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ENFERMAGEM EM ATENDIMENTO DOMICILIAR - HOME CARE

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Competências:
- Conhecer o serviço de saúde domiciliar;
- Identificar e realizar os cuidados de enfermagem necessários ao cliente/paciente, de acordo com 
a prescrição multiprofissional;
- Conceituar atendimento ambulatorial e internação domiciliar;
- Conhecer a organização e normas relativas ao atendimento domiciliar: admissão do cliente, prontu-
ário, atendimento, realização de procedimentos.
Habilidades:
- Estabelecer comunicação eficiente com o cliente/paciente com vistas à efetividade das ações rea-
lizadas;
- Realizar procedimentos e cuidados de enfermagem de acordo com a prescrição multiprofissional;
- Ensinar ao cliente/paciente técnicas que provocam o autocuidado;
- Colaborar com a equipe multiprofissional na avaliação do atendimento à saúde do indivíduo.
Ao final desta disciplina, espera-se que os alunos apresentem:
Recomendamos
Ao aluno: procurem nortear seus estudos para obter aprendizagem de acordo com o perfil 
profissional que lhes será requerido.
Aos professores: busquem direcionar o ensino e principalmente a avaliação da aprendiza-
gem para obtenção das competências e habilidades específicas dessa disciplina.
ENFERMAGEM
EM ATENDIMENTO
DOMICILIAR - HOME 
CARE
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Índice
SeRviço de Saúde domiCiliaR ................................................................................. 533
 1. Introdução ...................................................................................................................... 533
 2. Política Nacional de Internação Domiciliar .................................................................. 535
 3. Conceitos ....................................................................................................................... 536
 Exercícios ...................................................................................................................... 536
FatoReS a obSeRvaR na aSSiStênCia de enFeRmagem ............................... 539
 1. Avaliação do Ambiente ................................................................................................. 539
 2. O Aspecto Ecônomico .................................................................................................. 540
 3. O Fator Social ............................................................................................................... 540
 4. O Fator Cultural ............................................................................................................. 540
 5. O Fator Psicossocial ..................................................................................................... 540
 Exercícios ...................................................................................................................... 541
eduCação paRa autoCuidado ............................................................................... 543
 1. Paciente Vítima de Acidente Vascular Cerebral ......................................................... 544
 2. Tratamento .................................................................................................................... 544
 Exercícios ...................................................................................................................... 545
admiSSão do Cliente e SeguRança do SiStema ............................................ 548
 1. Vantagens para o Cliente ............................................................................................. 548
 2. Critérios de Admissão e Alta ........................................................................................ 549
 Exercícios ...................................................................................................................... 550
avaliação do ambiente e CondiçõeS do CuidadoR .................................... 553
 1. Avaliação Contínua do Ambiente do Lar ..................................................................... 553
 2. As Condições do Cuidador........................................................................................... 554
 Exercícios ...................................................................................................................... 555
legiSlação SobRe atendimento domiCiliaR .................................................. 557
 1. Resolução COFEN NO 255/2001 ............................................................................... 557
 2. Resolução COFEN no 270/2002 ................................................................................. 559
 3. Resolução COFEN no 267/2001 ................................................................................. 560
 Exercícios ...................................................................................................................... 562
tReinamento e SupeRviSão do CuidadoR ........................................................ 563
 1. Conceito de Cuidador ................................................................................................... 563
 2. O Cuidador Formal ....................................................................................................... 564
 3. O Cuidador Informal ..................................................................................................... 565
 Exercícios ...................................................................................................................... 566
anotação de enFeRmagem...................................................................................... 569
 Exercícios ...................................................................................................................... 571
 Exercícios ...................................................................................................................... 572
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ReFeRênCiaS bibliogRáFiCaS ................................................................................. 574
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Serviço de Saúde Domiciliar
"O cuidado domiciliar constitui um retorno às 
raízes humanistas no cuidar da saúde." (Luiza 
Watanabe Dal Ben).
O serviço de saúde domiciliar, também co-
nhecido como home care(termo de origem in-
glesa, que significa "cuidado no lar"), é uma mo-
dalidade de assistência que pode ser definida 
como um conjunto de procedimentos hospitala-
res possíveis de serem realizados na casa do 
paciente. 
A assistência domiciliária existe desde tem-
pos muito antigos. Já era citado no velho testa-
mento, como uma forma de caridade.
No século XVII, na Europa, por exemplo, an-
tes de surgirem os grandes hospitais, os cuida-
dos domiciliares já eram bastante utilizados.
Entretanto, esse tipo de atenção à saúde vem 
sendo enfatizado em especial nas duas últimas 
décadas, inicialmente, nos Estados Unidos e, 
1. Introdução
mais recentemente, no Brasil.
Muitos são os fatores que têm contribuído 
para o crescimento dessa forma de assistência 
à saúde. Uma delas parece estar baseada em 
questões relacionadas à diminuição de custos 
do sistema de saúde e ao incremento do con-
forto e da privacidade oferecido pelo domicílio 
do cliente atendido, além da humanização do 
atendimento.
De acordo com dados históricos, a criação 
dos hospitais surgiu por conveniência dos pro-
vedores de saúde, isto é, ficava mais fácil o mé-
dico se locomover a um único lugar para avaliar 
seus pacientes.
Entretanto, com o avanço de outras catego-
rias profissionais, que passaram a se relacionar 
com o paciente, esse "cuidar" ficou fragmenta-
do, deixando muitas vezes o paciente inseguro 
e com acompanhamento inadequado, no pós-
alta ou nas emergências.
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 Por exemplo, questões que poderiam serre-
solvidas em unidades primárias de saúde aca-
bam sendo encaminhadas para unidades de 
resolução secundária ou terciária, evidenciando 
uma falha no sistema de referência e contrar-
referência do sistema de saúde. (DUARTE & 
DIOGO)
Tendo em vista esse cenário, a assistência 
domiciliária surge em resposta a algumas de-
mandas:
- A individualização da assistência prestada e 
a consequente diminuição de erros;
- Promover o desenvolvimento das ações 
dos cuidados na privacidade e segurança da 
casa do cliente;
- Possibilitar ao cliente e à família manterem 
maior controle sobre o processo na tomada de 
decisões que se relacionam ao cuidado à saú-
de;
- Promover uma parceria entre os provedo-
res de saúde e o cliente/família no alcance das 
metas estabelecidas para a assistência;
- Diminuição dos custos quando comparadas 
a intervenções equivalentes entre domicílio e 
hospital;
- Maior envolvimento do cliente/família com 
o planejamento e a execução dos cuidados ne-
cessários desenvolvidos de forma mais indivi-
dualizada, proporcionando assim responsabili-
dades mais distribuídas. (DUARTE & DIOGO)
De acordo com levantamento bibliográfico 
realizado por DUARTE & DIOGO, existem cin-
co grandes fatores que impulsionaram o atendi-
mento domiciliar:
1) Mudanças Demográficas - envelheci-
mento populacional cada vez mais acentuado, 
com predominância de doenças crônico-dege-
nerativas, que demandam assistência mais in-
tensiva. Nesse tipo de assistência, observa-se 
que os idosos representam a grande maioria 
dos pacientes atendidos;
2) Custos - Estudos demonstram que as 
intervenções na assistência domiciliar equiva-
lem a um terço do custo realizado em ambiente 
hospitalar. Entretanto, isso não significa que a 
assistência domiciliar seja barata, mas compa-
rativamente à hospitalar, é significativamente 
menor;
3) Desenvolvimento tecnológico - O de-
senvolvimento tecnológico vem facilitar a sobre-
vida de pacientes que requerem sua utilização 
às vezes por 24 horas. A simplificação de equi-
pamentos, de tamanhos menores e de fácil ma-
nipulação, amplia a possibilidade de o paciente 
continuar seu tratamento ou ser mantido em sua 
casa;
4) Interesse e aceitação dos profissionais 
- Por ser uma área em expansão, muitos são 
os profissionais que vêm se interessando por 
essa forma de assistência. Com o crescimento 
desse setor de economia, os profissionais têm 
buscado incrementar sua formação profissional 
para estarem mais bem habilitados para atua-
rem nessa área tão específica;
5) Aumento da demanda - Tem ocorrido um 
aumento de indicação para atendimento domi-
ciliar, além dos clientes/familiares que preferem 
esse tipo de atendimento.
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Segundo os progestores do CONASS (Con-
selho Nacional de Secretários de Saúde), em 
nota técnica de 02/2006, o Ministério da Saúde 
propõe a implantação da Política Nacional de 
Internação Domiciliar como uma alternativa de 
atenção, tendo como objetivos:
- Disponibilizar à população um conjunto de 
atividades prestadas no domicílio, caracteriza-
2. Política Nacional de Internação Domiciliar
das pela atenção ao paciente com quadro clíni-
co que exijam cuidados e necessidades de tec-
nologia especializada, mas que não necessitam 
de internação hospitalar.
Objetivos específicos:
• Evitar a hospitalização desnecessária, ofe-
recendo uma melhor alternativa assistencial;
• Humanização do cuidado;
• Resgatar a autonomia do usuário / família;
• Processos de "alta assistida";
• Períodos maiores livres de intercorrências 
hospitalares em pacientes crônicos;
• Redução do sofrimento de forma humaniza-
da em situação de cuidados paliativos.
Atualmente, podemos verificar o programa do 
Governo Federal em parceira com os estados e 
municípios chamado: MELHOR em CASA.
Pessoas com necessidade de reabilitação 
motora, idosos, pacientes crônicos sem agrava-
mento ou em situação pós-cirúrgica, por exem-
plo, terão assistência multiprofissional gratuita 
em seus lares, com cuidados mais próximos da 
família.
O atendimento será feito por equipes multi-
disciplinares, formadas prioritariamente por mé-
dicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem 
e fisioterapeuta. Outros profissionais (fonoau-
diólogo, nutricionista, odontólogo, psicólogo e 
farmacêutico) poderão compor as equipes de 
apoio. Cada equipe poderá atender, em média, 
60 pacientes, simultaneamente.
O programa também ajudará a reduzir as filas 
nos hospitais de emergência, já que a assistên-
cia, quando houver a indicação médica, passa-
rá a ser feita na própria residência do paciente, 
desde que haja o consentimento da família.
Busque maiores informações sobre 
este programa no site:
http://portalsaude.saude.gov.br/portal-
saude/area/364/melhor-em-casa.html
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3. Conceitos
Entretanto, são muitos os conceitos e as ma-
neiras do trabalho em domicílio, como veremos 
a seguir.
Para CRUZ &Cols, "A saúde domiciliar é a 
prestação de serviços especializados no Domi-
cílio do Cliente para tratamento de sua doença 
ou problema de saúde. Conforme o nível de 
atenção, o enfermeiro realiza a visita domiciliar 
(atenção primária), o seguimento ou internação 
domiciliar para clientes / usuários com proble-
mas de pequena complexidade (atenção se-
cundária) e a internação domiciliar (atenção ter-
ciária) para clientes de média complexidade".
Segundo Mendes, (1999), (apud Lopes e 
Oliveira, 1998), refere que, o Grupo Hospitalar 
Conceição, por intermédio do Programa de As-
sistência Domiciliar, trabalha com os seguintes 
conceitos de Home Care:
"Atendimento domiciliar - Atendimento 
prestado no domicílio para pacientes aguda-
mente doentes e que, em função, estejam tem-
porariamente impossibilitados de comparecer à 
Unidade (uma das 12 unidades de atendimento 
comunitário do grupo Conceição). Será presta-
do, preferentemente, pelo médico do paciente 
ou pelo médico de plantão".
Internação domiciliar - Atendimento no do-
micílio do paciente agudamente doente, com 
problemas de saúde mais intensos, mas que 
possam ser mantidos em casa, desde que dis-
ponham de um acompanhamento diário pela 
equipe da Unidade e a família assuma parcela 
dos cuidados. Também se enquadram aqui os 
pacientes que receberam alta hospitalar em fun-
ção de poderem ser incluídos e atendidos pelo 
Programa. Esse atendimento não substitui a in-
ternação hospitalar.
Acompanhamento domiciliar - Atendimen-
to mais específico a pacientes que necessitam 
contatos frequentes e programáveis com os pro-
fissionais da equipe. São condições apropriadas 
para inclusão no acompanhamento domiciliar: 
- Paciente portador de doença crônica que 
apresente dependência física; 
- Paciente em fase terminal; 
- Pacientes idosos com dificuldade de loco-
moção ou morando sozinhos."
Exercícios
1- A assistência domiciliar em enfermagem (home care) é uma forma de cuidar muito inova-
dora e nunca se utilizou dela antes.
 ( ) verdadeiro ( ) falso
2- Está correto dizer que alguns dos fatores que contribuíram para o avanço dessa forma 
de assistência à saúde estão relacionados à diminuição de custos do sistema de saúde, 
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melhoria do conforto e da privacidade oferecido pelo domicílio do cliente atendido, além da 
humanização do atendimento.
 ( ) verdadeiro ( ) falso
3- Por ser uma área em expansão, muitos são os profissionais não estão se interessando 
por essa forma de assistência, e acreditam que ela não vai ter crescimento.
 ( ) verdadeiro ( ) falso
4- Coloque V (Verdadeiro) ou F (Falso):
Segundo o CONASS, o Ministério da Saúde propõe a implantação da Política Nacional de 
Internação Domiciliar como uma alternativa de:
( ) Concorrer com a hospitalização oferecendo uma melhor alternativa de assistência;
( ) Humanização do cuidado;
( ) Forçar o familiar a cuidar de seu paciente;
( ) Processosde “alta assistida”;
( ) Períodos maiores livres de intercorrências hospitalares em pacientes agudos;
( ) Redução do sofrimento de forma humanizada em situação de cuidados paliativos.
5- A saúde domiciliar é a prestação de serviços especializados no Domicílio do Cliente para 
tratamento de sua doença ou problema de saúde, conforme o nível de atenção necessária.
 ( ) verdadeiro ( ) falso
6- Um paciente sai do hospital com uma sequela grave de acidente automobilístico. Que tipo 
de assistência ele necessita?
a) ( ) atendimento domiciliar;
b) ( ) internação domiciliar;
c) ( ) acompanhamento domiciliar;
d) ( ) nenhuma das anteriores.
7- Com relação aos custos, estudos demonstram que as intervenções na assistência do-
miciliar equivalem a um terço do custo realizado em ambiente hospitalar. Entretanto, isso 
não significa que a assistência domiciliar seja barata, mas comparativamente à hospitalar, é 
significativamente menor.
 ( ) verdadeiro ( ) falso
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passo 6
Paciente Envolvido com sua Segurança
O paciente pode e deve contribuir para a qualidade dos cuidados à sua saúde, fornecen-
do informações importantes a respeito de si mesmo e interagindo com os profissionais da 
saúde. Ele deve ser estimulado a participar da assistência prestada e encorajado a fazer 
questionamentos, uma vez que é ele quem tem o conhecimento de seu histórico de saúde, 
da progressão de sua doença e dos sintomas e experiências com os tratamentos aos quais 
já foi submetido. 
Além disso, desenvolver um ambiente que proporcione cuidados centrados no paciente, 
tornando-o, bem como seus familiares, agentes ativos na busca de sua segurança, promove 
interesse, motivação e satisfação com o cuidado prestado, aspectos que possibilitam ter um 
bom resultado nas condições de saúde.
Fonte:http://inter.coren-sp.gov.br/sites/default/files/10_passos_seguranca_paciente.pdf
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Fatores a Observar na
Assistência de Enfermagem
Como já vimos, o atendimento residencial tem 
sido uma alternativa na assistência à saúde e 
tem se mostrado uma experiência mundial.
 Essa qualidade de atendimento tem sido a 
resposta para atender à demanda de pacientes 
com doenças crônicas, ajudando a promover 
a redução de infecção hospitalar, a redução de 
reinternações e a diminuição dos custos hospita-
lares, além de proporcionar o convívio do pacien-
te com seus familiares.
Podemos dizer que os termos "domicílio" e 
"residência" se equivalem, garantindo a proximi-
dade da família e outros fatores ligados a esse 
contexto.
Assim, o cuidado a um paciente em seu do-
micílio, implica considerá-lo uma pessoa vivendo 
em uma família, necessariamente inserida em 
uma comunidade.
O primeiro passo na escolha do paciente é aa-
valiação de sua elegibilidade, o segundo éclassi-
ficar a complexidade do atendimento proposto.
Isso denotará a necessária mobilização de 
recursosmateriais e profissionais para o perfeito-
atendimento, concomitante a definição do custo 
doserviço proposto.
Outro fator importante a ser considerado no-
desenvolvimento desse trabalho é a possibili-
dade deavaliação periódica das intervenções, 
facilitando arevisão de todo o processo do aten-
dimentodomiciliar. A revisão do processo deve 
incluir aadequação dos cuidados e as respostas 
do clienteàs intervenções executadas.
Os pacientes podem ser classificados em 
“nãoelegíveis” e “elegíveis” para a internação 
domiciliária,sendo os elegíveis divididos em:
Pacientes de Baixa complexidade;
Pacientes de Média complexidade e
Pacientes de Alta complexidade.
Para que o atendimento tenha resultados posi-
tivos, é bom verificar se as condições ambientais 
são favoráveis, pois se as condições ambientais 
forem desfavoráveis podem não permitir uma re-
cuperação ou melhora do paciente.
Para o atendimento global ao paciente é im-
portante identificar e analisar fatores ambientais 
de ordem física, econômica, social, cultural e psi-
cossocial, bem como suas influências favoráveis 
ou desfavoráveis à saúde.
Com os avanços tecnológicos do século pas-
sado, houve um melhor acesso ao saneamento 
básico das populações mais carentes, resultando 
em uma maior expectativa e qualidade de vida.
1. Avaliação do Ambiente
Para facilitar a avaliação dos fatores ambien-
tais, devemos identificar as variáveis que direta 
ou indiretamente terão influências favoráveis ou 
desfavoráveis na recuperação, manutenção ou 
amparo (no caso de pacientes terminais) à saú-
de do paciente.
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Dentre os fatores ambientais de ordem física, 
destacam-se:
a) Condições de saneamento que dizem res-
peito ao abastecimento de água (qualidade e 
quantidade) e destino do lixo;
b) Condições de conforto térmico como, por 
exemplo: quantidade de sol adequada, ventila-
ção, se não existe umidade no local onde o pa-
ciente permanecerá;
c) Condições de segurança - os sistemas 
de proteção contra as mais variadas formas de 
agravos físicos do ambiente devem ser anali-
sados em nível domiciliar, como por exemplo, a 
existência de rampas de acesso fácil para a ca-
deira de rodas ou maca, ladrilhos lisos demais, 
etc.
2. O Aspecto Ecônomico
No fator econômico, é importante verificar a 
renda familiar por pessoa, a distribuição do or-
çamento doméstico que fará com que seja ava-
liada a possibilidade ou não de se bancar um 
cuidado no domicílio que implicará, muitas ve-
zes, em aluguel de recursos tecnológicos para 
a manutenção da vida do paciente.
3. O Fator Social
O fator social refere-se a valores, normas, 
instituições e tecnologia. 
Se a saúde não constituir um valor dentro do 
sistema social, as normas e instituições não se 
farão de molde a favorecê-la. Assim, não se cria-
rão instituições adequadas para o atendimento 
da comunidade. 
Aqui podemos colocar como exemplo a cria-
ção das leis de serviços de atendimento domi-
ciliar.
4. O Fator Cultural
Verificamos que nem sempre o fator cultural 
favorece a proteção e recuperação da saúde. 
A influência de hábitos, crenças e tabus, mui-
tas vezes, se faz de maneira negativa, levando 
a problemas de saúde ou ao agravo dos mes-
mos.
5. O Fator Psicossocial
Nessa etapa, é focalizada a dinâmica familiar 
e grupal. "A importância do paciente no contexto 
familiar, e, o relacionamento do mesmo dentro 
do grupo pode ser sentido através de obser-
vações na melhora ou não do paciente. Outro 
aspecto que pode ser verificado é se a família 
quer ajudar a cuidar ou se prefere não participar 
dessa ajuda, por exemplo." (CONCEIÇÃO, J. A. 
N. et al).
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Exercícios
1- Para que o atendimento tenha resultados positivos é importante verificar se as condições 
ambientais são favoráveis, pois, do contrário, se as condições ambientais forem desfavorá-
veis podem não permitir uma recuperação ou melhora do paciente.
 ( ) verdadeiro ( ) falso
2- Dentre os fatores ambientais de ordem física, destacam-se:
a) ( ) Condições de saneamento que dizem respeito ao abastecimento de água (qualida-
de e quantidade) e destino do lixo;
b) ( ) Condições de conforto térmico como, por exemplo: quantidade de sol adequada, 
ventilação;
c) ( ) Condições de segurança – os sistemas de proteção contra as mais variadas formas 
de agravos físicos do ambiente;
d) ( ) Todas estão corretas
3- No fator econômico, é importante avaliar a distribuição do orçamento doméstico, pois 
esse é quem vai permitir ou não que seja avaliada a possibilidade ou não de se bancar um 
cuidado no domicílio. 
 ( ) verdadeiro ( ) falso
4- O fator social refere-se a valores, normas, instituições e tecnologia. Se saúde não cons-
tituir um valor dentro do sistema social, as normas e instituições não se farão de molde a 
favorecê-la.
 ( ) certo ( ) errado
5- Não é verdade que a influênciade hábitos, crenças e tabus, muitas vezes, se faz de ma-
neira negativa, levando a problemas de saúde ou ao agravo dos mesmos.
 ( ) verdadeiro ( ) falso
6- No aspecto psicossocial, é focalizada a dinâmica familiar e grupal. A importância do pa-
ciente no contexto familiar, e o relacionamento do mesmo dentro do grupo.
 ( ) certo ( ) errado
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Programas de Controle do Câncer
O Programa Nacional de Controle do Câncer 
do Colo do Útero e o Programa Nacional de 
Controle do Câncer de Mama têm como ob-
jetivos oferecer subsídios para o avanço do 
planejamento das ações de controle desses 
tipos de câncer, no contexto da atenção inte-
gral à saúde da mulher no Brasil.
Ambos foram afirmados como prioridade na 
Política Nacional de Atenção Oncológica, em 
2005, e no Pacto pela Saúde, em 2006.
Fonte:http://portalsaude.saude.gov.br/portal-
saude/area/342/acoes-e-programas.html
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Educação para Autocuidado
Considerando que o profissional mui-
tas vezes desempenha seu papel so-
zinho, importante rever conceitos de 
humanização de procedimentos e de 
administração de medicamentos.
A educação desempenha papel de destaque 
na equipe interdisciplinar, para a promoção do 
autocuidado do paciente. 
Nesse contexto, o paciente possui uma res-
ponsabilidade pelo seu próprio cuidado, neces-
sitando de apoio, estímulo e motivação, que são 
fatores necessários na facilitação do processo 
de aprendizagem e cumprimento dos cuidados 
com sua saúde. 
A relação entre o autocuidado, o trabalho (se 
o indivíduo realiza uma atividade produtiva) e a 
educação reside no fato de um fator poder aju-
dar o outro.
A educação para o autocuidado enfoca as 
Fonte:suzano.olx.com.br 
necessidades e objetivos do paciente, sendo 
determinada por um processo histórico-cultural, 
privilegiando os afetos, emoções, sentimentos 
e reações dos pacientes em relação à sua do-
ença, no delineamento de seu cuidado com a 
saúde.
um exemplo:
Um indivíduo foi acometido por um AVC (Aci-
dente Vascular Cerebral). A equipe de saúde, em 
especial o enfermeiro, auxiliado por sua equipe 
de home care, deve planejar e implementar um 
plano de cuidados que supram todas as neces-
sidades apresentadas pelo paciente, e colabore 
com a sua máxima recuperação.
É importante lembrar que a assistência de 
enfermagem também deve ser voltada à família 
do paciente, pois também esta precisa de cui-
dados e, principalmente, de orientações sobre 
como colaborar com o tratamento de seu fami-
liar, isto é, caso ela aceite colaborar.
Os cuidados domiciliares são elementos fun-
damentais no tratamento, considerando que o 
período de reabilitação após o AVC pode ser 
prolongado.
Tendo em vista a possível dificuldade dos fa-
miliares em aceitar o adoecimento de um dos 
seus membros, é necessário esclarecê-los so-
bre as necessidades do paciente e as consequ-
ências da doença, e tentar o máximo possível 
tê-los como aliados.
É claro que quanto mais leve for o AVC, mais 
rapidamente o paciente irá se recuperar. Essa 
recuperação muitas vezes pode não ser signi-
ficativa, entretanto, o importante é que sejam 
realizados todos os procedimentos necessários 
para propiciar qualquer tipo de melhora do pa-
ciente.
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1. Paciente Vítima de Acidente Vascular Cerebral
O familiar deve ser esclarecido que:
a) O AVC é uma doença grave, mas possui 
tratamento;
b) A recuperação depende do tempo que a 
pessoa leva para ser atendida e do tamanho da 
parte do cérebro que foi afetada;
c) O AVC não acontece só em pessoas que 
têm pressão alta e problemas do coração;
d) Uma pessoa que já teve AVC pode ter de 
novo a doença;
e) A pessoa que teve o AVC pode voltar a fa-
zer o que fazia antes da doença, dependendo 
do acompanhamento durante a fase de melhora 
do ataque, do quanto atingiu o cérebro e se as 
sequelas puderem ser tratadas;
f) O AVC não é contagioso;
g) O tratamento deve ser continuado em 
casa.
2. Tratamento
2.1 Fase Aguda
Ela começa quando a pessoa tem o AVC e 
dura de 48 a 72 horas. Nessa hora, os primeiros 
cuidados são muito importantes e mais voltados 
para se manter a vida. Os cuidados com a fase 
aguda são realizados no hospital.
2.2 Fase de Reabilitação
Começa junto com a fase aguda. A diferença 
é que continua depois das 72 horas, e vai até 
a melhor recuperação que a pessoa puder ter. 
Durante essa fase, são realizados cuidados para 
prevenir complicações por causa do AVC, e tam-
bém para oferecer bem-estar ao paciente.
2.3 Alguns cuidados importantes
1) Evitando quedas e outras lesões:
- Deixar a pessoa descansando no leito logo 
depois do AVC;
- Tomar cuidado com sinais de agitação e de 
confusão;
2) Prevenindo complicações por não estar se 
movimentando:
- Posicionar corretamente (tendo cuidado 
para o lençol ficar esticado e seco);
- Mudar de posição a cada 2 horas para evitar 
que surjam escaras no corpo;
- Fazer exercícios nas partes afetadas (ajuda-
rá na recuperação de movimentos);
- Ajudar na deambulação;
- Lembrar que algumas orientações deverão 
vir de outros profissionais que não o enfermeiro 
e que os auxiliares e técnicos também deverão 
estar aptos a realizá-los a partir da educação 
para o cuidado, como por exemplo, o fisiotera-
peuta, psicólogo, etc;
 
3) Melhorando a memória e a orientação:
- Manter a pessoa sempre informada de onde 
está, o que está acontecendo, qual dia é, e as 
horas;
- Estimular a visão com coisas conhecidas;
- Conversar sempre com a pessoa, principal-
mente se ela estiver triste;
4) Favorecendo a comunicação:
- Falar lentamente e usar gestos;
- Repetir o que você falasempre que neces-
sário;
- Incentivar a pessoa quando ela responder 
corretamente;
5) Facilitando a independência:
- Auxiliar a pessoa na realização da limpeza 
do seu corpo;
- Auxiliar na casa para que a pessoa se sinta 
confortável e não sofra algum acidente;
6) Proporcionando nutrição adequada:
- Diminuir o número de coisas que possam 
desviar a atenção quando ela estiver comendo;
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- Ensinar a mastigar e engolir com o lado que 
não tem problema;
- Estimular a limpeza da boca;
7) Promovendo a autoestima:
- Ajudar para que a pessoa diga o que está 
sentindo;
- Estimular a prática de atividades de casa que 
costumava fazer;
- Parabenizar a pessoa pela sua melhora com 
o tratamento;
8) Enfrentando a situação:
- Envolva-se nos cuidados;
- Seja otimista e dê apoio.
Fonte: Acta Scientiarum. Health Sciences - 
Maringá, v. 26, n0 1, p.193-204, 2004
Esse é apenas um exemplo para melhor com-
preensão de como pode ser planejada a educa-
ção para o autocuidado do paciente em home 
care. 
Entretanto, os cuidados irão depender da do-
ença apresentada pelo paciente, ou da sua ida-
de.
No caso de crianças ou recém-nascidos, os 
cuidadores serão orientados quando possível. A 
esse respeito, sugerimos que assistam ao filme 
"O Óleo de Lourenço", disponível nas locadoras.
Exercícios
1- Coloque V (Verdadeiro) ou F (Falso):
a) ( ) A educação desempenha papel de destaque na equipe interdisciplinar, para a promo-
ção do autocuidado do paciente.
b) ( ) Nesse contexto, o paciente possui uma responsabilidade pelo seu próprio cuidado, 
necessitando de apoio estímulo e motivação.
c) ( ) O autocuidado são fatores necessários na facilitação do processo de aprendizagem e 
cumprimento dos objetivos da educação para a sua saúde.
d) ( ) A educação para o autocuidado não enfoca as necessidades e objetivos do pacien-
te.
e) ( ) O autocuidado é determinado por um processo histórico-cultural, privilegiando os afe-
tos, emoções, sentimentos e reações dos pacientes em relação à sua doença, no delineamen-
to de seu cuidado com a saúde.
2- De acordo com o exemplo citado no texto, sobre um indivíduoque foi acometido por um 
AVC (Acidente Cerebral Vascular). A equipe de saúde, em especial o enfermeiro, auxiliado por 
sua equipe de home care, deve planejar e implementar um plano de cuidados que supra todas 
as necessidades apresentadas pelo paciente e colabore com a sua máxima recuperação.
 ( ) verdadeiro ( ) falso
3- Os cuidados domiciliares não são elementos fundamentais ao tratamento, considerando 
que o período de reabilitação após o AVC pode ser prolongado.
 ( ) verdadeiro ( ) falso
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4- Tendo em vista a possível dificuldade dos familiares em aceitar o adoecimento do paciente 
e ter ideias não reais a respeito de sua melhora, é necessário que seja esclarecido a estes so-
bre a doença e tentar ao máximo possível tê–los como aliados nos cuidados com o paciente.
 ( ) verdadeiro ( ) falso
5- Coloque V (Verdadeiro) ou F (Falso):
O familiar deve ser esclarecido de que:
a) ( ) O AVC é uma doença grave, mas possui tratamento.
b) ( ) A recuperação depende do tempo que a pessoa leva para ser atendido e do tamanho 
da parte do cérebro que foi afetada.
c) ( ) O AVC só acontece só em pessoas que têm pressão alta e problemas do coração.
d) ( ) Uma pessoa que já teve AVC não pode ter de novo a doença.
e) ( ) A pessoa que teve o AVC pode voltar a fazer o que fazia antes da doença, dependen-
do do acompanhamento durante a fase de melhora do ataque, do quanto atingiu o cérebro e 
se as sequelas puderem ser tratadas.
f) ( ) O AVC é contagioso.
g) ( ) Principalmente, que o tratamento é continuado em sua casa.
7- Para favorecer a comunicação com o paciente que sofreu um AVC, deve-se:
a) ( ) Falar lentamente e usar gestos.
b) ( ) Repetir o que você fala sempre que necessário.
c) ( ) Incentivar a pessoa quando ela responder corretamente.
d) ( ) Todas estão corretas.
e) ( ) Todas estão erradas.
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Cuidado em Sáude
Roseni Pinheiro
Cuidado e a Vida Cotidiana
Cuidado é um ‘modo de fazer na vida cotidiana’ que se caracteriza pela ‘atenção’, respon-
sabilidade’, ‘zelo’ e ‘desvelo’ ‘com pessoas e coisas’ em lugares e tempos distintos de sua 
realização. A importância da vida cotidiana na produção do ‘cuidado’ está na oferta de múlti-
plas questões específicas que circulam no espaço da vida social e nos conteúdos históricos 
que carregam. O cotidiano é produzido social e historicamente sob dois ângulos: primeiro, 
porque se trata – como noção geral e dimensão do conhecimento – do ‘vivido’, quer dizer, 
do repetitivo-singular, do conjuntural-estrutural: no cotidiano ‘as coisas acontecem sempre’. 
Segundo, porque essa noção se constrói e se identifica com o dia após dia em que tudo é 
igual e tudo muda – ‘nada como um dia após o outro’ – ao menos em algumas sociedades, 
não em todas.
O dia após dia assim concebido é uma dimensão da vida social singular-específica, o que 
significa dizer que ele delimita tempos, espaços, interações, ou seja, um modo de vida, cuja 
produção de ‘cuidado’ se faz contextualizada exercendo efeitos e repercussões na vida dos 
sujeitos e se transformando em ‘experiência humana’. O ‘cuidado’ consiste em um modo 
de agir que é produzido como ‘experiência de um modo de vida específico e delineado’ por 
aspectos políticos, sociais, culturais e históricos, que se traduzem em ‘práticas’ de ‘espaço’ e 
na ‘ação’ de ‘cidadãos’ sobre os ‘outros’ em uma dada sociedade.
Daí o ‘cuidado como ato’ resulta na ‘prática do cuidar’, que, ao ser exercida por um cidadão, 
um sujeito, reveste-se de novos sentidos imprimindo uma identidade ou domínio próprio so-
bre um conjunto de conhecimentos voltados para o ‘outro’. O outro é o lugar do ‘cuidado’. 
O outro tem no seu olhar o caminho para construção do seu ‘cuidado’, cujo sujeito que se 
responsabiliza por praticá-lo tem a tarefa de garantir-lhe a autonomia acerca do modo de 
andar de sua própria vida.
http://www.epsjv.fiocruz.br/dicionario/verbetes/cuisau.html
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Admissão do Cliente
e Segurança do Sistema
Fonte:bioteste.com.br
Na modalidade de assistência de home care, 
o paciente é tratado na dimensão do "todo", 
considerando aspectos físicos, emocionais, cul-
turais e sua percepção diante da enfermidade. 
O objetivo primordial é reabilitá-lo física e emo-
cionalmente, bem como minimizar o seu sofri-
mento.
São três as modalidades de atendimento no 
domicílio:
a) A internação ou a hospitalização domiciliar: 
conjunto de atividades prestadas no domicílio, 
caracterizadas pela atenção em tempo integral 
ao paciente com quadro clínico mais complexo 
e com necessidades de tecnologia especializa-
da, muitas vezes logo após a sua alta hospitalar. 
Nesse tipo de assistência, além de ser diária e, 
às vezes, ininterrupta durante 24, 12, 8 ou 6 ho-
ras, é importante o suporte contínuo e com uma 
central de atendimento para soluções emergen-
ciais, durante as 24 horas, com o médico e en-
fermeiro plantonistas para orientar e atender às 
necessidades do paciente;
b) A assistência domiciliar: conjunto de ativi-
dades de caráter ambulatorial, programadas e 
continuadas em domicílio. Tende a pacientes 
não totalmente dependentes, que constituem a 
grande maioria. Estes necessitam de procedi-
mentos de complexidade relativa, com poucas 
horas (até 3 horas) de assistência em sua resi-
dência;
c) O monitoramento dos pacientes portado-
res de doenças crônicas: por exemplo, os porta-
dores de diabetes mellitus, hipertensão arterial, 
entre outras, através da realização da educação 
para a saúde, além do controle e orientação, 
podendo-se assim prevenir a reinternação.
As enfermidades mais frequentes assistidas 
em home care são aquelas originadas do en-
velhecimento progressivo da população, como 
o AVC, doença de Alzheimer, escleroses (arte-
riais, cerebrais, musculares, múltiplas), ou das 
doenças crônicas, como o câncer. 
1. Vantagens para o Cliente
- Reintegração ao seu ambiente familiar;
- Maior envolvimento dos familiares no trata-
mento;
- Diminuição dos riscos de infecção;
- Possibilidade de redução de custos;
- Maior satisfação e conforto;
- Atendimento personalizado 24 horas;Fonte:leonardofisioterapeuta.blogspot.com
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- A família não precisa desestruturar-se para 
locomoções complicadas;
- Gratificação para o familiar ver seu parente 
acompanhado por equipes de profissionais den-
tro de sua própria casa.
2. Critérios de Admissão e Alta
A Admissão em Atenção Domiciliar caracteri-
za-se pelas seguintes etapas: indicação, elabo-
ração do Plano de Atenção Domiciliar (PAD) e 
início da prestação da assistência ou internação 
domiciliar. (ANVISA)
Devem ser observadas: a circunstância indi-
vidual do enfermo, condições ambientais e ca-
racterísticas do grupo social. (Mendes 2001).
 
A admissão de pacientes aos serviços de 
internação domiciliar deverá obedecer aos se-
guintes critérios básicos:
a) Os serviços prestados ao cliente necessi-
tam seguir obrigatoriamente o Plano de Trata-
mento estabelecido pelo médico titular do pa-
ciente e revisto conforme necessário;
 
b) Uma visita de avaliação inicial será con-
duzida pelos profissionais (equipe interprofissio-
nal), normalmente, realizados pela (o) enfermei-
ra (o);
c) Os pacientes serão admitidos com base 
numa razoável expectativa de que suas neces-
sidades poderão ser atendidas pela empresa, 
com análise dos seguintes aspectos, por exem-
plo: (Dal Bem, in Duarte & Diogo):
Quando o paciente já estiver em seu domicí-
lio, deve-se pesquisar:
- Há quanto tempo a situação já está ocor-
rendo;
- Qual o fator que motivou a solicitação da 
internação domiciliar;
- Quem são as pessoas envolvidas na pres-
tação dos cuidados e quanto essas atividades 
estão interferindo na vida do próprio cuidador;
- Quais recursos (humanos, pessoaise finan-
ceiros) a família dispõe para o estabelecimento 
de um programa de atendimento domiciliar;
- Qual o grau de dependência do cliente, isto 
é, seu grau de dependência para realizar seus 
cuidados e afazeres e suas possibilidades de 
restabelecer autocuidado;
- A competência assistencial da família (em 
querer ou não colaborar com os cuidados);
- Observação e planejamento das adapta-
ções do ambiente e outras que deverão ser fei-
tas e quais realmente poderão ser feitas;
- Avaliar o perfil de profissionais que desem-
penharão o serviço solicitado: a equipe de en-
fermagem, os técnicos e auxiliares com deter-
minada experiência para determinada situação.
Quando o planejamento for iniciado com o 
paciente ainda no hospital, além das informa-
ções citadas acima, deve-se observar:
- O preparo para a alta, possibilitando tanto 
a paciente quanto ao familiar confrontar-se com 
possíveis limitações que venham impossibilitar 
ou dificultar as adaptações necessárias no am-
biente domiciliar que garantam uma assistência 
mais efetiva;
- A equipe de atendimento domiciliar poderá 
iniciar uma intervenção com o paciente ainda no 
hospital, realizando uma revisão dos dados;
- Identificação dos diagnósticos primários e 
secundários;
- Exames laboratoriais;
- Terapêutica medicamentosa;
- Orientações recebidas pelo paciente e fa-
mília;
- Tecnologia para assistência necessária, 
como cama,suporte de soro, cadeira de rodas, 
incubadoras etc;
- Modalidades de tratamento propostas.
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Exercícios
1- A internação ou a hospitalização domiciliar caracteriza-se por:
a) ( )conjunto de atividades prestadas no domicílio, caracterizadas pela atenção em tem-
po integral ao paciente com quadro clínico mais complexo e com necessidades de tecnolo-
gia especializada, muitas vezes logo após a sua alta hospitalar. Nesse tipo de assistência, 
além de ser diária e, às vezes, ininterrupta durante 24,12,8,ou 6 horas, é importante o supor-
te contínuo e com uma central de atendimento para soluções emergenciais, durante as 24 
horas, com o médico e enfermeiro plantonistas para orientar e atender às necessidades do 
paciente.
b) ( ) conjunto de atividades de caráter ambulatorial, programadas e continuadas em do-
micílio. Tende a pacientes não totalmente dependentes, que constituem a grande maioria. 
Estes necessitam de procedimentos de complexidade relativa, com poucas horas (até 3) de 
assistência oferecida aos pacientes em sua residência por equipe interprofissional;
c) ( ) monitoramento de pacientes, por exemplo, os portadores de diabetes mellitus, hi-
pertensão arterial, entre outras, através da realização da educação para a saúde, além do 
controle e orientação, podendo – se assim prevenir a reinternação.
d) ( ) nenhuma das anteriores
2- É correto dizer que as enfermidades mais frequentes assistidas em home care são aque-
las originadas do envelhecimento progressivo da população, como o AVC, doença de Alzhei-
mer, escleroses (arteriais, cerebrais, musculares, múltiplas), ou das doenças crônicas como 
o câncer. Desenvolve assistência ainda a pacientes terminais entre outros.
 ( ) sim ( ) não
3- Coloque V (Verdadeiro) ou F (Falso):
São confortos e vantagens para o cliente:
( ) Reintegração ao seu ambiente familiar.
( ) Menor envolvimento de familiares no tratamento.
( ) Diminuição dos riscos de infecção.
( ) Aumento das possibilidade de custos.
( ) Maior satisfação dos clientes.
( ) Atendimento personalizado 24 horas.
( ) Desestruturação da família.
( ) Gratificação para o familiar ver seu parente acompanhado por equipes de profissionais 
dentro de sua própria casa.
4- Os critérios de admissão e alta segundo a ANVISA, no plano de Admissão em Atenção 
Domiciliar, caracterizam-se pelas seguintes etapas: indicação, elaboração do Plano de Aten-
ção Domiciliar (PAD) e início da prestação da assistência ou internação domiciliar.
 ( ) certo ( ) errado
5- Coloque V (Verdadeiro) ou F (Falso):
Quando o planejamento de internação domiciliar for iniciado com o paciente ainda no hospi-
tal, deve ser verificado: 
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( ) O preparo para a alta, possibilitando tanto ao paciente quanto ao familiar confrontar 
- se com possíveis limitações que venham impossibilitar ou dificultar as adaptações neces-
sárias no ambiente domiciliar que garantam uma assistência mais efetiva.
( ) A equipe de atendimento domiciliar não deverá iniciar uma intervenção com o paciente 
ainda no hospital, realizando uma revisão dos dados.
( ) Identificação dos diagnósticos primários e secundários.
( ) Exames laboratoriais não devem ser verificados.
( ) Terapêutica medicamentosa.
( ) Orientações recebidas pelo paciente e família.
( ) Tecnologia para assistência necessária, como cama,suporte de soro, cadeira de ro-
das, incubadoras,etc, só deverão ser resolvidas quando o paciente já estiver em sua casa.
( ) Modalidades de tratamento propostas, etc.
7- Quando o paciente já estiver em seu domicílio, é necessário pesquisar:
Há quanto tempo a situação já está ocorrendo e qual o fator que motivou a solicitação da 
internação domiciliar.
 ( ) verdadeiro ( ) falso
Prática do Cuidar e os Praticantes
Cuidar deriva do latim cogitare que significa ‘imaginar’ ‘pensar’, ‘meditar’, ‘julgar’, ‘supor’, 
‘tratar’, ‘aplicar’ a atenção, ‘refletir’, ‘prevenir’ e ‘ter-se’. Cuidar é o ‘cuidado’ em ato. A origem 
da prática de cuidar teve seu início restrito ao espaço doméstico, privado, particular. Desde a 
Grécia Antiga, identifica-se que a prática do cuidar vem sendo exercida no interior das famí-
lias, e sua realização demandava um saber prático adquirido no fazer cotidiano, passando, 
assim, de geração a geração. Nessa época, a gestão do cuidado era uma tarefa feminina. 
Quem cuidava da casa dos filhos, dos escravos dos doentes eram as mulheres. Aliás, uma 
responsabilidade bastante repetida até os dias de hoje em muito cotidianos familiares.
Em um determinado momento, boa parte desse saber foi concebido como profissão de 
mulheres e para mulheres, sobretudo na saúde foi a enfermagem a profissão que mais in-
corporou a prática do cuidar como campo de domínio próprio. Não é à toa que a prática de 
cuidar está histórica e culturalmente conectada ao feminino, pois, ao longo dos anos, essa 
atividade esteve atrelada à trajetória desenvolvida pela mulher nas sociedades ocidentais 
modernas. Por outro lado, a prática de pesquisar, ou seja, de criar novos conhecimentos, 
historicamente, tem sido concebida como prática masculina. Vemos nessa concepção uma 
expressão da divisão social e sexual do trabalho, na qual a sociedade delimita com bastante 
precisão os campos em que pode operar a mulher, da mesma forma como escolhe os terre-
nos em que pode atuar o homem.
Pierre Bourdieu é um dos autores que destaca que o mundo social produz nos sujeitos um 
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modo de ser e de estar no mundo, e este é diferenciado para homens e mulheres. Ou seja, 
a sociedade acaba por imprimir na mulher um conjunto de valores que lhe confere uma 
performance específica. Entretanto, vários movimentos reflexivos de crítica a esse modelo 
societário de divisão do trabalho, sobretudo com a contribuição do movimento feminista e 
sua produção de conhecimentos, têm contribuído de forma decisiva para modificá-lo. No 
mundo contemporâneo, constata-se que a prática de pesquisar é sinérgica à prática do cui-
dar e vice-versa, na medida em que a vida cotidiana evidencia cada vez mais a crescente 
demanda por ‘cuidado’. Mais que isso, constata-se que a demanda por ‘cuidado’ vem, dia 
após dia, se tornando complexo, o que tem exigido cada vez mais a atuação de diferen-
tes sujeitos-cidadãos-profissionais, mulheres e homens, cujo ‘outro’ demandante, cada vez 
mais requererá atenção, responsabilidade, zelo e desvelo com seus desejos, suas aspira-
ções e especificidades,de modo a incluí-lo na tomada de decisão sobre sua vida, ou melhor 
dizendo, sobre sua saúde.
Fonte:http://www.epsjv.fiocruz.br/dicionario/verbetes/cuisau.html
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Avaliação do Ambiente
e Condições do Cuidador
1. Avaliação Contínua do Ambiente do Lar
Pessoas atendidas em home care benefi-
ciam-se de intervenções no planejamento do 
ambiente do lar em que vivem, tendo em vis-
ta que esse planejamento visa proporcionar 
o máximo de desempenho para que o cliente 
aumente a sua autonomia e independência na 
reabilitação do maior número de atividades pos-
síveis.
Entretanto, é importante lembrar que o am-
biente é compartilhado, na maioria das vezes, 
entre o cliente e outros usuários (familiares), 
geralmente, não apresentando a mesma faixa 
etária.
A partir dessas premissas, é de fundamental 
importância a avaliação contínua das necessi-
dades do ambiente do lar.
O processo de avaliação das necessidades 
do ambiente ocorre em dois momentos:
a) Classificação do status (condição ou esta-
do) do cliente: inclui diagnóstico e prognóstico. 
A classificação funcional do cliente compreende 
a observação e avaliação das suas habilidades 
preservadas, das que estão prejudicadas, mas 
podem ser restauradas e daquelas que foram 
perdidas. Avalia - se também no caso de pa-
cientes terminais;
b) Avaliação ambiental: Inicialmente, se faz a 
observação detalhada da casa (edificação), do 
mobiliário e do cliente desempenhando as ativi-
dades no ambiente (quando possível) ou adap-
tado a ele devido às suas condições de saúde.
É imprescindível que o cuidador e outros fa-
miliares sejam ouvidos para que as mudanças 
necessárias não tragam novos problemas.
Posteriormente, as alternativas de mudanças 
no ambiente deverão ser estudadas e propostas 
pela equipe de home care e discutidas com o 
cliente (quando possível) e os outros envolvidos 
como, cuidador, familiar, etc, antes que qualquer 
mudança seja efetuada concretamente.
A testagem das alterações do ambiente é 
recomendada antes da seleção definitiva das 
novas adaptações. Quando as mudanças já 
estiverem realizadas, a avaliação contínua do 
ambiente deve ser monitorada, e pode ter uma 
frequência variável, seja ela realizada no local 
ou por telefone.
É possível que surjam diferenças entre as 
necessidades identificadas pela equipe e aque-
la apontada pelo cliente, cuidador ou familiar. 
Isso pode acontecer devido ao fato de o cliente 
estar acostumado com sua maneira antiga de 
se relacionar com seu lar. 
Por exemplo: um idoso que reside há mais de 
30 anos em sua residência acredita que ainda é 
capaz de desempenhar as atividades como an-
tes, como, por exemplo, ir do quarto ao banheiro 
durante a noite, sem acender a luz, por conside-
rar que tem perfeito domínio sobre o espaço e 
as reações necessárias em caso de imprevisto.
Os idosos frágeis tendem a cair em situações 
corriqueiras do dia a dia, envolvendo atividades 
simples como sentar, levantar e tomar banho, 
enquanto idosos saudáveis tendem a cair em 
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tarefas que exigem um bom controle do equilí-
brio, como subir em escadas para pegar objetos 
guardados.
Os profissionais que participam na avaliação 
e adaptação do ambiente do lar geralmente são: 
arquiteto, assistente social, enfermeiro, fisiotera-
peuta, psicólogo e terapeuta ocupacional.
Fonte:longevidade-silvia.blogspot.com
É importante ainda levar em conta a classe 
social a que o indivíduo pertence e sua condi-
ção real para que sejam realizadas alterações 
em seu ambiente domiciliar.
2. As Condições do Cuidador
As condições do cuidador precisam ser cons-
tantemente avaliadas, pois é da parceria com o 
cliente/família que irá depender o sucesso do 
tratamento.
 "De acordo com Mendes 2001, um pacien-
te pode ser excluído de um programa assisten-
cial domiciliar por não ter familiar que participe 
na condução do tratamento proposto, e que as 
mulheres, filhas ou cônjuges, são as pessoas 
preferidas para desenvolver o papel de cuida-
dores". 
Entretanto, em outros serviços, as famílias 
preferem não se envolver com os cuidados, e 
contratam cuidadores de home care por 24 ho-
ras.
Para que ocorra uma boa interação, o cuida-
dor deve estar ciente de suas atividades tera-
pêuticas para corresponder à satisfação tanto 
do cliente quanto da família. A avaliação dos 
cuidados deve ser realizada diariamente.
Falando sobre a equipe de enfermagem, o 
enfermeiro de home care precisa estar apto a 
realizar treinamentos e supervisões sempre que 
sua equipe necessitar, visando à melhoria da 
qualidade do serviço prestado.
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Exercícios
1- O planejamento do lar visa proporcionar o máximo de desempenho para que o cliente 
aumente a sua autonomia e independência na reabilitação do maior número de atividades 
possíveis.
 ( ) verdadeiro ( ) falso
2- É irrelevante lembrar que o ambiente é compartilhado, na maioria das vezes, entre o clien-
te e outros usuários (familiares), geralmente, não apresentando a mesma faixa etária.
 ( ) verdadeiro ( ) falso
3- Durante a avaliação ambiental, é importante que o cuidador e outros familiares sejam 
ouvidos para que as mudanças necessárias não tragam novos problemas.
 ( ) verdadeiro ( ) falso
4- É comum que um morador antigo em uma residência sinta–se resistente ao ter que mudar 
seus hábitos de muitos anos.
 ( ) verdadeiro ( ) falso
5- É importante verificar as condições do cuidador quanto à demanda terapêutica do cliente 
e avaliação da satisfação do cliente/família, pois é da parceria com o cliente/família que irá 
depender o sucesso do tratamento.
 ( ) verdadeiro ( ) falso
Cuidado Integral de Saúde
‘Cuidado em saúde’ não é apenas um nível de atenção do sistema de saúde ou um procedi-
mento técnico simplificado, mas uma ação integral que tem significados e sentidos voltados 
para compreensão de saúde como o ‘direito de ser’. Pensar o direito de ser na saúde é ter 
‘cuidado’ com as diferenças dos sujeitos – respeitando as relações de etnia, gênero e raça – 
que são portadores não somente de deficiências ou patologias, mas de necessidades espe-
cíficas. Pensar o direito de ser é garantir acesso às outras práticas terapêuticas, permitindo 
ao usuário participar ativamente da decisão acerca da melhor tecnologia médica a ser por 
ele utilizada.
‘Cuidado em saúde’ é o tratar, o respeitar, o acolher, o atender o ser humano em seu sofri-
mento – em grande medida fruto de sua fragilidade social –, mas com qualidade e resolutivi-
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dade de seus problemas. O ‘cuidado em saúde’ é uma ação integral fruto do ‘entre-relações’ 
de pessoas, ou seja, ação integral como efeitos e repercussões de interações positivas entre 
usuários, profissionais e instituições, que são traduzidas em atitudes, tais como: tratamento 
digno e respeitoso, com qualidade, acolhimento e vínculo.
O cuidar em saúde é uma atitude interativa que inclui o envolvimento e o relacionamento 
entre as partes, compreendendo acolhimento como escuta do sujeito, respeito pelo seu so-
frimento e história de vida. Se, por um lado, o ‘cuidado em saúde’, seja dos profissionais ou 
de outros relacionamentos, pode diminuir o impacto do adoecimento, por outro, a falta de 
‘cuidado’ – ou seja -o descaso, o abandono, o desamparo – pode agravar o sofrimento dos 
pacientes e aumentar o isolamento social causado pelo adoecimento. O modelo biomédico 
que orienta o conjunto das profissões em saúde, ao se apoiar nos meios diagnósticos para 
evidenciar leões e doenças, afastou-se do sujeito humano sofredor como totalidade viva e 
permitiu que o diagnóstico substituísse a atenção e o ‘cuidado’ integral à saúde. Entretanto, 
mais do que o diagnóstico, os sujeitos desejam se sentir cuidados e acolhidos em suasde-
mandas e necessidades. O ‘cuidado em saúde’ é uma dimensão da integralidade em saúde 
que deve permear as práticas de saúde, não podendo se restringir apenas às competências 
e tarefas técnicas, pois o acolhimento, os vínculos de intersubjetividade e a escuta dos sujei-
tos compõem os elementos inerentes à sua constituição.
O ‘cuidado’ é uma relação intersubjetiva que se desenvolve em um tempo contínuo, e que, 
além do saber profissional e das tecnologias necessárias, abre espaço para negociação e 
a inclusão do saber, dos desejos e das necessidades do outro. O trabalho interdisciplinar e 
a articulação dos profissionais, gestores dos serviços de saúde e usuários em redes, de tal 
modo que todos participem ativamente, podem ampliar o ‘cuidado’ e fortalecer a rede de 
apoio social. Com isso, a noção de ‘cuidado’ integral permite inserir, no âmbito da saúde, as 
preocupações pelo bem-estar dos indivíduos – opondo-se a uma visão meramente econo-
micista – e devolver a esses indivíduos o poder de julgar quais são suas necessidades de 
saúde, situando-os, assim, como outros sujeitos e não como outros-objetos.
Fonte:http://www.epsjv.fiocruz.br/dicionario/verbetes/cuisau.html
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Legislação sobre
Atendimento Domiciliar
1. Resolução COFEN NO 255/2001
Para o exercício de Enfermagem em Home 
Care, e evitar irregularidades, é necessário que 
sejam observadas a legislação vigente.
Por exemplo, é importante saber que uma 
firma deve ser aberta, e que somente o profis-
sional Enfermeiro poderá fazê-lo. No caso de 
técnicos e auxiliares de enfermagem, deverão 
estar vinculados a essa firma sob a orientação e 
supervisão de enfermeiro responsável.
Todos os profissionais de Enfermagem, ou 
seja, Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares, preci-
sam estar em dia com o Conselho Federal de 
Enfermagem (COREN). 
A seguir, reproduzimos algumas legislações 
que podem ajudar a compreender melhor o fun-
cionamento legal das Empresas de Enferma-
gem em Domicílio Home Care.
Atualiza normas para o registro de empre-
sas.
O Conselho Federal de Enfermagem - CO-
FEN, no uso de suas atribuições legais e regi-
mentais,
CONSIDERANDO o disposto no art. 10 da 
Lei n0 6839, de 30 de outubro de 1980;
CONSIDERANDO a deliberação do Plenário 
em sua 296a Reunião Ordinária;
RESOLVE:
Art. 1º - Aprovar as Normas, que com esta 
baixam, sobre registro no Sistema COFEN/CO-
RENs, das empresas em atividade na área da 
Enfermagem e sobre a anotação dos dirigentes 
de suas atividades de enfermagem, com vista à 
Responsabilidade Técnica.
Art. 2º - Esta Resolução entrará em vigor na 
data de sua publicação, revogadas as disposi-
ções em contrário, em especial, a Resolução 
COFEN-233/2000
Rio de Janeiro, 12 de julho de 2001
Normas para o registro de empresas e anota-
ções dos dirigentes de suas atividades de enfer-
magem, com vista à responsabilidade técnica.
CAPÍTULO I - Disposições Gerais
Art. 1º - Em virtude do disposto no art. 10 da 
Lei n0 6.839, de 30 de outubro de 1980, está 
obrigada ao registro no COREN competente, 
toda Empresa basicamente destinada a prestar 
e/ou executar atividades na área da Enferma-
gem, inclusive sob as formas de supervisão e de 
treinamento de recursos humanos, ou que, em-
bora com atividade básica não especificamente 
de enfermagem, presta algum tipo desses servi-
ços a terceiros.
Parágrafo único - A vinculação aos CORENs 
visa assegurar a realização das atividades referi-
das neste artigo em termos compatíveis com as 
exigências éticas do exercício da Enfermagem.
Art. 2º - Para efeito da presente Norma, está 
incluído no conceito de "Empresa" todo empre-
endimento de enfermagem realizado em institui-
ção de saúde, hospitalar ou não, em estabeleci-
mento ou organização afim.
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Parágrafo único - Estão compreendidos 
neste conceito:
a) no setor público: as instituições de saúde 
pertencentes à administração direta ou indireta 
federal, estadual, municipal, onde são desenvol-
vidas ou realizadas atividades de enfermagem;
b) no setor privado: os empreendimentos or-
ganizados segundo as leis civis ou comerciais 
como sociedade civil, sociedade mercantil ou 
firma individual ou, ainda, como departamen-
to, divisão, setor ou unidade da empresa para 
atuação na área de enfermagem, bem como os 
empreendimentos em fase final de organização 
nessa área que em virtude de normas locais, 
necessitem de registro no COREN para regula-
rização junto ao Cartório de Registro Civil, das 
Pessoas Jurídicas ou a Junta Comercial.
Art. 3º - Os Órgãos da Administração Públi-
ca referidos na alínea "a" do parágrafo único do 
art.20, conquanto dispensados do recolhimento 
de anuidade, taxas e emolumentos, estão sujei-
tos às presentes Normas no que se refere aos 
fins previstos no parágrafo único do art.10, ob-
servadas as demais disposições, no que lhes 
forem pertinentes.
Art. 4º - A realização de atividade de Enfer-
magem, sem o prévio registro da empresa no 
COREN competente, acarretará à mesma as 
sanções legais, previstas na legislação vigente.
CapÍtuloS Que devem SeR obSeRva-
doS:
CAPÍTULO II - Classificação das empre-
sas
Art. 5º - Consoante a qualificação da ativida-
de das empresas, ficam estas assim classifica-
das:
Classe A: empresas cujas atividades bási-
cas são desenvolvidas ou realizadas mediante 
ações de enfermagem ligadas à promoção, pro-
teção, recuperação e / ou reabilitação da saúde, 
conforme discriminação a seguir:
A.1 - atividades de supervisão;
A.2 - atividades de prestação e/ou execução 
de serviços;
A.3 - atividades de treinamento de recursos 
humanos.
Classe B: empresas cujas atividades básicas 
não se incluem entre as especificamente de en-
fermagem, mas que desenvolvem ou realizam 
atividades de enfermagem mediante ações liga-
das à promoção, proteção, recuperação e / ou 
reabilitação da saúde de terceiros como segue:
B.1 - atividades de supervisão;
B.2 - atividades de prestação e / ou execução 
de serviços;
b.3 - atividades de treinamento de recursos 
humanos.
Parágrafo único - As atividades previstas 
nas classes A.3 e B.3 são aquelas de preparo 
de mão de obra para a enfermagem, não disci-
plinadas pelos Conselhos de Educação.
CAPÍTULO III - Direção e Responsabilida-
de técnica
Art. 6º - As atividades da empresa, na área da 
Enfermagem, somente poderão ser desenvolvi-
das ou realizadas sob a efetiva e permanente 
direção de um Enfermeiro e a consequente res-
ponsabilidade técnica desse profissional, sem 
prejuízo da responsabilidade da empresa pelo 
cumprimento das exigências éticas do exercício 
da enfermagem.
§ 1º - O estabelecimento-sede e cada agên-
cia, filial ou sucursal da empresa terá seu pró-
prio dirigente Enfermeiro e a responsabilidade 
técnica deste para com as atividades de enfer-
magem.
§ 2º - A empresa que desenvolver ou realizar 
habitualmente atividades de enfermagem por 
mais de 1 (um) turno de trabalho, terá 1 (um) En-
fermeiro responsável técnico por turno.
§ 3º - Em casso excepcionais, o COREN po-
derá, a seu exclusivo critério, autorizar que um 
mesmo Enfermeiro dirija as atividades de enfer-
magem dos estabelecimentos - sede de 2 (duas) 
empresas ou do estabelecimento - sede de uma 
agência, filial ou sucursal de uma empresa.
§ 4º - Na hipótese de exoneração do Enfer-
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meiro ou Obstetriz dirigente e responsável téc-
nico ou de rescisão de seu contrato de trabalho, 
será ele imediatamente substituído por outro En-
fermeiro e comunicada a substituição pela em-
presa ao COREN, sob pena de representação 
junto às autoridades hierarquicamente superio-
res, no caso dos Órgãos Públicos referidos na 
alínea "a" do parágrafo único do art. 2º, ou de 
penalidade a ser aplicada pelo COREN, quando 
se tratar das entidades privadas de que trata a 
alínea "b" dos mesmos parágrafos e artigos.Art. 7º - Na localidade onde ocorrer compro-
vadamente indisponibilidade de Enfermeiro, po-
derá o COREN, a seu exclusivo critério, autori-
zar a empresa que ali desenvolve atividades de 
enfermagem a atribuir a direção destas, e a res-
pectiva Responsabilidade Técnica, a Enfermeiro 
residente em localidade diversa, observando o 
disposto na legislação vigente.
2. Resolução COFEN no 270/2002
O Conselho Federal de Enfermagem - CO-
FEN, no uso de suas atribuições legais e regi-
mentais;
Considerando a Constituição da República 
Federativa do Brasil, art.50 inciso II "Ninguém 
será obrigado a fazer algo ou deixar de fazer al-
guma coisa senão em virtude de lei";
Considerando os termos da Lei n0 5.905 de 
12 de julho de 1973, que determina aos Conse-
lhos de Enfermagem a Normatização das Ativi-
dades de Enfermagem;
Considerando os ditames da Lei n0 7.498 
de 25 de junho de 1986, que Regulamenta o 
Exercício do profissional da Enfermagem, e ain-
da se Decreto Regulamentador n0 94.406, de 
08/06/1987;
Considerando o art.50 da Resolução COFEN 
n0 255/2001, que atualiza as normas para Regis-
tro de empresas;
Considerando a Resolução COFEN n0 
260/2001, que fixa as Especialidades de Enfer-
magem;
Considerando a Resolução COFEN n0 
267/2001, que dispõe sobre as Atividades de En-
fermagem em Home Care;
Considerando a existência de empresas que 
prestam serviços de Enfermagem Domiciliar, 
sem regulamentação específica;
Resolve:
Art.10 - Aprovar a regulamentação das em-
presas que prestam Serviços de Enfermagem 
Domiciliar - Home Care;
Art.20 - Esta resolução entra em vigor na data 
de sua publicação, revogando disposições em 
contrário.
Foz de Iguaçu, 18 de abril de 2002.
ANEXO RESOLUÇÃO COFEN no 270 / 
2002
I - Toda empresa de prestação de serviços de 
Enfermagem Domiciliar e/ou filiais, deve ser di-
rigida por Profissional Enfermeiro devidamente 
inscrito e em dia com suas obrigações junto ao 
Conselho Regional de sua área de atuação;
II - Toda Empresa de prestação de serviço de 
Enfermagem Domiciliar e/ou filiais, é obrigada a 
ter em seus quadros:
(01) um Enfermeiro Responsável por turno.
(01) um Enfermeiro responsável técnico, pela 
coordenação das atividades de Enfermagem
III - As equipes de Enfermagem, das Empresas 
prestadoras de serviços de Enfermagem Domici-
liar, deverão ser compostas "exclusivamente" por 
Enfermeiros, Técnicos de Enfermagem e Auxilia-
res de Enfermagem, devidamente registrados e 
em dia com as obrigações junto aos Conselhos 
Regionais que jurisdicionam suas áreas de atu-
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ação.
IV - Todos os Profissionais de Enfermagem 
deverão ser cadastrados na empresa e a lista-
gem atualizada deverá ser enviada ao COREN 
de sua jurisdição, conforme Resolução COFEN 
n0139/92.
V - Toda empresa de prestação de serviços 
de Enfermagem Domiciliar deverá pautar desen-
volvimento de suas atividades, tomando como 
prerrogativa a Resolução COFEN n0 267/2001 
e seu anexo.
VI - Quaisquer casos omissos deverão ser 
resolvidos pelo Conselho Regional da jurisdição 
pertinente, depois de ouvido o COFEN.
3. Resolução COFEN no 267/2001
Aprova atividades de Enfermagem em Domi-
cilio Home Care.
O Conselho Federal de Enfermagem, no uso 
de suas atribuições legais e regimentais;
Considerando o disposto na Lei n0 7.498/86, 
art.11, inciso I, alíneas "a, b, e, d, e, f, g, h, i, j" ;
Considerando o Decreto n0 94.406/86, art.1, 
inciso I, alíneas "a, b, e, d, e, f, g, h, i, j" ;
Considerando a resolução COFEN n 0 194/97;
Considerando a resolução COFEN nº 159/93;
Considerando a resolução COFEN nº 195/97;
Considerando a resolução COFEN nº 255/2001;
Considerando a resolução COFEN nº 260/2001;
Considerando as sugestões emanadas pela 
Sociedade Brasileira de Home Care;
Considerando deliberação do Plenário, em 
sua POR n0 298;
ReSolve:
Art.1º - Aprovar as atividades de Enfermagem 
em Home Care dispostas no anexo.
Art.2º - Esta Resolução entra em vigor na data 
de sua publicação, revogando dispositivos em 
contrario.
Rio de Janeiro, 05 de outubro de 2001.
Gilberto Linhares Teixeira
COREN-RJ n0 2.380
Presidente
João Aureliano Amorim de Sena
COREN-RN n0 9.176
Primeiro Secretário
ANEXO da RESOLUÇÃO COFEN nº 267
O presente dispõe sobre as atividades da En-
fermagem em Domicílio - Home Care.
Define - se por Enfermagem em Domicílio - 
Home Care a prestação de serviços de saúde ao 
cliente, família e grupos sociais em domicílio, e 
de acordo com a Resolução -COFEN n0 256de 
12 de julho de 2001, esta modalidade assisten-
cial exprime, significativamente, a autonomia e o 
caráter liberal do profissional Enfermeiro.
Essas atividades estão previstas nos seguin-
tes níveis de complexidade:
- Menor complexidade: Nesse nível, está ca-
racterizada a investigação do processo saúde/
doença. O cliente necessita de procedimentos 
técnicos - científicos de Enfermagem relaciona-
da às prevenções, promoção e manutenção do 
estilo de vida saudável;
- Média complexidade: Nesse nível, não se 
dá a caracterização de uma doença em curso. 
Entretanto, o cliente necessita de procedimentos 
técnicos - científicos de Enfermagem que definirá 
o modelo assistencial aplicado à clientela visando 
à deliberação do dano, invalidez, e a reabilitação 
da mesma com retorno ao seu estado de vida;
 - Alta complexidade: Nesse nível, o cliente 
apresenta uma doença em curso, cujo atendi-
mento em domicílio deverá ser multiprofissional, 
ocorrendo a internação domiciliar, ficando asse-
gurado à complexidade do especialista em En-
fermagem em Domicílio - Home Care.
I - É da competência privativa do Enfermeiro 
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em Domicílio - Home Care atuar nas seguintes 
funções: assistencial, administrativa, educativa e 
de pesquisa:
a) Função Assistencial:
- Identificar, diagnosticar, prescrever e avaliar 
sobre a prestação do cuidado de saúde e enfer-
magem a ser realizada em domicílio do cliente, 
família e/ou grupo social;
- Organizar, dirigir, planejar, coordenar e ava-
liar os serviços de saúde realizados pela enfer-
magem em domicílio;
- Fazer o prognóstico de enfermagem de 
acordo com os níveis de complexidade do cliente 
no domicílio, atendendo as interfaces de intercor-
rências clínicas;
 - Assumir, como prerrogativas as atividades da 
responsabilidade de planejar, executar, delegar, 
supervisionar e avaliar a assistência de Enferma-
gem através do SAE (Sistema de Atendimento 
de Enfermagem) de instrumentos de controle de 
qualidade das responsabilidades assistenciais 
realizadas;
- Identificar e classificar as condições que pre-
dispõem a riscos de saúde, fazendo referências 
do caso clínico, através de pareceres sistemáti-
cos, cabendo-lhe a delegação de responsabilida-
des assistenciais ao pessoal de enfermagem;
- Analisar a ergonomia ambiental e suporte 
tecnológico no domicílio, estabelecendo ação 
integrada de correção de risco de educação fa-
miliar;
- Decidir sobre as normas e execução de pro-
cedimentos de diagnóstico, terapêutica e cuida-
dos nos níveis de complexidade, aplicando a sis-
tematização da assistência de Enfermagem.
b) Função Administrativa:
- Conceber e organizar a assistência de Enfer-
magem em serviços de saúde público e privado 
na área de Home Care;
- Definir funções e normas do pessoal de 
enfermagem, nos serviços de saúde público e 
privado, na área de enfermagem em Domicílio - 
Home Care;
- Avaliar o planejamento e a execução das 
atividades de Enfermagem em Domicílio - Home 
Care junto ao cliente em Residência;
- Promover o cuidado contínuo e de suporte 
ao cliente em Domicílio, utilizando o sistema de 
referência entre os serviços e recursos humanos 
de saúde;
- Delegar aos Técnicos e Auxiliares de Enfer-
magem, responsabilidades de assistência de En-
fermagem, segundo a complexidade do estado 
de saúde e dos recursos existentes;
- Utilizar metodologia participativa interpretan-
do e avaliando omodelo assistencial aplicado às 
necessidades do cliente, família e/ou grupo so-
cial, à luz da Enfermagem em Domicílio - Home 
Care.
c) Função de Pesquisa:
- Aplicar metodologia de investigação aten-
dendo ao Código de Ética da Enfermagem;
- Implementar os resultados de investigação 
considerados aplicáveis em concordância com o 
Código de Ética em Pesquisa com seres huma-
nos, submetendo - os à Sociedade Brasileira de 
Enfermagem em Home Care;
- Efetuar investigações de elementos de risco 
ocupacional nos processos de trabalho e educa-
ção continuada, que afetem a assistência de En-
fermagem em Domicilio - Home Care;
- Colaborar com outros profissionais em in-
vestigações dentro do campo de Enfermagem 
em Domicílio - Home Care;
d) Função Educativa:
- Conceber e promover processos construti-
vos, que visem à melhoria da qualidade de vida 
do cliente, família e/ou grupo social em domicí-
lio;
- Participar e desenvolver com a equipe mul-
tiprofissional processos educativos que visem 
ao aprimoramento e desenvolvimento técnico - 
científico da Enfermagem em Domicílio Home - 
Care;
- Atuar na formação, preparo e qualificação de 
pessoal de enfermagem na especialidade de En-
fermagem em Domicílio Home Care.
II - Havendo registro no Conselho Federal de 
Enfermagem da Sociedade Brasileira em Home 
Care de Caráter Nacional, as demais Organiza-
ções Regionais deverão seguir o princípio Esta-
tutário e Regimental da Sociedade Brasileira de 
Enfermagem em Home Care.
III - Os casos omissos serão resolvidos pelo 
Conselho Federal de Enfermagem.
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Exercícios
1- Para o exercício de Enfermagem em Home Care, é necessário que sejam observadas as 
legislações vigentes para que não ocorram situações de irregularidades.
 ( ) verdadeiro ( ) falso
2- O técnico ou auxiliar de enfermagem podem abrir uma firma de Home Care.
 ( ) verdadeiro ( ) falso
3- Delegar aos Técnicos e Auxiliares de Enfermagem responsabilidades de assistência de 
Enfermagem, segundo a complexidade do estado de saúde e dos recursos existentes, é 
função do enfermeiro.
 ( ) certo ( ) errado
4- De acordo com o ANEXO - RESOLUÇÃO COFEN – 270/2002, as equipes de Enfer-
magem, das Empresas prestadoras de serviços de Enfermagem Domiciliar, deverão ser 
compostas “exclusivamente” por Enfermeiros, Técnicos de Enfermagem e Auxiliares de En-
fermagem, devidamente registrados e em dia com as obrigações junto aos Conselhos Re-
gionais que jurisdicionam suas áreas de atuação.
 ( ) certo ( ) errado
5- A vinculação aos CORENs visa assegurar a realização das atividades referidas neste arti-
go em termos compatíveis com as exigências éticas do exercício da Enfermagem. (Normas 
para o Registro de Empresas e anotações dos Dirigentes de suas atividades de Enferma-
gem, com vista à Responsabilidade Técnica.Art. n1, parágrafo único.)
 ( ) certo ( ) errado
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Treinamento
e Supervisão do Cuidador
1. Conceito de Cuidador
Para alguns autores, o conceito de cuidador 
é discutível. É importante considerar o estado 
funcional do paciente, o número e duração das 
tarefas que necessitam de supervisão e o en-
volvimento emocional mínimo do cuidador com 
o paciente. 
O cuidador é o principal responsável por pro-
ver ou coordenar os recursos requeridos pelo 
paciente. Em muitos países, há extensas ten-
tativas de conceituar cuidadores formais e infor-
mais, cuidadores principais e secundários e fa-
tores que designam o tipo de cuidador requerido 
para cada paciente dependente.
Para outros autores, o cuidador é aquele que 
dirige seus cuidados a indivíduos com neces-
sidades e demandas de atenção no domicilio. 
Estudos sobre o cuidador e a qualidade de vida 
afirmam que o cuidador é quem assume a res-
ponsabilidade de cuidar, dar suporte ou assistir 
alguma necessidade da pessoa cuidada, visan-
do à melhoria de sua saúde.
Mas todos concordam que, geralmente, o 
cuidador domiciliar é aquele que possui vínculos 
de parentesco com o paciente. 
O cuidador principal é definido como aquele 
que tem maior responsabilidade pelos cuida-
dos ao paciente e o cuidador secundário como 
aquele que realiza atividades complementares. 
Existe ainda o cuidador formal, um profis-
sional preparado em uma instituição de ensino 
para prestar cuidados no domicílio, segundo as 
necessidades específicas do cliente. O cuidador 
informal é um membro da família ou da comu-
nidade que presta cuidado de forma parcial ou 
integral aos idosos com déficit de autocuidado. 
(BRASIL, 1999).
O cuidador familiar assume esse papel por 
diferentes motivos: por vontade, por instinto e 
por conjuntura. Aquele que assume por vontade 
é motivado a satisfazer seus sentimentos atra-
vés da relação com o outro. Aquele que faz por 
instinto o faz impulsivamente, visando atender à 
necessidade de sobrevivência da comunidade 
ou do indivíduo, ou quando não há outra pessoa 
para atuar no cuidado. 
Segundo documento oficial do Ministério da 
Saúde, "Uma Política Nacional para o Idoso", de 
1999, o cuidador:
“É uma pessoa, membro da família ou não, 
que com ou sem remuneração, cuida do idoso 
doente ou dependente no exercício das suas 
atividades diárias, tais como alimentação, higie-
ne pessoal, medicação de rotina, acompanha-
mento aos serviços de saúde ou outros serviços 
requeridos no cotidiano – como a ida a bancos 
ou farmácias – excluídas as técnicas ou pro-
cedimentos identificados com profissões legal-
mente estabelecidas, particularmente na área 
de enfermagem”. (In Mendes W., 2001).
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2. O Cuidador Formal
O cuidador formal provê cuidados de saúde 
ou serviços sociais para outros em função de 
sua profissão. 
Ele utiliza as habilidades, a competência e a 
introspecção originadas em treinamentos espe-
cíficos. O grau de instrução e treinamento para 
se obter certificado varia.
Fonte:sinait.org.br
Pessoas que ocupam posições administrati-
vas ou acadêmicas (professores), e que têm sido 
treinadas na profissão de cuidar de outras pes-
soas, são também denominadas de cuidadores 
formais, porque suas atividades têm impacto 
significativo sobre a saúde dos pacientes. 
Os cuidadores formais, geralmente, recebem 
compensação financeira pelos seus serviços, 
mas, algumas vezes, não a recebem quando 
atuam como voluntários de organizações, gru-
pos ou particulares.
2.1 Qualificações do Profissional
Qualquer que seja o tipo de assistência, mais 
ou menos intervencionista, os profissionais ne-
cessitam estar capacitados especificamente 
para um tipo de atendimento distinto do hospital 
e do ambulatório tradicionais, como é o Home 
Care. Esse treinamento deve ser contínuo.
O atendimento domiciliar requer do profis-
sional de saúde um aprendizado para lidar com 
situações novas. No hospital, o paciente está, 
muitas vezes, só e se adapta aos costumes, 
horários, tipo de alimentação, espaço para loco-
moção, convivência com desconhecidos, muitas 
vezes identificados apenas pela sua condição 
comum de paciente. Por outro lado, os profissio-
nais de saúde estão "em casa", com seus cole-
gas de trabalho. O código de postura, de ética, 
os costumes estão protegidos e preservados 
pela corporação.
Quando o profissional está na residência do 
paciente, depara com um novo quadro, muitas 
vezes tendo que conviver só com aquela fa-
mília, com seus costumes, suas crenças, sua 
ética. O médico é encarado em algumas condi-
ções como um mero prestador de serviços, dife-
rente da reverência com que está acostumado 
no hospital.
Ao contrário da situação anterior, o paciente 
está em seu ambiente, podendo ser ele mesmo 
na sua plenitude, com seu espaço preservado. 
A literatura enfatiza que, no hospital, é o doente 
que se adapta ao meio. No domicílio, é o profis-
sional que precisa se adaptar. 
Os profissionais de saúde que geralmente

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