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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE ARAÇATUBA DO ESTADO DE SÃO PAULO
MARIA, viúva e representante legítima do Sr. Marcos, brasileira, residente e domiciliada na Rua Bérgamo, nº 123, apt. 205, na cidade de Araçatuba – SP, inscrita no registro geral sob o correspondente número XXXXX e no cadastro nacional de pessoas físicas sob o Nº XXXX, vem através de seu advogado GILBERTO ALVES NUNES JUNIOR, endereço eletrônico cmdo56@hotmail.com, com endereço profissional na Av. Silvado nº 630 Bairro Partenon, nesta cidade, endereço que indica para os fins do artigo 106 do CPC, vem perante este juízo propor;
AÇÃO NDENIZATÓRIA DE REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS E MATERIAIS, CUMULADO COM PENSÃO POR MORTE
Pelo procedimento COMUM em face de ROBERTO, comerciante, brasileiro, residente na Rua dos Diamantes, n° 123, Recife – PE, cujo cadastro nos registros gerais de pessoas físicas é ignorado. Pelos fatos e fundamentos que passa a expor. 
I. GRATUIDADE DE JUSTIÇA
O requerente é pobre na acepção jurídica do termo e bem por isto não possui condições de suportar os encargos decorrentes do processo sem prejuízo do seu sustento conforme declaração de hipossuficiência anexa, nos termos da Lei 1060/50 e Lei 13.105/15 art.98.
II. DA OPÇÃO DO AUTOR PELA REALIZAÇÃO DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO 
O autor requer audiência de conciliação.
 
III. DOS FATOS
	O senhor Marcos sofreu um acidente em decorrência da queda de um ar condicionado, que caiu em sua cabeça quando transitava em uma rua na cidade de Recife-PE. Este aparelho era manejado pelo senhor Roberto, proprietário de uma padaria, que por desídia deixou tal objeto cair. A vítima foi levada rapidamente ao hospital, mas devido aos graves ferimentos entrou em óbito pouco tempo depois. 
	A senhora Maria esposa do de cujos, profundamente abalada com a morte do marido, foi até Recife, e transportou o corpo até Araçatuba-SP, onde ocorreu o sepultamento. O falecido deixou filhos e era o único responsável pelo sustento da família.
	Contudo, além da despesa médica hospitalar, restou o valor do translado do corpo, sem contar com o valor mensal disponibilizado por Marcos.
IV. DOS FUNDAMENTOS
Excelência, no caso exposto, há uma inequívoca responsabilidade do Sr. Paulo sobre o ocorrido, quando deixou de manejar com prudência seu aparelho de ar-condicionado. Sendo um objeto sabidamente pesado, que a depender da altura em que caia, pode de todo certo machucar gravemente a quem atingir. E este fora o evento trágico que ocorrera. Por exclusiva culpa do Réu, o referido objeto veio a despencar de uma altura considerável, atingindo em cheio o Sr. Marcos, que por um triste e infeliz acaso do destino vinha passando naquele exato momento. Aqui se demonstra o ato ilícito em que incorreu o réu , nos termos do artigo 186 do código civil brasileiro , valendo ainda ressaltar o teor d as disposições nos artigos 927 e 938 do mesmo regramento, vejamos:
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. 
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito ( arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido. (CC) Art. 
186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. 
O f ato é extremamente triste e toma contornos ainda mais lamentáveis quando a vítima, um senhor já de 50 anos, era o único provedor financeiro de sua companheira, a Sra. Maria. O pouco dinheiro que conseguia, que jamais ultrapassava o valor de um salário mínimo, fruto de muito esforço de trabalhos como pedreiro, não trouxe qualquer luxo ou conforto na vida do casal. E naquele momento, depois de ter perdido tão repentinamente o seu marido, a Senhora Maria vira-se devedora de u m valor de R$. 6.000,00, já se incluindo os gastos com funeral e translado do corpo.
Cabe lembrar que o episódio do caso em tela fora objeto de ação penal, quando se deu por sentença o reconhecimento da responsabilidade culposa do Réu no ocorrido, isto é, este fora condenado como autor de homicídio culposo . A vista disso, de modo feliz, o código civil traz os reflexos que a condenação penal tem em uma eventual indenização em ação civil reparatória. A disposição é expressa no artigo 948 do código civil brasileiro, ao nitidamente aduzir sobre o que consiste indenização. Veja-se:
Art. 948. No caso de homicídio, a indenização consiste, 
sem excluir outras reparações: 
I - no pagamento das despesas com o tratamento da 
vítima, seu funeral e o luto da família; 
II - na prestação de alimentos às pessoas a quem o 
morto os devia, levando-se em conta a duração provável da vida da vítima. (CC) 
Deste modo, ínclito Julgador, nota-se que o caso é passível de indenização afim de que mitigue as despesas que a Senhora Maria sofrera, e que a mesma não é capaz de saldar. Não tão somente são de vidos os valores do s gastos referentes ao funeral e translado do corpo, de ordem de seis mil reais, mas também se resta cabido uma reparação contínua, do luto e das graves dificuldades que a Autora certamente virá a sofrer ao continuar , a gora sozinha, sua vida. Dito isto, requer-se, por oca sião de to dos os danos sofridos e vindouros, a concessão d e pensão de caráter alimentício a viúva po r p eríodo proporcional a duração de vida que a vítima teria, qual se ja 74 anos de idade como média de vida no Brasil, segundo dados do IBGE , em prestação de valor e quivalente ao salário mínimo ou, como vossa Excelência julgar, mostre-se adequado a senhora Maria para manter-se em uma vida digna. 
V. DOS PEDIDOS
Diante do exposto, o autor requer a este juízo:
Seja concedida a Justiça Gratuita, nos termos das Leis n.º. 5.584/70 e 1.060/50, com a redação que lhe deu a Lei nº. 7.510/86; 
Com fulcro no art. 319, VII, do NCPC, solicitar a designação de data para realização de audiência de conciliação, conforme fundamentado no item II; 
Determinar a citação do Requerido para integrar a relação processual, inicialmente pelo correio e, sendo esta infrutífera, por oficial de justiça, ou, ainda, por meio eletrônico, tudo nos termos do art. 246, incisos I, II e V, do CPC; 
Que seja julgado procedente o pedido de indenização e pensão alimentícia; 
Condenação da ré ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios, conforme propõem os arts. 82 e 85 do CPC; 
Ao final, seja julgado totalmente procedentes os pedidos veiculados nesta ação.
 
VI. DAS PROVAS 
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do CPC, em especial documental e depoimento pessoal dos réus.
VII. DO VALOR DA CAUSA
Dá-se a causa o valor de R$ 6.000,00, mais pensão por lucros cessantes.
Pede deferimento.
Araçatuba, de outubrode 2017.
____________________
Gilberto Alves Nunes Junior
OAB/RS n.º 2810824

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