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JOÃO VICENTE DE AQUINO JUNIOR

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JOÃO VICENTE DE AQUINO JUNIOR
RA: 8009408
ATIVIDADE PORTFÓLIO SOBRE BIOÉTICA
QUESTÃO DO ABORTO 
Trabalho apresentado ao CLARETIANO para a disciplina Bioética, do Curso de Licenciatura em Filosofia, ministrado pelo Tutor Alessandro Reina
São Carlos
2017
Introdução
O tema do aborto é, dentre a totalidade das situações analisadas pela Bioética, aquele sobre o qual mais se tem escrito, debatido e realizado congressos científicos e discussões públicas. A problemática do aborto é um exemplo nítido tanto da dificuldade de se estabelecer diálogos sociais frente a posições morais distintas quanto do obstáculo em se criar um discurso acadêmico independente sobre a questão, uma vez que a paixão argumentativa é a tônica dos escritos sobre o mesmo. 
Para um não-iniciado, a maior dificuldade ao ser apresentado à literatura relativa ao aborto é discernir quais são os argumentos filosóficos e científicos consistentes dentre a infinidade de manipulações retóricas que visam apenas arrebatar multidões para o campo de batalha travado sobre o aborto.
O ARGUMENTO DA DEFESA DA VIDA
Fala-se de aborto terapêutico como sendo aborto eugênico, deste como aborto seletivo ou racista, numa cadeia de definições intermináveis que gera uma confusão semântica aparentemente intransponível ao pesquisador. 
No entanto, ao invés de se deixar abalar pela diversidade conceitual, o primeiro passo de uma pesquisa sobre o aborto é desvendar quais pressupostos morais estão por trás das escolhas.
Sustento que o único argumento razoável é que o não-nascido é já pessoa humana todo ser humano individual deve ser visto como uma pessoa, uma lei justa e ética médica decente que impeça a morte dos não-nascidos não podem admitir a exceção "para salvar a vida da mãe".
A Igreja não pode renunciar a uma posição firme e convicta contra o aborto, não pode negociar a verdade, porém, pode exercitar a tolerância e a compreensão e levar a verdade através do diálogo.
. “Ao chegar à plenitude dos tempos, enviou Deus o seu Filho, nascido duma mulher, Gálatas (4, 4)
O Apóstolo Paulo une entre si os momentos principais que determinam essencialmente o cumprimento do mistério “preestabelecido em Deus este acontecimento conduz ao ponto chave da história do homem sobre a terra, entendida como história da salvação. Precisamente essa “mulher” está presente no evento salvífico central, que decide da “plenitude dos tempos”: esse evento realiza-se nela e por seu meio (JOÃO PAULO II, Cap. II).
Deus quis encarnar, e para isso pediu permissão a Maria o anjo diz: “Alegra-te, cheia de graça!” Trata-se da alegria messiânica, a alegria que todos os que se encontram com o Senhor a abraçarem sua vida sentiriam, a alegria que será plena no Reino definitivo. “A mãe de Jesus responde ao anjo com toda a sua liberdade, assumindo a honrosa e árdua missão de ser mãe de Deus”. A partir de então encontrou muitas dificuldades em sua vida, ficando entre a aceitação e a rejeição, entre os aplausos e o vexame social.
Se Maria desejasse viver em uma zona de conforto, jamais seria escolhida. O bebê, enquanto se desenvolvesse em seu útero, estaria protegido, mas quando fosse expulso para o útero social perderia todo o conforto. Passaria pelos relevos acidentados das dificuldades, pelos desertos mais cáusticos das frustrações. Riscos e mais riscos era a palavra de ordem na biografia de Jesus. Se Maria tivesse medo dos eventos da vida, não estaria apta para educar o menino Jesus. Se ela, como muitos pais, fosse escrava do medo do futuro, seria despreparada para educar o homem que mais correria riscos na História (CURY, 2007, p.14-15).
Maria aceitou participar do sonho de Deus, que se tornou seu próprio sonho. 
Para exprimir a fé compreendida de Maria na obra da salvação, o Concílio usa todo um vocabulário ativo, como “aceitação”, “contribuiu”, “Ela mesma responde”, “consentindo”, “se fez mãe”, “abraçando a vontade salvífica”, “com coração pleno”, “consagrou-se totalmente”, “não... 
“Instrumento meramente passivo”, “cooperando”, “com livre fé”, “causa de salvação”, “obediência”, “desligou pela fé” (BOFF, 2012, p.100). Um exemplo de superação foi deixado por Maria, que, rejeitada pela sociedade da época e pelo seu noivo, não desistiu de proteger a vida do seu filho em seu ventre.
Conclusão 
A maternidade de Maria torna visível o amor paternal-maternal de Deus, com o exercício de relações enriquecidas por acolhimento, ternura, atenção, proteção, cuidado, desprendimento e energia que alimenta e ajuda a crescer. 
Alguns traços do amor, considerados até hoje como características maternas, necessitam ser cultivados por todos nós, homens e mulheres, tendo em vista que respondem a anseios humanos vitais. À medida que o cristão, leigo ou consagrado, exercita esses traços maternos de todo amor humano, mostra ao mundo, como Maria o fez, o rosto misericordioso de Deus, a sua beleza e o seu encanto. 
Faz parte do âmbito do transcendente, do divino, do extra-humano, onde habitam Deus e os santos, e, ao mesmo tempo, se mantém próxima das pessoas humanas, como mãe amorosa, que ouve e atende aos clamores dos seus filhos. Infere-se, assim, que apresentar uma visão completa sobre o aborto na Igreja só é possível a partir de um delicado e virtuoso equilíbrio: rejeitar com firmeza o ato em si e acolher com misericórdia a mulher que praticou o ato.
Referencias :
(http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=s0009-67252012000200012&script=sci_arttext) texto de referencia, Claretiano 
JOÃO PAULO II. Carta Apostólica Mulieris Dignitatem.
CURY, Augusto Livro. Maria, a maior educadora da História. São Paulo: Planeta do Brasil, 2007.
BOFF, Clodovis. Introdução à Mariologia. São Paulo: Vozes, 2012.
Mariologia social: o significado da Virgem para a sociedade. São Paulo: Paulus, 2006.
CNBB. Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Campanha da Fraternidade 2008 – Texto base. São Paulo: Salesiana, 2008.

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