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Construção de Habitações Lacustres

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Prévia do material em texto

.-~.
, 1) ,A.MADEIRAcomo·Mat~ria{ de'Construção
• ,.' ,., ;' • , _ •• _1 : ~ _ .'.r' .
·.'~fVANTGENS ',' .,' .
. b)DESVANT AGEN:S .<•• ..' \
- f.·: .__ ", ,'0' . . ',~,." .:'..
2) ~ateria ~rima = ARVORE.'''''
r: .'._1:~'.' •••..• - ..
....•...
.. .
, "al' ÇllliisifÍ6~ç'ãp dos Vegetais .
,,_~·r"'10r~ArvoresMadeireiras- CONIFERA8 - FRONDOSAS,
.. ç) '~i~i9~,iadas,j\rvi)iês - Plano Lenhoso
,"d) Eíxos'Estruturais
~) Composiçào Química , .
../
'.JJ. Exploração Irldustrial das Madeiras
. ". ~. . . .
:...A- EXTRAÇÃq
. a) ·.PrQspecção -Cübagem(Quant. )/Qualidade (Identif.)
b) Derrubada ,
cl Transporte
.B- APLICAÇÓES INDUSTRIAIS
.a} Madeiras Desdobradas' ,
b} Madeiras Transformadas'
c- CONSERVAÇÃO DAS MADE~S -
_.,... , . ~'~ ~,,'-
~} Deficiencias-Falhas / Defeitos.
b) Causas da deterioração das madeiras
c),. Processos de Conservação -Secagem / Preservação
..
'."
.: .-.. :
"r'f.. ',.
.' • I :••••• _,.•~ '.:;-:.,.,
(I nOME)1 rnDIITIYo
ainda mais preciosas. Constituiarn cspccics de ncampamcntos ou for-
tiílcaçôes, :10 abrigo dos ataques repentinos. c onde as populnçõcs
do raiz dcsaílavam os esforços dos seus inimigos,
É mister accrcsccnlar que nos ultimes tempos estas hnbilaçócs
sobre estacadas para nada mais serviram do que par'a armazcns, dcs-
tinados aos utcnsilics e ás provisões, ao passo que as verdadeiras
hahitaçúcs achavam-se .na ferra firme.
}·.s construcçõcs lacustras são designadas pelos auetorcs sob di-
versas denominações. A denominação mais geralmente empregada
emFrança, é a de habitoçôes ou cidadeslacustras, O doutor Kcllcr,
~que foi o primeiro que as descreveu, deu-lhos o nome allcmão de
Jifahlbautm (construcções sobre estacas), quc os italianos traduziram
por pauifuta. Esta ultima denominação, aírancczada por ~1. Dcsor,
deu a palavra palafute. Finalmente chamam-lhcs /.éllt'ri(;rl's ou stein-
ul'rgs (montanhas de. pedras), construcçõcs de um caraeter particu-
lar, nas quaes as estacas são sustentadas por montões de pedras
transportadas. É o que )1. Keller chamou ·1lackzrerkba 1l1l'll•
. Quando examinamos o conjunclo das estações lacustras hoje
conhecidas, remos, COIU cffeito, que os que as ediflcaram possuiarn
dois syslernas diílerentes de construcção : ou cravavam estacas no
fundo do lago, e collocavam sobre essas estacas a plata-forma que
devia sustentar as suas cabanas ; ou levantavam artificialmente o
. fundo do lago por meio de pedras amontoadas entre estacas muito
grossas, que menus tinham por fim supporlar as habitarúes, do que
fazer do amontoamento de pedras um todo compacto e indivisivel.
É este ultimo modo de construcrão tJue representaa figura su-
pra, conforme o desenho apresentado por ~J. Desor na sua notax C!
memória áccr-a das pa.lafiu/'s. !
Lm ou outro (restes modos de construcção era empregado, con-
forme a natureza do fundo do )ilgo, ~IIS lago~ cuj» fundo era vasa,
podia applicar-se o prirneiro ; mas quando o solo era rochoso, era
necessário usar do s('gllndo, Eis aqui pol'(ltle sobre a margem scpícn-
triona] do lago de .\l'ul'heifl'l, finde os b:tIH'OS de calcarcu f.'~fitl/ muito
proxirnos da superficie, se observa um numero grandissimo de iene-
~.vieres.
:.. '~ ..
., .:.':'1 As palafuu», 011 con.~tnH'r(ics laclIstras do lagl) de Scuchcit.c/, em 8,·,
. l'ar~~.'
;"
o 1I0ME~1 .rR1~\\TIYO 335
.Ei5 aqui o gu'e se .obtcrvu as mais das vezes, principalmente no!'
lagos extensos c pi-ofundus ; todavia o edifício nem sempre era cons-
truido d'csle modo. Nos panlanos e nos pequenos lagos, hoje convcr-
tidos ('1l1 turfciras, applicavam frequentemente outro sysícma, do
qual Iornvccu um nolavcl exemplo a turfeira de \\"auwyJ. Encon-
truram-sc n'clla muitas p!'a~as quadrangulares, mui claramente
circu mdadas liO\' estacas ~'r.1rc as quacs se levan Iam, umas sobre
as outras até cinco pl<íia-ftír'lrHt:;, Estas estacas são naturalmente
muito compridas, c algumas estão cravadas no :;010 do fundo até
. dez pés de profuudidade, o que devia ler exigido um' trabalho enorme.
Os intcrvallos dos pavimentos estão cheios de ramos e de argilla, e
os próprios pavimentos são formados, pouco mais ou menos, turno
Fig. r;s-Côrt.c da montauha de pedras (ténericl'e) de Hauteríve
..
precedentemente dissemos. O menos elevado, poU!',a direclameníe no
fundo do lago, e sobre o superior é quc construiam as cabanas.
Acontece algumas vezes que cs!'rs cmpcdramcntos se erguem
acima das aguas : cunstituem. então verdadeiras ilhas artificiacs, e
as habitações que os cuhriram não são já, a bem dizer, habitações
sobre estacadas. Ta) é a.estação do lago de Inkwylna 311issa, laes
são os crannoqr» tia Irlanda, aos qual's concederemos urna menção
especial. AII;LJIl1aS (restas .ilhas resistiram â a('~'ão, destruidora dos
scrulos, e ainda hoje são habitadas, )1. Ileso!' cita 'a ilha das Rosas,
no lago do ~tarlJbt'rg (Bavicra);: que nunca se. viu deserta, c que
ainda hoje )1(ISSLJt' uma rcsidcncia real.
Vultcmos ao mudo de construcçâo nas {1~ISaSaquuticas da Suissa.
Segundo ludus as prohahilidadcs, o trauspur!e Ja.s pedras da
praia para o sitio designado dJ'ct'luaY<I-SC pUI' meio de )!il'(Ig~S cons-
truidus de troncos óccos de a rvorcs , \'l~eJl)-Se muitas dcssas pirogas
no fundo do lago de Bicnne, e uma (relias acha-se ainda carregada
de seixqs, ó que faz crer que foi submergida com o seu carrega-
.'1
336 o 1I(1~IE~11'!lDIITIVO
monto. É porém diílicillimo lcvnnlul-as, e l~ além d'isso prcvavcl
que, expostas ao ar livre, se desfariam em P(i, Comtudo existe uma
d'cssas antigas pirogas no ~llIscu de Xcuchátcl. .
~o Museu de Sainl-Gcrmain vê-se uma piroga similhantc á de
Ncuchátcl. É feita de IIIlI trunco (ICCO de :\1'\'0 rc. .\ entrada do mes-
mo Museu de Saint-Gcrmaln H'-SC urna pirogn, quasi similbantc,
mas toda de cortiça e em mau estado de couscrvação. Foi tirada do
Sena, como dissemos quando fallamos, em IIlll capitulo precedente,
da descoberta da navegação na cdadc da pedra,
. Pridc explicar-se muito bem como é que os construcíorcs se ha-
viam para derrubar arvores ::!. fazer d'cllas estacas. ~1. Dcsor ohscr-
"OU que as estacas que compõem as estacadas não são bem corta-
das senão na primeira camada; a parte central apresenta desigual-
. dadcs inteiramente similhantcs à!' que se observam quando, depois
de havermos cortado circularmente um pau, o acabamos 0(' quebrar
com as mão!'.
Os constructorcs das cidades lacustras. para abater uma arvo-
re, operaram da seguinte Iórrna. Depois de lhe haverem dado em
toda a volta um golpe com a profundidade de 0,"'08 a O,'"-I:!, ata-
ram uma corda às pontas da arvore, c, puxando com força, a
quebravam. Cortavam-na depois, pelo mesmo meio, com machados
de pedra ou de bronze, no comprimento que queriam, e aguçavam-
lhe a extremidade inferior. afim de a inlcrrarcm mais facilmente na
vasa. Al!!lImas \"('ZC'S o f(lglI, applicado ú base da :11'\'(l1"r, pr('p:lra\"a e
facilitava o cílcilo dos jn~tl'unH'nttls cortantes. C'm ~qu)(]e numero
das estacas encontradas ainda hoje conservam 1.1:' ::i~n<les do fllgO
c dos golpe!' feitos com machados de pedra. Para as l/lIl'ri(T<'s, o
trabalho do aguçamcnto era inutil, visto q\1~ as t'"lilt'a~ :;e acharam
calçadas pelas pedras que compunham o amontoamentoque acima
representamos ,fig, \-:-s\
Quando as estacas seachavam preparadas, era ncccssario trans-
portal-as na-s pirogas att· ao lucal da povoação. c flxal-as no fundo
do lago. Se considerarmos que, em muitos t'a~us,o comprimento
d'cssas estaca!' attingia até ,3 ou 6 metros. furemos uma idcia da dif-
ficuldadc de um sirnilhantc cmprcbcndimcnto. I'ara a construcção da!'
toierieree r empregavam estacas muit« mais grossas c o trabalho CI'"
menos custoso. Xas tcne t iirrs mais antigas do lago de Xcucliâtcl,
por exemplo, encontram-se l'St;i(,(\S que Ioram formadas de troncos
",I,
=
Dúvidas Frequentes
A expressão madeira de lei tem origem em umalei do período imperial e, apesar de
muito conhecida, não tem definição técnica.
1
Segundo Osny Duarte Pereira, em obra intitulada Direito Florestal Brasileiro, publicada em
1950, página 96, " A Carta de Lei de 15 de outubro de 1827, no § 12 do art. 5° , incumbia
aos juizes de paz das províncias a fiscalização das matas e zelar pela interdição do corte das
madeiras de construção em geral, por isso chamadas madeiras de lei."
Segundo a mesma obra, página 100, "no Império, o art, no. 70 da Lei de 21 de outubro de
1843, o Regulamento no. 363 de 20 de junho de 1844 e a circular de 5 de fevereiro de 1858
está enumerando as madeira cujo corte era reservado mesmo em terras particulares. Esse
esclarecimento era fornecido anteriormente pelas Ord, do Livro I, Tit. 66, § 26 e Livro V, Tit.
75, classificando as chamadas madeira de lei."
Continuando, o autor diz "Portanto, o corte de madeiras de construção, comumente
denominadas madeiras de lei, estava interditado quer em terras particulares, quer em terras
devolutas."
A expressão madeira de lei chegou até nossos dias ainda como sínõntrno de madeira de.
construção, civil e naval, ou seja, conforme o dicionário Aurélio: "madeira dura ou rija, própria
para construções e trabalhos expostos às intempéries". O contrário de madeira de lei é
madeira-branca que não se refere necessariamente à cor da madeira e, conforme o Aurélio:
"qualquer essência florestal de contextura mole, e de segunda qualidade, seja qual for a cor
do seu lenho".
..-.'
Entretanto, há varraçoes no entendimento desta expressão. Madeira de lei pode, ainda, se
referir àquelas madeiras de alto valor no mercado, independente de sua resistência. Aqui
também' madeira de lei se opõe a madeira-branca significando madeira de pouco valor
comercial. Em Rondônia, quando mogno e cerejeira eram as madeiras mais valorizadas, até o
ipê já foi considerado como madeira-branca.
No dia-a-dia, a expressão madeira de lei pode ainda ser utilizada como sinônimo de madeira
boa. Aqui temos um outro problema. Boa para que? Se madeiras duras e resistentes podem
ser excelentes para a construção civil e naval, só as madeiras moles são boas para a
fabricação de compensados.
Usar a expressão madeira de lei pode ainda ser uma forma de não se referir a madeira
nenhuma. É comum vermos anúncio de tábua de carne em madeira de lei, portas em madeira
de lei, móveis em madeira de lei. Até a caixa de engraxate do Pelé foi feita em madeira de lei,
segundo a revista Veja. Masafinal: qual a madeira utilizada nesses artigos? Ninguém sabe.
Assim sendo, sempre que consultado, o Laboratório de Produtos Florestais recomenda que a
expressão madeira de lei não seja utilizada em documentos oficiais como contratos, licitações,
textos legislativos etc. Sempre que necessário, as madeiras devem ser citadas pelos seus
nomes comuns mais conhecidos e principalmente pelo nome científico.
::
http://www2.ibama.gov.brlduvidas/madeira.htm 11/06/2002
::
.:
MATERIAL DE CONSTRUÇÃO
ASSUNTO: MADEIRAS
1) .Madeira como primeiro material de construção; povos
pré-históricos, razão da saída das cavernas por
alimentação mais fácil, construções lacustres, palafitas
etc. Livro clássico: O HOMEM PRIMITIVO de Louis
Figuier - FRANÇA.
2). Nosso planeta possui 26 milhões de quilômetros
. quadrados de área florestal renovável. O Brasil,
segundo do mundo, possui 40%>do seu território de área
fiO re-staI renovável, na qual o pinho representa 80%de
g,uaexportação madeireira. .
3) Vantagens da madeira como material de construção:
recurso renovável;
.. fácil de s,. r encontrada;
- resis·tên:ei'iJsà tração e compressão' consideradas boas
em r.lação ao peso;
.. bomiselante térmico, elétrico e acústico;
.. longa duração, melhor e mais barata que a alvenaria.
4) Desvantaqens da madeira como material de construção:
- anisotFo,p,ia, diferentes propriedades em relação aos
eixos, r.lia de homogeneidade; .
.- fácil d ,tltioração: fungos, bactérias, animais xilófagos;
.. combustível; em algumas situações melhor que o ferro
em casos de incêndio (carbonização e não rompimento
das vigas);
.. .apresenta falhas e defeitos.
5) Problemas com reflorestamento
Araucaria brasiliensis ou Araucária angustifólia, pinheiro
brasileirocom idade adulta de 110 anos, podendo ser
abatido com 70 anos;
- Plnus elliotti canadense diâmetro máximo 50 cm
podendo ser abatido com 16 anos;
- Abate exclusivamente no inverso, nos meses que não
têm r, analogia com os crustáceos por causa das
intoxicações do mar revolto; a seiva ou metabolismo em
menor velocidade diminuindo a atração pelos animais
xilófagos.
6) Corte das árvores
. S.rra
.- serra
Tomba para este lado
7) Falquejarnento
A sctiva fermenta após o abate sendo aconselhável
r;>8rmanecer as folhas e os 'galhos após algumas horas
war~ Iniciar a secagem;
- D.~ts é feito o desgalhamento e o descasque da
árvore, retirando as costaneiras e deixando as vigas
w--- Costaneira '
Viga
\ ,,
.:
8) Desdobramento
•
Em paralelo => economia
•
9) Secagem
Água de
Em quartos
qualidades da
instrumentos musicars
finos, peças caras etc .
ressalta as
madeira,
móveis
Em espiral - capeamento de compensados
- constituição das células
- adesão presa às células
- livre ou capüarloaoe de embebição
(entre as fibras); a seiva atrai os animais
xilófagos
- Efeitos eu benefícios da secagem:
a) diminuiu a retração da madeira; ,
b) aumenta a resistência ao apodrecimento;
c) diminuiu a atração aos animais xilófagos;
d) reduz o peso;
e) melhora as qualidades mecânicas;
1) terna a madeira apta' para receber imunizantes.
~ .Secagem natural
,- estrado de
~madeira
/30 cm dochão
Em trinta (30)' dias perde
metade da água inicial.
Após 4 meses a umidade
representa 150/0 do peso
total da madeira.
- Secagem forçada
a) ar quente - estufas;
b) corrente elétrica de alta freqüência;
c) raios infravermelhos;
d) vácuo - autoclaves; .
e) produtos químicos hidrófilos.
- Lixiviação
Totalmente imersa em água corrente, toda selva é
levada no período ideal de 4 meses.
10) Os veget"ais - Divisões
Flo·ra terrestre mais de 300.000 espécies diVididas em
três (3) gra~des grupos:
a) v80e-taj,s inferiores - "talofitas" - bactérias; algas, fungos
• líq,uenes;
b) veg ta~s intermediários { brio!it~~ - rnusços ,
pterldófítas ou cnptogamas,
samambaias
c) \I~ tais superiores possuem raiz, caule, folhas e
t.cidos verdadeiros classificados em dois grupos com
$,lJbdivisões:
Giln~p~rma'S - gincgoáceas
- cicadácias
- coníferas
Anginospermas - monocotiledôneas .
- dicotilecõneas frondosas,
- folhosas, madeiras de lei
Nosso maior interesse é tanto pelas coníferas ou
resinosos pinheiros quanto pelas frondosas - madeiras de
lei - "falar sobre madeiras de lei".
I 11) constituição química da madeira
Celulose => 60% a 70%
Lignina => 15% a 35°Jó
Compostos extrativos => óleos, gomas e resinas
12) Caràcterísticas das árvores usadas em construção
carne
I
medula
~at=t-
raios
71f7'I''___ celu I•.• s
.-13) O,efeitos e falhas
,
defeitos comprometem a resistência;
- f~lha compromete o aspecto externo ou beleza;
- a diferença está na extensão
- nós - núcleos onde se 'desenvolvem os galhos e os
ramos oferecendo dificuldade de corte, pintura e perda
de resistência; .
- abaulamentos - arqueada, empenada e encanoada;
- rachaduras - gretas, - trincas', fendi\hados, ventos e'
quebraduras; .
- manchas, feridas - ardidura e bolores;
- defeitos de desaparelhamento. !
14) Deterioração da madeira .
'.
- apodrecimento - fungos;
anim.ais xil6fagos;
- qu~ilma pelo fogo; .
- C~·lJISI'Snaturais - chuvas, ventos, raios, etc.
- ~frl relação ao ambiente os fungos não se desenvolvem
com ~ madeira totalmente imersa, sem atmosfera)' em
t~mp.rat~rasfo.ra dos limites QOC a 30PC em que o ideal
é dte· El@à 15°C. Osinsetos não. morrem entre 0° e 50°
ffl~S flflorrem acima de 50°C os fungos causam batida
eea, dMeoloraçAo, odor característico e desagregação
eJa ffi adêi·ra·" - - ,
- a.FÜrna4S xU.ófagos
P I I.rr\.i.r:l-'i:
~-'-'-'-
{
~.tic.·Uli.termes lucífugus
Colotermes flavlcollis
C)r§Jil.fl.i4~jQ, formas sexuadas: e assexuada, colônias,'
r7a1inRªc@m $.000 ovos/dia, soíeado operário, a\imentação,
I
~l~~$.@:rrll~ de·I!W:~,ete. i
!ti
CGl.Pb!IPH3flO - eo)I(~ór~t.JO....F1'Yj,ot~upes bajulus, como larva
viM@o,e 4 a 8 ~Fl@3,como i·fi"I-$eto v'ive apenas. 1 mês, ataca a
~ !
~ )
madeira formando túneis paralelos ao eixo da peça e peito
da casca •.
Formigas de madeira, vespas, teredos (rnoluscos xilófagos)
e limnórias (crustáceos com 4 mm).
15) .Tratamento das madeiras superficíat e profundo
- remoção da casca, secagem, e lixíviação (submersa)
- preservativos - impermebializantes (óleos); venenosos -
c1oreto de zinco, bieloreto de, mercúrio, sulfato de cobre,
pentaclorofenot, dinitrofenol, 'ete. .
.. Tratamento superficial
pintura comum (preservativo: x veneno)
pintura por imersão (veneno + preservativo)
combu tAo incipiente
- Trat.m .ntos profundos - imersão profunda +
- aquecimento
- por autoclave células vazias
células cheias
- processos especiais
A,tenção! A imersão profunda difere da anterior pelo
aquecimento - 2 tanques.
- Por autoclave
~~~hejas - madeiras ~os au~oclayes com temperatura
e vácuo (60 rnm); em seguIda' o írnunizante com 8 atm de
1;))'0,.10; ugue- .f" novo vácuo (40 mrn) mas o processo
.CQJfl,Some mtui,to imY'M;iZ(Jlnte ~ 250 a 400 kg/m3. . .
~§ ..vlW"'" .s~a,;.&m+ trmperatura + auto~lave co~
~r-~I(i) de 4 &tm~e voAta",$)e ,a pressão atmosf~nca ,e .O ~r
g,(g,8~r;1~r,<\~f"" .xpu,1 I o .)tenso d preservatIvo. e ITIa,lS~ ~~~ 3 '
~,€@),I~@ffiíee 100 kgJm. .. '.'
.- Ainda sobre processos de células cheias:
- processo Bethet com creosoto
- .processo Blythe - creosoto + vapor d'água
- processo TTZ - tanino + creosoto + cloreto de zinco
- processo Kresapin sapacresol e creosoto
- processo coral - cloreto de zinco + creosoto
Ainda sobre processos de células vazias:
- processo Rueping com creosoto.
Outros processos:
\
-. processo Haskin com jatos de ar quente e pressão ..
Processo Boucherie - o imunizante é injetado na
madeira por gravidade.
Eliminação de organismo com as peças prontas:
- aatíssétíco forte para mofo, limo e fungos;
-á'gua cloradae detergentes em seguida lavagem com
á'gua limpa para evitar o ataque à madeira.
Proteção contra o fogo:
- ~H'oteçãoda madeira com silicatos que se transformam
em vidros com proteção;
.. tratamento da madeira com fosfatos, boratos e acetatos;
.. atmosfera em volta da madeira de bióxido de carbono e- .
gás amoniacal;
- sais higroscópicos; .
- modificando a parede das células por brornuração.
MADEIHA
~..•--------------------._---
160%
"'O 40'/•.....
.g 30'/ •
·120'/'.110';
1961
0.4% MillBl !fi ~... ------- ..
0.4% Indu.tri. induindomobili6rio bwJ
40% 'Combustlvel ~0d•...•,
...
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A~l!ntas tlniflerO!- ---.-- "L_ \--;J I ~ CetD"I~ I Óleos J r--
Toni". ---- ..--.- .__Ext_r.oçio --" - O."'il.çõo -7r·-L.· .,.-. r 1__ . -- Alcatr'~ __ Droga.
Tint.-·--J· L.____ . AguI Solventl' 1 _''"'""."~",.".---_ .",•.• : "] I 1
1
'- n::J. ÁcidoIcético G•••• co;~,:::" L- SObOD~
C.nlOI'-~ Dlogu. "'""01 .- ,COmbu.,io L~aco~:: ••ç.to] ..--- Açúc.,.:, ._ Fo"ogom
,-- nu;nu-- 01.01 vai".. t'. -
Vernizer- S.bi" (h';COI~IPOl1cio eaJ~10~~"-d' .Extrato dtt lignina Unnino _ ..J- o V.nilinll
.Itlli". p"saio, -. -.. - •
I d.cocçio ..~.- Col.
Col.'--··_··- !.,.,6IceIUI050--- __._.+ OUI.,/~ '~von
.\cotalod. oel.lo.a- - bt.riliClçõ.----- .J I "----- C.lof~n.
(v.rnllu. fi"t") Fios
Nilrltod. cllulo.'-
1/,' ••••. plhtico"
A madeira é uma das rnatenas-prirnas inaustriais mais antigas que se conhecem. Embora ainda esteja entre os cornousnveis mais usaaos ao mundo, sua utilização
nesse ramo tem diminuido bastante. É lonte capital de matéria-prima para a tabricacão de polpa para papel. produtos outros de celulose e derivados; é muito impor-
tante também na indústria de fibras sintéticas. Da madeira extrai-se ainda o tanino, carantes e vários tipos de látex, mas sua principal aplicação é na indústria de
construção. Na ilustração: IA) usos de madeira; (8) aumento estimado da demanda; (C) usos específicos de diversas variedades de madeira; (D) a madeira como
matéria-prima química. . Hm5pcçlHI/ll êv MJIc/l1!11Bt'!f}7Ioyltd
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CANHA-SASSAFRÁS ...•
CEDRO • __ --
CEREJElRA-AMBURANA o
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IMBUIA _._ - --.-_-- .. ---.----.-- --.-- .
IPÊOOCAMPO __ •.
IPÊPRETO __ ... u u_ ••••• --
JATOBÁ _ ....--.--_:
LOURO • __
MAÇARANDUBA _ __ ._ _
PEROBAROSA • - .. ----_ •
tão grande que produz uma linha divisó~a ~ue geralm:~te se distingue com a vista
desarmada. Cada uma dessas linhas concêntrícas, ou anéis, representa, portanto, um
ano no crescimento da árvore "e assim sendo é possível dizer qual a idade de uma
determinada árvore abatida.
Não deixaremos de informar que em casos raros, quando ocorre um período
de seca em plena época do desenvolvimento da -árvore, podem-se formar dois anéis
dentro de um mesmo ano, o que um experiente no assunto logo distingue.
1
6
r
:m--_B
Fig.9 - Come se forma o tronco de urna árvore. Os anéis anuais formam-se em torno dacamada
medular do 1Q ano e, em muitas árvores, podem, ser facilmente distinguidos. Geralmente eles apre-
sentam ume cor mais clara no lenho da primavera e uma cor mais escura no lenho do verão. O
"aescimento se wrifica na camada do câmbio, onde as células se desenvolvem e se multiplicam,
uma parte formando o alburno e outra a casca interna. À medida que a árvore engrossa, oalburno
mais pr6ximo do centro se tr.anaforma em cem e e as células da casca interna endurecem e secam.
aumentando a •• pelluza da cascá sxterna. "
Exp1feaçio do arifico: 1. Casca externa ou camada cortical composta de tecido morto e seco.
Proteae de modo ieral co.ntra os agentes externos. - 2. Casca interna ou floerna, úmida e mole.
Transporta a ,.iva elimorada das folhas para todas as partes de crescimento da árvore. - 3. Ca-
mada d. cimbio (miaoscóPlca). Fica para dentro da casca interna e dá origem às células da casca
e do lenho. - 4. AIburno, transporta "a seiva das raízes para as folhas. - 5. Cerne (inativo) dá
resist6ncia à árvore. - 6. Medula é o tecido mole em torno do qual se forma o lenho primário
nos caules novos. - 7. Raios medulares - ligam as várias camadas dá medula até a casca para
armazenlliom e troca de substâncias nutritivas. - 8. Anel anual, é geralmente uma camada defi-
nida de madeira clara e escura correspondente a urna fase de crescírnento. A parte mais escura é
o lenho do verio.
Tudo qu"eexaminamos nos mostra como se forma a madeira das árvores lenho-
sas muito especialmente no seu sentido diarnetral.
34
•.•. -. •...• 1,Y """00 ,)Biologia --j r; ,- z 6 .- ! ~ - c- ~:
.61 -.Faça a correlação entre as partes de um caule, •
numeradas de 1'a4, na figura abaixo, com suas
respectívasdenomínaçõesé funções. .; .. ;
.1'"
A.se:qü'ncia correta é:
f ; .
(2).Xilema transporte de seíva.bruta
(3) Câmbio creseímento secundário
.(4)Súber .proteção e isolamento térmico
(1)Floema transporte de seiva elaborada
Considerando que a prova se destina aos feras de
todas as áreas, achamos que para os candidatos dos
. cursos de Exatas e Humanas, esta questão não foi fácil
de .resolver,..pois exigiu do aluno um conhecimento
p.is:to16gico(corte .tranJ.rV,er$al.. de caule de uma
d~oÇ)tíledçmea) com ídentífícação dos elementos
I (tecídoslassínaladose suas respectivas funções ..
_____________________________ ~ __~r~~_.~~
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE MADEIRA
natação superficial das peças se transforma numa espécie de "barreira de
isolação térmica". Sendo a madeira um mau condutor de calor, a temperatu--
ra interna cresce mais lentamente, não provocando maior comprometimento
da região central das peças que, desta maneira, podem manter-se em servi-
ço nas condições em que o aço, por exemplo, já teria entrado em colapso
(escoamento), mesmo não sendo inflamável.
Outra característica importante da madeira com relação ao fogo é o
, -fato de não apresentar distorção quando submetida a altas temperaturas,
tal como ocorre com o aço, dificultando assim a ruína da estrutura, con-
forme se observa na Figura 1.1. Ali aparecem os perfis metálicos retorci-
dos - fato que decorre da perr'a de resistência sob alta temperatura -,
apoiados sobre uma viga de madeira que, apesar de carbonizada, ainda
apresenta capacidade portante.
t,
FIGURA 1.1
. RESIS"lÊNCIA AO FOGO
)ladeira Carbonizada
Base da Camada Carbonizada
Camada Queimada
, Base da Camada Queimada
Fonte: Ritter (J990)
Embora suscetível ao apodrecimento e ao ataque de organismos xiló-
fagos em circunstâncias especificas, a madeira tem sua durabilidade natu-
ral prolongada quando previamente tratada com substâncias preservativas.
Mais ainda: a madeira tratada requer cuidados de manutenção menos
intensos. No caso de emprego exterior, deve ser salientada, neste ponto,
a importância de um projeto elaborado de modo a serem previstos deta-
DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE MADEIRA
Ao microscópio, distinguem-se duas formações básicas nas coniferas:
traqueídese raios medulares (células radiais). Os primeiros são células alon-
gadas,de até 5 mm de comprimento' e 60 um (0,06 mm) de diâmetro, com
comunicação pelas extremidades, através de válvulas denominadas pontoa-
ções. Os traqueides podem constituir até 95% da madeira das coníferas e
têm a função' de conduzir a seiva bruta (no alburno), ser depósito de subs-
tâncias polimerizadas (no cerne) e conferir resistência mecânica ao material.
Os raios são conjuntos de células alongadase ac.hatadas, dispostos horizon-
talmente, da casca à medula. Podem constituir até 10% da madeira das coni-
feras e têm a função principal de conduzir a seiva elaborada da periferia do
lenho em direção à medula.
FIGURA 1.3
ASPECTOS ANATÔMICOS DAS CONÍFERAS .
Traqueídes de parede
delgada com pontuações
Canal resinifero
Traqueídes
. de parede
grossa
Pontuações aureoladas
Fonte: Tay/or (1978)
. .'
Amadeira das dicotiledôneas apresenta, quando observada ao microscó-
pio, pelo menos três elementos básicos: os vasos, as fibras e os raios medu-
lares. Os vasos são células alongadas, com até 1mm de comprimento e 300 um
de diâmetro, com seção transversal arredondada e vazada; os poros. Os vasos
ALGUMAS INFORMÇÕES FUNDAMENTAIS SOBRE A MADEIRA
podem constituir até 50% da madeira das dicotiledôneas, comunicam-se
entre. si através das extremidades celulares, têm a função de transporte
ascendente da seiva bruta (noalburno) e de depósito de substâncias polime-
rizadas (no cerne). As fibras são células alongadas, com até 1,5 mmde com-
primento, seção transversaL vazada e arredondada, paredes com espessura
sistematicamente superior à dos vasos. As fibras são elementos fechados,
não possuindo comunicação através das extremidades. Podem constituir,
dependendo da espécie, até 50% da madeira das dicotiledôneas, sendo as
principais responsáveis por sua resistência mecânica e ,Jor sua rigidez. Para
os. raios medulares, cabem os mesmos comentários feitos anteriormente.
Lúme celular, ou simplesmente lúme, é a denominação dada ao espaço inter-
no dos elementosanatômicos .
. FIGURA 1.4
. ASPECTOS ANATÔMICOS DAS DICOTIL'EDÔNEAS·_·,..··:.~\·::. '.;:.:
Vasos com
pontuações
Fonte: Taylor (1978)
As dimensões do diâmetro e do comprimento dizem respeito à fase
final do elemento. A fibra madura, por exemplo, é no máximo cinco vezes
mais longa em relação à sua fase inicial de formação. Já no caso dos tra-
queídes, há um acréscimo médio de 20% a 30% no seu comprimento em
relação à fase inicial. Segundo Morey (1980), o alongamento significati-
•
DIMENSIONAMENTO DE .ElEMENTOS ESTRUTURAIS DE MADEIRA
peso molecular, tornando-se mais escuras, com maior resistência à
demanda biológica. Revestindo o lenho, entendido como a composição de
medula, cerne e alburno, encontra-se a casca. Sob esta, há uma finíssima
película do câmbio vascular (a parte "viva" da árvore), que dá origem aos
elementos anatõmicos integrantes da casca (fLoema) e do lenho (xilerna).
conforme Figura 1.6.
I.
FIGURA L6
ESTRUTURA MACROSCÓPICA DA MADEIRA'
Albumo
Cerne
Fonte: Ritter (1990)
Na descrição macroscópica da madeira, é interessante a referência às
suas três direções principais, indispensáveis para se compreender a natureza
anisotrópica do material (apresentando reações diferentes segundo à dire-
ção): longitudinal ou axial, radial e tangenciaL, conforme indicado na Figura
1.7. Outras informações sobre este tópico estão contidas no Capítulo 2.
Nestas condições, é também possível a distinção das células de parên-
quima distribuídas em formas e concentrações diversas, em geral funcionan-
do como depósitos de amido. Os padrões da distribuição dessas células são
" ,
l__ ----
ALGUMAS INFORMAÇÕES FUNDAMENTAIS SOBRE A MADEIRA
de extrema utilidade para a descrição da anatomia da madeira e para auxi-
liar na identificação das espécies.
DIREÇÕES PRINCIPAIS NA MADEIRA.
FIGURA 1.7
longitudinal Tangencial
Fonte: Ritter (1990)
Em publicações do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São
Paulo - IPT (vide Mainieri, 1956), da Secretaria da Indústria, Comércio, Ciên-
cia e Tecnologia do Estado de São Paulo (1983), da Superintendência do
.Desenvolvimento da Amazônia (1968) e do Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA(1997), são apre-
sentadas fotografias macrográficas de cortes transversais de amostras de
diferentes espécies de madeira, com os padrões particulares de distribuição
das células de parênquima. A correta interpretação das referidas fotos é um
subsídio fundamental para entender a contribuição imposta por tais células
na variabilidade das características da madeira.
~-=---=---=--=--=----------~.
~.',L,· ,tJi,.~""" •••..•.••.••_ •••••• ~ •••• _
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DA MADEIRA RELEVANTES PARA ·0· PROJETO DE ESTRUTURAS
..
determinada região não podem ser indicadas para as aplicações nas qúais a: .-~ .
. estabilidade dimensional seja um dos requisitos prioritários. Entretanto, o
conhe.cimento das características de movimentação dimensional da madeira
acabam ror viabilizar o aproveitamento de eSI'~cies menos -estáveís na pro-
dução, por exemplo, de celuLose e papel, chapas de fibras, chapas de agLo-
merado, de compensado e outras.
----.....---., _. -
2.3.1 Ortotropia e causas das diferentes variações dimensionais
Consideradas as condições de formação da madeira e as peculiaridades
de SL•.•estrutura anatõmica,constata-se que as variações dimensionais devi-
das à retração e ao inchamento acontecem em diferentes proporções, nas
direções principais de ortotropia, sendo praticamente desprezíveis na dire-
ção louçitudlnal, mais acentuadas na direção radial e máximas na direção
tangencial (ver Figura 1.7). A retração e o inchamento volumétrico são cal-
culados com base nos valores correspondentes às direções principais .
. Na Tabela 2.1, estão apresentados os valores numéricos das retrações
dimensionais, de acordo com a direção considerada, e da retração volumê-
trica. Sãosignificativas as variações observadas para a retração totaL, defi-
nida como a que ocorre no intervalo de umidade compreendido entre o ponto
de saturação e 0%.
TABELA 2.1
- I' PORCENTAGENS DE RETRAÇÃO
Para a tctalidade das essên •..:1S já estudadas, a relação 'entre as retrações
totais nas direções tangencial e radial ê superior a 1. VaLoresmédios situam-se
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!t~o1lm~u IítS.JtAS DAMADEIRA RELEVANTES PARA O PROJETO 'DEESTRUTURAS
. _~ iilli.~8t~~ 1!t0a[~ue.namentc das peças serradas provocam uma.
·.:~~.~_IM-mi'ít~':m,OU até mesmo inviabilizam o aproveitamen-
,,~ _~ !Íii. ~ ~&S~. Aig;uns dos defeitos mais freqüentes entre os
._.~ ••. ,~, ~.ftl~$. l!Ia Figura 2.2 a seguir. .
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Arquumento
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188 Eladio G. R. Petruccí Materiais de Construção 189
3 . Temperaturas elevadas no início da secagem.
4. Secagem rápida inicial.
Outros defeitos que podem aparecer são os empenos proveni-
entes das diferenças de contração nos sentidos axial, radial e tan-
gencial.
blocos c formas moldadas, para as mais diversas aplica-
ções;
.5. como vantagem econômica: a possibilidade de aproveita-
mento integral do material lenhoso contido nas árvores.
Uma tentativa de classificação permite enquadrar todos os ti-
pos de madeira transformada nos três grandes grupos citados:
1 . Madeira reconstituída
2 . Madeira aglomerada
3. Madeira compensada.
3. 18 - Madeira transformada
Por transformação da madeira, entendemos toda tecnologia de
alteração da estrutura fibrosa orientada do material, com a finalida-
de de corrigir suas características negativas.
A transformação da madeira consiste, genericamente, nos três
seguintes procedimentos:
a) Reaglomeração de madeira reduzida a fibras: madeira
transformada reconstituída.
b) Reaglomeração de madeira reduzida a pequenos fragmen-
tos, virutas, maravalhas ou flocos: madeira transformada
aglomerada.
c) Aglomeração por colagem de finas lâminas desdobradas do
material original: madeira laminada compensada.
Caberiam, ainda, sob o título de transformação da madeira, to-
dos os processos de adensamento do material, como sejam, a meta-
lização e a bakeliração, por impregnação ou simples prensagem, mas
que tem reduzido emprego em materiais de construção.
Sob a forma de madeira transformada reúne a madeira as se-
guintes conveniências e vantagens:
1. satisfatória homogeneidade de composição e isotropia no
comportamento físico e mecânico;
2. possibilidades ampliadas de tratamento de preservação e
ignifugação efetivo, antes da reaglomeração, quando o ma-
terial ainda está reduzido a fibras, fragmentos ou lâminas;
3 . possibilidades de melhoria de determinadas características
físicas (como retratilidade e massa específica), ou mecâni-
cas (resistência ao cisalhamento, Iendilhamento, etc.), por
meio de alternativas durante o processamcnto da fabrica-
ção;
4. possibilidade de execução de chapas de grandes dimen-
sões, adequadas à construção modulada ou prê-Iabricada.
Podem ser produzidos, também, com madeira transformada,
3.18.1 - Madeira reconstituída
Para obtenção de chapas de madeira reconstituída, o tecido le-
nhoso é desfibrado. As fibras, depois de selecionadas e conveniente-
mente tratadas, são reaglomeradas.
O desfibramento é realizado mecanicamente em moegas, sobre
fragmentos de madeira, saturados e amolecidos por imersão em água
quente, ou pelo processo Mason, em autoclaves. Neste último pro-
cesso, os fragmentos de madeira são autocIavados com vapor de
água, sob alta pressão; a súbita abertura da autocIave determina a
expansão do vapor contido no tecido lenhos o e o conseqüente des-
fibramento. O processo Mason originou uma das primeiras patentes
e marcas registradas de madeira reconstituída, a Masonite.
O· material obtido apresenta-se normalmente em forma de pla-
cas, e muito homogêneo em virtude das pressões usadas na fabri-
cação; apresenta também alta resistência aos esforços mecânicos,
principalmente à flexão.
Com a variação da pressão durante a fabricação obtêm-se den-
sidades diferentes.
As placas mais leves (soft-board) são utilizadas para isolamen-
to térmico e tratamento acústico, ao passo que as mais pesadas
(hard-board), pelas características de resistência, são empregadas
principalmente como elementos de vedação.
Muitos são os produtos industriais que se enquadram nesta ca-
tegoria; entre nós, encontram-se no comércio com os nomes de Ma-
sonite, Celotex, Duratex, Eucarex, etc.
A união das fibras por pressão é obtida sem adição de ligante,
apenas por intermédio da lignina que as fibras contêm. Em outro
tipo de fabricação, é utilizada a ação da celulose, estimulada pela
adição de Ienol, uréia, caseína ou resinas sintéticas.
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190 Eládio G. R. Petrucci
3.18.2 - Madeira aglomerada
É formada de fitas ou lascas de madeira (palha de madeira),
impregnadas com substâncias antipútridas, antiparasíticas e ignífugas
aglomeradas pOJ;"um material ligante: cimento, gesso, magnésia sorel
ou resinas sintéticas. É empregada como material de isolamento tér-
mico, tratamento acústico e, em geral, apresenta-se na forma de
placas, muito usadas para revestir tetos e paredes.
Os fragmentos passam pela secagem e tratamento antes da mis-
tura com o aglomerante. A seguir são dispostos em colchões para
receberem a prensagem, a quente ou a frio, que determina a espes-
sura e o peso das chapas em produção.
Conforme o aglomerante empregado, podem-se distinguir dois
tipos de chapas de madeira aglomerada: com aglomerantes minerais
e com resinas.
Nas chapas com aglomerantes minerais usa-se normalmente uma
pasta de cimento portland para aglomeração. As virutas de madeira
são tratadas antes da mistura e mineralizadas para apresentarem ade-
rência conveniente ao aglomerante. Um agente mineralizador, como
o cloreto de cálcio, comporta-se também como acelerador de pega do
cimento.
São produzidas chapas de espessuras diversas (Climatex, Ima-
elite, Xilolita, Madecimento) para emprego em tabiques, forros e
paredes externas. As características do material obtido permitem a
aplicação dos revestimentos de argamassa normais da construção
civil. Com o mesmo material podem ser produzidos blocos e arte-
fatos de forma e volume variados para utilização como formas per-
didas de concreto armado.
Nas chapas com aglomerantes de resina, os flocos depois da
secagem são pulverizados com resinas: uréia-Iormaldeído, uréia-me-
lamina-formaldeído, fenol-formaldeído, etc. A prensagem a quente
normalmente produz chapas de peso e espessuras variáveis, de em-
prego em marcenaria para fabricação de móveis e esquadrias, ou
em carpintaria para a construção de forros e paredes divisórias e
de fechamento.
As características do material permitem revestimentos em uma
ou ambas as faces com laminados melânicos, madeira, plásticos ou
pinturas diversas.
As chapas assim revestidas devem ser resistentes ao desgaste,
à ação da água fervente, a altas temperaturas e à ação de agentes
agressivos:cigarros, produtos químicos, etc,
Algumas marcas registradas de madeira aglomerada com resi-
Materiais de Construção 191
nas, de fabricação nacional, são: Novopam (BA), Isopan (RS),
Arvorit (RS).
3.18.3 - Madeira compensada
Já os romanos conheciam a arte de recobrir a madeira para
melhorar suas propriedades.
A madeira compensada, como hoje a entendemos, foi paten-
teada por" Witikowski em 1886, porém só em 1900 na Finlândia e
Estados Unidos começou sua exploração industrial.
A madeira compensada é formada de folhas de madeira muito
finas, coladas entre si, com as fibras não paralelas; usualmente as
fibras são colocadas perpendicularmente umas às outras.
O caso mais freqüente é de três folhas, podendo, porém, ser
usadas cinco ou mais folhas, sempre em número ímpar.
As folhas são retiradas da madeira num tomo de desenrolar,
chamado descascador (folha de 1 a 6 mm de espessura), ou numa
máquina denominada faqueadeira (folhas de 1 mrn) ou micrótomo.
Antes da extração das folhas, a madeira é amolecida com va-
por de água, ou por imersão em água quente. Após, as folhas são
secadas e recebem a cola. Antigamente era usada cola de ossos
natural; hoje, porém, utiliza-se quase exclusivamente resina sintética.
A prensagem pode ser feita a frio ou a quente; sempre a quente
quando se usa resina sintética. A pressão é da ordem de 15 kgf/cm-
e a 'temperatura 150°C. As espessuras usuais são 3, 4, 6 e 8 mm
no caso de três folhas e 10 mm e 12 mm quando se usam cinco fo-
lhas. Tanto a madeira compensada como as demais madeiras trans-
formadas apresentam as seguintes vantagens:
1 . Maior resistência e menor variação de dimensões.
2. Possibilidade de obtenção de grandes chapas.
3. Melhor aproveitamento da madeira, da ordem de 90%
contra 70% no desdobro normal.
Finalmente deve ser citada a chapa de carpinteiro, constituí-
da de sarrafos recobertos por lâminas de madeira.
Entre os empregos mais importantes da madeira compensada
citam-se: móveis, revestimento de tetos e paredes, formas para con-
creto armado, telhas para coberturas, etc.
3.19 - Estruturas de madeira
As estruturas clássicas de madeira apresentavam, como ponto

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