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1. Analise a questão abaixo e esclareça de acordo com a Doutrina e Jurisprudência sobre o tema:
"Cuida-se de agravo de instrumento, com pedido de liminar, em face de decisão que declinou da competência para conhecer de pedido de falência ajuizado pelo agravante, sob o fundamento de que a sede do agravado se situa em São Paulo/SP, para onde determinou a remessa dos autos.
Daí a interposição do agravo de instrumento, sustentando o recorrente que todas as atividades do devedor são realizadas no Distrito Federal, sendo que até mesmo um de seus sócios reside nesta Capital. Depois, o agravado foi citado em outra demanda em curso na comarca de Cuiabá/MT, tendo ofertado exceção de incompetência objetivando a remessa dos autos para uma das varas cíveis desta Circunscrição Judiciária. 
Portanto, não há dúvida de que o principal estabelecimento da pessoa jurídica situar-se-ia no Distrito Federal, o que torna o Juízo da Vara de Falências competente para apreciar o requerimento de quebra. 
Por fim, salienta que, caso a decisão seja imediatamente cumprida, poderá haver lesão de difícil reparação, pois não possui condições financeiras para acompanhar o trâmite da ação no Estado de São Paulo e o recurso estaria prejudicado pela perda de objeto. Pede a concessão de efeito suspensivo, bem como a reforma da decisão impugnada para declarar que o Juízo da Vara de Falência do Distrito Federal é o competente para apreciar o pedido."
A competência para apreciar o processo de falência é do juiz sob cuja jurisdição estiver situado o principal estabelecimento do devedor (Lei n° 11.101/2005, art. 3º). Segundo o renomado jurista FÁBIO COELHO ULHÔA: "Por principal estabelecimento entende-se não a sede estatutária ou contratual da sociedade empresária devedora, a que vem mencionada no respectivo ato constitutivo, nem o estabelecimento maior física ou administrativamente falando. Principal estabelecimento, para fins de definição de competência para o direito falimentar, é aquele em que se encontra concentrado o maior volume de negócios da empresa; é o mais importante do ponto de vista econômico. O juiz do local onde se encontra tal estabelecimento é o competente para o processo falimentar, porque estará provavelmente mais próximo aos bens, à contabilidade e aos credores do falido. Por outro lado, se a lei reputasse competente o juiz da sede estatutária ou contratual, esse critério poderia dificultar a instauração do concurso de credores, porque a devedora, antevendo a possibilidade de falir, poderia alterar, por simples ato registrário, o local a que se deveriam dirigir os credores para pedirem a falência dela. É claro que, existindo, como no caso das grandes redes de varejo, construtoras de atuação nacional e outros, diversos estabelecimentos igualmente importantes sob o ponto de vista econômico, e sendo um deles o da sede da devedora, este prevalece sobre os demais, na definição do juízo competente." De fato, o critério de eleger a sede designada no estatuto como definidora da competência para os feitos falimentares não encontra fomento jurídico. Com efeito, o estabelecimento principal não se confunde com a sede estatutária, embora possam estar instalados no mesmo local. O estabelecimento principal é aquele do qual são emanadas as decisões administrativas, onde se encontram os registros contábeis, os credores e aquele em que o devedor se obriga e realiza as operações financeiras, bem como onde se encontra a maior parte do patrimônio. Assim, estabelecimento principal não é "aquele a que os estatutos conferem o título principal, mas o que forma o corpo vivo, o centro vital das principais atividades do devedor" (CC nº 21.896 - MG, Rel. Ministro Sálvio de Figueiredo). Nesse sentido, destaco os seguintes precedentes: "Processo civil. Competência. Conflito positivo. Pedidos de falência e de concordata preventiva. Principal estabelecimento. Centro das atividades. Competência absoluta. Prevenção. Juízo incompetente. (...) - O juízo competente para processar e julgar pedido de falência e, por conseguinte, de concordata é o da comarca onde se encontra "o centro vital das principais atividades do devedor", conforme o disposto no art. 7º da Lei de Falências (Decreto-Lei n. 7.661/45) e o firme entendimento do Superior Tribunal de Justiça a respeito do tema. - A competência do juízo falimentar é absoluta. (...) -Conflito conhecido, declarada a competência do Juízo de Direito da 4ª Vara Cível de Manaus - AM, anulados os atos decisórios praticados pelo Juízo de Direito da 39ª Vara Cível do Foro Central de São Paulo - SP e a sentença de declaração de falência proferida pelo Juízo de Direito da 4ª Vara Cível de Manaus - AM." "COMPETÊNCIA. CONFLITO. FALÊNCIA. FORO DO ESTABELECIMENTO PRINCIPAL DA RÉ. PRECEDENTES. MUDANÇA DE DOMICÍLIO. INTENÇÃO DE FRAUDAR. CONFLITO CONHECIDO. I - Segundo o art. 7º do Decreto-Lei 7.661/45, "é competente para declarar a falência o juiz em cuja jurisdição o devedor tem o seu principal estabelecimento ou casa filial de outra situada fora do Brasil". II - Consoante entendimento jurisprudencial, respaldado em abalizada doutrina, "estabelecimento principal é o local onde a atividade se mantém centralizada", não sendo, de outra parte, "aquele a que os estatutos conferem o título principal, mas o que forma o corpo vivo, o centro vital das principais atividades do devedor". (...) "Competência. Falência. Foro do estabelecimento principal do devedor. I - A competência para o processo e julgamento do pedido de falência é do Juízo onde o devedor tem o seu principal estabelecimento, e este "é o local onde a atividade se mantém centralizada", não sendo, de outra parte, "aquele a que os estatutos conferem o título principal, mas o que forma o corpo vivo, o centro vital das principais atividades do devedo" (CC nº 21.896 - MG, Rel. Ministro Sálvio de Figueiredo). II - Conflito conhecido para declarar competente o Juízo de direito da 8ª Vara Cível de São Paulo - SP, suscitado." "CONCORDATA - COMPETENCIA. FORO COMPETENTE PARA A CONCORDATA PREVENTIVA E O DO LOCAL EM QUE O COMERCIANTE TEM SEU PRINCIPAL ESTABELECIMENTO. ENTENDE-SE POR PRINCIPAL ESTABELECIMENTO, NÃO NECESSARIAMENTE AQUELE INDICADO COMO SEDE, NOS ESTATUTOS OU NO CONTRATO SOCIAL, MAS A VERDADEIRA SEDE ADMINISTRATIVA, EM QUE ESTA SITUADA A DIREÇÃO DA EMPRESA, DE ONDE PARTE O COMANDO DE SEUS NEGOCIOS." "FALÊNCIA. COMPETÊNCIA. FORO DO ESTABELECIMENTO PRINCIPAL DO DEVEDOR. INÉPCIA DA INICIAL AFASTADA. TÍTULO EXECUTIVO. LIQUIDEZ. EXECUÇÃO FRUSTRADA (ART. 2º, INCISO I, LF). HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. IMPOSSIBILIDADE DE COMPENSAÇÃO COM MULTA. Conforme previsto no art. 7º, do Decreto-Lei 7661/45, o foro competente para declaração da falência é aquele em que o devedor mantém o seu principal estabelecimento, não importando o local fixado para a sede estatutária, quando diverso daquele. (...) Apelo da ré parcialmente provido e recurso adesivo dos autores não provido." "DIREITO COMERCIAL. FALÊNCIA. JUÍZO COMPETENTE. Para os fins de declaração de falência, competente é o juiz em cuja jurisdição o devedor tem seu principal estabelecimento. Considera-se principal estabelecimento aquele onde são desenvolvidas as atividades centrais administrativas." Ademais, não se logrou comprovar de forma inequívoca que o centro das decisões e das atividades da agravada se encontra em São Paulo, eleito em seus atos constitutivos como sede social. Fonte: Acórdão: Agravo de Instrumento n. 2007.00.2.007081-3, de Brasília. Relator: Des. José Divino de Oliveira. Data da decisão: 08.08.2007. QUESTÃO OBJETIVA 1 - MAGISTRATURA/MG ? VUNESP ? 2012: Letra D. Fundamento Legal: artigo 3º da Lei 11.101/2005.
2. Julgue o próximo item, relativo às normas de falência e de recuperação de empresas. Justifique com o dispositivo legal pertinente. "De acordo com a legislação de regência, o deferimento do processamento da recuperação judicial de sociedade empresária suspende o curso de todas as ações e execuções que tramitem contra o devedor; contudo, em hipótese nenhuma, a suspensão pode exceder o prazo improrrogávelde cento e oitenta dias contado do deferimento do processamento da recuperação, restabelecendo-se, após o decurso do prazo, o direito dos credores de iniciar ou continuar suas ações e execuções, independentemente de pronunciamento judicial".
CORRETO. Fundamento legal: artigo 6º, caput c/c § 4o do mesmo artigo. Art. 6o A decretação da falência ou o deferimento do processamento da recuperação judicial suspende o curso da prescrição e de todas as ações e execuções em face do devedor, inclusive aquelas dos credores particulares do sócio solidário. § 4o Na recuperação judicial, a suspensão de que trata o caput deste artigo em hipótese nenhuma excederá o prazo improrrogável de 180 (cento e oitenta) dias contado do deferimento do processamento da recuperação, restabelecendo-se, após o decurso do prazo, o direito dos credores de iniciar ou continuar suas ações e execuções, independentemente de pronunciamento judicial
3. No curso do processo de recuperação judicial, antes da aprovação do plano de recuperação, o devedor aduz ser de extrema relevância a alienação de uma de suas sociedades controladas para que possa manter seu fluxo de caixa e fazer frente às suas obrigações. Avalie a possibilidade de adoção dessa medida. Em caso positivo, indique qual será sua forma. (A resposta deve ser objetivamente fundamentada). 
GABARITO DA QUESTÃO 15 A pergunta chave da questão é a alienação de bens no curso do processo de recuperação judicial, após a decisão de processamento e antes da aprovação do plano de recuperação judicial. A questão demonstra que a necessidade de alienação de um bem da sociedade recuperando se materializa após a distribuição do pedido de recuperação judicial e antes da aprovação do plano de recuperação judicial. Tais bens são ações de uma sociedade controlada. Nessa fase do processo, em regra, o devedor não poderá alienar ou onerar bens ou direitos de seu ativo permanente. A exceção se materializa quando se torna extremamente necessária a medida, o que está caracterizado com a necessidade de manutenção do seu fluxo de caixa. Tal “evidente utilidade” deve ser reconhecida pelo Juizo da recuperação, depois de ouvido o Comitê de Credores. O fundamento legal é o art. 66 da Lei 11.101/05. Na ausência de Comitê de Credores, o art. 28 da Lei 11.101/05 prevê que caberá ao administrador judicial ou, na incompatibilidade deste, ao juiz exercer suas atribuições. Em regra, a forma de alienação deve ser a prevista no art. 142 da Lei 11.101/05, salvo previsão contrária na proposta.

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