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8 1 NOÇÕES DE FARMACOLOGIA Uma das maiores responsabilidades atribuídas ao profissional da saúde é o preparo e a administração de medicamentos. Qualquer erro pode trazer conseqüências fatais para o paciente. Por isso, é indispensável que os profissionais tenham muito conhecimento, consciência e uma atuação extremamente cuidadosa. Todo profissional da saúde deve conhecer os princípios básicos da terapêutica medicamentosa cotidiana, que compreende: Ação; Doses diárias; Vias de administração; Efeitos colaterais. Deve ainda ter uma capacidade de observação aguçada e noções básicas sobre as patologias em geral, sobre a terapêutica medicamentosa referente às diversas patologias, sobre interação dos medicamentos e intolerância individual. 1.1 AS PRESCRIÇÕES MÉDICAS Toda prescrição médica deve conter: Nome do medicamento (genérico e/ou comercial); Dose/dia; Forma; Via. É extremamente arriscado fazer prescrições verbais para o profissional de enfermagem, o que deve ser evitado, exceto em casos de absoluta urgência. Nessas situações emergenciais, o profissional deve anotar os procedimentos necessários na folha de prescrição do paciente, detalhando a medicação prescrita, o horário de administração dos medicamentos, as doses a serem administradas, as vias de administração e o nome do médico responsável pelo paciente. Feito isso, logo que possível, ele deverá obter a prescrição por escrito. 9 1.2 DAS RESPONSABILIDADES LEGAIS As responsabilidades legais relacionadas com o preparo e a administração de medicamentos são norteadas pelo Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem que entrou em vigor com a Resolução COFEN nº. 160, de 12 de maio de 1993. Capítulo III - Das responsabilidades Art. 16 - Assegurar ao cliente uma assistência de enfermagem livre de danos decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência. Art. 17 - Avaliar atenciosamente sua competência técnica e legal e somente aceitar encargos ou atribuições quando capaz de desempenho seguro para si e para a clientela. Capítulo IV - Dos deveres Art. 24 - Prestar à clientela uma assistência de enfermagem livre de riscos decorrentes de imperícia, negligência e imprudência. Capítulo V - Das proibições Art. 47 - Administrar medicamentos sem certificar-se da natureza das drogas que os compõem e da existência de risco para o cliente. Art. 48 - Prescrever medicamentos ou praticar ato cirúrgico, exceto os previstos na legislação vigente e em caso de emergência. Art. 50 - Executar prescrições terapêuticas quando contrárias à segurança do cliente. 1.3 PESOS E MEDIDAS Uma das maiores dificuldades no preparo e na administração de medicamentos é calcular corretamente as dosagens. Para efetuar esse cálculo, costumam-se usar dois sistemas de pesos e medidas: 10 Sistema métrico decimal (1,mL, cm3, kg, g, mg, mcg); Sistema doméstico (gotas, colher de chá, colher de café, colher de sopa e copo graduado). 1.4 CONSERVAÇÃO DOS MEDICAMENTOS Os medicamentos devem ser guardados de acordo com a orientação do fabricante, constante nas bulas. Por exemplo: Conservar em geladeira; Conservar entre 1° e 25°C. Observação: O sistema doméstico apresenta muitas imperfeições, pois as colheres domésticas nem sempre têm as mesmas capacidades. Na medida do possível, deve-se dar preferência às medidas-padrão fornecidas pelos laboratórios farmacêuticos. 1.5 NOMENCLATURA DOS MEDICAMENTOS Guarde os medicamentos sempre em suas embalagens originais, para que não se perca dados importantes como número de lote e validade. Cada medicamento possui no mínimo três nomes: o químico, o genérico e o comercial. Exemplos: Nome químico: 9 - {0 - [ (2 metoxietox) metil] oxima} da eritromicina. Nome genérico: roxitromicina. Nome comercial: Rulid. Geralmente os nomes conhecidos por médicos e profissionais da saúde são o comercial e o genérico. Além do nome, a legislação prevê a inclusão nas bulas de outras informações sobre o produto, como: composição, apresentação, efeitos colaterais e reações adversas, ação farmacológica e posologia. Para preparar e administrar corretamente um medicamento, o profissional da saúde deve conhecer sua forma de apresentação e a concentração. 11 Aqui apresentamos sempre, em primeiro lugar, o nome genérico e, entre parênteses, o nome comercial. Caso haja vários nomes comerciais, citaremos apenas um deles. Por exemplo: citarabina (Aracytin). Se o medicamento contiver mais de um princípio ativo, citaremos apenas aquele que nos interessar no momento. 1.6 NOÇÕES BÁSICAS SOBRE MEDICAMENTOS 1.6.1 Conceitos fundamentais Medicamento: é toda substância química que tem ação profilática, terapêutica ou que atua como auxiliar de diagnóstico. Por exemplo: As vacinas e a vitamina C têm ação profilática, isto é, atuam na prevenção de doenças e sintomas. Os antibióticos, os anti-hipertensivos e os antitérmicos têm ação terapêutica, isto é, atuam na cura ou alívio de enfermidades e sintomas. Os contrastes radiológicos atuam como auxiliares de diagnóstico. Produto farmacêutico: é aquele que contém um ou mais princípios ativos convenientemente manufaturados. Exemplos: lasix, Ancoron, Binotal entre outros. Forma farmacêutica: é a forma de apresentação do produto farmacêutico como solução, comprimido, xarope etc. Exemplos: furosemida comprimido, dipirona injetável e ampicilina suspensão. Fórmula farmacêutica: é a descrição do produto farmacêutico, ou seja, a discriminação dos princípios ativos que o compõem e de suas respectivas dosagens. Por exemplo: Solução de cloreto de sódio a 0,9%. Fórmula Cloreto de sódio..............................................0,9 g Água q.s.p.......................................................100 ml Observação: q.s.p. significa quantidade suficiente para o que no caso quer dizer: que é preciso acrescentar água até ser completado o volume de 100 ml. 1.6.2 Tipos de ação dos medicamentos Os medicamentos podem ter ação local ou sistêmica. 12 Ação local Diz-se que um medicamento tem ação local quando age no próprio local onde é aplicado (na pele ou na mucosa), sem passar pela corrente sanguínea, ou quando age diretamente no sistema digestório. São medicamentos de ação local, entre outros: Pomadas e loções - aplicadas na pele; Óvulos vaginais, colírios e alguns contrastes radiológicos – aplicados na mucosa; Alguns antiácidos que neutralizam a ação do suco gástrico e são eliminados sem ser absorvidos. Ação sistêmica Diz-se que um medicamento tem ação sistêmica quando seu princípio ativo precisa primeiro ser absorvido e entrar na corrente sanguínea para, só depois, chegar ao local de ação. Exemplos: O paciente toma um comprimido de ácido acetilsalicílico. Somente depois de ser absorvido no estômago e entrar na corrente sanguínea, é que esse princípio ativo chegará ao local de ação - a cabeça -, aliviando a dor do paciente. O paciente recebe uma injeção de furosemida. Ao ser injetado na veia do paciente, a droga entra na corrente sanguínea, chegando ao rim, onde exercerá sua ação. Nesses dois exemplos, a ação do medicamento não se dá no local de aplicação: a droga tem que ser transportada pela corrente sanguínea até o local onde irá agir. 2 FORMAS E VIAS FARMACÊUTICAS 2.1 A ESCOLHA PELA FORMA Em geral é norteada por: 13 Natureza do medicamento (propriedades físicas e químicas das drogas) sólida, líquida, gasosas, solubilidade, estabilidade, pH e irritação. Se ação da droga é local ou sistêmica. Velocidade com a qual se deseja o aparecimento do efeito (latência) – tratamento de rotina ou emergência. Exatidão da posologia. Condições do paciente (lúcido, inconsciente, com vômitos ou diarréia etc.). 2.2 VANTAGENS DAS FORMULAÇÕES Permite administrar quantidades exatas. Permite adotar medidas de proteção. Permite mascarar o odor – sabor. Permite ajustar o tempo de ação. Facilita a produção. Facilitar a administração. 2.3 CLASSIFICAÇÃO DAS FORMAS FARMACÊUTICAS 2.3.1 Sólidos Pó - O medicamento que se apresenta na forma de pó deve ser diluído em líquido e dosado em colheradas, como o bicarbonato de sódio (1 colher de café em um copo de água), ou em envelopes, na quantidade exata para ser ingerido, como a acetilcisteína pó (Fluimucil envelope). Figura 1: Bicarbonato de sódio em pó. 14 Comprimidos - É o pó comprimido em formato próprio, por exemplo, redondo ou ovalado. Pode ser sulcado, isto é, trazer uma marca que auxilia sua divisão em partes. Exemplos: Digoxina comprimido (Digoxina); Fenitoína (Hidantal) Figura 2: Formas de comprimidos. Pode ser dividido em até quatro partes ou em duas partes. Comprimidos sem sulcos não devem ser cortados. Drágeas - contém um núcleo com o medicamento, revestido por uma solução de queratina (goma-laca), açúcar e corante. Enquanto a maioria dos comprimidos se dissolve no estômago, as drágeas têm liberação entérica, isto é, liberam o princípio ativo no intestino. São usadas para: Evitar sabor e odor desagradáveis. Mascarar substâncias que atacam as mucosas. Facilitar a deglutição. Exemplo: Fenilbutazona 200 mg drágeas (Butazolidina); Diclofenaco potássico drágeas (Cataflan). Esses dois medicamentos são irritantes da mucosa gástrica. Tomados em drágeas, provocam menor efeito irritante. Pastilhas - forma farmacêutica sólida de dissolução bucal associada a princípios ativos medicamentosos. Exemplos: 15 Cloridrato de benzidamina (Flogoral); Tirotricina 1mg e benzocaína 5 mg (Amidalin). Figura 3: pastilhas Pílulas Figura 4: Pílulas anticoncepcionais. Granulados Figura 5: Granulado para preparo de medicamento. Óvulos - tem a forma ovóide e é de aplicação vaginal. Exemplos: Metronidazol óvulos (Flagyl); Nistatina + Metronidazol óvulos (Colpistatin). Supositórios - de formato cônico ou oginal, destina-se à aplicação retal. Sua ação pode ser local ou sistêmica. Exemplos: Supositório de glicerina, de ação local, tem efeito laxante; 16 Supositório de indometacina 100 mg (Indocid), de ação sistêmica e antiinflamatória. Figura 6: Supositórios de glicerina. Cápsula - constituída de um invólucro de gelatina e um medicamento em forma sólida, semi-sólida ou líquida (desde que não dissolva a cápsula). É usada para, por exemplo: evitar sabor e odor desagradáveis; facilitar a deglutição; facilitar a liberação do medicamento. Exemplos: Dimeticona (Luftal Max); Cefadroxila 500 mg cápsula (Cefamox). 2.3.2 Líquidos e fluidos Suspensão - mistura não-homogênea de uma substância sólida e um líquido, ficando a parte sólida suspenda no líquido. É usado para via oral, uso tópico na pele e mucosa e via parenteral. Exemplo: Hidróxido de alumínio (Maalox Plus). Emulsão - formada por dois líquidos imiscíveis (que não se misturam). É composta de água e óleo. Exemplo: Emulsão hidratante (Emulsão Universal Merck). Figura 7: Emulsão composta por água e óleo que não se misturam. 17 Xarope - solução que contém 2/3 de açúcar. Exemplo: Iodeto de potássio xarope (MM expectorante). Figura 8: Xarope usado para expectoração. Elixir - solução que, além do soluto, contém 20% de álcool e 20% de açúcar. O Elixir deve ser usado, somente para princípios ativos solúveis em água e álcool, não podendo ser acrescentada goma. Exemplo: Elixir paregórico Figura 9: Utilizado geralmente para cólicas abdominais, possui álcool. Loção - líquidos ou semi-líquidos com princípios ativos ou não, em solução, emulsão ou suspensão. As loções são destinadas ao uso externo. Exemplo: Loção de calamina (Caladryl). Figura 10: loção calmante pós-sol. 2.3.3 Pastosos 18 Cremes - forma semissólida de consistência macia e mais aquosa. Pode penetrar na pele e atingir a corrente sanguínea. Exemplo: Betametasona creme (Betnovate). Figura 11: Metronidazol em creme utilizado para várias infecções. Pomadas - Forma semissólida de consistência macia e oleosa, de pouca penetração na pele. Exemplo: Betametasona pomada (Betnovate). Figura 12: Bacitracina e neomicina em pomada. Pasta - forma semissólida de consistência macia, contendo 20% de pó. Atua na superfície da pele, sem penetração. Exemplo: Óxido de zinco pasta (Pasta d´Agua). Figura 13: Exemplo de pasta; muito utilizada em crianças. Gel - forma semissólida, colóide de pouca penetração na pele. Exemplo: Escina (Reparil), Metronindazol Gel. 19 Figura 14: metronindazol gel 2.3.4 Gasosos e voláteis São usadas principalmente para a administração de substâncias voláteis. Entre elas se incluem os aerossóis, que são medicamentos sólidos ou líquidos acrescidos de gases para nebulização. Exemplos: Halotano frasco (Fluothane); Beclometasona aerossol (Beclososl); Salbutamol spray (Aerolin) Figura 15: “Bomba” de beclometasona 3 CLASSIFICAÇÃO DAS VIAS DE ADMINISTRAÇÃO 3.1 ENTERAIS 3.1.1 Oral - é a mais utilizada para a administração de sólidos e líquidos, porém exigem do paciente a ingestão e a deglutição do medicamento. A absorção se dá no trato digestivo, podendo se iniciar na boca ou diretamente no estômago e no intestino. 20 3.1.2 Retal - usada para supositórios ou enemas com ação local ou sistêmica. Muito útil quando há dificuldade de deglutição, vômitos, obstrução do TGI, medicação que causam desconforto gástrico ou sabor desagradável. Figura 16: Forma incorreta. Forma correta de colocar o supositório. 3.1.3 Transmucosa (sublingual) - utilizada para comprimidos sublinguais, cápsulas gelatinosas e algumas soluções, como nifedipino (Adalat). O efeito é alcançado rapidamente, mas tem pequena latência. Não sofre influência do pH gástrico e ação das enzimas digestivas. Poucas drogas são adequadamente absorvidas. Deve haver o cuidado para que o paciente não degluta e o sabor muitas vezes é desagradável. Figura 17: Paciente ingerindo comprimido sublingual. 3.2 PARENTERAIS (INJETÁVEIS) É a via que uma ou mais camadas da pele para a administração do medicamento. Apresenta as seguintes vantagens: Pode ser utilizada na administração de medicamentos não absorvíveis no trato digestivo, como, por exemplo, gentamicina injetável (Garamicina). Permite a administração de medicamentos sem a cooperação do paciente e a reposição rápida de líquidos e eletrólitos, como, por exemplo, solução de glicose a 5%. Possibilita uma ação mais rápida e eficiente que as outras vias. 21 3.2.1 Intradérmica e Subcutânea Intradérmica: via de uso muito limitado (praticamente só é empregada para testes e vacinas). Por ser um tecido avascular a absorção é extremamente pobre e lenta. Só se utilizam volumes muito pequeno. Aplicação entre a epiderme e a derme.Aplica-se, no máximo, 0,5 ml. Por exemplo: Vacina BCG; Teste de Mantoux. Figura 18: Paciente utilizando a técnica de aplicação transdérmica para testes de alergia. Subcutânea: possui várias vantagens, como pronta absorção a partir de soluções aquosas, pouca necessidade de um treinamento maior, evita o meio gastrintestinal, absorção lenta e regular (> lenta que a IM). Porém, possui desvantagens como não podemos utilizar grandes volumes (até 1 ml), mais dolorosa que a via intramuscular e endovenosa, risco potencial de lesão tissular, variabilidade absorvitiva a partir de diferentes locais. Aplicação logo abaixo da pele. É usada para substâncias não-irritantes e de pH semelhante ao do local da aplicação para evitar necrose. É a via utilizada para administrar, por exemplo: Insulina. Figura 19: Administração da insulina na região lombar 22 3.2.2 Intramuscular São injetáveis que ultrapassam a pele, o tecido subcutâneo e atingem o músculo. A taxa de absorção do medicamento não é igual para todos os músculos e varia com o tipo de solução (rápida com aquosa e lenta com oleosa) e do fluxo sanguíneo. Os volumes ideais devem ser de no máximo 4 ml, podendo eventualmente atingir 10 ml na região glútea. Podem ser oleosos, aquosos ou suspensões. Deltóide: volume geralmente de 1 a 3 ml; Glúteo: volume geralmente de 1 a 5 ml. Figura 20: Aplicação de vacinas por via intramuscular. 3.2.3 Endovenoso (EV) Não há fase de absorção do medicamento, pois vai diretamente para a corrente sanguínea. Portanto, os injetáveis endovenosos têm ação rápida e intensa. É utilizado quando há necessidade de efeitos imediatos ou são irritantes por outra via. A infusão endovenosa tem por finalidade manter os níveis terapêuticos constantes em pacientes hospitalizados; porém, na medida do possível, não deve ser utilizada para administrar medicamentos oleosos ou que provoquem hemólise (destruição das hemácias). Veias mais utilizadas para aplicação: Nas pregas do cotovelo – Veias basílica e mediana basílica; Veias longitudinais do antebraço – Veias radial e ulnar; Veias dos membros inferiores – Veias fibular e pediosa; Veias jugular e epicraniana (de preferência em crianças). 23 Figura 21: Aplicação de medicamento pela veia cubital. Outras veias no dorso da Mão possíveis de serem utilizadas para aplicação. Nos antebraços, várias veias, de acordo com o paciente, podem ser utilizadas para a medicação. Pela via endovenosa aplicam-se, por exemplo: Cefotoxima (Mefoxin); Dobutamina (Dobutrex). 3.2.4 Intra-arterial (IA) Aplicação no interior da artéria, indicada quando se deseja atingir um determinado tecido ou órgão. Possui ação rápida e intensa. É usada principalmente para antineoplásicos e contrastes. Pela via intra-arterial aplica-se, por exemplo: Bleomicina (Blenoxane). É comum a retirada de sangue por esta via para exames como a coleta de sangue para gasometria. 3.2.5 Intra-articular Usualmente só é empregada em ortopedia para o uso de analgésicos e antiinflamatórios. 3.2.6 Intratecal Usualmente utilizadas para substâncias que não atravessam a barreira hematoencefálica. Utilidade: anestesia; analgesia; antibióticos. Por essa via aplica- se, por exemplo: Citarabina (Aracytin). 24 Figura 22: Posição para aplicação intrateca. 3.3 PARENTERAIS (CUTÂNEA) 3.3.1 Parenterais (transmucosas) Conjuntival: para líquidos e pomadas aplicadas no globo ocular, como cloranfenicol colírio (Cloranfenicol); Nasal: para soluções de efeito local (antissépticos e vasoconstritores), como Oximetazolina (Afrin). Figura 23: Aplicação de colírio. 3.3.2 Parenteral (inalatória) Mucosa pulmonar: para substâncias voláteis (gases e aerossóis), por exemplo Halotano (Fluothane). 25 Figura 24: Aplicação de aerossóis (corticóides). 3.4 CUIDADOS NA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS É importante levar em conta um resumo da adminsitração dos medicamntos como observar sempre a dose certa, a via certa, o medicamento certo, o paciente certo e a hora a ser administrada certa. Outros aspectos há de se levar em consideração: 1. Concentrar-se na atividade. 2. Identificar os medicamentos prescritos, lendo cuidadosamente a prescrição médica antes de administrá-Ios. 3. Lavar as mãos. 4. Preparar o local, reunindo todo o material necessário. 5. Conferir cada medicamento com a prescrição, verificando: Nome do medicamento (genérico e comercial); Dosagem; Forma farmacêutica; Validade; Via de administração. 6. Abrir sempre um frasco de cada vez, deixando a tampa de boca para cima, para evitar a contaminação da parte interna. 7. Agitar sempre as suspensões. 26 8. Ao preparar medicamentos líquidos, deixar o rótulo para cima, para não contaminá-lo. 9. Não usar medicamento de um frasco contaminado, sem rótulo, ou que possa suscitar dúvidas. Lembrar-se de que os medicamentos são parecidos. 10. Nunca usar medicamentos com aspecto diferente do normal, como cor alterada, ou com corpos estranhos. Nesses casos, procurar orientação. 11. Não misturar medicamentos, nem mesmo comprimidos, a não ser que receba instruções para fazê-lo. 12. Nunca recolocar o medicamento no frasco. 13. Verificar se a boca do frasco, ou bisnaga, está limpa antes de fechá-lo. 14. Recolocar no lugar certo o frasco que será reaproveitado. Mantê-Io na ordem de identificação, geralmente alfabética. 15. Desprezar o material inutilizado em local apropriado. 16. Lembrar sempre: deve-se administrar o medicamento certo, na via certa, na hora certa, para o paciente certo. 17. Em caso de dúvida, não administrar o medicamento e procurar orientação. 18. Não esquecer de checar a medicação depois de administrada. 4 GRUPOS FARMACOLÓGICOS Os medicamentos agrupam-se de acordo com sua função no organismo, formando as classes farmacológicas. Aqueles que têm mais de uma função apresentam-se em mais de uma classe farmacológica. Não existe medicamento sem efeitos colaterais, mas sim com efeitos colaterais de maior ou menor intensidade. 4.1 MEDICAMENTOS QUE ATUAM NO SISTEMA CIRCULATÓRIO 4.1.1 Cardiotônicos - usados para aumentar a força contrátil do coração, geralmente na insuficiência cardíaca congestiva. Exemplos: Deslanósido (Cedilanide); 27 Digoxina (Digoxina e lanoxin); Dobutamida (Dobutrex); Dopamina (Revivan). Os cardiotônicos digitálicos podem levar à intoxicação digitálica, que se caracteriza por náuseas, vômitos, confusão mental, bradicardia entre outros sintomas. 4.1.2 Antiarrítmicos - usados nas arritmias cardíacas. Exemplos: Quinidina (Quinicardine); Procainamida (Procamide); Mexiletina (Mexitil); Amiodarona (Ancoron). 4.1.3 Anti-hipertensivos - atuam regulando a pressão arterial. Exemplos: Atenolol (Atenol); Captoptil (Capoten); Clonidina (Atensina); Enalapril (Renitec); Metildopa (Aldomet); Prazosina (Minipress). 4.1.4 Vasodilatadores - aumentam o débito sanguíneo, melhorando a circulação do sangue nos tecidos. Exemplos: Bametano (Vasculat); Cinarizina (Stugeron); Diidroergocristina (Hydergine). 4.1.5 Antianginosos - reduzem a crise de angina no peito. Exemplos: Nifedipino (Adalat, Oxcord); Verapamil (Dilacoron); 28 4.2 MEDICAMENTOS QUE ATUAM NO SANGUE E NO SISTEMA HEMATOPOÉTICO 4.2.1 Antianêmicos - a anemia é causada principalmente pela carência de ferro, vitaminaB12 e ácido fólico no organismo. Os antianêmicos repõem a falta desses três componentes. Exemplos: Ferroben (Citrato de ferro amoniacal, Complexo B); Ferrotrat 500 (Sulfato ferroso, ácido fólico, vitamina B). 4.2.2 Fármacos que repõem a falta de ferro - são mais bem absorvidos uma ou duas horas depois das refeições, com água ou suco de frutas. Exemplos: Ferromaltose (Noripurum); Sulfato ferroso (Sulfato Ferroso). Quando administrados por via oral, às vezes escurecem os dentes. Por isso, o paciente deve escovar os dentes logo após ingerir o medicamento. A associação de ferro com vitamina C é benéfica, pois ajuda na absorção do ferro por via oral. Exemplos: Ferrocomplex (Sulfato ferroso, vitamina C, complexo B); Ferrotônico B12 (Sulfato ferroso, complexo B, vitamina C). Orientações ao paciente: 1. Doses excessivas podem levar à morte; 2. A administração via intramolecular ou intravenosa deve ser lenta; 3. Esses fármacos formam complexos com cálcio, café, cereais, chá e ovos, diminuindo a absorção. 4.2.3 Fármacos que repõem a falta de Vitamina B12 - por via oral, deve-se evitar a associação da vitamina B12 com a vitamina C, pois esta pode destruí-Ia. Exemplos: Cianocobalamina (Cianocobalamina); 29 Cobamamida (Enzicoba); Hidroxocobalamina (Rubranova). 4.2.4 Fármacos que repõem a falta de ácido fólico e folatos - o ácido fólico e os folatos agem na síntese de DNA e RNA. Estão presentes em quase todos os vegetais, porém o cozimento prolongado leva à sua destruição. Um copo de suco fresco por dia é suficiente para manter os níveis desses componentes adequados no organismo. Exemplos: Ácido fólico (Acfol); Ácido folínico (Leucovorin, Tecnovorin). 4.2.5 Antianêmicos renais - no rim é produzido um hormônio chamado eritropoitina, que induz à produção de hemácias. Uma doença renal pode levar à diminuição ou a não produção desse hormônio. Exemplo: Eritropoetina (Eprex, Hemax). 4.2.6 Antineutropênicos - usados no tratamento da diminuição de neutrófilos, que pode ser causada pelo uso indevido de medicamentos, como anticonvulsivantes e antineoplásicos, e por doenças hereditárias ou congênitas. A diminuição de neutrófilos faz com que o organismo não consiga combater infecções de forma eficaz. Exemplos: Filgrastim (Granulokine); Molgramostin (Leucomax). 4.2.7 Anticoagulantes - prolongam o tempo de coagulação do sangue. Usados nos casos de infarto, embolia e doença vascular. Podem ter ação direta ou indireta. Ação direta: quebram o trombo; usados para ação rápida, são representados pela heparina e seus derivados. Exemplo: Heparina (Liquemine, Trombofob, Venalot, Hirudoid); 30 Ação indireta: inibem a síntese de vitamina K; usados para profilaxia e ação prolongada; Exemplos: Fempocumona (Marcoumar); Varfarina (Marevan). 4.2.8 Coagulantes ou hemostáticos - usados para estancar hemorragias, restabelecendo a hemostasia. Exemplos: Complexo protrombínico humano (Prothromplex); Fator IX (nove) de coagulação (Bebulin). 4.2.9 Antitrombóticos - previnem a formação de trombos, diminuindo a adesividade das plaquetas, principais responsáveis pela coagulação do sangue. Exemplos: Dalteparin (Fragmin); Dipiridamol (Persantin); Ticlopidina (Ticlid). 4.2.10 Fibrinolíticos - dissolvem trombos. Também são chamados trombolíticos. Exemplos: Estreptoquinase (Kabiquinase); Alteplase (Actilyse). 4.2.11 Antifibrinolíticos - auxiliam a controlar hemorragia grave, associada à fibrinólise excessiva. Exemplos: Ácido aminocapróico (Ipsilon); Ácido tranexâmico (Transamin). 4.2.12 Hemostípticos - reduzem a permeabilidade capilar, diminuindo sua fragilidade. Usados para a proteção dos capilares em diversos distúrbios circulatórios. Exemplos: 31 Aminaftona (Capilarema); Escina (Reparil); Troxerrutina (Venoruton). 4.3 MEDICAMENTOS QUE ATUAM NO SISTEMA RESPIRATÓRIO 4.3.1 Calmantes da tosse - antitussígenos, acalmam a tosse improdutiva (sem secreção). Exemplos: Opiáceos - codeína beladonada (Belacolid); Não-opiáceos - dextrometorfano (Silencium). 4.3.2 Mucolíticos - diminuem a aderência das secreções. Exemplos: Ambroxol (Mucosolvan); Acetilcisteína (Fluimicil); Bromexina (Bisolvon). 4.3.3 Expectorantes - favorecem a tosse produtiva, ou seja, promovem a tosse para que as secreções sejam eliminadas. Exemplos: Guaifenesina (Polaramine Expectorante); Sulfoguaiacol (Fenergan Expectorante). 4.3.4 Broncodilatadores - dilatam os brônquios, facilitando a saída de secreções. Exemplos: Salbutamol (Aerolin); Terbutalina (Brycanil); Fenoterol (Berotec); Teofilina (Aminofilina). 32 4.4 MEDICAMENTOS QUE ATUAM NO SISTEMA DIGESTÓRIO 4.4.1 Antiácidos - neutralizam a acidez do estômago. Exemplos: Bicarbonato de sódio (Bicarbonato de Sódio); Hidróxido de alumínio (Galviz); Hidróxido de alumínio e magnésio (Riopan); Associação de antiácidos (Kolantil, Gelmax). 4.4.2 Antieméticos - impedem o refluxo do vômito. Exemplos: Bromoprida (Digesan); Dimenidrinato (Dramin); Metoclopramida (Plasil). 4.4.3 Laxativos ou estimulantes intestinais - drogas de ação suave sobre o intestino. Exemplos: Sena em pó + tamarindo (Tamarine); Mucilóide hidrófilo de psilio (Metamucil). 4.4.4 Purgativos - drogas de ação enérgica sobre o intestino. Exemplo: Óleo de rícino (Laxol). 4.4.5 Estimulantes do peristaltismo - estimulam o movimento do intestino. Exemplos: Cáscara-sagrada e fenoftaleína, sobretudo em fórmulas de manipulação; Bisacodil (Dulcolax); Picossulfato de sódio (Guttalax). 4.4.6 Antidiarreicos - diminuem ou eliminam a diarreia. Exemplos: Elixir Paregórico; Difenoxilato (Lomotil); 33 Loperamida (Imosec). Muitos antidiarreicos foram proibidos ou houve restrição à sua venda em razão do perigo de intoxicação. 4.4.7 Antifiséticos - agentes antiespuma, os antifiséticos alteram a tensão superficial dos gases intestinais. São utilizados isolados ou em associações com antiácidos. Exemplo: Dimeticona (Luftal). 4.4.8 Bloqueadores da secreção gástrica - bloqueiam a formação de secreção gástrica, diminuindo a gastrite e a úlcera. Exemplos: Lansoprazol (Lanzol); Ranitidina (Zyliun, logat); Omeprazol (Losec). 4.5 MEDICAMENTOS QUE ATUAM NO SISTEMA GENITURINÁRIO 4.5.1 Diuréticos - substâncias que aumentam o volume urinário. Exemplos: Hidroclorotiazida (Clorana); Clortadilona (Higroton); Furosemida (Lasix). 4.5.2 Antissépticos urinários - medicamentos cuja ação é inibir ou reduzir o crescimento microbiano somente nas vias urinárias. Exemplos: Fenazopiridina (Pyridium); Ácido nalidíxico (Wintomylon); Ácido pipemídico (Pipurol). 4.5.3 Ocitotóxicos ou estimulantes uterinos - provocam a contração uterina, é usado para induzir o parto, inibir a hemorragia pós-parto e pós-aborto; provoca a involução do útero. Exemplos: 34 Ocitocina (Syntocinon); Ergometrina (Ergo trate); Metilergometrina (Methergin). 4.5.4 Relaxantes uterinos - utilizados para inibir o parto prematuro. Exemplos: Isoxuprina (lnibina); Piperidolato (Dactil OB). 4.6 MEDICAMENTOS QUE ATUAM NA NUTRIÇÃO 4.6.1 Sais minerais - para ser saudável, o organismo necessita de certa quantidade de sais minerais, que são encontrados nos alimentos. A falta ou o excesso desses componentes pode pausarsérios danos à saúde. A carência de sais minerais pode ser suprida com uma alimentação adequada ou por meio de medicamentos, normalmente em associação com vitaminas. Principais sais minerais para o organismo humano: Cálcio; Ferro; Iodo. 4.6.2 Estimulantes do apetite - utilizados para aumentar o apetite, indicados em casos de carência nutricional. Exemplo: Ciproeptadina (Periatin). 4.6.3 Vitaminas - as vitaminas estão presentes nos alimentos; por isso, uma refeição balanceada supre as necessidades diárias do organismo. Em algumas situações, porém, é necessário complementar a alimentação com vitaminas, em forma de comprimidos, xaropes ou injetáveis. As vitaminas dividem-se em hidrossolúveis e lipossolúveis. Hidrossolúveis: Vitamina B1 (Tiamina) - Fonte natural: fígado, ervilha, leite, legumes, gema de ovo e carne de porco. Ex: Benerva. Sódio; Potássio; Fósforo; 35 Vitamina B6 (Piridoxina) - Fonte natural: fígado, ervilha, leite, legumes, gema de óvo, carnes e peixe. Ex; Adermina. Vitamina C - Fonte natural: frutas cítricas, tomate, couve, agrião, caju e morango. Ex: Redoxon. Lipossolúveis: Vitamina A - Fonte natural: leite e derivados, fígado, gema de ovo, vegetais verdes, tomate, cenoura e batata-doce. Ex: Arovit. Vitamina E - Fontes naturais: todos os legumes, cereais, gema de ovo e manteiga. Ex: - Ephynal. Vitamina D - Fontes naturais: fígado e vísceras de peixe, gema de ovo e manteiga. Ex: Aderogil. Vitamina K - Fontes naturais: folhas e óleos vegetais. Ex: Kanakion. 4.7 MEDICAMENTOS ANTIALÉRGICOS 4.7.1 Anti-histamínicos - bloqueiam a ação da histamina. Exemplos: Carbinoxamina (Clistin); Dexclorfeniramina (Polaramine); Climastina (Agasten); Fexofenadina (Alegra) e loratadina (Claritin). 4.7.2 Corticoides Hormônios da suprarrenal, com propriedades antiinflamatórias, antialérgicas e anti-reumáticas potentes. Exemplos: Prednisona (Meticorten); Triancinolona (Oncilon); Dexametasona (Decadron); Metilprednisolona (Solumedrol). 36 4.8 MEDICAMENTOS QUE ATUAM NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL 4.8.1 Analgésicos - medicamentos utilizados para diminuir ou eliminar a dor, provocando também a queda da temperatura em pacientes febris. Os analgésicos dividem-se em narcóticos e não-narcóticos. Narcóticos - atuam nas dores profundas (cólicas renais, biliares e dores provocadas pelo câncer). Podem causar dependência e euforia. Exemplos: Morfina (Dimorf); Buprenorfina (Temgesic); Petidina (Dolantina). Não-narcóticos - suprimem a dor superficial (cefaleias, mialgias e artralgias). Exemplos: Ácido acetilsalicílico (AAS); Paracetamol (Tylenol, Dôrico); Dipirona (Novalgina, Magnopyrol). 4.8.2 Anti-inflamatórios - reduzem ou eliminam a inflamação. Exemplos: Diclofenaco (Voltaren); Indometacina (Indocid); Benzidamina (Benflogin); Alopurinol (Zyloric); Nimesulide (Nisulide). 4.8.3 Sedativos e hipnóticos - são depressores do SNC. Reduzem a agitação e o nervosismo e podem provocar o sono. Exemplos: Fenobarbital (Gardenal); Flurazepam (Dalmadorm); 37 Nitrazepam (Mogadon); Midazolam (Dormonid). 4.8.4 Psicotrópicos - substâncias capazes de atuar seletivamente sobre as células nervosas que regulam os processos psíquicos do homem. Interferem nos processos mentais, por exemplo, sedando, estimulando ou alterando o humor, o pensamento e o comportamento. Dividem-se em neurolépticos, ansiolíticos e antidepressivos. Neurolépticos ou antipsicóticos - os neurolépticos ou tranqüilizantes maiores exercem ação sobre a excitação e a agressividade, bem como sobre as atividades delirantes e alucinatórias. Exemplos: Haloperidol (Haldol); Clorpromazina (Amplictil); Flufenazina (Anatensol); Pimozida (Orap). Ansiolíticos - os ansiolíticos ou tranqüilizantes menores atuam na ansiedade e na tensão em pacientes com problemas neurológicos. Quando usados em pequenas doses, não chegam a provocar sono, apenas facilitam sua instalação. Exemplos: Clordiazepóxido (Psicosedin); Diazepam (Diempax); Bromazepam (Lexotan); Lorazepam (Lorax). Antidepressivos - os antidepressivos diminuem a depressão, porém, para ter efeitos positivos, devem ser usados por algumas semanas no mínimo. Exemplos: Tranilcipromina (Parnate); Imipramina (Tofranil); Antriptilina (Tryptanol). 38 4.9 MEDICAMENTOS QUE ATUAM NO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO Os medicamentos podem estimular ou inibir o sistema nervoso simpático e o parassimpático. 4.9.1 Adrenérgicos ou simpatomiméticos - ativam o sistema nervoso simpático, causando hipertensão, broncodilatação e diminuição da atividade do sistema digestório. Exemplos: Adrenalina (Adrenalina); Salbutamol (Aerolin). 4.9.2 Antiadrenérgicos e simpatolíticos - inibem a ação do sistema nervoso simpático, causando reações contrárias às dos adrenérgicos. Exemplos: Metildopa (Aldomet); Propranolol (Propranolol). 4.9.3 Colinérgicos ou parassimpatomiméticos - ativam a ação do sistema nervoso parassimpático, causando hipotensão, aumento da atividade gástrica, miose etc. Exemplos: Neostigmina (Prostigmine); Piridostigmina (Mestinon). 4.9.4 Anticolinérgicos ou parassimpatolíticos - inibem a ação do sistema nervoso parassimpático, tendo ação contrária à dos colinérgicos. Exemplo: Bilclisina (Postafen). 4.10 ANTIBIÓTICOS São medicamentos produzidos por organismos vivos ou de maneira sintética para atuar sobre infecções bacterianas. Os antibióticos devem ter seus esquemas posológicos seguidos corretamente, pois o erro no horário, dosagem ou duração do tratamento (número de dias em que deve ser utilizado) pode levar ao crescimento de microorganismos resistentes, ocasionando o retorno da infecção. Siga as orientações médicas e não suspenda o tratamento sem autorização. Classificam-se em bacteriostáticos (antibióticos que impedem a reprodução da bactéria) e 39 bactericidas (antibióticos que rompem a parede bacteriana). Os antibióticos também podem ser classificados da seguinte forma: 4.10.1 Penicilinas. Exemplos: Amoxacilina (Amoxil); Benzilpenicilina benzatina (Benzetacil); Oxacilina (Staficilin-N). 4.10.2 Cefalosporinas. Exemplos: Cefadroxila (Cefamox); Cefalexina (Keflex); Cefalotina (Mefoxin); Cefuroxima (Zinacef). 4.10.3 Lactâmicos. Exemplos: Aztreonam (Azactan); Imipenen (Tienan). 4.10.4 Anfenicois. Exemplo: Cloranfenicol (Quemicetina). 4.10.5 Polipeptídeos. Exemplos: Teicoplanina (Targocid); Vancomicina (Vancocina). 4.10.6 Macrolídeos. Exemplos: Azitromicina (Zitromax); Roxitromicina (Rulid). 40 4.10.7 Aminociclitóis. Exemplos: Amicacina (Novamin); Neomicina (Nebacetin). 4.11 ANTIFÚNGICOS. Utilizados no tratamento de micoses. Exemplos: Anfotericina B (Fungison); Cetoconazol (Nizoral); Tluocitosina (Ancotil); Nistatina (Micostatin). 4.12 ANTIRRETROVIRAIS. Utilizados no tratamento e profilaxia das viroses. Exemplos: Aciclovir (Zovirax); Didanosina (Videx); Ganciclovir (Ganciclovir). 4.13 ANTIPARASITÁRIOS São drogas que atuam sobre parasitas, provocando sua expulsão ou sua morte, sem lesar de forma grave o hospedeiro. As principais infestações causadas por parasitas e os respectivos medicamentos utilizados para combatê-Ias são: Teníase: tratada com Niclosamida (Atenase). Ascaridíase: tratada com Mebendazol (Pantelmin) e Embonato de pirantel (Ascarical). Ancilostomíase: tratada com Mebendazol (Pantelmin) e Embonato de pirantel (Ascarical). Enterobíase: tratada com Embonato de pirantel (Ascarical), Embonato de pirvínio (Pyr-pan), Mebendazol (Pantelmin) e Albendazol (Zolben). Estrongiloidíase: tratada com Tiabendazol (Thiaben) e Albendazol (Zolben). 41 Tricuríase: tratada com Mebendazol (Pantelmin). Esquistossomose: tratada com Praziquantel (Cisticid). Doença de Chagas: tratada com Benzonidazol (Rochagam). Leishmaniose: tratada com Antimoniato de Meglumina (Glucantime). Malária: tratada com Cloroquina (Cloroquina), Pimimetamina (Daraprim) entre outras. Giardíase: tratada com Furazolidona (Giarlan) e Metronidazol (Flagyl). 4.14 ANTINEOPLÁSICOS São medicamentos usados no tratamento do câncer. Os agentes antineoplásicos podem ser divididos nas seguintes classes: 1. Agentes alquilantes, que atuam alquilando os ácidos nucleicos e as proteínas das células cancerosas. Exemplos: Ciclofostamida (Genuxal); Clorambucila (Leukeran). 2. Antagonista do ácido fólico, que atua sobre a hiperproliferação celular. Inibe de maneira competitiva a atividade da enzima diidrofolato-redutase inibindo o ciclo celular. Exemplos: Metotrexato (Methotrexate); Citarabina (Aracytin). 3. Compostos de platina, que interferem na ação do DNA. Exemplos: Carboplatina (Carboplatina); Cisplatina (Cisplatina). 4. Antibióticos que se ligam ao DNA celular ou reagem com ele. Exemplos: Bleomicina (Blenoxane); 42 Doxorrubicina (Adriblastina). 5. Produtos vegetais, que agem como inibidores mitóticos. Exemplos: Vimblastina (Velban); Vincristina (Oncovin). 6. Hormônios e análogos, que exercem efeito citotóxico, complexando-se com receptores citoplasmáticos. Exemplo: Dexametasona (Decadron). 7. Agentes diversos, que possuem variadas formas de ação. Exemplos: Aspariginase (Elspar); Interferon alfa (Interferon). 4.14.1 Critérios a serem observados na preparação de antineoplásicos 1. Preparar o antineoplásico em capela de fluxo laminar, tendo cuidado para não contaminá-Io e também para não se contaminar. O contato constante com esses medicamentos pode ser prejudicial, já que todos eles são cancerígenos. 2. Observar rigorosamente as doses e os esquemas posológicos. Pequenas variações podem ser letais. 3. Usar material descartável e desprezar o material inutilizado em local apropriado. 4. Usar máscara, luvas e avental adequados para evitar contato direto do medicamento com a pele e a mucosa. 5. Observar atentamente os horários de administração para garantir o pico de ação do medicamento no horário correto. 6. Submeter o profissional periodicamente a uma avaliação médica, que deve incluir exames de sangue, prova de função hepática e renal. 43 5 CUIDADOS IMPORTANTES NA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM 5.1 ANALGÉSICOS Controlar a respiração do paciente, pois o uso contínuo de analgésicos estimula a ventilação pulmonar, podendo levar a uma alcalose respiratória. 5.2 HIPNÓTICOS Controlar rigorosamente pressão arterial, pulso e respiração, pois os hipnóticos podem deprimir o centro respiratório e o centro vasomotor. 5.3 ANTIBIÓTICOS Colher material para exames de laboratório, quando solicitados, antes de iniciar o tratamento. Controlar líquidos ingeridos e eliminados. 5.4 INSULINA Agitar o frasco, pois se trata de uma suspensão. Mudar o local de aplicação para evitar a lipodistrofia. Usar agulha 10 x 5. 5.5 PARA TODOS OS MEDICAMENTOS Observar reações alérgicas. Controlar pressão arterial, respiração e pulso, para prevenir choque anafilático. Em caso de intoxicação ou dúvida, suspender o medicamento. 6 INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS Ocorre interação medicamentosa quando dois ou mais medicamentos, ao entrarem em contato, desencadeiam algum tipo de reação. Segundo a OMS, cerca de 50% dos medicamentos receitados no Brasil são prescritos, dispensados ou aplicados inadequadamente. Nos orçamentos dos hospitais, 15 a 20% são gastos no 44 manejo das complicações por uso indevido de medicamentos. As interações classificam-se em físico-químicas e terapêuticas. 6.1 CLASSIFICAÇÃO DAS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS 6.1.1 Interações físico-químicas São as que ocorrem fora do organismo do paciente, ou seja, na seringa, no copo, no frasco de soro etc. Quando se diz que determinado medicamento deve ser dissolvido em solução de glicose (SG) e não em solução fisiológica (SF), isso significa que o medicamento tem uma interação físico-química com a SF, não podendo ser usado este solvente. Nesse caso, pode-se citar a anfotericina B, que só é solúvel em SG. Outro exemplo é a diferença de pH. Uma substância ácida não pode ser misturada a uma substância básica, pois dessa mistura resulta um sal, que é uma substância diferente das originais. Exemplos de substâncias ácidas: Vancomicina pH 2,4 a 4,5; Petidina pH 5; Protamina pH 3; Complexo B pH 4,5. Exemplos de substâncias básicas: Aminofilina pH 7 a 9,5; Furosemida pH 9; Fenobarbital sódico pH 9,5. 6.1.2 Interações terapêuticas São as que ocorrem no organismo do paciente após a administração do medicamento. 45 6.2 RESULTADOS DE POSSÍVEIS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS Os sintomas mais comuns de interações medicamentosas no geral são: hepatoxicidade, confusão mental, depressão do SNC, rabdomiólise, arritmia cardíaca, distúrbio, eletrolítico, insuficiência, renal, hiper/hipotensão arterial, hipoglicemia. 6.2.1 Diminuição da absorção Formas complexas insolúveis: Tetracilina com Ca / Al / Mg; Ferro com tricilicato de magnésio. Mudança de pH: Alcalino diminui absorção de ferro/aspirina. Drogas que retardam o esvaziamento gástrico: Atropina; Antiparkinsonianos; Antidepressivos tricíclicos. Interação com alimentos Xenical; Acarbose. 6.2.2 Aumento da absorção Facilitado pela presença de gordura: Saquinavir; Vitaminas lipossolúveis. Mudança de pH: 46 Acidez aumenta absorção de ferro/aspirina. Drogas que aceleram o esvaziamento gástrico: Pró-cinéticos. Organismo favorece absorção: Sais biliares (absorção de gorduras); Calbindinas (transporte cálcio); Fator intrínseco (vitamina B12). 6.2.3 Alterações na ação dos medicamentos Por exemplo, dietas com baixa concentração de sódio podem causar reabsorção de lítio, substância que pode atingir níveis tóxicos. É fundamental não oferecer alimentos ao paciente sem a autorização do médico ou do nutricionista. A importância do profissional de enfermagem na interação medicamentosa está no seu contato com o paciente. É ele quem prepara, administra o medicamento e acompanha o paciente, observando possíveis reações adversas ao medicamento. 7 FÁRMACOS EM PEDIATRIA A prescrição de fármacos para crianças difere da prescrição para adultos, obedecendo a uma classificação que leva em conta a faixa etária e o peso ou a superfície corporal. A resposta final aos medicamentos varia de caso para caso. Os primeiros 28 dias de vida, que correspondem ao período neonatal, são os que oferecem maior perigo. Por isso, as dosagens devem ser calculadas com muito cuidado. Nesse período, a toxicidadede medicamentos pode estar bastante aumentada, em razão da excreção diminuída e à filtração glomerular deficiente. Não se deve adicionar qualquer medicamento ao leite ou outro líquido nutritivo, pois existe o risco de interação e de a criança passar a recusar o alimento. 47 7.1 DOSAGENS PARA CRIANÇAS As dosagens dos fármacos para crianças são classificadas dentro dos seguintes grupos: Até 28 dias: recém-nascido; Até o primeiro ano: lactente; De 1 a 5 anos: pré-escolar; De 6 a 11 anos - escolar; De 12 a 16 anos - adolescente. As doses referem-se às idades médias de cada grupo. Por exemplo, dentro da classificação lactente, podemos ter crianças de 28 dias a 12 meses, portanto a medida seriam 6 meses. Entretanto, as medidas podem variar proporcionalmente em direção às idades mínimas ou máximas, dentro do mesmo grupo. O cálculo da dose é feito com base no peso ou na superfície corporal. As seguintes fórmulas permitem o cálculo aproximado da dose, utilizando o peso da criança ou sua superfície corporal. Dose da criança = peso da criança x dose do adulto ou 70 Dose da criança = superfície corporal da criança x dose do adulto 1,8 7.2 ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA ENDOVENOSA COM VELOCIDADE DE INFUSÃO DO TIPO DEFINIDA OU ESPECÍFICA. Para administração de medicamentos pela via endovenosa, com velocidade de infusão definida ou específica, recomenda-se o uso de bomba de infusão e, no caso de pediatria e neonatologia, preferencialmente as bombas que possibilitam infusão de volumes decimais. Para tanto, recomenda-se verificar a velocidade de infusão indicada para cada tipo de medicação, bem como a diluição sugerida. Exemplos de cálculos utilizados: 48 Cefalotina (Keflin) 25 mg/kg, dose a cada 12 horas. Administrar EV lentamente, por 30 minutos, com bomba de infusão, após diluição com soro glicosado a 5%; Dopamina (Revivan) 10 ml = 50 mg, dose 0,5 a 20 mg/kg/min. Administrar EV em infusão contínua, em bomba de infusão, após diluição com soro glicosado a 5%; Bicarbonato de sódio 10 ml a 10% (1,2 mg/ml), dose 2 mg/kg. Administrar EV lentamente (de 20 a 30 minutos), 1 mg/kg/min, com bomba de infusão, após diluição com água destilada na proporção 1:1. 8 MISTURAS E SOLUÇÕES Misturas são produtos formados por duas ou mais substâncias. Temos dois tipos de misturas: homogêneas (solução) e heterogêneas. 8.1 CLASSIFICAÇÃO DAS MISTURAS 8.1.1 Misturas homogêneas São compostas de duas ou mais substâncias, perfeitamente misturadas e por igual. Apresentam a mesma aparência, isto é, não há superfície de separação visível entre seus componentes. As misturas homogêneas são chamadas de soluções. Exemplos: Solução de glicose a 5%; Solução de água boricada a 3%. Em uma solução, sempre temos dois componentes: Soluto: substância a ser dissolvida; Solvente: substância na qual o soluto será dissolvido. A água é o solvente mais comum, sendo chamada de solvente universal. 49 8.1.2 Misturas heterogêneas São compostas de duas ou mais substâncias, grosseiramente misturadas. Têm aparências diferentes em diversos pontos da mistura. Exemplos: Benzilpenicilina benzatina (Benzetacil); Amoxacilina (Amoxil Suspensão). 8.2 CLASSIFICAÇÃO DAS SOLUÇÕES A resistência de uma solução ou sua osmolaridade é a relação entre o número de mols (moléculas) de soluto e o volume da solução. Em relação ao plasma sanguíneo e a outros líquidos orgânicos, uma solução pode ser classificada como isotônica, hipertônica ou hipotônica. 8.2.1 Solução isotônica - com os líquidos orgânicos é a solução que, colocada no lado externo das células, tem exatamente a mesma pressão osmótica do líquido intracelular e, portanto, mantém os gradientes de concentração inalterados. Como exemplo de soluções isotônicas pode citar: Soro glicosado a 5% - contém 5 gramas de glicose para cada 100 mililitros (ml) de solução; Soro fisiológico a 0,9% - contém 0,9 gramas de cloreto de sódio em 100 mililitros (ml) de solução; Soro glicofisiológico - contém glicose a 5% e cloreto de sódio a 0,9%. 8.2.2 Solução hipertônica - é a solução cuja concentração é maior que a do nosso plasma, produzindo osmose de dentro para fora da célula. Como exemplo de solução hipertônica pode citar: Glicose a 10,25 e 50%, ou seja, 10,25 e 50 gramas de glicose para cada 100 mililitros (ml) de solução. 8.2.3 Solução hipotônica - é a solução cuja concentração é menor que a do nosso plasma, produzindo osmose de fora para dentro da célula. Como exemplo de solução hipotônica pode citar: 50 "Soro ao meio" - soro em que a concentração de glicose e de cloreto de sódio é a metade da solução isotônica, ou seja, glicose a 2,5% e cloreto de sódio a 0,45%. Em outras palavras, as células mantidas em solução isotônica manterão seus volumes constantes, enquanto as células colocadas em solução hipertônica desidratarão e as colocadas em solução hipotônica poderão se romper (plasmólise). Definindo melhor Solução isotônica: solução de concentração molecular igual à do plasma sanguíneo. Quando administrada, não provoca intumescimento nem contração das células dos tecidos. Solução hipertônica (hiper = maior): solução com concentração molecular superior à do plasma. Quando administrada, provoca a saída de líquidos de dentro da célula, reduzindo seu volume, ocasionando concentração e desidratação celular. Solução hipotônica (hipo = menor): solução com concentração molecular inferior à do plasma. Quando administrada, provoca a entrada de líquido na célula, aumentando seu volume (edema) e favorecendo seu rompimento (lise). 9 CÁLCULO DE INFUSÕES MEDICAMENTOSAS CONTÍNUAS Nos dias atuais, a tecnologia coloca no mercado novos materiais que ajudam no cuidado do cliente. As Bombas de Infusão são bons exemplos. Figura 25: Modelos de Bomba de Infusão 51 Estes equipamentos estão programados a realizar infusões precisas dos medicamentos a serem administrados, contudo há de se informar a dose, o tempo, a vazão que irá correr a infusão para que a máquina realize os cálculos. Para se manusear este pequeno computador que tem a função de levar líquido de forma contínua, com a dosagem certa e com menos risco de embolias gasosa ao paciente, o técnico de enfermagem deve saber algumas considerações: 9.1 CÁLCULO DAS MEDIÇÕES PRESCRITAS EM MCG/KG/MIN Considere que 1 mg = 1.000 mcg Para obter a dose: Exemplo de prescrição: dopamina que foi preparada em 25 ml de glicose a 5% (384mcg /ml) para correr a 1ml/h. O peso do recém-nascido é de 800 gramas. 384 x 1 / 60 = 8mcg/Kg/min é a dose recebida. 0,8 Para obter a infusão: Peso (Kg) x Dose (mcg/Kg/min) = ml/h Concentração (mcg /ml) Peso (Kg) Na prescrição acima, considerando a dose de 8 mcg/Kg/min, qual será a velocidade de infusão a ser administrada? Aplicar a fórmula: 0,8 x 8 x 60 = 1ml/h é a velocidade de infusão necessária 384 Para obter a concentração: Peso (Kg) x Dose (mcg/Kg/min x 60) = mcg /ml Velocidade de infusão Na mesma prescrição acima, dopamina dose de 8 mcg/Kg/min e velocidade de 1ml/h. Qual a concentração desta solução que foi preparada em 25ml de solução glicosada a 5%? Concentração x Velocidade de infusão (mcg /ml)ml/h / 60 = mcg/Kg/min Peso (Kg) 52 Aplicar a fórmula: 0,8 x 8 x 60 = 384mcg /ml é a concentração da solução. 1 Para encontrar a quantidade da medicação a ser adicionada na seringa, observemos o exemplo anterior, no qual foi preparada a solução de dopamina na concentração de 384mcg /ml, em 25ml de solução glicosada a 5% (384 x 25 = 9.600), necessitaríamos adicionar 9.650 mcg de dopamina para preparar 25mL da solução da dopamina. O frasco da dopamina possui uma concentração de 40mg /ml, a quantidade de dopamina a ser adicionada na solução glicosada é de 0,24 ml de dopamina, com uma concentração na seringa correspondente a 384mcg /ml. Como o frasco de dopamina vem em mg, devemos transformar em mcg: para isso, multiplicamos por 40 por 1.000 = 40.000mcg. Aplicando a regra de três: 40.000.................................1mL 9.600....................................x x = 9.600 x 1 = 0,24 ml de dopamina a ser adicionada à seringa de 25ml de glicose 40.000 9.2 CÁLCULO DAS MEDIÇÕES PRESCRITAS EM MG/KG/H Poderão ser utilizadas as mesmas anteriores, com exceção da que utiliza a constante 60. Prescrição 1: Prescoline para correr a 0,75ml/h. A seringa preparada tem uma concentração de 183 mcg em 25ml de glicose a 5%. Qual a dose que deverá receber um recém-nascido de 3.660 gramas? Encontrar a concentração da solução: 185mcg = 7,32mg /ml 25 Aplicar a fórmula para encontrar a dose: 7,32 x 0,75 = 1,5 mg/Kg/h é a dose que o paciente receberá por hora. 3.660 Prescrição 2: Fentanil preparado em 25ml de solução glicosada a 5% (1,8mcg /ml). O recém-nascido pesa 800 gramas. Se quisermos que ele receba 1,0mcg/Kg/h, qual a velocidade da infusão a ser administrada? Aplicar a fórmula para encontrar a velocidade: 53 0,8 x 1,0 mcg/Kg/h = 44 ml/h 1,8 mcg /ml Prescrição 3: Fentanil, infusão contínua 1,0 mcg/Kg/h e velocidade 0,5ml/h. O recém-nascido pesa 800 gramas. Qual a concentração dessa solução que foi preparada em 25ml de solução glicosada a 5%? Aplicar a fórmula para encontrar a concentração: 0,8 x 1,0 = 1,6 mcg /ml é a concentração da solução. 0,5 Exercícios: 1. Recém-nascido de 1.500g. Prostin (Prostaglandina E), apresentação 1ml = 500mg. Dose 0,1mg/Kg/min. Diluir em 15 ml de solução glicosada a 5%, EV infusão contínua. 2. Recém-nascido de 2.200 g. Isuprel (Isoproterenol). Dose 0,2 mg/Kg/min. EV infusão contínua em 10 ml de solução fisiológica. 3. Recém-nascido de 1.400 g Bicarbonato de sódio 10 ml a 10% (1,2 mg /ml). Dose 2 mg/kg Diluir em 10 ml de água destilada, na proporção 1:1. EV lentamente (em 30 minutos), 1 mg/kg/min 9.3 EXPRESSÕES INDICATIVAS DAS DROGAS EM SOLUÇÃO A quantidade de soluto contida em uma solução pode ser indicada diretamente ou vir expressa em porcentagem ou em proporção. Exemplo 1 - Quantidade claramente definida: Cloranfenicol suspensão 250 mg/5 ml (Quemicetina) A expressão significa que em cada 5 ml dessa suspensão há 250 mg de cloranfenicol. Exemplo 2 - Indicação em porcentagem: Cloreto de potássio a 19,1% em ampola de 10 ml. 54 Quando nos referimos a uma solução a 19,1%, queremos dizer que, para cada 100 ml da solução, há 19,1 g de soluto. Sabemos que, em cada 100 ml dessa solução, há 19,1 g de cloreto de potássio. Para obtermos a quantidade de soluto contida na ampola de 10 ml, fazemos uma regra de três. O valor encontrado para x corresponde ao que procuramos: 19,1 g................................100 ml x....................................... 10 ml X= 1,91 g Portanto, na ampola de 10 ml há 1,91 g de cloreto de potássio. 10 CÁLCULO DE DOSAGENS NO PREPARO DE MEDICAMENTOS 10.1 CONCENTRAÇÕES EXPRESSAS EM PORCENTAGEM Quantidades expressas em porcentagem normalmente significam gramas por 100 ml. Por exemplo: Eritromicina a 2% - significa que, a cada 100 ml de solução, temos 2g de eritromicina. 11 TRANSFORMAÇÕES DE SOLUÇÕES 11.1 MÉTODO A A prescrição médica solicita 500ml de SG a 15%. Encontram-se disponíveis 500ml de SG a 5% e ampolas de glicose a 50% (20ml/ampola). Como proceder? 1° passo – Calcular quantos gramas de glicose há no frasco de 500ml de SG a 5%: 100ml 5g 100ml 5g 500ml X 500ml X X = 5 x 500 X = 25 g 100 Cada frasco de 500 ml de SG a 5% contém 25 g de glicose. 55 2º passo - Calcular quantos gramas de glicose deverá conter o frasco de 500 ml de SG a 15% (prescrição médica). X = 75 g Cada frasco de 500 ml de SG a 15% deverá conter 75 g de glicose. 3º passo - Calcular a diferença entre a quantidade de glicose do frasco de SG a 15% e a do frasco de SG a 5% (ou seja, a diferença entre o necessário e o disponível). Precisamos acrescentar 50 g de glicose no frasco de SG a 5% para transformá-Io em 15%. 4º passo - Calcular quantos ml de glicose a 50% são necessários para acrescentar 50 g de glicose. 100 ml 50 g X 50 g x = 50 x 100 = 100 x = 100 ml 50 Observação: Pelo cálculo, devemos colocar 100 ml de glicose a 50% em um frasco de 500 ml de SG a 5%. Mas essa operação não é possível, já que, ao acrescentarmos 100 ml de glicose a 50%, estaríamos alterando significativamente o volume final do frasco da prescrição, que passaria de 500 ml para 600 ml. Além disso, o frasco inicial não comporta 600 ml. Assim sendo, temos que desprezar 100 ml do frasco original e acrescentar a quantidade de glicose contida nesse volume que foi desprezado. 100 ml 15 g 500 ml X X = 15 x 500 = 75 100 75 - 25 = 50 g 56 5º passo - Calcular a quantidade de glicose desprezada em 100 mI de SG a 5%. 100 mI 5 g X = 5 x 100 = 5 X = 5g 100 mI X 100 Perdemos 5 g de glicose com a retirada dos 100 mI. 6º passo - Calcular quantos ml de glicose a 50% é necessário para acrescentar 5 g de glicose. 100 mI 50 g X = 5 x 100 = 10 X = 10 mI X 5 g 50 Devem ser acrescentados 110 mI de glicose a 50% no frasco de 400 mI de SG a 5%: 400 ml de SG a 5% = 20 g de glicose 110 mI de SG a 5% = 55 g de glicose Volume total = 400 + 110 = 510 mI Glicose total = 20 + 55 = 75 g Teremos, assim, 510 ml de SG a 15% e somente 10 ml a mais no volume. 11.2 MÉTODO SIMPLIFICADO Método elaborado para cálculo de transformações de soluções em diferentes porcentagens. O método baseia-se na seguinte fórmula: x = (PM em%) - (SG em %) ou (AD em %) = x Volume total da PM (AGH em %) - (SG em %) ou (AD em %) O resultado da aplicação da fórmula será o da quantidade em mililitros das ampolas de solução hipertônica - AGH. Para resolver a fórmula acima, substitua os valores, todos em porcentagem, da seguinte maneira: PM = prescrição médica em %; 57 SG = soro glicosado ou água destilada em % (não se esqueça de que a porcentagem de AD é sempre 0%); AGH = ampolas da solução hipertônica que você vai usar em %; Volume total da solução prescrita. A resposta obtidaserá em mililitros para a quantidade de solução de glicose ou outra solução hipertônica utilizada. Para saber quanto vai usar da solução comum, basta subtrair do volume total da PM os mililitros da solução hipertônica a ser empregada. Exemplo de uma prescrição médica em que se aplica o método simplificado de transformações de soluções em diferentes porcentagens A prescrição médica é de 500 ml de SG a 15%, correr em 8 horas. Tenho na unidade SG a 5% e ampolas de glicose, de 20 ml, a 50%. Quantos ml vou usar do SG a 5% e das ampolas de glicose a 50%? Aplique a fórmula: x ml = PM 15% - SG 5% = 10 AG 50% - SG 5% 45 Em seguida divida 10 por 45 = 0,22. O valor obtido multiplica-se pelo volume total da prescrição médica. Ou seja: 500 ml x 0,22 = 110 ml R = 110 ml das ampolas de glicose hipertônica e 390 ml do SG a 5%. Cálculo = 500 ml (total do soro a 5%) - 110 ml de glicose hipertônica a 50% = 390. 11.3 TRANSFORMAÇÃO DE SG E SF EM SGF O soro glicofisiológico é uma solução que contém glicose a 5% e cloreto de sódio a 0,9%. Portanto, para obtermos SGF, partindo de SG a 5%, devemos acrescentar cloreto de sódio hipertônico; se partirmos de SF, devemos acrescentar glicose hipertônica, já que o soro ao meio (que se faz reunindo partes iguais de glicose e SF a 0,9%) é uma solução que contém glicose a 25% e cloreto de sódio a 0,45%. São, portanto, soluções diferentes. 58 Exemplo: A prescrição é de 500 ml de SGF. 1º passo - Saber quanto temos de cloreto de sódio em 500 ml de SGF. Na SGF, temos glicose a 5% e NaCl a 0,9%, então em 500 ml temos: GIicose: 5 g..................................100 ml X = 25 g de glicose x...................................500 ml NaCI: 0,9 g...............................100 ml X = 4,5 g de cloreto de sódio X......................................500 ml 2º passo - Para a preparação de SGF, podemos partir de SG a 5% e acrescentar 4,5 g de cloreto de sódio, ou de SF a 0,9% e acrescentar 25 g de glicose. Partindo de 500 ml de SG a 5% e supondo que em nosso estoque dispomos de ampolas de cloreto de sódio a 30%, temos: CIoreto de sódio a 30% 30..........................................100 ml X= 6g X.............................................20 ml Como temos 6 g por ampola e só precisamos de 4,5 g, então: 6 g..........................................20 ml X = 15 ml 4,5 g......................................X Conclusão: Para obter SGF, devemos acrescentar 15 ml de cloreto de sódio a 30% ao frasco de SG a 5%. 11.4 PASSOS PARA O CÁLCULO DE CONCENTRAÇÕES Preparar 1.000 ml de solução de KMnO4 (permanganato de potássio) a 1:40.000 com comprimidos de 100 mg. Sabemos que se a solução é a 1:40.000, temos 1 g (1.000 mg) de permanganato de potássio em 40.000 ml (40 l) de água. Então: 59 1º passo: calcular quantos mg de permanganato de potássio temos em 100 ml da solução pretendida: 1.000 mg ……….40.000 ml X = 25 mg X …………….. 1.000 ml 2º passo: calcular quanto do comprimido corresponde a 25 mg: 1 comprimido......................................100 mg X..........................................................25 mg X = 1 x 25 = 0,25 100 0,25 = 25 = (simplificando) ¼ de comprimido 100 3º passo: como é difícil cortar o comprimido em quatro partes iguais, devemos preparar a solução na dosagem correta, diluir em um volume definido, por exemplo, em 10 ml de água: 100 mg………………………………….10 ml 25 mg……………………………………x x = 25 x 10 = 250 = 2,5 ml Para preparar a solução de KMn04, colocar 2,5 ml da solução concentrada em 1.000 ml ou 1 litro de água. Conclusão: Para preparar a solução pretendida, devemos utilizar 1/4 de comprimido, que corresponde a 2,5 ml, de acordo com a diluição proposta. 60 12 DILUIÇÃO DE MEDICAMENTOS Orientações gerais: 1. Trabalhe sempre com regra de três simples, tendo o cuidado de colocar: ml abaixo de ml; g ou mg abaixo de g ou mg. 2. Nunca trabalhe com unidades diferentes de peso ou de medida, como, por exemplo, grama (g) e miligrama (mg), mililitro (ml) e litro (L). Sempre que necessário, transforme os valores numa mesma unidade. 3. Procure sempre transformar grama em miligrama, por ser uma operação mais fácil. Para fazer essa transformação, multiplique a quantidade em gramas por 1.000, obtendo assim miligramas. 4. Procure sempre transformar, pela mesma razão acima, litro em mililitro, multiplicando a quantidade em litros por 1.000 para obter mililitros. 5. Se o medicamento já estiver diluído, basta montar a regra de três. 6. Se o medicamento não estiver diluído, procure sempre utilizar a proporção adequada, de acordo com a via de administração pretendida. Exemplos: Diluir 1 g = 1.000 mg em 5 ml para aplicação intramuscular (IM) ou em 10 ml para aplicação endovenosa (EV); Diluir 0,5 g = 500 mg em 2,5 ml ou em 5 ml para IM; Diluir 0,25 g = 250 mg em 5 mI ou em 2,5 mI. 7. Procure não esquecer: há medicamentos que têm volume significativo de pó. Um exemplo é a penicilina cristalina, cujo frasco de 5.000.000 de UI tem 2 mI de volume de pó; portanto, ao acrescentarmos solvente, devemos considerar esse volume em frasco-ampola. 8. Se o medicamento já estiver em frasco-ampola ou em ampola e, ao fazer o cálculo da dose o volume obtido for muito pequeno, devemos fazer uma 61 diluição proporcional. Exemplo: Gentamicina 10 mg. Temos ampola de gentamicina 40 mg, 1 ml. Diluição: Para administrar a dose prescrita, temos que utilizar 0,25 mI. Considerando a dificuldade de obter esse volume, com precisão, em seringas acima de 1 mI, e de aproveitar as três doses restantes na ampola, devemos rediluir o volume da ampola para 4 mI, obtendo 40 mg de gentamicina em 4 mI. 40 mg......................................4 mI (1 mI da ampola + 3 ml de água destilada) 10 mg.........................................X X = 1mI Assim, para atender à prescrição, utilizamos 1 mI. 12.1 EXERCÍCIOS RESOLVIDOS 1. A prescrição médica solicita dexametasona 2 mg EV. Temos frasco-ampola (FA), já diluído, contendo 4 mg/mI. Como devemos proceder? 1ml……………………………………4 mg X = 0,5 ml X……………………………………….2 mg Em 0,5 ml da solução diluída, encontramos 2 mg de dexametasona. 2. A prescrição médica solicita ampicilina 125 mg EV.O FA é de 1g. Como devemos proceder? 1º passo - Transformar g em mg: 1 g = 1.000 mg, portanto, o frasco tem 1.000 mg. 2º passo - Diluir os 1.000 mg de ampicilina em 10 ml de água destilada. 3º passo - Montar a regra de três, como já foi explicado: 1.000 mg……………………………10 ml 125 mg………………………………x ml X = 1,25 ml Em 1,25 ml da solução diluída, encontramos 125 mg de ampicilina. 62 3. A prescrição solicita penicilina cristalina 1.000.000 UI EV. Temos Frasco- ampola de 5.000.000 UI. Como devemos proceder? Obs: Não esquecer que o pó contido no frasco-ampola acrescenta um volume de 2 ml. 5.000.000 UI....................................10 ml (2 ml de pó + 8 ml de água) 1.000.000 UI....................................x ml X = 2ml Em 2 ml da solução diluída, encontramos 1.000.000 UI de penicilina cristalina. 4. A prescrição é de heparina 1.000 UI. Temos Frasco-ampola de 5 ml em 5.000 UI /ml, portanto, 25.000 UI no frasco inteiro. Comodevemos proceder? R: Como a quantidade é pequena, devemos rediluir 1 ml de heparina em 4 ml de água destilada, obtendo um volume final de 5 ml. Temos, então: 5.000 UI...........................................5 ml (1 ml de heparina +4 ml de água) 1.000 UI……………………………...X ml X = 1.000 x 5 = X = 1 ml 5.000 Se a prescrição fosse ainda menor, como, por exemplo, 100 UI, deveríamos rediluir o medicamento já rediluído, ou seja, a partir de 1 ml da heparina rediluída (1.000 UI /ml), faríamos a seguinte rediluição: 1.000.UI............................... 10 ml (1m l de heparina + 9m l de AD) 100 UI................................... X X = 1 ml, que contém 100 UI de heparina. 5. A prescrição é de gentamicina 7 mg EV. Tenho ampola de 80 mg/2 ml. Quantos ml devem aplicar? 80 mg...............................................8 ml (ampola de 2 ml + 6 ml de água) 63 7 mg.................................................x ml X = 0,7 ml 6. A prescrição é de dipirona 100 mg VO. Temos dipirona comprimido 500 mg. Como devemos proceder? Precisamos diluir o comprimido em 5 ml de água. 500 mg……………………………….5 ml 100 mg……………………………….X ml X = 1ml 7. A prescrição é de levomepromazina (Neozine) 2 mg VO. Temos frasco de 20 ml a 4%. O conta-gotas, que é específico para esse medicamento, tem a correspondência de 40 gotas para cada ml. Quantas gotas vão ser aplicadas? 4% = 4 g em.......................100 ml = 4.000 mg em.............100 ml = 400 mg em................10 ml = 40 mg em..................1 ml 40 mg = 1 ml = 40 gotas Portanto, em 1 ml encontramos 40 mg, que correspondem a 40 gotas. Então, 1 gota = 1 mg. Se a prescrição é de 2 mg, temos: 1 gota...............................................1 mg X.......................................................2mg X = 2 gotas 8. A prescrição é de aminofilina 150 mg EV. Temos ampolas de 10 ml de aminofilina a 2,4%. Como devemos proceder? 2,4% = 2,4 g em........................100 ml = 2.400 mg em..........................100 mI = 240 mg em.............................10 mI 64 240 mg......................................10 mI 150 mg........................................x mI X = 6,25 mI Devemos usar 6,25 mI de aminofilina a 2,4%, que correspondem a 150 mg de aminofilina. 9. A prescrição é de insulina regular 30 UI SC. Temos frasco de 100 UI/mI e seringa de 80 VI/mI. F (frasco)...........................................S (seringa) P (prescrição)....................................X 100 UI................................................80 UI 30 UI...................................................X x = 24 UI Uma sugestão para você memorizar a fórmula: Fui (F) --------------Salvo (S) Pela (P) ------------Cruz (x) Observação: Se for preciso usar seringa comum, com graduação em ml, ao montar a regra considere que o frasco tem 100 UI /ml, portanto, use somente 1 ml. 10. A prescrição solicita adrenalina se 0,25 mI. Vamos usar uma seringa graduada em 100 UI/mI. Quantas UI vamos aplicar? 1mI......................................................100 UI 0,25 mI.................................................x X = 25 UI Vamos aplicar 25 UI. 65 Observação: Ao resolver os exercícios, procure não se preocupar com o volume do frasco, mas com a quantidade que temos em 1 mililitro (1 ml). 12.2 DILUIÇÃO DE MEDICAMENTOS USADOS EM NEONATOLOGIA E PEDIATRIA Exemplos de diluição 1. Adrenalina: ampola de 1ml (1:1.000) Ampola + 9 ml de AD = 10 ml = 1:1.000 0,1 a 0,3 mg/kg/dose 2. Bicarbonato de sódio (NaHC03): ampola de 10ml a 10% (1,2 mg/ml) 5 ml + 15 ml de AD = 20 ml a 2,5% 8,3 + 11,7 ml de AD = 20 ml a 4,2% 3. Amicacina (Novamin): frasco-ampola de 2 ml/100mg Frasco-ampola + 3 ml de AD = 20 mg/ml Frasco-ampola + 8 ml de AD = 10 mg/ml Velocidade de 5 ml/h 4. Anfotericina B (Fungizon): frasco-ampola de 50 mg Frasco-ampola + 10 ml AD = 5 mg/ml 1 ml (5 mg) + 9 ml AD = 0,5 mg/ml 0,1 mg /ml em SG a 5% 5. Ampicilina: frasco-ampola de 0,5 g (500 mg) ou 1 g (1.000 mg) Frasco-ampola de 500 mg + 4,5 ml AD = 100 mg /ml (pó vale 0,5 ml) Frasco-ampola de 1.000mg + 9 ml AD = 100 mg /ml (pó vale 1 ml) 6. Carbenicilina dissódica: frasco-ampola de 1 g (1.000 mg) 66 Frasco-ampola + 9,5 ml de AD = 100 mg /ml (pó vale 0,5 ml) 7. Clindamicina (Dalacin C): ampola de 600 mg/4 ml 1 ml (150 mg) + 14 ml de AD = 10 mg /ml 8. Cefoxitina: frasco-ampola de 1.000 mg Frasco-ampola + 9,5 ml de AD = 100 mg /ml (pó vale 0,5 ml) 9. Ceftazidima (Fortaz): frasco-ampola de 1.000 mg Frasco-ampola + 9,5 ml de AD = 100 mg /ml (pó vale 0,5 mI) 10. Cloranfenicol (Quemicetina): frasco-ampola de 1.000 mg; 500 mg;250 mg Frasco-ampola de 250 mg + 10 ml de AD = 25 mg /ml 2 mI (50 mg) + 3 mI AD = 10 mg /ml 11. Imipenem + cilastatina sódica (Tienam): frasco-ampola de 500 mg Frasco-ampola diluído em 100 mI de SG a 5% ou SF = 5 mg /ml 12. Metronidazol (Flagyl): frasco-ampola a 0,5% Frasco-ampola de 100 mI EV = 5 ml/minuto 13. Benzilpeniciplina G potássica (penicilina cristalina): frasco-ampola com 5.000.000 UI Frasco-ampola (5.000.000 UI) + 8 mI AD = 500.000 UI/mI 1 ml (500.000 UI) + 4 mI AD = 100.000 UI/mI (pó vale 2 mI) 14. Sulfametoxazol + trimetroprin (Bactrin): ampola de 5 mI 1 mI + 25 mI SG a 5% ou 10% 15. Vancomicina (Vancocina): frasco-ampola de 500 mg Frasco-ampola + 10 mI AD = 50 mg /ml 16. Atropina: ampola de 1 mI com 0,25 g 67 Utilizar sem diluir (se necessário, usar seringa de insulina) 17. Dobutamina (Dobutrex): ampola de 20 ml com 250 mg (12,5 mg /ml) 4 mI (50 mg) + 6 mI de AD = 5 mg /ml 18. Cloridrato de isoproterenol: ampola de 1 ml (1:5.000) = 1 g (1.000 mg)……………………5.000 ml = 100 mg………………………………500 ml = 10 mg………………………………..50 mI = 1 mg (1.000 mvg).........................5 mI = 200 mcg.......................................1mI ampola 1 mI + 9 mI de AD = 20 mcg /ml 19. Deslanósido (Cedilanide): ampola de 2 mI com 0,4 mg 0,5 mI (0,1 mg) + 9,5 de AD = 0,01 mg /ml 20. Fenitoína (Hidantal): ampola de 5 ml/250 mg 1 mI (50 mg) + 4 mI de AD = 10 mg /ml 21. Penicilina G procaína (Despacilina) Frasco-ampola de 400.000 UI Frasco-ampola + 4 mI de AD = 100.000 UI /ml 22. Fenobarbital (Gardenal): ampola de 1 ml com 200 mg 0,5 ml (100 mg) + 9,5 ml = 10 mg /ml 23. Fentanila (Fentanil): frasco-ampola de 10 ml com 0,05 mg /ml 1 ml (50 mcg) + 5 ml de AD = 10 mcg /ml 68 24. lidocaína (sem adrenalina): frasco-ampola de 20 ml a 0,5% ou 1% ou 2% = 500 mg......................................100 ml = 50 mg........................................10 ml = 5 mg..........................................1 ml 25. Petidina (Dolantina): ampola de 2 ml com 100mg 1 ml (50 mg) + 4 ml de AD = 10 mg /ml 1 ml (10 mg) + 9 ml de AD = 1 mg /ml 26. Aminofilina gotas: frasco-ampola com 12 mg/gota Se necessário, diluir 2 gotas (24 mg) + 6 ml AD = 4 mg /ml 27. Digoxina solução oral: frasco de 60 ml com 0,05 mg /ml 1 ml = 40 gotas 28. Dipirona sódica (Novalgina) Solução oral = 50 mg /ml Gotas = 500 mg /ml = 1 ml = 20 gotas 1 gota = 25 mg 29. Acetilcisteína (Fluimicil): ampola de 3 ml a 10% (100 mg /ml) Ampola de 2 ml a 20% (200 mg /ml) 30. Albumina humana: frasco-ampola de 50 ml a 20% Diluir para AD a 5% 5 ml+ 15 ml de AD = 10 ml a 5% 31. Aminofilina: ampola de 10 ml
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