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American Airlines e US Airways anunciam fusão que cria a maior empresa aérea do mundo
Operação é confirmada por gigantes americanas do setor aéreo. Nova companhia terá 6,5 mil voos diários e US$ 39 bi em vendas
RIO - Nesta quinta-feira, a American Airlines e a US Airways anunciaram que seus conselhos de administração votaram a favor da fusão das duas empresas, criando a maior companhia aérea do mundo. O acordo ocorre mais de 14 meses depois de a American Airlines entrar em recuperação judicial, em novembro de 2011. A companhia aérea terá valor de mercado de US$ 11 bilhões, segundo o jornal “Wall Street Journal”. (Veja lista das maiores fusões da História)
Essa é a terceira maior fusão de empresas aéreas nos Estados Unidos desde 2008 e pode elevar os riscos de encarecimento de passagens aéreas e diminuir as escolhas para os consumidores, alertou a agência Reuters. Com a operação, limitada à troca de ações, quatro empresas passam a controlar cerca de 83% de todos os assentos de voos dentro dos EUA, de acordo com o jornal “The Wall Street Journal”. Desde 2005, cinco das maiores companhias aéreas dos EUA deixaram de existir numa onda de concentração no setor.
Os credores da American ficaram com 72% da nova companhia, e os 28% restantes foram para as mãos da US Airways. As companhias anunciaram hoje em comunicado que esperam, com a nova empresa, uma receita superior a US$ 1 bilhão em 2015.
O nome American Airlines será preservado e o diretor-executivo da US Airways, Doug Parker, terá o mesmo cargo na nova companhia, como a imprensa internacional havia adiantado. A sede da empresa será em Dallas, no Texas. Ela terá 94 mil empregados, 950 aviões e 6.500 voos diários, além de um total de vendas de quase US$ 39 bilhões. Tom Horton, diretor-executivo da American e de sua controladora, a AMR, assume a presidência do Conselho de Administração até 2014.
— Uma das coisas boas é quão complementar as rotas são — disse Parker em entrevista, informou a Bloomberg News. — De cerca de 900 rotas, apenas 12 se justapõem, o que é fenomenal. Teremos de manter todos os hubs em seus lugares; continuaremos a ter de voar para as cidades para as quais já voamos.
Em 2011, a American ocupava o terceiro lugar no ranking mundial das aéreas pelo critério de passageiros transportados, atrás das também americanas Delta Airlines e Southwest, de acordo com o último ranking da Iata, a associação internacional do setor. A US Airways estava em oitavo. Segundo a Reuters, a nova empresa será, em tráfego, 2% maior do que a hoje número um nos Estados Unidos, a United Continental.
Em teleconferência com analistas e jornalistas, segundo a Bloomberg News, Horton disse que as companhias não esperam ter de alienar qualquer bem para garantir a aprovação das autoridades antitruste americanas tampouco para ganhar o aval dos reguladores da União Europeia. Segundo o jornal “Guardian”, o negócio tem implicações no Reino Unido, já que o International Airlines Group, dono da British Airways e da Iberia, tem uma joint-venture com a American Airlines para cooperar em rotas transatlânticas. A fusão ainda precisa da aprovação dos acionistas da US Airways e do Departamento de Justiça dos EUA.
O acordo é tido como uma vitória para Parker, que busca uma fusão com a American desde que ela anunciou a concordata. Já Horton defendia que a companhia saísse do processo de concordata, antes de qualquer união. De acordo com fontes, o lobby que Parker fez junto aos funcionários da American foi decisivo para que o negócio avançasse.
Fusão pode pôr fim à onda de consolidação no setor
Na avaliação de especialistas, a fusão deve pôr fim à onda de concentração no setor nos últimos anos. Desde 2001, foram 5 grandes fusões. Diante do aumento dos custos de combustível e da perda de dezenas de bilhões de dólares na última década, os executivos das companhias aéreas argumentam que a única maneira de sobreviver é a consolidação.
Nos EUA, além das fusões entre United e Continental Airlines (2010), Northwest e Delta Air Lines, e Southwest Airlines Co. e AirTran Airways, companhias regionais também optaram por se unir. Na Europa, a Air France e a KLM formaram a Air France-KLM, com aval da Comissão Europeia em 2004. Já a British Airways e a Iberia criaram a a International Consolidated Airlines Group em 2010. Na América Latina, a chilena LAN e a brasileira TAM completaram seu processo de fusão em 2012. Já o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou com restrições, em outubro passado, a união entre Gol e Webjet.
O Departamento da Justiça raramente se opôs a uma fusão de companhia aérea nos anos recentes. A última vez foi na proposta de acordo entre United e US Airways em 2000-2001. Desde então, United e Continental se uniram, assim como Delta e Northwest.
A organização sem fins lucrativos Instituto Americano Antitruste (AAI, sigla em inglês) pediu que a operação fosse investigada, argumentando que a fusão diminuiria a concorrência num número substancial de rotas e faria com que os aeroportos direcionassem os voos para os grandes hubs da nova companhia, prejudicando comunidades de locais menores. Junto à Coalização de Negócios de Viagem, a organização publicou um estudo mostrando que o preço das tarufas subiu em média 20% na Delta após seu processo de fusão e 30% em diversas rotas da United-Continental.
(Veja lista das maiores fusões da História)
1 American Online e Time Warner
O acordo prometia ser a negociação do milênio, mas, realizada em meio à bolha da internet, a fusão foi desfeita e as duas empresas se separaram em 2009 Valor da operação:US$ 186,235 bilhões Data:2000
2 Vodafone AirTouch e Mannesmann AG
A fusão no setor de telecomunicações entre uma empresa britânica e uma alemã gerou protestos na Alemanha pelo papel relevante que a estrangeira representaria no mercado doméstico do país. Valor da operação:US$ 185,075 bilhões, Data:1999
3 Altria Group e Philip Morris
A Philip Morris Internacional era um braço do Altria Group, mas, em 2008, seus acionistas entenderam que a legislação americana restringia os lucros da empresa. Na operação, as ações da companhia passaram a ser listadas na Bolsa de Londres Valor da operação: US$ 107,649 bilhões Data:2007
4 Royal Bank of Scotland e ABN-AMRO
O Royal Bank of Scotland capitaneou um consórcio de bancos e uniu-se ao AMB-AMRO em 2007 Valor da operação:US$ 100,027 bilhões Data:2007
5 Pfizer e Warner Lambert
A fusão das duas empresas criou a então segunda maior empresa do setor farmacêutico. A nova companhia passou a controlar 'blockbusters' do mercado, como o remédio para colesterol Lipitor e o Viagra, para impotência Valor da operação:US$ 89,2 bilhões Data:2003
6 AT&T e BellSouth Corporation
A AT&T responde pela sexta e a nona maior fusões da História, segundo a Bloomberg. A empresa adquiriu a terceira maior empresa do mercado de telefonia dos Estados Unidos, abrigando 70 milhões de clientes. Antes, em 2001, havia incorporado a ComCast Cable Communication, operação que superou US$ 76 bilhões Valor da operação:US$ 83,105 bilhões Data:2006
7 Exxon e Mobil Corp
A megafusão representou um marco na história americana, unindo duas companhias que eram de John Rockfeller e foram separadas, por ordem do governo, um século atrás. Valor da operação:US$ 80,338 bilhões. Data:1998
8 Royal Dutch Petroleum Corporation e Shell
Antes da fusão, a Shell já tinha participação na empresa, que deixou de existir. Valor da operação:US$ 80,139 bilhões Data:2004
9 Glaxo Wellcome e SmithKline Beecham
A fusão entre as duas companhias europeias criou a gigante de hoje do setor farmacêutico Valor da operação: US$ 76 bilhões Data:2000

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