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Gerenciamento do Serviço de Home Care
O Gerenciamento do Serviço de Home Care está vinculado diretamente às rotinas dos processos, bem como a operacionalização das fases e descrição das atividades de cada profissional que irá desenvolver ações aos pacientes sob este caráter de atendimento.
É importante o enfermeiro que faz parte da Equipe de Atendimento Domiciliar estar ciente de todos os processos que envolvem o Home Care, incluindo, as atividades dos demais profissionais, uma vez que o enfermeiro estará atuando diariamente neste serviço.
Alguns dos itens que envolvem o Gerenciamento do Home Care são:
• Recursos Humanos:
Como está descrito na RDC ( Resolução Diretora Colegiado) n° 11 o médico e a equipe de enfermagem são profissionais obrigatórios no atendimento do paciente em domicílio. Na Resolução do CFM, está descrito a necessidade de outros profissionais além dos citados pela RDC n° 11, como nutricionista, fisioterapeuta e fonoaudiólogo na formação da equipe multiprofissional de atendimento domiciliar.
A presença do médico é obrigatória no Serviço de Home Care realizando visitas aos pacientes, contato com médicos assistentes (que optarão por atender o paciente ou não em atendimento domiciliar) e também a presença constante 24 horas por dia sete dias por semana de um profissional médico que responda aos casos de urgência ou emergência.
Neste sentido, é imprescindível para toda a equipe de atendimento domiciliar, ter conhecimento do médico que está respondendo pelo paciente como também o contato com o médico de Home Care para casos de necessidades imediatas.
Uma tabela informativa sobre os pacientes em caráter de internação domiciliar, com o nome do médico responsável, e também os médicos do Home Care que estarão de sobre aviso para urgência e emergências poderá ser fixada na sede do serviço e acompanhar os profissionais que estão em contato constante com o paciente em seu domicílio.
As escalas de serviços médicos do Home Care são realizadas pelo Diretor Técnico do Home Care, médico, que também irá prever a quantidade de profissionais necessários para esta atividade, bem como a forma de contratação legalmente permitida para a prestação do serviço.
A enfermeira do serviço deverá sempre estar atenta às questões para que possa se dirigir ao profissional correto frente a alguma necessidade apresentada. Nos pacientes em internação domiciliar que estão sob a responsabilidade dos médicos assistentes, nas intercorrências, o médico do Home Care que entra em contato com o médico assistente.
Em qualquer episódio, esta informação é de grande valia para todos os profissionais que atuam com o paciente, para organizar o serviço de forma ordenada sem precisar realizar ligações a pessoas erradas perdendo tempo e comprometendo recursos da empresa.
O pessoal da enfermagem que está respondendo pelos pacientes em internação domiciliar e realização dos procedimentos em caráter de assistência domiciliar é organizada pelo enfermeiro através da escala de serviço dos técnicos e enfermeiros atuantes no Home Care.
Conforme a Resolução do Cofen 270/02:
“II – Toda empresa de prestação de serviços de enfermagem Domiciliar e/ou filiais, é obrigatória a ter em seus quadros:
• 1 enfermeiro responsável por turno;
• 1 enfermeiro responsável técnico, pela coordenação das atividades de Enfermagem;
III – As equipes de enfermagem, das empresas prestadoras de serviços de Enfermagem Domiciliar, deverão ser compostas “exclusivamente por enfermeiros, Técnicos de Enfermagem e Auxiliares de Enfermagem, devidamente registrados e em dia com as obrigações junto aos Conselhos Regionais que jurisdicionam suas áreas de atuação”.
IV – Todos os profissionais de enfermagem deverão ser cadastrados na empresa e a listagem atualizada devera ser enviada ao COREN de sua jurisdição, conforme resolução COFEN n° 139/92.
Neste sentido o enfermeiro que coordena a equipe de enfermagem do Home Care necessita ter sempre ciência do número de profissionais técnicos de enfermagem e enfermeiros, conforme a complexidade do atendimento ao paciente e conforme a Resolução de Dimensionamento do Quadro do Pessoal de Enfermagem.
As escalas de serviço serão diferenciadas daquelas realizadas nos hospitais, uma vez que, além do nome e turno do funcionário ira conter o nome do paciente e os horários que o profissional de enfermagem está cumprindo no atendimento ao paciente, principalmente naqueles sob a internação domiciliar.
É importante prever também o número de técnicos de enfermagem que estarão na Sede do Serviço, para a realização de procedimentos técnicos no domicílio do paciente, ou seja, alguns profissionais estarão atuando no domicilio dos pacientes que estão em internação domiciliar, enquanto outros diariamente desenvolverão as atividades de assistência no domicílio dos pacientes em assistência domiciliar.
Quando é caracterizada a presença da enfermagem e o tempo de permanência da equipe junto ao paciente em seu domicílio, o enfermeiro elabora a escala de serviço do pessoal de enfermagem para aquele paciente em específico.
Uma das escolhas da escala é a realização da escala por paciente internado e não apenas por turno como é feita nas instituições hospitalares. Desta forma além de se mensurar o número de horas trabalhadas, folgas, plantões, também se identifica qual profissional está respondendo pelo paciente.
Em qualquer forma de desenvolvimento da escala é importante atentar para as questões trabalhistas que permeiam a realização do trabalho de enfermagem, as horas trabalhadas por turnos de trabalho, as folgas, os plantões, domingos e feriados, enfim ter extrema cautela na distribuição dos horários e seguir as legislações trabalhistas.
A descrição do enfermeiro na escala do atendimento ao paciente em internação domiciliar é distribuída conforme a Resolução de Dimensionamento do Quadro de Pessoal de Enfermagem, o enfermeiro será a referência e a coordenação para o profissional de enfermagem técnico que estará prestando os cuidados diretos aos pacientes.
Sobre os demais profissionais que integram a equipe multiprofissional de atendimento domiciliar, é importante identificá-los e saber os momentos em que deverão ser comunicados para avaliações e visitas domiciliares conforme a indicação ou solicitação do médico assistente ou do Home Care.
Alguns destes profissionais estarão contratados em regime integral de atenção aos pacientes conforme a coordenação do serviço de Home Care, outros, porém poderão integrar o grupo de serviços terceirizados que virão ao serviço conforme a demanda das necessidades dos pacientes.
Ainda na questão dos recursos humanos, é importante prever que na Sede do Serviço de Home Care alguns profissionais administrativos serão essenciais como, por exemplo:
• Motorista
• Secretária
• Recepcionista
• Telefonista
• Higienizadora
• Faturista
• Administrador de Recursos Humanos
O que irá delimitar o número de funcionários e a função de cada um será a complexidade e demanda da empresa de Home Care, é importante que o pessoal técnico permaneça em constante auxílio do pessoal administrativo para que suas funções de cuidado constituam-se na prioridade do atendimento.
Conduto todas as questões que envolvem direta e indiretamente o cuidado ao paciente que vai desde o transporte ao local de referência como a autorização do plano de saúde, ou mesmo o recebimento de uma ligação na sede do Home Care, constituem-se de suma importância para que todo o processo de cuidar tenha sucesso.
Desta forma, tanto o pessoal técnico como administrativo que conduzem as ações da empresa de Home Care serão os responsáveis pelo sucesso desta modalidade de atendimento cada um atuando em sua área específica. 
O mais importante é manter a sintonia entre todos os colaboradores que compõem a equipe.
• Dos Recursos Materiais 
Os recursos materiais dizem respeito, além dos itens que envolvem a estrutura da Sede do Home Care, também as questões referentes aos medicamentos, materiais e equipamentos para a implantaçãoda assistência domiciliar, os recursos materiais estão diretamente ligados as modalidades de assistência que a empresa de Home Care oferece.
Dos materiais: o enfermeiro é essencial pela mensuração de materiais que serão necessários para o acompanhamento e realização dos procedimentos nos paciente em caráter de atendimento domiciliar. A previsão dos materiais poderá ser feita mensalmente ou semanalmente conforme a demanda de pacientes que a empresa atende.
Pode-se considerar como materiais todos os necessários para o desenvolvimento das técnicas assistenciais, como por exemplo: seringas, agulhas, luvas de procedimentos, luvas estéreis, luvas cirúrgicas, gazes, micropores, esparadrapos, equipo para administração de soluções, dispositivos para punção venosa, sondas de aspiração, sondas de alimentação, sondas vesicais, fios de sutura, entre outros.
Alguns dos critérios para a compra de materiais que podem ser utilizados são:
1. Previsão dos Materiais: A previsão dos materiais é realizada através da média de utilização de cada material no serviço, ou seja, cada mês de consumo de material será identificado o número específico de cada material utilizado e a partir de dois ou três meses é estabelecida uma média de consumo pela empresa, este número pode constituir-se na previsão dos materiais para a compra no próximo mês.
Especificamente quando trabalhando em Home Care, o enfermeiro além da média de materiais consumidos mensalmente tem a informação das internações domiciliares e procedimentos técnicos que estão sendo desenvolvidos em domicílio, o que ajuda a determinar a previsão do número de materiais para o próximo mês.
A variável de quanto maior o número de pacientes maior o número de materiais nem sempre é uma variável aconselhada de utilização, uma vez que o que determina a quantidade de materiais são os procedimentos realizados nos pacientes e não somente o número de pacientes que estão sob atendimento.
Assim, por exemplo, se no mês de março há um paciente em caráter de internação que está sendo realizada aspiração de secreção das vias aéreas, e ao todo são dez pacientes internados, sendo que nove não necessitam aspiração de secreção, a compra das sondas de aspiração será a partir deste que realiza o procedimento e não dos dez pacientes. 
Todas as previsões de materiais devem ser acrescidas de um número extra para se ter segurança que este material será suficiente para o desenvolvimento do cuidado de todos os pacientes que estão sob atendimento e que possam entrar no serviço. No mês que houver um consumo elevado, o enfermeiro conforme acompanha a entrada dos pacientes no serviço já realiza a solicitação da compra de material extra.
O acúmulo de materiais dentro do Home Care onera a empresa, uma vez que foi feita uma compra e um pagamento por um produto que não foi nem será em pouco tempo consumido, isso quer dizer que a aquisição (custo) foi efetuada, entretanto a utilização (receita) não tem previsão.
Outra questão importante a cerca dos materiais no Home Care são os controles de saídas para os domicílios dos pacientes. O material permanece na Sede do Home Care e toda a saída deste material deverá ter uma justificativa, ou seja, descrição do material e do local em que foi utilizado. 
Em algumas empresas utiliza-se uma maleta que acompanha o profissional de enfermagem até a casa do paciente, para os devidos procedimentos, esta maleta diariamente é conferida e reposta conforme a necessidade na realização dos procedimentos, assim é possível identificar quais dos materias foram expedidos do Home Care e para quais pacientes.
Deve ser estipulada a rotina de reposição de cada maleta, ou seja, se será feita em 24 horas, ou conforme os gastos de materiais com os pacientes, ou uma vez por semana, esta conclusão é tomada com a elaboração da rotina de fornecimento de materiais pelo enfermeiro pelo grau de complexidade dos pacientes atendidos e demanda de materiais.
Pode-se também deixar maletas prontas para determinado procedimento, por exemplo, uma maleta para entubação traqueal, troca de cânula de traqueostomia, etc. Assim após a realização do procedimento sabendo o material que cada maleta contém é só verificar quais materiais foram utilizados.
O armazenamento e controle de validade dos materiais são de suma importância no gerenciamento dos materiais na empresa; o enfermeiro que atua na sede do Home Care sempre está em acompanhamento para certificar-se que os materiais estão armazenados de maneira correta, e estão dentro do prazo de validade estabelecido.
Padronização dos materiais: a padronização de materiais refere-se à avaliação dos materiais existentes no mercado e posterior padronização de um tipo de material apenas, sendo que este será o de escolha para compra. Por exemplo, avaliar os diversos tipos de seringas de insulina e selecionar um tipo para compra. Esta avaliação deve adequar-se ao custo e benefício dos pacientes. 
A padronização deve ser feita sempre com o uso da rotinização dos procedimentos, nos casos dos curativos através do uso de protocolos. Os protocolos descrevem os materiais e custos dos procedimentos e a técnica a ser realizada.
O importante da padronização dos materiais é que esta deverá ser feita sempre em conjunta com toda a Equipe envolvida nas ações de atendimento ao paciente. Todos que utilizam os materiais para realização dos procedimentos devem colaborar com informações para a elaboração da padronização. 
3. Avaliação: no decorrer dos dias em que os materiais estarão em uso, é importante sempre realizar uma avaliação da eficiência dos mesmos frente à realização das técnicas; os pacientes que realizam o auto - cuidado, como por exemplo, as trocas dos curativos, também devem ser questionadas sobre possíveis defeitos ou inconformidades dos materiais utilizados.
Os profissionais envolvidos na realização dos procedimentos nos pacientes devem possuir um formulário de preenchimento e controle de ocorrências sobre defeitos de materiais, e serem instruídos quanto à forma de preenchimento e a importância da utilização deste instrumento para avaliação dos materiais.
Geralmente, quem preenche este formulário nos hospitais e postos de saúde é o enfermeiro, que a partir da avaliação própria ou do pessoal de enfermagem verifica a exatidão das informações e posteriormente encaminha este formulário ao setor encarregado pelas compras dos materiais e comissão de padronização de materiais, caso ela esteja constituída na instituição.
No caso do atendimento domiciliar, é importante que os técnicos de enfermagem também tenham acesso a este formulário, assim como os demais membros da equipe de saúde, já que eles estarão em contato contínuo com o paciente e os materiais que estão sendo utilizados no domicílio, nas internações domiciliares.
O enfermeiro, por sua vez, ao receber este formulário do técnico de enfermagem, irá verificar e validar sua observação. Neste formulário o técnico de enfermagem e/ou enfermeiro relatará qual a ocorrência que houve no manejo dos materiais, como por exemplo, ao instalar o soro o equipo utilizado vaza a solução.
O enfermeiro como coordenador da equipe de enfermagem terá a responsabilidade de avaliar se este caso foi isolado ou está ligado diretamente a qualidade do material. Após o preenchimento do formulário de avaliação, este deverá ser entregue ao encarregado das compras e posteriormente discutido com o fornecedor.
É importante que qualquer entrada de materiais novos na empresa, seja apresentada a toda equipe envolvida com o atendimento ao paciente, incluindo a realização de treinamentos quando necessário para a correta utilização dos materiais e otimização dos gastos.
4. Previsão da Alta: os pacientes em internação domiciliar que estão na fase do Desmame do Serviço (conforme descrito no módulo III) necessitarão exercitar o autocuidado, e/ou o cuidador, quando a primeira alternativa não for possível. Faz-se necessário a orientação do paciente frente à utilização de materiais conforme as possibilidades do mesmo.Desta forma, nem sempre o paciente com alta hospitalar que estava realizando um curativo com determinado produto irá dar continuidade ao uso deste produto, por alguns motivos como: inacessibilidade ao produto, custos do produto ou por falta de informação.
É conveniente que o paciente e familiar (e/ou cuidador) recebam as informações acerca dos produtos que o paciente deverá dar continuidade no tratamento, a forma de utilização dos produtos e o acesso ao produto. Esta informação diminuirá os riscos de necessidades de novas internações.
5. Materiais esterilizáveis: os materiais que podem se reutilizados, como os casos das pinças, devem manter uma rotina de lavagem e preparo para esterilização. Desta forma, se a empresa não dispõe de autoclave e/ou demais equipamentos e produtos necessários para a esterilização de materiais, estes serão levados a um serviço contrato pela empresa que realizará o procedimento.

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