
e, ou, especial para famílias, indivíduos e grupos que deles necessitarem. Contribuir com a 
inclusão e a equidade dos usuários e grupos específicos, ampliando o acesso aos bens e 
serviços socioassistenciais básicos e especiais, em áreas urbana e rural. Assegurar que as 
ações no âmbito da assistência social tenham centralidade na família, e que garantam a 
convivência familiar e comunitária. 
• Usuários: famílias e indivíduos com perda ou fragilidade o vínculo afetivo (pertencimentoe 
sociabilidade), situações de vulnerabilidade ou de risco, identidades estigmatizadas (étnico, 
cultural, sexual), usuários de substancias psicoativas, entre outros. 
• Proteção Social Básica – CRAS/PAIF/BPC (Benefício de Prestação Continuada), Rede de 
serviços sócio educativos, benefícios eventuais, entre outros. 
• Proteção Social Especial (Média Complexidade) – CREAS, Plantão Social, Abordagem de 
Rua, Cuidado no Domicílio, Atendimentos voltados às situações de violação de direito. 
• Proteção Social Especial (Alta Complexidade) – Proteção Integral através: Atendimento 
Integral Institucional, Casa Lar, República, Albergue, Família Substituto, Casa Lar, Família 
Acolhedora, entre outros. Na situação de vulnerabilidade da Alta Complexidade ocorre a 
quebra do vínculo afetivo, de pertencimento ou sociabilidade, e o indivíduo precisa ser 
retirado deste convívio dele. 
• Vigilância Social: refere-se à produção, sistematização de informações, indicadores e índices 
territorializados das situações de vulnerabilidade e risco pessoal e social que incidem sobre 
famílias/pessoas nos diferentes ciclos da vida, com redução da capacidade pessoal, vítimas 
de exploração, entre outros. 
Aula: Psicologia no SUAS 
• Histórico similar ao da saúde, desde a época da colonização, como: mudança dos costumes 
indígenas, assistência da igreja católica, roda dos expostos. O cidadão trabalhador, não 
pertencente a burguesia, dependia de ações de caridade para ter um atendimento médico, 
assistencial. Foram muitas lutas, muitas mudanças para alcançar a situação atual, que ainda 
não é perfeita. (ASSISTIR ESTE VÍDEO: 
https://www.youtube.com/watch?v=4kfXcSLAbOg&index=1&list=PLK-2ou0pSpWJp-
pmjwSGfz_PPxUncNT_Q) 
• Assistência social no Brasil: caridade, assistencialismo e práticas higienistas. 
• A Prática do psicólogo era restrita em consultórios particulares, empresas e escolas, com 
ações voltadas ao indivíduo. 
• O psicólogo no SUAS: precisa trabalhar a mudança de posição entre quem fornece o serviço 
e quem recebe, considerando o serviço não como um favor e sim como um direito, promover 
a autonomia do cidadão, deixar de ver a pobreza como atributo individual. Instrumentalizar 
as comunidades para ocupar seu espaço político social. 
• A formação do psicólogo não viabiliza o contato com a realidade social.

Continue navegando