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QUESTIONÁRIO DE DIREITO PENAL

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Questionário de Direito Penal III - 2º Estágio
Conceitue o crime de aborto.
É a ação de interromper o processo gestacional com a eliminação do produto da concepção (feto). Essa eliminação é a da vida, que é a morte do feto. O aborto por si só não constitui infração penal, pois o aborto pode ser natural ou provocado. O ilícito é o provocado, que é proibido essa conduta.
OBS.: no crime de aborto se preserva a vida intra uterina, já no homicídio é a vida extra uterina.
Faça a classificação doutrinaria do crime de aborto.
Crime Simples: Só há uma conduta ilícita, um único tipo penal, que é a eliminação da vida do produto da concepção, interrompendo o processo de gestação. A gravidez tem que ser normal, pois so pode considerar crime de aborto quando há a pespectiva de vida. O único bem juridicamente tutelado é a proteção da vida, que é o produto da concepção. Existe gravidez em que não há possibilidade de vingar (ex. gravidez nas trompas), neste caso, a lei permite que seja feita a interrupção, não havendo crime de aborto, desde que seja comprovado pelo medico que haja perigo de vida tanto da gestante quanto do produto da concepção.
Crime uniofensivo: Se protege um único bem jurídico. A proteção é a vida intra uterina.
Crime comum/próprio: Em relação ao sujeito ativo, qualquer pessoa pratica o aborto. Já o sujeito passivo a vitima é especifica, que é o produto da concepção.
OBS.: No art. 124 CP. É exclusiva da gestante, só ela pratica as manobras abortivas ou dar o consentimento para um terceiro praticar o aborto. No art. 125 CP. Quem provoca as manobras abortivas é um terceiro, que pode ser qualquer pessoa, assim neste artigo será crime comum quanto ao sujeito ativo, quanto aos sujeitos passivos serão a gestante (de forma indireta, pois não consentiu) e o produto da concepção, aqui o crime é proprio. No art. 126 CP. Quando a gestante autoriza o aborto a um terceiro, neste caso a gestante responde pelo 124 CP e o terceiro pelo 126 CP. Não há consentimento se houver : o consentimento viciado ou se o consentimento for dado por menores de 14 anos, deficiente mental ou alienada obtido mediante fraude ou grave ameaça.
Crime unissubjetivo: Via de regra só pode ser cometido por uma única pessoa, porém admite mais agentes. Não há necessidade de concurso, mas por eventualidade o crime pode ser cometido por mais de uma pessoa (para as praticas abortivas) É unissubjetivo, pois a gestante admite o aborto por um terceiro ou mais de uma pessoa. Admite, portanto o concurso de pessoas na coautoria e na participação.
Crime doloso: Nos arts. 124, 125 e 126 do CP, o crime é doloso, pois nesses artigos o autor pratica o crime com consciência e vontade e o código não prevê culpa. Não existe modalidade culposa exclusiva.
Crime preterdoloso: Culpa no antecedente e dolo no conseqüente. No art.127 CP, o agente queria eliminar a vida intra uterina, mas ocorre um resultado que vai além da sua intenção. A penas dos arts. 125 e 126 são acrescidas caso resulte em lesão corporal grave ou morte da gestante. Há preterdolo, pois esses dois resultados não eram previstos pelo agente. O resultado decorre de uma inobservância de cuidado. Só pode ser punido a titulo de culpa, senão ocorreria o concurso de crimes:
Material: é a pluralidade de condutas e crimes;
Formal: é a unidade de conduta, pluralidade de resultados;
Crime continuado: são os crimes seguintes são considerados continuação do primeiro.
Crime material: O tipo penal descreve a conduta e o resultado. Se exige o resultado para a consumação. A consumação ocorre no exato momento que se verificar a morte do produto da concepção. A ação é a manobra abortiva, o resultado é a morte do produto da concepção. O crime é material quando a consumação é alcançada.
Crime instantâneo de efeito permanente: Consumação instantânea que o efeito se prolonga no tempo. A consumação só se ocorre no exato momento que se verifica a morte do produto da concepção.
Crime plurissubsistente: É possível o fracionamento do inter criminis. Existe a possibilidade de interrupção do crime, há possibilidade de tentativa.
Fale sobre o crime de aborto majorado.
As penas cominadas nos arts. 125 e 126 são aumentadas de um terço, se em conseqüência do aborto ou dos meios empregados para provocá-los, a gestante sofre lesão corporal de natureza grave; e são duplicadas, se por qualquer dessas causas, lhe sobrevém a morte.
Disserte sobre o aborto legal.
Esse aborto não é punido no Código Penal. Existem duas possibilidades de aborto legal e uma terceira causa extralegal de aborto não punido:
Aborto necessário ou terapêutico: a lei prevê que seja feito por um médico, porém ele não precisa de autorização nem da gestante, nem da justiça, mas tem que justificar o risco de vida da gestante.Se comprovado um erro médico a conduta passa a ser culposa e ele responderá de forma civil, pois o CP não prevê crime culposo no aborto e a conduta passa a ser atípica. Se comprovado o dolo do médico querendo o aborto, este responderá por aborto provocado por terceiro sem consentimento da gestante.
Aborto resultante de estupro: neste caso a gestante pode ou não optar pelo aborto, caso opte pelo aborto, deverá pedir autorização. O estupro é crime de ação publica e o Estado é quem deve fiscalizar.
Aborto de anencéfalo: além das duas situações citadas acima, existe hoje, pela justiça brasileira essa terceira possibilidade de aborto, entende-se que o anencéfalo é a falta de cérebro no feto, por isso não há previsão de vida. Para abortar, a gestante deve consentir, é uma causa extralegal, não se pune pois é causa indicativa de exclusão de culpabilidade e não há previsão legal.
Conceitue o crime de Lesão corporal.
Segundo Nelson Hungria, é toda e qualquer ofensa ocasionada a normalidade funcional do corpo ou do organismo humano, seja do ponto de vista anatômico, fisiológico ou psíquico.
Qual o objetivo jurídico a ser tutelado no crime de lesão corporal?
A preservação do corpo de modo geral, integridade corporal não só do ponto de vista anatômico, mas fisiológico e psíquico.
Diferencie Lesão Corporal e Vias de Fatos.
A lesão corporal se mostra de forma nítida no corpo, é um crime não transeunte, pois deixa vestígios dela se resulta crime ; o que diferencia de vias de fatos, pois as mesmas, é transeunte, não deixa vestígios no outrem, não se resulta crime.
Fale a classificação doutrinaria do crime de lesão corporal.
Crime simples: Em relação ao sujeito ativo e o sujeito passivo, é o que defende a doutrina majoritária. Porém a doutrina minoritária diz que há um tratamento diferenciado quanto ao sujeito passivo no inciso V, que diz que neste caso será um crime próprio. Existindo também outra hipótese de exceção no §9º violência doméstica, é uma modalidade qualificada de lesão corporal, pois prevê uma pena diferenciada do tipo fundamental. A violência doméstica ocorre dentro da unidade familiar, abrange coabitação e hospede. Há indicação contra quem o crime será cometido.
Crime uniofenssivo: Apresenta uma única ofensa, uma única conduta ilícita, com apenas um bem jurídico protegido, a integridade do corpo sob ponto de vista anatômico, fisiológico ou psíquico. Na lesão corporal a regra é que o crime seja comum, porem a exceção é de ser próprio com relação ao sujeito passivo, nas hipóteses indicadas nos §1º, IV; §2º, V; §9º art. 129 CP. Poderá ser próprio em relação ao sujeito ativo na situação do §9.
Crime unissubjetivo: Só pode ser cometido por uma única pessoa, admite-se outras pessoas. Porque eventualmente pessoas podem se reunir para ofender a integridade de outrem. Neste caso o concurso de pessoas só admite-se de forma eventual, tanto na coautoria como na participação.
Crime culposo: A norma expressamente indica a modalidade culposa. O agente dá causa ao resultado involuntariamente por negligência, imprudência ou imperícia. A exceção está justificada no parágrafo único do art. 18 CP.
Crime preterdoloso: Quando há culpa no conseqüente de dolo no antecende. Exceção parágrafo único art.18 CP. 
Crimedoloso: o agente quer ou assume o risco do resultado. É a regra no crime de lesão corporal.
Crime material: o tipo penal prevê a conduta e o resultado. (é um crime de ação: ofender; e resultado: materialização da ofensa.);
Crime não transeunte: deixa vestígios.
Crime instantâneo: a consumação se dá em um único momento.
Crime de dano: materializa um dano físico ou a saúde de alguém.
Crime livre: pode ser cometido de qualquer maneira (barra de ferro, pedaço de pau, com palavras).
Crime plurissubsistente: quando é possível o fracionamento do inter criminis. Pode acontecer a não consumação por vontade do sujeito ativo (desiste voluntariamente ou se arrepende logo em seguida), ou a não consumação por um fator externo ou estranho (por motivos alheios a vontade do sujeito ativo).
OBS.: o instituto da tentativa é um dos mais difíceis de provar e entender. Tecnicamente é possível a tentativa no crime de lesão corporal.
Cite e explique as modalidades de lesão corporal.
Crime doloso:
Lesão corporal leve (art. 129 caput): pode ser chamada de leve, simples ou fundamental. Ocorre uma lesão a funcionalidade do corpo;
Lesão corporal grave (art. 129 § 1º I, III): é uma das situações qualificadoras. No inciso I a ocupação habitual é a ocupação do dia a dia, são as ocupações normais, independentemente de remuneração. Essa incapacidade tem que ser por um prazo superior a 30 dias, tem que ser temporária, para comprovar que a lesão perdurou por mais de 30 dias é realizado uma perícia do 31º dia para se comprovar. Entre provas não existe hierarquia. No inciso III a debilidade de membro/ sentido/ função refere-se a redução da capacidade funcional dos órgãos.
Lesões de natureza gravíssima (art. 129 § 2º I, II, III e IV): no inciso I a incapacidade é permanente. Não será a atividade ocupacional, mas sim o trabalho. Existe discussões na doutrina e nos tribunais se é para a atividade que ele exercia quando foi lesionado, ou para qualquer atividade. Uma corrente diz que pouco importa se ele pode ou não exercer outra função para caracterizar o crime, a outra corrente diz que o que importa é que ele foi lesionado. no inciso II a enfermidade incurável é aquela que não tem cura ou tem pouca probabilidade de cura. No inciso III a perda ou a inutilização de membro/ sentido ou função pouco vai interessar se o membro é duplo ou não. A perda não é só em face da lesão, pode ser em decorrência dela também. No inciso IV a deformidade permanente é aquela que tem natureza estética, se a lesão vai causar vexame no sujeito passivo. 
Lesão corporal seguida de morte (art. 129 § 3º)
Lesão corporal privilegiada (art. 129 § 4º): são as mesmas situações do privilégio do homicídio. A única diferença é que o bem jurídico tutela é a integridade física e o resultado é a lesão;
Lesão corporal decorrente de violência (art. 129 §9º): as situações aqui indicadas não guardam nenhuma relação com o gênero feminino. Ou seja, pode ser homem ou mulher. O que importa é que a lesão decorra no âmbito familiar e contra um ente da família. O que importa são as pessoas envolvidas.
Lesão corporal majorada (art. 129 §§ 7º, 10º e 11º): são dados acessórios que incidirão em situações específicas e provocarão aumento de pena. São três hipóteses: 
§7º: as situações do §4º do art. 121 s aplicam ao 129. Doloso para menor de 14 ou maior de 60, aplica-se aumento de pena;
§10º: no caso de lesão corporal praticada com violência domestica haverá acréscimo de pena indicada. Se ocorrer qualquer das situações dos §§ 1º e 2º do art. 129 (a pena sofrerá um aumento);
§11: causa de aumento de pena aplicável a violência domestica (aumenta 1/3 se for pessoa com deficiência).
Crime preterdoloso (são 4 situações)
Art. 129 § 1º II, IV e § 2º V e § 3º: se da lesão corporal resulta perigo de vida. O resultado surge em decorrência de um descuido, queria lesionar, mas não queria a morte (resultado preterdoloso). IV: acelerar parto não é ato ilícito. É preciso que se tenha o reconhecimento da gravidez; § 2º V: tem que ter o conhecimento que a pessoa está grávida. Se apenas quiser lesionar, mas não quer provocar o aborto (resultado culposo), há então o preterdolo. §3º: quando em decorrência de lesão a pessoa vem a morrer (é auto explicativo).
Crimes culposos
Ocorre nas mesmas situações em relação ao homicídio. Quando decorre de inobservância de dever de cuidado objetivo (negligencia/ imprudência/ imperícia). Decorre de previsão expressa na norma (princípio da excepcionalidade do tipo culposo) previsto no art. 18 parágrafo único.
Art. 129 § 6º
Art. 129 § 7º: pode haver majoração no crime culposo. Acontece nas mesmas situações da primeira parte do § 4º do artigo 121.
Cite os crimes contra a honra
São os previstos entre o artigo 138 a 145 do CP. São eles: Calúnia, difamação e injuria.
Explique honra.
É o conjunto de qualidades ou atributos físicos, morais e intelectuais de um ser humano que o faz merecedor de respeito no meio social e também promove sua auto estima.
Diferencie honra objetiva de honra subjetiva.
Honra objetiva é a visão que a sociedade tem a respeito dos atributos físicos, morais e intelectuais de uma determinada pessoa. Honra subjetiva é o sentimento que cada pessoa tem em relação aos seus atributos físicos, morais ou intelectuais.
Explique calúnia, difamação e injúria.
Calúnia (138 CP)
Imputação FALSA de fato criminoso;
Imputação referente a fato criminoso;
O fato criminoso tem que ser determinado;
Ofensa a honra objetiva.
OBS.: para ser consumada a calúnia é necessário que uma terceira pessoa tome conhecimento. Caso isso não ocorra o crime estará perfeito e acabado, porém não consumado.
Difamação (139 CP)
Imputação de fato determinado (pode ser falso ou verdadeiro);
Ofensa a reputação (boa fama);
Ofensa a honra objetiva;
OBS.: aqui não exige que a imputação seja falsa. A consumação ocorre quando uma terceira pessoa toma conhecimento, caso isso não ocorra o crime estará perfeito e acabado, porém não consumado.
Injúria (140 CP)
Atribuição de qualidade negativa;
Ofensa a dignidade (respeitabilidade/amor próprio) da pessoa;
Ofensa ao decoro (correção moral/ compostura);
Ofensa a honra subjetiva
OBS.: não exige imputação de fato determinado. A consumação ocorre quando o sujeito passivo tem conhecimento da ofensa.
Explique as modalidades do crime de injúria.
Simples: artigo 140 caput.
Qualificadas:
Art. 140 § 2º: injuria com violência real: a injuria será praticada não com a utilização de qualidades negativas, mas sim com violência física que provoque lesão corporal leve, grave ou gravíssima. Porém não tem a finalidade/intenção de ferir a integridade física ou a saúde da pessoa. A intenção é de humilhar a vítima.
Art. 140 § 3º: quando a injuria for referente a raça, cor, etnia, religião, origem ou condição da pessoa idosa ou com deficiência. Se caracteriza pelo uso do preconceito. Porém não se confunde com o crime de racismo. 
Obs.: o juiz pode deixar de aplicar a pena nos casos elencados nos incisos I e II do § 1º do artigo 140. É o chamado perdão judicial.
Explique exceção da verdade.
É o instituto jurídico que permite que o sujeito ativo (ofensor) prove que as ofensas são verdadeiras. Não se admite em ofensa a honra subjetiva.
Cite as hipóteses de exceção da verdade.
Crime de calúnia: de regra se admite em todas as hipóteses, exceto nas 3 situações elencadas no § 3º do art. 138 CP. 
Crime de difamação: só cabe exceção da verdade na hipótese do parágrafo único do art. 139.
Crime de injuria: não cabe exceção da verdade, pois afeta a honra subjetiva.
Fala sobre as disposições comuns ao crime de calúnia difamação e injúria.
Artigo 141 (aumento de pena): nos crimes de calúnia, difamação e injúria, aumenta-se 1/3 da pena; na situação do parágrafo único aumenta em dobro.
Artigo 142 (exclusão do crime): difamação e injúria
Artigo 143 (retratação): calúnia e difamação (só é possível quando a ofensa for a honra objetiva);
Artigo 144 (pedido de explicação): calúnia injúria e difamação 
Artigo 145 (ação penal): calúnia,injuria e difamação. A primeira parte do caput do artigo 145 será ação penal privada (somente se procede mediante queixa, salvo no caso do art. 140 §2º, da violência resulta lesão corporal). Na segunda parte do caput do art 145 a ação penal será pública incondicionada quando se tratar de injuria praticada com violência e o resultado for lesão corporal grave; quando se tratar de violência praticada por meios de vias de fato. E no parágrafo único ser ação penal pública condicionada quando o ofendido for funcionário público e a ofensa for relacionada a sua função pública; quando se tratar de injuria cometida com preconceito; quando se tratar de injúria cometida com violência e o resultado for lesão corporal grave. 
Explique ação penal.
Serve para apurar crimes em relação a materialidade e a autoria. Para ela ser iniciada é preciso que seu titular se manifeste (promova a ação) através de uma petição inicial que varia o nome de acordo com o tipo de ação instaurada. A ação penal pode ser:
Ação penal pública: a petição inicial é a denúncia. O titular exclusivo é o Ministério Público. Pode ser de duas modalidades:
Incondicionada: é a regra. P titular não está condicionado a nada para promover a ação penal pública, basta que tenha prova de materialidade e indícios suficientes da autoria do crime;
Condicionada: é a exceção. A representação do ofendido. Só poderá ser feita quando o código expressar “somente se procede mediante representação” ou “somente se procede mediante requisição do Ministro da Justiça”. A representação está sujeita a decadência, e ela é causa extintiva de punibilidade. 
Ação penal privada: é a exceção. Há necessidade da legislação indicar. O titular é o ofendido. Seus tipos são:
Exclusiva: conterá obrigatoriamente a expressão “somente se procede mediante queixa”.
Personalíssima: só é possível em um único caso, o indicado no art. 236 CP;
Subsidiária: art. 100 § 3º CP.
Explique o crime de constrangimento ilegal. (art. 146)
É caracterizado pelo verbo CONSTRANGER (núcleo do tipo penal). O constrangimento significa forçar, compelir, coagir. O que se preserva é o direito a liberdade pessoal. O constrangimento pode ocorrer de 3 formas:
Mediante violência: é a força física exercida pelo sujeito ativo sobre o sujeito passivo, forçando-o a fazer algo (violência física);
Mediante grave ameaça: é a violência moral. Ocorrerá a intimidação;
Outro recurso capaz de diminuir sua resistência.
OBS.: esse constrangimento visa obrigar a vítima a fazer ou deixar de fazer alguma coisa que a lei permite ou o que ela não manda.
CLASSIFICAÇÃO:	
Crime comum quanto ao sujeito ativo e passivo: não especifica qualidade. É tratado de maneira genérica;
Crime monoofensivo ou uniofensivo: apenas protege 1 bem jurídico;
Crime simples: possui apenas uma conduta;
Crime material: a norma prevê a ação e o resultado;
Crime unissubjetivo: praticado por uma pessoa só. Porém pode haver concurso de pessoas;
Crime doloso: não há previsão de ser praticado na modalidade culposa. O sujeito ativo quer o resultado;
Crime instantâneo: a consumação ocorre no exato momento em que o sujeito ativo constrange o passivo;
Crime plurissubsistente: quando o resultado pode não acontecer por motivos alheios a vontade do agente. Admite tentativa;
Crime subsidiário: só se configura se com ele não se configurar um crime mais grave. Se o crime mais grave ocorrer, ele desaparece.
Explique crime de ameaça. (art. 147)
Significa ameaçar alguém. Afeta a liberdade individual. Pode ser realizado de diversas formas:
Por palavras: ex.: vou me matar;
Por escrito: ex.: envia um bilhete: de hoje você não passa;
Por gesto;
Por meio simbílico.
CLASSIFICAÇÃO
Crime comum quanto aos sujeitos ativo e passivo;
Crime uniofensivo: protege 1 bem;
Crime simples: tem apenas uma conduta;
Crime doloso: não há previsão do tipo culposo. O agente quer o resultado;
Crime unissubjetivo: via de regra é cometido por uma pessoa. Porém pode ocorrer concurso de pessoas;
Crime formal: a norma não traz expressamente qual seria o resultado;
Crime instantâneo: a consumação ocorre no momento em que o sujeito ativo passa a ameaçar o passivo que vai lhe causar um mal injusto e grave;
Crime plurissubsistente (exceção) ou unissubsistente (regra): porque algumas situações não se admite tentativa (praticada por palavras/gestos/meio simbólico). Só pode haver a tentativa quando for por (meio escrito);
Crime subsidiário: só se configura se com ele não se configurar um crime mais grave. Se o crime mais grave ocorrer, ele desaparece.
Explique crime de sequestro e cárcere privado. (art. 148)
O objetivo é proteger a liberdade de ir e vir. 
Cárcere privado: a característica é a privação da liberdade. Se dá com a restrição completa de ir e vir. Há confinamento.
Sequestro: a característica é que a liberdade é privada, porém não há confinamento. Existe a locomoção interna.
Também é um crime subsidiário: só se configura se com ele não se configurar um crime mais grave. Se o crime mais grave ocorrer, ele desaparece.

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