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DIREITO CONTRATUAL BANCÁRIO Resumo

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DIREITO CONTRATUAL BANCÁRIO
Aula 1:
. Evolução do Direito Contratual 
. Princípios
Introdução:
Começaremos o nosso estudo, com a evolução do Direito Contratual, desde os primeiros contratos no Direito Romano até as modificações recepcionadas pelo Código Civil de 2002 no Direito Brasileiro e a análise dos Princípios que norteiam os contratos.
EVOLUÇÃO DO DIREITO CONTRATUAL:
O Direito Romano classificava os contratos de quatro formas distintas, a saber:
-Contratos Consensuais, que se formavam com o simples consentimento das partes, tendo como exemplo, as sociedades, a locação, entre outros;
- Contratos Reais, que para se formalizarem dependiam da entrega anterior da coisa, tendo como exemplo, o penhor, o comodato, entre outros;
- Os Verbais;
- Os liberais, que dependiam de forma escrita.
O nosso Código Civil de 1916 foi influenciado em muito pelo Código de Napoleão, pautando o princípio contratual na liberdade absoluta de contratar. Ocorre que esta liberdade, provocou demasiados danos para o credor da obrigação e o Estado passou a vigiar a realização dos contratos baseado no interesse público. Esta situação fez ressurgir todos os conceitos rígidos do Direito Romano. Com a Revolução francesa, ganhou força o princípio da rebus sic standibus, que até os dias de hoje, encontra-se presente nas relações contratuais, ou seja, todas as cláusulas contratuais deveriam ser cumpridas com as mesmas condições estabelecidas no momento da realização do contrato.
Este princípio ganhou mais força com o fim da 2ª Guerra Mundial, pois o mais importante não era só cumprir o que estava escrito no contrato, mas sim as questões envolvidas em justiça e equidade. A liberdade de contratar já não era bastante, mas sim a busca da equidade pautada no princípio do equilíbrio entre as partes envolvidas nas relações contratuais. Na prática, porém nem sempre a realidade foi esta. Em razão disso, o Direito Brasileiro buscou, embora tardiamente, uma solução para tentar minimizar os conflitos gerados por uma verdadeira crise social do contrato, o que ensejou no fim da década de 1980 a elaboração do Código de Proteção e Defesa do Consumidor, Lei 8078/90. 
Com ideias mais socialistas, foram adotados dois novos princípios: O da boa-fé objetiva e o princípio da tutela do hipossuficiente. Este grande passo em nossa história legislativa, impulsionou na elaboração do Código Civil de 2002, a instituição da Função Social do Contrato, um dos princípios contratuais mais marcantes deste ordenamento jurídico, que passaremos a analisar a seguir.
PRINCÍPIOS DA NOVA TEORIA CONTRATUAL :
Função Social do Contrato: 
Este princípio tem como fundamento a eliminação das injustiças sociais. Os contratos não são elaborados somente a serviço dos contratantes, mas sim em função do bem estar social. O artigo 421 do Código Civil de 2002 dá a entender que o que prepondera em um contrato não é somente o consentimento das partes, mas a lei e o interesse público. O contrato, ao ser elaborado deve estar em consonância com os princípios do Código Civil com os princípios do Código de Proteção e Defesa do Consumidor, dentre eles, a equidade contratual, a boa-fé e a probidade. 
Autonomia da Vontade: 
Este princípio é pautado na liberdade de contratar, na liberdade de se escolher com quem contratar, o que contratar, liberdade na redação das cláusulas mais convenientes para os contratantes, sempre é claro, levando-se em conta os preceitos da ordem pública e dos bons costumes. Uma vez concluído o contrato, passa ele a ter a natureza de fonte formal do direito, o que permite a qualquer uma das partes, mobilizar o Judiciário nos casos de inadimplemento das obrigações que foram livremente pactuadas. 
Obrigatoriedade das Convenções: 
 A força obrigatória no cumprimento dos contratos, imbuída pelo clássico preceito do pacta sunt servanda não deixou de ser vislumbrada no Código Civil de 2002, pois a própria Constituição de 1988, consagra a proteção ao ato jurídico perfeito. A novidade neste diploma é que o contratante em razão de fatos imprevisíveis, em razão das cláusulas excessivamente onerosas, se ofereça para alterá-las e assim dar cumprimento ao contrato, evitando com isso uma revisão judicial do contrato. 
Também em relação aos vícios contratuais que podem se encontrar em algumas cláusulas, pode o prejudicado requerer a revisão judicial para modificar tais cláusulas, para que este contrato tenha validade jurídica e eficácia. 
Relatividade dos efeitos do contrato:
Neste princípio vale dizer que o contrato só obriga aqueles que tomaram parte na sua realização. Qualquer pessoa distinta dos contratantes, como herdeiros e sucessores, não se vinculam aos efeitos dos contratos, com exceção das estipulações em favor de terceiros, exemplificando o contrato de seguro e os contratos coletivos de trabalho, recepcionados no Código Civil de 2002, nos artigos 436 e 438. 
Boa fé objetiva: 
Princípio fundamental na elaboração de todo e qualquer negócio jurídico, este preceito encontra-se literalmente descrito no artigo 422 do Código Civil de 2002: “ os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa fé.”
A consagração deste preceito no texto legal, é apontada pelos maiores juristas como um marco no direito obrigacional, pois os contraentes deverão, tanto na realização do contrato e na sua finalização agir obrigatoriamente com o dever da boa conduta, boa fé e bons costumes. 
Transparência: 
Este princípio foi incluído no nosso ordenamento jurídico com o advento do Código de Proteção e Defesa do Consumidor, em seu artigo 4º, baseado na “transparência e harmonia das relações de consumo”.
A base de tal princípio se encontra na informação. Informação clara em todas as propagandas, embalagens, rótulos, sobre o produto ou o serviço que está sendo ofertado pelo empresário ao consumidor. O dever de informar, quando não presente, vicia o contrato, não obrigando obstante aquele que contratou “às escuras”.
Aula 2: A Função Social Do Contrato e a Classificação Geral E Específica Dos Contratos 
Função Social do Contrato
Classificação dos Contratos
Geral
Específica
INTRODUÇÃO:
Observamos na aula um que este princípio tem como fundamento a eliminação das injustiças sociais. Os contratos não são elaborados somente a serviço dos contratantes, mas sim em função do bem estar social. O artigo 421 do Código Civil de 2002 dá a entender que o que prepondera em um contrato não é somente o consentimento das partes, mas a lei e o interesse público. O contrato, ao ser elaborado deve estar em consonância com os princípios do Código Civil com os princípios do Código de Proteção e Defesa do Consumidor, dentre eles, a equidade contratual, a boa- fé e a probidade. 
A FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO 
Especificamente no tocante aos Contratos Bancários, observamos que o espírito do legislador civil, ao elaborar o diploma de 2002, foi dar a total proteção ao interesse das partes, embora muitas regras se assemelhem às regras do Direito Consumerista, na questão da parte menos favorecida ou vulnerável, o objetivo na realização de contratos afeitos ao negócio jurídico é o correto equilíbrio entre os contratantes. Esta integração entre os diplomas normativos são sempre benéficas para a ordem econômica e social. Embora sempre haja o contraponto entre o econômico e o financeiro, temos este Princípio da Função Social do Contrato, aplicado de forma e na questão ética, nos contratos bancários de função coletiva, no caso consumerista e os de interesse privado, os bancários empresariais. 
Neste emaranhado de diplomas, hoje temos a possibilidade de rever o contrato, tornar menos onerosa ou custosa a parcela ou prestação, ou até mesmo, romper o vínculo contratual nos casos de flagrante desrespeito ao negócio jurídico e interesse de uma só das partes. Obviamente, não estará protegido, aquele que contratar com a Instituição Bancária, com o fito de descumprir o que for tratado, no caso do devedormoroso.
 A doutrina, os diplomas legais e os julgados devem ter sempre o cuidado ao tratar deste aspecto, pois podemos ter de um lado a fragilidade de uma das partes e o lucro excessivo do banco, mas também a lisura de muitas Instituições Bancárias e a morosidade e a má fé do devedor. Este é o contraponto.
CLASSIFICAÇÃO GERAL DOS CONTRATOS:
Contratos Principais E Acessórios:
Principais são aqueles contratos que existem de forma autônoma, não dependendo da execução de qualquer outro negócio. Exemplo: Contrato de Depósito ou Abertura de Conta Corrente. Já o contrato acessório, necessita para existir, de um contrato anterior. Ex: Contrato de Abertura de Crédito ou Cheque Especial. Se o contrato acessório for inválido, não vicia o principal, mas se o principal estiver com vícios, invalida o acessório. 
Contratos Unilaterais, Bilaterais E Plurilaterais:
Os unilaterais são aqueles que geram obrigações somente para uma das partes. Exemplo: A doação pura e simples.
Os bilaterais são aqueles que geram obrigações para as duas partes. Exemplo: A Compra e Venda. Cabe ao comprador o pagamento do preço e ao vendedor a entrega da mercadoria.
Os plurilaterais são aqueles que atribuem obrigações a todos os contratantes. Exemplo: Contrato de Sociedade. Todos os sócios têm os mesmos deveres e obrigações. Dever de trabalhar em prol da finalidade do contrato, dever de informar, entre outros e direitos de voto, participação nos lucros, entre outros.
Contratos Onerosos E Gratuitos: 
Onerosos são aqueles em que ambas as partes auferem vantagens, mas também têm ônus. Exemplo: A locação, A Compra e Venda, entre outros. Gratuitos são aqueles em que apenas uma das partes aufere vantagens. 
Exemplo: Doação e Comodato. Não deixa de ser um contrato, pois para se realizar necessita da aceitação da parte que irá usufruir da vantagem. 
Contratos Comutativos E Aleatórios:
Comutativos são aqueles em que as prestações são certas e determinadas, já tratadas pelas partes. Exemplo: Locação, Compra e Venda, entre outros. Aleatórios são aqueles em que as partes não sabem se auferirão algum lucro ou perda com o negócio. Exemplo: Contrato de Seguro. A seguradora somente pagará o valor do seguro, se ocorrer o sinistro.
Contratos Solenes E Não Solenes: 
Solenes são aqueles que dependem de uma forma prescrita em lei para que sejam válidos. Exemplo: Contrato de Seguro, que depende de uma apólice redigida pela seguradora e assinada pelo segurado para a sua constituição. Não solenes, são aqueles realizados de forma livre, apenas com o consenso das partes, podendo ser orais, escritos, por instrumento público ou particular. Exemplo: Doação.
Contratos Paritários e de Adesão: 
Paritários são os contratos efetivamente formados pelo acordo de vontade das partes que livremente estipulam suas condições. Exemplo: Contrato de Mandato.
Contratos de Adesão são aqueles em que uma das partes apenas adere a um modelo contratual previamente estabelecido pela outra parte. Exemplo: Contratos Bancários, Contrato de Seguro, Contrato de Transporte, entre outros. O Código de Proteção e Defesa do Consumidor disciplina tais contratos, redigindo uma série de regras de proteção ao aderente, de modo que o mesmo não venha a se prejudicar com o contrato.
CLASSIFICAÇÃO ESPECÍFICA DOS CONTRATOS
Classificação Dos Contratos Bancários:
No estudo dos contratos bancários observaremos que nem sempre a presença de um banco é necessária para conferir natureza bancária ao contrato, pois quando classificarmos tais contratos poderemos identificar:
Os Contratos Próprios, que são aqueles que somente podem ser praticados pelos bancos, como exemplo, o Depósito, a Conta Corrente, o Desconto e a Antecipação, o Mútuo, entre outros.
Os Contratos Bancários Impróprios, que podem ser praticados por Instituições Financeiras não Bancárias, mas que somente podem funcionar e realizar tais operações se autorizadas pelo Banco Central, como exemplo, o Leasing, a Faturização, entre outros. Assim, são bancários (próprios ou impróprios) os contratos praticados pelos bancos ou pessoa jurídica autorizada a funcionar como Instituição Financeira.
Aula 3: CONTRATOS BANCÁRIOS.
Atividade Bancária. Sistema Financeiro Nacional. Conselho Monetário Nacional. Bacen. Lei 9613/98. 
CONTRATOS BANCÁRIOS
 ATIVIDADE BANCÁRIA
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL
 BACEN. LEI 9613/98
ATIVIDADE BANCÁRIA
O conceito de atividade bancária foi extraído pela doutrina do conceito legal das Instituições Financeiras, regulamentado no artigo 17 da Lei de Reforma Bancária, Lei 4595/64. Juridicamente, conceitua-se atividade bancária como aquela que se desenvolve na coleta, intermediação e aplicação de recursos financeiros próprios ou de terceiros, seja em moeda nacional ou estrangeira. Assim, podemos dizer que a matéria prima e o produto oferecido pelos bancos é o crédito. Para que se possa exercer tal atividade, sempre será necessária a autorização governamental que é expedida por uma autarquia da União, integrante do Sistema Financeiro Nacional, o Banco Central, conhecido popularmente pela sigla BACEN. 
As funções do Banco Central, além de autorizar o funcionamento das Instituições bancárias e não bancárias são várias, atribuídas por lei, entre as quais se destacam as funções de emissão da moeda, controle do capital estrangeiro, serviços de crédito, operações de redesconto e empréstimos às Instituições Financeiras. Toda Instituição Financeira deverá adotar em sua constituição a forma societária de uma Sociedade Anônima, submetendo-se às regras tanto da Lei das Sociedades Anônimas (Lei 6404/76) como às regras da Lei de Reforma Bancária (Lei 4595/64).
CONTRATOS BANCÁRIOS
Contratos Bancários são aqueles que se caracterizam pelas atividades de coleta, intermediação e aplicação de recursos próprios ou de terceiros no qual uma das partes necessariamente é um banco.
Mas, no estudo dos contratos bancários observaremos que nem sempre a presença de um banco é necessária para conferir natureza bancária ao contrato, pois quando classificarmos tais contratos poderemos identificar os Contratos Próprios, que são aqueles que somente podem ser praticados pelos bancos, como exemplo, o Depósito, a Conta Corrente, o Desconto e a Antecipação, o Mútuo, entre outros e os Contratos Bancários Impróprios, que podem ser praticados por Instituições Financeiras não Bancárias, mas que somente podem funcionar e realizar tais operações se autorizadas pelo Banco Central, como exemplo, o Leasing, a Faturização, entre outros. 
Assim, são bancários (próprios ou impróprios) os contratos praticados pelos bancos ou pessoa jurídica autorizada a funcionar como Instituição Financeira.
 SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
Toda atividade bancária se sujeita a um regime de controle estatal devidamente regulamentado por preceitos legais específicos. A Lei de regência do Sistema Financeiro Nacional é a Lei 4595/64, denominada Lei de Reforma Bancária. Tal diploma, apesar da vigência por mais de quatro décadas, tem como objetivo o de regulamentar o setor financeiro e o próprio mercado da moeda e do crédito, bem como a organização do Sistema Financeiro Nacional, composto pelo Conselho Monetário Nacional, Banco Central (BACEN), Banco do Brasil, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Instituições Financeiras Públicas e Instituições Financeiras Privadas. 
CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL
De acordo com o artigo 2º da Lei 4595/64, compete ao Conselho Monetário Nacional “formular a política da moeda e do crédito... objetivando o progresso econômico e social do país. Suas atribuições se encontram elencadas nos artigos 3º e 4º deste dispositivo legal. 
A LEI 9613/98 
Também nomeada como a “Lei da Lavagem de dinheiro”, esta lei cuida dos crimes de “lavagem” ou ocultação de bens, direitos e valores, e da prevenção da utilização do sistema financeiro para os ilícitos que forem praticados tanto por pessoas físicas ou jurídicas ligadas às operações de ordem econômica. Cria o COAF, Conselhode Controle de Atividades Financeiras e das disposições processuais especiais no caso da prática dos crimes que se encontram catalogados neste dispositivo legal.
Este regulamento foi e ainda é de grande valia para o grande volume de crimes praticados por empresários, administradores de bancos e instituições financeiras, políticos, dirigentes sindicais, ONGS, enfim todas essas pessoas físicas ou jurídicas que infelizmente nos deparamos cotidianamente ao ler ou assistir um jornal na TV. 
A Lei de Reforma Bancária, mesmo vigente, encontra-se em um descompasso com a nossa triste realidade, daí a necessidade da elaboração deste diploma, como meio de coibir e prevenir a prática destes crimes contra o Sistema Financeiro Nacional.
Muitas punições já ocorreram, você lembra do caso do Banco Santos?
Aula 4: Operações Bancárias. Classificação. Sigilo Bancário. Contratos Bancários Próprios. Operações Bancárias Passivas: Conta Corrente, Depósito Bancário, Poupança e Aplicação Financeira.
OPERAÇÕES BANCÁRIAS: 
Como vimos na aula 3, as operações bancárias são classificadas em: 
Típicas: As que se encontram relacionadas com o crédito.
- Atípicas: As relacionadas às prestações de serviços aos clientes, tais como a custódia de valores ou a locação de cofres.
As operações típicas se classificam em:
Operações Bancárias Passivas: Onde o Banco se encontra na posição de devedor da obrigação principal. São representadas pelos seguintes contratos: Depósito Bancário, Conta Corrente e Aplicação Financeira.
Operações Bancárias Ativas: Aquelas em que o banco se encontra na posição de credor da obrigação principal. Nelas os bancos concedem aos seus clientes créditos com os recursos coletados com outros clientes em razão dos contratos oriundos das operações passivas. São representadas pelos seguintes contratos: Mútuo, Desconto, Antecipação e Abertura de Crédito (Cheque Especial). 
Essas operações, marcadas pela intermediação do crédito e baseadas na geração de riquezas é que configuram a essência e a finalidade precípua da atividade bancária.
Do SIGILO BANCÁRIO:
Matéria bastante discutida pela doutrina e pelos Tribunais, a quebra do Sigilo Bancário requer aperfeiçoamento legislativo. Sabemos que é da natureza humana manter a discrição sobre a posse e a disponibilidade de seus bens materiais, como fundamento filosófico de proteção à sua privacidade. O Sigilo Bancário se caracteriza como sendo a obrigatoriedade do banco em não revelar fatos, cifras, ou quaisquer outras informações em razão do exercício da sua atividade bancária, em relação aos seus clientes. Em matéria de Sigilo Bancário, nós nos enquadramos nas legislações dos países europeus, que dispensam à matéria, tratamento de segredo profissional. A Lei de Reforma Bancária (Lei 4595/64), em seus artigos 37 e 38, regularizam a matéria, com as novas características impostas pela Lei Complementar nº105 de 10 de janeiro de 2001. Somente em casos excepcionais permite-se a quebra do sigilo bancário.
Obviamente diante de atos ilícitos ou no caso de dúvidas na apreciação e avaliação de determinado negócio, em detrimento da privacidade do cliente face às hipóteses ensejadoras da quebra do sigilo em razão do interesse público. Esta legislação reformadora apresenta uma finalidade dupla: Coibir os delitos contra a natureza tributária e previdência social e lavagem de dinheiro e tráfico de drogas, dando importância à atividade precípua do Estado no combate a tais crimes.
 Em síntese, todas as operações que envolvem tanto pessoas físicas como jurídicas estão sujeitas à quebra quando beirar qualquer dúvida relativa às suas transações, no que se refere à ilicitude dos negócios e transgressões às legislações que disciplinam esta matéria. 
A Lei Complementar nº 105/2001, elenca as circunstâncias que permitem a quebra do sigilo bancário, que de um modo geral, fica restrita ao predomínio do interesse público, que atenda aos preceitos do bem comum, no qual o Estado tem seu comando na manutenção da ordem pública e do equilíbrio da participação na vida econômica por qualquer Instituição, seja pública ou privada.
A regra do Sigilo Bancário deve ser conjugada com as exigências do controle dos bancos por seu órgão respectivo, ou seja, no exercício de sua função fiscalizadora, com os informativos necessários ao seu exercício, mas sem violar o sigilo. Não pode o Banco Central penetrar nos detalhes e particularidades de uma conta particular, a não ser nos casos de flagrada a infringência e irregularidades na apuração de atos ilícitos às normas bancárias. 
Vale ressaltar que a doutrina neste assunto tão controvertido pelos Tribunais entende que se de um lado se prestigia a preservação da privacidade, por outro não se pode omitir da coletividade afagar as ilicitudes que afetam de modo aviltante as normas do bem comum de uma forma geral. Com todas estas CPIs que vemos cotidianamente nos jornais, observamos um cuidado no aspecto da certeza das irregularidades em confronto com o prevalente interesse público na divulgação destes atos ilícitos, praticados via de regra, por autoridades públicas. 
O que se objetiva na verdade, seria um modelo de regras no sentido de se proporcionar à comunidade em geral o conhecimento com transparência deste refluxo da nossa moeda com a responsabilização daqueles que desviam de forma criminosa o dinheiro público. 
Em relação aos consumidores, tratando agora de todos aqueles que procuram crédito, cabe ressaltar que em razão desta Lei Complementar, os bancos e instituições financeiras não estão obrigados a fornecer crédito a seus clientes, pois dadas as informações do SERASA e SPC, bem como a limites em cartões de crédito, que de certa forma quebram o sigilo, nenhuma responsabilidade reportará para empresários, comerciantes ou financeiras, no mínimo em juizados especiais, a cobrança de uma multa contratual, mas infelizmente, para os consumidores que não têm “sangue azul” (políticos, empresários, etc.) o que se preconiza no mundo do comércio é o interesse empresarial. 
CONTRATOS BANCÁRIOS PRÓPRIOS: OPERAÇÕES PASSIVAS.
Quando classificamos as Operações desenvolvidas pelos bancos, notamos que ora o banco se encontra na posição de parte credora da obrigação principal, ou ora se encontra na posição de parte devedora da obrigação principal. Quando o Banco se encontra na posição de parte devedora da obrigação principal, ele está realizando uma Operação Passiva e ao contrário, quando se encontra na posição de parte credora da Obrigação Principal, ele está realizando uma Operação Ativa. Podemos elencar como Operações Passivas: O Depósito e a Conta Corrente, a Poupança e a aplicação financeira e como Operações Ativas: A Abertura de Crédito, o Mútuo, O Desconto e a Antecipação. Em princípio, estudaremos as Operações Bancárias Próprias Passivas: O Depósito a Conta Corrente, a Poupança e a Aplicação Financeira.
- DEPÓSITO BANCÁRIO:
Quando a Instituição Financeira assume na relação negocial o pólo passivo, ela se encontra na posição de devedora, pois tais contratos têm a função econômica de captação de recursos dos quais o banco necessita para poder desenvolver a sua atividade bancária. Neste tipo de atividade podemos citar principalmente os Contratos de Depósito e Conta Corrente. No caso, o Contrato de Depósito é aquele através do qual uma pessoa, física ou jurídica, depositante, entrega valores monetários a um banco, depositário, que se obriga a restituí-los quando solicitado pelo depositante. Este é um dos contratos mais comuns, realizados pelos chamados bancos comerciais, sendo o cartão de débito e o cheque um dos instrumentos de restituição dos valores depositados. 
São três as modalidades de Depósito Bancário: 
À Vista: Na qual a restituição ao depositante deve ser imediatamente providenciada pelo banco quando solicitada pelo depositante;
A Pré Aviso: Na qual o Banco deve providenciar a restituição total ou parcial dos valores depositados em um determinado prazo acertado entre as partes.Exemplo: Aplicação Financeira.A Prazo Fixo: Na qual o depositante somente solicita a reposição dos valores após uma determinada data, onde tais depósitos geralmente são remunerados. Um exemplo que se enquadra neste tipo de depósito é a Caderneta de Poupança, pois se o depositante pretender a restituição antes do prazo avençado com o depositário perde a remuneração.
O Depósito Bancário é classificado como um contrato real, pois somente se aperfeiçoa com a entrega dos valores para o banco, extinguindo-se geralmente por vontade unilateral de qualquer uma das partes, ou pela falta de movimentação por parte do depositante.
Tipos de Contratos de Depósito: Poupança e Aplicação Financeira.
-Poupança: É um tipo de Contrato de Depósito, muito utilizado na déc. de 70 e 80, mas nos dias atuais, como o rendimento e os juros são muito pequenos, o depositante, poupador, utiliza outras formas de aplicação. É um tipo de depósito a prazo fixo, pois o depositante somente solicita a reposição dos valores após uma determinada data, onde tais depósitos geralmente são remunerados. Se o depositante pretender a restituição antes do prazo avençado com o depositário perde a remuneração. Na época era chamada, “Caderneta de Poupança”! Antigamente, o aplicador mantinha realmente uma “caderneta” em seu poder, oferecida pelos bancos, e nesta caderneta, lançava os juros e seus rendimentos. Atualmente, você pode ter uma poupança, sem mesmo ser correntista de um banco. É o depósito puro. 
-Aplicação Financeira: Este é um contrato pelo qual o depositante autoriza o banco a empregar os seus valores, no todo ou em parte, valores em dinheiro que estão em conta de depósito, em várias cartelas de investimentos, tais como: Previdência, Ações, fundos de investimentos, entre outros. Em se tratando de fundos de investimentos e na diversidade de suas carteiras, atendem às Instruções e normas da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), podendo ser por vezes, aplicações de risco, mas com uma rentabilidade maior do que a aplicação na Poupança, via de regra. Neste caso, o banco funciona como um verdadeiro corretor destes títulos e aplicações, informando sempre ao cliente, a melhor hora de vendê-los, resgatá-los ou aplicar em outros fundos. 
Como é uma aplicação sempre de risco, a garantia do banco pela integridade do capital e valor investido, somente existirá, se expressamente for previsto no contrato de aplicação financeira ou no regimento do fundo. 
Neste caso, o banco poderá ser responsabilizado pela má administração do fundo, ou inobservância do regimento ou cláusulas previsíveis no contrato. Mas, jamais pelas perdas variáveis no mercado! Esta é uma garantia que ninguém, bancos ou corretoras, podem afiançar ao seu cliente!
CONTA CORRENTE
 Embora o Contrato de Conta Corrente se assemelhe na prática ao Contrato de Depósito, na medida em que o banco tem o dever de restituir os valores mantidos em conta corrente, quando solicitado pelo correntista, este é um contrato que tem uma peculiaridade bem diferente do depósito. Imaginemos você, recém formado e recém contratado de um grande escritório de advocacia. Depois de formalizadas as questões relativas à sua contratação, a primeira coisa que a sua empregadora realizará será a abertura de um contrato de conta corrente em um banco, mesmo antes da realização de qualquer depósito em seu favor. Embora seja um contrato consensual, pode ser celebrado sem que o correntista entregue qualquer dinheiro de início ao banco, e a conta passa a ser dotada dos recursos que terceiros (a empregadora ou outrem), depositem em favor do correntista. 
A Conta Corrente é um contrato de função econômica mais ampla, pois através deste contrato o banco presta um serviço de administração de caixa para o correntista, onde o banco, além de se obrigar a receber os valores depositados pelo correntista ou por terceiros, deverá proceder aos pagamentos por conta e ordem do mesmo, quando este os solicitar.
Aula 5: Contratos Bancários Próprios. Operações Ativas. 
INTRODUÇÃO:
Quando classificamos as Operações desenvolvidas pelos bancos, notamos que ora o banco se encontra na posição de parte credora da obrigação principal, ou ora se encontra na posição de parte devedora da obrigação principal. Quando o Banco se encontra na posição de parte devedora da obrigação principal, ele está realizando uma Operação Passiva e ao contrário, quando se encontra na posição de parte credora da Obrigação Principal, ele está realizando uma Operação Ativa. Podemos elencar como Operações Ativas, O Contrato de Abertura de Crédito, O Contrato de Mútuo e Financiamento, O Contrato de Desconto e o Contrato de Antecipação.
ABERTURA DE CRÉDITO 
Conhecido na prática como “Cheque Especial”, neste contrato o banco coloca à disposição do seu cliente determinada quantia a seu favor, podendo ser utilizada ou não pelo cliente. Se o cliente utilizar este limite, pagará ao banco pelos encargos e juros ao se apropriar deste crédito. 
O Contrato de Abertura de Crédito encontra-se intimamente vinculado aos Contratos de Conta Corrente e Depósito. Este contrato classifica-se como: Consensual e Bilateral, podendo o Banco, terminado o prazo contratual ou por questões de conveniência quando não for mais do seu interesse disponibilizar o crédito ao seu cliente, extingui-lo, ou seja, cortar o crédito.
MÚTUO BANCÁRIO
Conhecido por financiamento ou empréstimo, este contrato possui peculiaridades próprias, pois o mútuo bancário é o contrato através do qual o banco, mutuante, empresta a seu cliente uma determinada quantia em dinheiro, cobrando juros e encargos devidos pelo mutuário em razão da utilização do dinheiro, objeto do contrato. O Contrato de Mútuo Bancário se classifica como um contrato, unilateral e real, pois o banco não assume obrigação alguma perante o cliente após a entrega da quantia contratada e somente se concretiza com a efetiva entrega do dinheiro ao cliente mutuário. 
As obrigações do mutuário, portanto são duas a partir da efetiva entrega do dinheiro: 
 -Devolver o valor emprestado no prazo avençado, pagando juros, correção, taxas e encargos, se for o caso.
 -Amortizar a quantia emprestada dentro dos prazos estabelecidos no contrato. 
Atenção! 
Os juros estabelecidos contratualmente não se limitam às taxas descritas no Código Civil em seus artigos 406 e 591, sendo a matéria disciplinada pela LRB (Lei de Reforma Bancária), Lei 4595/64 em seu artigo 4º.
DA DEVOLUÇÃO ANTECIPADA DO VALOR EMPRESTADO: 
Neste caso, o banco não é obrigado a reduzir as taxas de juros ou encargos, pois como a sua principal finalidade com a concessão do empréstimo é a remuneração através destas taxas cobradas, restaria frustrada a sua expectativa no recebimento de tais remunerações. Somente com a sua concordância e acordo firmado entre o mutuante e mutuário poderia se vislumbrar tal redução. 
No início do estudo deste contrato, mencionei que coloquialmente ele é também chamado de contrato de financiamento. Ocorre que no financiamento o mutuário deverá dar um destino próprio ao dinheiro emprestado, como exemplo, a compra de um imóvel ou um carro ou um equipamento de ponta para a sua empresa. No primeiro exemplo, o banco deverá entregar o dinheiro diretamente à incorporadora do imóvel, no caso, adiantando para o cliente o valor para o pagamento do bem. Este tipo de operação econômica geralmente se vincula a programas sociais de aquisição da casa própria ou de fomento para a realização de uma série de transações econômicas e comerciais. Neste caso, se houver garantia real hipotecária será exigida a escritura pública para a realização do contrato. 
No caso de emissão de cédula de crédito bancário (alienação fiduciária de imóveis) não se exige a escritura pública.
Nos dias atuais, temos duas questões novas a serem abordadas:
A primeira se refere à portabilidade do crédito e a segunda se refere à possibilidade de redução dos juros, quando da quitação do contrato de mútuo ou de financiamento.
Em relação à primeira, Portabilidade de crédito é a possibilidade de transferênciade operações de crédito em empréstimos e financiamentos e nos casos de arrendamento mercantil de uma instituição financeira para outra, por iniciativa do cliente, mediante liquidação antecipada da operação na instituição original. As condições da nova operação devem ser negociadas entre o próprio cliente e a instituição que concederá o novo crédito. Sobre esta questão, indico um link importante do BACEN, indicando as Instruções para a realização desta operação: http://www.bcb.gov.br/?portabilidadefaq 
Em relação à segunda, a redução dos juros pela antecipação do pagamento das parcelas de um mútuo ou financiamento, observamos que a liquidação antecipada pode ser feita com a utilização de recursos próprios ou por transferência de recursos a partir de outro banco. Clientes que tenham tomado empréstimos de bancos podem solicitar a liquidação antecipada do débito, total ou parcialmente, com redução proporcional dos juros. O banco deve conceder desconto pela antecipação do pagamento, de acordo com o prazo de antecipação das parcelas. Embora nem todos os bancos realizem esta prática, pois o próprio contrato não faz esta previsão, a grande maioria vem seguindo esta instrução, com o objetivo de diminuir o endividamento e fomentar ainda mais o crédito bancário. Sobre este assunto, indico um link interessante, também do BACEN, explicativo sobre esta operação: http://www.bcb.gov.br/?LIQUIDACAOANTECIPADAFAQ 
Desconto E Antecipação 
A maioria dos doutrinadores toma um contrato pelo outro como operações bancárias idênticas. Esta matéria já foi estudada por vocês na Unidade Títulos de Crédito, no tema ENDOSSO. Como o Contrato de Desconto é entendido pela maioria dos doutrinadores como um contrato misto, pois conjuga a administração dos valores depositados pelo cliente, o mútuo e a antecipação tomam-se um pelo outro. No desconto propriamente dito o banco antecipa ao cliente o valor do crédito deste contra terceiros. 
Note-se bem, o instrumento deste contrato tem como base os Títulos de Crédito, como Letras de Câmbio, Notas Promissárias, Duplicatas e Cheques e os demais equiparados por legislação específica do Direito Cambiário. 
Este tipo de contrato encontra-se regulamentado e tutelado pela doutrina e pelas Leis Cambiárias, ou seja, pelos princípios básicos do direito cambiário. Acentue-se que o instituto do ENDOSSO é ato indispensável à concretização do Desconto. Existem três situações em que o banco recebe por endosso títulos de crédito de seus clientes:
 
O cliente pode contratar com o banco apenas o serviço de cobrança do crédito na data avençada no título através do endosso mandato. Observe-se que nesta hipótese não existe antecipação de valores ou mútuo, cobrando o banco uma taxa pela administração dos créditos de seu cliente.
 Nesta segunda hipótese o cliente transfere seus créditos ao banco que lhe oferece um mútuo e o mutuário cliente oferece tais créditos em garantia do pagamento do empréstimo através do endosso caução.
Neste último, onde observamos a presença do verdadeiro desconto com antecipação, quando o cliente através do endosso próprio, transfere ao banco os seus créditos, que antecipa os valores literalizados no título, deduzidos os juros e demais despesas pactuadas contratualmente. No caso, se o título não for pago na data aprazada pelo devedor principal ou por seus coobrigados, o banco tem o direito de cobrar do cliente o crédito consignado no título que não foi realizado pelo verdadeiro e principal devedor, protegido por toda a legislação cambiária e processual. 
Em regra, aquele que teve a antecipação do crédito, se obrigará sempre pela solvência do devedor! 
ENDOSSO CAUÇÃO
Endosso Próprio
Aula 6: Contratos Bancários Impróprios 
INTRODUÇÃO:
Nesta aula teremos contato com um dos mais importantes contratos bancários, o Contrato de Faturização, muito conhecido por Factoring, pelos empresários que se utilizam deste instrumento para fomentar a sua atividade empresarial. Analisaremos a sua natureza bancária ou não bancária, e as divergências doutrinárias quanto à sua classificação como bancário impróprio. Por que?
Pelo fato de serem realizados por Instituições não Bancárias, autorizadas a funcionar pelo BACEN, de acordo com o artigo 17 da LRB. São contratos específicos, assim como o Leasing e a Alienação Fiduciária em Garantia, e sua natureza bancária, bastante discutida entre doutrinadores, pois na prática, nem sempre realizados pelos Bancos. Assim, são definidos pela doutrina de vanguarda, como Bancários Impróprios.
CONCEITO
Também chamado de fomento mercantil, o Contrato de Faturização ou Factoring é aquele através do qual o faturizador (Instituição Financeira) presta ao faturizado (Empresário) o serviço de administração de crédito, garantindo ao empresário o pagamento das faturas por ele emitidas. Nos dias atuais, em razão da grande concorrência no comércio, na indústria e na prestação de serviços, se o empresário não colocar à disposição do consumidor ou de seu cliente a facilitação no pagamento das mercadorias ou serviços, pode perdê-los para outro empresário concorrente. Permitindo o pagamento com prazos maiores instrumentados por cheques, promissórias ou duplicatas, realiza a sua atividade empresária a contento e em contrapartida, utiliza-se do mecanismo da faturização para a antecipação destes créditos. 
OBRIGAÇÕES DAS PARTES
FATURIZADOR 
Administrar os créditos do faturizado, cobrança das faturas aos devedores através de avisos relativos ao vencimento das mesmas, bem como providenciar, caso necessário, os protestos dos títulos para garantia do direito creditício.
Assumir todos os riscos relativos ao inadimplemento das faturas pelos devedores.
3. 	Garantir o pagamento das faturas oriundas do crédito concedido.
FATURIZADO
Pagamento dos serviços de administração do crédito concedido pelo faturizador nos termos e condições estabelecidos no contrato de factoring. 
MODALIDADES
São duas as modalidades de Contrato de Faturização: 
- Conventional Factoring: Nesta modalidade de contrato observamos três serviços prestados pela Financeira: A Antecipação ou financiamento, a administração do crédito e o seguro. É a modalidade mais utilizada pelos empresários.
- Maturity Factoring: Nesta modalidade de contrato observamos os seguintes serviços prestados pela Financeira: administração do crédito e seguro, não se observando a presença da antecipação ou do financiamento, pois a faturizadora somente paga ao faturizado o valor das faturas na data do vencimento. Em razão disto, discute-se a natureza bancária desta modalidade de factoring.
NATUREZA JURÍDICA DO CONTRATO DE FACTORING
Como falamos anteriormente, é bastante discutida a natureza bancária do contrato de factoring na modalidade de maturiry factoring em razão da não presença do financiamento. Quanto ao conventional factoring, não há o que se discutir sobre a sua natureza bancária em razão da presença da antecipação dos créditos ao empresário faturizado, que representa operação de intermediação creditícia, objeto dos contratos bancários, definido na LRB. 
Em 1989 o BACEN autorizou a atividade de fomento mercantil a toda e qualquer sociedade empresária, independente de autorização, claro, reitero, de acordo com as condições e requisitos impostos pela LRB em seu artigo 17. Em razão desta permissão, como a maioria dos contratos de factoring são realizados por Instituições Financeiras não Bancárias, tem a sua natureza definida como Contrato Bancário, só que classificado como Impróprio. 
Se qualquer faturizadora praticar qualquer ato que não se coadune com a definição legal descrita no artigo 17 da LRB, conota não só infringência a este dispositivo como à Lei 7492/86, que trata dos crimes contra o Sistema Financeiro Nacional. Como o Banco Central não reconhece a atividade de factoring como atividade bancária, permitindo que qualquer sociedade, limitada ou anônima realize esta operação de fomento sem que haja a prévia autorização da autoridade monetária, os doutrinadores de um modo geralinsistem em classificá-lo como um contrato impróprio. 
DIFERENÇAS ENTRE O DESCONTO BANCÁRIO E FACTORING
No estudo do Contrato de Factoring você percebeu uma grande semelhança com o Contrato de Desconto Bancário em razão da presença da antecipação dos créditos ao empresário. Ocorre que no Contrato de Factoring o Faturizador assume todos os riscos com a solvência ou não dos créditos por parte do devedor, não podendo cobrar o devido de regresso ao faturizado. No Factoring, os créditos são transferidos ao faturizador através do endosso sem garantia, funcionando como uma verdadeira cessão de crédito. Obviamente que na prática, as empresas de factoring de certa forma, obrigam ao empresário faturizado a assinatura de um cheque ou promissória no valor do crédito antecipado, prática esta não muito bem vista pelos profissionais do direito, mas que já se sacramentou como costume nestas operações de fomento. 
No Desconto Bancário, o banco possui direito de regresso contra o empresário (descontário), caso ocorra o inadimplemento da fatura pelo devedor do título. Mesmo assim, não há nenhuma dúvida quanto à função de tais contratos, pois tanto o factoring como o desconto, apresentam-se como contratos de grande importância na atividade econômica e empresária!
TAXAS DEVIDAS COBRADAS PELO FATURIZADOR
Embora já mencionado que o Contrato de Factoring pode ser realizado por Instituições sem a prévia autorização da autoridade monetária, não podemos confundir esta atividade de fomento com agiotagem com a presença da usura na cobrança dos juros. Estas práticas são largamente condenadas pela nossa doutrina e legislação como atividades criminosas. De acordo com o Código Civil, se as faturizadoras não são financeiras, não podem cobrar juros superiores ao limite imposto nos artigos 406 e 591. O que se permite é a cobrança dos serviços pela administração dos créditos do faturizado e o seguro. E qual será este valor cobrado? Obviamente, fica a critério das empresas de factoring e como neste tipo de cobrança não existe limitação legal alguma, não se aplica os limites impostos pelo Código Civil. 
Atenção!!!
Se não se verificar a presença dos serviços caracterizadores das operações de fomento mercantil, o que se cobra na verdade pela antecipação são somente juros, este sim, devendo atender aos limites impostos por lei. Por fim, vale ressaltar que a Resolução do Banco Central nº 2.144/95, determina que qualquer atividade financeira realizada pelas empresas de factoring, estranha à definição legal, se caracteriza tanto como infringência à lei que cuida dos Crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, bem como à LRB.
A exemplo das Instituições Financeiras, todas as empresas de factoring também deverão manter o sigilo sobre todas as suas operações, de acordo com a Lei Complementar nº 105/2001.
Aula 7: Contratos Bancarios Improprios – Arrendamento mercantil e Leasing 
Introdução
Nesta aula, vamos estudar mais um contrato bancário impróprio: o Leasing, também denominado Arrendamento Mercantil.
Tal contrato tem sido largamente utilizado nas atividades mercantis, principalmente na aquisição de veículos automotivos e equipamentos de ponta.
Vamos analisar ainda as questões relativas à tributação, bem como a utilização equivocada do termo arrendamento nas compras de bens a prazo através de financiamento.
Conceito
Ao ouvir a expressão Leasing, as pessoas leigas pensam em uma compra financiada. Doutrinariamente, no entanto, os estudiosos do assunto definem o Leasing ou Arrendamento Mercantil como uma locação de um bem que é caracterizada pela faculdade que possui o locatário, ao término da locação, de optar pela compra deste bem locado.
Na realidade, este contrato reúne intrinsecamente dois contratos: o da locação e o opcional de compra e venda. Por ato unilateral, o arrendatário ou locatário do bem, findo o prazo locatício, pode optar pela compra deste bem pagando o chamado valor residual, ou seja, pagando o equivalente ao valor do bem locado, debitando as prestações anteriormente pagas durante a locação a título de aluguel.
Legislação
O Arrendamento Mercantil encontra-se disciplinado na Lei 6.099/74, com a nova redação dada pela Lei 7.132/83, bem como pela Resolução nº 2.309/96 do BACEN pelo Conselho Monetário Nacional.
Esta Resolução classificou em seu texto duas formas de Leasing, a saber:
Leasing Financeiro:
Aquele em que o arrendatário, no exercício da opção de compra do bem locado, paga uma importância de pequeno valor, pois a soma das prestações pagas na locação já foi suficiente para o custo do bem e retorno do investimento para a arrendadora.
O valor residual a ser pago é praticamente inexpressivo.
Leasing operacional:
Aquele em que o arrendatário somente poderá pagar na opção de compra do bem um valor que não seja superior a 75% do bem locado.
Neste caso, o resíduo é bastante expressivo. Não se trata, neste caso, de VRG (valor residual garantido), mas simplesmente de resíduo.
Natureza jurídica do contrato de leasing
Como este contrato pode ser realizado por Sociedades Anônimas, bancos e instituições financeiras autorizadas, este também pode ser considerado um contrato bancário impróprio.
De acordo com a Lei Complementar 105/2001, as empresas dedicadas a explorar este ramo de atividade são consideradas instituições financeiras, no caso não bancárias (se não for um banco). Sendo assim, as regras do sigilo bancário também valerão para o Leasing.
Quanto à natureza bancária deste contrato, como na maioria das vezes o arrendatário adquire o bem arrendado ao final da locação, caracterizando um verdadeiro financiamento para comprar o bem a prazo, mais do que retratada está a natureza bancária deste contrato.
Caso, raro, não adquira o bem ao final da locação, não há o que se falar em natureza bancária e muito menos em Leasing, e sim em uma verdadeira locação.
Responsabilidade da arrendatária no uso do bem arrendado e nos casos de inadimplência das parcelas
Desde o momento da realização do contrato de Leasing, o que temos de um lado são: o arrendatário (locatário do bem) e a arrendadora (proprietária do bem), até a aquisição do mesmo por parte do arrendatário na opção de compra.
Por este entendimento, todo e qualquer dano no bem arrendado proveniente do uso contínuo da coisa deveria responsabilizar o arrendatário no ressarcimento de prejuízos à arrendadora, já que ela por direito é a proprietária do bem.
Só que no que se refere ao arrendamento de veículos, esta regra não tem sido aplicada em razão da Súmula 492 do STF. Isto porque o uso contínuo do veículo, além de desvalorizá-lo no mercado, se deteriora com o tempo, devido a questões muitas vezes de ordem da natureza, como maresia, chuvas, seca, poluição, que nada têm a ver com a conservação por parte do arrendatário.
No que se refere à ação da empresa arrendadora contra o arrendatário, nos casos de inadimplência das parcelas, temos uma divergência nos julgados.
Algumas decisões determinam a resolução do contrato com a devolução do bem; outras decisões, como entendem o Leasing no mesmo patamar da alienação fiduciária em garantia, dão o mesmo tratamento jurídico, concedendo o direito à empresa arrendadora de busca e apreensão do bem objeto do contrato, com o pagamento das parcelas devidamente corrigidas.
Aula 8:Contratos Bancários Impróprios 
INTRODUÇÃO:
Nesta aula estudaremos o Contrato de Alienação Fiduciária em Garantia, contrato este de larga utilização no setor econômico, principalmente nos financiamentos de bens móveis, especificamente na Compra e Venda de veículos e também na Compra e Venda de bens imóveis. Analisaremos as legislações regulamentadoras deste contrato, seu objeto, responsabilidade das partes e sua natureza jurídica, se bancária ou não bancária. 
ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA EM GARANTIA
CONCEITO
É o contrato através do qual uma das partes denominada fiduciante, proprietária do bem, objeto do contrato, aliena-o em confiança (em fidúcia) para outra parte, denominada fiduciário, que seobriga a devolver a propriedade deste bem ao fiduciante, de acordo com as condições estabelecidas no contrato. No caso, o fiduciante é o devedor e mutuário e o fiduciário o mutuante, credor. Em outras palavras, dando o exemplo da compra e venda de veículos, o proprietário do bem é o fiduciante, que alienou o veículo à financeira que lhe concedeu o financiamento para o pagamento deste veículo. Sendo quitada a dívida pelo fiduciante, o fiduciário, credor ou mutuante, que é a financeira, devolve ao fiduciante a propriedade do bem. Dissecando a terminologia deste contrato temos:
-Alienação: Transferência da propriedade de um bem.
-Fiduciária: Ou seja, em confiança, em fidúcia.
-Garantia: Ocorre a transferência do bem à financeira para garantia do pagamento do empréstimo financiado para a compra do bem.
Nestes termos, o credor, mutuante, fiduciário, tem apenas o domínio resolúvel da coisa e a posse indireta e o devedor, mutuário, fiduciante, depositário É possuidor direto do bem. Sendo realizado o pagamento da dívida pelo fiduciante, este volta a ter a total e plena propriedade do bem que foi dado em garantia do pagamento da dívida.
LEGISLAÇÃO
Tal contrato possui vários ordenamentos jurídicos, a saber:
Lei 4728/65, artigo 66-B, § 4º (Lei de Mercado de Capitais), quando celebrado na esfera do mercado financeiro
Lei 9514/97, artigos 22 a 33, quando tem por objeto bens imóveis
Decreto lei 911/69, norma processual
- Código Civil, artigos 1361 a 1368
ALIENAÇÃO 
OBJETO
A Alienação Fiduciária em Garantia pode ter como objeto bens móveis ou bens imóveis. No caso de bens móveis, sua regulamentação encontra-se na Lei 4728/65 e no Decreto-Lei 911/69, para fins processuais. No caso de bens móveis, o contrato é celebrado na esfera financeira ou de capitais. Neste caso, ocorrendo a inadimplência do fiduciante devedor, cabe ao fiduciário credor exigir o valor das parcelas vencidas e em juízo requerer a busca e apreensão do bem, sendo facultado ao credor a venda do bem, sem a necessidade de leilão ou avaliação e nem mesmo cabendo ao fiduciante devedor interpelar em juízo esta venda. Esta medida caracteriza o domínio da coisa resolúvel pelo credor fiduciário, pois o bem anteriormente alienado volta para a sua propriedade. 
NATUREZA JURÍDICA
Discutida doutrinariamente a natureza bancária do Contrato de Alienação Fiduciária em Garantia, a Jurisprudência reconhece a natureza bancária deste contrato, visto que somente poderá ser realizado por Instituição Financeira, bancária ou não bancária, daí o entendimento majoritário de se tratar de Contrato Bancário Impróprio. Nada impede que pessoas físicas ou jurídicas, mesmo não estando na categoria de Institutos descritos no artigo 17 da Lei de Reforma Bancária (Lei 4595/64) celebrem contrato de mútuo com garantia fiduciária, neste caso, é claro, não há o que se falar em natureza bancária, sendo a disciplina reguladora do Código Civil.
No que diz respeito a questão executiva, observa-se que a lei deixou um tanto de lado os direitos executórios por parte do credor nos casos de inadimplemento por parte do fiduciante devedor, cabendo-lhe apenas a execução do mútuo, ou seja, do pagamento dos valores financiados em garantia, dando a este contrato o perfil de contrato bancário, mesmo que impróprio.
Aula 9: Operações de Crédito: Cartões de Crédito. Cartas de Crédito: Hipotecário, Industrial e Rural. 
INTRODUÇÃO:
Nesta aula estudaremos o Contrato de Cartão de Crédito, histórico, natureza e obrigações das partes, bem como e sua importância na mobilização do crédito ao consumidor. Também analisaremos as mais variadas concessões de crédito: hipotecário, rural e industrial, a taxação de juros e os prazos de durabilidade de tais financiamentos.
CARTÃO DE CRÉDITO: HISTÓRICO, CONCEITO, NATUREZA E OBRIGAÇÕES DAS PARTES
HISTÓRICO
Na dinâmica do comércio observamos esboços do que é hoje o Cartão de Crédito. No século passado, determinadas compras eram parceladas na forma de “fiado”, que somente era concedido pelos comerciantes a determinados fregueses, que anotava em rudes caderninhos as compras realizadas pelos clientes, que ou iam amortizando durante o mês o valor das compras ou quitavam o valor total da dívida quando recebiam os seus salários. Observa-se nesta prática uma verdadeira concessão de crédito. Mais tarde, alguns comerciantes passaram a conceder a respeitados clientes o então chamado “cartão fidelidade”, que dava determinadas vantagens aos clientes preferenciais, como descontos, facilidade no pagamento, entregas em domicílio ou até presentes com mercadorias vendidas no estabelecimento. 
Este cartão fidelidade ainda é utilizado largamente no comércio, pois muitos mercados, lojas de departamentos entre outras, concedem a determinados clientes este cartão, que lhe garantem vantagens como descontos e facilidades no pagamento das compras. Exemplos: Cartão Renner, Cartão Zona Sul, Cartão Pão de Açúcar, entre outros. Hoje em dia, o “fiado” praticamente não se observa no comércio, o que temos são os cartões fidelidade e os Cartões de Crédito. 
CONCEITO
Muitos autores ao longo do tempo classificaram o Cartão de Crédito como Título de Crédito. Esta classificação não possui pela maioria doutrinária nenhuma relação com o Direito Cambiário, pois não encontramos nenhum dos Princípios basilares dos Títulos de Crédito. São sim classificados como Contratos Bancários como importante instrumento na mobilização do crédito. Neste contrato, uma Instituição Financeira se obriga perante uma pessoa física ou jurídica, a pagar pelo crédito que foi concedido a esta pessoa por um terceiro, empresário, comerciante ou prestador de serviços, que é credenciado a esta empresa emissora do cartão de crédito. Na data do vencimento do cartão o valor da compra ou serviço será pago diretamente à emissora do cartão, sem qualquer acréscimo para o consumidor sendo este valor repassado ao empresário ou fornecedor das mercadorias vendidas, mediante a apresentação das notas de compra e venda. 
As compras poderão ser parceladas e dependendo do empresário fornecedor poderá ocorrer o pagamento de juros e correção monetária. Fica a critério do empresário, a cobrança ou não destes valores.
NATUREZA JURÍDICA
É indiscutível a natureza bancária deste contrato, que tanto pode ser realizado pelos bancos ou por Instituições Financeiras autorizadas a realizar este tipo de atividade. Esta intermediação financeira é determinante para qualificar o Cartão de Crédito como Contrato Bancário, mesmo na categoria de Contratos Bancários Impróprios. Como as administradoras de cartão de crédito são equiparadas às Instituições Financeiras, devem respeitar o Sigilo Bancário em todas as operações e serviços.
OBRIGAÇÕES DAS PARTES
- CONSUMIDOR: Pagar suas faturas em dia, respeitando os prazos, os juros e correções, no caso de parcelamento das compras.
- ADMINISTRADORA OU FINANCEIRA: Conceder na forma do contrato o valor do crédito, respeitando as datas do vencimento e o que foi entre as partes avençado.
- FORNECEDOR, EMPRESÁRIO, COMERCIANTE: O Fornecedor não é obrigado a aceitar o pagamento de suas vendas ou serviços com cartão de crédito, mesmo credenciado a várias administradoras, podendo estabelecer um valor mínimo para a aceitação do cartão. Caso realize conduta corriqueira de negar o pagamento através de cartão de crédito, a administradora poderá descredenciá-lo e até mesmo cobrar multa contratual por descumprimento de qualquer cláusula por eles avençada.
CARTAS DE CRÉDITO:
- Conceito.
- Classificação dos Bancos quanto às espécies de cartas de crédito concedidas em suas operações bancárias.
Conceito: 
As Cartas de Crédito foram conceituadas no revogado Código Comercial de 1850, em seu artigo 264. Embora revogado o Código Comercial, o seu conceito ainda é utilizado, embora este documento nos dias atuais se restrinja às operações de natureza tão somente, bancária. Assim, trata-se de uma ordem de pagamento dada por um banqueiro, banco, para um correspondente seu ou agência, em praçadiversa, coloque à disposição de um beneficiário ou mais, determinada quantia e por prazo determinado no contrato de concessão do crédito. O saudoso professor Fran Martins, referia-se a esta concessão, afirmando que o beneficiário do crédito poderia ter ou não conta nesta Instituição bancária, fato que nos dias atuais, quase a totalidade dos bancos que oferecem estas cartas de crédito exigem do beneficiário, a abertura de conta em seu banco para a realização da operação de crédito, bem como, para a finalidade a que esta se propõe. 
Classificação dos Bancos quanto às espécies de Cartas de Crédito, oferecidas em suas operações:
Bancos de Crédito Real: Aqueles que têm como objetivo principal, a concessão da Carta de Crédito Hipotecária. Destinam-se a fornecer empréstimos, mediante a garantia hipotecária de um imóvel. Tais empréstimos podem ser realizados por longo, médio ou curto prazo, este último, um pouco raro nesta espécie de financiamento. Nada impede que este banco realize as demais operações bancárias já estudadas no nosso Curso de Direito Contratual Bancário.
A Cédula de Crédito Hipotecária ou Carta de Crédito Hipotecária foi criada pelo decreto-lei n.70 de 1966, além de ser disciplinada pela Resolução n. 228 do BACEN de 1972, podendo ser emitidas por bancos de investimento, pela caixa Econômica Federal e pelos bancos de desenvolvimento.
Quanto ao valor, pode corresponder no todo ou em parte do crédito hipotecário e é claro, este valor não poderá ser ultrapassado. A Cédula deve ser expressa em moeda nacional, o real e os valores corrigidos pelos índices oficiais do governo.
Quanto à forma, a cédula sempre será nominativa, podendo ser endossável, mas sempre por endosso em preto. Neste caso, como tem a natureza de título de crédito impróprio, deve-se atentar aos normativos do Direito Cambiário no que diz respeito à responsabilidade solidária do endossante. Nos dias atuais temos uma diversidade de bancos que se dedicam ao financiamento imobiliário, no sentido de alavancar recursos para a concessão de tais créditos aos mutuários.
Em notícia veiculada pela Revista Exame datada de 11.06 de 2012, observamos as novas regras do financiamento imobiliário, embora não sejam aplicadas aos financiamentos com recursos do fundo de garantia, FGTS, que inclui o programa “Minha Casa, minha Vida”, a saber: 
“Brasília - A partir de hoje (11), passam a valer as novas regras da Caixa Econômica Federal para os financiamentos habitacionais. Pelo novo modelo, os mutuários terão mais cinco anos para quitar os empréstimos. A Caixa ampliou o prazo do crédito habitacional de 30 anos para 35. Os empréstimos serão feitos com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). Os financiamentos do SBPE beneficiam apenas os mutuários que ganham mais de R$ 5,4 mil por mês ou que adquirirem imóveis de mais de R$ 170 mil...”
“A Caixa também reduziu as taxas de juros para essas modalidades. Para imóveis financiados pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH), as taxas caíram de 9% para 8,85% ao ano. Para os imóveis fora do SFH, os juros passaram de 10% para 9,9% ao ano.
A instituição também ampliou o prazo dos financiamentos para a construção de casas e apartamentos com recursos da poupança. A partir desta semana, as construtoras e incorporadoras terão 36 meses para pagar os empréstimos. Antes, o prazo correspondia a 24 meses. Os juros dessas linhas também foram reduzidos de 11,5% para 10,3% ao ano.
Para a construção de imóveis comerciais, os juros efetivos caíram de 14% para 13% ao ano. Nas operações de financiamento para a construção e aquisição de imóvel para uso próprio, a empresa pagará taxa de 12,5% ao ano, ante 13,5% cobrados atualmente.
Em todos os casos, o mutuário também pagará a Taxa Referencial (TR), juros variáveis cobrados nos financiamentos imobiliários. No entanto, as taxas efetivas podem ficar ainda menores se o mutuário for correntista da Caixa.
As mudanças não valem para financiamentos com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que inclui o Programa Minha Casa, Minha Vida. “Para essas modalidades de financiamento, o prazo continua 30 anos.”
No dia 5, o vice-presidente de Governo e Habitação da Caixa, José Urbano Duarte, disse que o aumento do prazo dessas linhas de crédito depende de aprovação do Conselho Curador do FGTS. “A Caixa já pediu autorização ao Conselho Curador para aumentar o prazo.”
De acordo com o vice-presidente, a Caixa estima em R$ 96 bilhões a concessão de financiamentos habitacionais para este ano, ante R$ 80 bilhões do ano passado. Até “maio, a instituição havia emprestado R$ 36,7 bilhões, contra R$ 25 bilhões nos cinco primeiros meses do ano passado.” 
Bancos de Crédito Industrial : Aqueles que se destinam a financiar as atividades ligadas ao desenvolvimento das indústrias, como o próprio nome já diz. E os que emitem as Cartas de Crédito Industriais. 
Os Bancos de Crédito Industrial estão subordinados ao BACEN e por ele são fiscalizados, que entre outras atribuições, emite Instruções especificando os termos de concessão deste crédito e os diversos processos relativos aos estabelecimentos bancários concedentes.
O Banco do Brasil possui uma Carteira de Crédito Agrícola e Industrial. 
Nos financiamentos Industriais as modalidades de garantias são diversas das cartas de crédito rurais. Em regra, tais garantias se perfazem através do penhor industrial ou de mercadorias ou da hipoteca. Esta carteira ou Carta de Crédito foi dividida em três zonas: Zona Norte, Zona Sul e Zona Centro, para melhor atender às finalidades de concessão de tais créditos.
A Cédula ou Carta de Crédito Industrial é definida como uma “promessa de pagamento em dinheiro, com garantia real, cedularmente constituída”. Art. 9º do Decreto n. 413/1969. 
Para que possa ser emitida esta cédula e este empréstimo, o banco abre um crédito ao emitente desta nota promissória (Carta ou Cédula de Crédito Industrial), que ficará obrigado a aplicar a importância dada em financiamento para as finalidades que se encontram expressas no Contrato de Crédito. Para tanto, este emitente tem que comprovar a utilização e aplicação destes valores nos prazos e condições previamente estabelecidas. Esta aplicação será sempre fiscalizada pelo Banco. Em razão disto, fiscalização por parte do banco e aplicação para os fins, objeto do financiamento, é que esta operação se distingue do mútuo bancário.
Quando a garantia for dada em bens imóveis é necessário o registro da cédula no Cartório de Registros de Imóveis do local onde se situem os bens garantidores da dívida. É possível a transferência do crédito entre Instituições Financeiras, mas mediante solene formalidade, que consiste na cessão de direitos, formalizada por escritura pública, podendo a mesma (A Cédula de Crédito), ser executada nos casos de inadimplemento do pagamento da dívida por parte do emitente. 
Bancos de Crédito Rural ou Agrícola: São aqueles que têm por finalidade fomentar o crédito para o desenvolvimento da pecuária e da agricultura. Geralmente se situam nas Cidades do Interior, com o intuito de facilitar o crédito ao pecuarista, agricultor ou agropecuário. O crédito fornecido por estes bancos são instrumentados pelas Cartas ou Cédulas de Crédito Rural e por prazos muito longos. Como dissemos acima, o Banco do Brasil possui uma Carteira especial para a concessão do Crédito Industrial e Agrícola, denominada Carteira de Crédito Agrícola e Industrial. 
No que se refere ao Crédito Rural, esta Carta tem como garantia o penhor agrícola e pecuário, penhor este denominado especial, somente destinado aos agricultores e pecuaristas, proprietários de produtos de seu plantio e/ou de animais de sua criação. Outras garantias poderão ser ofertadas, como a hipoteca, e neste caso, como na carta de Crédito Industrial, deverá ter seu registro firmado no Cartório de Registro de Imóveis, onde se situa o bem, objeto da garantia. São por natureza Títulos de Crédito, pois constituem uma promessa de pagamento. 
Emboranos casos de inadimplemento do pagamento das parcelas do crédito concedido, a Jurisprudência é voltada para as questões mais sociais, como em tipificar este crédito como especial, dada as condições de dificuldade de mercado, em razão das modificações climáticas e sazonais e entressafras, limitando os juros e uma cobrança diferenciada dos demais créditos concedidos pelos bancos, de forma geral.
Aula 10: Princípios Gerais do Código Civil. A relação de consumo.
INTRODUÇÃO:
Neste ponto que encerra o conteúdo da Disciplina de Direito Contratual Bancário, analisaremos as questões relativas aos Princípios Gerais dos Contratos elencados no nosso Ordenamento Civil, que não somente regem os contratos em geral, mas em especial, os Contratos Bancários. 
Analisaremos a importância do Código de Defesa do Consumidor nas operações bancárias e as medidas judiciais cabíveis nos casos de excessos cometidos pelas Instituições Financeiras, seja na cobrança de juros exorbitantes, taxas e demais encargos, nem sempre devidos pelo cliente.
O conteúdo desta disciplina, não se encerra com esta última aula! 
Analisamos vários temas de grande importância no Direito, e como bom estudioso, você perceberá que são assuntos, questões, teorias que não se esgotarão jamais. 
PRINCÍPIOS GERAIS DO CÓDIGO CIVIL
Uma das maiores contribuições para o mundo jurídico, com o advento do Código Civil de 2002, foi a unificação do direito das obrigações, principalmente em relação aos Contratos, de uma forma geral e em especial, nas operações bancárias. Por terem natureza, em sua grande maioria, como contratos de adesão, vários Princípios do Código Civil se encaixaram nas operações bancárias, como forma de tutela aos que contratam com as Instituições, muitas vezes sem ter ciência das complicações futuras que possam ocorrer. 
O Princípio da boa-fé objetiva, encontra-se presente na avaliação pelos julgados, se realmente existiu a vontade dos contratantes na realização do contrato, quais as cláusulas e cumprimento da obrigação.
Sabemos que toda operação bancária se realiza através de um sem nº de normas impostas pelos bancos, sendo tais normas, na maioria das vezes, lesivas ao cliente que provavelmente não dará cumprimento ao pagamento da obrigação, ora tendo prejuízos patrimoniais e pessoais e de outro lado, o próprio banco credor sem a garantia do cumprimento da obrigação nas condições por ele impostas.
Embora de grande valia a contribuição de nosso ordenamento civil, temos que ponderar alguns preceitos que são carentes de uma avaliação relativa às questões de imprevisão e lesividade. 
Temas como onerosidade excessiva, desequilíbrio na contratação, boa-fé objetiva, são institutos de grande importância na análise da legalidade ou não do negócio jurídico, nas relações de consumo e na atividade bancária como forma de realizar a intermediação do crédito. O mais importante para todo julgado é tentar uma decisão coesa com os princípios do Código Civil e do Código do Consumidor, sem prejuízo de nenhuma das partes contratantes, tanto o consumidor, como o Banco.
Em razão da grande quantidade de serviços oferecidos pelas Instituições Financeiras o atrativo ao crédito acentuou sobremaneira a procura de uma grande clientela em nossa sociedade contemporânea, o que infelizmente veio a acarretar uma alta taxa de inadimplência e um sem número de ações judiciais, muitas vezes demonstrando desvios e excessos na cobrança de juros abusivos por estas Instituições. Muito se fala na Teoria da Imprevisão, mas esta deve ser analisada de acordo com a ocorrência de um fato novo, inesperado, que não existia à época da realização do contrato. Muitas medidas econômicas, como Plano Cruzado, Bresser, Real, instabilidade da moeda, variantes no câmbio, inflação desmedida, causaram verdadeiros prejuízos tanto aos consumidores como aos Bancos. Somente se forem verificadas modificações significantes, que venham causar onerosidade excessiva para um dos contratantes, é que se pode cogitar a aplicação da Teoria da Imprevisão, prevista no artigo 317 do Código Civil, no sentido de se coibir abusos ou desvios que venham a causar severos prejuízos às partes contratantes.
A RELAÇÃO DE CONSUMO 
Uma questão da máxima importância acerca da relação consumerista nas operações bancárias é que muitos doutrinadores não reconhecem o cliente como verdadeiro consumidor, pois entendem que o Banco ou Instituição Financeira não Bancária, são meros prestadores de serviços e portanto, não estão vinculados às regras impostas pelo Direito do Consumidor. Ocorre que este entendimento foge totalmente aos Princípios do Direito Consumerista, pois o cliente, Pessoa Física ou Jurídica é sim consumidor e nesta visão deve-se sempre destacar a questão da vulnerabilidade, da boa-fé e do equilíbrio, como forma de proteção àquele que se encontra em posição fraca economicamente. 
Sorte para nós consumidores, é que a grande maioria da doutrina e dos julgados, acolhe a presença da relação de consumo em todos os negócios bancários, pois Bancos e Instituições Financeiras sempre lucram, até mesmo com taxas de inadimplência por parte de seus clientes!
Observe a análise dos demonstrativos financeiros em jornais de grande circulação, com a constatação dos lucros exorbitantes adquiridos por estas instituições!
Sabemos que o Banco Central, entidade fiscalizadora de todas as atividades financeiras, seja bancária ou não bancária possui regras próprias, mas quando observado que, determinada instituição cometeu excessos com vistas a uma grande lucratividade, a justiça se impera, no sentido de proteger e controlar de forma efetiva o mercado de um modo geral e a segurança do crédito.
A INCIDÊNCIA DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR OPERAÇÕES BANCÁRIAS
 Código de Defesa do Consumidor, desde a sua entrada em vigor em 1990, tem se destacado no socorro às demandas de defesa ao cliente do sistema bancário. Sabemos que, em quase todas as operações bancárias, observa-se uma total submissão do consumidor às regras abusivas impostas pelos bancos, daí afirmarmos que na sua grande maioria, todo o contrato bancário tem a natureza de contrato de adesão. A aplicação deste dispositivo legal, se impera no sentido de minimizar os efeitos nocivos das operações bancárias, com o abuso visível da unilateralidade por parte das Instituições Financeiras, em detrimento do cliente consumidor. 
A Jurisprudência é bastante tendenciosa na tutela dos interesses dos consumidores. São imperativas as questões relativas a livre negociação, relativização de cláusulas de adesão, equilíbrio e boa-fé, coibindo qualquer cláusula abusiva ou lesiva às relações de consumo.
Sob esta ótica, não podemos deixar de ressaltar a grande contribuição do ordenamento civil, que embora admitindo a questão da natureza de contrato de adesão nas operações bancárias, exaltou as questões relativas a ética e a própria função social do contrato.
Se por um lado o ordenamento civil traçou os princípios básicos para a realização de todo e qualquer negócio jurídico, temos também de outro lado consolidado, o regramento do Código de Defesa do Consumidor nas operações bancárias, regulamentado em seu artigo 3º, § 2º, bem como no seu artigo 51. 
ATENÇÃO!!!
Este artigo do CDC , foi regulamentado pela Portaria nº 3 de 15 de março de 2001, no sentido de dar um freio nos abusos cometidos pelas Instituições Financeiras nas operações e contratos bancários, coibindo as cláusulas onerosas, juros extorsivos, respeitabilidade na relação cliente/banco, conferindo um equilíbrio nas relações entre as partes contratantes, nas relações de consumo, não deixando de lado os interesses econômicos que envolvem toda e qualquer atividade empresarial, financeira, bancária ou de qualquer outra natureza.
MEDIDAS JUDICIAIS E RESPONSABILIDADES
Em razão da conduta sem freios do nosso capitalismo, os atrativos de crédito cada vez mais oferecidos pelas Instituições Financeiras, como parcelamentos, cheques especiais, cartões de créditos, empréstimos consignados, foram desencadeandoum comportamento inusitado por parte da nossa sociedade e um acúmulo de inadimplência, medidas judiciais e outras demandas que mudaram sobremaneira a conduta dos consumidores, e das próprias Instituições. 
As medidas de proteção ao crédito têm se tornado frequentes em razão das ilegalidades e abusos cometidos por estas Instituições que em princípio oferecem vantagens e atrativos, nem sempre condizentes com a situação financeira do cliente/consumidor. 
Com isso, o volume de ações judiciais impetradas pelos consumidores lotou os Tribunais, Juizados Especiais, com demandas muitas vezes, demonstradas pelo questionamento de cláusulas abusivas, onerosidade excessiva, com o objetivo primordial de se tentar buscar um equilíbrio no negócio jurídico pactuado entre as partes.
Ações de Anatocismo, estão muito em voga nos tempos atuais!!!!!!
ATENÇÃO: RESOLUÇÃO 3694/2009- CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR BANCÁRIO!!!
FRAUDE
Toda e qualquer demanda deve estar pautada no Princípio da boa-fé, tanto por parte das Instituições com o demonstrativo de cláusulas, bem claras para o cliente, como na vontade do cliente/devedor no cumprimento de sua obrigação. 
Sempre que o consumidor observar que houve uma violação às regras para a realização da operação bancária, deve se valer do Judiciário, buscando medida eficaz, preventiva ou resolutiva, para o cumprimento justo de sua obrigação perante a Instituição.
Quando é a própria Instituição demandando em juízo por meio de cobrança a execução do seu crédito, deverão ser levantadas as hipóteses de lesividade do contrato, onerosidade e cláusulas abusivas, para não se observar injustamente o prejuízo ao consumidor.
O mais importante é analisar cada caso, observando cada conflito individual, sem desfigurar o contrato e nem mesmo os interesses econômicos, em prol do interesse de todas as partes contratantes envolvidas no negócio jurídico e principalmente na finalidade maior das Instituições Financeiras, a intermediação do crédito.

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