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UniEVANGÉLICA Centro Universitário de Anápolis RELATÓRIO DE PROTÉSE TOTAL I Docente: Dr.º Diogo Rodrigues Cruvinel Dicente: Laurisleidy Leal Ferreira Anápolis - GO 01.2016 1 - Qual a importância de se estabelecer um plano de tratamento adequado em prótese total? Com base no diagnóstico e prognóstico estabelecidos, informaremos o paciente a respeito das possibilidades da nova prótese e certificá-lo a respeito das conquistas de suas expectativas. É claro que o diagnóstico bem estabelecido nos proporciona determinar esta situação com bastante franqueza e segurança, bastando apenas confrontar os resultados obtidos do exame clínico, exame radiográfico e o exame geral do paciente, sendo a resposta dada instantaneamente pelo fiel da balança virtual que pesa os prós e os contras. A informação daquilo que pretendemos realizar deve ser compartilhada com o paciente e a aceitação, pelo mesmo, registrada na ficha clínica através de sua assinatura, para que no momento da instalação não haja discordância. Todos os motivos que possam determinar a postergação do tratamento imediato devem ser discutidos e realizados com antecedência para que os mesmos não interfiram no desenvolvimento do trabalho. Uma raiz residual, uma hiperplasia inflamatória, uma queilite que provoque dores intensas, ou mesmo tecidos flácidos que promovam instabilidade da prótese são fatores que devem frear o ímpeto de se iniciar o trabalho protético, e resolvê-los antecipadamente. Só assim conseguiremos propor a resolução dos problemas estéticos e funcionais do paciente, deixando-o satisfeito e nos permitindo executar um orçamento que nos dê êxito profissional. 2 - O que deve ser perguntado para o paciente antes do inicio da confecção de novas próteses totais? O questionamento junto ao paciente deve iniciar na anamnese, tornando assim mais fácil o planejamento do tratamento , o cirurgião-dentista deve saber que determinadas questoes sao fundamentais e devem ser positivamente respondidas, como: 1) O paciente está insatisfeito com a sua protese atual? 2) O paciente compreendeu as possiveis limitaçoes esteticas e funcionais do seu caso? 3) O paciente está informado dos custos envolvidos no tratamento? 4) O paciente foi avisado que serao necessários ajustes subsequentes a instalaçao da protese? 5)O paciente foi avisado que o sucesso da reabilitaçao depende do estabelecimento e do cumprimento de um programa de manutençao apos a instalaçao da protese? 3 - O que dever ser observado no exame extra-oral ? O paciente deve ser observado a todo tempo de forma atenta, levar em consideraçao o aspecto facial do paciente, procurando verificar caracteristicas como dimensao vertical, suporte de labio, linha do sorriso e altura incisal. Se o paciente já utilizar prótese, deve-se observar algumas características presentes na mesma e que sejam relevantes ao tratamento, como: higiene e cuidados com as mesmas, espaço protetico, area chapeavel, tolerancia relatada pelo paciente ao uso de proteses; caracteristicas esteticas; caracteristicas dos dentes artificiais; habitos parafuncionais; relaçoes intermaxilares. 4 - O que dever ser observado no exame intra-oral ? “O exame da boca é uma medida essencial e deve constituir um procedimento metódico de rotina, feito antes de se constituir qualquer forma de tratamento dentário”. Quem faz bons exames aguça cada vez mais seu espírito crítico (PORTO,13 1996). Deve ficar claro que o exame clínico da boca será feito de maneira que toda área a ser analisada seja totalmente inspecionada visualmente e através da apalpação. A avaliação do estado geral da boca é muito importante e deve ser objeto de minucioso estudo, portanto, deve-se revisar cuidadosamente cada uma das estruturas que a integram tomando muito cuidado com a tendência tão natural de realizar os exames rotineiramente. No exame intra-oral avaliam-se tecidos moles, musculos e rebordo remanescente. Qualidade da saliva. Mucosas, lingua e tecidos de revestimento do rebordo devem ser inspecionados e palpados, alem disso, condiçoes presentes,como hipertrofias ou atrofias do rebordo ou das glandulas salivares, tecidos moles hiperplasicos e pontos sensiveis à palpaçao podem interferir na execuçao do caso, devendo ser corrigidas no inicio do tratamento. 5 - Quais os exames complementares devem ser solicitados aos pacientes desdentados totais, e quais as justificativas destes exames complementares. SAIZAR15 (1972), cita que o número de circunstâncias desfavoráveis encobertas por mucosas aparentemente sãs é suficientemente elevado para justificar o Exame Radiográfico. Muitos profissionais acreditam que uma boca desdentada mostra-se pronta para receber uma prótese, sem considerar os atos executados anteriormente que fazem da edentação uma situação real ou somente aparente. As radiografias oclusais representam uma das formas mais objetiva de se mapear as áreas que servirão de alicerce para as dentaduras. Mediante este estudo se comprova a ausência ou existência de raízes fraturadas, de corpos estranhos, dentes inclusos, cistos e todo tipo de má formação que pode comprometer o prognóstico. Uma vez diagnosticada qualquer alteração da normalidade, pode-se complementá-la com radiografias periapicais específicas dos locais indicados, para melhor visualização da área. Outra forma complementar do exame clínico são as radiografias panorâmicas que possibilitam uma visão total do complexo maxilo-mandibular dando suporte à interpretação das estruturas ósseas. O Exame do modelo de estudo integraliza esta visão, por nos permitir analisar a topografia da área que pretendemos atuar de forma mais objetiva mostrando com clareza os aspectos de partes da boca difíceis de serem observados clinicamente. 6 - Quais as patologias associadas ao uso de Próteses mais comumente encontradas na cavidade bucal dos edentados ? Reabsorçao do rebordo residual; Candidiase eritematosa ou atrofica cronica; e Hiperplasia fibrosa inflamatoria ou epulide fissurada. 7 - O que é e como ocorre a reabsorção do rebordo residual superior e inferior? A reabsorção óssea alveolar (ROA) após a perda dos dentes é uma doença crônica, progressiva e cumulativa da reparação óssea . A ROA que ocorre após as extrações dentárias é um processo complexo e multifatorial. Essa atrofia é mais notada na mandíbula e está relacionada com a diminuição do conteúdo mineral ósseo, especialmente em mulheres em período pós menopausa. Segundo Jahangiri, et al., o tamanho do rebordo residual alveolar é reduzido rapidamente nos primeiros seis meses, mas a reabsorção óssea da crista continua durante toda a vida de uma forma mais lenta, tendo como resultado a remoção de uma grande quantidade de estrutura dos maxilares. Dentre os fatores locais que contribuem para a ROA residual estão as condições do processo alveolar após a extração, a duração do período edêntulo e a intensidade da mordida transmitida sobre o rebordo alveolar . Klemetti ainda atribui a perda de densidade óssea mineral, que aumenta com o decorrer da idade, ao processo de ROA da mandíbula. Segundo Xie, Q.; Ainamo, A. os fatores sistêmicos relacionados à perda óssea são a idade avançada, a baixa ingestão de cálcio, a osteoporose, além do hiperparatireoidismo, hipertireoidismo, diabetes e uso de corticosteróides. É de extrema importância que seavalie as condições ósseas após as exodontias, com vistas de se propor opções de reabilitação protética, para que se estabeleça a função e estética do paciente. Outro fator importante é que se determine os fatores influentes na ROA, de modo a evitar que esse processo se acentue. 8 - Qual a influência no prognostico do caso em relação à da perda de suporte ósseo a base da prótese total removível? Um dos aspectos importantes relacionados à retenção das próteses está vinculado ao tamanho e forma dos rebordos residuais pelo fato desta situação promover ou não ancoragem suficiente para as dentaduras, dependendo do seu grau de reabsorção. Basicamente podemos dizer que os rebordos residuais classificam-se quanto ao tamanho em: proeminentes, médios e atróficos e esta relação está na dependência do volume ósseo. 9 - Qual a importância da Saliva na Reabilitação dos Edentados? A saliva tem grande importância na retenção das próteses totais e no conforto do paciente ao usá-las. Medicamentos e idade são os fatores que estão mais comumente envolvidos com a diminuição da secreção salivar. Os tratamentos são na sua maioria paliativos e incluem o uso de medicação sistêmica, enxaguatórios e lubrificantes orais e a remoção da prótese quando possível. A película de saliva interposta entre a mucosa e a base das proteses é muito importante, pois se evidenciam vários problemas que podem afetar os pacientes que utilizam próteses totais e apresentam diminuição do fluxo salivar. Entre esses problemas os mais freqüentes são: relato de dor, ulceração dos tecidos submetidos à ação das próteses, retenção diminuída, sensação de queimação, alteração na percepção do gosto, dificuldade de mastigação e deglutição (ALBANESI & VILLANI, 1989).Alguns fatores alteram o fluxo salivar podendo diminuir ou em alguns casos aumentar. Os principais fatores citados em literatura são: a idade, doenças e o uso de medicamentos ou a soma deles. Portanto, identificar a alteração de fluxo, bem como os fatores que podem desencadeá-la e buscar amenizar ou tratar é função do cirurgião-dentista pois a instalação de próteses doloridas e pouco retentivas fará com que o paciente provavelmente acabe não usando-as, trazendo-lhe danos financeiros e psicológicos, ou usará mesmo assim, com muito desconforto e pouca eficácia do aparelho protético. 10 - Explique passo a passo e materiais e instrumentais devem ser utilizados para a obtenção dos modelos de estudo em Prótese Total a partir do início da moldagem superior e inferior. Para obtenção de uma moldagem inicial satisfatória há necessidade de uma moldeira de estoque adequada, um material de moldagem próprio que, manipulado tenha consistência correta para afastar as partes móveis que circunscrevem a área chapeável e finalmente, de uma técnica operatória adequada. Técnica: Inicialmente deve-se reproduzir fielmente os acidentes anatômicos da cavidade bucal do paciente com uma moldeira de estoque adequada e adaptada ao paciente, que deve ser provada à boca do paciente, com isso, utilizando hidrocolóide irreversível (alginato) obtêm-se e delimita-se corretamente toda área chapeável da prótese. Posterior à reprodução fiel e adequada da área chapeável utiliza-se gesso tipo II para confecção do modelo de estudo, vazado na moldeira de estoque com o alginato, com o modelo de estudo em gesso pronto partimos para confecção de alívios de área retentivas com cera 7 para confecção da moldeira de estudo. 11 - Explique passo a passo e materiais e instrumentais devem ser utilizados para a obtenção das moldeiras individuais superior e inferiores. Após a obtenção do modelo de estudo, tendo este devidamente aliviado em áreas retentivas, regiões de fibromucosa flácida e rugosidades palatinas, confecciona-se a moldeira individual com Resina Acrílica Quimicamente Ativada devidamente manipulado (proporção pó e líquido= 3:1em volume e 2:1 em peso) deve-se esperar que a resina estabeleça-se em fase plástica ou de trabalho onde a resina adquire uma consistência modelável, então ela é colocada sobre o modelo de estudo reproduzindo as características provenientes da mesma. 12 - Quais as características das moldeiras individuais para cada tipo de material a ser utilizado? Alginato: Moldeiras para serem utilizadas com alginato devem possuir algum meio de retençao do material à moldeira, em geral perfuraçoes em volta da borda. Uma vez selecionada, a moldeira deve ser individualizada, especialmente na sua porçao periferica, a fim de dar suporte ao alginato no espaço relativo ao fundo de vestibulo, diminuindo a ocorrencia de bolhas e mantendo o material em posiçao ate a presa final. Alem disso, os limites da moldeira em alginato (linha continua) sao cerca de 2 a 3 mm aquem dos supostos limites da area chapeavel. Godiva: A godiva deve ser utilizada com o auxilio de um aparelho que mantem a agua na temperatura adequada para plastificar o material (55 a 60ºC), chamado plastificador de godiva. Apos plastificada, a placa de godiva deve ser homogeneizada, colocada na moldeira e levada novamente à agua antes de ser levada à boca para a confecçao da moldagem. A desinfecçao de moldes de godiva, antes do vazamento do gesso, pode ser obtida imergindo-se o molde em uma soluçao de glutaraldeido a 2%, por 10 minutos. Os limites da moldeira em godiva é de 2mm aquém dos limites da área chapeável. Silicone: O silicone é indicado para situações em que tenham ocorrido grandes alterações ósseas, como reabsorções ósseas. Inicialmente desinfecta-se os moldes de silicone em uma soluçao de hipoclorito de sodio a 1% ou glutaraldeido a 2%, por 10 minutos. Utiliza-se o silicone, individualizando-se a moldeira com a massa densa ou pesada previamente à moldagem com o silicone leve, facilita o procedimento, posteriormente obtem-se o molde com silicone, utilizando-se massa densa ou pesada e refinando-se o molde com silicone de consistencia leve. Os limites da moldeira sao feitos com retençoes. 13 - Quais os materiais mais utilizados para execução da moldagem funcional? Resina acrilica autopolimerizavel, resina acrilica termopolimerizavel, resina composta fotopolimerizavel e placas de poliestireno. Entretanto, os materiais termoplastificaveis tendem a ser mais sensiveis às variaçoes de temperatura, o que aumenta o risco de distorçao do molde apos retirado da boca. 14 - Como dever ser executado o selamento periférico superior e inferior? Antes de proceder ao selamento periferico, a moldeira individual precisa ser ajustada para que haja espaço suficiente a ser preenchido pelo material de moldagem. A godiva (material mais utilizado para vedamento periferico) devera apresentar-se com espessura adequada, contorno arredondado e superficie fosca e sem dobras ou rugosidades, demonstrando que ocupou totalmente o espaço deixado pelo ajuste da moldeira e manteve-se em intimo contato com os tecidos. Deve ser colocada em toda borda da moldeira já ajustada, e inserida à boca do paciente. Apos ser retirada da boca, a godiva nao deve apresentar irregularidades como dobras ou pregas. A lisura e a opacidade da godiva indicam que o material manteve-se em contato com os tecidos durante seu resfriamento, reproduzindo corretamente sua forma durante a funçao. 15 - Qual a técnica e quais instrumentais devem ser utilizados para manipulação da pasta de óxido de zinco e eugenol? A pasta zinco enolica deve ser manipulada, e ser distribuida em quantidadeideal sobre toda a superficie interna da moldeira, tomando-se o cuidado de recobrir inteiramente a godiva responsavel pelo vedamento periferico, inclusive na sua porçao externa, para que o material escoe por toda a area a ser moldada. Caso o material de moldagem nao seja aplicado sobre a porçao externa da godiva, o proprio vedamento periferico conseguido inibe o escoamento da pasta para essa area durante a moldagem. A moldeira com a pasta zincoenolica deve ser colocada sobre o rebordo com pressao suficiente para que o material possa fluir e,.mantendo-se o posicionamento da moldeira pelos cabos, um tracionamento da mucosa deve ser executado com a outra mao para que nao fique excesso de material na regiao de fundo de vestibulo. depois de realizadas as movimentaçoes da mucosa, deve-se retirar a mao da moldeira para que a compressao cesse e a mucosa possa recuperar sua forma original antes da presa final do material de moldagem. Após atingir a presa do material, a moldeira pode ser retirada. Materiais utilizados: Pasta Zinco Enólica (pasta e catalizador), espátula 36, placa de vidro, moldeira individual. 16 - O que é, e como se executa o encaixotamento superior e inferior? O encaixotamento deve ser obtido cortando-se uma tira de secçao quadrada de uma lamina de cera utilidade que deve ser aplicada em toda a periferia do molde, fixando-a com espatula aquecida. Na regiao posterior, uma lamina mais larga de cera utilidade e aplicada por baixo, na parte externa da moldeira, deixando que seja formado um degrau entre o termino do molde e a cera utilidade. Com laminas de cera com cerca de 25 mm de largura, obtidas de uma lamina de cera 7 ou 9, levanta-se paredes, fixando-se as laminas na cera utilidade ao redor do molde com espatula quente, para conter o gesso, apos o vazamento, ate sua presa final. Foto 01 - Vista Oclusal do modelo de trabalho Superior Foto 02 - Vista Oclusal do modelo de trabalho Inferior 17 - Seu caso seria considerado favorável ou desfavorável para estabilidade protética? Justifique sua resposta. Seria um caso favorável devido a qualidade do rebordo ressidual alveolar, paciente apresenta uma das principais caracteristicas de estabilidade da PT. 18 - Qual a técnica e quais instrumentais devem ser utilizados para obtenção das bases de prova? As bases de prova sao confeccionadas sobre os modelos obtidos das moldagens funcionais e podem ser feitas com resina acrilica termo, auto ou fotopolimerizavel. O modelo devera ter suas areas retentivas alivadas com utilização de cera 7, para não danificar a base de prova, além disso o modelo estar vaselinado previamente à aplicaçao da resina. As resinas acrilicas auto ou fotopolimerizaveis devem ser manipuladas e aplicadas sobre os modelos manualmente para a confecçao de uma base de prova. Depois de aplicada e ainda em fase de trabalho, recorta-se a resina acrílica que foi colocada em excesso sobre o modelo com utilização de espátula lecron,. Instrumentais: Espatula 36, pote paladon, resina acrílica, placa de vidro, vaselina, espátula lecron. 19 - Qual a função das bases de prova? Bases de prova rigidas, estaveis, retentivas e bem adaptadas ao rebordo residual tem por finalidade, a precisao dos registros das caracteristicas biotipologicas do individuo determinara as relaçoes intermaxilares, oclusais e do padrao estetico das proteses terminadas. 20 - Qual a técnica e quais instrumentais devem ser utilizados para obtenção dos planos de orientação? Os planos de orientação devem ser confeccionados em cera 7 ou 9 fundida em um conformador. Planos de cera podem ser confeccionados plastificando-se e dobrando-se uma lamina de cera 7 ou 9 varias vezes sobre si mesma. Deve-ser aquecer a cera dobrada para que seja conformado de forma a acompanhar o formato da base de prova e para que fique adequadamente fixa sobre a base de prova. Posteriormente deve os planos de cera devem ser individualizados de acordo com as características do paciente, com utilização da curva de spee devidamente aquecida, marcações devem ser feita como a linha média, linha de canino. Materiais: Cera 7, lamparina, curva de spee, espátula lecron, régua. 21 - Como deve ser feita a individualização do plano de orientação superior na boca do paciente? Recuperar com o contorno do plano de orientação, a sustentação dos tecidos do terço inferior da face, perdida com a remoção dos dentes naturais. Recuperação de suporte de lábios através do posicionamento correto dos músculos orbiculares. O plano de cera superior deve ser aquecido e remodelado para acompanhar o perimetro da base de prova com uma angulaçao anterior de aproximadamente 75º em relaçao ao plano oclusal. Alem disso, deve ser posicionado à frente do rebordo residual, cerca de 12 mm da borda posterior da papila incisiva, uma vez que, com a perda dos dentes, o rebordo superior sofre uma reabsorçao de fora para dentro, nao devendo ser considerado como um indicativo do posicionamento dos dentes artificiais. 22 - O que é Linha alta do sorriso ? Delineado formado por uma curva suavemente ascendente, que acompanha a borda superior do labio inferior. Essa curva e chamada linha do sorriso. 23 - O que é Corredor Bucal ? O corredor bucal e o espaço existente entre a superficie vestibular dos dentes posteriores e a mucosa interna da bochecha. É influenciado pela sombra da mesma, que altera progressivamente a iluminaçao dos dentes, auxiliando na obtençao do efeito de gradaçao antero-posterior 24 - O que é Linha Média ? Para se conseguir um arranjo harmonico dos dentes anteriores superiores com a face, devem- se posicionar os incisivos centrais superiores de forma a criar um ponto de apoio visual centralmente localizado dentro da fisiologia visual. Esse ponto de apoio visual, que coincide com o contato proximal entre as faces mesiais dos incisivos centrais superiores e chamado de linha media ou mediana. 25 - Como deve ser feita a individualização do plano de orientação inferior na boca do paciente? Reestabelecimento da posição da mandíbula em relação à maxila nos planos vertical e horizontal. O plano de orientaçao de cera inferior deve ser aquecido e remodelado de acordo com o formato do rebordo colocado com sua face superior paralela ao mesmo, respeitando-se a altura distal de 2/3 da papila piriforme. A crista do rebordo deve ser demarcada sobre a base de prova. 26 - Quais são os métodos de obtenção da dimensão vertical do paciente, e explique cada um destes. “A altura do terço inferior da face ou da relação espacial da mandíbula em relação à maxila no plano vertical” Método Estético: Reconstituição facial para determinação da DV. Ponto básico de referência é a harmonia do terço inferior da face com as demais partes do rosto. Depende da sensibilidade e experiência do profissional. Método Fonético: Consiste em solicitar ao paciente que pronuncie palavras com sons sibilantes, como ”mississipi” e ”sessenta e seis”, enquanto se observa o movimento da mandibula, formando um espaço interoclusal denominado espaço funcional de pronuncia. Método Métrico sugere que a distancia do canto externo do olho ate a comissura labial seria igual à distancia do ponto subnasal ao gnatio. Nesta posiçao o paciente estaria em DV, que inclui o espaço funcional livre. Atraves de um compasso de Willis registra-se a distancia do canto externo do olho ate a comissura labial e diminui-se arbitrariamente cerca de 3 a 4 mm, equivalentes ao espaço funcional livre, para se estabelecer a altura na qual o planode orientaçao inferior devera ser ajustado para se chegar à DVO, posiçao na qual a reabilitaçao sera realizada. Metodo fisiologico: A posiçao fisiologica de repouso da man-dibula fornece uma boa referencia para a determinaçao da DV. O metodo constitui-se em registrar a altura do terço inferior da face com a mandibula em repouso, utilizando um compasso de Willis e diminuir de 3 a 4 mm relativos ao espaço funcional livre para se chegar à DVO por acrescimo ou subtraçao de cera no plano de orientaçao inferior Foto 03 - Vista vestibular do modelo de trabalho Superior com a base de prova em posição com o rolete de cera e as linhas demarcatórias Foto 04 - Vista vestibular do modelo de trabalho Inferior com a base de prova em posição com o rolete de cera e as linhas demarcatórias 27 - O que é Relação Centrica, e como deve ser obtida e registrada em pacientes desdentados totais? É uma posição estritamente relacionada à posição condilar, não apresentando nenhuma relaçao com os contatos dentarios. O termo Relaçao Centrica (RC) refere-se à posiçao mais posterior da mandibula em relaçao à maxila no plano horizontal, determinada pelos musculos e ligamentos que atuam sobre o complexo condilo/disco da ATM, independentemente de contatos dentarios, estando os condilos na posiçao mais anteriorizada na cavidade glenoide, contra a vertente posterior da eminencia articular. A posiçao mais posterior da mandibula deve ser guiada com o ”consentimento” da musculatura. A tentativa de forçar essa posiçao resultara em uma posiçao anteriorizada em relaçao à RC, como conseqüencia da reaçao da musculatura a este movimento forçado. Alem disso, se a musculatura ou as ATMs apresentarem alguma sintomatologia dolorosa, caracteristica das DTMs, e improvavel que seja obtido esse posicionamento do complexo condilo/disco dentro da cavidade articular. Uma vez que a DVO tenha sido estabelecida de forma criteriosa, torna-se mais facil conseguir-se uma posiçao horizontal fisiologicamente compativel para a reabilitaçao. 28 - Como é feita a montagem do modelo de trabalho superior no ASA? Primeiramente é necessário efetuar a tomada da posição espacial da maxila do paciente e a distância intercondilar, utilizando o arco facial. Inicialmente o articulador deve ser ajustado, a distância intercondilar, para o modelo foi utilizada a M, o ângulo de bennet (15º) e ângulo de protrusão (30º) . Coloca-se o arco facial devidamente ajustado no articulador com a base de prova superior com rolete de cera já montado, adapta-se a garfo do arco facial ao rolete, utilizando cera fundida. Dessa forma, a garfo fica solidária ao rolete e à base de prova. Leva-se o conjunto à boca do paciente. Com auxílio da base de prova inferior, com o rolete já adaptado, solicita-se ao paciente que mantenha o conjunto em posição com a força de sua mordida. Adapta-se o arco facial à haste do garfo, levando as "olivas" ao pavilhão auditivo do paciente. Solicita-se, ao paciente que apoie o arco facial com as mãos, enquanto adaptamos o dispositivo de localização do násium. Leva-se o conjunto ao articulador, adaptando as olivas do arco facial aos pinos próprios do articulador. O ramo superior do articulador repousa sobre a parte superior do arco facial. No caso de instrumentos cuja distância inter- condilar é regulável, verifica-se, no próprio arco facial essa distância e ajusta-se o articulador. Acrescenta-se gesso entre a placa de montagem e o modelo, tomando o cuidado de utilizar pequena quantidade de gesso. Aguarda-se a presa do gesso antes de passar para a fase seguinte 29 - Como é feita a montagem do modelo de trabalho inferior no ASA? Fixado o modelo da maxila, removem-se o arco facial e a base de prova, do articulador. Voltando ao paciente, tomamos os registros prévios: curva individual de compensação; DVO; RC e linhas de referência. Fixadas as bases de prova entre si, na posição de RC, removemos o conjunto da boca e leva-se ao articulador. Adaptada a base de prova superior ao modelo da maxila (já montado), adaptamos o modelo da mandíbula à base de prova mandibular. Com o pino guia incisal fixado em zero (posição de montagem), fecha-se o ramo inferior do articulador. Acrescenta-se gesso entre o modelo mandibular e a placa de montagem. Aguarda-se a presa do gesso. Após a presa final do gesso, os elementos de fixação podem ser removidos e, se necessário for, os modelos podem ser reforçados com nova porção de gesso. Foto 05 - Vista vestibular do modelo de trabalho Superior com a base de prova em posição com o rolete de cera e as linhas demarcatórias conjunto montado em ASA Foto 06.01 Vista vestibular do modelo de trabalho Superior com a base de prova em posição com o rolete de cera e as linhas demarcatórias, juntamente com o modelo de trabalho Inferior com a base de prova em posição com o rolete de cera e as linhas demarcatórias todo o conjunto montado em ASA – SEM PINO GUIA INCISAL Foto 06.02 Vista vestibular do modelo de trabalho Superior com a base de prova em posição com o rolete de cera e as linhas demarcatórias, juntamente com o modelo de trabalho Inferior com a base de prova em posição com o rolete de cera e as linhas demarcatórias todo o conjunto montado em ASA – COM PINO GUIA INCISAL 30 - Quais os tipos de dentes artificiais disponíveis da marca Biotone frente ao formato do rosto do paciente? Leptossômico: Tipo Corporal Longilíneo, Arcada Trapezoidal; Atlético: Tipo Corporal Intermediário, Arcada Quadrada; Pícnico: Tipo Corporal Arredondado, Arcada Ovalada. 31 - Qual o comprimento (mm) da região entre as marcações da linha de canino? Foi registrado o comprimento de 50mm 32 - Qual o comprimento (mm) da região da linha do sorriso ? Da linha do sorriso até “incisal” são 8mm Foto 07 - Vista vestibular da medição entre as marcações da linha de canino obter foto com a régua em posição 07 – 01 07 – 02 07 - 03 Foto 08 - Vista vestibular da medição da linha alta do sorriso obter foto com a régua em posição 33 - Selecione na carta molde Biotone, os modelos dos dentes artificiais anteriores superiores, posteriores superiores, anteriores inferiores e posteriores inferiores, mais indicados para o caso de sua prótese total, e justifique a escolha de forma e cor simulando e explicando as características que você encontraria neste paciente. Paciente do sexo masculino, 58 anos com 1,81m de altura e magro. Baseado nas características do paciente e as medidas relatadas nos planos de cera foi realizada a seleção dos dentes artificiais da PT. A cor foi escolhida para ficar mais próximo do natural, lembrando que os dentes tendem a escurecer com o processo natural do envelhecimento, ficando desproporcional optarmos por cores muito claras, perdendo em naturalidade. A25 : Anteriores Superiores 2E : Anteriores Inferiores 30M – 32M : Posteriores Inf e Sup 33º A 3,5 : Cor Referências JAHANGIRI, L. ET AL. Current perspectives in residual ridge remodeling and its clinical implications: a review. J Prosthet Dent. V.80, n.2, p.224-237, 1998. KLEMETTI, E. A review of residual ridge resorption and bone density. J Prosthet Dent. V.75, n.5, p.512-514, 1996. TEPORTO, C.C. Exame Clínico. 3 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1996 SAIZAR, P. Prosthodoncia total. Buenos Aires: Ed Mundi, 1972. TELLES, D. Protese total – Convencional e sobre Implantes. São Paulo: Ed Santos, 2011 XIE, Q. ET AL. Oral status and prosthetic factors related to residual ridge resorption in elderly subjects. Acta Odontol Scand.V.55, n.5, p.306-313, 1997.
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