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QUESTIONÁRIO DE CIVIL

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QUESTIONÁRIO DE CIVIL III – 1º ESTÁGIO
Fale sobre obrigações e suas fontes mediatas e imediatas.
Obrigação é um vínculo jurídico em que um sujeito devedor ficará na obrigação de prestar uma atividade que pode ser de dar, fazer e não fazer ao credor. Suas fontes imediatas são: 
atos ilícitos: nascem com o descumprimento da lei;
contratos: cria as obrigações;
 ato unilateral de vontade: também cria obrigações.
OBS.: A mediata é a lei.
Conceitue contrato.
É o negócio jurídico bilateral que cria, modifica ou extingue direitos. Gera obrigações entre as partes. Sua natureza jurídica é de negócio jurídico.
Fale sobre o contrato no Direito Romano.
No Direito Romano os acordos eram chamados de convenções e podiam ser: Contratos; Pacto. No direito Romano os contratos eram:
Solenes: existia uma forma de contrato;
Em numerus clausus ou rol taxativo: era lei que dizia que o contrato;
Previsão legal: os contratos eram obrigatoriamente previsto em lei.
OBS.: no direito civil brasileiro a regra é a não solenidade (existe a liberdade de forma), números apertus (podem surgir novas espécies contratuais), podem ser inominados “sem nomem iuris”, ou seja, sem previsão legal (não precisa ser previstos em lei. Basta seguir os artigos 104 CC/2002 e 166 CC/2002).
Explique a antinomia entre princípios e o sistema de contrapesos.
A antinomia de princípios é uma relação de coexistência entre princípios que colidem entre si, foi uma criação do século XX. O sistema de contrapesos é a harmonização entre os princípios. (art. 421 e 487 CC/2002).
Cite e explique os princípios do Estado Liberal.
Princípio da autonomia negocial: Existe a liberdade contratual. No Direito Civil as partes são iguais, gozam de isonomia. Era livre a possibilidade de contratar com quem quisesse;
Princípio da força do contrato (Pacta Sunt Servanda): mesmo que exista uma parte desfavorável o contrato será feito. Ambas as partes devem cumprir o que está acordado. A pacta sunt servanda e a regra no Direito civil, que é cumprir com o que foi acordado;
Princípio da relatividade subjetiva: diz respeito somente as partes, ou seja, o contrato só criará leis entre as partes. Só se aplicará as partes envolvidas na relação. OBS.: exceção: efeitos do contrato com relação a terceiros.
Cite e explique os princípios do Estado Social.
Princípio da Função social dos Contratos: é uma tentativa de limitar a autonomia negocial. Veio pensar no coletivo. 
Princípio da equivalência material: não se aplica aos contratos de execução imediata. Só se aplica aos contratos de execução continuada ou diferida (adiada). Busca realizar e preservar o equilíbrio real de direitos e deveres no contrato, antes, durante e após sua execução, para harmonização dos interesses. Vai fazer com que aquela parte que não tem como cumprir o contrato volte a ficar em uma posição equivalente a que se encontrava no início do contrato. Remete a igualdade material que se relaciona diretamente com o real sentido de justiça. É atender aquele que tem mais necessidade. Significa que as partes devem sempre buscar a condição inicial que existia no contrato. (surgiu na idade média com o Direito Canônico).
Princípio da boa fé contratual: as partes devem ser honestas umas com as outras.
Como se aplica o princípio da equiparação/ equivalência material no Direito Civil e no Direito do Consumidor?
Refere-se a clausula “Rebus Sic Standibus” (voltar a forma anterior). No direito Civil os requisitos para a equiparação material são: superveniência, onerosidade excessiva; prestação de execução continuada ou diferida, imprevisibilidade e extraordinariedade. Já no Direito do consumidor os requisitos para se aplicar a equivalência material são: superveniência, onerosidade excessiva; prestação de execução continuada ou diferida. Ou seja, não é exigido os dois últimos requisitos que se exige no Direito Civil. 
Explique e classifique mútuo e comodato.
Comodato é contrato unilateral, gratuito, pelo qual alguém entrega a outrem coisa infungível (Coisa Insubstituível), para ser usada temporariamente e depois restituída. O comodato é o empréstimo gratuito de coisas não fungíveis. Perfaz-se com a tradição do objeto. Mútuo contrato pelo qual alguém transfere a propriedade de coisa fungível a outrem, que se obriga a lhe pagar coisa do mesmo gênero, qualidade e quantidade. O mútuo é o empréstimo de coisas fungíveis. O mutuário é obrigado a restituir ao mutuante o que dele recebeu em coisa do mesmo gênero, qualidade e quantidade.
CLASSIFICAÇÃO
	Comodato 
	Mútuo 
	Bens móveis e imóveis;
Gratuito (somente uma parte sofre diminuição ou restrição patrimonial);
Unilateral (somente uma parte se compromete em dar / fazer / não fazer);
Nominado (tem nome jurídico/ previsão na lei)
Típico
Real (se formam com a entrega efetiva do produto)
De execução imedia’ta (pago a vista)
Não solene (existe a liberdade de forma)
Bens INFUNGÍVEIS (bens inconsumíveis)
	Bens móveis e imóveis;
Gratuito (somente uma parte sofre diminuição ou restrição patrimonial);
Unilateral (somente uma parte se compromete em dar / fazer / não fazer);
Nominado (tem nome jurídico/ previsão na lei)
Típico
Real (se formam com a entrega efetiva do produto)
De execução imediata (pago a vista)
Não solene (existe a liberdade de forma)
Bens FUNGÍVEIS (bens consumíveis)
Cite e explique as fases do contrato.
As fases dos contratos são:
Negociação preliminar: caracterizada por sondagens, conversações, estudos e debates acerca do contrato a ser firmado, também pode ser denominada de fase de pontuação. Não geram por si mesmas obrigações para qualquer dos participantes, elas fazem surgir, deveres jurídicos para os contraentes, decorrentes da incidência do principio da boa-fé, sendo os principais os deveres de lealdade e correção, de informação, de proteção e cuidado de sigilo. A violação desses deveres durante o transcurso das negociações é que gera a responsabilidade do contraente, tenha sido ou não celebrado o contrato. 
Proposta: também é chamada de oferta, policitação ou oblação. Dá início à formação do contrato, e em regra, não depende de forma especial. Deve conter todos os elementos essenciais do negocio proposto, como preço, quantidade, tempo de entrega, forma de pagamento. Deve ser séria e consciente, pois vincula o proponente, deve também ser clara, completa e inequívoca, ou seja, há de ser formulada em linguagem simples compreensível ao oblato, mencionando todos os elementos e dados do negócio necessários ao esclarecimento do destinatário e representando a vontade inquestionável do proponente. 
Aceitação: é a concordância com os termos da proposta. É a manifestação de vontade imprescindível para que se repute concluído o contrato. Consiste, portanto, na formulação da vontade concordante do oblato feita dentro do prazo e envolve adesão integral a proposta recebida. Pode ser expressa ou tácita. Aceitante é igual a oblato.
OBS.: da fase preliminar até a proposta a responsabilidade é extra contratual. Já na aceitação a responsabilidade contratual.
Qual o objetivo do princípio da força vinculante da proposta.
Significa que o proponente quando faz a proposta para o aceitante, tem que mantê-la senão terá que ser outro contrato. Ele não pode voltar atrás. A proposta vincula/obriga o proponente. As pessoas presentes a regra de aceitação é imediata mesmo que essa presença seja feita por meio eletrônico. Se houver um prazo estipulado para pensar a proposta será mantida, caso não haja estipulação de tempo a proposta pode ser mudada, porém terá que fazer uma nova negociação. Baseia-se no princípio da boa fé.
Art. 428. Deixa de ser obrigatória a proposta:
I - se, feita sem prazo a pessoa presente, não foi imediatamente aceita. Considera-se também presente a pessoa que contrata por telefone ou por meio de comunicação semelhante;
II - se, feita sem prazo a pessoa ausente, tiver decorrido tempo suficiente para chegar a resposta ao conhecimento do proponente;
III - se, feita a pessoa ausente, não tiver sido expedidaa resposta dentro do prazo dado;
IV - se, antes dela, ou simultaneamente, chegar ao conhecimento da outra parte a retratação do proponente.
Onde se considera celebrado o contrato?
O local onde se considera celebrado o contrato é onde reside o policitante. No caso de imóveis é a lei do pais onde o imóvel se encontre.
Fale sobre a aceitação dos contrato. 
Os contratos podem ser celebrados entre:
presentes: em regra a aceitação deve ser imediata. A não ser que as partes definam um prazo para essa aceitação. A proposta poderá estipular ou não prazo para a aceitação. Se o policitante não estabelecer nenhum prazo, esta deverá ser manifestada imediatamente, sob pena de a oferta perder a força vinculante. Se, no entanto, a policitação estipulou prazo, a aceitação deverá operar-se dentro dele, sob pena de desvincular-se o proponente.
Ausentes: pode ser celebrado por correspondência (carta, telegrama, fax, radiograma, e-mail etc) ou intermediários, a resposta leva algum tempo para chgar ao conhecimento do proponente e passa por diversas fases. Existem algumas teorias:
Teoria do conhecimento ou cognição: não é aceita no Brasil. É altamente dificultosa. É necessário a chegada da resposta ao conhecimento do policitante, que se inteira de seu teor. Não basta a correspondência ser entregue a destinatário. O aperfeiçoamento do contrato se dará somente ao instante em que o policitante abri-la e tomar conhecimento do teor da resposta.
Teoria da declaração ou agnição: é aceita no Brasil. O que importa é a manifestação de vontade de aceitar a proposta. Subdivide-se em três sub-teorias:
Subteoria da declaração propriamente dita: não foi aceita em nenhum ordenamento jurídico. O instante da conclusão coincide com o da redação da correspondência. 
Subteoria da expedição: é a regra no Brasil. A partir do momento que expedir a resposta passa a gerar efeitos. Não basta apenas a redação da resposta, sendo necessário que tenha sido expedida, isto é, saído do alcance do oblato. Se considera formado o contrato no momento em que a resposta é expedida.
Subteoria da recepção: é a exceção. Normalmente vem prevista no próprio contrato. Só começa a gerar efeitos quando a proposta chega ao proponente. Não significa dizer que ele tenha que tomar conhecimento do conteúdo. Além de escrita e expedida, a resposta tenha sido entregue ao destinatário. Distingue-se da teoria da informação porque esta exige não sá a entrega da correspondência ao proponente, como também que este a tenha aberto e tomado conhecimento de seu teor. Se reputa celebrado o negócio no instante em que o proponente recebe a resposta, dispensando a leitura da mesma.
Fale sobre a aceitação dos contratos eletrônicos.
Contrato eletrônico é aquele celebrado por meio de programas de computador ou aparelhos como tais. Dispensa assinatura ou exige assinatura codificada ou senha. A segurança de tais contratos vem sendo desenvolvida por processos de codificação secreta, chamados de criptografia ou encriptação. A forma de aceitação se faz:
Interpessoais: presume-se que as partes estejam presentes, as respostas são dadas simultâneamentes;
Intersistêmicos: se dá entre ausentes, leva-se um tempo para que a comunicação seja estabelecida;
Interativos: aquele contrato em que o proponente disponibiliza uma página própria para que os oblatos se interajam. Ex.: sites de venda.

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