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Procedimento Comum 
 
Noções Introdutórias 
 
CPC 2015 
● Rito Comum e Especiais 
● Regra: Audiência de mediação ou conciliação 
 
Fases do Processo 
 
● Fase Postulatória 
○ A Fase Postulatória é a fase inicial, onde a ação das partes é predominante. 
É o momento em que o Autor expõe sua causa de pedir. 
○ Com o ingresso da petição inicial em juízo, considera-se proposta a ação e 
instaurado o processo (ART.312, NCPC). 
○ Também é nessa fase que, após a citação, o réu peticiona sua contestação. 
○ Portanto, essa fase inicial vai do ingresso da petição inicial em juízo até a 
apresentação de contestação 
● Fase Saneadora (ou organizatória) 
○ Tem por objetivo ordenar o processo para um julgamento válido, quando 
possível, seja com ou sem realização de audiência de instrução, ou 
extingui-lo quando verificar que não reúne os requisitos necessários para a 
composição definitiva da lide. 
○ Eventuais diálogos com as partes a fim de emendar ou de complementar a 
inicial, indeferi-la, julgar liminarmente o pedido, citação do réu, conciliação e 
mediação, defesa e reconvenção; 
○ Ao final da Fase Saneatória, o juiz pode declarar extinto o processo sem 
resolução de mérito (art. 485) ou com resolução de mérito (art.487), fazer o 
julgamento antecipado da lide ou promover o saneamento do feito. 
● Fase Instrutória 
○ Nesta fase temos a produção de prova pericial, prova oral e até a 
complementação da prova documental. 
○ A prova oral concentra-se, normalmente, na audiência de instrução e 
julgamento (v. arts. 358 a 368 do CPC de 2015). 
 
 
○ Esclarecimentos em audiência do perito judicial e dos assistentes técnicos, 
no depoimento pessoal das partes e na inquirição (oitiva) de testemunhas. 
○ Os debates orais podem ser substituídos por razões finais escritas 
(memoriais) (art. 364, NCPC). Encerrada a instrução, temos os debates orais, 
ou seja, manifestação dos advogados, apresentando suas alegações finais. 
○ Os debates orais podem ser substituídos por razões finais escritas 
(memoriais) (art. 364, NCPC). Com as razões finais das partes, encerra-se a 
fase instrutória. 
● Fase Decisória 
○ É na fase decisória do procedimento comum que a sentença é proferida pelo 
juiz. A sentença pode ser proferida em audiência após o encerramento da 
fase de Instrução ou no prazo de 30 dias (art.366) 
○ Esse prazo é impróprio, sem preclusão. O art. 231 do CPC mostra como 
começa a contagem desse prazo. 
● Fase Executória 
○ Após o trânsito em julgado da sentença segue a fase de execução (ou, se 
preferirem, o “cumprimento de sentença”), onde a realidade fática vai ser 
alterada. 
○ É possível, no entanto, que seja feita a execução provisória da sentença 
(antes do trânsito em julgado), ou mesmo que a realidade fática seja 
alterada, pelo processo, antes da sentença, naquilo que chamamos de 
antecipação de tutela. 
 
FASE POSTULATÓRIA 
PETIÇÃO INICIAL 
 
Conceito 
 
Para ajuizar uma petição inicial a parte precisa ter capacidade civil, e na maioria dos casos, 
há necessidade de um advogado. Para os relativamente incapazes, há a necessidade de 
serem assistidos por seus responsáveis, já os totalmente incapazes serão representados. 
Apenas em casos excepcionalíssimos a lei permite a substituição processual, ou seja, que 
terceiro possa apresentar em Juízo direito de outro (exemplo: sindicatos e associações). 
 
 
A petição inicial age como um espécie de "receita de bolo", um "passo a passo" a ser 
seguido. Caso a petição não trouxer alguns dos requisitos , o juiz determinará a emenda da 
inicial. Contudo, se o autor não proceder com a emenda, haverá o indeferimento da inicial, 
com a extinção do processo sem a resolução do mérito. 
 
Efeitos 
● Protocolização - propositura da demanda 
● Registro e distribuição - perpetuação da jurisdição e prevenção 
 
Requisitos 
● 319 e 320 CPC 
● Ser escrita 
 
Não admissibilidade da Petição Inicial 
 
● Poderá ser emendada (321 CPC) 
● Será indeferida nas hipóteses do 330 CPC 
● Poderá haver Improcedência Liminar do pedido (332 CPC) 
 
AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO (334 CPC) 
 
Na mediação, visa-se recuperar o diálogo entre as partes. Por isso mesmo, são elas que 
decidem. As técnicas de abordagem do mediador tentam primeiramente restaurar o diálogo 
para que posteriormente o conflito em si possa ser tratado. Só depois pode se chegar à 
solução. Na mediação não é necessário interferência, ambas partes chegam a um acordo 
sozinhas, se mantém autoras de suas próprias soluções. Conflitos familiares e de 
vizinhança, por exemplo, muitas vezes são resolvidos apenas com o estabelecimento da 
comunicação respeitosa entre os envolvidos. 
 
A conciliação pode ser mais indicada quando há uma identificação evidente do problema, 
quando este problema é verdadeiramente a razão do conflito - não é a falta de comunicação 
que impede o resultado positivo. Diferentemente do mediador, o conciliador tem a 
prerrogativa de sugerir uma solução. Essa polarização pede uma intervenção do conciliador 
no sentido de um acordo justo para ambas as partes e no estabelecimento de como esse 
 
acordo será cumprido. Causas trabalhistas costumam ser um objeto onde a conciliação atua 
com eficiência. 
 
CONTESTAÇÃO 
 
É uma das peças de resposta do réu, onde ele pode se defender daquilo que lhe foi 
imputado. Trata-se do meio pelo qual o réu contrapõe-se aos pedidos formulados na inicial, 
devendo concentrar todas as manifestações de resistência à pretensão do autor. Defesa 
não é ônus (não é dever). Ninguém é obrigado a se defender. 
 
Espécies de defesa 
● Típicas – contestação e reconvenção 
● Atípicas – reconhecimento jurídico do pedido e intervenção de terceiros 
 
Possibilidades do réu, a partir da citação 
● Contestar (335 a 342) 
● Reconvir (343) 
● Arguir hipótese de impedimento ou suspeição 
● Reconhecer a procedência do pedido 
● Ser revel 
 
Classificação das defesas 
● a) Processuais: contrárias à admissibilidade da ação e que implicam a extinção do 
processo sem mérito ou a dilação do processo: 
○ Peremptórias: extinção do processo, ex. falta de pressuposto processual 
○ Dilatórias: atrasam o curso do processo, ex. incompetência ou conexão 
 
● b) De mérito: o réu nega os fatos ou suas consequências jurídicas. Finalidade é 
chegar à improcedência. 
 
Preliminares da contestação 
As preliminares da contestação tratam, em sua maioria, de alegações de ordem formal, que 
podem tanto extinguir o processo quanto dilatá-lo no tempo. E devem, além disso, ser 
alegadas antes da discussão do mérito. Estão, assim, dispostas no art. 337,CPC, e podem 
ser: 
 
● Peremptórias; 
○ Os argumentos preliminares peremptórios levam à extinção do processo. E 
devem, desse modo, ser abordados primeiro na contestação, embora 
nenhuma preliminar seja de discussão obrigatória. São eles, então, segundo 
o art. 337, Novo CPC: 
■ 1. inépcia da petição inicial; 
■ 2. perempção; 
■ 3. litispendência; 
■ 4. coisa julgada; 
■ 5. convenção de arbitragem; 
● Dilatórias. 
○ Já os argumentos preliminares dilatórios, que dilatam o processo no tempo, 
consistem em: 
■ 1. inexistência ou nulidade da citação; 
■ 2. incompetência absoluta e relativa; 
■ 3. incorreção do valor da causa; 
■ 4. conexão; 
■ 5. incapacidade da parte, defeito derepresentação ou falta de 
autorização; 
■ 6. ausência de legitimidade ou de interesse processual; 
■ 7. falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como 
preliminar; 
■ 8. indevida concessão de benefício de gratuidade de justiça. 
 
A Contestação 
 
Contestação é o instrumento pelo qual o réu responde – expondo razões e provas que 
pretende produzir – os argumentos da parte autora da ação. É, portanto, uma das formas de 
defesa da parte acusada, dentro de um processo judicial. Está prevista nos arts. 335 a 342 
do Novo CPC. 
 
A contestação é a principal forma de defesa do réu durante o procedimento comum. É o 
momento em que a parte pode não apenas atacar os argumentos da parte autora, como 
pode, inclusive, propor uma ação em face dela, através do que se conhece como 
reconvenção. 
 
 
A contestação é uma das formas de resposta do réu no ordenamento jurídico brasileiro. Ou 
seja, é uma das formas de realizar a sua defesa dentro de um processo. Assim, é um 
instrumento através do qual o réu rebate os principais argumentos do autor da ação. E pode 
manifestar-se, desse modo, acerca de elementos de direito material e forma da ação. 
 
A contestação, como outros procedimentos jurídicos, também foi objeto do Novo Código de 
Processo Civil. Desse modo, dispõe o art. 336, Novo CPC: 
● Art. 336. Incumbe ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo 
as razões de fato e de direito com que impugna o pedido do autor e especificando as 
provas que pretende produzir. 
 
É, necessário, portanto, que o réu não apenas refute todos os pontos de pedido do autor, 
como também reúna as suas principais alegações de defesa. 
 
Princípios 
 
● Eventualidade​: art. 336, CPC, o réu deve concentrar toda a matéria de defesa. O réu 
deve alegar evento por evento. Não se pode alegar defesa em outro momento. 
Preclusão consumativa (consumam-se os efeitos do ato). Exceções: 342, CPC. É 
lícito ao réu deduzir novas alegações quando: houver direito ou fato superveniente; 
competir ao juiz conhecer delas de ofício, expressa autorização legal. 
● Impugnação específica dos fatos​: 341, CPC, todos os fatos alegados pelo autor 
devem ser atacados pelo réu sob pena de serem considerados verdadeiros. Art. 
336. Incumbe ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as 
razões de fato e de direito com que impugna o pedido do autor e especificando as 
provas que pretende produzir. Ver artigo 336 e 337. 
 
Forma 
 
● Os requisitos da contestação são semelhantes aos da PI. Endereçamento ao juiz da 
causa. Documentos indispensáveis. Requerimento de provas. Apresentação de fatos 
e fundamentos jurídicos de defesa. 
● Da citação regular do réu, nos moldes do art. 231, Novo CPC, independentemente 
da forma, e inclusive se houver comparecimento espontâneo do réu; 
 
Prazo 
● Prazo para contestação – art. 335 no CPC 
● Termo é variável. 
● O prazo para a contestação, em regra, será de 15 dias úteis, conforme o art. 335, 
Novo CPC, a contar: da audiência de conciliação ou de mediação ou da última 
sessão de conciliação, quando qualquer parte não comparecer ou, comparecendo, 
não houver autocomposição; do protocolo do pedido de cancelamento da audiência 
de conciliação ou de mediação apresentado pelo réu, quando ocorrer a hipótese do 
art. 334, § 4º, inciso I. 
● Sendo o caso de litisconsórcio passivo, então, o prazo será contado a partir da 
manifestação de vontade pelo cancelamento da audiência de cada um dos réus. 
● No casos de litisconsórcio passivo, quando houver cancelamento da audiência de 
mediação e conciliação por pedido das partes, o prazo será contado a partir da data 
de manifestação de um dos réus. Se o autor desistir da ação, contudo, em relação 
ao réu não citado, o prazo correrá a partir da data de intimação da decisão que 
homologa a desistência. 
 
Conteúdo da contestação 
● A parte deve realizar suas alegações de defesa na peça processual e rebater as 
argumentações da parte autora. 
● A renúncia ao direito de contestar implica revelia, conforme o art. 344, CPC. 
 
Discussão de mérito 
● A discussão de mérito na contestação refere-se, principalmente, à argumentação de 
direito material do autor da ação impugnada. No entanto, também se subdivide em 
duas espécies de argumentos: 
○ 1. preliminares de mérito, indireta ou prejudicial; 
○ 2. mérito em sentido estrito ou direta. 
● As preliminares de mérito englobam questões de prescrição e decadência, por 
exemplo. E devem, então, ser arguidas antes das questões de mérito em sentido 
estrito. 
● As questões de mérito em sentido estrito, por sua vez, referem-se aos pedidos do 
autor com suas motivações. E contestam, portanto, a constituição dos direitos do 
autor ou os efeitos jurídicos levantados pela parte autora. 
 
 
RECONVENÇÃO 
 
A reconvenção nada mais é que um pedido realizado pela parte ré. Contudo, é um pedido 
realizado em curso de outro processo, no momento da contestação, conforme o art. 343, 
Novo CPC. Assim, é lícito àquele que seja demandado em uma ação, agir contra o próprio 
autor ou terceiro nos mesmos autos da ação inicial, independentemente da contestação, 
não sendo obstada a ação pela desistência ou extinção do processo em que figura como 
réu. 
● É o contra ataque que enseja o processamento simultâneo da ação principal da 
ação reconvencional. É uma ação inversa. 
● Deve constar na própria contestação, não é uma peça autônoma, é diferente da 
contestação que é a resistência do réu a pretensão do autor. 
 
Não basta, no entanto, que as partes da relação sejam as mesmas da ação inicial. É 
preciso também que o objeto da reconvenção seja conexo ao objeto da primeira ação ou ao 
fundamento da defesa. 
● Art. 343. Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar 
pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa. 
 
Institutos diferentes 
 
O CPC/2015 dispõe que o pedido de reconvenção será oferecido na contestação. Ou seja, 
na mesma peça será possível oferecer ambos os institutos. A extinção de um, contudo, não 
implicará necessariamente a extinção do outro. Assim, por exemplo, mesmo que a ação 
inicial seja encerrada, o processo poderá seguir no que concerne ao pedido da 
reconvenção. 
 
 
 
Procedimento 
● Apresentada a reconvenção, a parte autora será intimada para apresentar resposta 
no prazo de 15 dias. 
 
● Se o autor desistir da ação principal a reconvenção tem trâmite regular. 
 
Requisitos 
● Existência de causa pendente; 
● Apresentação no prazo da contestação; 
● Juiz competente para ambas as ações; 
 
Termos 
● Reconvinte: réu demandante 
● Reconvindo: autor damandado 
 
REVELIA (344 CPC) 
Conceito 
● Ausência de contestação; 
● Não comparecimento do réu no processo; 
● Forma de defesa pela não manifestação do réu citado 
Efeitos 
● Declarada a revelia, torna-se desnecessária a intimação do réu não representado 
por patrono e, aplicada a presunção da veracidade dos fatos, pode-se julgar 
antecipadamente o mérito processual (artigo 355, inciso II, do CPC). 
● O juiz não deve aplicar o direito invocado pelo autor pela simples aplicação dos 
efeitos da revelia,porque "iura novit curia" (o juiz conhece o direito). Assim, nada 
impede que o magistrado aproveite os fundamentos jurídicos de defesa 
intempestivamente apresentada pelo réu. 
● A presunção de veracidade dos fatos é relativa, podendo ser afastada no caso 
concreto. 
● Exceções - Inexiste tal presunção de veracidade se houver litisconsórcio passivo e 
um dos réus contestar (artigo 345, inciso I, do CPC) 
 
 
PARECER TÉCNICO JURÍDICO 
 
Parecer Jurídico é um documento por meio do qual o jurista (advogado, consultor jurídico) 
fornece informações técnicas acerca de determinado tema, com opiniões jurídicas 
fundamentadas em bases legais, doutrinárias e jurisprudenciais. Geralmente é solicitado por 
uma pessoa jurídica ou física como elemento necessário para tomada de uma decisão 
importante. Entretanto o cliente não está vinculado ao parecer jurídico.Apesar de não existir 
uma forma obrigatória, há uma certa estrutura a ser seguida. 
 
Exemplo de forma 
 
Endereçamento 
 
O parecer será direcionado ao cliente que pode ser autoridade/pessoa jurídica ou pessoa 
física que contratou os serviços de quem irá fazer o parecer jurídico. 
 
Ementa 
 
Na ementa é necessário reunir de forma lógica e coordenada as principais 
“palavras-chaves” que foram utilizadas na elaboração do parecer. Em suma, a ementa é o 
resumo do que consta do parecer inteiro, portanto a dica é que você a faça por último. 
 
Relatório 
 
Nesta parte devemos descrever os fatos objeto da consulta. Devemos relatar somente os 
fatos trazidos pelo cliente/consulente. Caso haja várias questões importantes e 
independentes elas deverão também ser incluídas no relatório. Caso haja perguntas 
formuladas pelo cliente/consulente é possível listá-las nessa parte. 
 
 
FASE DE SANEAMENTO 
 
Com o encerramento da fase petitória ou postulatória, muitos aspectos da relação 
processual encontram-se definitivamente delineados. 
 
 
Atingindo a relação processual esse estágio, o juiz tem de tomar providências no sentido de 
regularizar o procedimento, completando o contraditório e mandando sanar eventuais 
irregularidades. Tais providências constituem a primeira etapa da fase de saneamento. 
 
A propósito, cabe salientar que a atividade saneadora do juiz é permanente e tem por 
objetivo ordenar o processo para um julgamento válido, quando possível, seja com ou sem 
realização de audiência de instrução, ou extingui-lo quando verificar que não reúne os 
requisitos necessários para a composição definitiva da lide. 
 
As providências preliminares estão elencadas nos arts. 347 a 353 do CPC/2015 e 
consistem no seguinte 
● Determinação às partes para especificação das provas 
● Abertura de oportunidade ao autor para replicar sobre fato impeditivo, modificativo 
ou extintivo (art. 350) 
● Abertura de oportunidade ao autor para replicar sobre preliminares arguidas pelo réu 
(art. 351). 
 
O saneamento, feito pelo despacho saneador, que na verdade não é despacho, mas sim 
decisão interlocutória, consiste num juízo positivo de admissibilidade relativamente à ação e 
a um juízo positivo no que tange à validade do processo. 
 
O que ocorre na fase denominada saneadora é o julgamento conforme o estado do 
processo (art. 354, CPC/2015), que pode consistir em 
● Extinção do processo, com ou sem resolução do mérito 
○ Ocorrendo as hipóteses dos arts. 485 e 487, II e III,CPC/2015, o juiz julgará 
extinto o processo, com ou sem resolução do mérito, dependendo do caso. 
Trata-se de uma modalidade de julgamento conforme o estado do processo. 
A extinção do processo, na maioria desses casos, será possível depois das 
providências preliminares, ou seja, depois de se implementar o contraditório. 
Entretanto, se o réu reconheceu a procedência do pedido, se houve 
transação, ou se o autor renunciou ao direito sobre o qual se funda a ação 
(art. 487, III, CPC/2015), não há necessidade da oitiva da parte contrária (no 
caso, do autor), podendo o processo ser extinto independentemente das 
providências preliminares. 
 
● Julgamento antecipado do mérito 
○ O julgamento antecipado da lide, outra modalidade de julgamento conforme o 
estado do processo, sucede em duas hipóteses: quando não houver 
necessidade de produção de outras provas, ou quando ocorrer o efeito 
material da revelia e o réu não tiver comparecido em tempo oportuno para 
produção de provas (art. 355, I e II, CPC/2015). 
● Julgamento antecipado parcial do mérito 
○ Assim como pode ocorrer a extinção parcial do processo, poderá o juiz julgar 
antecipadamente o mérito de forma não integral. Isso pode ocorrer em duas 
hipóteses: quando houver vários pedidos cumulados e um ou parte deles se 
mostrar incontroverso; ou quando o(s) pedido(s) estiver(em) maduro(s) o 
suficiente para apreciação judicial (art. 356, I e II, CPC/2015). 
● Saneamento 
○ Saneamento do processo é a providência tomada pelo juiz, a fim de eliminar 
os vícios, irregularidades ou nulidades processuais e preparar o processo 
para receber a sentença. 
 
FASE INSTRUTÓRIA 
 
Noções introdutórias 
 
A fase instrutória como a sua própria denominação já indica, destinada especialmente à 
produção de provas, logo, é neste momento do processo que as partes devem demonstrar 
que os fatos ocorreram de acordo com o alegado por elas na petição inicial e na 
contestação. 
 
A apresentação de provas é necessária desde a petição inicial, mas há uma etapa 
processual destinada à produção probatória, a partir da decisão de saneamento e a 
organização do processo (que, em regra, contém determinações relativas à instrução 
processual). 
 
● CPC Art.358- 484 
● Não se trata de uma fase obrigatória no processo. 
● Elementos da prova apresentados na fase postulatória ​não foram suficientes para 
formar a convicção do juiz a fim de que pudesse compor o litígio; 
 
● Necessário provar as alegações: fatos constitutivos do direito do autor. 
● As provas têm: 
○ um objeto (fatos deduzidos); 
○ uma finalidade (formar comunicação do Juiz); 
○ um destinatário (Juiz). 
● Às partes, cabe informar na Petição Inicial e na contestação os meios de prova que 
serão utilizados para demonstrar suas alegações. 
● Meios probatórios são individualizados na fase de saneamento (Art. 357, II) 
● Art. 369. As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os 
moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a 
verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na 
convicção do juiz. 
● Juiz pode determinar provas necessárias ao julgamento (Art. 370, CPC). Sem 
quebrar o Princípio da isonomia (complementação). 
● Não há critério valorativo de prova no sistema jurídico brasileiro. 
● Nosso sistema é do livre convencimento do juiz fundamentado 
● Persuasão racional (Art. 371 CPC) 
 
Provas 
 
● Empregos de meios legais: ata material, depoimento pessoal, meio confissão, 
exibição de documentos ou coisa, documento, testemunhal, perícia, inspeção 
judicial, outros. 
● Fatos que não dependem de prova (374 CPC) 
● Ônus da prova (373 CPC) 
 
Teoria geral da prova 
 
É o fundamento indispensável pelo qual se baseia qualquer decisão judicial. Sua ausência 
pode questionar a validade da decisão do juiz. 
Constitui instrumento paraa formação do convencimento do juiz sobre os fatos que são 
objeto da atuação jurisdicional. 
 
Prova e o Contraditório 
 
 
O princípio do contraditório é um dos mais relevantes no estado democrático de direito, por 
meio dele, agrega-se igualdade à decisão judicial. 
 
Uma das vertentes do contraditório é a produção de provas em juízo, a fim de convencer o 
Estado Juiz de que o direito alegado é de fato real. 
 
Referida constatação somente pode ser aferida por meio do exame das provas 
apresentadas ao magistrado no caso concreto. 
 
Trinômio do contraditório: ciência, defesa e influência. 
 
Papel das provas no procedimento Comum 
 
● Ratificar um direito alegado 
● Pode acelerar a prestação jurisdicional, pois por meio dela pode-se emitir um juízo 
de certeza ou um “juízo de probabilidade” (tutelas provisórias) 
● Demonstrar a verdade formal e material dos fatos discutidos. 
 
Características (elementos) 
 
● o objeto (os fatos que desejam certificar) 
● a finalidade (convicção sobre determinada alegação), 
● o destinatário (o magistrado que julgará a causa), 
● os meios (espécies de provas para constatar o fato, como documento, foto, etc). 
 
Função do Juiz 
 
● Diz o direito (julga a causa, profere decisão que põe fim à lide) → aplica a lei ao caso 
concreto apresentado. 
● Para o justo julgamento do mérito (a lide, o objeto), o juiz utiliza seu conhecimento, 
sua experiência, sua interpretação e suas convicções. 
● A convicção judicial é formulada por meio do exame das provas apresentadas em 
juízo. 
 
 
Campo Fático 
 
● É ilustrado por meio daquilo que é informado ao magistrado. 
● O CPC prevê que o juiz determinará as provas necessárias ao julgamento do mérito, 
seja por requerimento das partes ou de ofício. 
● Pode ainda indeferir as diligências inúteis ou protelatórias. (art. 370) (obviamente 
cabe recurso a esse indeferimento) 
 
Finalidade da prova 
 
● Trazer autenticidade aos fatos que estão sob julgamento. 
● Formar a convicção do juiz. 
 
Princípios 
 
● Atipicidade dos meios de prova 
○ As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os 
moralmente legítimos, AINDA QUE não especificados na lei. 
○ Finalidade é provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a 
defesa e influir eficazmente na convicção do juiz. 
● Poderes instrutórios do juiz 
○ O juiz irá fixar as provas necessárias ao julgamento do mérito. 
○ A parte poderá requerer a prova, contudo, o magistrado poderá indeferir as 
que entender inúteis ou protelatórias. 
○ O juiz também poderá, de ofício, determinar a relação de provas, ainda que 
não requeridas pelas partes. 
● Convencimento motivado 
○ Persuasão racional confere ao magistrado liberdade para apreciar e valorar a 
prova. 
○ Confere ao magistrado liberdade para apreciar a prova. Não há hierarquia de 
provas. 
● Comunhão de provas 
○ As provas produzidas no processo são compartilhadas entre as partes 
envolvidas, embora seja dirigida principalmente ao magistrado para que ele 
possa formar a convicção e proferir a sentença de forma fundamentada. 
 
 
Prova Emprestada 
 
Conceito 
● (Ou prova trasladada) é a prova de um fato, que é produzida em determinado 
processo (por documentos, perícia, testemunhas, depoimento pessoal etc.), e levada 
a outra demanda por meio de certidão. 
● É o transporte da prova do primeiro para o segundo processo a fim de que seja 
utilizada como prova documental. 
● Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, 
atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório. 
 
Requisitos 
● a) produção regular no processo de origem; 
● b) observância do contraditório no processo de origem; 
● c) observância do contraditório no processo de destino. 
 
Admissão 
● É faculdade do juiz (discricionário) apreciar a prova emprestada, atribuindo o valor 
que entender razoável. 
 
Fatos que dependem de provas 
● Os relevantes, 
● Os controvertidos e 
● Os determinados (pelo juiz). 
 
Fatos que não dependem de provas 
 
Art. 374. Não dependem de prova os fatos: 
● I - notórios; 
○ De conhecimento geral, perceptível por qualquer pessoa de mediano 
entendimento. É suficiente a notoriedade relativa (local, regional, 
acontecimento histórico, datas históricas, fatos heróicos, situações 
geográficas) 
● II - afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária; 
 
● III - admitidos no processo como incontroversos; 
● IV - em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade. 
 
Produção antecipada da prova 
 
Art. 381. A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que: 
● I - haja fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a 
verificação de certos fatos na pendência da ação; 
● II - a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro 
meio adequado de solução de conflito; 
● III - o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação. 
 
Cabimento 
● a) Impossibilidade ou dificuldade para realização posterior; 
● b) Possibilidade de autocomposição ou outra solução do conflito 
● c) Conhecimento do fato possa justificar ou evitar a ação. 
 
Competência 
● Juiz do foro do local em que deve ser produzida a prova ou o foro do domicílio do 
réu. 
● PI: Deve constar da petição de prova antecipada a: 
○ a) indicação da razão que justifica o pedido; 
○ b) indicação dos fatos sobre os quais recairá a prova. 
 
Ônus estático da prova 
● Regra DE JULGAMENTO: artigo 373 do CPC 
● Cabe ao autor comprovar o fato constitutivo do seu direito e ao réu demonstrar a 
existência de fato que impeça, modifique ou extingue o direito do autor. 
 
Ônus dinâmico da prova (inversão) 
● Possibilidade de inversão do ônus da prova de acordo com as peculiaridades da 
causa, desde que fique demonstrado: 
○ (I) a excessiva dificuldade da parte de cumprir o encargo a ela imputado, ou 
○ (II) quando houver maior facilidade da outra parte obter a prova do fato 
contrário. 
 
● Necessário que o magistrado profira decisão fundamentada com as razões que o 
levaram a decidir nesse sentido. 
● De acordo com o STJ, o momento da inversão do ônus da prova é antes do 
julgamento da causa. 
● Inversão por consenso - CPC/2015 inovou ao prever ainda a hipótese da distribuição 
diversa do ônus da prova por meio de convenção das partes. (Art. 373 §3º) 
 
Princípio da Vedação da decisão surpresa 
● “Art. 10 do NCPC – O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base 
em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se 
manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.” 
 
Provas Legais 
 
● O CPC elencou algumas espécies de provas a serem produzidas 
● Rol exemplificativo (devido à atipicidade dos meios de prova) 
● Pode ter outros meios de provas desde que não transgridam o ordenamento jurídico 
brasileiro. 
 
Provas em espécie 
 
● Arts. 384-484 CPC 
● Trata-se da fase instrutória do processo 
● Consiste em direito fundamental: 
 
Documental 
 
● CPC arts. 405 ao 441 
● É a ESPÉCIE MAIS RELEVANTE 
● Oriunda de todas as coisas que são idôneas à documentação de um fato, 
narrando-o, representando-o ou reproduzindo-o. 
● Exemplos: contrato (revela o compromisso dos contratantes). DVD, CD, fotografia 
impressa ou digital, pen-drive, mensagens trocadas em redes sociais ou em 
aplicativos decelular, desenhos, escritos fiscais ou gravações. 
● É a representação física que visa corroborar o fato alegado pela parte. 
 
● Autêntica é a prova quando, após apresentada em juízo, não houver impugnação da 
parte contrária (art. 411 III CPC). 
 
Prova Testemunhal 
● Declaração, em juízo, de uma pessoa diversa das partes do processo, que tenha 
presenciado (por meio da visão ou audição) no passado, algum fato relevante sobre 
a questão a ser decidida no processo em que depõe. 
● Pode ser indeferida pelo juiz quando o objeto do depoimento já houver sido provado 
por confissão da parte ou por meio de documentos, ou quando o depoimento da 
testemunha não puder comprovar o fato em si. 
● Testemunha (quem pode ser) 
○ Qualquer pessoa pode ser testemunha. 
○ EXCETO: pessoas incapazes, impedidas ou suspeitas. 
■ incapazes: o acometido por enfermidade a ponto de não poder 
discernir os fatos ocorridos, o cego, o surdo, e o menor de dezesseis 
anos. 
■ Impedidos pela lei: o cônjuge, o companheiro, o ascendente e o 
descendente em qualquer grau e o colateral, até o terceiro grau, de 
alguma das partes, por consanguinidade ou afinidade, o que é parte 
na causa, e os sujeitos que intervém em nome de uma parte (tutor, 
representante legal da pessoa jurídica, o juiz, o advogado, etc). 
■ Suspeitos : inimigos da parte ou o seu amigo íntimo, e os que tiverem 
interesse no litígio. 
■ Há possibilidade de a parte contraditar a testemunha, arguindo-lhe a 
incapacidade, o impedimento ou a suspeição, bem como provar a 
contradita com documentos ou através de outras testemunhas. 
■ Ficando comprovado algum dos fatos arguidos (incapacidade, o 
impedimento ou a suspeição), o juiz dispensará a testemunha ou lhe 
tomará o depoimento como mera informante. 
 
Ata Notarial 
 
● Novidade trazida pela lei 13.105 de 2015. 
● Prova que certifica uma circunstância, um fato, através de um tabelião, sendo 
lavrada em um cartório notarial. 
 
● Certifica o estado do bem ou uma situação em si, naquele exato momento, 
equivalente a uma testemunha, não devendo ser registrado como o bem chegou 
àquele estado ou quem realizou aquela ofensa (autoria), pois não há como atestar 
fatos imperceptíveis a ótica do tabelião. 
● Documento produzido por um agente público, transmite veracidade quanto aos fatos 
contidos na sua narração. 
● Meio de autenticar a veracidade da existência de ofensas ao direito em data 
específica e local específicos. 
● EXEMPLOS: ofensa realizada pela internet, lavratura para certificar o estado de um 
imóvel no momento da entrega do bem para fins de rescisão contratual de aluguel. 
 
Pericial 
 
● Exame técnico, sob a supervisão de um profissional de uma área especializada QUE 
EMITE LAUDO TÉCNICO. 
● O laudo deve conter: exposição do objeto da perícia, análise técnica ou científica 
realizada pelo perito, indicação do método utilizado e a resposta conclusiva de todos 
os quesitos apresentados. 
 
Depoimento Pessoal 
 
● Aplica-se tanto ao Autor como ao Réu. 
● Ambos devem comparecer em juízo para esclarecer os pontos que lhe forem 
questionados. 
● O magistrado pode questionar a parte diretamente quando tiver dúvida quanto a um 
fato específico (linguagem corporal) 
● Parte não é obrigada a depor (NCPC) 
○ Rol taxativo: 
○ (I) fatos criminosos ou torpes que lhe forem imputados, 
○ (II) fatos a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo, 
○ (III) acerca dos quais não possa responder sem desonra própria, de seu 
cônjuge, de seu companheiro ou de parente em grau sucessível, ou 
○ (IV) que coloquem em perigo a vida, o depoente ou seus parentes. 
 
○ Obs.: a parte tem direito constitucional de não produzir prova contra si mas 
não pode se eximir do dever de colaborar com o Poder Judiciário para o 
descobrimento da verdade. 
 
Confissão 
 
● Ocorre a confissão (judicial ou extrajudicial) quando a parte admite a verdade de fato 
contrário ao seu interesse e favorável ao do adversário. 
● Muito utilizada historicamente (desde a inquisição Séc. XII), onde se aplicava a 
tortura como meio de forçar uma confissão do Réu, quando não houvesse certeza 
sobre a culpabilidade do acusado. 
● Os fatos confessados judicialmente não dependem de provas, sendo a confissão a 
prova suficiente contra a parte confitente. 
● Apesar de ser irrevogável, a lei prevê a hipótese de sua anulação quando decorrer 
de erro de fato ou coação. 
 
O direito de produzir prova 
 
Engloba o direito(prerrogativas): 
● De requerer sua produção 
● De participar da sua realização e o 
● De falar sobre os seus resultados. 
 
Direito fundamental de fazer​ ​prova 
 
● Associa-se aos princípios do contraditório e da ampla defesa. 
● A efetividade do direito à prova significa o reconhecimento da máxima 
potencialidade possível ao instrumento probatório para que as partes tenham 
amplas oportunidades para demonstrar os fatos que alegam. 
 
 
Princípio da atipicidade 
 
● Trata do direito à produção de provas (art. 369, CPC) 
● Podem ser produzidas provas: 
 
○ típicas: expressamente previstas lei 
○ atípicas: não dispostas em lei, desde que não contrariem as normas legais e 
morais. 
 
Finalidade das provas 
 
● Servem para que o juiz firme seu convencimento de qual parte tem razão em uma 
demanda. 
● Influenciar a decisão judicial, tendo neste ato uma conexão direta com os princípios 
constitucionais do contraditório e da ampla defesa (Inc. LV, artigo 5o, CF). 
 
Processo Cooperativo 
 
● Previsto no art. 378, CPC “ninguém se exime do dever de colaborar com o Poder 
Judiciário para o descobrimento da verdade”. 
● Não se trata de uma consideração apenas retórica ou de regra abstrata 
● Consiste na verdadeira imposição legal de colaboração em matéria de prova 
● É um dever geral. Todos estão subordinados a essa colaboração. 
 
Princípio da Cooperação 
 
● Os esforços devem ser de todos que atuam no processo 
● Necessidade de cooperação das partes para esclarecer as controvérsias por meio 
da produção de provas 
 
Teoria Dinâmica das Provas 
● Prevista no CPC, § 1o do art. 373 
● Consiste na possibilidade de o juiz distribuir o ônus da prova de forma diferenciada, 
passando o ônus à outra parte. 
 
 
Teoria dinâmica da distribuição do ônus da prova 
● Deve ser fundamentada. 
 
● Permite ao juiz uma maior flexibilização da regras dos ônus probatório, de acordo 
com seu próprio convencimento e conforme seja a situação particular das partes em 
relação à determinada prova verificada por ele mesmo no processo. 
 
Requisitos legais de validação 
 
● Previsto no § 1o do art. 373 do CPC: 
● Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à 
impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do 
caput ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz 
atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão 
fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir 
do ônus que lhe foi atribuído”. 
 
Obediência aos princípios 
 
● Isonomia 
● Contraditório 
● Cooperação (colaboração das partes envolvidas no processo), e 
● Primazia do julgamento de mérito (o art. 4o do CPC estabelece que as partes têm 
direito de obter em prazo razoável “a solução integral do mérito”) 
 
Princípio da Boa-fé 
 
● Presença da lealdade, honestidade, sinceridade, Maior comunicaçãoe cooperação 
de todos para que o procedimento aplicado seja produtivo. 
 
Princípio da Proteção 
 
● às pessoas hipossuficientes. 
 
Espécies de Provas 
 
● Documental (405 e seguintes) 
● Testemunhal (442 e seguintes) 
 
● Pericial (464 e seguintes) 
● Ata notarial (384) 
● Depoimento Pessoal (385 e seguintes) 
● Confissão(389 e seguintes ) 
● Exibição de documento ou coisa (396 e seguintes) 
● Inspeção judicial (481 e seguintes). Tornou-se meio típico de prova na legislação de 
1973 (arts. 440 a 443). 
 
Inspeção Judicial 
 
Utilizada sempre que há necessidade de o magistrado melhor avaliar ou esclarecer um fato 
controvertido. 
 
Objetivo 
 
● Meio de prova que visa possibilitar o contato direto do magistrado com pessoa, coisa 
ou lugar a fim de se esclarecer sobre fato que interesse decisão da causa. 
● Esclarecer fato que interesse à decisão da causa, ou seja, algum ponto controvertido 
que necessite ser elucidado. 
 
Momento 
 
● Não há um momento fixo para realização da inspeção judicial. 
● Pode ser determinada em qualquer fase do procedimento 
● É o juiz quem determina a inspeção e a fixação do objeto, extensão e metodologia 
da inspeção. 
● Desde que antes de proferida a sentença, seja por solicitação das partes ou por ato 
de ofício do juiz. 
● Art. 481. O juiz, de ofício ou a requerimento da parte, pode, em qualquer fase do 
processo, inspecionar pessoas ou coisas, a fim de se esclarecer sobre fato que 
interesse à decisão da causa. 
 
 
Questão de Prova 
 
 
(TRT 2“R/2015) 
Em relação à prova, julgue a proposição: A inspeção judicial é meio de prova em que o juiz 
pode inspecionar diretamente pessoas ou coisas desde que requerido expressamente pela 
parte interessada no momento oportuno. 
 
Resposta: A assertiva está incorreta. De acordo com o art. 481, do CPC, o juiz, de ofício ou 
a requerimento da parte, pode, em qualquer fase do processo, inspecionar pessoas ou 
coisas, a fim de obter esclarecimentos sobre fato que interesse à decisão da causa. 
 
Inspeção Judicial 
 
● A Inspeção pode ser feita em pessoas, coisas ou lugares. 
● Na maior parte das vezes, o juiz toma conhecimento dos fatos de forma indireta, por 
meio do depoimento de uma testemunha, da inquirição de um perito ou da 
apresentação de documentos pelas partes. 
● Mas a inspeção judicial, ao contrário, é forma pela qual o juiz toma ciência dos fatos 
diretamente. Por atuação própria e sem qualquer influência de outras pessoas. 
 
Meio subsidiário de prova 
 
● Presta-se para os casos em que percepção do julgador não pode ser obtida por 
outros meios comumente admitidos no processo. É o exame direto feito pelo 
magistrado serve para esclarecer, clarear determinado fato. 
 
Momento 
 
● A atuação ex officio normalmente ocorre quando do término da fase instrutória, 
depois de constatado que as provas já trazidas aos autos não permitiram a 
elucidação de fato controvertido. 
● É necessário que as partes e seus advogados sejam cientificados acerca da data 
designada para a realização da inspeção, assegurando-se, assim, o pleno exercício 
do contraditório e da ampla defesa. 
 
Com relação às pessoas 
 
 
● Tanto as partes quanto um terceiro podem servir como fonte de prova. Se houver 
recusa, o juiz não poderá constranger a pessoa a se submeter ao procedimento. 
Mas poderá valorar a recusa caso se trate de pessoa inserida na relação processual. 
● Cabe às partes cooperar para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de 
mérito justa e efetiva (art. 6o, CPC/2015), Eventual resistência à realização da prova 
pode ser utilizada em prejuízo da pessoa que seria objeto da inspeção. 
● A eventual resistência injustificada em colaborar para o andamento do processo 
pode configurar, ainda, hipótese de litigância de má-fé (art. 80, IV, CPC/2015). 
 
Inspeção de Terceiro 
● Depende de seu prévio consentimento 
● Terceiro não se submete aos mesmos deveres daqueles que integram a relação 
processual. 
● Há quem considere que diante da redação do art. 378 qualquer pessoa tem o dever 
de colaborar com o Poder Judiciário, situação que incluiu a submissão de terceiro à 
inspeção judicial. 
● CPC - Art. 378. Ninguém se exime do dever de colaborar com o Poder Judiciário 
para o descobrimento da verdade. 
 
Inspeção em Coisas 
 
● Podem ser móveis ou imóveis, nestes compreendidos os lugares. 
● Exemplos: (i) juiz de vara agrária faz inspeção em fazenda para verificar a 
possibilidade de instituição de servidão minerária direcionada à implantação de 
ramal ferroviário; (ii) em ação possessória o juiz verifica, após inspeção realizada em 
determinada propriedade, que o muro de arrimo sobre o qual foi erigida a edificação 
discutida em juízo não invade o terreno do autor. 
 
Procedimento 
 
● É mais comum que a inspeção seja realizada no curso do procedimento comum. 
Nada impede que a inspeção também ocorra no âmbito dos tribunais, seja no 
exercício da competência recursal ou da competência originária. 
● Assistência de outros peritos - possibilidade (art. 482, CPC/2015) 
 
● As partes também podem indicar seus assistentes para acompanhar as diligências 
efetivadas pelo magistrado. 
 
Lugar da inspeção 
 
● Art. 217, CPC/2015, “os atos processuais realizar-se-ão ordinariamente na sede do 
juízo, ou, excepcionalmente, em outro lugar em razão de deferência, de interesse da 
justiça, da natureza do ato ou de obstáculo arguido pelo interessado e acolhido pelo 
juiz”. 
 
Local 
 
● A inspeção judicial é ato processual que pode se realizar na sede do juízo ou fora 
dela, mas desde que dentro na competência territorial do juiz que irá prolatar a 
decisão. 
● O horário deve observar a regra do art. 212/CPC (dias úteis, das 6 às 20 horas.) 
● Inspeção fora do Juízo - exceção. Pode o juiz dirigir-se até onde se encontre a coisa 
ou a pessoa quando aquela, pela sua natureza (bem imóvel, por exemplo), não 
puder ser transportada à sede do juízo, ou, se puder, venha acarretar despesas ou 
graves dificuldades (art. 483, CPC/2015). 
● Com relação às pessoas, a regra é que elas compareçam à sede do juízo. Mas, 
diante das peculiaridades do caso concreto, a lei processual permite que o juiz 
dirija-se até o local onde se encontre a pessoa. (pessoa enferma) 
 
Carta Precatória 
 
● Impossibilidade de inspeção judicial por meio de carta precatória: não deve ser 
admitida. A realização desse ato por outro juízo desnaturaria a sua finalidade, 
impedindo o juiz que irá compor o conflito de ter contato direto com a pessoa ou 
coisa a ser inspecionada. 
 
Inspeção Judicial e presença das partes 
 
 
● Art. 483, § único, CPC/2015 Para a validade da prova, deve haver prévia notificação 
das partes. Havendo notificação, mas não havendo comparecimento, não deve se 
falar em nulidade. 
● Comparecimento das partes ou de seus assistentes é ato voluntário. Exige-se a 
ciência antecipada acerca do local e da data da realização da inspeção. 
 
Auto circunstanciado 
 
● Concluída a diligência, o juiz mandará lavrar auto circunstanciado, mencionando 
nele tudo quanto for útil ao julgamento da causa. 
● Parágrafo único. O auto poderá ser instruído com desenho, gráfico ou fotografia (art. 
484/CPC). 
● A ausência de auto circunstanciado, apesar de realizada a perícia, torna esse meio 
de prova sem valor. 
 
Em resumo: a inspeção judicial 
 
● Podeser determinada em qualquer fase do processo. 
● Volta-se para o exame de pessoas ou coisas para esclarecer ponto controvertido do 
processo. 
● O ato pode ser acompanhado por peritos. 
● A inspeção judicial pode ocorrer no juízo ou no local da coisa ou da pessoa se 
necessário à elucidação, se difícil apresentação ou se for determinada a 
reconstituição dos fatos. 
● Após a inspeção é lavrado auto circunstanciado. 
 
Exibição de documento ou coisa 
 
● Prevista nos artigos 396 a 404. CPC 
● O juiz pode ordenar que a parte exiba documento ou coisa que se encontre em seu 
poder. 
○ Dever da parte(379, III) 
○ A ordem de exibição do juiz deve ter destinatário e objetos certos. 
 
 
 
Finalidade da exibição 
● É constituir prova a favor de uma das partes. 
● Pode ser: prova direta, quando se trata, por exemplo, da exibição de um contrato; ou 
prova indireta, quando, por exemplo, se requer a exibição de um veículo acidentado 
para submetê-lo à perícia. 
 
Pedido de exibição 
● Formulado por uma das partes: feito por petição (pode ser na inicial, na contestação 
ou mesmo em caráter incidental na fase probatória), com os requisitos do art. 397, 
CPC 
● Deferida a exibição, procede-se à intimação da parte contrária, que pode adotar três 
atitudes distintas: fazer a exibição, permanecer inerte ou responder negando a 
existência do documento ou da coisa ou o dever de fazer a exibição. 
● Feita a exibição, o procedimento encerra-se. 
● Permanecendo inerte ou negando a existência do documento ou da coisa ou 
negando o dever de apresentá-lo, o juiz decidirá o pedido, depois de permitir ao 
requerente provar que as alegações do requerido não correspondem à verdade (art. 
398, CPC) 
● Julgando procedente o pedido de exibição, o juiz admitirá como verdadeiros os fatos 
que, por meio do documento ou da coisa, a parte pretendia provar (art. 400, CPC) 
 
Decisão interlocutória. 
 
● Possibilidade de medida coercitiva“sendo necessário, o juiz pode adotar medidas 
indutivas, coercitivas,mandamentais ou sub-rogatórias para que o documento seja 
exibido”. 
● Exemplos: imposição de multa e busca e apreensão 
 
Natureza mandamental 
 
● No que diz respeito ao pedido de exibição, a primeira providência é de natureza pura 
e simplesmente mandamental, consistente na determinação do juiz para que a parte 
exiba o documento ou coisa. 
● Descumprido o mandamento (ordem), podem-se reputar verdadeiros os fatos que, 
por meio do documento ou da coisa, a parte pretendia provar. 
 
 
Exibição requerida contra terceiro 
 
● Deferida a exibição, o terceiro é citado para responder no prazo de quinze dias (art. 
401/CPC) 
● Se o terceiro faz a exibição, encerra-se o procedimento. 
● Se o terceiro silencia, o juiz profere sentença, na qual, se julgar procedente o 
pedido, ordena o depósito do documento ou coisa em cinco dias (art. 403/CPC). 
● Se o terceiro contesta, negando a obrigação de exibir ou a posse do documento ou 
da coisa, procede-se à instrução do incidente (art. 402/CPC) e, em seguida, 
profere-se a decisão. 
 
Audiência de instrução e julgamento 
 
● Arts. 358-368 CPC. 
● É ato processual solene Serve, principalmente, para colheita da prova oral 
(depoimento de partes e/ou testemunhas). 
● Forma e função delimitadas no Código de Processo Civil, Capítulo XI, do Título I, 
nos artigos 358 a 368. 
 
Objetivo 
 
● Esclarecer questões em que não há consenso entre as partes. 
● Para que o Magistrado possa formar o seu livre convencimento e julgar a demanda 
da forma mais justa possível. 
 
Advogados 
 
● Exigência de boa argumentação jurídica, raciocínio rápido e improviso. 
● É forma dinâmica de audiência. 
 
Como se preparar para uma audiência de instrução e julgamento 
● 1 Ler obrigatória e integralmente o processo. 
● 2 Saber quais são as teses defendidas pelo Autor e Réu. 
● 3. Atentar ao Rol de Testemunhas 
 
○ As partes apresentam previamente o rol de testemunhas (exceção para o 
Juizado Especial Cível e Justiça do Trabalho). 
○ É importante ao advogado tomar conhecimento sobre estas pessoas para 
alegar, eventualmente, causas de impedimento e suspeição, como amizade 
íntima ou inimizade (as redes sociais podem ser boas aliadas). 
● 4 Ter segurança. Tranquilizar as testemunhas do seu cliente. 
○ Realizar uma reunião prévia. Explicar o procedimento. 
○ Simular a audiência de instrução e julgamento (ensaio). 
● 5. Observar Decisão Saneadora nos autos 
○ Antes de designar uma audiência de instrução e julgamento, o juiz já saneou 
o processo (357, CPC). 
○ Na decisão de saneamento, constarão os pontos controvertidos sobre os 
quais serão produzidas as provas. Obs. necessário atenção para que na 
audiência de instrução e julgamento não se realizem provas desnecessárias. 
● 6. Estar preparado para alegações finais 
○ As alegações finais são a última manifestação das partes ao final da 
audiência de instrução e antes da sentença. 
○ Em regra, sua apresentação é de forma oral. 
○ O advogado deve estar com a oratória em dia para demonstrar conhecimento 
do caso e apontar as situações mais relevantes para convencer o juiz da tese 
alegada. 
 
Audiência de Instrução e Julgamento 
 
● 1 - Juiz declara aberta a audiência e manda apregoar as partes, advogados e outras 
pessoas 
○ Art. 358 do CPC 
○ No dia e hora anteriormente designados pelo juiz, serão apregoadas as 
partes e seus advogados para dar início à a audiência de instrução e 
julgamento. 
● 2 - Tentativa de Conciliação 
○ Ao iniciar a audiência, o juiz deve, antes de passar à produção de provas, 
tentar conciliar as partes. A tentativa de conciliação pelo Magistrado ocorre 
independentemente de prévias soluções consensuais do conflito já aplicadas. 
 
○ Art. 359 do CPC/2015 – Instalada a audiência, o juiz tentará conciliar as 
partes, independentemente do emprego anterior de outros métodos de 
solução consensual de conflitos, como a mediação e a arbitragem. 
○ Mesmo que já tenha ocorrido em momento anterior uma audiência de 
mediação, conciliação e arbitragem, deve o Juiz realizar nova tentativa para 
solução do conflito entre as partes, por quaisquer técnicas indutoras de 
pacificação do conflito. 
 
Fragmentação da audiência de instrução e julgamento 
 
● Regra geral: É que a audiência de instrução e julgamento seja resolvida em um ato, 
sem interrupções. 
● Art. 365 do CPC/2015 – A audiência é una e contínua, podendo ser excepcional e 
justificadamente cindida na ausência de perito ou de testemunha, desde que haja 
concordância das partes. 
● Parágrafo único. Diante da impossibilidade de realização da instrução, do debate e 
do julgamento no mesmo dia, o juiz marcará seu prosseguimento para a data mais 
próxima possível, em pauta preferencial. 
 
Adiamento da audiência 
 
● Art. 362, CPC 
● Possibilita o adiamento da audiência de instrução e julgamento nas hipóteses ali 
previstas. 
● Por exemplo: convenção das partes ou ausência de testemunhas devidamente 
justificadas. 
 
A forma de questionamento no momento da inquirição 
 
● Art. 459 do CPC/2015 – As perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à 
testemunha, começando pela que a arrolou, não admitindo o juiz aquelas que 
puderem induzir a resposta, não tiverem relação com as questões de fato objeto da 
atividade probatória ou importarem repetição de outra já respondida. 
● Ordem das perguntas: advogados (advogado da parte que arrolou atestemunha 
depois o da parte contrária), membro do MP, juiz. 
 
● Excetuados os casos de jus postulandi,a palavra “parte” no artigo acima deve ser 
interpretada na forma de representação. Quem fará as perguntas diretamente à 
testemunha será o Advogado do caso e não propriamente a parte, seja Autora ou 
Ré. 
 
Possibilidade de gravação da audiência de instrução e julgamento 
 
● No § 6o, do artigo 367 do CPC está prevista a possibilidade de gravação da 
audiência de instrução e julgamento, respeitando as legislações específicas do 
tema. 
● Art. 367 do CPC/2015 – (...) § 6o – A gravação a que se refere o § 5o também pode 
ser realizada diretamente por qualquer das partes, independentemente de 
autorização judicial. 
● Atenção: mesmo sendo um ato público, eventuais gravações por qualquer das 
partes devem respeitar outros direitos específicos, como o direito de imagem, 
intimidade, por exemplo. 
 
Provas Novas 
 
● Audiência de instrução e julgamento é muito importante para uma ação judicial. 
● Podem ser produzidas provas importantes ao caso. Profissional deve estar atento. 
 
Em resumo 
● Art. 358. No dia e na hora designados, o juiz declarará aberta a audiência de 
instrução e julgamento e mandará apregoar as partes e os respectivos advogados, 
bem como outras pessoas que dela devam participar. 
○ O pregão ocorre no momento em que as partes são chamadas para entrar na 
sala de audiência. As testemunhas não são apregoadas nesse momento. 
Apenas se não houver a conciliação é que será necessária a produção da 
prova testemunhal. 
● Art. 359. Instalada a audiência, o juiz tentará conciliar as partes, independentemente 
do emprego anterior de outros métodos de solução consensual de conflitos, como a 
mediação e a arbitragem. 
○ No processo civil, a principal atividade do juiz é ainda a conciliação, 
buscando uma solução em que ambas as partes cheguem a um consenso e 
 
que tudo possa ser resolvido da melhor maneira possível, tanto é que, com o 
atual CPC, tornou-se obrigatória a audiência de conciliação. 
○ Nada impede que em uma audiência de instrução as partes cheguem a um 
acordo e o mesmo seja homologado pelo magistrado. 
○ Em relação ao lugar para sentar, o autor da demanda sempre se fará 
presente no lado direito do magistrado, esquerdo da mesa; e o réu sempre se 
fará presente no lado esquerdo do magistrado, direito da mesa. 
● Art. 360. O juiz exerce o poder de polícia, incumbindo-lhe: I - manter a ordem e o 
decoro na audiência; II - ordenar que se retirem da sala de audiência os que se 
comportarem inconvenientemente; III - requisitar, quando necessário, força policial; 
IV - tratar com urbanidade as partes, os advogados, os membros do Ministério 
Público e da Defensoria Pública e qualquer pessoa que participe do processo; V - 
registrar em ata, com exatidão, todos os requerimentos apresentados em audiência. 
○ O poder de polícia que trata o referido artigo, é o mesmo do Direito 
Administrativo, em que o magistrado deverá conduzir a audiência com 
amplos poderes, realizando o que for necessário, fiscalizando e organizando 
o processo. 
● Art. 361. As provas orais serão produzidas em audiência, ouvindo- se nesta ordem, 
preferencialmente: I - o perito e os assistentes técnicos, que responderão aos 
quesitos de esclarecimentos requeridos no prazo e na forma do art. 477, caso não 
respondidos anteriormente por escrito; Se o perito já apresentou por escrito a prova 
pericial, não há necessidade do comparecimento pelo mesmo na audiência. II - o 
autor e, em seguida, o réu, que prestarão depoimentos pessoais; III - as 
testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu, que serão inquiridas. Parágrafo único. 
Enquanto depuserem o perito, os assistentes técnicos, as partes e as testemunhas, 
não poderão os advogados e o Ministério Público intervir ou apartear , sem licença 
do juiz. 
○ Em resumo, quando houver perito, o mesmo deve ser ouvido por primeiro. 
Logo depois, há, por primeiro, o depoimento pessoal do autor e por segundo 
o do réu. Então, são ouvidas, primeiramente, as testemunhas arroladas pelo 
autor e logo a seguir, as testemunhas do réu. Toda vez que alguma pergunta 
for feita, a mesma poderá ser direcionada diretamente às testemunhas, 
conforme art. 459 CPC. 
● Art. 459. As perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à testemunha, 
começando pela que a arrolou, não admitindo o juiz aquelas que puderem induzir a 
 
resposta, não tiverem relação com as questões de fato objeto da atividade 
probatória ou importarem repetição de outra já respondida. 
○ Caso o magistrado indefira alguma pergunta, é possível pedir que tal 
indeferimento conste em ata. O pedido para que conste em ata serve para, 
em eventual recurso, que a parte tente comprovar alguma irregularidade, 
como, por exemplo, cerceamento de defesa. 
○ O advogado do autor não poderá fazer perguntas para o autor e o advogado 
do réu não poderá fazer perguntas para o réu quando houver o depoimento 
pessoal, uma vez que é o juiz que buscará o seu próprio convencimento. 
○ Porém, quando forem ouvidas as testemunhas, ambos os advogados podem 
fazer perguntas para todas as testemunhas, ou seja, o advogado do autor 
pode inquirir as testemunhas da parte contrária e vice-versa. 
● Art. 362. A audiência poderá ser adiada: I - por convenção das partes; II - se não 
puder comparecer, por motivo justificado, qualquer pessoa que dela deva 
necessariamente participar; III - por atraso injustificado de seu início em tempo 
superior a 30 (trinta) minutos do horário marcado. 
○ Caso passem 30 (trinta) minutos e o magistrado não tenha iniciado a 
audiência, devido a fato não justificado, poderá ser adiada. 
 
Revisão Processo de conhecimento 
 
Quadro explicativo 1 - Provas em Espécie 
Depoimento por provocação Interrogatório 
Objetivo é obter a CONFISSÃO Objetivo é obter ESCLARECIMENTOS 
Requerido pela parte contrária Determinado pelo juiz 
A parte é intimada PESSOALMENTE e sob 
as advertências de CONFESSO (385, §1o) 
A parte será intimada SEM PENA DE 
CONFESSO (art. 139, VIII) 
O ato é PERSONALÍSSIMO O ato admite representação 
Ocorre uma única vez Pode ocorrer quantas vezes forem necessárias 
Será realizado na audiência de instrução e 
julgamento 
Poderá ser realizado a qq momento e em 
qq grau de jurisdição 
 
Quadro explicativo 2 - Confissão 
 
 
CONFISSÃO RECONHECIMENTO DA PROCEDÊNCIA DO PEDIDO 
Recai sobre os FATOS Recai sobre o PEDIDO 
DISPENSA que fato seja provado, pois 
gera presunção de veracidade Resolve o mérito da causa (art. 487, III,a) 
 
Prova testemunhal 
 
Não podem depor como testemunhas 
● Incapazes, suspeitos e impedidos 
● Obs.: sendo necessário o juiz poderá admitir o depoimento das testemunhas 
menores, impedidas ou suspeitas. 
Número de testemunhas 
● Não pode ser superior a 10 sendo 3, no máximo, para provar cada fato. 
 
Prazo para apresentação do rol de testemunhas 
● O que o juiz fixar, não sendo superior a 15 dias 
 
Intimação das testemunhas 
● Cabe ao advogado da parte informar (comparecimento é espontâneo) ou intimar a 
testemunha por ele arrolada. 
 
Contradita das testemunhas arroladas 
● É lícito à parte contraditar a testemunha, arguindo-lhe incapacidade, impedimento oususpeição. 
 
Mapa das fases 
 
FASE POSTULATÓRIA 
 
● AUTOR APRESENTA PETIÇÃO INICIAL (PIA: 319 + 320 – 330CPC) 
● (REGRA) AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO (334) 
● RÉU APRESENTA CONTESTAÇÃO OU RECONVENÇÃO (335-343) 
○ REVELIA 
 
○ DEFESAS PROCESSUAIS 
○ DEFESAS DE MÉRITO 
 
FASE DO SANEAMENTO 
 
● PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES (via de regra, uma réplica)(350 - 351) 
○ RÉPLICA DO AUTOR 
● JUIZ VERIFICA SE É CASO DE EXTINÇÃO DO PROCESSO (354) 
● JUIZ VERIFICA SE COMPORTA JULGAMENTO ANTECIPADO DO MÉRITO 
● JUIZ PROLATARÁ DECISÃO DE SANEAMENTO E ORGANIZARÁ O PROCESSO 
(357) 
 
FASE DE INSTRUÇÃO 
 
● REGRA: AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO 
○ PRINCÍPIOS REFERENTES À PROVA 
 
FASE DECISÓRIA 
 
● JUIZ PROLATA A SENTENÇA (485/487). 
 
Sentença 
Conceito 
Em sentido amplo: 
● É ato jurídico por meio do qual o Poder Judiciário define em um determinado caso 
controvertido, mediante atividade cognitiva, o conteúdo da norma jurídica 
individualizada(ATIVIDADE CRIATIVA DO JUIZ), indicando os elementos da relação 
jurídica dela decorrente, seus sujeitos e seus objetos (RELATÓRIO DA SENTENÇA) 
● A sentença é um ato final. Para o autor, a sentença seria o ato do juiz que põe fim 
ao ofício de julgar, resolvendo ou não o mérito da causa. Um ato final as que não 
esgota a função jurisdicional no processo(FASE RECURSAL). 
● Deve ser identificada como o ato do juiz que põe fim a uma das fases do processo, 
seja resolvendo ou não o mérito da demanda. 
● Em resumo, sentença é o ato por meio do qual o juiz define, mediante atividade 
cognitiva, o conteúdo da norma jurídica individualizada, pondo termo a uma fase do 
 
processo em primeira instância, mediante a resolução ou não do mérito(PEDIDO) da 
demanda. 
● Conceito Legal 
○ Art. 203, §1o, CPC. Art. 203. Os pronunciamentos do juiz consistirão em 
sentenças, decisões interlocutórias e despachos.(ATOS DO JUIZ) 
○ § 1o Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, 
sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos 
arts. 485 e 487 , põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como 
extingue a execução. 
○ § 2o Decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial de natureza 
decisória que não se enquadre no § 1o. 
○ § 3o São despachos todos os demais pronunciamentos do juiz praticados no 
processo, de ofício ou a requerimento da parte. 
○ § 4o Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, 
independem de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e 
revistos pelo juiz quando necessário. 
○ Art. 204. Acórdão é o julgamento colegiado proferido pelos tribunais. 
 
Espécies 
 
● Sentença terminativa 
○ EFEITO: O AUTOR PODERÁ PROPOR NOVA DEMANDA 
○ FEZ COISA JULGADA FORMAL (NAQUELE PROCESSO) 
○ Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando: 
○ I - indeferir a petição inicial; 
○ II - o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das 
partes; 
○ III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor 
abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias; 
○ IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de 
desenvolvimento válido e regular do processo; 
○ V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa 
julgada; 
○ VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual; 
 
○ VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou 
quando o juízo arbitral reconhecer sua competência; 
○ VIII - homologar a desistência da ação; 
○ IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por 
disposição legal; e 
○ X - nos demais casos prescritos neste Código. 
 
● Sentença Definitiva 
○ EFEITO: O AUTOR NÃO PODERÁ PROPOR NOVA DEMANDA. 
○ FEZ COISA JULGADA FORMAL E MATERIAL (NAQUELE PROCESSO E 
FORA DO PROCESSO) 
○ Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz: 
○ I - acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou na reconvenção; 
○ II - decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou 
prescrição; 
○ III - homologar: 
○ a) o reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou na 
reconvenção; 
○ b) a transação; 
○ c) a renúncia à pretensão formulada na ação ou na reconvenção. 
 
Classificação Quanto Ao Conteúdo 
 
DECLARATÓRIA 
● Elimina uma crise de incerteza. 
● Declara a existência, inexistência ou modo de ser de uma relação jurídica. 
○ EXEMPLO: DECLARATÓRIA/INVESTIGATÓRIA DE PATERNIDADE. 
○ Efeito ex tunc - retroage 
 
CONSTITUTIVA 
● ALÉM DE declarar o direito, cria, modifica ou extingue uma relação jurídica. 
○ EXEMPLO: DIVÓRCIO (DIREITO POTESTATIVO) 
○ Efeito ex nunc – presente e futuro 
 
CONDENATÓRIA 
 
● Verifica um crise de inadimplemento(VIOLAÇÃO DO DIREITO SUBJETIVO) 
● ALÉM de declarar o direito, impõe - em razão de uma reprovação de conduta ilícita - 
à parte vencida, que causa dano, uma futura obrigação a justificar futura execução 
 
MANDAMENTAL 
● Impõe, mediante imposição de ordem, obrigação de fazer ou não fazer, dependem 
da participação da parte vencida. 
● Medida de coerção, em regra, multa. 
 
Elementos 
 
Art. 489. São elementos essenciais da sentença: 
● I - o relatório, que conterá os nomes das partes, a identificação do caso, com a suma 
do pedido e da contestação, e o registro das principais ocorrências havidas no 
andamento do processo; 
○ (RELATÓRIO - Deve conter os nomes das partes, a identificação do caso, 
com o resumo do pedido e da contestação, e o registro das principais 
ocorrências havidas no andamento do processo). 
● II - os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito; 
○ (FUNDAMENTAÇÃO - o juiz analisa as questões de fato e de direito) 
● III - o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões principais que as partes lhe 
submeterem. 
○ (DISPOSITIVO - o juiz afirma se acolhe ou não pedido do autor e, em caso 
de acolhimento, o que deve ser feito para que o direito material seja 
efetivamente realizado. É o comando que rege a vida das partes e exprime 
como essas devem se comportar diante do caso concreto. Princípio da 
congruência/limitar-se ao pedido do autor)

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