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Tópico 5 Nomenclatura Cartográfica

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Fundamentos de Desenho Geológico 
___________________________________________________________________________________ 1
5. NOMENCLATURA CARTOGRÁFICA 
Os produtos cartográficos resultantes de levantamentos sistemáticos desenvolvidos 
sobre uma região territorial terrestre, além dos requisitos específicos (tais como orientação, 
coordenadas, escala, legenda, etc.), devem, na medida do possível, adequarem-se ao 
sistema de cartografia oficial (internacional). Esse sistema tem por objetivo normatizar, a 
nível internacional, os procedimentos cartográficos técnicos para a confecção desses 
produtos, a partir da escala de trabalho desejada, de forma a serem os mesmos enquadrados 
dentro de uma linguagem cartográfica universal (a exemplo da Carta Internacional ao 
Milionésimo – CIM e o Mapa Índice – MI, com nomenclaturas distintas, mas 
correlacionadas entre si). Outros sistemas podem ser estabelecidos, como o exemplo de 
sistemas cartográficos para fins estratégicos (militares), sendo estes adaptados 
cartograficamente ao sistema internacional. 
O território brasileiro tem sua subdivisão cartográfica associada aos sistemas Carta 
Internacional ao Milionésimo (CIM) e Mapa Índice (MI), onde são definidas 46 folhas 
articuladas entre si (Figura 41), na escala 1/1.000.000. 
O sistema de Nomenclatura Cartográfica tem como base a subdivisão do globo 
terrestre em fusos cartográficos, de acordo com o sistema UTM, com dimensão 
longitudinal de 6o (entre os meridianos extremos), tendo como origem o plano meridional 
de Greenwich. Dessa forma são definidos, no globo terrestre, sessenta fusos cartográficos, 
sendo numerados a partir do antemeridiano de Greenwich, no sentido anti-horário no 
Hemisfério Ocidental, conforme verificado anteriormente (Figura 37). 
O sistema cartográfico milionesimal (CIM) adota, da mesma forma, uma faixa 
latitudinal de 4o de extensão, contados a partir da linha do Equador no sentido dos pólos, 
para ambos os hemisférios (setentrional e meridional). Essas faixas são identificadas por 
letras do alfabeto, organizadas seqüencialmente (independentemente do hemisfério 
geográfico) a partir da linha do Equador, e identificadas por A (faixa compreendida entre a 
linha do Equador e o paralelo de 4o), B entre os paralelos de 4o e 8o, e assim 
sucessivamente. 
Da mesma forma o sistema Mapa Índice (MI) considera o quadriculado envolvente 
da área, que depende da escala das cartas, sendo numeradas de forma seqüencial. Para o 
Sistema Cartográfico Brasileiro, em escala 1/1.000.000, o território é coberto por quarenta 
e seis cartas, numeradas como MI 1 a MI 46 (Figura 42). 
A identificação do hemisfério de localização da faixa é feita pela grafia das letras N, 
correspondente ao hemisfério Norte e S ao hemisfério Sul. 
Por convenção adotou-se que a nomenclatura cartográfica de uma carta milionesimal 
é feita pela indicação do hemisfério latitudinal (letras N ou S), da faixa latitudinal (A, B, 
C...) e pela ordem do fuso (1, 2, 3, ...), nessa ordem. Assim uma carta milionesimal 
compreendida entre os paralelos de 12oS e 16oS e meridianos de 78oW e 72oW, tem como 
nomenclatura SD.18, onde S (indicação do hemisfério Sul) e D (ordem da faixa latitudinal) 
não tem separação, e esse conjunto é separado da ordem do fuso (18) por um ponto. 
 Fundamentos de Desenho Geológico 
___________________________________________________________________________________ 2
 
Figura 42 – Subdivisão cartográfica do território brasileiro, segundo os sistemas Carta 
Internacional ao Milionésimo e Mapa Índice. 
Os procedimentos para a determinação da nomenclatura cartográfica de uma carta 
milionesimal (escala 1/1.000.000) são os seguintes: 
1. Localização da carta em relação aos elementos de referência cartográfica (paralelo 
do Equador e meridiano de Greenwich). Com essas informações define-se o seu 
posicionamento nos hemisférios geográficos terrestres: hemisférios Norte ou Setentrional 
(N), Sul ou Meridional (S), Leste ou Oriental (E) e Oeste ou Ocidental (W ou O); 
2. Identificação da localização da carta em relação à suas coordenadas limítrofes, 
quer longitudinais como latitudinais. 
Por exemplo, para uma carta milionesimal que tem como coordenadas limitantes 54o 
e 60o de longitude oeste (W) e 8o e 12o de latitude norte (N), determina-se sua 
nomenclatura cartográfica como sendo N C. 21, onde: 
72o 66o 60o 54o 42o48o 36o
8o
4o
0o
4o
8o
12o
16o
20o
24o
28o
32o
36o
8o
4o
0o
4o
8o
12o
16o
20o
24o
28o
32o
36o
72o 66o 60o 54o 42o48o 36o
18 19 20 21 22 23 24 25
NB
NA
SA
SB
SC
SD
SE
SF
SG
SH
SI
 RORAIMA
 (NB.20 / MI 1)
 
PICO DA EBLINA
 (NA.19 / MI 2)
 
N
 BOA VISTA
 (NA.20 / MI 3)
TUMUCUMAQUE
 (NA.21 / MI 4)
 MACAPÁ
 (NA.22 / MI 5)
 IÇÁ
(SA.19 / MI 6)
 MANAUS
(SA.20 / MI 7)
 SANTARÉM
(SA.21 / MI 8)
 BELÉM
 (SA.22 / MI 9)
 SÃO LUIZ
(SA.23 / MI 10)
 FORTALEZA
 (SA.24 / MI 11)
 JAVARI
(SB.18 / MI 12)
 JURUÁ
(SB.19 / MI 13)
 PURUS
(SB.20 / MI 14)
 TAPAJÓS
 (SB.21 / MI 15)
 ARAGUAIA
 (SB.22 / MI 16)
 TEREZINA
 (SB.23 / MI 17)
 JAGUARIBE
(SB.24 / MI 18)
 NATAL
(SB.25/MI 19)
 CONTAMANA
 (SC.18 / MI 20)
 RIO BRANCO
 (SC.19 / MI 21)
PORTO VELHO
 (SC.20 / MI 22)
 JURUENA
(SC.21 / MI 23)
 TOCANTINS
 (SC.22 / MI 24 )
R. S. FRANCISCO
 (SC.23 / MI 25)
 ARACAJU
(SC.24 / MI 26)
 RECIFE
 (SC.25/MI 27)
 GUAPORÉ
 (SD.20 / MI 28)
 CUIABÁ
 (SD.21 / MI 29)
 GOIÁS
(SD.22 / MI 30)
 BRASÍLIA
 (SD.23 / MI 31)
 SALVADOR
 (SD.24 / MI 32)
 CORUMBÁ
(SE.21 / MI 33)
 GOIÂNIA
 (SE.22 / MI 34)
 RIO DOCE
 (SE.24/MI 36)
CAMPO GRANDE
 (SF.21 / MI 37)
PARANAPANEMA
 (SF.22 / MI 38)
RIO DE JANEIRO
 (SF.23 / MI 39)
 VITÓRIA
(SF.24 / MI 40)
 ASUNCIÓN
 (SG.21 / MI 41)
 CURITIBA
 (SG.22 / MI 42)
 IGUAPE
 (SG.23 / MI 43)
 URUGUAIANA
 (SH.21 /. MI 44)
PORTO ALEGRE
 (SH.22 / MI 45)
LAGOA MIRIM
 (SI.22 / MI 46)
 Fundamentos de Desenho Geológico 
___________________________________________________________________________________ 3
N – representa a localização no hemisfério norte; 
C – corresponde a terceira faixa latitudinal; 
21 – é a ordem do fuso. 
21 = (180o – 54o)/6o, sendo: 
180o – meridiano de referência (origem) – antemeridiano de Greenwich 
54o – longitude do meridiano do limite leste (direita) do fuso; 
6o – largura angular do fuso. 
Esse sistema de nomenclatura admite subdivisões, para escalas maiores que a 
milionesimal, a exemplo das escalas: 1/500.000, 1/250.000, 1/100.000, 1/50.000 e 
1/25.000, conforme esquematizado na Figura 43. Pode-se ainda estabelecer subdivisões 
desse sistema para cartas em escalas até 1/10.000, cujas relações com escala e dimensões 
(angulares) são mostradas na Tabela 2, a seguir. 
Tabela 2 – Nomenclatura cartográfica de cartas padrões e suas relações com 
escala e extensão angular. 
ESCCALA 
NOMENCLATURA 
(exemplo) 
TAMANHO ANGULAR 
(Latitude x Longitude) 
1:1.000.000 SC.22 4o 00’ x 6o 00’ 
1:500.000 SC.22-X 2o 00’ x 3o ‘00’ 
1:250.000 SC.22-X-C 1o 00’ x 1o30’ 
1:100.000 SC.22-X-C-II 30’ x 30’ 
1:50.000 SC.22-X-C-II-4 15’ x 15’ 
1:25.000 SC.22-X-C-II-4-SO 7’30” x 7’30” 
1:10.000 SC.22-X-C-II-4-SO-4 3’45” x 2’30” 
 
 Fundamentos de Desenho Geológico 
___________________________________________________________________________________ 4
Figura 43 – Decomposição de folhas cartográficas, segundo o Sistemade Nomenclatura 
Cartográfica, de cartas em escala 1/1.000.000 até 1/25.000. 
Assim, dada uma nomenclatura cartográfica de uma carta qualquer (por exemplo, 
ND.25-X-C-III-2-SO), determina-se sua escala e coordenadas limitantes da seguinte 
forma: 
06o
08o
04o
08o
04o
66o 60o 63o66o
V X
Y Z
A B
C D
60o
06o
08o
63o 60o
06o
08o
63o 60o61 30’o
61 30’o
07o
61 30’o
61 30’o
07o
60 30’o61o
61o 60 30’o
07 30o
I II III
IV V VI
V X
Y
V X
Y
A B
C
A B
C
V X
Y I II III
IV V 1 23 4 08o
60 30’o
07 30’o
07 45’o
60o
60 15’o
60 07’30”o
07 45’o
60o
07 52’30”o
08o
60 15’o
08o
07 45o
60o60 15’o
Escala: 1/500.000
Folha: 2 x 3 (SB.20-Z)o o
Escala: 1/1.000.000
Folha: 4 x 6 (SB.20)o o
Escala: 1/250.000
Folha: 1 x 1 30’(SB.20-Z-D)o o
Escala: 1/50.000
Folha: 15’ x 15’ (SB.20-Z-D-VI-4)
Escala: 1/25.000
Folha: 7’30”x7’30” (SB.20-Z-D-VI-4-SE)
NO
SO
NE
SE
Escala: 1/100.000
Folha: 30’ x 30’ (SB.20-Z-D-VI)
 Fundamentos de Desenho Geológico 
___________________________________________________________________________________ 5
1. A escala é definida pela ordem da subdivisão, onde: 
- até a ordem de 25 é 1/1.000.000; 
- até a ordem de X é 1:500.000; 
- até a ordem de C é 1:250.000; 
- até a ordem de III é 1: 100.000; 
- até a ordem de 2 é 1:50.000; 
- até a ordem de SO é 1/25.000). 
2. A letra N identifica o Hemisfério Norte. Caso a carta estivesse localizada no 
Hemisfério Sul receberia a denominação S; 
3. A letra D caracteriza a ordem da faixa latitudinal, de acordo com a ordem 
alfabética. Uma vez que D é a quarta letra do alfabeto sua denominação é correspondente à 
ordem 4. Para saber a faixa latitudinal multiplica-se o numeral correspondente à ordem da 
letra (D é a quarta letra) pela dimensão latitudinal da faixa (4o), encontrando-se, assim a 
latitude do paralelo maior (4 x 4º = 16º). Desse valor subtrai-se 4º e identifica-se a latitude 
do paralelo menor da faixa (16º – 4º = 12º). Logo a faixa latitudinal é de 12oN a 16oN 
(Hemisfério Norte); 
4. O número 25 corresponde à ordem do fuso latitudinal, que tem largura de 6º. O 
fuso de ordem 25, conforme mostrado na Figura 36, está localizado no Hemisfério 
Ocidental. Essa ordem do fuso (25) é então multiplicada por 6º (largura angular latitudinal 
da faixa) e subtraída de 180o, permitindo identificar a longitude do meridiano leste do fuso, 
que nesse caso é 30o. Como essa carta encontra-se no hemisfério ocidental, onde a 
longitude cresce para oeste, a longitude do meridiano oeste da mesma é obtida somando-se 
6o àquele valor (30o + 6o = 36o). 
5. Os parâmetros seguintes correspondem a subdivisões seqüenciais do fuso 25, 
inicialmente em quatro quadrantes (V, X, Y ou Z) de 3º de longitude por 2º de latitude 
cada, conforme mostrado na Figura 42, sendo a ordem X correspondente ao quadrante 
superior direito, limitado entre as coordenadas de 30º e 33º de longitude oeste e 14º e 16º 
de latitude norte. A ordem C corresponde ao quadrante inferior, limitado entre as 
coordenadas de 31º30´ e 33º de longitude oeste e 14º e 15º de latitude norte, resultante da 
subdivisão quadrante X em quatro quadrantes (A, B, C e D) de 1º30´ de longitude por 1º de 
latitude. A denominação III compreende o quadrante compreendido entre as coordenadas 
de 31º30´ e 32º00´ de longitude oeste e 14º30´ e 15º00´ de latitude norte, resultante da 
subdivisão quadrante C em seis quadrantes de 30´ de longitude por 30´ de latitude. A 
ordem 2 representa o quadrante compreendido entre as coordenadas de 31º30´ e 31º45´ de 
longitude oeste e 14º45´ e 15º00´ de latitude norte, resultante da subdivisão quadrante III 
em quatro quadrantes de 15´ de longitude por 15´ de latitude. Por fim, essa carta que tem 
escala de 1:25.000 e que possui nomenclatura de ordem até SO, corresponde ao quadrante 
compreendido entre as coordenadas de 31º37´30” e 31º45´00´ de longitude oeste e 
14º45´00´ e 14º52´30” de latitude norte, resultante da subdivisão quadrante 2 em quatro 
quadrantes de 7´30” de longitude por 7´30” de latitude.

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