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Aula 1 Avaliação Institucional (1)

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Organização Pedagógica da Escola 
 
 
Avaliação Institucional 
 
 
Aula 1 
 
 
 
Profa. Me. Fernanda Scaciota Simões da Silva 
 
 
 
Organização Pedagógica da Escola | Avaliação Institucional | Aula 1 2 
 
Olá, Seja bem-vindo! 
 
Antes de começar seus estudos, assista ao vídeo a seguir que 
apresenta os objetivos desta aula e inicia a reflexão sobre o processo avaliativo 
para o contexto escolar. Acompanhe! 
 
 
 
Introdução 
 Nesta disciplina, o principal objetivo é iniciar a reflexão a respeito da 
importância do processo avaliativo e a educação no Brasil. Refletiremos juntos 
sobre a importância do processo avaliativo, entendendo um pouco sobre o 
conceito, os limites e as críticas. 
Veremos, também, como podemos ir além do senso comum, refletindo 
sobre a avaliação, o que representa analisar sobre os indicadores de qualidade 
do ensino e os péssimos resultados apresentados pelas instituições de ensino 
brasileiras, particularmente as públicas1. 
Bons estudos! 
 
 
Como Está a Nossa Educação... 
No perfil globalizado do mundo e frente à extrema competitividade 
gerada entre os países, a qualidade da educação tem sido uma preocupação 
crescente, onde o bom desempenho da educação é considerado insumo 
 
1
 Resultados apresentados pelo Programa Internacional de Avaliação de Estudantes 
(Pisa – OCDE, 2002), pelo Relatório Gardner (EUA – 1983), pela Prova Brasil (MEC), entre 
outros. 
 
 
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relevante à produtividade e à qualidade de um país, e avaliação tema da moda. 
(ROMÃO, 2008) 
Embora, contraditoriamente, muitos digam que o Brasil teve grandes 
avanços na Educação Básica nos últimos 15 anos, com o avanço da inclusão 
de mais um ano de educação obrigatória no Ensino Fundamental, passando de 
8 para 9 anos, em conformidade com o que apontou o Brasil para um 
posicionamento frente aos demais países da Organisation for Economic 
Co-operation and Development (OCDE)2, da América Latina, do Caribe e da 
Ásia; inúmeros relatórios nacionais e internacionais têm apontado que a 
educação brasileira, mesmo após o processo de redemocratização da década 
de 1990, encontra-se distante dos padrões qualitativos internacionais. 
Estamos distantes de sermos vistos como um país desenvolvido, isso 
porque, enquanto avançamos em alguns aspectos com uma educação para 
todos, com a universalização do Ensino Fundamental, ainda temos muito a 
avançar em diversas práticas de análise e monitoramento da qualidade da 
educação, mesmo que consideremos que na década de 1990, 70% da mão de 
obra não havia concluído o Ensino Médio e, hoje, 40% ainda não o concluíram. 
Ou seja, é importante considerarmos que o sucesso de nossos 
estudantes está intrinsicamente interligado ao sucesso de nossos processos 
educativos, de nossos processos avaliativos, de nossa forma de entender o 
mundo e suas concepções históricas, sociais e culturais. 
Existem três bases primordiais dos países considerados no topo da 
qualidade da educação: 
1. A busca em qualificar a força de trabalho para gerar crescimento econômico 
sustentável; 
2. A busca em reduzir a pobreza e a desigualdade de oferta de oportunidades 
educacionais; 
3. A busca em transformar despesas com a educação em resultados 
educacionais da aprendizagem dos estudantes, considerando que a 
 
2
 Disponível em:< http://www.oecd.org/brazil/>. Acesso em: 22 mar. de 2013. 
 
 
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despesa pública no setor educacional foi de 5,2% do Produto Interno Bruto 
(PIB), em 2007, acima da média dos 4,8% da OCDE. 
Será que estamos distante disso? 
Assista ao vídeo, a seguir, para você saber mais alguns dados sobre a 
educação no Brasil e no mundo e conhecer as novas políticas públicas visando 
à qualidade da educação. 
 
 
 
Concepção de Avaliar e Educar 
Para continuarmos, precisamos então refletir sobre o que entendemos 
por avaliação, por educação e em qual concepção de homem e mundo estão 
pautadas nossas análises, pois para se pensar sobre avaliação e seu conceito 
subjaz a importância de se pensar a concepção de educação. 
Assim, assumir o educar significa assumir a investigação como atividade 
cotidiana, permanentemente em torno de questionamentos reconstrutivos de 
conhecimentos já existentes – indo além do conhecimento de senso comum, 
englobando outros conhecimentos e oportunizando a construção de novos 
argumentos a serem validados em uma discussão crítica (GALIAZZI; 
MORAES; RAMOS, 2002). 
É refletir que o educar leva ao aprender e o aprender é um exercício 
autônomo e participativo que possibilita a compreensão da incompletude de 
toda aprendizagem; é um exercício de permanente reflexão prática (DEMO, 
1996). 
 
 
 
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Uma avaliação como instrumento inclusivo a serviço da atenção à 
diversidade de todos e todas, mediante o ensino das diversas características e 
necessidades educativas, tendo à disposição o conjunto mais amplo possível 
de diferentes formas de apoio, de acordo com as necessidades. 
Sendo assim, a avaliação inclusiva é um instrumento para o ensino, 
que facilita e promove a diversificação e a flexibilização de formas, em que se 
prioriza a função pedagógica da avaliação utilizada para refletir o processo de 
ensino e de aprendizagem em relação à sua função social. 
É caracterizada por agir, essencialmente como instrumento regulador 
dos processos de ensino e aprendizagem, superando o papel profissional de 
controle externo dos níveis alcançados por cada estudante. É caracterizado 
também pelo fato de que as decisões de ordem social são tomadas a partir dos 
resultados dessa avaliação; com maior coerência. 
Ensinar, aprender e avaliar não são, então, ações separadas; uma 
acompanha a outra formando, num contínuo de interação permanente, um 
dispositivo que favorece a regulação contínua das aprendizagens, um 
componente permanente de diagnose, entendendo que a avaliação consiste: 
“[...] na comparação do que foi alcançado com o que se pretende atingir. 
Estaremos avaliando quando estivermos examinando o que queremos, o que 
estamos construindo e o que conseguimos, analisando sua validade e 
eficiência” (SANT’ANNA, 1995 p. 23). 
 
Avaliar dentro dessa perspectiva é uma tarefa motivadora e de caráter 
formativo, em que, a partir das informações levantadas, planejam-se políticas 
públicas e novas formas de se pensar o processo de ensinar e aprender, na 
qual uma avaliação deva considerar a necessidade de um programa 
problematizado e individualizado de apropriação, que evite um processo de 
exclusão compatível com o princípio constitucional de garantia do direito à 
educação. 
 
 
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A avaliação, então, passa a ter a finalidade de acompanhar os 
processos da aprendizagem, compreendendo como os mesmos se 
concretizam, oferecendo informações relevantes para o desenvolvimento do 
ensino, para o planejamento e replanejamento contínuo. A avaliação assume 
um sentido mais amplo, como processo dinâmico voltado para o diagnóstico 
das aprendizagens efetivadas, com o objetivo principal de transformação e de 
elaboração de novas etapas de desenvolvimento. 
Assim, as concepções de avaliação apresentam concepções de mundo, 
de homem e de sociedade, ou seja, concepções de educação, que podem 
apontar para diferentes posições: classificatória,tradicional, positivista, mais 
avançada, mais conservadora, formativa, processual, diagnóstica, dialógica, do 
erro, externa, interna, institucional, entre outras. 
 
 
 
 
 
 
 
Levando em consideração que toda avaliação é um processo “[...] que 
procura identificar, aferir, investigar e analisar as modificações do 
comportamento e rendimento do estudante, do professor, do sistema” 
(SANT’ANNA, 1995, p. 29), a avaliação institucional avalia o contexto escolar 
em sua completude? 
 
 
As avaliações fornecem ao processo pedagógico reais informações que 
permitem intervenções e redirecionamentos necessários à garantia da 
aprendizagem do estudante? São realmente realizadas as intervenções? 
Considerando as questões referentes ao espaço e à forma, a concepção de 
aprendizagem é coerente à concepção de avaliação presente? Os percentuais 
demonstram essa coerência? 
 
 
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No vídeo a seguir, veremos o que é educar e o que é avaliar como 
processos interligados, além de aprofundarmos o entendimento do educar e 
suas concepções. Confira! 
 
 
 
O que é medir e o que é avaliar? 
Mas o que fazer com os resultados? É fundamental e extremamente 
importante que analisemos os resultados dos processos avaliativos de maneira 
crítica, interpretando os resultados de forma que a avaliação dos sistemas 
educacionais seja reavaliada, tendo como elemento central a revalorização 
social da educação. 
Isso significa pensar nos resultados em seus diversos aspectos, dentro 
da importância do medir e do avaliar, do quantificar e do qualificar, da leitura 
pedagógica de cada índice, de cada número. 
Para isso, vamos pensar em um exemplo ilustrativo. 
Uma mulher chega a uma farmácia, sobe na balança e se pesa. Verifica 
que está com 82 kg, deixa as sacolas e pacotes que estavam em suas mãos e 
novamente sobe na balança. Verifica que está com 80 kg e sai arrasada! 
Um homem chega a uma farmácia, sobe na balança e se pesa. Verifica 
que está com 82 kg, deixa as sacolas e pacotes que estavam em suas mãos e 
novamente sobe na balança. Verifica que está com 80 kg e sai feliz! 
 
 
 
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Embora com a mesma medida, ou seja, com o mesmo índice 
quantitativo, não há como qualificar o porquê de reações tão diferentes, a não 
ser qualitativamente em relação à medida apresentar sua distinção no sentido 
de a escala escolhida pela mulher ser diferente da escala escolhida pelo 
homem. 
Assim, escalas diferentes produzem diferentes reações, pois, ao avaliar, 
as escalas escolhidas são importantes, já que foram comparadas as medidas 
obtidas com as escalas desejadas. Assim, frente à avaliação, há o 
replanejamento em que a melhor prática está em refletir sobre a prática com 
base em um olhar pedagógico e de reflexão contínua de cada avanço. 
Se queremos mudanças, temos que pensar em algo a mais e que 
possamos medir, pois um bom desempenho depende fundamentalmente da 
capacidade de avaliação. 
A sociedade brasileira precisa (re)pensar os seus rumos, rever seus 
percursos e, para isso, é essencial aprender a fazer a avaliação de seus erros, 
principalmente, de seus limites e contradições que devem ser superados. 
Pensar e querer um ambiente educativo inserido atualmente, e para além disso, 
é pensar e querer um espaço cidadão – formador de estudantes capazes de 
viver o exercício da cidadania. É ter um espaço educativo conectado com a 
sociedade, consciente de seus desafios, que repense constantemente o 
conceito de educação e de avaliação, de uma avaliação que transcenda. 
Toda avaliação serve de subsídio para a aprendizagem e, por isso, deve 
ser entendida como parte integrante do projeto de ensino de cada unidade 
educativa, servindo como base para a tomada de decisões. Isso porque 
durante o processo de ensino-aprendizagem-avaliação são produzidos e 
acumulados dados relevantes tanto para o professor como para os estudantes, 
os pais, as instituições de ensino, o poder público etc. 
 
 
 
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Conhecer possibilidades e limitações são informações que ajudam 
estudantes a progredirem e, também, contribuem para a tomada de decisões 
quanto aos rumos do processo pedagógico, tornando o estudante protagonista 
de sua aprendizagem e o ambiente educativo um real ambiente de 
aprendizagem. 
 
 
 
 
 
 
 
Em um evento internacional ocorrido em Curitiba durante os dias 17 e 18 
de agosto de 2011, pudemos ter a presença do então Ministro da Educação, 
Fernando Haddad. Em sua fala de abertura, o excelentíssimo Ministro refletiu 
sobre vários pontos importantes e, em destaque, no atual cenário educacional. 
Entre esses pontos, apontou a necessidade de refletirmos com urgência sobre 
o currículo e considerou que por ser um processo de longo prazo, o processo 
avaliativo deve ser uma importante ferramenta de debate sobre o que 
ensinamos. 
Como saber, então, se por meio do processo educacional, de nossos 
planejamentos educacionais, de nossas matrizes curriculares foi atingido total 
ou parcialmente, se os objetivos selecionados e escolhidos intencionalmente 
levaram a uma efetiva ação didática? Como determinar a medida que foram 
alcançados um, alguns ou todos aqueles objetivos que foram apontados para o 
período de aprendizagem? Como saber se o conhecimento revelado por um 
grupo é um índice de sua capacidade para interpretar, analisar, aplicar ou 
ordenar algo? 
 
Como nos diz Bain (1999), a avaliação está, portanto, centrada 
essencial, direta e imediatamente sobre a gestão das aprendizagens dos 
estudantes (pelo professor e pelos interessados). É tempo de avaliação, 
aliás, é sempre tempo para se avaliar ou reavaliar alguma coisa (GADOTTI, 
1993). 
 
 
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Veja agora alguns exemplos de como medir e avaliar e quais são suas 
diferenças e inter-relações. 
 
 
 
A Qualidade de uma Análise de Quantidade 
Se o ambiente educativo dá prioridade ao campo da informação factual, a 
avaliação se reduzirá à elaboração de itens que medem a quantidade de 
informação acumulada e presumirá que todos os atos didáticos, supostamente 
preparados pelo professor devem, necessariamente, originar resultados positivos. 
Estas continuam sendo dúvidas que estão em nossas salas de aula. 
Só que essa presunção não é real, é mera expectativa. Só se poderá 
afirmar a eficácia do esforço do professor por meio de processos avaliativos e 
seus resultados. A avaliação é uma etapa do processo educacional que tem, por 
fim, comprovar de modo sistemático em que medida foram alcançados os 
resultados propostos pelos objetivos anteriormente definidos. Avaliação é uma 
interpretação, de uma ou mais medidas, em relação a um padrão já estabelecido, 
com um ou mais instrumentos. 
Um processo de avaliação incorpora em todos os seus instrumentos a 
busca constante da maior precisão aos resultados de aprendizagem esperada. 
Os que rejeitam qualquer sistema de avaliação, já que segundo suas 
expressões: “o que o estudante sabe e pode fazer é mais importante que a nota 
que possa obter”, não conseguem entender o processo de ensino-aprendizagem, 
como se ambas as coisas ocorressem de forma independente. Isso porque não 
se questionam em que se baseariam para assegurar que um estudante sabe algo 
e pode fazê-lo. Em qual padrão empregado determinaria, não a medida, mas a 
própria existência desse saber? Sua própria experiência? 
 
 
 
 
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A avaliação constitui-se em um processo de busca de compreensão da 
realidade escolar, tendo a finalidade de subsidiar a tomada de decisões quanto 
ao direcionamento das intervenções, sempre buscando o aprimoramento do 
trabalho educativo. A avaliação compreende a descrição, a interpretação e o 
julgamento das ações desenvolvidas no dia a dia de sala, resultando na 
definição de prioridades a serem implementadas e rumos a serem seguidos, 
tendo como referência princípios e finalidades estabelecidas nos Projetos 
Político Pedagógico (PPP), ao mesmo tempo em que subsidia a sua própria 
redefinição. 
Nosso ponto de partida tem que ser a realidade concreta, para assim 
introduzirmos transformações e mudanças, pela dialética da 
continuidade-ruptura. O problema está em fazer o mergulho no concreto para, 
a partir dele, ajudar a emergir a transformação, ou seja, romper. 
Quando o sujeito é avaliado de uma forma que o respeite e quando sabe 
que o resultado da avaliação não vai se voltar contra ele, mas proceder a favor 
dele, fica tudo muito mais natural. Esse é o desafio que está colocado aos 
professores que buscam novas práticas pedagógicas. 
Portanto, se o estudante não está aprendendo, isso deve ser constatado 
e assumido logo no começo do processo e não só no final, quando de fato 
quase nada pode ser feito por ele a não ser “reprovar ou empurrar”. Tudo deve 
ser feito para que este venha a dominar o conhecimento, é o direito dele e o 
dever de um ambiente educativo de qualidade. 
Assim, a avaliação tem por função diagnosticar e estimular o avanço do 
conhecimento. Seus resultados devem servir para orientação da aprendizagem, 
ao cumprir uma função precípua educacional. É necessário romper com essa 
falsa dicotomia entre ensino e avaliação, pois a avaliação é uma dimensão 
intrínseca ao processo educacional. 
 
 
 
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Vamos assistir ao próximo vídeo em que é apresentada uma pesquisa 
do Inep e seus resultados frente às respostas de professores brasileiros. 
Acompanhe! 
 
Perfeito, mas o que fazer então? Sempre que formos pensar em processos 
avaliativos, devemos começar analisando alguns itens listados a seguir: 
1. É fundamental que o professor conheça que objetivos foram alcançados 
por meio da unidade de ensino projetada e que, ao planejar, saiba o que 
quer ensinar, o que pretende que seus alunos aprendam, para, assim, 
avaliar e verificar se seus objetivos realmente foram alcançados; 
2. Não há como, após avaliar, não analisar as causas que poderiam ter 
motivado as deficiências no cumprimento das metas propostas. É o 
momento de autoavaliação e replanejamento, o que realmente foi 
apreendido e o que precisa ser retomado. As escolhas devem ser 
efetuadas de acordo com as características dos objetivos que se supõem 
alcançar e prontos para avaliação; 
3. Refletir sobre as causas que concorreram para o alcance parcial dos 
objetivos previstos faz parte do processo. Ver o todo para conseguir 
entender as peculiaridades. Estudar a matriz curricular e o PPP é 
fundamental para entender o seu planejamento; 
4. O redirecionamento das práticas de avaliação da aprendizagem é 
necessário para a superação dos “desserviços” e das inadequações 
dessas práticas, quando se tem como propósito a democratização da 
educação; 
5. É tarefa da educação a construção de uma sistemática de avaliação como 
um todo, considerando as organizações curriculares nacionais, estaduais e 
municipais e as diretrizes norteadoras de cada Estado; 
 
 
 
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6. A integração e articulação com o PPP e a sua efetiva reconstrução a cada 
mudança. 
 
Por fim, para concluirmos: 
 A avaliação é um meio e não um fim, que possibilita replanejamento ou novo 
encaminhamento do processo educacional; 
 A avaliação não possui técnicas e procedimentos infalíveis; 
 Para assegurar categoricamente a efetividade de um processo avaliativo é 
preciso demonstrar estatisticamente, por meio de possíveis desvios, 
coeficientes de fidedignidade; 
 A elaboração de instrumentos para comprovar resultados não é uma tarefa 
fácil, nem simples, pois exige muitas horas de trabalho “inteligente” e não 
rotineiro. 
Portanto, devemos nos perguntar, também, que organização 
educacional, que projeto pedagógico ou ainda que processo avaliativo pode ser 
capaz de promover permanência, terminalidade e ensino de qualidade para a 
população brasileira? (SOUZA, 1995, p. 63). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No livro a seguir, nas páginas 9 e 10, você encontrará o texto que relata 
sobre o Ideb e o impacto desse índice na qualidade da educação brasileira. 
BRUNS, B.; EVANS, D.; LUQUE, J. Alcançando uma educação de nível 
mundial no Brasil: a agenda futura. Orientações para o Desenvolvimento – 
Desenvolvimento Humano. Washington: Banco Mundial – Biblioteca do 
Congresso dos EUA, 2012. 
 
 
 
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Síntese 
Assista ao vídeo a seguir, ele apresenta uma síntese dos assuntos que 
estudamos nesta aula, por meio de reflexões sobre o que é educar, avaliar e 
medir. Confira! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. Marque a alternativa correta. 
a. As concepções de avaliação apresentam concepções de mundo, de 
homem e de sociedade, sem levar em conta concepções de educação 
que podem apontar para posições sempre iguais. 
b. A avaliação inclusiva é um instrumento para o ensino, que facilita e 
promove a diversificação e a flexibilização de formas, em que se prioriza a 
função pedagógica da avaliação utilizada para refletir o processo de 
ensino e de aprendizagem em relação à sua função social. 
c. Assumir o educar significa assumir a investigação como atividade 
cotidiana, um processo temporário em torno de questionamentos 
reconstrutivos de conhecimentos já existentes. 
d. Não é importante considerarmos que o sucesso de nossos estudantes 
está intrinsicamente interligado ao sucesso de nossos processos 
educativos, de nossos processos avaliativos, de nossa forma de entender 
o mundo e suas concepções históricas, sociais e culturais, pois é um 
processo desvinculado dos demais. 
2. Em relação à concepção de avaliação, marque a afirmativa correta. 
a. Avaliar é um meio e um fim, que eventualmente possibilita replanejamento 
ou novo encaminhamento do processo educacional. 
b. Avaliar é assumir um sentido restrito, como processo tradicional de 
diagnóstico das aprendizagens efetivadas, com foco parcial de 
transformação e de elaboração de novas etapas de desenvolvimento. 
c. Avaliar não serve de subsídio para a aprendizagem e por isso deve ser 
entendida como parte integrante do projeto de ensino de cada unidade 
educativa, servindo como base para a tomada de decisões. 
 
 
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d. Avaliar é produzir uma interpretação, de uma ou mais medidas, em 
relação a um padrão já estabelecido, com um ou mais instrumentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Referências 
 
ANDRADE, Renato Júdice de. (Org.). Avaliação de competências na 
educação básica: um marco referencial para a prática. São Paulo: Moderna, 
2011.BAIN. In.: Avaliação de crianças expostas à violência interparental em 
processos de separação e divórcio. Disponível em: <http://bdigital. 
ufp.pt/bitstream/10284/630/1/289-296FCHS2006-10.pdf>. Acesso em: 31 set. 
2012. 
BLAYA, Carolina. Processo de avaliação. Disponível em: <http:// 
ufrgs.br/tramse/med/textos/2004_07_20_tex.htm>. Acesso em: 04 ago. 2009. 
BRASIL. MEC. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br>. Acesso em: 03 ago. 
2009. 
DEMO, Pedro. Avaliação sob olhar propedêutico. Campinas: Papirus, 1996. 
GADOTTI, Moacir. Pedagogia: diálogo e conflito. São Paulo: Ática, 1993. 
GALIAZZI, M. C.; MORAES, R.; RAMOS, M. G. Educar pela pesquisa: as 
resistências sinalizando o processo de profissionalização de professores. 
Educar em Revista, n. 21. Curitiba: Editora UFPR, 2003. 
GAMBOA, S. S. Epistemologia da pesquisa em educação. 1998. 156 f. Tese 
de doutorado apresentada como requisito parcial ao Programa de Pós-
graduação. Campinas, Unicamp/SP, 1998. 
OECD. Sample Tasks from Pisa 2000 Assesment. Reading mathematical 
and scientific literacy, 2002. 
ROMÃO, José Eustáquio. Avaliação dialógica: desafios e perspectivas. São 
Paulo: Cortez, Instituto Paulo Freire, 2008 – (Guia da Escola Cidadã; v. 2). 
SANT’ANNA, Ilza M. Por que avaliar? Como avaliar? Petrópolis: Vozes, 
1995.

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