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DIREITO PROCESSUAL CIVIL

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
*Lei 13256 de fevereiro de 2016
**Lei 13363 de 25 de novembro de 2016
***Lei 13465 de 11 de junho de 2017
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
DA FORMAÇÃO DO PROCESSO
Art. 312.  Considera-se proposta a ação quando a petição inicial for protocolada,/ todavia, a propositura da ação só produz quanto ao réu os efeitos mencionados no art. 240 depois que for validamente citado.
FORMAÇÃO DO PROCESSO
Iniciativa da parte: Art. 2º = principio da demanda, significa que autor deve buscar o judiciário para que este preste a jurisdição. Isso se fundamenta no principio da inercia da jurisdição.
Propositura ação: Art. 312
Petição Inicial(PI) – Protocolada
Efeitos para o réu = citação válida(238 a 259)
Modificação: art. 329
- Autor pode modificar até citação = (pedido ou causa de pedir) sem concordância ou notificação do réu(porque o réu ainda nem foi citado).
- Após citação do réu, o autor pode modificar pedido e causa de pedir desde que haja concordância do réu.
- Após saneamento processual não pode mais modificar nem o pedido, nem a causa de pedir, nem com a concordância do réu.
DA SUSPENSÃO DO PROCESSO – Art. 313 a 315
2. SUSPENSÃO DO PROCESSO
- Conceito: é a paralisação temporária do processo seja de forma voluntária ou não. Somente nos casos previstos no art. 313 + 315
- Casos: Art. 313 *Sempre depende de manifestação do juiz(decisão judicial)
Art. 313, Inciso VIII - nos demais casos que este Código regula. Exemplos: Art. 76; Art. 921, caput e inciso II; Art. 922; Art. 8 da lei 6830;
- Efeitos: 314 – paralisa processo; - não podem ser realizados atos*; 
 *Exceção: atos urgentes para evitar dano grave ou de difícil reparação;
Art. 314.  Durante a suspensão é vedado praticar qualquer ato processual, / podendo o juiz, todavia, determinar a realização de atos urgentes a fim de evitar dano irreparável, / salvo no caso de arguição de impedimento e de suspeição.
- Término: * prazo determinado: automático(60 dias) Art. 313, inciso II; ** momento impreciso: depende de novo ato do juiz(exemplo: suspensão por força maior(alagamento do STJ)) não existe um número exato de dias, Art. 313 inciso VI;
DA EXTINÇÃO DO PROCESSO
Art. 316.  A extinção do processo dar-se-á por sentença.
Art. 317.  Antes de proferir decisão sem resolução de mérito, o juiz deverá conceder à parte oportunidade para, se possível, corrigir o vício.
3. Extinção processual = por sentença(§1º do art. 302) = 316
- Sem analise do mérito
Conceito: aquela que não resolve o litigio apresentado pelo autor, simplesmente julga extinto o feito com fundamento no art. 485.
Casos: 485
Efeito: o autor mantem o direito a nova ação = 486 *exceto 485, V(existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada)
Tipo = terminativa
- Com analise do mérito
Conceito: sentença que acolhe, acolhe em parte ou rejeita o pedido do autor
Casos: 487
Efeito: diz direito aplicável(termina o conflito e elimina o direito de nova ação com o mesmo pedido, mesma causa de pedir e mesmo réu) = faz Coisa Julgada Material(CJM)
Tipo: definitiva
PROCESSO E PROCEDIMENTO
PROCESSO – Conceito: meio de composição de litígios que o estado coloca a disposição das partes.
Espécies: 
1ª Conhecimento
- Conceito: (...) tem-se uma lide(pretensão + resistência = lide = conflito de interesses) A—E—LIDE(pretensão contestada)—RÉU—SENTENÇA = Dizer o direito aplicável; 
- Partes: Autor e réu
- Previsão legal = Livro I, parte especial do CPC – art. 318 a 770
2ª Execução
- Conceito: tem-se o exequente(autor) que procura o estado apresentando a esse estado um titulo executivo que pode extrajudicial ou judicial, esse titulo deve ser liquido, certo e exigível; e comunica o estado que tem um devedor(exequido) que não cumpriu o que esta no titulo, ele busca o estado para que o devedor cumpra a obrigação; tem-se a pretensão de obrigação insatisfeita;
É o processo pelo qual o exequente(autor) busca o estado, munido de um titulo executivo liquido certo e exigível, que pode ser judicial ou extrajudicial, com objetivo de que o devedor cumpra uma obrigação insatisfeita que se encontra naquela cártula. *Pretensão de buscar uma obrigação insatisfeita. Art. 784, CPC;
- Partes: exequente(autor) e exequido(réu); Ou exequente e executado;
- Previsão legal = Livro II, parte especial do CPC – art. 771 a 925
2- PROCEDIMENTO – Conceito: é o rito ou forma pela qual os atos processuais acontecerão no processo; 
Espécies = varia conforme o tipo de processo:
	PROCESSO 
	PROCEDIMENTO
	1º Conhecimento
	- Comum: define-se por exclusão, ou seja, tudo o que não for elencado como especial pelo legislador seguirá o rito comum. Tal procedimento é aplicado a maioria das ações = art. 318 a 538
- Especial = aquele expressamente previsto em lei com rito próprio para determinadas ações, ele se divide em = jurisdição contenciosa: quando o autor busca o judiciário apresentando uma lide e buscando uma sentença = art. 539 a 718; 
jurisdição voluntaria: quando o autor procura o estado buscando uma prestação mais administrativa do que jurisdicional visto que não existe o litigio e nem a figura do réu(ex: divórcio consensual) = art. 719 a 770
	2º Execução = varia conforme a obrigação a ser satisfeita
	- Entrega de coisa: 806 a 813(coisa certa/incerta)
- Execução da obrigação fazer ou não fazer: 814 a 823
- Execução de quantia certa: 824 a 909
- Execução contra a fazenda publica: 910
- Execução de alimentos: 911 a 913
- Execução Fiscal = lei 6830/80
PROCESSO DE CONHECIMENTO
 	
PROCEDIMENTO COMUM(art. 318) 
Se divide em 4 fases:
1ª Postulatória: é a fase que envolve a propositura da ação e a resposta do réu. Nela são compreendidos o pedido do autor, a audiência de conciliação ou cessação de mediação e a eventual resposta do réu = Art. 319 a 346;
2ª Saneadora: estende-se do recebimento da inicial até o inicio da instrução, momento em que o juiz exerce uma atividade de fiscalizar a regularidade do processo mediante a decretação das nulidades insanáveis e do suprimento das sanáveis = art. 347 a 357;
3ª Instrutória(probatória): nessa fase ocorre a coleta da prova que servira de base para a sentença. *Com exceção da prova documental que é produzida na fase postulatória. Art. 358 a 484;
4ª Decisória: é a que se destina a prolação da sentença, ou seja, é aquela que o estado apresenta a prestação jurisdicional = art. 485 a 508;
QUESTÕES – Identifique o processo e o procedimento: 
Inventário: conhecimento e especial, jurisdição contenciosa = art. 610 a 673;
Retificação de registro civil: conhecimento e especial de jurisdição voluntaria = art. 109 da lei 6015/73;
Demarcatória: conhecimento e especial, jurisdição contenciosa = art. 569;
Monitoria: conhecimento e especial, jurisdição contenciosa, art. 700 a 702;
Notificação judicial: conhecimento, procedimento especial de jurisdição voluntária, art. 726 a 729;
Ação de cobrança de valores de um arrendamento rural no valor de R$ 5.000,00: *Toda vez que se tem processos de cobrança é processo de conhecimento, se for de execução não será ação e sim execução* Processo de conhecimento de procedimento comum;
Arrolamento de bens: processo de conhecimento de procedimento comum;
Ação de alimentos: processo de conhecimento, rito especial de jurisdição contenciosa - lei 5478(lei de alimentos);
Execução de alimentos: execução, art. 911 a 913;
Execução para entrega de coisa certa: execução, art. 806 a 813;
Anulatória de ação de título de credito: processo de conhecimento, procedimento comum;
Ação de reparação de danos decorrente de acidente aéreo: processo de conhecimento, comum;
Ação de cobrança do valor de R$ 12.000,00: Processo de conhecimento de procedimento comum;
Ação de reparação de danos decorrente de acidente de transito: processo de conhecimento, procedimento comum;
Divorcio consensual: processo de conhecimento, procedimento especial, jurisdição voluntaria, art. 731 a 734;
Execução de nota promissória: execução de quantia certa, art. 824 a 909;
Indenização por danos morais: processo deconhecimento, comum;
Reintegração de posse: conhecimento, especial contenciosa, art. 560 a 566;
Alvara para venda de bem de menor: processo de conhecimento, procedimento especial de jurisdição voluntária, art. 725, III;
Consignação em pagamento: processo de conhecimento, procedimento especial de jurisdição contenciosa, art. 539 a 549;
Ação declaratória de inexistência de debito: processo conhecimento, procedimento comum;
Usucapião: Processo de conhecimento de procedimento comum;
Ação de revisão de contrato bancário: Processo de conhecimento de procedimento comum;
Investigação de paternidade: Processo de conhecimento, procedimento comum;
Ação de despejo: Processo de conhecimento, procedimento comum;
Ação de exigir contas: processo de conhecimento, procedimento especial, jurisdição contenciosa, art. 550 a 553;
Ação de interdito proibitório: processo de conhecimento, procedimento especial de jurisdição contenciosa, art. 567 e 568;
Interdição: processo de conhecimento, procedimento especial de jurisdição voluntaria, art. 747 a 758;
Ação para venda de bem comum indivisível: processo de conhecimento, procedimento especial de jurisdição voluntária, art. 730;
Ação trabalhista: NADA, estamos no processo civil = é processo do trabalho;
PROCESSO DE CONHECIMENTO
PROCEDIMENTO COMUM
FASE DE POSTULAÇÃO
1.PETIÇÃO INICIAL
1.1 NOÇÕES GERAIS: a função jurisdicional do estado é exercida mediante a provocação da parte autora, que acontece por meio da petição inicial= art. 2º(principio da demanda); Com a petição inicial o autor exerce o seu direito de ação frente ao estado e contra o réu; Na petição inicial o autor revela a lide ao juiz e também faz o pedido de prestação jurisdicional que julgar necessário para compor o litigio; A petição inicial é o documento mais importante do processo visto que delimita o debate jurídico entre as partes e delimita o poder do juiz na sentença. 
CONCEITO DE PI: é o documento pelo qual o advogado do autor da inicio a ação nos termos do art. 312. É um pedido do autor ao judiciário para que preste a jurisdição resolvendo a lide que foi apresentada, deve seguir os requisitos descritos no art. 319.
1.2 REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL – art. 319
		A PI só poderá ser elaborada por escrito e por advogado legalmente habilitado, salvo art. 103, tem os seguintes requisitos:
1.	Indicação do Juiz ou Tribunal a quem dirigirá a PI: Primeiro, verifica-se a competência para depois dirigir a PI. Observar as regras de competência (arts.42 a 66), que podem ser em razão da matéria, da territorialidade, do valor e da hierarquia. O tratamento dedicado ao juiz é de excelência = nunca colocar o nome do juiz. 
2.	Os nomes, prenomes, estado civil, existência de união estável, profissão, CPF ou CNPJ, endereço eletrônico, domicílio e residência do autor e do réu: A qualificação das partes é necessária para a perfeita individualização dos sujeitos e para a prática dos atos de comunicação que irão acontecer durante o trâmite do feito. O autor sempre deve declarar se está agindo por conta própria ou se representa terceiro.
3.	Os fatos e os fundamentos jurídicos do pedido: Causa de pedir: É o fato jurídico que o autor tem de invocar para justificar o pedido formulado contra o réu. O fato é a “causa petendi”, ou seja, É o fato de onde vem o direito. É a relação jurídica entre autor e réu. 
*O fato prepondera sobre o jurídico. Os fatos devem ser relatados de forma lógica e cronológica.
**A lei brasileira adota a teoria da substanciação, ou seja, o direito de ação está ligado a causa de pedir que compreende o fato de onde se extraiu a conclusão do pedido. 
***Requisitos do art. 330 §§2º e 3º = sob pena de indeferimento.
4.	Pedido, com suas especificações: É a revelação do objeto da ação e do processo. Demonstrando o fato, o autor conclui pedindo:
- Uma sentença que de solução ao litígio(pedido imediato)
- Tutela específica ao seu bem jurídico que considera violado ou ameaçado(pedido mediato: condenatório, declaratório e constitutivo	) 
5.	Valor da causa: art. 291 a 293. A toda causa o autor deve atribuir um valor certo. O valor das custas serão de acordo com o valor estabelecido à causa. 
CONCEITO: é um requisito da inicial(art. 319, V) visto que toda a causa deve ter um valor nos termos do art. 291. É a expressão econômica da relação jurídica material que o autor quer opor ao réu, devendo constar na inicial nos termos do art. 292.
IMPORTANCIA: *Determinar o valor da causa: se é justiça comum ou JECível; **Cálculo das custas processuais;
CASOS: Art. 292. *Observação: se a causa não tiver valor econômico utiliza-se o valor de alçada que é fixado pelo judiciário como valor de referência para cálculo e custas para as causas que não tenham valor econômico, na justiça estadual = R$ 8.712,50; 
IMPUGNAÇÃO VALOR DA CAUSA: Art. 293 + 337, III. Para corrigir o valor da causa *o juiz de oficio manda corrigir tanto se for para mais quanto se for para menos nos termos do §3º do art. 292; **o réu poderá impugnar(não concordar) o valor da causa como preliminar da contestação nos termos do art. 293 e 337, III. 
Art. 293 = presunção legal de aceitação = preclusão do direito de impugnar;
6.	Meios de Prova: Deve indicar quais as espécies de provas vai usar, como documental, ou pericial ou testemunhal. No último caso não precisa indicar o nome das pessoas. 
7.	Opção do autor pela realização da audiência de conciliação ou mediação: 
QUESTÃO = *“A” ajuizou uma ação de execução de alimentos para cobrar os três últimos meses que o devedor não havia pago. O valor mensal é de 30% do SMN. Qual é o valor da causa e seu fundamento? R$ 281,10 x 3 = 843,30 + juros e correções, com fundamento legal no Art. 292, I.
**João ajuizou uma ação de alimentos em face de seu pai. Postulou 30% do SMN a titulo de pensão. Qual é o valor da causa e seu fundamento legal? R$ 281,1 x 12 = 3.373,20, com fundamento no Art. 292, III. 
1.3 DOCUMENTOS: Art. 320 + 287
	Junto com a petição inicial deve-se juntar os documentos necessários a propositura da ação e os destinados a fazer prova das alegações. Outros documentos só poderão ser anexados se acontecer fato novo, assim, na petição inicial tem que acostar todos os documentos. 
	O réu juntará seus documentos quando der resposta ao autor.
	
1.4 DISTRIBUIÇÃO E REGISTRO: Art. 284 a 290 – VER MATERIAL DO SEMESTRE PASSADO
*Registro = documenta a entrada do processo no cartório, como meio de identificação da causa e controle estatístico.
**Autuação = ganhar capa, etiquetas, numeração e rubrica nas folhas, ou seja, receber a PI e os documentos e prepara-los para o tramite do processo.
***Distribuição = só acontece quando existir vários cartórios com a mesma competência. Busca dividir o trabalho igual para todos os juízes(art. 285). É um ato publico e pode ser fiscalizado(art. 289). Decorre a obrigação de pagar as custas iniciais se não tiver AJG, se não for a FP, o MP ou a DP(art. 290). O juiz pode modificar a distribuição nos termos do art. 288. Observar o requisito do art. 287 = procuração. *Distribuição por dependência(art. 286) = caberá ao mesmo juiz as ações que forem distribuídas posteriormente e que decorram: I - da conexão/continência= art. 55 e 56; II - Que o autor desistiu da ação para tentar uma nova vara; III- Ações que possam gerar risco de sentenças conflitantes se definidas em separado, mesmo sem conexão;
Sempre que tiver mais de um juiz ou funcionário igualmente competente haverá necessidade de distribuição, ou seja, decidir a quem tocará aquele processo. Se existe um juiz ou um só funcionário, haverá, apenas, o registro. A distribuição é feita obedecendo classes e valores de processo, em que se busca que todos trabalhem. Depois de distribuída e registrada a ação, ela está realmente proposta e o juiz pode tomar quatro posições:
1. Examina o processo, observa que ele está em ordem, dá o despacho e ainda cita o réu. Está assim estabilizado o processo. Deferimento da citação.
 2. Examina e vê que faltam condições, existem falhasque podem ser sanadas. Ele dá dez dias para sanar. Saneamento da petição. Art. 321
3.Indefere a P.I. por ser inepta conforme os casos do art. 330. Neste caso há extinção do processo.
4. Improcedência liminar do pedido – art. 332
1.5 DESPACHO DA PETIÇÃO INICIAL: 
	Com a distribuição, ou com a entrega da petição inicial ao juiz, instaurada se acha a relação processual, e proposta se considera a ação.
Deferimento da citação: Chamado despacho positivo. “Cite-se.” = ele pode citar para audiência de conciliação ou sessão de mediação(art. 334) ou para a apresentação de uma resposta(§4º do 334)
Saneamento da petição(Emenda da PI): Entende-se por petição inicial defeituosa e carente de saneamento a que não preenche os requisitos exigidos pelo art. 319, a que não se faz acompanhar dos documentos indispensáveis à propositura da ação (320), ou a que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito (art. 321). No prazo de 15 dias cumprindo os requisitos exigidos o réu será citado para audiência de conciliação ou sessão para audiência de conciliação ou de mediação(art. 334) ou para sessão de mediação(art. 334) ou para a apresentação de uma resposta(§4º do 334)
Indeferimento da petição: do exame da inicial, ou do não cumprimento da diligência saneadora de suas deficiências pelo autor, pode o juiz ser levado a proferir uma decisão de caráter negativo.
Dispõe o art. 330(sentença terminativa) que o indeferimento da petição inicial ocorrerá:
1.Quando for inepta: entende-se por inepta a petição inicial quando (art. 330, § 1º):
lhe faltar pedido ou causa de pedir; 
o pedido for indeterminado, ressalvado os casos legais que permitem que ele seja genérico (§1º, 324);
da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;
contiver pedidos incompatíveis entre si.
§ 2º do artigo 330.
2. Quando a parte for manifestante ilegítima.
- 3. Quando o autor carecer de interesse processual.
- 4. Quando não atendidas as determinações dos art. 106 ou 321: ou seja, quando o autor não proceder à diligência determinada pelo juiz para sanar omissões, defeitos ou irregularidades da petição inicial.
Como se vê, os casos de indeferimento são de três espécies:
De ordem formal (art. 330, I e IV)
De inadmissibilidade da ação, por faltar-lhe condição necessária ao julgamento de mérito (art. 330, II e III);
Por motivo excepcional de improcedência do próprio pedido(mérito)(art. 330, §1º,III).
Improcedência liminar do pedido: art.; 332 – 5 casos
*Independente da citação do réu o juiz desde já analisa o mérito e REJEITA o pedido do autor. Ele recebe a PI e sentencia não acolhendo o pedido do autor = sentença de mérito art. 487, I. 
**Acontece nos casos previstos no art. 332 que podem ser divididos: I = quando o pedido do autor contrariar sumula do STF e STJ, sumula do TJ(direito local), acórdão do STF ou DO STJ em recursos repetitivos ou incidente de resolução de demandas repetitivas ou incidente(IRDR) de assunção de competência(ACI)(Incisos I a IV, 332); II = para decretar prescrição e decadência(§1º do 332). ****Requisitos dos incisos I a IV + §1º, art. 332 = existir a sumula, o acordão ou o entendimento jurisprudencial = pré-existência; A matéria não precisar de prova.
***Justificativa: economia processual. 
****Só cabe para rejeitar nunca para acolher o pedido do autor; Não viola contraditório e ampla defesa porque a sentença é de mérito e favorável ao réu.
1.6 O PEDIDO: (é um dos requisitos da P.I.) Art. 322 a 329 + 294 a 311 NCPC
		A P.I. é peça básica para o processo. O núcleo da P.I. é o pedido, que exprime o que autor pretende do Estado frente ao réu. O pedido põe em marcha o processo, é o ato mais importante do autor, delimita o objeto da lide e fixa os limites do ato judicial (sentença). O pedido tem dupla finalidade: obter tutela jurisdicional do Estado e fazer valer um direito subjetivo frente ao réu.
		O pedido encerra duas características:
IMEDIATO: É a manifestação inaugural do autor, é de natureza processual, pois relaciona à pretensão a uma sentença, execução ou medida cautelar, quer que o Estado garanta seu direito. Quer uma sentença.
MEDIATO: Põe a parte em contato com o direito substancial, é o próprio bem jurídico que o autor procura proteger com a sentença. Quer reparar um dano.
		
REQUISITOS: Art. 322 e 324 NCPC
CERTO: Ou seja, deve ser expresso, não se admite que o pedido fique apenas implícito. A prestação reclamada dever ser explícita e delimitada.
DETERMINADO: Estabelece o limite da pretensão. O autor faz conhecer com segurança o que pede que seja pronunciado pela sentença. O autor deve ser claro e preciso no que espera obter.
CONCLUDENTE: Deve estar de acordo com o fato e o direito expostos pelo autor, que são a causa de pedir. 
TIPOS:
PEDIDO GENÉRICO: só é cabível nos pedidos mediatos nos termos do art. 324, §1º, NCPC. Nos imediatos ele nunca pode ser genérico, terá, obrigatoriamente, que ser determinado. Pode ser genérico: 
I – nas ações universais, se não puder o autor individuar na petição os bens demandados.
II – Quando não for possível determinar, de modo definitivo, as consequências do ato ou do fato ilícito.
III – Quando a determinação do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu.
2. PEDIDO COMINATÓRIO(ou astreinte = fixação de multa(por dia de atraso) pelo atraso no cumprimento de obrigação de fazer, não fazer e dar. Pode ser fixada pelo juiz de oficio ou a requerimento da parte.): há dois meios de realizar a sanção jurídica, quando o devedor deixa de cumprir a prestação a que se obriga: 
- Sub-rogação: empregada nas obrigações por quantia certa e nas de dar. O Estado busca o patrimônio do devedor para dele extrair o bem ou valor que tem direito o credor. O devedor devia fazê-lo livremente, não o fez, então o Estado intervém. O Estado sub-roga-se na posição de devedor e efetua em seu nome o pagamento ao credor.
- Coação: ocorre nas obrigações infungíveis (obrigações de fazer e não fazer), que só serão cumpridas por determinada pessoa. O Estado cria mecanismos para coagir a pessoa a cumprir. São meios indiretos de coação para convencer o devedor. 
	O pedido será cominatório quando o autor exigir a cominação de pena como requisito essencial do próprio pedido.
3. PEDIDO ALTERNATIVO art. 325: Normalmente é fixo pois visa só um resultado. É alternativo quando o devedor pode cumprir de mais de um modo. Existe a disjuntiva “ou”. Quando o autor algo OU outra coisa, havendo a condenação cabe ao devedor a escolha. Ex: art. 500 CC = venda ad mensuram e ad corpus – resolução do contrato ou abatimento proporcional no preço.
4.PEDIDO SUBSIDIÁRIO – art. 326: Pode o autor formular mais de um pedido em ordem subsidiária, quando não podendo ser satisfeito o primeiro pedido, outro o segue. O autor quer o primeiro(que é o principal), mas se não for possível passa para o segundo que é o subsidiário. Ex: contrato de compra e venda em primeiro lugar pede a devolução do carro, não sendo possível o valor do carro. A escolha não cabe ao devedor.
5.PEDIDO DE PRESTAÇÃO PERIÓDICA – art. 323: Ocorre nos casos de obrigações de trato sucessivo, cumpridas em prestações periódicas. Mesmo sem menção do autor na PI, consideram-se incluídas no pedido as prestações de vencimento posterior ao ajuizamento da causa. Ex: execução dos últimos 3 meses de alimentos e o devedor continua não pagando, todas as prestações vincendas durante o curso do processo, estarão incluídas na demanda independente de pedido do autor. 
6. PEDIDO DE PRESTAÇÃO INDIVISÍVEL- art. 328: vários credores são titulares de um relação jurídica que representa uma obrigação indivisível. O credor que não moveu a ação receberá a sua parte, descontadas as despesas feitas pelo autor na proporção de sua parcela no crédito. Ex: compra e venda, dois vendedores, somente um ajuíza ação, o outro também tem direito, mas abatidas as despesas na proporção de seu credito.
7.PEDIDO CUMULADO: O autor pode apresentar várias pretensões a seremsatisfeitas num mesmo processo se: (327)
- Os pedidos devem ser compatíveis entre si 
- O juízo deve ser competente para todos os pedidos.
- O tipo de procedimento deve ser adequado para todos os pedido. = *para cumular pedidos que tenham ritos especiais + comum deve-se utilizar o procedimento comum(§2º, 327); 
A cumulação pode ser:
-Simples: quando o acolhimento ou rejeição de um pedido não afeta(não traz consequência) o outro. 
-Sucessiva: o acolhimento de um pedido pressupõe o do anterior. Ex: investigação de paternidade + ação de alimentos(o segundo só vai ser acolhido se o réu for o pai)
-Superveniente: quando decorre de situação jurídica posterior. Ex: denunciação a lide(art. 125) e chamamento ao processo(art. 130)
8. PEDIDO EM AÇÃO RELACIONADA A CONTRATOS DE EMPRÉSTIMO, FINANCIAMENTO E ALIENAÇÃO DE BENS: art. 330, §2°. 
INTERPRETAÇÃO DO PEDIDO: Art. 322, §2º 
É sempre interpretado de forma restrita(só integra o pedido o que nele expressamente estiver contido), só é contemplado o que é estritamente requerido. Só é implícito nas de trato sucessivo (323) + §1º, art. 322(juros legais). Os juros legais(322, §1º) estão incluídos contudo os convencionais ou contratados devem ser pedidos pelo autor
*Importância do pedido = prova*
ADITAMENTO E MODIFICAÇÃO DO PEDIDO: Art. 329
Todos os pedidos devem ser feitos na PI(salvo os implícitos) mas a lei permite o acréscimo(aditamento) ou a modificação do pedido até a citação do réu, independente do consentimento do réu. Porém, só será possível após a citação, se o réu consentir, pois a relação processual já está estabilizada. Após o saneador não pode mais, nem mesmo com o assentimento do réu.
I = até a citação acrescer ou modificar sem consentimento do réu.
II, 1ª parte = da citação até o saneamento pode acrescentar ou modificar com o consentimento do réu.
II, 2ª parte = após o saneamento não pode mais acrescentar e nem modificar mesmo que tenha o consentimento do réu. 
TUTELAS DE URGÊNCIA – ARTS. 294 a 311 NCPC
TUTELA PROVISÓRIA 
1.TUTELA PROCESSUAL - introdução
O processo é meio que o Estado coloca à disposição da parte para solver o litígio, buscando a proteção a um direito violado ou ameaçado. Desse modo, o autor busca a tutela de modo definitivo para resolver a lide que possui com o réu, isso se denomina de tutela principal.
-TUTELA PRINCIPAL/DEFINITIVA: corresponde ao provimento que compõem o conflito de direito material de modo definitivo e exauriente. É a tutela de conhecimento e de execução.
-TUTELA PROVISÓRIA: corresponde a uma decisão provisória do judiciário com objetivo de conservar um direito ou antecipar um resultado postulado pelo autor. *Conhecimento sumario; tutela diferenciada(diferente da definitiva) porque o autor sempre busca provimentos imediatos. *TUTELA DEFINITIVA = só se tem no final do processo por meio de um ato do juiz chamado sentença.
2.TUTELA PROVISÓRIA:
a) Noção: é uma tutela diferenciada, que corresponde a uma resposta provisória do judiciário ao pedido do autor, mesmo antes da prestação jurisdicional ao final(trata-se de uma técnica de sumarização). 
b) Características:
-trata-se de um incidente no processo: é um pedido que a parte faz dentro do processo.
-tem como objetivo evitar o dano em face da demora da prestação jurisdicional.
-representam provimentos imediatos para minimizar inconvenientes suportados pela parte que aparentemente possui o direito(fumaça do bom direito = vero semelhança da alegação).
c) Espécies:
1ª-Tutela de urgência: art. 300 a 310
=> conceito: é a tutela provisória que se apresenta por meio de medidas de urgência conservativas de direitos(cautelares) ou medidas antecipatórias, satisfativas de direitos(antecipação de tutela)
=>objetivo: afastar o perigo de dano pela demora.
=>Requisitos: aparência do direito(FBI) e o perigo de dano pela demora(P in M)
=> Divide-se em: tutela cautelar e tutela antecipada
I-Tutela cautelar= CONSERVATIVA: finalidade de conservar bens, pessoas ou provas, que possam sofrer lesão ou perigo de lesão em razão da longa duração do processo. Ex: processo de divorcio, onde a mãe tem a guarda da criança e o pai não devolve a criança a mãe então pede uma tutela de urgência cautelar para busca e apreensão da criança. Ex: art. 301.
II-Tutela antecipada: = SATISFATIVA: quando para evitar ou fazer cessar o perigo de dano, o juiz confere provisoriamente ao autor a garantia imediata das vantagens de direito material pelas quais ele busca a tutela definitiva. Seu objeto se confunde no todo ou em parte com o objeto principal. Ex: ação de fornecimento de medicamentos. *O juiz satisfaz o pedido do autora adiantando de forma provisória o resultado do processo, ou seja, o que o autor pediu;
-2ª Tutela de evidência: 
=> Conceito: são medidas judiciais que favorecem a parte que tem evidencia do direito material, deferindo a tutela imediata.
=> Objetivo: proteção do direito.
=> Requisitos: aparência qualificada do direito, ou seja, sua evidencia; *Não há necessidade do perigo de dano. Ex: art. 701
Diferenças entre tutela de urgência e tutela de evidência: 
	TUTELA DE URGENCIA 
	TUTELA DE EVIDENCIA 
	Aparência do direito
	Aparência do direito
	Perigo de dano na demora
	*Não precisa comprovar urgência 
e) Semelhanças entre tutela de urgência e tutela de evidência
-Sumariedade de procedimento: simplificar o rito; ambas fazem coisa julgada
-Provisoriedade: ambas são provisórias, duram enquanto durar o processo(art. 296) e também durante a suspenção do processo(§ único do 296). Ambas podem ser revogadas ou modificadas a qualquer tempo(296), sempre por decisão fundamentada(298, CPC + 93, IX, CF).
-ambas não são exaurientes = elas não terminam com a discussão do direito invocado pelo autor.
-Em ambas deve ser comprovada a fumaça do bom direito(FBI), embora com intensidade variada.
-ambas o objetivo é escapar da longa duração do processo.
f) desaparecimento do processo cautelar como processo autônomo no CPC 2015:
 -CPC 73 – Livro 3- art. 796 a 888 – cautelares = conservar direito.
 -CPC 73 – art. 273= antecipação de tutela = medidas satisfativas urgentes
*dualidade de regime processual nas cautelares.
No CPC de 2015:
-tanto a tutela conservativa, quanto a satisfativa são espécies do gênero tutela de urgência = são INCIDENTES = não são processos autônomos.
-ambas podem ser postuladas na PI ou em petição avulsa para esse fim.
-antecedente = precede o pedido principal(antes da própria ação). Incidental= durante o processo(§ único do 294).
-fungibilidade: entre a medida antecipatória e a cautelar = questões formais não podem obstar a realização de valores constitucionais garantidos, como é o caso da efetividade da tutela jurisdicional. (§ único, 305). 
3. TUTELA DE URGÊNCIA
3.1-conceito: 
3.2- São elas: 
a) cautelar: conservativa/assegurar;
Visa	assegurar bens: para garantir futura execução;
	assegurar pessoas: no processos de guarda;
	assegurar provas: antecipa a coleta de provas num processo;
Elas podem ser: típicas/nominada = art. 301 = previsto em lei
		Atípicas/inominada = art. 301 + 297 = ex: separação de corpos = cautelar inominada;
b) antecipação de tutela: satisfativa
Visa adiantar em parte ou na totalidade o resultado prático que o autor busca com o processo. Antecipa os efeitos da proteção jurisdicional buscada pelo autor, em face do perigo da demora, que pode levar ao perecimento do direito. Ex: fornecimento de medicamentos; 
3.3- Requisitos: 
=>Fumus boni iuris = pela aparência se mostra plausível a proteção buscada ou pretendida pelo autor;
-probabilidade do direito material invocado
-verossimilhança da alegação 
-elementos que possam formar convicção do juiz que tragam credibilidade ao pedido do autor, mesmo em um conhecimento sumário e superficial.
=>Periculum in mora: art. 300 = perigo da demora na prestação jurisdicional;
-dano em potencial = risco que corre o processo de não ser útil em face da demora na sua tramitação.
-fundado temor que enquantoaguarda tutela definitiva, o direito pereça.
-dano grave ou difícil reparação decorrentes da espera na finalização do processo.
3.4 Podem ser postulada: § único, 294
		Caráter antecedente = precedem o pedido principal = art. 303 (AT) e 305 (cautelar). Após, a tutela de urgência o pedido principal é feito. §1º, 303 e 308.
		Caráter incidente = surge no curso do processo como incidente = 295 = não precisa pagar custas.
- OPORTUNIDADE PARA REQUERER A TUTELA PROVISÓRIA: três oportunidades:
- antes da dedução do pedido principal = antecedente = art. 303 antecipação de tutela e art. 305 cautelares. *sem pedir a tutela definitiva, só pede a de urgência.
- na PI da ação principal = tutela cumulativa (pede a de urgência e a definitiva juntas)
- no curso do processo principal = tutela incidental – se for durante o processo não paga custas = 295 + § único do art. 294 + §2º do art. 300.
3.5 Características da tutela de urgência
=>Reversibilidade – status quo
- Confronto do princípio da efetividade e segurança jurídica.
- Adianta medida de urgência, mas pode revertê-la.
- Assegurar ao juiz condições de restabelecer no processo em curso o status quo.
- Não pode transferir o risco de um para o outro.
- Cria uma situação que pode ser revertida. 
=>Fungibilidade - § único do art. 305 = uma poderá ser substituída pela outra.
- Porque ambas são espécies do mesmo gênero tutela de urgência.
- Tanto na tutela cautelar, quanto na satisfativa o autor pede providências urgentes para fugir do dano grave ou de difícil reparação.
- O que difere uma da outra = procedimento = que a satisfativa pode ser estabilizada na ausência de recurso, o que não acontece na conservativa(cautelar).
- A utilização de uma pela outra é equívoco formal que deve ser corrigido pelo juiz.
=> Necessidade de fundamentação – caput, art. 298.
- Juiz deve motivar a decisão de forma clara e precisa.
- Enunciar as razões do convencimento.
=> Medida liminar inaudita parte 
A medida pode ser concedida:
- 1. A medida é concedida sem ouvir a parte contrária, pois: - a FBI é muito boa(REGRA) 
OU 
 - porque ouvir a parte contrária poderia frustrar a finalidade da tutela de urgência.
- 2. Pode ser concedida após a justificação prévia= unilateral, produzida pelo autor (sem ciência do réu) = só após réu é citado (após deferimento ou não da medida liminar).
- Se existir requisitos o juiz deve deferir.
=>Ato do juiz: -concedendo ou não é = DECISÃO INTERLOCUTÓRIA(§ 2º do art. 203) = cabe agravo de instrumento (1015, I). 
=>CONTRACAUTELA art. 300, §1º
- juiz defere medida urgente mas impõe ao autor a prestação de caução real ou fidejussória = regra
- parte pode requerer ou o juiz ex officio .
-juiz estabelece um regime equitativo entre os litigantes com relação aos interesses em riscos.
-pode dispensar se for hipossuficiente = exceção.
3.6 – INICIATIVA DO PEDIDO DA TUTELA DE URGÊNCIA
- da parte: princípio do dispositivo = da demanda = art. 299. 
*Observa-se que a respectiva execução corre por conta e risco da parte = art. 302 
- Excepcionalmente(? discutível ?) = em caso de vulnerabilidade da parte = juiz pode determinar
3.7 -Relação entre medida de antecipação de tutela e cautelar(diferenças e semelhanças):
	Antecipação tutela
	Cautelar
	Requer parte ou totalidade da sentença final
	Conservar direito
	Satisfativa
	Acautelatória
	Antecipa os efeitos do mérito e não faz coisa julgada
	Não enfrenta o mérito do pedido do autor e não faz coisa julgada
	Fumus boni iuris
	Fumus boni iuris
	Periculm in mora
	Periculum in mora
	Cognição sumária
	Cognição sumária
	Provisória – art. 296
	Provisória 
	Temporária
	Temporária
	Incidente próprios autos
	Incidente próprios autos
	Urgência 
	Urgência
3.8 – Procedimento da tutela de urgência 
- 1. Como parte da ação principal (na PI): para ambas as tutelas de urgência = tanto na antecipação de tutela, quanto na cautelar não existe ação sumária e distinta da principal. Na mesma PI que traz o pedido definitivo acrescenta-se o pedido de antecipação da tutela ou da cautelar. A medida de urgência é parcela (é parte) da ação principal que objetiva solucionar o litígio. Pede tudo numa peça só com base no art. 3129 = tutela cumulativa. 
- 2. Em caráter incidental: Para ambas as tutelas de urgência = O processo principal encontra-se em andamento e durante o andamento, a parte tem a necessidade de postular tutela de urgência, deverá fazer por petição nos autos, provando o FBI e o P in M, sem pagar custas (295).
	O pedido é feito e o juiz pode conceder inaudita parte ou com justificação. O réu é intimado e tem prazo para manifestar-se. Cabe recurso, tanto se concede ou nega, ou seja, agravo de instrumento.
- 3.Em caráter antecedente: procedimentos diferentes:
a) Procedimento da tutela antecipada antecedente: Art. 303 e 304 - SATISFATIVA
*requisitos 303 + 319 = petição só para pedir a antecipação da tutela 
*réu intimado a efetivar medida= cumprir
* se o réu NÃO AGRAVA = estabilização = torna-se definitiva e não precisa da ação principal. => Porém, esta estabilização não impede que qualquer parte promova AÇÃO PRINCIPAL para REVISÃO, REFORMA ou INVALIDAÇÃO da medida de provisória (antecipação de tutela) que se estabilizou. => dessa ação virá um julgamento definitivo do mérito. => competência= mesmo juiz. => prazo de decadência = 2 anos da ciência da decisão que extinguiu o processo.
OU
-Se o réu agrava: autor pode aditar a inicial em 15 dias, para seguir o processo principal + a antecipação que já postulou + cita o réu para audiência. = segue o processo
b) Tutela cautelar antecedente: art. 305 a 310 – CONSERVATIVA
*requisitos art. 305 + 319
*formular pedido principal em 30 dias senão perde a eficácia. Não tem vida própria, precisa do pedido principal.
4.TUTELA DE EVIDÊNCIA 
=> Conceito: 	tutela provisória que se fundamenta no fato de que a pretensão do autor comprova-se de modo suficiente, logo ele tem direito de tutela imediata. Desde o início do processo já existem elementos de convicção suficiente para o juízo de mérito em favor do autor. Não precisa provar situação que gera perigo de dano, deve provar tão somente a evidência do direito. Não é julgamento antecipado da lide (355) é tutela provisória. Ex: art. 701; art. 562; 
=> Casos: art. 311 
=> Formas: 	liminar(o juiz pode decidir liminarmente = antes da contestação/desde já): II e III(reipersecutório = buscar o bem/a coisa) – art. 311 
		Incidental(só acontece depois da contestação): I(tutela punitiva) e IV(ex: nota promissória prescrita) – art. 311; 
Nos incisos II, III e IV são tutelas documentadas = prova documental.
AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU DE MEDIAÇÃO – ART. 334
1-Audiência no procedimento comum – art. 334(audiência preliminar – conciliação ou mediação) + 357, §3º(audiência de saneamento –poderá ser designada nas ações de maior complexidade) + 358 a 368(audiência de instrução e julgamento – coleta de prova oral = oitiva das partes e das testemunhas e declarações do perito)
2- Conceito: é designada pelo juiz no despacho da petição inicial sempre que o processo admitir autocomposição e não se encaixar nas causas de improcedência liminar do pedido.
*Conciliar/mediar(cria um clima propicio ao diálogo) = + 1 sessão(não exceder 2 meses = § 2º, 334)
*Conciliador/mediador = art. 165 a 175 + §1º, 334(conduzir trabalho) 
+ §7º: meio eletrônico 
+ §12: mínimo 20 minutos
*Objetivo: obter a composição do litigio 
3- Regras 
a) O réu é citado(334, caput + 238 e seguintes)
*Audiência designada: no mínimo 30 dias de antecedência
*Réu deve ser citado pelo menos 20 dias com antecedência(contados de traz para frente) 
b) O autor será intimado por seu advogado do dia da audiência: §3º, 334
c) Comparecimento: 
§9º = as partes deverão comparecer com advogado
§10 = as partes poderão constituir procurador(não é o advogado = é um “preposto”) com poderes especiais(negociar/transigir) 
d) Não comparecimento: §8º, 334
- Ato atentatório a justiça
- Multa 2%= revertida em favor do estado/união
4- Não haverá audiência: §4º, 334
- Direito de comportar autocomposição = direitos indisponíveis...
- Autor e réu se manifestarem pela não realização
*A – PI = não tem interesse
*R – petição protocolada 10 dias antes da audiência = §5º, 334
*Litisconsórcio = todos os réus devem dizer que não querem a audiência, se um ficar silente a audiência acontece = §6º, 334
**PI ROBERTO
1-Tipo de pedido = certo e determinado – art. 322 + 324
2- Você na condição de juiz você agiu da seguinte forma – conte como agiria = emenda PI – art. 321 – falta requisitos 320.
Pedido mediato e imediato = imediato
**PI BENTO
Requisitos 319 = falta inciso VII
Na condição de juiz – você agiu da seguinte forma = emenda da inicial falta da audiência de mediação e conciliação
Classificar o pedido = alternativo(o dinheiro OU o carro) + cumulado sucessivo(mais P e D) + cominatório(pede multa)
RESPOSTA DO RÉU
1.Disposições gerais: 
=> 		A resposta do réu decorre do princípio da ampla defesa.
=>		Quando há deferimento da inicial e citação do réu, este pode agir de três formas:
Participar de forma ativa no processo pela: 
- contestação – art. 335 a 342
- reconvenção – art. 343
Não participar, ser revel = revelia - art. 344 a 346
Vir ao processo e reconhecer expressamente o pedido do autor. – art. 487, III
=>	O réu não tem obrigação de responder a ação, ele tem o ônus da resposta, sendo que corre contra ele todas as provas do processo. 
=> 	Prazo para responder: artigo 335
O prazo para responder é de 15 dias após a citação, nos termos do artigo 335 NCPC. 
Obs.: 	-Se houver litisconsórcio passivo e os réus tiverem o mesmo advogado, o prazo é de 15 dias. Se tiverem advogados diferentes, serão 30 dias(prazo em dobro – art. 229). O início do prazo de resposta só se verifica após a citação do último litisconsorte.
- Se, porém, o autor desistir da ação, quanto a algum réu ainda não citado, todos os demais deverão ser intimados da decisão que homologar a desistência. E só a partir dessa intimação é que o prazo de defesa começará a fluir para todos (art. 335, § 2º).
 =>	Forma:
A contestação e a reconvenção(é um novo processo) não serão feitas em petições autônomas. A reconvenção é proposta dentro da própria contestação, numa única peça (art. 343, caput).
2.Defesa:
2.1- DEFESA PROCESSUAL - art. 337: tem conteúdo apenas formal. São as defesas indiretas, não se dirigem contra o mérito, mas contra aspectos da própria relação processual, como por exemplo a falta de condições da ação ou a inexistência de pressupostos processuais. Podem ser:
Peremptórias: uma vez acolhidas, levam o processo à extinção. O vício é tão profundo que inutiliza o processo como instrumento válido para obter a prestação jurisdicional. Ex: inépcia da inicial; ou coisa julgada, extingue-se o processo sem a analise do mérito.
Dilatórias: quando acolhidas não provocam a extinção do processo, mas apenas causam ampliação do curso do procedimento. Há uma paralisação temporária do curso normal do procedimento, enquanto o obstáculo processual não seja removido. Superado o impasse o processo retoma sua marcha regular. Ex: competência do juízo; 
**As defesas processuais são alegadas na contestação, como preliminares – art. 337.
 
2.2- DEFESA DO MÉRITO: se dá quando o réu ataca o fato jurídico que constitui o mérito da causa. A defesa é feita contra a demanda, contra o fato que deu origem a ação. Pode ser:
Direta: quando a defesa atinge o próprio fato arguido pelo autor ou suas consequências jurídicas. 
- Indireta: o réu reconhece o fato alegado pelo autor, mas invoca outro fato novo que seja modificativo, extintivo ou impeditivo do direito do autor (art. 356). 
I - RESPOSTAS POSITIVAS:
 1ª - CONTESTAÇÃO: art. 335 a 342
- CONCEITO		
		O autor tem direito a ação, a esse direito do autor se contrapõe o direito do réu de contestar. Contestação é:
À repulsa à pretensão do autor
Instrumento processual utilizado pelo réu para opor-se formal e materialmente à pretensão deduzida em juízo pelo autor.
CONTEÚDO E FORMA:
		É sempre em petição escrita(forma) endereçada ao juiz da causa. 
		Deve conter toda a matéria de defesa e especificação da prova. Surge, assim, o princípio da eventualidade ou da concentração, que consiste na preclusão do direito de invocar em fases posteriores do processo matéria de defesa não manifestadas na contestação. Tudo deve constar na contestação, senão o direito preclui. Regra = deve alegar tudo na contestação.
		Exceções para este princípio: Novas alegações no curso do processo, depois da contestação são possíveis: - art. 342 
I – quando forem relativas a direito ou fato superveniente; Ex: pessoa lesionada vem a falecer.
II – quando a matéria arguida for daquelas que o juiz pode conhecer de ofício; Ex: art. 337, exceto inciso X e incompetência relativa do inciso II.
III – quando, por expressa autorização legal, a matéria puder ser formulada em qualquer tempo e juízo. Ex: art. 485, §3º.
TEORIA DO ÔNUS DA DEFESA ESPECIFICADA:
		O réu tem encargo de manifestar-se(opor-se) expressamente sobre os fatos narrados na PI, a ele cabe o ônus de impugnar especificamente todos os fatos arrolados pelo autor. Os fatos não impugnados serão considerados verdadeiros. Há presunção legal de sua veracidade. A presunção não é absoluta e comporta as seguintes exceções: Art. 341, caput = regra; incisos + § único = exceções.
I – quando não for admissível, a respeito deles, a confissão; diz respeito aos direitos indisponíveis.
II – quando a PI não estiver acompanhada do instrumento público que a lei considerar da substância do ato – Art. 406
III – quando os fatos não impugnados estiverem em contradição com a defesa, considerada em seu conjunto. 
IV- quando a defesa é feita por advogado dativo, curador especial ou DP (art.341, §único) - pela falta de profundidade no relacionamento, pode ser do tipo genérica.
PRELIMINARES DA CONTESTAÇÃO(defesas processuais):
		É de matéria processual, as preliminares são decididas antes de se passar ao mérito. São mencionadas no art. 337 + §4º, art. 63. Cabe ao réu alegar, antes de discutir o mérito as seguintes preliminares:
I – inexistência ou nulidade da citação; 
II – incompetência absoluta(art. 62) e relativa(art. 63);
III – incorreção do valor da causa;
IV-inépcia na inicial;
V – perempção;
VI – litispendência;
VII – coisa julgada;
VIII– conexão;
IX – incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização;
X – convenção de arbitragem;
XI – carência de ação;
XII – falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar;
XIII – indevida concessão de AJG;
- §4º, do artigo 63: abusividade da cláusula de eleição de foro.
Comentários em anexo
São opostas às alegações do autor e visam invalidar a relação processual. Exceto os incisos II referente a incompetência relativa e o X da convenção de arbitragem, todas as demais preliminares serão conhecidas pelo juiz de ofício, independente de arguição do réu – art. 337 §5º. 
Alegação de ilegitimidade passiva: art. 338 e 339.
Alegação de incompetência juízo: 340
RÉPLICA OU IMPUGNAÇÃO DO AUTOR: art. 350 - sempre que o réu invocar um fato novo impeditivo, modificativo ou extintivo, ou, alguma preliminar (337 + 351), conforme o princípio do contraditório, o juiz mandará ouvir o autor no prazo de 15 dias.
*Impedimento ou suspeição = 144 e 145, procedimento = 146;
2ª -RECONVENÇÃO: - art. 343
CONCEITO: é a ação do réu contra o autor, proposta no mesmo processo em que está sendo demandado. O réu não pede, se defende, porem por economia processual ele pode demandar uma nova ação, abrindo um novo capitulo chamado reconvenção onde o réu será autor. É um contra-ataque do réu contra o autor. Deve ter os mesmos requisitos da petição incial(art. 319). Ao final o juiz decide tudo em uma só sentença. 
PARTES = 	Réu = reconvinte – autor da reconvenção 
Autor = reconvindo – réu da reconvenção 
Observações:
=>		A contestação é simples resistência à pretensãodo autor, a reconvenção é um contra-ataque, onde além de negar o pedido do autor alega direito seu. 
=>		O réu pode propor ação de forma distinta, mas a lei permite que no mesmo processo ele proponha ação contra o autor. Se procede assim, por economia processual. 
=>		É uma faculdade que se concede ao réu, não é um ônus como a contestação. 
=>		Ambas as partes começam a atuar como autores e réus.
=>		A reconvenção é simultânea a contestação e ambas devem constar na mesma peça. Art. 343
PRESSUPOSTOS DA RECONVENÇÃO: trata-se de uma verdadeira ação, está subordinada aos pressupostos e condições exigidos para toda e qualquer ação, mais os especiais:
I – Legitimidade das partes: §§ 3º, 4º e 5º.
II – Conexão: só se admite reconvenção se houver conexão entre ela e a ação principal. Acontece a conexão – art. 55: 
-identidade de objeto(pedido) = as duas partes visam o mesmo fim.
-Ou, causa de pedir = pedido tem por fundamento o mesmo ato jurídico. 
-Também existe conexão quando um mesmo fato é invocado pelo réu na sua defesa e para o pedido da reconvenção. Ao mesmo tempo que defenda pede direito.
III – Competência: devem ser iguais nas duas ações - art.54.
IV – Rito: devem ser iguais nas duas ações. Art. 327, §1º, III.
Obs.:
-Só se admite reconvenção se após a contestação, for possível atribuir a causa o rito comum.
-Não cabe reconvenção no processo de execução, nos embargos, nas possessórias e no JEC Cível.
Procedimento:
=> É realizada dentro da própria contestação, em capítulo próprio, contendo todos os requisitos de uma ação(embora seja cumulada na contestação, representa uma ação autônoma). Art. 343
=>O juiz recebe e manda intimar o reconvindo(autor) na pessoa de seu advogado.( não há citação, pois o autor já tem advogado e já está no processo)
=> O reconvindo (autor) responde após ser intimado, Terá 15 dias para responder (contestar).
=> As duas ações serão julgadas numa só sentença. 
=>A reconvenção pode ser indeferida = art. 330 ou pela falta dos requisitos. = recurso = agravo de instrumento. (parágrafo único, 354, embora não esteja explícito no rol do art. 1015)
=>Existe a sucumbência na reconvenção.(85, §1º- honorários).
=>Se reconvir e não contestar= revelia na ação principal.
=>A extinção do processo principal sem o julgamento do mérito em nada afeta a ação reconvencional. O inverso também, é verdadeiro. O mesmo se aplica a desistência da ação. Art. 343, §2º.
II- REVELIA: 
		Ocorre revelia ou contumácia quando o réu regularmente citado deixa de oferecer resposta à ação, no prazo legal. Há revelia tanto para o réu que não comparece quanto ao que comparecendo deixa de oferecer contestação. 
*o mandado de citação deve conter o direito de resposta, sob pena de revelia.
EFEITOS (consequências):
1.	O processo segue daí por diante sem qualquer intimação do réu. Não há qualquer ciência ao réu e o processo passa a correr sem o princípio do contraditório.(art. 346)
2.	O revel pode ingressar no processo em qualquer tempo, mas recebe o processo na fase que se encontra. (parágrafo único, 346)
3.	Os fatos alegados pelo autor serão tidos como verdadeiros. Art. 344
4.	Não precisa prova dos fatos, nem audiência de instrução e instrução e julgamento pois há julgamento ant. lide. (355,II)
**Exceção: não se aplicam os efeitos da revelia:
Vários réus e um deles contestou a ação;
O litígio versar sobre direitos indisponíveis. 
A petição inicial não estiver acompanhada do instrumento público, que a lei considere indispensável à prova do ato.
As alegações do autor não corresponderem a aparência de verdade ou forem contraditórias a prova dos autos.
** Edital: 	-há revelia: - se tomando ciência da citação por edital o réu comparece, mas não contesta. 
		Não há revelia: - se não toma ciência da citação presumida, o juiz nomeia curador para contestar. Art. 72, II
*Mesmo com revelia o autor não pode alterar o pedido.
III- RECONHECIMENTO DO PEDIDO:
 		Além da resposta e da revelia, o réu pode vir ao processo e reconhecer expressamente o pedido. O juiz dá sentença reconhecendo o pedido do autor. Não há produção de provas porque o réu reconhece o que o autor alegou. Isso extingue o processo com o julgamento do mérito = sentença definitiva. Art. 487, III, a.
5. PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES – Art. 347 a 353
São certas medidas que o juiz, eventualmente, deve tomar logo após a resposta do réu e que se destinam a encerrar a fase postulatória do processo e a preparar a fase saneadora. O saneamento acontece na fase seguinte com o julgamento conforme o estado do processo. Assim, findo o prazo de resposta do réu, os autos são conclusos ao juiz, que, conforme o caso, poderá, no prazo de 5 dias (artigo 226, I), determinar uma das seguintes providências – art. 347: 
Em caso de revelia e que não foram aplicados os efeitos (art. 345) o juiz determina a especificação de provas a produzir. – art. 348 – produção de provas. + art. 349.
Réplica: o juiz determina que o autor seja ouvido em 15 dias, se o réu invocou fato impeditivo, modificativo ou extintivo do seu direito, na contestação, art. 350. 
Réplica: o juiz determina a ouvida do autor em 15 dias se o réu invocou alguma preliminar do art. 337. Art. 351 = vista ao autor, porque o réu alegou fatos que podem impedir, modificar ou extinguir o processo.
O juiz verifica se existem irregularidades ou nulidades e manda suprir em 30 dias as que encontrar. – art. 352 = sanar irregularidades. 
Observações:
* Réplica: autor fala de novo. Decorre do princípio do contraditório.
* Na ocasião da providências preliminares o juiz realiza o exame dos pressupostos processuais e das condições da ação. 
	* Revelia: Efeito: Entendem-se verdadeiros os fatos alegados pelo autor, logo, não há necessidade de fase probatória (art. 344). O juiz fica autorizado a proferir o julgamento antecipado da lide (art. 355, II). Dá-se um salto da fase postulatória diretamente à decisória.
 	* Intervenção do MP: Nesta fase o juiz pode verificar a necessidade de intervenção do MP art. 178 participar como fiscal da lei. É neste momento que o M.P. é intimado para se pronunciar sobre o feito. Ele participa como fiscal da lei, não como parte. Da omissão decorre nulidade processo (art. 279), exceto se não houver prejuízo aos interesses que o MP deveria tutelar (§2º, 279).
	* O juiz também delibera sobre a citação de litisconsortes necessários (115, parágrafo único) e também sobre questões de intervenção de terceiros (denunciação à lide – art. 125 e chamamento ao processo - art. 130 + as outras).
	*art. 349- assegura direito ao ré revel de produzir provas no processo, para tanto deve estar representado por advogado a tempo de praticar esses atos processuais.
6.	FASE DE SANEAMENTO
Busca sanar irregularidades para seguir na fase probatória ou sentenciar o feito. 
6.1	JULGAMENTO CONFORME O ESTADO DO PROCESSO 
 	Com o julgamento conforme o estado do processo o juiz encerra as providências preliminares e realiza o completo saneamento do processo. Prepara o processo para a fase probatória, ou o extingue nos casos de vícios insanáveis. Pode o juiz apreciar a própria lide e antecipadamente proferir sentença de mérito, exaurindo o processo sem necessidade da fase probatória. 
O julgamento conforme o estado do processo consiste numa das seguintes decisões: 		I - extinção do processo (354) = Art. 485(sem análise de mérito) ou resolve o mérito = 487, II e III – o juiz poderá dar uma sentença. 
	II - julgamento antecipado do mérito (355) +
	III - julgamento parcial do mérito (356) = para pedidos cumulados
IV - saneamento do processo (357)
Um caso extingue o outro:
1º	Extinção do processo: artigo 354
Se ocorrer as causas do artigo 485 há extinção do processo, com o julgamento conforme o estado do processo, sem apreciar o mérito da causa. A sentença do juiz é terminativa, pois os aspectos examinados são de natureza formal. São ligados a admissibilidade(forma/procedimento) do processo e não do mérito. 
Se ocorrer as causas do art. 487, II e III, há a extinçãodo processo, com julgamento conforme o estado do processo, com a apreciação do mérito da causa: 
Quando ocorrer decadência ou prescrição = 487, II.
Quando ocorrer o reconhecimento da procedência do pedido do autor ou da reconvenção = 487, III, a.
Quando ocorrer transação entre as partes = 487, III, b.
Quando se verificar renúncia do autor ao direito sobre que se funda a ação ou a reconvenção = 487, III, c.
 
		Nestes casos o juiz profere sentença definitiva, com composição do mérito da causa. 
Obs.: a sentença proferida pode envolver todo processo ou parte dele. Se atingir apenas parte dele(é decisão interlocutória), o recurso cabível é agravo de instrumento(354, parágrafo único).
2º	Julgamento antecipado da lide (mérito): artigo 355
Nesse caso o juiz analisa o mérito, acolhendo-o, acolhendo-o em parte, ou rejeitando-o, ou seja, trata-se de uma sentença definitiva, pois diz o direito aplicável ao caso concreto. É sempre pelo 487, I.
O juiz logo após o encerramento da fase postulatória, já se encontra em condições de decidir sobre o mérito, sem a necessidade da audiência. 
São dois os casos do artigo 355. 
Quando não houver necessidade de produzir outras provas o juiz decide desde já o feito: (por que a matéria é unicamente de direito, ou se for de direito e de fato, não houver necessidade de produzir outras provas além daquelas que já se encontram nos autos). Assim, o juiz não marca audiência de instrução, julga desde já o processo.
No caso de revelia (art. 344), o juiz julga o processo desde já, a não ser que ocorra algum caso do art. 345 do CPC.
 
- Fundamento: Economia processual. Celeridade processual.
Julgamento antecipado PARCIAL do mérito
	O NCPC permite que não haja um único julgamento do mérito no processo, quando houver pedidos cumulados.
Prevê a possibilidade de fracionamento do julgamento do objeto do processo, permitindo que em caso de pedidos cumulados, uma parcela deles seja julgada separa e antecipadamente, nos termos do artigo 356.
O NCPC coloca como obrigação do magistrado e não como faculdade (356).
São dois os casos previstos no art. 356, que permitem o julgamento antecipado parcial do mérito:
Quando um ou mais pedidos mostrarem-se incontroversos(ambas as partes concordam): sobre eles não pende dúvida ou discórdia.
Quando um ou mais pedidos estiverem em condições de imediato julgamento: casos do art. 355 (matéria não depender de prova, por ser unicamente de direito, ou se for de direito e de fato não necessitar mais provas, além das juntadas no processo; ou no caso de aplicação dos efeitos da revelia (344)
Consequência: (não cai na prova)
- a parte pode desde já liquidar a sentença, se for ilíquida. (§2º, 356)
-a parte pode desde já executar a sentença de modo provisório (§2º, 356) ou de forma definitiva, se transitou em julgado (§3º, 356), independente de caução.
- trata-se de uma decisão interlocutória, logo o recurso cabível é agravo de instrumento (§5º, 356). Embora não seja uma sentença, é uma decisão de mérito, logo transita em julgado (art. 502 e 503).
3º	Saneamento do processo(despacho saneador) – Art. 357
É aquela decisão que o juiz profere, ao final das providências preliminares, para reconhecer que o processo está em ordem e que a fase probatória pode ser iniciada. Que será possível o julgamento do mérito e, para tanto há necessidade de prova oral ou pericial. 
Cabimento: 
Haverá despacho saneador quando não for possível a extinção do processo conforme o art. 354 e o julgamento antecipado da lide(355).
Conteúdo:
O juiz ao declarar saneado o processo deve*: art. 357:
I – Decidir as questões processuais pendentes = preliminar que o juiz ou outras partes alegaram e o juiz não se manifestou ainda.
II – Fixar os pontos controvertidos da lide (delimitar questões de fato);
III – Delimitar questões de direito (+ art. 10) = não surpresa.
IV – Definir o ônus da prova, nos termos do art. 373.
V – Determinar as provas a serem produzidas e designar a audiência de instrução e julgamento, se necessário = oitiva de testemunhas. 
O despacho saneador deve ser havido como uma decisão interlocutória, que contenha múltipla declaração positiva de:
a)	Admissibilidade do direito de ação (existem as condições da ação, sem as quais não se legitima o julgamento de mérito.
b)	Validade do processo (por existirem as pressupostas e requisitos necessários à formação e desenvolvimento do processo.
c)	Delimitação dos fatos, a fixação das provas que serão produzidas e definição do ônus da prova.
d)	Delimitação das questões de direito.
e)	Deferimento de prova oral ou pericial, com agendamento de audiência de instrução e julgamento.
**Negócio jurídico processual: art. 190 + art. 357, §2º + 191
 - 		Como acontece:
É uma decisão interlocutória prolatada em gabinete, que dá solução a questão do cabimento da tutela e dos meios de prova a serem utilizados na fase de instrução (357) OU, também, poderá ser proferida em audiência de saneamento**(art. 357, §3º).
**Audiência de saneamento: art. 357, §3º - causas complexas para que o saneamento seja pelo juiz em cooperação com as partes. A audiência também pode ser designada como objetivo e ajustar e fixar calendário entre partes e juiz para a instrução e decisão (art. 191). Ao final da audiência o juiz profere o despacho saneador.
Não aplicação do efeito preclusivo: (não cai na prova)
É uma decisão interlocutória, porém dela não cabe agravo de instrumento, pois o despacho saneador não se encontra elencado no rol do artigo 1015. Assim, a parte poderá pedir esclarecimentos ou ajustes em 5 dias (art. 357, §1º), porém isso não é recurso. Assim, não ocorre a preclusão, ou seja, a perda do direito da parte de reclamar contra esse ato judicial, deverá fazê-lo como preliminar em grau de apelação ou nas contrarrazões. (Art. 1009, §1º)
QUESTÃO
Na condição de procurador do réu qual resposta você apresentaria?
PROVAS: FASE PROBATÓRIA
1. GENERALIDADES: probatória = instrutória = fase que inicia logo após o despacho saneador e se estende até a audiência de instrução e julgamento momento que o magistrado declara encerrada a instrução. Fase em que as partes devem produzir as provas de suas alegações.
2. CONCEITO DE PROVA: é a demonstração da certeza ou veracidade de uma afirmação, ou seja, da relação litigiosa informada pelo autor. 
OBJETIVO: é um meio hábil para demonstrar a existência de um fato. 
SUBJETIVO: é a convicção formada no espírito do julgador em torno do fato demonstrado. Serve para formar a convicção/convencimento do juiz.
Art. 369 = A prova deverá ser licita(moralmente legitima): - Típica(meios legais – 9 tipos previstos no CPC) ou ainda – Atípica(são formas de prova que não estão previstas nos 9 tipos, e também não são ilícitas, mas que podem ser utilizadas no convencimento do juiz. Ex: máxima de experiência – art. 375) 
3. OBJETO DA PROVA: art. 369 - são os fatos litigiosos
São os fatos do processo. As questões de direito, ou seja, a lei não são objeto de prova. Salvo lei de outro país, estado ou município = direito comparado. (art. 376)
Com relação aos fatos pode ser:
- DIRETA: quando se faz a prova do próprio fato
- INDIRETA: é baseada no raciocínio lógico. A prova de um fato faz chegar a prova de outro fato. 
4-NÃO DEPENDEM DE PROVA – art. 374:
Fatos notórios = fatos de conhecimento público, ex: não preciso provar que hoje é segunda-feira; datas históricas....
Quando há confissão = quando uma das partes admite um fato em prejuízo seu e beneficio a outro não precisa de prova. 
Quando há fatos incontroversos = ex: marido e mulher querem dissolver o casamento, não há fato litigioso. É admitido por ambas as partes(tem o mesmo pensamento sobre a coisa – não há litigio).
Presunção legal de serem verdadeiros = quando a lei diz que é verdadeiro.
5. FINALIDADE DA PROVA: convicção dos fatos ou demonstração dos fato litigiosos.
6. DESTINATÁRIO DA PROVA: juiz
7.MEIOS DE PROVA: Art. 369 a 484 NCPC. 
MEIOS DE PROVA: todos os do CPC e os moralmente legítimos(provas licitas):Depoimento pessoal = 385 a 388
Confissão = 389 a 395
Exibição de documento ou coisa = 396 a 404
Prova testemunhal = 442 a 463
Prova documental = 405 a 441
Prova pericial = 464 a 480
Inspeção judicial = 481 a 484
Ata notarial = 384
Prova emprestada = 372
8-VALORAÇÃO DA PROVA: art. 375 e 371
Critério legal = o juiz aufere as provas segundo uma hierarquia legal e o resultado surge dessa análise.
Critério da livre convicção = o juiz é soberano para analisar as provas e pode, inclusive decidir o contrário do que se encontra nas provas.
Critério da persuasão racional: baseado na operação lógica, com base nos elementos de convicção do processo. O juiz examina os autos e, faz raciocínio lógico para decidir. O processo civil brasileiro adota este. Faz-se uma operação logica e em cima dela faz sua motivação colocando todos os elementos que o levam a esta convicção = art. 371.
O CPC de 1973 adotou o critério da persuasão racional, em que o juiz tem liberdade para concluir e tem consciência para chegar a este resultado. Ele não pode fugir de meios científicos, das regras da lógica, das regras da experiência. Assim sendo, o julgamento é sempre MOTIVADO, isto é, o juiz diz porque chegou àquela conclusão.
O NCPC de 2015 manteve a adoção do critério da persuasão racional, porém suprimiu a figura do “livre convencimento do juiz”. Agora o juiz deve apreciar não a prova que livremente escolher, mas toda a prova dos autos. Deve analisar todos os argumentos e todas as provas produzidas pelas partes e fundamentar a sua decisão(art. 489, §1º). Isso decorre do princípio democrático da participação efetiva no processo (art. 371), em que o juiz aprecia a prova independente de quem a produziu e deve motivar. Assim, por essa nova noção do princípio da persuasão racional, observa-se que:
-o convencimento do juiz não é livre: fica condicionado às alegações e às provas das partes.
-o juiz deve observar critérios legais sobre provas e sua validade(art. 375 e 406)
-quando não tiver normas legais, o juiz fica vinculado as regras de experiência (375)
-a sentença deve ser fundamentada (489, § 1º) e deve abordar todos os pontos levantados pelas partes.
**Segundo Amaral dos Santos a convicção fica condicionada: a) aos fatos nos quais se funda a relação jurídica controvertida; b) às provas desses fatos, colhidas no processo; c)às regras legais e máximas de experiência; d) e o julgamento deverá sempre ser motivado.”
9.Poder de instrução do juiz: 370
- princípio da demanda = o autor procura o estado para que este faça a prestação jurisdicional
-princípio impulso oficial = o autor deve provocar o estado
- com base na da efetividade da prestação jurisdicional e do processo justo (resultado útil), o juiz pode determinar a produção de provas de ofício.
-justificativa: o juiz e as partes são sujeitos processuais.
Porém, destaca-se que o juiz deve manter a imparcialidade; não deve virar um investigador; e deve ter um comportamento ativo não autoritário.
ÔNUS DA PROVA: art. 373 ***PROVA***
*ônus = necessidade de provar para vencer a causa. Conduta processual exigida da parte para que a verdade dos fatos seja admitida em juízo.
1- Sistema de distribuição estática do ônus da prova (sistema legal= reparte) 373, I e II
AUTOR: cabe provar fato constitutivo do seu direito. 
RÉU: cabe provar os fatos impeditivos, modificativos ou extintivos do direito do autor.
Nisto reside toda a teoria da prova. Se o autor não provar o que alega, a ação será julgada improcedente.
Sistema de distribuição dinâmica do ônus da prova: §1º, 373 –flexibiliza as regras e o juiz pode atribuir ônus a parte que possui conhecimento técnico ou informações específicas sobre os fatos. O momento deve ser no despacho saneador (357, III) e decorre do princípio da cooperação (art. 6º + art. 10 = não surpresa).
São requisitos da distribuição dinâmica do ônus da prova:
A parte a que é redistribuído o ônus deve esclarecer o fato constitutivo.
A prova redistribuída deve ser possível. (373, §2º)
A redistribuição não pode representar surpresa para a parte, deve existir o contraditório (não pode ocorrer na sentença – deve ser durante o processo e com abertura do contraditório).
Ainda, refere-se que essa redistribuição pode ser determinada de oficio pelo juiz ou requerida pela parte. O juiz deve consultar as partes (art. 9º e 10); a parte pode pedir esclarecimento (357. §1º; a decisão que determina é interlocutória, não cabe agravo. Logo não ocorre preclusão e pode ser rediscutida em grau de apelação (1009. §1º)
Convenção do ônus: art. 373, §3º, I e II
Nos direitos patrimoniais, pode haver inversão do ônus da prova. Nos contratos pode haver estipulações de quem terá que provar. Só é possível inversão nos direitos disponíveis, nos indisponíveis não. + §4º pode ser convencionado pealas partes antes ou durante o processo. Art. 191 – negócios jurídicos processais.
**Relações de consumo: art. 6º, VIII, CDC – possibilidade do juiz determinar a inversão do ônus da prova.
11.PROCEDIMENTO PROBATÓRIO
	No processo civil as provas são sempre de conhecimento de ambas as partes. 
PROPOSIÇÃO DAS PROVAS
Requerimento: pelas partes. O autor faz a proposição das provas na petição inicial e nos casos de réplica. O réu, na resposta. A sempre sempre requer. 
Deferimento: pelo juiz. O juiz defere ou indefere as provas, com o despacho saneador.
Produção: realizam-se sob a fiscalização de ambas as partes. 
10.COLABORAÇÃO COM A JUSTIÇA: art. 378, 379, 380 +77
	Todos têm o dever de colaborar com a justiça: 378
As partes: 77 + 379
Comparecer e responder tudo o que for perguntado
Submeter-se a inspeção judicial
Praticar todos os atos que lhe forem pedidos
Terceiros: 380
Prestar depoimento informado ao juiz dos fatos e documentos do seu conhecimento
Exibir documento ou coisa que estiverem sob o seu poder e que interessem à prova.
PROVAS EM ESPÉCIE
1.	DEPOIMENTO PESSOAL – Art. 385 a 388: 
Conceito:	É o meio de prova destinado a proceder ao interrogatório da parte, no curso do processo. Depoimento pessoal = é a oitiva do autor e do réu. 
Iniciativa: parte contrária ou do juiz. O autor só pode pedir a oitiva do réu e o réu só pode pedir a oitiva do autor.
Finalidade: obter uma confissão da outra parte, e esclarecer fatos do processo.
Quando acontece:
A parte contrária pede o depoimento pessoal e ele ocorre na audiência de instrução e julgamento.
O juiz pode determinar, em qualquer fase do processo.
Sanção decorrente do ônus de prestar depoimento pessoal:
A parte comparece em juízo e dá o seu depoimento.
A parte não comparece ou comparece e silencia, admite-se que confessou. 
A parte deve ser intimada pessoalmente para depor com a advertência da pena de confissão. Pena de confesso = o juiz admite como verdadeiros os fatos contrários ao interesse da parte faltosa e favoráveis ao adversário – não é revelia.
A parte não é obrigada a depor – art. 388:
Sobre fatos criminosos que lhe forem imputados.
Sobre fatos que sabe em razão de profissão, e que deva guardar sigilo.
Sobre fatos que causem desonra própria ou de parente.
Sobre fatos que coloquem em risco a vida do depoente ou parentes.
**Obs.: não se aplicam essas escusas às ações de estado e de família.
OBJETO: fatos controversos alegados pela parte. Fato litigioso.
Procedimento para tomar depoimento pessoal
O juiz, em qualquer fase.
A parte contrária deverá requerer antes do despacho saneador (357, II).
 Não cabe procuração para depoimento pessoal, é a própria pessoa que deve prestá-lo, é ato personalíssimo (art. 387). 
 A forma é a mesma utilizada para as testemunhas (§2º, 385). Acontece o depoimento na audiência de instrução e julgamento (REGRA), porém prestarão depoimento pessoal fora da A de I e J e nos locais mencionados no artigo 454, a parte que for autoridade e estiver elencada naquele dispositivo. Também, poderá haver depoimento pessoal por videoconferência, §3º, 385.
 Na audiência de instrução e julgamento ouve-se primeiro o depoimento do autor,depois do réu e, após das testemunhas.(art. 361,II)
*Se houver confissão, não é necessário ouvir as testemunhas.
INQUIRIÇÃO:
Juiz faz perguntas
O advogado da parte contrária faz perguntas. O advogado da parte que depõe, não faz perguntas.
Não há compromisso.
Não há contradita.
É oral, mas permite breves consultas.(387)
O juiz reduz o termo, que é assinado por todos.
2.	CONFISSÃO – art. 389 a 395: 
CONCEITO: “É a declaração, judicial ou extrajudicial, provocada ou espontânea, em que um dos litigantes, capaz e com ânimo de se obrigar, faz da verdade, integral ou parcial, dos fatos alegados pela parte contrária, como fundamentais da ação ou da defesa.”
Na confissão, a parte admite como verdade fato contrário ao seu interesse, e em favor do interesse adversário – art. 389
Se não há prejuízo para um, e vantagem para outro, há apenas fato incontroverso.
É uma das provas legais.
Se a parte admite, o juiz não pode permitir produzir provas em contrário. Salvo se a confissão for viciada(coação ou erro – art. 393), neste caso é como se não existisse a confissão.
A confissão deve conter:
O reconhecimento de um fato alegado pela outra parte
A voluntariedade do reconhecimento
Um prejuízo para o confidente, em face do reconhecimento.
REQUISITOS:
Capacidade plena: só podem confessar maiores e capazes = §1º, 392
Disponibilidade do direito: só pode confessar se for direito disponível = 392
Inexigibilidade de forma especial para a realidade do ato jurídico.
CLASSIFICAÇÃO:
Judicial: feita nos próprios autos – art. 390
1.Espontânea: por iniciativa do próprio confidente. §1º, 390
2.Provocada: quando resulta de depoimento pessoal requerido pela parte contrária, ou determinada de ofício pelo juiz. §2º
Extrajudicial: qualquer forma em que se possa captar a manifestação de vontade(desde que a lei não exija prova literal). Pode ser escrita ou oral, perante parte contrária ou terceiros, até por testamento – art. 394
**tanto uma quanto a outra podem ser total ou parcial.
EFEITOS
Faz prova plena contra o confitente (não prejudica litisconsorte - §único, 391)
Supre qualquer defeito formal do processo
Pode ser feita por procurador, salvo se for em depoimento pessoal.
É IRREVOGÁVEL, salvo art. 393 (erro de fato ou coação)
É INDIVISÍVEL –art. 395; Não pode aceitar em parte (favorável) e rejeitar em parte (o que é desfavorável). Só pode ser dividida se houver fatos novos (se o réu alegar fatos impeditivos, modificativos ou extintivos – refere-se a confissão qualificada). Na confissão pura, só confessa e é indivisível.
3.	EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO OU COISA – Art. 396 a 404
Coisa: é qualquer elemento existente no mundo exterior. Todos devem colaborar com a justiça. Se uma das partes possui coisa que interessa ao processo, tem o dever de apresentá-la, mesmo que lhe traga prejuízo. Art. 378
Para a parte pedir a exibição de documento ou coisa, deve demonstrar:
1. Que tem interesse jurídico
2. Que tem conexão com o objeto da lide
3. Que terá influência no julgamento da causa + requisitos do pedido
=> Oportunidade: a exibição pode ser pedida durante o processo, como incidente (396 a 404) ou antes do processo, como tutela cautela (305 a 310). 
=> Pode ser postulado no processo de conhecimento.*Não acontece no processo de execução.
=> O parte pode requerer1 ou o juiz de ofício2(art. 396).
3.1 EXIBIÇÃO REQUERIDA CONTRA A PARTE:
	O pedido para a exibição pode ser feito na petição inicial, contestação ou petição posterior. Não há autuação em separado e o incidente ocorre dentro do processo principal. Quem pode requerer é a parte(397) ou o juiz de oficio(396). 
REQUISITOS DO PEDIDO – Art. 397
Individualização do documento ou coisa
Finalidade da prova: fatos que se relacionam com o documento ou coisa
Circunstâncias em que se funda o requerente para afirmar que o documento ou coisa existe e está em poder da parte contrária
PROCEDIMENTO
Feita a intimação, a parte tem 5 dias para responder – art. 398:
1. Se a exibição é feita, encerra-se o incidente.
2. Se a exibição não se fizer, sem qualquer justificativa, o juiz proferirá decisão interlocutória, em que admite como verdadeiros os fatos que, por meio do documento ou coisa, a parte pretendia provar.
3. Se o requerido nega a existência do documento ou coisa, cabe ao requerente o ônus de provar a sua existência e que está em poder do requerido, e a solução do incidente ficará na dependência desta prova. (recusa legítima e recusa ilegítima)
** O juiz, obrigatoriamente, não deverá admitir a recusa do requerido, quando: (recusa ilegítima – art. 399)
1. O requerido tiver obrigação legal de exibir; ex: livros comerciais
2. O requerido aludiu ao documento ou à coisa, no processo com o intuito de constituir prova: prova comum. Ele(autor ou réu) fundamentou o pedido em cima desse documento/coisa, e o outro requer que apresente o documento ou coisa no processo, ele não pode dizer que não tem.
3. O documento, por seu conteúdo, for comum às partes
REGRA: A parte deve exibir, pois tem obrigação de colaborar com a justiça(378). Porém, a parte não é obrigada a exibir (o juiz considerará justo o motivo invocado pelo requerido e o dispensará da exibição), quando ficar comprovado que: (recusa legítima)
Recusa legitima – art. 404
A coisa ou documento diz respeito a negócios da própria vida da família;
A apresentação poderá violar dever de honra;
A publicidade do documento causará desonra à parte, terceiro ou parente, ou lhes representará perigo de ação penal;
A exibição acarretará divulgação de fatos, a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar segredo (sigilo profissional);
Subsistem outros motivos graves que, segundo o prudente arbítrio do juiz, justifiquem a recusa da exibição;
Existir disposição legal que justifique a recusa de exibir. Ex: sigilo profissional
3.2 EXIBIÇÃO REQUERIDA CONTRA TERCEIRO – art. 401 a 403
O pedido de exibição, quando formulado contra quem não é parte no processo principal, provoca a instauração de um novo processo, em que são partes o pretendente à exibição e o possuidor do documento ou coisa. Processado em autos próprios, em apenso. É uma decisão interlocutória e dela cabe agravo de instrumento.
PROCEDIMENTO
Feita a citação, o terceiro tem 15 dias para responder – art. 401:
1. Se a exibição é feita, há o fim do processo incidental
2. Se há revelia, há a confissão presumida da veracidade dos fatos alegados pelo promovente(quem pediu a exibição), e enseja julgamento antecipado da lide (355, II), com a condenação do terceiro a depositar em juízo, em 5 dias, a coisa ou documento reclamado pela parte. Art. 403.
3. Se houver contestação, passa-se à instrução, com depoimento das partes, testemunhas e outras provas. Após decisão interlocutória. Art. 402
Consequências do não depósito - § único 403:
Responsabilidade civil de arcar com o ônus da desobediência – deve indenizar a parte prejudicada com a não exibição.
O juiz pode determinar a busca e apreensão da coisa, esteja onde estiver.
Responder a um processo criminal, por crime de desobediência.
Medidas cominatórias
FUNDAMENTO: dever de colaboração de terceiros. Art. 378
4.	PROVA TESTEMUNHAL – art. 442 a 463
4.1 CONCEITO: é aquela obtida pelo relato prestado por pessoas que conhecem o fato litigioso. 
4.2 ESPÉCIES: tem-se três tipos:
- Presenciais: é aquela que estava presente quando do acontecimento do fato litigioso.
- De referência: são aquelas que souberam(ouviram falar) do fato por outra pessoa.
- Referidas: são aquelas mencionadas no depoimento de outra testemunha.
4.3 CLASSIFICAÇÃO DAS TESTEMUNHAS: podem ser judiciárias(aquelas que relatam o fato litigioso em juízo = presenciais; de referencia; referidas); OU instrumentais(aquelas que assinam os instrumentos/assistem a realização de um ato jurídico e assinam o instrumento).
4.4 VALOR PROBANTE: princípio da persuasão racional. 
4.5 CABIMENTO DA PROVA TESTEMUNHAL:
A prova testemunhal é sempre admitida (REGRA) art. 442
Não se admite prova

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