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� PAGE \* MERGEFORMAT �7�
1. INTRODUÇÃO
Esta monografia tem como objetivo apresentar a contextualização do tema Responsabilidade Social nas corporações e desenvolver um esboço metodológico para uso da norma ABNT NBR 16001 como ferramenta de estratégia de negócios.
Amplamente discutida no âmbito acadêmico e empresarial, a Responsabilidade Social cada vez mais vem adquirindo um caráter de diferencial no mundo dos negócios, na medida em que preconiza essencialmente o envolvimento das organizações no sentido de desenvolverem ações direcionadas ao desenvolvimento sustentável, proveniente do equilíbrio entre as esferas econômica, social e ambiental.
O caráter diferencial leva a estratégia de gestão empreendedora, que nada mais é a criação de valor por pessoas e organizações trabalhando juntas para implementar uma idéia por meio de aplicação de criatividade, capacidade de transformação e o desejo de tornar aquilo que comumente se chamaria de risco. 
A finalidade desta monografia é buscar estabelecer os benefícios como estratégia de negócio que a norma ABNT NBR 16001 pode conferir às empresas.
A metodologia a ser utilizada será a pesquisa bibliográfica. A pesquisa desse trabalho caracteriza-se como um estudo descritivo onde se descreve o conceito de responsabilidade social, instrumentos de gestão, a norma ABNT NBR 16001 e governança corporativa, onde esses temas têm o valor enorme perante as empresas. 
A monografia está dividida em dois capítulos: o primeiro mostra o conceito de responsabilidade social, os tipos, a evolução, a teoria dos stakeholders e desenvolvimento sustentável, já o segundo, define a Norma ABNT NBR 16001 e como é desenvolvida a responsabilidade social como estratégia de negócio dentro das empresas.
2. RESPONSABILIDADE SOCIAL
As transformações que vêm ocorrendo na economia mundial (ambiente de negócios) têm alterado a estrutura das organizações, de modo que as empresas, além de estarem sendo forçadas a uma maior competitividade e produtividade, devem atender também às exigências da sociedade, que se tornam cada vez mais crescentes. Com isso, as organizações interferem cada dia mais no ambiente social, cultural e ambiental das regiões onde estão inseridas.
O conceito de Responsabilidade Social é definido de diversas formas por diferentes autores. Isso transcorre do fato de que o tema da responsabilidade social, embora tenha adquirido importância e destaque no meio empresarial e na academia, ainda é recente, sendo, ainda, um conceito em construção.
Para o Instituto Ethos, a Responsabilidade Social vai além da postura legal da empresa, da prática filantrópica ou do apoio à comunidade. Significa mudança de atitude, numa perspectiva de gestão empresarial com foco na qualidade das relações e na geração de valor para todos. Melo Neto e Brennand a definem como “uma atividade favorável ao desenvolvimento sustentável, à qualidade de vida no trabalho e na sociedade, ao respeito às minorias e aos maiores necessitados, à igualdade de oportunidade, à justiça comum e ao fomento da cidadania e respeito aos princípios e valores éticos e morais”�.
Segundo Toldo et al no contexto empresarial, “ser socialmente responsável é prever suas ações e realizá-las da melhor forma possível, antecipando as conseqüências e o alcance de tais ações para o benefício de todos os seus públicos”�. Grajew sintetiza uma visão particular sobre o conceito de responsabilidade social corporativa:
Se você reparar bem, não há nenhum conceito novo quando se pensa em Responsabilidade Social. O que há, na verdade, é um novo olhar, uma nova maneira de compreender as questões que envolvem todas as relações humanas, inclusive – e especialmente – no universo empresarial. Quando se fala nesse assunto, estamos tratando de ética, da relação socialmente responsável da empresa em todas as suas ações, suas políticas, suas práticas, em tudo o que ela faz, suas atitudes com a comunidade, empregados, fornecedores, com os fornecedores de seus fornecedores, com os fornecedores dos fornecedores de seus fornecedores, com o meio ambiente, governo, poder público, consumidores, mercado e com seus acionistas. É preciso pensar todas essas relações como uma grande rede que se inter-relaciona.� 
Como se pode observar, o conceito de responsabilidade social está se ampliando, passando da relação socialmente compromissada da empresa com a comunidade, para abranger todas as relações da empresa. De fato, muitas empresas têm levado a sério sua atuação social, até porque nos últimos anos, essas relações tornaram-se uma questão de estratégia de negócios e de sobrevivência empresarial.
O conceito de Responsabilidade Social Corporativa é mais amplo, visto que abrange a responsabilidade social e ambiental. Segundo Melo Neto e Brennand�, a responsabilidade corporativa compreende as seguintes dimensões: Ética nos Negócios, Responsabilidade Social e Responsabilidade Ambiental. A Responsabilidade Corporativa está relacionada à gestão ética com transparência e responsabilidade, práticas de governança corporativa, respeito à diversidade e aos empregados, com pagamento de salários justos e benefícios e com ênfase ao desenvolvimento profissional, criando e mantendo um ambiente de qualidade de vida, respeito aos clientes, fornecedores e parceiros.
Quanto a Responsabilidade Ambiental, esta envolve todas as práticas relativas à proteção, preservação ambiental e prevenção de danos causados ao meio ambiente, além de ações de educação ambiental e certificações.
Segundo o Instituto Ethos, a responsabilidade social corporativa é:
Uma forma de conduzir os negócios que torna a empresa parceira e co-responsável pelo desenvolvimento social. A empresa socialmente responsável é aquela que possui a capacidade de ouvir interesses das diferentes partes (acionistas, funcionários, prestadores de serviços, fornecedores, consumidores, comunidade, governo e meio ambiente) e conseguir incorporá-los ao planejamento de suas atividades, buscando atender à demanda de todos, não apenas dos acionistas ou proprietários.�
Responsabilidade Social, segundo Ashley:
Pode ser definida como o compromisso que uma organização deve ter para com a sociedade, expresso por meio de atos e atitudes que a afetem positivamente, de modo amplo, ou a alguma comunidade, de modo específico, agindo proativamente e coerentemente no que tange a seu papel específico na sociedade e a sua prestação de contas com ela.�
As empresas passaram a ter como principais objetivos a busca pela excelência na qualidade nas relações e a sustentabilidade econômica, social e ambiental, com a atuação baseada em princípios éticos. Para isso, é necessário que se utilizem da transparência como um fator preponderante de legitimidade social, pois trata-se de um importante atributo positivo para a imagem pública e reputação das empresas.
Responsabilidade Social Corporativa, segundo Karkotli, “é toda e qualquer ação que possa contribuir para a melhoria da qualidade de vida da sociedade, possibilitando que as organizações demonstrem toda sua preocupação por meio de significativos projetos sociais”.�
Com isso, as ações de responsabilidade social corporativa evidenciam o elevado compromisso social das empresas e que elas são co-responsáveis em relação ao desenvolvimento social e ambiental. Tais ações são extensivas a todos que participam da vida em sociedade, sempre buscando aperfeiçoar as relações das empresas com seus diferentes públicos que são por elas afetados.
Observa-se que as empresas que assumem uma postura de responsabilidade social corporativa, tendem a ter um desempenho consistente maior que aquelas que não se caracterizam por uma imagem de boa cidadania. Este desempenho pode ser constatado no valor das suas ações.
2.1 A Responsabilidade Social Corporativa
Este capítulo, que trata sobre a Responsabilidade Social Corporativa (RSC), tem como objetivo desenvolvera primeira parte do referencial teórico que serve de base para essa dissertação. O referido tema está subdividido em 05 (cinco) segmentos: Evolução histórica da responsabilidade social no mundo e no Brasil; Conceitos de responsabilidade social; a teoria dos stakeholders e as ações de responsabilidade social; o desenvolvimento sustentável e a responsabilidade social corporativa e; provas e organizações da responsabilidade social corporativa.
Nos últimos anos, o tema responsabilidade social corporativa tem, cada vez mais, despertado o interesse das sociedades contemporâneas. As organizações estão adquirindo uma mentalidade de adequação, influenciada por diversos fatores, em relação ao meio em que estão inseridas. Os seus compromissos não se limitam mais aos definidos pela ordem econômica, como os de minimizar os custos e maximizar os lucros. A nova visão de adequação das organizações pressupõe que estas, além de se preocuparem em atender às exigências dos acionistas ou sócios quotistas, devem preocupar-se também com o futuro das gerações, de maneira que possam proporcionar o bem-estar da sociedade como um todo.
Em pouco tempo, as organizações viram-se coagidas a transformarem as suas estratégias de negócio e modelos gerenciais, de forma que pudessem superar os desafios e aproveitar as oportunidades decorrentes da ampliação de seus mercados, do surgimento de novos concorrentes e novas demandas da sociedade.
Assim, as empresas estão cada vez mais adquirindo consciência de que devem interagir com o Governo em busca das mudanças na realidade social, cultural e ambiental das localidades onde estão inseridas, pois este, apesar de ser o principal agente responsável pela resolução dos problemas enfrentados pela sociedade, não possui condições de sozinho melhorar a situação atual.
Nesse contexto, há a necessidade de explicitar a evolução do pensamento dos estudiosos e da sociedade em geral a respeito do tema até os dias atuais, além dos conceitos, buscando associar a idéia de responsabilidade social ao compromisso social de contribuir para o desenvolvimento social.
2.2 Evolução Histórica da Responsabilidade Social no mundo e no Brasil
Historicamente, não se pode determinar com precisão quando surgiu a responsabilidade social, contudo vários feitos eram realizados informalmente, podendo ser caracterizados como responsabilidade social. Em 1789, na França, foi promulgada a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, por meio da Liga das Nações, sendo atualizada em 1793 e em seguida em 1795. Porém, somente em 1948 foi publicado um texto unificado, através da United Nations (UN), que trouxe grande representatividade e penetração global: a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
A partir daí, diversos fenômenos sociais vêm sendo estudados e avaliados por vários estudiosos. Segundo Zarpelon, as primeiras manifestações científicas, no que tange a responsabilidade social, foram realizadas por Charles Eliot, em 1906 e por Arthur Hakley em 1907.�
De acordo com Toldo et al, em 1919, nos Estados Unidos da América, a questão da responsabilidade corporativa foi questionada e tornou-se de conhecimento público em virtude do julgamento na Justiça americana do caso de Henry Ford, presidente acionista majoritário da Ford Motor Company, e seu grupo de acionistas liderados por John e Horace Dodge, que processaram a Companhia Ford, porque em 1916, Ford comunicou aos demais acionistas que parte dos dividendos não seriam distribuídos, pois seriam reinvestidos para fins de expansão da empresa e diminuição nos preços dos carros.�
A Suprema Corte de Michigan decidiu a favor de Dodge, justificando que as organizações devem visar o lucro e beneficiar seus acionistas, não podendo usá-lo para outros fins. Embora o juízo de que a empresa deveria responder apenas aos interesses de seus acionistas tenha vencido, tal idéia foi alvo de muitas críticas por vários estudiosos da época, fazendo com que surgissem as ações filantrópicas por parte das organizações, incentivadas pelo Estado.
Um marco na área de Responsabilidade Social foi a publicação de Haward Bowen no ano de 1953, nos Estados Unidos, com sua obra intitulada Responsabilities of the Businessman. Este estudo está relacionado a um grande estudo sobre Ética e Vida Econômica Cristã, que foi iniciado em 1949 pelo Conselho Federal das Igrejas de Cristo da América, o que se leva a perceber como o tema responsabilidade social, desde o seu surgimento, traz consigo uma relação com a religião e a fé, um apelo à moral do homem.
Nos anos 60, autores europeus discutiam sobre os problemas sociais e ambientais, como a poluição, a remoção de lixos tóxicos e nucleares, bem como suas possíveis soluções. Em 1968 é realizado, na França, o primeiro trabalho de balanço socioeconômico com o título Societés Cooperativés Ouvières. De acordo com Zarpelon, a França foi o primeiro país do mundo a promulgar a lei que obriga as empresas a realizarem balanços periódicos demonstrando o desempenho social.
A Responsabilidade Social iniciou sua trajetória sob a roupagem da filantropia, porém na década de 80 conseguiu encontrar campo fértil para seu crescimento, tendo em vista que evoluiu de ação beneficente ao patamar de ação estratégica. Nos anos 90, surgiram as primeiras estratégias e modelos sociais empresariais.
Baseado nesses estudos precursores na área social, um padrão normativo foi desenvolvido com o objetivo de padronizar o Sistema de Gestão Social, tornando-se oficial nos Estados Unidos em 1997, por meio da Social Accountability International (SAI).
Nos últimos anos, nos Estados Unidos e na Europa multiplicaram-se os fundos de investimento formados por ações de empresas socialmente responsáveis. Como exemplo, pode-se citar O Sustainability Index, da Dow Jones, que enfatiza a necessidade de integração dos fatores econômicos, ambientais e sociais nas estratégias de negócios das empresas. Normas e padrões certificáveis relacionados especificamente ao tema da responsabilidade social, como as normas SA8000 (relações de trabalho) e AA1000 (diálogo com partes interessadas), vêm ganhando crescente aceitação.
O trabalho do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (IBASE) na promoção do Balanço Social é uma de suas expressões e tem gerado progressiva repercussão.
Desde 1998, o Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, inspirado na instituição norte-americana Business and Social Responsibility, busca disseminar a prática de responsabilidade social corporativa no Brasil orientando as empresas na incorporação de critérios de responsabilidade social de forma progressiva e ajudando-as na implementação de políticas e práticas éticas. Para isso, o Instituto Ethos realizou a criação dos Indicadores Ethos, que ao mesmo tempo em que servem de instrumento de avaliação para as empresas, reforçam a tomada de consciência dos empresários e da sociedade brasileira sobre o tema.
Atualmente, a preocupação das empresas brasileiras com o seu papel e responsabilidade diante das questões sociais e ambientais encontram-se numa tradução dos princípios do Global Compact, iniciativa do Secretário Geral das Nações Unidas, Kofi Annan.
Segundo Zarpelon, “os conceitos preliminares que permanecem evolutivos relacionados aos aspectos sociais corporativos iniciaram-se quando surgiu a necessidade de adequação das empresas aos interesses da sociedade”�. Esse contexto exige das empresas a conquista de níveis cada vez maiores de competitividade e produtividade, e introduz a preocupação crescente com a legitimidade social de sua atuação.
2.3 Responsabilidade Social X Filantropia
A filantropia empresarial ou doações é uma dimensão inicial do conceito de responsabilidade social, que inclui o comportamento da empresa como um todo.
O que se observa é que empresários bem sucedidos em seus negócios, decidiram retribuir à sociedade parte dos ganhos que obtiveram em suas empresas. Tais atos isolados podem ser consideradoscomo ações benevolentes e de caridade para com o próximo. Com isso, surgiram as entidades filantrópicas, com o intuito de contribuir para a sobrevivência dos menos favorecidos, utilizando-se dos recursos de empresários filantropos.
Existem diferenças na forma de investimentos sociais por parte das empresas, que definem suas estratégias sociais, podendo adotar modelos diferenciados de ações sociais.
De acordo com Melo Neto e Brennand, existem três tipos de ações sociais:
a) A filantropia pura, tradicional, que tem na doação a sua ação social dominante. A figura dominante é o doador, geralmente um empresário com grande senso social e adepto de ações humanitárias, de ajuda aos excluídos socialmente. b) A nova filantropia, que também se baseia em doações. Porém, neste caso, as empresas doadoras monitoram a aplicação dos recursos e o impacto social previsto e alcançado. Portanto, os recursos gastos em ações sociais são também vistos como “investimentos”, e seu retorno é monitorado e avaliado. c) O Investimento Social Privado (ISP), conceito criado pelo Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (GIFE) e Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (IDIS), no biênio 1998-99, é uma ação de investimento em projetos sociais, feita por pessoas físicas ou jurídicas, objeto de um processo de gerenciamento contínuo.�
O que diferencia a responsabilidade social de filantropia é que a primeira é mais abrangente e voltada para a melhoria na qualidade de vida e cidadania, envolvendo em cadeia um número expressivo de indivíduos e entidades para atingir esse objetivo; quanto à Filantropia, essa baseia-se mais em ações individuais e que auxiliam os menos favorecidos, no entanto, são ações que focam um grupo de pessoas limitado.
As ações de filantropia são atitudes que podem parecer solução no momento, mas no futuro podem comprometer a visão de como são as verdadeiras práticas de responsabilidade social, pois para que tais práticas obtenham sucesso é necessário que haja, primeiramente, um estudo completo na área de atuação da empresa, da comunidade onde está inserida e também da disposição das pessoas da empresa em mudarem sua cultura interna.
De acordo com Melo Neto e Froes, a filantropia parte de uma ação individual e voluntária enquanto que a responsabilidade social vai além de vontades individuais, consistindo numa soma de vontades que compõe um consenso, uma obrigação moral e econômica a unir o comportamento de todos que participam da vida em sociedade. As principais diferenças entre a filantropia e responsabilidade social podem ser resumidas como:�
Filantropia - Ação individual e voluntária, fomento da caridade, base assistencialista, restrita a empresários filantrópicos e abnegados, prescinde de gerenciamento e decisão individual
Responsabilidade Social - Ação coletiva, fomento da cidadania, base estratégica, extensiva a todos, demanda gerenciamento e decisão consensual
Como se pode verificar, a filantropia é uma ação individual e voluntária, enquanto que a responsabilidade social corporativa consiste na decisão da empresa de participar mais ativamente das ações sociais na região onde está inserida, gerando desenvolvimento que satisfaça as necessidades da geração presente, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas necessidades.
O social tornou-se sustentável quando houve um esgotamento do modelo de filantropia, tendo em vista que indivíduos e empresas se conscientizaram de que doações não eram suficientes para eliminar o problema social e que o ideal seria proporcionar ações de desenvolvimento sustentado, como por exemplo, investir em saneamento básico, proteção ambiental e educação ou ainda consumir produtos gerados pela comunidade local. Depreende-se que as organizações podem gerar lucros para seus acionistas/ proprietários e ainda utilizar a responsabilidade social como um instrumento de união dos interesses de seus stakeholders, na busca da maximização de seus valores no mercado.
Segundo Orchis, Yung e Morales, “stakeholders são os grupos de interesse que se relacionam, afetam e são afetados pela organização e suas atividades”�. De acordo com Karkotli, “os stakeholders são qualquer grupo ou indivíduo que é afetado ou que afeta o alcance dos objetivos das organizações”�. Com isso, pode-se citar como stakeholders todo o grupo de interesses da organização, como o governo, os acionistas, a sociedade, a comunidade, os fornecedores, os clientes e os colaboradores.
A responsabilidade social corporativa deve ter início internamente, na organização, aumentando assim, o nível de satisfação dos colaboradores, pois ao se sentirem valorizados pela empresa e entenderem que a mesma investe em atividades sociais e ambientais que beneficiam a geração atual e as futuras influenciarão positivamente o clima laboral. Com isso, a prática da responsabilidade social gera benefícios tanto para a empresa como para a sociedade, pois as ações realizadas pela organização visando atender as expectativas de cada uma das partes com as quais se relaciona, possibilitam a empresa um melhor desempenho de suas atividades e uma gestão com sustentabilidade, perpetuando assim seu negócio.
2.4 A Teoria dos Stakeholders e as Ações de Responsabilidade Social
O termo stakeholders não tem tradução literal para a língua portuguesa, porém foi criado para designar todas as pessoas ou empresas que, de alguma maneira, são influenciadas pelas ações de uma organização. O seu emprego por autores estrangeiros dá-se com o sentido de identificar grupos que atuam direta ou indiretamente sobre as organizações.
De acordo com Tinoco, “o conceito de Responsabilidade Social Corporativa deve enfatizar o impacto das atividades das empresas para os agentes com os quais interagem (stakeholders): empregados, fornecedores, clientes, consumidores, colaboradores, investidores, competidores, governos e comunidade”�. Segundo Machado Filho�, o primeiro estudioso a abordar a Teoria dos Stakeholders de forma explícita foi Eduard Freeman, na obra The Politics of Stakeholder Theory: some future directions.
O referido autor propõe a divisão dos stakeholders em grupos primários e grupos secundários. Os primeiros são os acionistas e credores que possuem os direitos legais sobre os recursos organizacionais estabelecidos, enquanto que os segundos, representados pela comunidade, funcionários e consumidores, são aqueles cujo direito sobre os recursos organizacionais é menos estabelecido em lei e/ou baseado em critérios de lealdade ou em obrigações éticas.
A teoria dos stakeholders determina que a organização não pode ser compreendida apenas como uma instituição que progride em função de seus proprietários ou acionistas e sim por um conjunto de pessoas ou instituições que também têm interesses em que a organização seja bem sucedida.
Consequentemente, as estratégias da organização devem ser elaboradas para satisfazer aos diversos grupos situados em seu ambiente e que são direta ou indiretamente afetados pelo seu comportamento estratégico, sob pena de fracasso na implementação de suas políticas e diretrizes.
As influências mútuas nas relações stakeholder-empresa vão agir diretamente na escolha da estratégia organizacional a ser implementada. Com isso, torna-se importante um estudo, análise e pesquisa sobre o grupo de stakeholders que influenciam no planejamento e decisões da entidade.
Para Machado Filho, “a gestão com base na teoria dos stakeholders envolve a alocação de recursos organizacionais e a consideração dos impactos desta alocação em vários grupos de interesses dentro e fora da organização”�. Essa forma de gestão leva em consideração os grupos que podem afetar ou são afetados pela realização dos objetivos da empresa e tem causado discussões sobre o nível de influência de tais grupos na tomada de decisão das organizações.
O modelo evidencia todos os agentes que mantém relações diretas com a organização e que estão envolvidos nas atividades da entidade. Como osproprietários, que possuem como objetivo principal o retorno financeiro, os funcionários que esperam por salários, segurança e outros benefícios. Os fornecedores, sendo esses tratados como parceiros, quando do estudo da integração vertical da cadeia de valor na qual a empresa opera para promover a redução de custos e aumento na qualidade do produto/serviço representam um agente essencial para o sucesso da organização.
A relação com os consumidores deve gerar um vínculo de confiança e respeito, tendo em vista que o consumidor é responsável pela maior parcela de geração de riqueza das empresas, fortalecendo a cadeia produtiva através dos diversos setores que elas se relacionam.
A comunidade, na qual a entidade esta inserida, é beneficiada no momento do pagamento dos impostos, taxas e contribuições ao governo e quando essa mantêm projetos que proporcionam uma melhoria na qualidade de vida da população.
É necessário que a organização procure interagir com o meio ambiente de forma responsável, avaliando os impactos das atividades, observando os dispositivos legais vigentes, administrando o uso dos recursos naturais necessários à atividade operacional e educando os colaboradores no sentido de assumirem uma consciência de respeito ao meio ambiente, assegurando assim práticas ambientais adequadas na execução de suas atividades.
Alguns autores criticaram a teoria de Freeman: Jensen apóia que “os múltiplos objetivos da ‘teoria dos stakeholders’ são, na verdade, estratégias, e a criação de valor o principal objetivo a ser seguido como referência”�. Sternberg, seguindo a mesma linha de pensamento de Jensen, afirma que “a teoria acaba dissimulando a possibilidade de avaliação da administração, a medida que os gestores podem, por meio dos diversos objetivos a que a organização se propõe, justificar tomadas de decisão que não sejam a maximização do valor da empresa para os acionistas/ proprietários”�.
Muito embora critiquem a teoria dos Stakeholders, Jensen e Sternberg, de acordo com Machado Filho, não se posicionam, a princípio, de forma contrária à realização de ações de responsabilidade social por parte das organizações e sugerem ainda que as mesmas podem, estrategicamente, ser úteis na busca de valor. Com isso, observa-se que as organizações podem gerar lucros para seus acionistas e proprietários e ainda utilizar a responsabilidade social como um instrumento de união dos interesses de seus stakeholders, na busca da maximização de seus valores no mercado.
Ao contrário dos autores citados, Campbell� defende a teoria dos stakeholders, pois na sua concepção a organização deve assumir um compromisso de responsabilidade social diante do ambiente em que está inserido. Segundo o autor, os stakeholders podem ser classificados em ativos e passivos. Os primeiros são aqueles que agem diretamente sobre a empresa exigindo dividendos, melhores salários, maiores prazos de pagamentos e preços baixos. Estes são influenciadores imediatos do processo de gestão organizacional. Os segundos são as organizações não governamentais e a sociedade, que segundo o autor afetam a organização de forma mediata.
Já Freeman classifica os stakeholders em dois grupos: primários e secundários, de acordo com a maneira em que os direitos são estabelecidos sobre os recursos organizacionais.
Embora os interesses de todos os stakeholders devam ser levados em consideração, o autor estabelece uma ordem de prioridade ao dividi-los em primários e secundários.
De acordo com Savitz, os stakeholders são classificados em três categorias: “os que estão na própria empresa (internos), aqueles com que você faz negócios (cadeia de valor) e os que se situam fora da empresa (externos)”�.
O que ajuda a diagnosticar, identificando e priorizando os detentores de interesses é o que Savitz chama de mapeamento de stakeholders. Tal mapeamento tem a finalidade de ajudar a definir a atual posição da empresa em relação aos diversos grupos de pressão, organizações comunitárias, interesses econômicos e financeiros, órgãos governamentais e outras partes interessadas em suas atividades e capazes de afetar o seu desempenho.
Para a análise do nível de importância dos stakeholders, deve-se priorizar os diversos indivíduos e grupos que competem pela atenção, interesses e recursos, levando em consideração o impacto potencial deles sobre a organização. Os grupos de interesses de uma organização, de acordo com Freeman e Gilbert a partir do conceito de Freeman, podem ser analisados em três níveis: racional, processual e transacional.
O nível racional identifica os stakeholders a partir do grau de relacionamento com a empresa e evidencia a natureza dessas relações. No nível processual a organização pode entender melhor sua relação com seus grupos de interesse. E, no nível transacional, a organização visa compreender como os gestores organizacionais e os stakeholders interagem, visando detectar a presença de disjunções para assim minimizá-las.
Ao tratar das relações com as partes interessadas, as entidades devem incluir em seu planejamento estratégico toda a preocupação e compromisso com os stakeholders, estabelecendo um comportamento ético, transparente e socialmente responsável baseado em princípios e valores que norteiam todas as decisões, ações e relações, incorporando os diferentes interesses de todos os que fazem parte do negócio, de modo a contribuir para um desenvolvimento social, econômico e ambientalmente sustentável, e não apenas por uma questão de atendimento a interesses puramente econômicos de um dos stakeholders.
Segundo Machado Filho, alguns autores se contrapõem a teoria dos stakeholders, que proclama que as ações de responsabilidade social realizadas pela empresas devem assumir diversos objetivos e não apenas a função de maximização da riqueza do acionista. 
Jensen reitera a lógica de que “os múltiplos objetivos da ‘teoria dos stakeholders’ são, na verdade, estratégias, e a criação de valor o principal objetivo a ser seguido como referência” (value seeking).”� Contudo, o que se observa é que os valores da entidade podem variar de acordo com os valores dos stakeholders, já que o envolvimento de ambos é essencial para a continuidade da entidade, pois todos influenciam direta e indiretamente os valores e a forma de gestão da organização, principalmente em seu processo de tomada de decisão, tornando-se impossível a exclusão de algum membro nesse processo.
Esta pesquisa segue a Teoria dos Stakeholders como marco teórico, tendo em vista que as organizações não podem evitar a influência dos stakeholders no seu processo de gestão e nem tampouco apenas gerar lucros para seus acionistas sem levar em consideração os impactos que suas atividades podem gerar a todo o seu público. É necessário que a empresa alavanque seus resultados sem perder o foco da responsabilidade social. 
2.5 O desenvolvimento Sustentável e a Responsabilidade Social Corporativa
O termo desenvolvimento é tratado frequentemente como sinônimo de crescimento econômico. Segundo Bellen�, a noção de desenvolvimento sustentável tem sua origem mais remota no debate internacional sobre o conceito de desenvolvimento e provém de um longo processo histórico de reavaliação crítica da relação existente entre a sociedade civil e o meio natural. Em 1987, nos Estados Unidos, a Comissão Mundial da ONU sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (UNCED), apresentou um documento chamado Our Common Future (Nosso Futuro Comum), mais conhecido por Relatório Brundtland, que tem como objetivo definir modelos de desenvolvimentos capazes de satisfazer as necessidades das gerações atuais sem colocar em risco as necessidades das gerações futuras.
A terminologia desenvolvimento sustentável, atualmente, é utilizada como a base da Responsabilidade Social e Ambiental Corporativa através do tripé: Econômico, Social e Ambiental, tendo em vista que se busca paralelamente o crescimento econômico, o desenvolvimento social e a proteção ao meio ambiente.Determina-se que a empresa deve gerir seus resultados, focando não só no resultado econômico adicionado, mas também no resultado ambiental e social adicionado. Com isso, pode-se determinar que o desenvolvimento sustentável está sob as três pilastras da responsabilidade social e ambiental.
Em 1992 foi realizada na cidade do Rio de Janeiro a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), também chamada de ECO 92, que teve como objetivo elaborar estratégias que conciliassem o desenvolvimento sócio-econômico com a interrupção e reversão dos efeitos da degradação ambiental, bem como promover o desenvolvimento sustentável num ambiente saudável em todos os países.
A ECO 92 consagrou o conceito de desenvolvimento sustentável e dentre os principais documentos firmados está o “Agenda 21”, com a contribuição de 179 países. Trata-se de um programa de ação que viabiliza o novo padrão de desenvolvimento sustentável, por meio do compromisso dos países com o envolvimento dos diferentes segmentos da sociedade na solução de problemas sociais e ambientais. Concilia métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica. O principal objetivo da Agenda 21 é transformar em realidade os princípios da Declaração do Rio a serem implementados pelos governos, agências de desenvolvimento, organizações das Nações Unidas e pelos grupos setoriais independentes, em cada área onde as atividades, inclusive econômicas, afetam o meio ambiente. O conceito de desenvolvimento sustentável evidencia basicamente a forma em que a sociedade deve se relacionar com o ambiente em que interage, de forma que possa garantir a sua própria continuidade e do meio externo.
De acordo com a reunião do World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável - realizada em 1998 na Holanda, dentre as dimensões do desenvolvimento sustentável, a responsabilidade social é a mais delicada, tendo em vista que engloba diversos aspectos, tais como: Direitos humanos; direitos dos empregados; direitos dos consumidores; envolvimento comunitário; relação com fornecedores; monitoramento e avaliação de desempenho e direitos dos grupos de interesse.
O Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) atua como representante no Brasil do WBCSD e tem como objetivo criar condições para as empresas e demais segmentos da sociedade para que haja uma relação harmoniosa entre as três dimensões do desenvolvimento sustentável: econômica, social e ambiental.
A responsabilidade social, como parte integrante do conceito de desenvolvimento sustentável, está focada na dimensão social. Com isso, a empresa ao realizar ações sociais em benefício de seus stakeholders, está atuando na dimensão social do desenvolvimento sustentável e exercendo a sua responsabilidade social.
De acordo com Pronk e ul Haq,“o desenvolvimento é sustentável quando o crescimento econômico traz justiça e oportunidades para todos os seres humanos do planeta, sem privilégio de algumas espécies, sem destruir os recursos naturais e finitos e sem ultrapassar a capacidade de carga do sistema.”� O desenvolvimento sustentável consiste na expansão econômica permanente e na aplicação de seus recursos para atender às necessidades humanas e aumentar a qualidade de vida. A aplicação do conceito de desenvolvimento sustentável, na prática, é chamada de sustentabilidade.
Segundo o Instituto Ethos, a sustentabilidade empresarial, consiste em “assegurar o sucesso do negócio a longo prazo e ao mesmo tempo contribuir para o desenvolvimento econômico e social da comunidade, um ambiente saudável e uma sociedade estável”�. A sustentabilidade é a maneira de tomar decisões levando em conta as pessoas, o lucro e o meio ambiente. As organizações que incorporam práticas sustentáveis de gerenciamento asseguram o sucesso de seus negócios no longo prazo e, contribuem para o desenvolvimento das comunidades, para a criação de ambiente saudável e de uma sociedade mais evoluída e estável. A sustentabilidade envolve a gestão, a maneira de tratar os empregados, o impacto sobre o meio ambiente e sobre a comunidade local e as relações com clientes e fornecedores.
Na execução do exercício de responsabilidade social podem-se citar dois focos distintos: os projetos sociais e as ações comunitárias. Os projetos sociais, segundo Melo Neto e Brennand�, são as ações propriamente ditas, tendo em vista que representam os objetivos a serem alcançados, os resultados previstos sob a forma de bens, serviços e instalações, os recursos consumidos. Com os projetos sociais, busca-se resolver problemas sociais que atingem a população ou determinados grupos sociais, priorizando ações de fomento ao desenvolvimento social. 
As ações comunitárias, de acordo com Melo Neto e Froes�, estão relacionadas com a participação da empresa em programas e campanhas sociais, realizadas por diferentes entidades, tendo como ações predominantes as doações e apoio e trabalho voluntário dos seus colaboradores em áreas como assistência social, alimentação, saúde, educação, cultura, meio ambiente e desenvolvimento comunitário.
2.6 Organizações e provas da responsabilidade Social Corporativa
Em sua constante busca de recursos que se tornam cada vez mais escassos, o ambiente econômico competitivo, incluindo-se os variados agentes que o compõem, impõe a necessidade de mais transparência às organizações em suas relações com a comunidade em geral. Com isso, aumentam o leque de interessados nas informações e nos resultados gerados pelas organizações.
As provas são modelos criados com a finalidade de dar a melhor resposta para a questão da responsabilidade social, mobilizando diferentes atores em torno de problemas sociais e ambientais�. Por meio das provas, pode-se organizar e sistematizar o movimento pela responsabilidade social corporativa. 
3. INSTRUMENTOS DE GESTÃO
Além do Balanço Social, outros mecanismos para avaliação da responsabilidade social das empresas têm sido efetivados para organizarem as estratégias gerenciais e o enfrentamento da competitividade atual, de forma a agregar valor à Empresa e aos seus produtos. 
Esses novos instrumentos de gestão que conduzem as práticas responsáveis são as normas técnicas de qualidade, a AS 8000, AA-1000 e a Iniciativa Global (IG) para apresentação de relatórios, os indicadores, como os Indicadores Ethos de Responsabilidade Social Empresarial e as certificações como a da Fundação Abrinq.
A norma SA 8000, ou Social Accountability, é o primeiro padrão de certificação social que busca garantir os direitos básicos dos trabalhadores. Quem credencia as organizações qualificadas para verificar a conformidade é a Social Accountability International (SAI)�.
A SA 8000 é baseada nas normas internacionais de direitos humanos e nas Convenções da Organização Internacional do Trabalho. Além de proteger a reputação e a integridade das marcas das empresas, a SA 8000 possibilita externar em seus valores éticos e seu grau de envolvimento social, aspectos fundamentais frente a um consumidor cada vez mais participativo e exigente.
A norma AA 1000 é uma inovação, a norma mais abrangente para a gestão da responsabilidade social corporativa. Criada pelo Instituto americano, Institute of Social and Ethical Accountability, a AA1000 reúne, numa só norma, o levantamento de informações, auditoria e relato social ético das Empresas (KRAEMER, 2009).
Essa norma foi desenvolvida para amparar as organizações na definição de objetivos e metas. Os estágios das normas de processo são o planejamento, responsabilidade, auditoria e relato, integração de sistemas e comprometimento dos stakeholders.
As normas de processo da AA1000 associam a definição e a integração de sistemas dos valores da organização com o desenvolvimento das metas de desempenho e com a avaliação e comunicação do desempenho organizacional.
Por este processo, focalizadono comprometimento da organização para os stakeholders, a AA1000 vincula as questões sociais e éticas à gestão estratégica e às operações da organização. É um instrumento para verificação de mudança organizacional e de aprendizagem e inovação para servir de modelo do processo a seguir na elaboração; proporcionar mais qualidade a outros padrões específicos e complemento a outras iniciativas.
A Iniciativa Global para apresentação de relatórios Global Reporting Initiative (GRI) é um acordo internacional, criado com uma visão de longo prazo, multistakeholder, cuja missão é elaborar e difundir as diretrizes para organização de relatórios de sustentabilidade aplicáveis global e voluntariamente. 
A GRI não oferece nenhum modelo de Balanço Social. O que a iniciativa propõe, baseia-se no conceito de sustentabilidade. Busca transformar a elaboração desses relatórios sobre sustentabilidade de uma rotina e conferir-lhes credibilidade como as demonstrações financeiras.
No Brasil, as primeiras iniciativas para a elaboração de um modelo de divulgação de atividades sociais das empresas foram realizadas pela Fundação Instituto de Desenvolvimento Empresarial e Social (FIDES), em 1980, e, posteriormente, pelo Instituto Brasileiro de Análise Sociais e Econômicas (IBASE).
A partir do ano de 2000, foi inserida a iniciativa grandiosa do Instituto Ethos de Responsabilidade Social Empresarial, dando continuidade aos trabalhos de FIDES e IBASE, como ferramentas de avaliação e gestão de empresas nas práticas socialmente responsáveis.
É bem verdade que as Empresas que possuem um posicionamento ético melhoram sua imagem pública gradativamente, alcançando uma maior legitimidade social. Para isso, as práticas de gestão empresarial precisam ser conduzidas dentro de uma estrutura capaz de alcançar a eficiência. É por esse motivo que as organizações buscam as normas técnicas de qualidade. 
Ainda na busca de qualidade, as empresas buscam as normas voluntárias internacionais International Organization for Standardization (ISO), configurando-se como federação internacional que congrega organismos de normalização técnica de todo o mundo�. 
No Brasil, as normalizações estão representadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), é a organização que define as normas técnicas reconhecidas oficialmente para uso da indústria e Governo.
A ISO 9001 e ISO 14001 são exemplos de normas voluntárias internacionais para sistemas de gestão de qualidade e de gestão ambiental, respectivamente. A mais recente, a ISO 14001, traz um conjunto de práticas destinadas a minimizar os impactos que põem em risco o meio ambiente.
Essa norma garante a redução da carga de poluição gerada pelas empresas, controla os insumos e matérias-primas que representam desperdícios de recursos naturais. Desse modo, as empresas passam a contribuir, de forma sistematizada, na redução dos impactos ambientais.
Recentemente, no Brasil, a Associação Brasileira de Normas Técnicas aprovou a norma NBR 16001, referente ao sistema de gestão em responsabilidade social. Aprovada em 2004, essa norma passou a fazer parte do sistema brasileiro de certificação, demonstrando ao mercado que as organizações empresariais não existem apenas para explorar os recursos econômicos e humanos, mas principalmente para contribuírem com o desenvolvimento social.
Ainda em implementação das estratégicas empresariais brasileiras, cabe pontuar sobre mais uma inovação prevista para 2009, a publicação da Norma Interna de Responsabilidade Social ISO 26000, construída com base em iniciativas já existentes e não terá caráter de sistema de gestão.
A referida norma não será certificável e não proporá requisitos a ser cumpridos pelas organizações empresariais, será uma espécie de guia de diretrizes em responsabilidade social e seu uso será voluntário. Os mecanismos usados para avaliação das responsabilidades empresariais conduzem a uma imagem ideal baseada em organização, comprometimento e publicidade. Esses fatores fundamentais fazem a diferença para a sociedade sobre a função social que a empresa realiza.
Com base nos inúmeros instrumentos de gestão descritos, verifica-se nas organizações empresariais a necessidade de implementação de estratégias que possam melhorar a imagem pública e alcançar a legitimidade social. Por meio dessas estratégias, as empresas adentram no mercado explorando recursos econômicos, humanos e ambientais, mas com a consciência de sua responsabilidade social. É, na verdade, um conjunto de práticas que denotam a segurança de que as empresas precisam para minimizar os impactos que suas ações representam.
Mais uma vez, cabe ressaltar que a responsabilidade social é incorporada pelas empresas em seus cotidianos, por meio de programas e projetos que têm, por finalidade, divulgar e promover a imagem empresarial nas causas sociais e ambientais, e que de alguma forma se reverterão no desempenho econômico.
3.1 A Norma ABNT NBR 16001 
É uma norma brasileira, requisito de responsabilidade social, que tem caráter de sistema de gestão e propósito de certificação. A Norma foi elaborada na Comissão de Estudos Especiais Temporária de Responsabilidade Social da ABNT, formada por representantes dos setores envolvidos, como produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).
Fundada em 1940, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o órgão responsável pela normalização técnica no País, que fornece base necessária ao desenvolvimento tecnológico brasileiro. É entidade privada, sem fins lucrativos e membro fundador da International Organization for Standardization (ISO); da Comissão Pan-americana de Normas Técnicas (Copant) e da Associação Mercosul de Normalização (AMN).
A ABNT, como representante oficial da ISO no Brasil, estabeleceu em dezembro de 2002 um grupo-tarefa para o desenvolvimento de uma Norma Brasileira de Requisitos em Sistema de Gestão de Responsabilidade Social. 
O projeto foi submetido a consulta nacional. O Grupo teve mais de cento e quarenta participantes cadastrados em suas discussões e elaborações, das mais diversas partes interessadas, que representaram empresas privadas, públicas, governos, ONGs, universidades, normalizadores, entre outros.
Após dois anos de preparação, foi publicada, em dezembro de 2004, a norma ABNT NBR 16001 – Responsabilidade Social – Sistema de Gestão – Requisitos, responsabilidade da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Atualmente, além de dar continuidade ao desenvolvimento dos documentos complementares à ABNT NBR 16001, a comissão é o fórum onde se reúne a delegação brasileira para a discussão das posições nacionais a serem levadas ao Grupo de Trabalho da ISO 26000, de Responsabilidade Social. 
Esta Norma estabelece os requisitos mínimos relativos a um sistema da gestão da responsabilidade social, permitindo à organização formular e implementar uma política e objetivos que levem em conta os requisitos legais e outros, seus compromissos éticos e sua preocupação com a: promoção da cidadania; promoção do desenvolvimento sustentável, e transparência das suas atividades.
A NBR 16001 tem por objetivo fornecer às organizações os elementos de um sistema da gestão da responsabilidade social eficaz, passível de integração com outros requisitos da gestão, de forma a auxiliá-las a alcançar seus objetivos relacionados com os aspectos da responsabilidade social. Não se pretende criar barreiras comerciais não-tarifárias, nem ampliar ou alterar as obrigações legais de uma organização. 
Ela não prescreve critérios específicos de desempenho da responsabilidade social e se aplica a qualquer organização que deseje: implantar, manter e aprimorar um sistema da gestão de responsabilidade social; assegurar-se de sua conformidade com a legislação aplicável e com sua política da responsabilidade social; apoiar o engajamento efetivo das partes interessadas; e demonstrar conformidade com esta Norma ao�: 
realizaruma auto-avaliação e emitir autodeclaração da conformidade com esta Norma;
buscar confirmação de sua conformidade por partes que possuam interesse na organização;
buscar confirmação de sua autodeclaração por uma parte externa à organização; ou
buscar certificação do seu sistema da gestão da responsabilidade social por uma organização externa.
Os requisitos da NBR 16001 são genéricos, para que possam ser aplicados a todas as organizações. Sua aplicação dependerá de fatores como a política de responsabilidade social da organização, a natureza de suas atividades, produtos e serviços; da sua localidade e das condições em que opera.
A NBR 16001 utiliza, como um dos seus fundamentos, as três dimensões da sustentabilidade – econômica, ambiental e social –, conceitos descritos como sustentabilidade. Está fundamentada na metodologia conhecida como Plan-Do-Check-Act (PDCA), ou seja, planejar- fazer-verificar-atuar.
Os objetivos e metas devem ser compatíveis com a política de responsabilidade social e devem contemplar, mas não se limitar a: 
boas práticas de governança;
combate à pirataria, sonegação e corrupção;
práticas leais de concorrência;
direitos da criança e do adolescente, incluindo o combate ao trabalho infantil;
direitos do trabalhador, incluindo o de livre associação, de negociação, a remuneração justa e benefícios básicos, bem como o combate ao trabalho forçado;
promoção da diversidade e combate à discriminação (por exemplo: cultural, de gênero, de raça/etnia, idade, pessoa com deficiência);
compromisso com o desenvolvimento profissional;
promoção da saúde e segurança;
promoção de padrões sustentáveis de desenvolvimento, produção, distribuição e consumo, contemplando fornecedores, prestadores de serviço, entre outros;
proteção ao meio ambiente e aos direitos das gerações futuras; e
ações sociais de interesse público.
Vários são os benefícios da ABNT NBR 16001, entre elas estão:
Aplicabilidade a organizações de todos os tipos e portes. Embora o público usual de normas de sistemas de gestão sejam as grandes corporações, esta norma foi redigida de forma a aplicar-se também às pequenas e médias empresas, de qualquer setor, bem como às demais organizações públicas ou do terceiro setor que tiverem interesse em aplicá-la;
Entendimento amplo do tema “Responsabilidade Social”. Esta norma incorporou o conceito mais amplo de Responsabilidade Social, ao aproximá-lo do desenvolvimento sustentável e incluir em seu cerne o engajamento e a visão das partes interessadas;
Necessidade de comprometimento dos funcionários e dirigentes de todos os níveis e funções. Em diversos pontos da norma ressalta-se a necessidade de comprometimento dos dirigentes e funcionários de todos os níveis e funções, em especial os da alta direção, uma vez que se trata de um tema transversal;
Necessidade de uma política da Responsabilidade social e o desenvolvimento de programas com objetivos e metas. A norma prescreve que a alta administração deve definir a política de Responsabilidade Social, “consultando as partes interessadas”� e assegurando, dentre outros tópicos, que a mesma “inclua o comprometimento com a promoção da ética e do desenvolvimento sustentável”. Na etapa de planejamento, a organização deverá estabelecer, implementar e manter objetivos e metas da Responsabilidade Social, com o envolvimento de funções e níveis relevantes dentro da organização e demais partes interessadas.
3.2 A Certificação de Sistemas de Gestão
 A certificação de um sistema de gestão, tal como um sistema de gestão da responsabilidade social, da qualidade ou ambiental de uma organização, é um meio de garantir que a organização implementou um sistema para a gestão dos aspectos pertinentes de suas atividades, alinhados com sua política.
 A certificação de um sistema de gestão oferece a demonstração independente de que o sistema de gestão da organização:
Está conforme requisitos especificados,
É capaz de alcançar, com coerência, sua política declarada e respectivos objetivos, 
Está implementado com eficácia
 As atividades de certificação envolvem a auditoria do sistema de gestão de uma organização. Em geral, a forma de atestação da conformidade do sistema de gestão de uma organização em relação a uma norma específica de sistemas de gestão é apresentada por documento de certificação ou um certificado.
 	O objetivo geral da certificação é proporcionar confiança a todas as partes de quem um sistema de gestão atende a requisitos específicos. O valor da certificação é o grau de confiança pública estabelecida por meio de uma avaliação competente e imparcial, realizada por uma terceira-parte�.
 
3.3 Responsabilidade Social Corporativa (RSC) como Estratégia Empreendedora 
Este tópico aborda, de forma sucinta, diferentes enfoques a respeito do desenvolvimento do conceito de estratégia e sua visão pluridimensional, que poderá levar uma empresa a ter êxito e, por influência, do empreendedorismo. 
As tentativas de aproximar a responsabilidade social como estratégia de negócio e empreendedorismos nos trabalhos acadêmicos brasileiros em quase sua totalidade caracterizam-se por ensaios teóricos. A Harvard Business School considera que empreendedorismo é a identificação de novas oportunidades de negócios, independentemente dos recursos que se apresentam disponíveis ao empreendedor�. A maioria dos estudos não se baseia em pesquisas que levem em conta indicadores que comprovem a existência da relação entre RSC como estratégia de negócios e empreendedorismo. Em geral refletem apenas a sugestão de autores de que existe esse relacionamento. 
No entanto, alguns desses estudos serão aqui apresentados. O ensaio teórico de Ribeiro� foi um dos primeiros trabalhos que sugeriu um relacionamento entre essas duas varáveis. Em sua abordagem, o autor chama a atenção para a tendência das empresas do país, que em menor ou maior grau, esforçavam-se para adotar princípios de responsabilidade social na tentativa de alcançar um desempenho superior. Porém, a associação entre RSC e vantagem competitiva é prejudicada devido às características culturais da sociedade brasileira relacionadas à moral do oportunismo ligadas à habilidade de tirar proveito das circunstâncias em detrimento do interesse social.
Aligleri, Aligleri e Câmara� defenderam, em seu ensaio, que a capacidade de interagir com outras empresas e a sociedade é uma qualidade fundamental para a sobrevivência, legitimidade e a competitividade no mercado. No enfoque dos autores, a empresa é vista como parte de um sistema mais amplo, em que a responsabilidade social extrapola as fronteiras da empresa, na medida em que permeia toda a cadeia produtiva e protege os insumos básicos de produção, o meio ambiente e o indivíduo no longo prazo.
A pesquisa de Paiva, Lima e Benedicto�, ao abordar o assunto, traçou um paralelo entre a transformação da obrigação, que diz respeito à responsabilidade social, em oportunidade que poderá ser um pré-requisito estratégico para a sobrevivência das organizações. Esse estudo, de maneira especial, propõe uma reflexão às empresas para que reavaliem a estratégia de ação das suas práticas sociais, destacando que a adoção do marketing social pode ser uma ótima opção para maximizar o potencial competitivo proporcionado pela responsabilidade social.
Da mesma maneira, o artigo de Alday e Pinochet� avaliou os efeitos do marketing para causas sociais com as estratégias empresariais em busca da vantagem competitiva. Os resultados revelaram que os programas de responsabilidade social exercem influencia na percepção que as pessoas têm da imagem da empresa e se estendem para a sua filosofia que, por sua vez, exerce impacto sobre as estratégias da organização.
O estudo de Coral, Rossetto e Selig�, embora não focalize especificamente a RSC, teve como proposta analisar as possíveis convergências entre o planejamento estratégicoe a sustentabilidade, que é um tema complementar e compatível com a responsabilidade social, como argumentam Schwartz e Carroll. Os conhecimentos acerca dos conceitos das variáveis de estudo sustentaram a discussão, indicando um desequilíbrio entre os fatores econômicos e sociais. A pesquisa demonstrou que os modelos de planejamento estratégico se interessam, sobretudo, por fatores econômicos, não incluindo de maneira sistêmica os aspectos ambientais e sociais. 
A partir dessa constatação foi desenvolvido um modelo conceitual com o objetivo de oferecer às empresas uma ferramenta de gestão que incorpora as dimensões econômica, ambiental e social, enfatizando o desenvolvimento sustentável. Na perspectiva dos autores, a utilização de estratégias ambientais e sociais de maneira proativa pode levar a empresa a melhoraria contínua.
Oliveira e Rodriguez� procuraram demonstrar a diversidade. Seu ensaio sugeriu que as empresas, com programas de diversidade cultural têm melhor desempenho do que as que não investem nesse quesito. Assim, ao valorizar a gestão da diversidade as organizações conseguem utilizar melhor os recursos internos, incentivam a inovação e melhoram a produtividade.
O estudo de Mostadeiro e Ferreira� faz parte de uma pesquisa maior que investigou como as estratégias ligadas à responsabilidade social formam-se, são desencadeadas e alinham-se com os planos corporativos. O estudo foi realizado em três grandes empresas do Rio Grande do Sul e indicou que o processo de formação de estratégias empresariais é influenciado por valores, eventos particulares, tendências ambientais e pela influência de stakeholders internos e externos. Além disso, pôde-se constatar que as estruturas de responsabilidade social se adaptam ao longo do tempo às estratégias organizacionais.
Silva et al.� focalizaram atenção no envolvimento de uma pequena empresa, do setor de agronegócios, com a responsabilidade social como diferencial. Por sua vez, o ensaio teórico de Murgel, Silva e Neves� buscaram compreender a ética nos negócios. Para os autores, a empresa é parte de um sistema interdependente e a relação ética com os seus parceiros pode determinar a permanência da empresa no mercado.
A análise da gestão da responsabilidade social e o relacionamento com o design do produto, seu impacto na sociedade e meio ambiente foram aspectos considerados por Gouvinhas e Santos�. Esse ensaio deu relevância, sobretudo, ao avanço em termos de uma maior conscientização sobre a RSC, que pode contribuir para a imagem empresarial.
A proposta de Bertoncello e Chang Júnior�, em seu ensaio teórico, foi discutir se os impactos da responsabilidade social corporativa oferecem benefícios de diferenciação para as empresas. Como conclusão, os autores argumentaram que a questão não se trata de um modismo ou ação de marketing, mas de um tema que deve estar vinculado à realidade estratégica organizacional como um tópico irreversível e contínuo.
Em que pese o interesse do meio acadêmico, em nível internacional pelo assunto, grande parte dos trabalhos apresentados se trata de proposições de modelos e abordagens conceituais. A tendência em considerar a RSC sob o enfoque do empreendedorismo também pode ser constatada nas investigações brasileiras, porém com um menor grau de complexidade que os estudos realizados em outros contextos. O aspecto comum em ambos os casos é que maioria dos trabalhos não se baseia em pesquisas empíricas que comprovem a existência da relação entre RSC e empreendedorismo.
Os argumentos aqui apresentados corroboram o interesse do meio acadêmico, em nível internacional e nacional, tendo como foco vários estudos sobre a integração dos conceitos de responsabilidade social corporativa como estratégia de negócio e gestão empreendedora. Ressalta-se que grande parte das pesquisas apresentadas se trata de ensaios teóricos, sem comprovação em investigações práticas. 
Apesar disso e da falta de consenso entre os estudiosos do tema a respeito do relacionamento positivo entre essas duas varáveis, o assunto tem despertado atenção que se renova constantemente, na busca de se compreender sob quais condições a RSC pode ser fonte de criação de valor, que diferencie uma empresa com estratégia de negócio voltada para o empreendedorismo.
Em resumo é possível pontuar que a evolução das diversas perspectivas apresentadas, tanto no desenvolvimento dos modelos de RSC, quanto nas abordagens como estratégia de negócio parecem indicar um delineamento convergente que considera demandas integradas, de maneira tal que a empresa possa operar em consonância com os valores sociais. Tais demandas e a carência de estudos reforçam a necessidade de trabalhos que integrem a RSC como estratégia de negócio. 
3.3.1 Governança Corporativa (GC)
O termo Governança Corporativa está presente há cerca de vinte anos. O ambiente corporativo atual, em que a busca pelo crescimento é cada dia maior e a transparência das informações tornou-se essencial diante dos recentes escândalos financeiros e da crise de confiança nos bancos, favoreceu o fortalecimento da Governança Corporativa, tornando-a presente nas melhores práticas das organizações e nas discussões do mundo acadêmico.
Há vários conceitos de Governança Corporativa, abordados por autores, e que guardam consonância entre si em vários aspectos, tais como interesses dos stakeholders, indução de comportamento para gestores e transparência nas relações entre todos.
Para Silveira, a Governança Corporativa relaciona-se com instrumentos que assegurem os interesses dos acionistas, no processo decisório:
a discussão sobre a Governança Corporativa envolve a criação de mecanismos internos e externos que assegurem que as decisões corporativas serão tomadas no melhor interesse dos investidores, de forma a maximizar a probabilidade de os fornecedores de recursos obterem para si o retorno sobre esse investimento.�
De acordo com Silva:
A Governança Corporativa consiste no conjunto de regras, procedimentos, atitudes e instituições que condicionam a ação dos administradores no sentido de atender aos interesses dos financiadores e das partes interessadas na empresa (stakeholders), particularmente os acionistas (shareholders).�
Andrade e Rossetti apresentam uma compreensão mais ampla:
A Governança Corporativa tem grande diversidade de conceitos, sendo que os mais sintonizados com os processos e os objetivos de alta gestão, que se observam nas corporações, podem ser reunidos em quatro grupos, que olham a Governança como:
Guardiã de direitos das partes com interesses em jogo;
Sistema de relações pelo quais as sociedades são dirigidas e monitoradas;
Estrutura de poder que se observa no interior das corporações; e
Sistema normativo que rege as relações internas e externas nas empresas.� 
Na opinião de Garrido et AL. a Governança Corporativa é indutora de comportamento na gestão sempre voltada para os stakeholders:
Governança Corporativa pode ser entendida como o sistema e a estrutura de poder que regem os mecanismos através dos quais as companhias são dirigidas e controladas de modo a ajustar os interesses em conflito entre os acionistas e dirigentes das empresas e entre os próprios acionistas, minoritários e majoritários.�
Segundo Silveira, Barros e Famá, “a Governança Corporativa pode ser entendida como o conjunto de mecanismos de incentivo e controle, internos e externos, para minimização dos custos decorrentes do problema de agência dos gestores”�.
A Governança Corporativa diz respeito à forma como uma empresa está sendo administrada, analisando-se os relacionamentos de poder dentro da empresa e definindo-se práticas que atendam aos diversos públicos de interesse.
Conforme Frisoni Jr.�, há muitas definições e conceitos, mas pode-se concluir que todas elas convergem nos componentes básicos: relacionamento de poder, criação de valor baseada na fidelidade e perenidade da organização. Segundo o autor, esses três componentesconstituem o “DNA” da Governança Corporativa, de modo que ao se buscar a essência da Governança, inexoravelmente chegar-se-á à ética.
Percebe-se, então, a existência de vários conceitos de Governança Corporativa, o que se justifica pela extensão e diversidade de impactos causados no mundo empresarial e, por conseqüência, na sociedade. Em sua maioria, os conceitos elencados ressaltam a Governança Corporativa como um instrumento para valorização de mercado das organizações e atração de investidores, uma vez que a sua prática indica uma gestão transparente e comprometida com os objetivos organizacionais.
3.3.2 Princípios da Governança Corporativa
Com relação aos princípios, também conhecidos como valores da Governança Corporativa, destacam-se: fairness (eqüidade), disclosure (transparência), accountability (prestação de contas) e compliance (cumprimento de normas).
O Instituto Brasileiro de Governança Corporativa�, referenciado em códigos internacionais de Governança, instituiu, em seu Código de Boas Práticas de Governança Corporativa, os seguintes princípios: transparência (disclosure), eqüidade (fairness), prestação de contas (accountability), cumprimento das leis (compliance) e ética (ethics), tendo como atores principais: a propriedade (acionistas), o conselho de administração, a direção executiva e a auditoria independente.
O tratamento uniforme, ou seja, a eqüidade deve ser um dos pressupostos do relacionamento da empresa com seus acionistas e demais grupos de interesse. Segundo o IBGC, o princípio da eqüidade caracteriza-se:
Pelo tratamento justo e igualitário de todos os grupos minoritários, sejam do capital ou das demais partes interessadas (stakeholders), como colaboradores, clientes, fornecedores ou credores. Atitudes ou políticas discriminatórias, sob qualquer pretexto, são totalmente inaceitáveis.�
No tocante ao princípio da transparência, a organização deve informar não somente os dados básicos, mas também os dados relevantes. Segundo o IBGC�:
(...) mais do que "a obrigação de informar", a administração deve cultivar o "desejo de informar", sabendo que da boa comunicação interna e externa, particularmente quando espontânea, franca e rápida, resulta um clima de confiança, tanto internamente, quanto nas relações da empresa com terceiros. A comunicação não deve restringir-se ao desempenho econômico-financeiro, mas deve contemplar também os demais fatores (inclusive intangíveis) que norteiam a ação empresarial e que conduzem à criação de valor.
No que tange à prestação de contas (accountability), o IBGC recomenda que “os agentes da Governança Corporativa devem prestar contas de sua atuação a quem os elegeu e respondem integralmente por todos os atos que praticarem no exercício de seus mandatos”�. Vale ressaltar que a prestação de contas é também um momento de capitalizar confiança do mercado, pois quando se divulgam as ações implementadas, comparando-as com aquelas projetadas, passam aos investidores o grau de compromisso que a organização tem com seus diversos públicos de interesse.
Esse tema não é algo novo, pois Nakagawa� já o abordava quando definiu o conceito de accontability, da seguinte forma: “accountability é a obrigação de se prestar contas dos resultados obtidos, em função das responsabilidades que decorrem de uma delegação de poder”.
A delegação de poder é um moderno instrumento gerencial utilizado em todos os níveis da organização. No contexto da Governança Corporativa, essa delegação começa no conselho de administração, que representa os acionistas e se distribui por toda a organização. É caracterizada pelo recebimento de recursos que serão utilizados no cumprimento dos objetivos acertados entre o gestor e o controle acionário. É finalizada, após o prazo acordado, com a prestação de contas dos resultados alcançados pelo gestor, em comparação com os objetivos traçados pelos proprietários da organização.
Por fim, tem-se a conformidade legal (compliance), valendo ressaltar que o cumprimento de normas reguladoras é um dos principais meios de proteção aos acionistas minoritários da empresa e aos outros grupos de interesse (stakeholders).
3.3.3 Práticas de Governança Corporativa no Brasil
O movimento de Governança Corporativa fortaleceu-se nos últimos anos, principalmente nos Estados Unidos e na Inglaterra. Igualmente expandiu-se em muitos outros países. No Brasil, o processo de globalização das economias e a compra de empresas estatais por empresas multinacionais fez com que surgissem conselhos para acompanhamento da gestão das empresas. Como motivação inicial, identificou-se a necessidade de atração de capitais e fontes de financiamento para as empresas.
Cicogna, Valle e Toneto Jr. justificam a adoção das práticas de Governança Corporativa no Brasil como forma de melhorar o nível de captação de recursos a custos menores, comparativamente aos dos créditos tradicionalmente ofertados no mercado financeiro:
como o sistema judicial brasileiro prejudica o nível de desenvolvimento dos mercados de crédito e de capitais, as empresas não conseguem ter acesso a fontes de capital a custos competitivos, tendo menos chances de continuar operando. Todavia, empresas bem estabelecidas nos mercados onde atuam e que empregam elevados padrões de transparência em suas demonstrações contábeis são menos propensas a sofrer restrição ao crédito, uma vez que permitem que as instituições financeiras as avaliem de forma mais adequada, oferecendo maior credibilidade.�
No Brasil, a Governança Corporativa apresenta diferenças em sua estrutura básica, comparativamente a outros países, onde o mercado de capitais é mais avançado. Um dos fatores que contribuem para essa diferenciação é uma maior presença do controle familiar nas empresas brasileiras, o que pode dificultar a profissionalização da gestão. Pode-se atribuir esse aspecto a um fator cultural, segundo o sentimento geral de que, estando a empresa sob o controle da família, os objetivos organizacionais serão melhor preservados.
Andrade e Rossetti� trazem as principais características do modelo de Governança Corporativa no Brasil:
apesar dessas características, as empresas brasileiras vêm se destacando no compromisso de adotar boas práticas de Governança Corporativa, com o objetivo de criar valor para as empresas e gerar riqueza para seus acionistas.
4. CONCLUSÃO
O movimento pela responsabilidade social corporativa (RSC) surge como resposta às exigências da sociedade com que as empresas se relacionam, tendo em vista que a operacionalização de suas atividades trazem resultados para os seus acionistas e controladores, porém podem pouco beneficiar a comunidade e a sociedade em geral, ou até causá-las danos e prejuízos. Neste contexto, as ações socialmente responsáveis podem surgir após algum acontecimento que tenha trazido repercussões negativas para a empresa, como desastres ambientais, por exemplo.
O desenvolvimento sustentável está cada vez mais atrelado ao planejamento estratégico das organizações, apontando para o equilíbrio entre performance corporativa, ética e compromisso social. Assim, fatores como educação, saúde, meio ambiente, segurança, cultura, esporte e lazer são responsáveis pela continuidade de um crescente ciclo de consumo e pelo desenvolvimento de toda a cadeia produtiva em torno da sociedade. 
Verifica-se que as organizações que investem em responsabilidade social, não visando somente a maximização dos lucros, são mais valorizadas e reconhecidas pela sociedade em geral. Com isso, as referidas ações transformam-se numa poderosa ferramenta de vantagem competitiva para as empresas. 
Na institucionalização da responsabilidade social corporativa, as ações são justificadas em termos do bem comum, corroborando-se via provas e arranjos estruturais e, ao mesmo tempo, atendendo a interesses inerentes ao setor. 
Mimeticamente, as práticas sociais passam a ser copiadas pelos concorrentes e os estudiosos passama divulgá-las no que elas têm de diferenciais. Dessa forma, o movimento torna-se institucionalizado, como uma prática aceita e legitimada.
As práticas de responsabilidade social que se institucionalizam, são aquelas que gradualmente transformam crenças, valores e ações em regras de conduta social e que, ao mesmo tempo, funcionam, a medida em que se tornam úteis às relações de poder, em virtude da legitimação, que lhe confere uma probabilidade maior de existência e de perpetuação. Ao se transformarem em uma instituição, pode-se afirmar que tais práticas foram aprovadas pela sociedade que, nesse caso, legitimou a relação de dominação. As provas são os meios utilizados pela sociedade para esse controle.
A presente pesquisa buscou desenvolver um arcabouço metodológico para uso da norma ABNT NBR 16001 como ferramenta de estratégia de negócios. Em especial, de que modo às ações de responsabilidade social intensificam-se ao longo do tempo, tornando-se estruturadas e sistematizadas, de modo a serem incorporadas à estratégia organizacional.
REFERÊNCIAS
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