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DIREITO CONSTITUCIONAL II

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DIREITO CONSTITUCIONAL
Patricia
CÂMARA DOS DEPUTADOS
Composição
A Câmara dos Deputados é composta por representantes do povo, deputados federais eleitos que manifestam a vontade do povo. (art.45)
Eleição e número de deputados
A eleição se dá pelo sistema proporcional
Será proporcional à população de cada Estado e do Distrito Federal, não podendo cada Estado e o DF ter menos do que 8, nem mais do que 70 deputados (art.45, § 1°). 
Caso seja criado algum território federal, ele elegerá um número fixo de 4 Deputados Federais ( art. 45, § 2°)
O número total de Deputados Federais é de 513 (LC, n° 79/93)
Mandato
O mandato de cada Deputado é de 4 anos (art.44, parágrafo único)
SENADO FEDERAL 
Composição
É composto por representantes dos Estados e do DF. Os territórios federais não têm representação do Senado Federal, por não terem autonomia federativa (art. 46) 
Os Senadores são eleitos pelo povo de acordo com o Princípio Majoritário, vai ser eleito o candidato que obtiver o maior número de votos. 
Eleição
Cada Estado e o DF elegerão três Senadores, com mandato de 8 anos (art. 46, § 1°). O Senador será eleito com dois suplentes (at. 46, § 3°)
Contamos com um total de 81 Senadores (26 Estados + DF)
Renovação dos Senadores
Serão renovados de quatro em quatro anos, alternadamente, por um e dois terços (art. 46, § 2°)
Exemplo: vamos supor que em 2010, foi eleito o Senador A, para cumprir um mandato de 8 anos, então 2011 a 2018. Em 2011, já tínhamos 2 senadores, B e C, eleitos em 2006 e que começaram a cumprir o mandato em 2007, ou seja, de 2007 a 2014. Então em 2011, B e C já tinham cumprido 4 anos de mandato deles, mas ainda faltavam 4 anos pra cumprir. De 2010 pra 2011, rolou uma renovação de ⅓, 1 de 3 senadores. 
Em 2014, acabam os mandatos dos Senadores B e C, mas o Senador A, que foi eleito em 2010, vai estar na metade do mandato dele. Em 2014, rola uma renovação de ⅔, ou seja, os Senadores B e C saem e entram 2 novos para um mandato de 8 anos.
MAIORIA SIMPLES
Art. 47. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas Comissões serão tomadas por maioria dos votos (maioria simples/relativa), presente a maioria absoluta de seus membros.
Em regra nas casas do Congresso Nacional a maioria necessária para se tomar uma decisão, para aprovar um projeto de lei, é a maioria simples, a maioria dos votos. Desde que estejam presentes pelo ou menos a maioria absoluta daquela respectiva casa. 
⟶ Maioria/maioria simples/maioria relativa: primeiro número inteiro acima da metade dos parlamentares presentes no Congresso Nacional. Para começar uma votação de maioria simples, no entanto, é necessário que no mínimo a maioria absoluta esteja presente.
Para as reformas constitucionais, a maioria simples será 3/5 do total (3/5 de 513 na câmara, e 3/5 de 81 no senado).
⟶ Maioria absoluta/maioria dos membros: é o primeiro número inteiro acima da metade dos parlamentares existentes no Congresso Nacional. Será sempre, fixo, 257 para a câmara e 41 para o senado. 
DA CÂMARA DOS DEPUTADOS
NÃO EXIGE SANÇÃO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados:
I - autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado;
II - proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa;
III - elaborar seu regimento interno;
IV - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias;
V - eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII.
*Sessão legislativa/ordinária: período anual em que o CN se reúne, com início em 2 de fevereiro a 17 de junho e de 1 de agosto a 22 de dezembro. Cada legislação se compõe por 4 sessões legislativas. 
COMPETÊNCIAS PRIVATIVAS DO SENADO
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:
I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos com aqueles;
II - processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União nos crimes de responsabilidade;
III - aprovar previamente, por voto secreto, após argüição pública, a escolha de:
a) magistrados, nos casos estabelecidos nesta Constituição;
b) Ministros do Tribunal de Contas da União indicados pelo Presidente da República;
c) Governador de Território;
d) presidente e diretores do Banco Central;
e) Procurador-Geral da República;
f) titulares de outros cargos que a lei determinar;
IV - aprovar previamente, por voto secreto, após argüição em sessão secreta, a escolha dos chefes de missão diplomática de caráter permanente;
V - autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios;
VI - fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da dívida consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
VII - dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo poder público federal;
VIII - dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em operações de crédito externo e interno;
IX - estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
X - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal;
XI - aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da República antes do término de seu mandato;
XII - elaborar seu regimento interno;
XIII - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias;
XIV - eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII.
XV - avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema Tributário Nacional, em sua estrutura e seus componentes, e o desempenho das administrações tributárias da União, dos Estados e do Distrito Federal e dos Municípios.
Parágrafo único. Nos casos previstos nos incisos I e II, funcionará como Presidente o do Supremo Tribunal Federal, limitando-se a condenação, que somente será proferida por dois terços dos votos do Senado Federal, à perda do cargo, com inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis.
DAS REUNIÕES
Sessão legislativa ordinária 
Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro. 
Uma única sessão ordinária compreende 2 períodos: 02/02 a 17/07 e 01/08 a 22/12.
Há também o período de recesso, onde os parlamentares não se reúnem: 18/07 a 31/07 e 23/12 a 01/02. Caso haja necessidade de se reunirem, eles serão convocados extraordinariamente. 
Sessão extraordinária 
São aquelas realizadas fora do horário preestabelecido para apreciar matéria determinada ou concluir a apreciação do que já tenha tido discussão iniciada.
§ 6º A convocação extraordinária do Congresso Nacional far-se-á:
I - pelo Presidente do Senado Federal, em casode decretação de estado de defesa ou de intervenção federal, de pedido de autorização para a decretação de estado de sítio e para o compromisso e a posse do Presidente e do Vice-Presidente da República;
II - pelo Presidente da República, pelos Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal ou a requerimento da maioria dos membros de ambas as Casas, em caso de urgência ou interesse público relevante, em todas as hipóteses deste inciso com a aprovação da maioria absoluta de cada uma das Casas do Congresso Nacional. 
É vedado o pagamento de parcela indenizatória.
Sessão conjunta
Artigo 57, § 3°, CRFB/88: prevê os casos nos quais a Câmara e o Senado vão se reunir em sessão conjunta. A sessão conjunta vai acontecer com o propósito de: 
Inaugurar sessões legislativas
Elaborar regimento comum
Conhecer do veto e sobre ele deliberar
Receber o compromisso do Presidente e do Vice da República
Somente serão abertas com a presença de 1/6 dos membros de cada casa do CN.
Sessão preparatória
A sessão legislativa ordinária começa em 2 de fevereiro, mas de acordo com o §4° do art. 57, cada uma das casas vai se reunir no dia 1° de fevereiro no primeiro ano da legislatura em sessões preparatórias. Assim, o recesso parlamentar vai ter 54 em vez de 55 dias, por conta da sessão preparatória.
Composição da mesa: as mesas diretoras de cada casa exercem funções administrativas (de polícia, execução e administração), são compostas pelo Presidente, dois Vices- presidentes, quatro secretários e quatro suplentes, podendo sua composição ser alterada pelos regimentos. De acordo com o §1° do art. 58, a representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares de cada casa deve ser respeitada. 
§ 5º A Mesa do Congresso Nacional será presidida pelo Presidente do Senado Federal, e os demais cargos serão exercidos, alternadamente, pelos ocupantes de cargos equivalentes na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.
Presidente = SENADO
Vice- presidente = CÂMARA
2° Vice- presidente = SENADO
1° Secretário = CÂMARA
2° Secretário = SENADO
3° Secretário = CÂMARA
4° Secretário = SENADO
COMISSÕES PARLAMENTARES
Grupos de parlamentares que vão discutir um determinado projeto ou assunto, pra tentar chegar num consenso. Esse consenso vira um parecer que vai orientar o Plenário na apreciação da matéria. 
Duração: 
Permanentes: não se extinguem com o término do legislativo.
Temporárias: são constituídas com um prazo de duração que se estende no máximo pelo período da legislatura.
Composição:
Unicamerais: formada por membros de apenas uma das casas.
Mistas: formada por membros de ambas as casas. Podem ser paritárias (mesmo número de deputados e senadores, ex: medida provisória e vetos) ou não paritárias.
Existem cinco tipos de comissão:
A temática ou em razão da matéria (permanente) - art. 58, § 2°
As comissões temáticas se estabelecem em razão da matéria e são permanentes. 
O §2° do artigo 58 vai dizer pra que servem essas comissões: 
§ 2º Às comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe:
I - discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do regimento, a competência do Plenário, salvo se houver recurso de um décimo dos membros da Casa;
II - realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil;
III - convocar Ministros de Estado para prestar informações sobre assuntos inerentes a suas atribuições;
IV - receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas;
V - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;
VI - apreciar programas de obras, planos nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento e sobre eles emitir parecer.
A comissão especial ou temporária (RI)
As comissões especiais são criadas pra apreciar uma matéria específica. Elas se extinguem com o término da legislatura ou se a finalidade pra qual ela foi criada for cumprida.
A comissão mista
São formadas por Deputados e por Senadores, com intuito de apreciar os assuntos que precisam ser examinados em sessão conjunta pelo Congresso Nacional. Elas podem ser permanentes ou temporárias. 
A representativa (durante o recesso)- art. 58, § 4º
§ 4º Durante o recesso, haverá uma Comissão representativa do Congresso Nacional, eleita por suas Casas na última sessão ordinária do período legislativo, com atribuições definidas no regimento comum, cuja composição reproduzirá, quanto possível, a proporcionalidade da representação partidária.
Só se constitui durante o recesso parlamentar. Ela é eleita pela Câmara e pelo Senado, na última sessão legislativa ordinária do período legislativo, e precisa respeitar a proporcionalidade de representação partidária. 
Parlamentares de Inquérito (CPI)- art. 58, § 3º
§ 3º As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.
Poderes
As CPIs têm poderes de investigação próprios das autoridades judiciais e outros previstos nos Regimentos internos. A CPI realiza uma verdadeira investigação que é materializada no inquérito parlamentar. Esse inquérito se qualifica como um procedimento jurídico-constitucional que tem autonomia e finalidade própria. A CPI pode determinar por autoridade própria a quebra de sigilo fiscal, bancário, de dados, inclusive telefônicos. 
Poderes de investigação x separação de poderes
O princípio da separação de poderes limita a atuação parlamentar e nesse sentido a CPI não tem poderes para investigar atos de conteúdo jurisdicional. A CPI não pode então rever os fundamentos de uma sentença judicial. A CPI não pode praticar determinados atos de jurisdição atribuídos exclusivamente ao Poder Judiciário. 
Criação
Serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros (171 deputados e 27 senadores).
Objeto
A CPI vai se instaurar para apurar um fato determinado, este fato é o objeto da CPI. Diante de um mesmo fato, pode ser criada CPI tanto na Câmara quanto no Senado. A investigação pode ainda ser conduzida pelo Judiciário, por outros órgãos ou até por CPIs nos outros entes federativos, desde que haja interesse comum e cada um atue nos limites das suas competências. 
Prazo
A CPI como uma comissão temporária, deve ser criada por prazo certo. Ela pode ser extinta pela conclusão da sua tarefa, término do prazo, término da sessão legislativa ordinária. A CPI deve ter prazo de 120 dias, podendo ser prorrogado por até metade, ou seja, mais de 60 dias, e também pode ocorrer durante o recesso parlamentar. 
Conclusões
Sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores. As CPIs não podem nunca impor penalidades ou condenações. 
IMUNIDADES PARLAMENTARES
A imunidade parlamentar é uma prerrogativa, própria da função parlamentar. Ela garante o exercício do mandato parlamentar com liberdade total. Essas prerrogativas se dividem em dois tipos: 
Imunidade material: 
Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos.
Este artigo garante, então, que os parlamentares federais são:
- Invioláveis civil e penalmente
- Por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos
- Desde que proferidas em razão de suas funções parlamentares
- No exercício e relacionados ao mandato
- Não se restringindo ao âmbito do Congresso Nacional
Imunidade formal
Está relacionada à prisão dos parlamentares e ao processo a ser instaurado contra eles. É necessário saber em que situações osparlamentares são presos e se vai ser possível instaurar processo contra eles. São dois tipos: 
Imunidade formal para prisão
Art 53 § 2º Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão.
Os parlamentares passam a ter imunidade formal para a prisão a partir do momento em que são diplomados pela Justiça Eleitoral. Passa a valer antes mesmo da posse, que é um ato público e oficial.
Hipóteses de prisão
Regra: parlamentares não poderão ser presos, seja a prisão penal ou a prisão civil.
Exceção: a prisão do parlamentar federal é permitida em caso de flagrante de crime inafiançável. Nesta hipótese os autos devem ser remetidos à Casa Parlamentar respectiva no prazo de 24 horas para que, pelo voto da maioria absoluta dos membros da casa, seja resolvida a prisão. Então, a aprovação da Casa Legislativa é condição necessária para manutenção da prisão já realizada se mantém ou não. 
Imunidade forma para o processo
Antes da Emenda 35/2001 os parlamentares não podiam ser processados sem a prévia licença da Casa. Em muitos casos essa licença não era deferida e eram muitas as situações de impunidade. Com as mudanças o Ministro do STF pode receber uma denúncia oferecida sem a licença prévia da Casa Parlamentar.
Não é mais necessário o pedido prévio de licença para que um parlamentar federal seja processado no STF. Não existe mais imunidade processual em relação a crimes praticados antes da diplomação.
Prerrogativa de foro (foro privilegiado)
Art 53. § 1º Os Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal. 	 
Os deputados e senadores que cometerem qualquer tipo de crime, seja crime comum, crime contra a vida, crime eleitoral ou contravenção penal vão ser submetidos a julgamento perante o STF. 
Sigilo de fonte
§ 6º Os Deputados e Senadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações. 
Os parlamentares não têm o dever de informar quem deu determinadas informações ou de que maneira as informações foram obtidas.
Incorporação de Deputados e Senadores às Forças Armadas
§ 7º A incorporação às Forças Armadas de Deputados e Senadores, embora militares e ainda que em tempo de guerra, dependerá de prévia licença da Casa respectiva. 
Os senadores e deputados precisam de licença prévia do senado ou câmara para que se incorporem às forças armadas. 
Imunidades durante estado de sítio ou de defesa
§ 8º As imunidades de Deputados ou Senadores subsistirão durante o estado de sítio, só podendo ser suspensas mediante o voto de dois terços dos membros da Casa respectiva, nos casos de atos praticados fora do recinto do Congresso Nacional, que sejam incompatíveis com a execução da medida. 
Os parlamentares não perdem suas imunidades durante o estado de sítio e o estado de defesa. As imunidades podem ser suspensas mediante o voto de ⅔ dos membros da respectiva casa, nos casos previstos na Constituição. 
Renúncia
As imunidades parlamentares são irrenunciáveis. As imunidades decorrem da função exercida e não da figura do parlamentar, por isso elas não podem ser renunciadas. As imunidades não se estendem aos suplentes. Elas não são garantias da pessoa, elas são garantias do cargo. 
INCOMPATIBILIDADE E IMPEDIMENTOS DOS PARLAMENTARES FEDERAIS
Em razão da função que eles exercem, os parlamentares não podem exercer algumas atividades, nem podem ter determinados comportamentos. 
Art. 54. Os Deputados e Senadores não poderão:
I - desde a expedição do diploma:
a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades constantes da alínea anterior;
II - desde a posse:
a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada;
b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades referidas no inciso I, a;
c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I, a;
d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo.
PERDA DE MANDATO
Cassação do mandato
Art. 55 
 I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior; (art.54)
II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar;
VI - que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado. 
§ 2º Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato será decidida pela Câmara dos Deputados ou pelo Senado Federal, por maioria absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa.
Extinção de mandato
III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada;
IV - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos; 
V - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos nesta Constituição; 
§ 3º Nos casos previstos nos incisos III a V, a perda será declarada pela Mesa da Casa respectiva, de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa.
§ 4º A renúncia de parlamentar submetido a processo que vise ou possa levar à perda do mandato, nos termos deste artigo, terá seus efeitos suspensos até as deliberações finais de que tratam os §§ 2º e 3º.
REGIME DE URGÊNCIA CONSTITUCIONAL (ART.64 §1°)
♦ O presidente da República pode solicitar urgência na apreciação a ser realizada pelos congressistas. A discussão começa na Câmara dos Deputados. A discussão deve ser apreciada em 45 dias pela Câmara, depois seguindo para o Senado Federal que também vai ter 45 dias para apreciação da matéria. Se a Câmara e o Senado não respeitarem esses prazos, as demais deliberações legislativas vão ter seus prazos suspensos, exceto aquelas que tenham prazo determinado constitucionalmente. 
♦ Em caso de emenda pelo Senado, a apreciação da emenda vai ser feita no prazo de 10 dias pela Câmara dos Deputados. 
♦ O procedimento sumário tem então prazo máximo de 100 dias, 45 dias em cada casa + 10 dias em caso de emenda do Senado a ser apreciada pela Câmara dos Deputados.
♦ Esses prazos não correm durante o período de recesso do Congresso Nacional
Deliberação executiva
Assim que a fase de discussão e votação termina e o projeto de lei é aprovado, ele precisa ser encaminhado para apreciação do Chefe do Executivo. Uma vez que o presidente recebe o projeto de lei, ele vai sancionar o projeto ou vetá-lo. 
♦ Quando o presidente concorda com o projeto de lei, ele vai sancioná-lo.
♦ Sanção é a mesma coisa que aceitação, que anuência. É nesse momento em que o projeto de lei se transforma em lei.
A sanção pode ser:
Expressa: quando o presidente deliberadamente manifesta a sua concordância
Tática: quando o presidente não se manifesta no prazo de 15 dias úteis. O silêncio nesse caso provoca a sanção.
Este prazo não está previsto expressamente, mas considerando que o presidente tem 15 dias para vetar o projeto de lei e que seu silêncio durante esse período provoca a sanção, a gente entende que o prazo de sanção é de 15 dias.
♦ Nem todos os projetos são sancionáveis, uma vez que não cabe sanção aos projetos de emenda Constitucional. Em caso de discordância com o conteúdo do projeto de lei por entendê-lo inconstitucionalou contrário ao interesse público, o Presidente pode vetar o projeto, totalmente ou parcialmente. 
♦ O prazo de veto é de 15 dias úteis, contados da data do recebimento do projeto de lei. Ele pode ser parcial ou total. 
♦ Veto parcial só abrange texto integral de: 
Artigo
Parágrafo
Inciso
De alínea
O congresso só analisa a parte vetada. A parte não vetada pode entrar em vigor em um momento anterior à entrada em vigor da parte vetada. 
♦ O presidente precisa comunicar ao Presidente do Senado Federal os motivos do veto no prazo de 48 horas. O presidente pode vetar o projeto se entender que ele é:
Inconstitucional (veto jurídico)
Contrário ao interesse público (veto político)
O veto precisa ser sempre expresso. Mas pode ser superável ou relativo, já que pode ser ser derrubado pelo Parlamento. Ele também é irretratável, já que depois que os motivos são encaminhados para o Senado, o Presidente não pode se retratar. Se o Presidente simplesmente vetar o projeto sem explicar os motivos do seu ato, a gente vai estar diante da inexistência do veto, e os efeitos vão ser os da sanção, que no caso vai ser tácita. 
♦ Uma vez sancionado o projeto de lei, ele passa para a fase de promulgação e publicação. 
♦ Existindo o veto, ele deverá ser apreciado em sessão conjunta da Câmara e do Senado, dentro de 30 dias a contar do recebimento.
♦ Os deputados e senadores por maioria absoluta podem rejeitar o veto, o que produz os efeitos da sanção. Se o veto for derrubado, o projeto deve ser enviado ao Presidente para promulgação. Se o veto for mantido, o projeto vai ser arquivado e deve ser aplicada a regra do art. 67 que impõe a aplicação do princípio da irrepetibilidade. 
PROMULGAÇÃO
A lei deve ser promulgada (atestado de existência válida da lei- nascimento da lei) pelo Presidente da República no prazo de 48 horas. Se isso não acontecer, a promulgação passa a caber ao presidente do senado. Se ele também não promulgar, passa para o vice-presidente do senado.
PUBLICAÇÃO
É a publicação que faz com que o conteúdo da nova lei seja levado a conhecimento de todos, e é a partir dela que estabelecemos o momento em que o cumprimento da lei deverá ser exigido. A regra geral é a de que a lei começa a vigorar em todo o país em 45 dias depois da publicação oficial, salvo disposição expressa em contrário.
Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando for admitida, começa 3 meses depois da publicação oficial.
MEDIDA PROVISÓRIA
Ato normativo com força de lei aplicado em casos de relevância e urgência. Produz efeitos por um período determinado e deve ser submetida ao CN imediatamente. É submetida ao mesmo quórum da lei ordinária.
♦ Competência: Presidente da República
♦ Prazos: devem ser convertidas em lei no prazo de 60 dias, ou perdem a eficácia, desde o momento da edição. Esse período pode ser prorrogado uma vez por mais 60 dias, caso a votação não tiver sido encerrada nas duas casas legislativas. Se depois desses 120 dias a medida não for convertida em lei, perde sua eficácia.
♦ O prazo deve ser contato desde a publicação da medida provisória, e é suspenso durante os períodos de recesso do Congresso Nacional. 
♦ Se a medida provisória não for apreciada em até 45 dias, ela entra em regime de urgência nas duas casas, ficando suspensas as outras deliberações legislativas. 
♦ As medidas provisórias terão sua votação iniciada na Câmara dos Deputados 
♦ Caberá à comissão mista de deputados e senadores examinar as medidas e sobre elas emitir parecer, antes de serem apreciadas.
♦ É vedada a reedição na mesma sessão legislativa, de medida que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo.
Uma vez adota a medida provisória pelo Presidente o congresso nacional pode: 
Aprovar sem alteração
É publicada no diário oficial pelo presidente do Senado
Aprovar com alteração
É possível apresentar emendas ao texto original do presidente. A outra casa examina, e leva para o presidente para sancionar ou vetar, seguindo o processo legislativo comum.
Não apreciar a medida (rejeitar tacitamente)
Perde eficácia
Rejeitar expressamente
Mesmo que a MP tenha sido rejeitada expressamente, ela pode ser reeditada na sessão legislativa seguinte.
LEI COMPLEMENTAR E LEI ORDINÁRIA
Existem duas grandes diferenças entre elas, uma do ponto de vista material e outra do ponto de vista formal. 
Aspecto material
As hipóteses de regulamentação da Constituição por meio de lei complementar estão todas previstas taxativamente no texto constitucional. O campo material que as leis ordinárias ocupam é residual, ou seja, tudo que não for regulamentado por lei complementar, decreto legislativo e resoluções, vai ser regulamentado por lei ordinária. 
 Aspecto formal
A grande diferença está no quórum de aprovação do projeto de lei. A lei complementar é aprovada pelo quórum de maioria absoluta (art.69), enquanto as leis ordinárias são aprovadas pelo quórum de maioria simples ou relativa (art.47).
PROCESSO DE LEI ORDINÁRIA
EMENDAS
As emendas constitucionais são fruto do trabalho do poder constituinte derivado reformador. Ele altera o trabalho do poder constituinte originário, acrescentando, modificando ou suprimindo normas. O conteúdo da proposta de emenda constitucional, se ela for aprovada, se incorpora ao texto originário da constituição e tem força normativa de constituição. 
Iniciativa - art.60, I, II e III, CF/88 
A iniciativa para mudar a constituição é privativa e concorrente. Se qualquer pessoa diferente das previstas no artigo 60 apresentarem proposta de emenda constituicional, a gente vai estar diante de um vício formal subjetivo.
Aprovação - §2º do art.60
O texto aprovado por uma casa não pode ser modificado pela outra sem que a matéria volte para apreciação da casa iniciadora. O Congresso tem usado a técnica da PEC Paralela, ou seja, a parte que não foi modificada é promulgada e a parte da PEC que foi modificada volta para Casa iniciadora para reanálise, como se fosse uma nova Emenda Constitucional.
Promulgação - art. 60, §3º, CF/88
O número de ordem é o número que indica quantas vezes a Constituição foi alterada pelo poder constituinte derivado desde a sua promulgação. Uma vez que o projeto de emenda é discutido, votado e aprovado em cada Casa em 2 turnos de votação, ele deve ser encaminhado diretamente para promulgação, não existindo sanção ou veto presidencial. Depois da promulgação, o Congresso Nacional publica a emenda constitucional. §5º do art. 60 da CF : a matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.
Limitações circunstanciais
Art. 60, §1º, CF: a alteração do texto original da constituição é vedada em algumas circunstâncias. As limitações circunstanciais tem a ver com um momento institucional grave ou anormal. 
Limitações materiais
A constituição prevê também limitações materiais, que é o caso das cláusulas pétreas. Art.60, §4º. 
Limitações implícitas
As limitações implícitas são aquelas que dizem respeito à forma de criação da norma constitucional e as que impedem a supressão de dispositivos que protegem determinadas matérias, como o §4º do art. 60 da CF. Outras duas limitações implícitas que a doutrina aponta são:
- Impossibilidade de se alterar o titular do poder constituinte originário.
- De mudar o titular do poder constituinte derivado reformador. 
 
MEDIDA PROVISÓRIA
DECRETO LEGISLATIVO
Materializa as competências exclusivas do Congresso Nacional, que estão previstas no art. 49, incisos I a XVII da CF. As regras sobre o procedimento do decreto legislativo estão nos Regimentos Internos das Casas e do Congresso. Ele também vai regulamentar os efeitos decorrentes da medida provisória não convertida em lei, conforme o art. 62, §3º da CF. 
RESOLUÇÃO
Regulamentam as matérias de competência privativa da Câmara dos Deputados (art. 51), do Senado Federal (art. 52) e algumas de competência do Congresso Nacional, definidas na constituiçãoe no regimento interno. Os regimentos internos determinam as regras sobre o processo legislativo. De modo geral, uma vez iniciado o processo legislativo na forma do Regimento, a discussão se dá nas Casas respectivas. Uma vez aprovado o projeto, de acordo com o art. 47, o Presidente da Casa (no caso de projeto da Câmara ou do Senado) e o Presidente do Senado (no caso de resolução do Congresso) vai dar conta da promulgação e depois vão determinar a publicação. Como no decreto legislativo não existe manifestação presidencial sancionando ou vetando o projeto de resolução, conforme o art. 48. 
PODER EXECUTIVO
Funções típicas
A prática de atos de chefia de Estado
De chefia de governo
De atos de administração
Funções atípicas
Legisla via Medida Provisória
Julga no contencioso administrativo
O sistema de governo adotado pelo Brasil é o sistema presidencialista. As funções de chefe de Estado e Chefe de Governo ficam nas mãos de uma mesma pessoa, que é o Presidente da República. Conforme o art, 76 o poder executivo é exercido pelo Presidente, auxiliado pelos Ministros de Estado. No âmbito estadual, o Poder Executivo é exercido pelo Governador de Estado, auxiliados pelos Secretários de Estado. Ele pode ser substituído, no caso de impedimento ou sucedido, no caso de vaga, pelo Vice-Governador.
PROCESSO ELEITORAL
As regras para eleição do Presidente e do Vice-Presidente estão previstas no art. 77. A eleição deve ser realizada no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao término do mandato vigente. Em caso de morte, desistência ou impedimento legal de um dos candidatos que foram para o segundo turno, aquele que tiver maior votação, ou seja, o terceiro lugar, vai ser convocado. Se houver um empate entre dois candidatos em terceiro lugar, o critério para desempate vai ser a idade, e o mais velho será convocado. 
Art 79. Substituirá o Presidente, no caso de impedimento, e suceder-lhe-á, no de vaga, o Vice-Presidente.
Parágrafo único. O Vice-Presidente da República, além de outras atribuições que lhe forem conferidas por lei complementar, auxiliará o Presidente, sempre que por ele convocado para missões especiais.
Para evitar com que o Estado fique sem uma liderança executiva, a CF determina no art. 83, que o PR e o vice não poderão, sem licença do Congresso Nacional, ausentar-se do país por mais de 15 dias, sob pena de perda do mandato.
O art 82 prevê o mandato de 4 anos, com início em 1º de janeiro do ano subsequente à eleição. De acordo com o art. 14, §5º é permitida a reeleição para um único período subsequente.
IMPEDIMENTO E VACÂNCIA DE CARGOS
A vacância é a impossibilidade definitiva para a assunção do cargo. Neste caso, o vice presidente assumirá o cargo até o fim do mandato. Ex: cassação do PR, morte ou renúncia ou se o PR e o vice deixarem de assumir o cargo no prazo de 10 dias contados da data fixada para a posse.
Já o impedimento é a impossibilidade temporária de exercer o cargo. Neste caso a linha de substituição é dada pelo vice , seguido do presidente da câmara e depois, pelo presidente do senado. Ex: Doença e férias
É possível que haja um impedimento temporário tanto do Presidente quanto do Vice, quando por exemplo, os dois não estiverem no país. Pode acontecer ainda, a vacância dos dois cargos, por exemplo, se o Presidente e o Vice- Presidente morrerem. Se os dois cargos estiverem vagos, ou se houver impedimento do Presidente e do Vice, o art. 80 diz a ordem de sucessão:
Presidente da Câmara dos Deputados
Presidente do Senado Federal
Presidente do STF
MANDATO TAMPÃO
Vacância dos dois cargos durante os 2 primeiros anos de mandato
No caso de vacância nos primeiros 2 anos de mandato, de acordo com o art. 81, caput, vai ser realizada uma nova eleição 90 dias depois da abertura da última vaga. É uma eleição direta, pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto. 
Vacância dos dois cargos nos últimos anos do mandato
A eleição vai ser realizada 30 dias depois da abertura da última vaga, pelo Congresso Nacional. Como está previsto no art.81, §1º, a eleição é indireta. (A Patrícia comentou que houve uma mutação constitucional que determina a eleição indireta nos últimos 6 meses de vacância do mandato).
Após a eleição, os eleitos deverão completar os período de governo dos seus antecessores.
CRIMES
CRIME DE RESPONSABILIDADE 
São crimes de natureza político-administrativa que são submetidos ao processo de impeachment. O art. 85 traz algumas hipoteses de crimes de responsabilidade. 
Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra:
I - a existência da União;
II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação;
III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
IV - a segurança interna do País;
V - a probidade na administração;
VI - a lei orçamentária;
VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de processo e julgamento.
É importante a disposição desses crimes de responsabilidade em lei especial, que estabelecem as hipóteses deste crime, visto que o princípio da legalidade deverá sempre ser respeitado, como prevê o art.5, XXXIX da CF, o qual prevê que não existe crime sem lei anterior que o defina. Essa lei especial deverá ser votada pelo Congresso Nacional de acordo com o art.22,I da CF.
Decisão do STF: “A definição das condutas típicas configuradoras do crime de responsabilidade e o estabelecimento de regras que disciplinam o processo e julgamento dos agentes políticos federais, estaduais ou municipais envolvidos, são de competência legislativa privativa da União e devem ser tratadas e Lei Nacional Especial (art.85 da CF) “. ( ADI. 2220)
Súmula 722 do STF: “São da competência legislativa da União a definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de julgamento. “
Obs: A Lei n. 10.028, de 19.10.2000 ampliou o rol das infrações político-administrativas, principalmente em relação aos crimes contra a lei orçamentária. 
PROCESSO DE IMPEACHMENT
A acusação é formalizada por qualquer cidadão no pleno gozo dos seus direitos políticos. A partir desse momento, o Presidente já passa a ser considerado acusado, e por isso, são garantidos o contraditório e a ampla defesa (art, 5º, LV). A acusação segue para a Câmara dos Deputados, para que ocorra um controle político de admissibilidade e deverá ser protocolada. A autorização da instauração do processo deverá ser mediante 2/3 favoráveis no Plenário, pois caso contrário, a acusação é arquivada. Se houver admissibilidade da acusação, esta segue para o Senado, para que o processo seja instaurado. Neste caso, o presidente ficará suspenso de suas funções pelo prazo de 180 dias. É criado um Tribunal Político, presidido pelo presidente do STF, é formado pelos 81 senadores. A condenação é proferida mediante 2/3 dos votos dos 81 senadores. 
Se o julgamento não for concluído nesse prazo (180 dias), o afastamento cessa, e o processo continua em andamento. Se a condenação materializa-se , pode ocorrer a perda do mandato e a inabilitação para exercício de qualquer função pública por 8 anos, sem prejuízo das demais sanções cabíveis. Se houver renúncia ao cargo depois da instauração do processo, ele deve seguir mesmo assim até o final. O julgamento realizado pelo Senado não pode ser alterado pelo Judiciário. 
CRIMES COMUNS
Da mesma forma que acontece nos crimes de responsabilidade, também ocorre um controle político de admissibilidade, que é realizado pela Câmara. A Câmara então deve autorizar ou não o recebimento da denúncia ou da queixa-crime pelo STF, através do voto de ⅔ dos seus membros. 
Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetidoa julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.
Uma vez admitida a acusação, ele vai ser submetido a julgamento perante o STF. A denúncia em casos de ação penal pública, deve ser ofertada pelo Procurador-Geral da República. Se ele achar que não existem indícios suficientes, o inquérito deve ser arquivado. Nos casos de crime de ação penal privada, é necessário a apresentação de queixa-crime pelo ofendido, ou por quem tenha competência para isso. 
De acordo com o STF, a expressão crime comum, abrange todas as modalidades de infrações penais, incluídos os delitos eleitorais, os crimes contra a vida e as contravenções penais. Uma vez recebida a denúncia ou a queixa-crime, o Presidente fica suspenso das suas funções por 180 dias. Se o prazo acabar e não tiver ocorrido o julgamento, ele volta a exercer suas funções e o processo continua em andamento. O PR só poderá ser preso após a sentença penal condenatória transitada em julgado. 
§ 3º Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da República não estará sujeito a prisão.
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
Controle de constitucionalidade de normas seria a averiguação por um órgão competente, da compatibilidade das normas infraconstitucionais com o disposto na Constituição Federal. 
O controle de constitucionalidade pode ser preventivo (aquele realizado durante o processo legislativo de formação do ato normativo e antes do projeto de lei ingressar no ordenamento jurídico) ou repressivo, que será realizado sobre a lei e não mais sobre o projeto de lei, após o término de seu processo legislativo e seu ingresso no ordenamento jurídico.
CONTROLE PREVENTIVO 
Quando realizado antes da lei ou ato normativo entrar em vigor. 
Legislativo
Comissão de constituição e justiça¹, é um órgão tecnico criado pelo regimento interno da casa e constituída de deputados com a finalidade de discutir e votar propostas de leis que são apresentadas à Câmara. Manifesta-se emitindo opinião técnica, por meio de pareceres, antes de o assunto ser levado ao plenário. Embora o parecer seja terminativo, não é absoluto, pois cabe recurso ao Plenário, manejado por um décimo dos membros da respectiva Casa Legislativa.
Presidente da Casa Legislativa², realiza controle preventivo quando devolve uma proposição ao autor alegando que atenta contra a Constituição. Cabe recurso ao Plenário contra esta decisão do Presidente da Casa. 
Plenário da Casa, como instância máxima de deliberação da Casa Legislativa, pode fazer controle preventivo ao julgar recurso contra a decisão do Presidente da Casa, mencionada no item (¹), ou quando aprecia recurso contra parecer da CCJ que afirma a constitucionalidade ou inconstitucionalidade de determinada proposição (²).
Executivo
Veto político: quando o projeto é contrário ao interesse público
Veto Jurídico- CF: Art. 66- A Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o projeto de lei ao Presidente da República, que, aquiescendo, o sancionará.
§ 1º Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente do Senado Federal os motivos do veto. 
 
	
	SIM
	NÃO
	PRESIDENTE
	SANCIONA
	(15 dias) VETA (no todo ou em parte)

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