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Universidade do Vale do Paraíba Teoria Geral do Direito Civil Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Apresentação Plano de Ensino Critérios de Notas Avaliações Avaliações Escritas Individuais Trabalhos Manuscritos Individuais Trabalhos em Grupo com Arguição Oral Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Introdução Etimologia de “Direito”: Originou-se do latim directum, verbo dirigere, que significa reger, governar, dando ideia daquilo que é reto, trazendo consigo a metáfora de que o direito deve ser uma linha reta, direta, consoante as regras traçadas para a convivência. (Cristiano Chaves de Farias) Conceito de Direito: “É o conjunto das normas gerais e positivas que regulam a vida social”. (Washington de Barros Monteiro) É uma ordenação heterônoma das relações sociais, baseada numa integração normativa de fatos e valores. (Maria Helena Diniz) Caráter Genérico – aplicação a todos os indivíduos. Caráter Jurídico – diferenciada das demais regras pela garantia do Estado. Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Conceito de Direito – cont. ASPECTOS FUNDAMENTAIS DO DIREITO Norma agendi – Conjunto de regras sociais, complexo de normas (regras e princípios). Facultas agendi – Disciplinam obrigações e poderes. Depende da vontade humana. Direito como o justo – Dar a cada um o que é seu, segundo uma igualdade; noção de equidade. (Aristóteles) Direito como busca do bem comum – Por si só, busca sempre o bem comum, indo além de sua validade formal estatal. (São Tomás de Aquino) Sanctio Iuris – Sanção do Direito, força do Estado e dos Grupos Intermediários. (Limongi França) Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Direito e Moral Direito Norma de comportamento Regras estabelecidas na busca da paz Ação exterior do homem Abrangência delimitada. Aplicação objetiva Sanções concretas Imperativo Hipotético (visa um fim específico, além de seus próprios instrumentos) Moral Norma de comportamento Consciência Individual Foro íntimo Abrangência ampla Aplicação Subjetiva Sanção social Imperativo Categórico (fim em si mesmo, de abrangência universal) Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa OBS.: Normas morais tendem a se transformar em normas jurídicas. Direito Positivo e Direito Natural Direito Positivo é o ordenamento jurídico em vigor, num determinado país e numa determinada época – jus in civitate positum. (Carlos Roberto Gonçalves) Advém do Estado, o qual confere a unidade normativa da nação. (Maria Helena Diniz) Direito Natural desenvolve-se sob o nome de jusnaturalismo, sendo visto como “expressão de princípios superiores ligados à natureza racional e social do homem”. (C. Massimo Bianca) Pontifica que os valores e princípios básicos são imanentes à natureza humana, independendo do talante do legislador humano, seguindo sempre a máxima latina bonum faciendum et malum vitandum. (Maria Helena Diniz) Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Direito Objetivo e Subjetivo Direito Objetivo é o complexo de normas jurídicas que regem o comportamento humano de modo obrigatório, prescrevendo uma sanção no caso de sua violação. (Maria Helena Diniz) Direito Subjetivo é a permissão, dada por meio de norma jurídica, para fazer alguma coisa, para ter ou não ter algo, ou, ainda, a autorização para exigir, por meio dos órgãos competentes do direito público ou por meio de processos legais, em caso de prejuízo causado por violação de norma, o cumprimento de norma infringida ou a reparação do mal sofrido. (Goffredo Telles Junior) Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Direito Público e Privado Direito Público é aquele que regula relações em que o Estado é parte, regendo a organização, a atividade do Estado, considerando em si mesmo, em relação com outro Estado e em suas relações particulares, quando procede em relação de seu poder soberano e atua na tutela do bem coletivo. (Maria Helena Diniz) Direito Privado é o que disciplina relações entre particulares, nas quais predomina, de modo imediato, o interesse de ordem privada, como, por exemplo, compra e venda, doação, usufruto, casamento, testamento, empréstimo etc. (Maria Helena Diniz) OBS.: Hans Kelsen, ao seu modo, nega a diferença fundamental entre direito público e direito privado, já que postula pela unidade do conhecimento jurídico-científico. Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Ramos do Direito Público 1. INTERNO (Maria Helena Diniz) Direito Constitucional – regula a estrutura básica do Estado, organização, divisão dos poderes, funções, limites de seus órgãos e das relações entre governantes e governados. Direito Administrativo – normas que regem atividades estatais, excetuando as jurisdicionais e legislativas. Direito Tributário – conjunto de normas que aludem à instituição, arrecadação e fiscalização de tributos (impostos, taxas e contribuições) devidos pelos cidadãos ao Estado. Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Ramos do Direito Público – cont. INTERNO - cont. Direito Financeiro – regula a receita e a despesa do Estado. Direito Processual – disciplina atividade do Poder Judiciário e dos que a ele requerem ou perante eles litigam (distribuição de justiça). Direito Penal – conjunto de normas que define crimes e estabelece penas na manutenção da ordem jurídica (prevenção e repressão). Direito Previdenciário – disciplina a contribuição para o Seguro Social e seus benefícios. Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Ramos do Direito Público – cont. 2. EXTERNO (Maria Helena Diniz) Direito Internacional Público – normas disciplinadoras das relações entre Estados. Privado – rege as relações do Estado com cidadãos pertencentes a Estados diversos. OBS.: A autora considera o Direito Internacional Privado como ramo do Direito Público Interno. Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Ramos do Direito Privado Direito Civil – regula os direitos e deveres de todas as pessoas contendo normas sobre o estado, capacidade e as relações referentes à família, às coisas, às obrigações e às sucessões. Direito Empresarial (Comercial) – disciplina atividade econômica de produção e circulação de bens e serviços do empresário e da sociedade empresária. Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Ramos do Direito Privado – cont. Direito do Trabalho – rege as relações entre empregado e empregador, compreendendo normas sobre a organização do trabalho e da produção. Direito do Consumidor – normas que regem as relações de consumo existentes entre consumidor e fornecedor. Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Direito Civil Conceito – É o ramo do direito privado destinado a reger relações familiares, patrimoniais e obrigacionais que se formam entre indivíduos encarados como tais, ou seja, enquanto membros da sociedade. (Serpa Lopes) Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Histórico do Direito Civil Direito Romano Jus Civile (súditos romanos) e Jus Gentium (estrangeiros) Justiniano: Jus Civile (Império Romano), Jus Gentium (nações estrangeiras) e Jus Naturale (direito natural = ideal jurídico) Idade Média Corpus Juris Civilis (Direito germânico e Canônico) Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Histórico do Direito Civil – cont. Idade Moderna Surgimento do Estado Moderno Racionalização do pensamento e da cultura Construção da Ciência Jurídica Conceitos abstratos e caráter sistemático da ordem jurídica Estado Nacional ou Absoluto, ascensão da burguesia, vontade do Rei como Lei Substituição do Estado Absoluto pelo Estado Liberal Revolução Francesa (1789) Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789) Constituição como característica fundamental Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Codificação do Direito Civil Brasil Período colonial – Ordenações Filipinas Independência (1822) – Normas Portuguesas 1824 – Constituição do Império – Referiu-se à organização do Código Civil baseado na Justiça e na Equidade 1865 – Teixeira de Freitas (1ª tentativa) 1900 – Projeto do Código Civil (Clóvis Bevilaqua) 1916 - Lei nº 3.017 – Código Civil 2002 – Lei nº 10.406 – Novo Código Civil Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Código Civil – Conteúdo Parte Geral – Especial - Complementar PARTE GERAL – Art. 1º ao 232 Pessoas – naturais e jurídicas Domicílio Bens Fatos jurídicos Negócios Jurídicos Atos jurídicos: lícitos e ilícitos Prescrição e Decadência Prova Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Código Civil – Conteúdo – cont. PARTE ESPECIAL Direito das Obrigações – Art. 233 a 965 Modalidades Transmissão Adimplemento e extinção Inadimplemento Contratos em geral Várias espécies de contrato Dos atos unilaterais Títulos de crédito Responsabilidade civil Preferências e privilégios creditórios Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Código Civil – Conteúdo – Parte Especial – Cont. Direito de Empresa – Art. 966 a 1.195 Empresário Sociedade Estabelecimento Comercial Institutos Complementares Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Código Civil – Conteúdo – Parte Especial – Cont. Direito das Coisas – Art. 1.196 a 1.510 Posse Direitos reais Propriedade Superfície Servidões Uso Habitação Direito do promitente comprador Penhor, Hipoteca, Anticrese Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Código Civil – Conteúdo – Parte Especial – cont. Direito de Família – art. 1.511 a 1.783 Casamento Relações de parentesco Regime de bens entre os cônjuges Alimentos Bens de Família União Estável Tutela e Curatela Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Código Civil – Conteúdo – Parte Especial – cont. Direito Sucessões – art. 1.784 a 2.027 Sucessão em geral Sucessão legítima Sucessão testamentária Inventário e Partilha Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Direito Civil – Livro Complementar Disposições finais e transitórias – art. 2.028 a 2.046 Tem por objetivo, além de dispor sobre o início de sua obrigatoriedade, da vacatio legis e da revogação das leis precedentes, apontam soluções para as questões intertemporais, conciliando a regra do efeito imediato da lei nova e o princípio da irretroatividade da lei. (Osni de Souza) Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Princípios Básicos do Direito Civil Personalidade Autonomia da Vontade Liberdade de estipulação negocial Propriedade individual Intangibilidade familiar Legitimidade da herança e do direito de testar Solidariedade social Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa LINDB – Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro CONTEÚDO Normas sobre aplicação e entendimento de regras, indicando as dimensões de tempo e espaço. Decreto-Lei nº 4.657/42, revogou (LICC = Lei de Introdução ao Código Civil – Lei nº 3.071/1916) Lei nº 12.376/2010 – nova nomenclatura Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa LINDB – cont. FUNÇÕES Regular vigência e eficácia normativa – art. 1º Soluções de conflitos de normas no tempo e no espaço – art. 2º Não aceita alegação de desconhecimento da lei – art. 3º Possibilita meios para integração, suprindo as lacunas – art. 4º Permite ao juiz interpretar normas objetivando o fim social e o bem comum – art. 5º Preserva situações consolidadas – art. 6º Regula o direito internacional privado brasileiro – art. 7º a 17º Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa LINDB – cont. Aplicação de normas Subsunção – o fato individual se enquadra no conceito abstrato da norma jurídica. Integração – ao aplicar a norma ao caso concreto, o juiz não encontra norma que lhe seja aplicável. Correção – solução diante de normas conflitantes (antinomias) Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa FONTES DO DIREITO Lei – sentido amplo. Preceito jurídico escrito, emanado do poder competente, obrigatório e com sanção. Costume – regra estabelecida pelo povo, de práticas reiteradas, apresentando continuidade, uniformidade, diuturnidade, moralidade e obrigatoriedade. Jurisprudência – pronunciamento do Poder Judiciário em determinado sentido, a respeito de certo objeto de forma constante e pacífica. Princípios Gerais do Direito – diretrizes norteadoras do ordenamento jurídico. Direito Romano: viver honestamente, dar a cada um o que é seu e não lesar o próximo. Doutrina – reflexões dos estudiosos do Direito. Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa LEI Etimologia – segundo Cícero, lei vem do latim lex, que deriva de eligere, significando escolher, eleger, selecionar, já que a lei é a norma escolhida pelo legislador. (Goffredo Telles Junior) Sentido amplo – sinônimo de norma jurídica. Sentido estrito – norma elaborada pelo Poder Legislativo por meio de processo adequado. Conceito - a Lei é “um ato do Poder Legislativo que estabelece normas de comportamento social. Para entrar em vigor, deve ser promulgada e publicada no Diário Oficial. É, portanto, um conjunto ordenado de regras que se apresenta como um texto escrito”. (Francisco Amaral) Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Vigência da Lei Início da vigência Publicação no Diário Oficial A vigência da lei não se inicia na data da publicação, exceto se ela determinar. Art. 1º da LINDB – 45 dias depois de oficialmente publicada. O intervalo entre a data da publicação e a sua entrada em vigor se chama vacatio legis. Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Vigência da Lei – cont. Cessação da Vigência É tornar sem efeito uma lei. Espécies: Ab-rogação – é a supressão total da norma anterior. Derrogação – torna sem efeito uma parte da lei. Expressa – ocorre quando o legislador declara extinta a lei velha. Tácita –quando houver incompatibilidade entre a lei velha e a nova (art. 2º, § 2º, LINDB) Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Obrigatoriedade da Lei Princípio da obrigatoriedade – art. 3º da LINDB “Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece.” Exceptio ignorantiae juris Exigência do cumprimento de todos Razões de interesse público Visando a convivência social Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Integração das Normas Jurídicas Conceito - É o preenchimento de lacunas, mediante aplicação e criação de normas individuais. Meios de integração: Analogia Costumes Princípios gerais de direito Equidade Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Analogia Conceito - é a aplicação de um caso não previsto diretamente por norma jurídica uma norma prevista para hipótese semelhante. Requisitos: Que o fato considerado não tenha sido especificamente objetivado pelo legislador (lacuna); Que haja um ponto de contato, relação de coincidência entre a situação prevista e a não prevista em lei; Que o ponto comum tenha sido determinante na implantação da regra prevista pelo legislador. Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Analogia – cont. Espécies Legis (Legal) – consiste na aplicação da norma existente destinada a reger caso semelhante ao previsto. Juris (jurídico) – baseia-se num conjunto de normas para extrair elementos que possibilitem sua aplicação ao caso concreto não previsto, mas semelhante. Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Costumes Conceito - É a prática uniforme, constante, pública e geral de determinado ato. Condições: Continuidade Uniformidade Diuturnidade Moralidade Obrigatoriedade Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Costumes – cont. Espécies Secundum legem – previsto em lei. Ex.: art. 1.297, CC (direito de tapagem) Praeter legem – supre a lei nos casos omissos. Ex.: Art. 126, CPC (o juiz não se exime de sentenciar, ou despachar, alegando lacuna ou obscuridade da lei). Contra legem – contrário à lei. Não admitido. Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Princípios Gerais Conceito - São diretrizes norteadoras de todo o ordenamento jurídico. Direito Romano – Princípios Gerais: Viver honestamente (honeste vivere) Dar a cada um o que é seu (suum cuique tribuere) Não lesar o próximo (alterum non laedere) Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Equidade Conceito - Aplicação de norma ao caso concreto, objetivando ideal de justiça, atendendo à finalidade social e o bem comum. Espécies: Legal – contida no texto normativo. Ex.: 1.584, do CC (guarda unilateral ou compartilhada) Judicial - o legislador implícita ou explicitamente incumbe ao juiz a decisão. Ex.: 1.740, II do CC (direito de pedir correção do tutelado) Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Interpretação das Normas Jurídicas Conceito - Interpretar é o meio de desvendar o sentido e o alcance da norma jurídica. Técnicas de interpretação: Gramatical – exame do texto normativo, sua pontuação, vocábulo, origem etmológica. Lógica – meio de raciocínio Sistemática – correlação de uma norma com outras relativas com o mesmo objeto. Histórico – antecedente da norma Sociológico ou teleológico – adapta o sentido e a finalidade da norma às novas exigências sociais. Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Conflito da Lei no Tempo Critérios para solução: Disposições transitórias elaboradas pelo próprio legislador Princípio da retroatividade - a norma atinge efeitos de atos praticados sob a vigência da norma revogada. Princípio da irretroatividade – nova lei não se aplica a situações constituídas anteriormente. Respeito ao art. 5º, XXXVI da CF – ato jurídico perfeito, direito adquirido e a coisa julgada. Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Eficácia da Lei no Espaço Princípio da territorialidade – norma aplicável apenas no território do Estado que a promulgou. LICC, art. 8º e 9º. Princípio da extraterritorialidade – os Estados permitem em seu território seja aplicada, em certas hipóteses, normas estrangeiras. LICC, art. 7º, 10, 12 e 17. Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa PESSOAS Conceito: “Pessoa é o ente físico ou coletivo suscetível de direitos e obrigações, sendo sinônimo de sujeito de direitos” (Maria Helena Diniz) Pessoa latim personae = per + sonare soar com intensidade Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Personalidade Jurídica Conceito: Personalidade exprime a aptidão genérica para adquirir direitos e contrair obrigações (Caio Mario da Silva Pereira) O Código Civil de 2002 reconhece os atributos da personalidade com sentido universal ao dispor no art. 1º “toda pessoa” é capaz de direitos e deveres na ordem civil. Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Capacidade Conceito: Capacidade é a medida da personalidade, podendo ser plena ou limitada (Carlos Roberto Gonçalves). Capacidade De fato ou de exercício. É a aptidão de exercer por si os atos da vida civil, dependendo, portanto, do discernimento que é critério, prudência, juízo, tino, inteligência, e, sob o prisma jurídico a aptidão que tem a pessoa de distinguir o lícito do ilícito, o conveniente do prejudicial (Antonio Chaves) De direito ou de gozo. É a aptidão para adquirir direitos e contrair deveres. Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Legitimação Conceito: Legitimação é a aptidão para a prática de determinados atos jurídicos. Exemplos: Art. 496 do CC Art. 1.647 e incisos do CC Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Sujeitos da Relação Jurídica Conceito: Relação Jurídica é toda relação da vida social regulada pelo Direito (José Tavares) Sujeitos de direitos são pessoas (Novo Código Civil – Parte geral) Direito objetivo (norma agendi) Direito subjetivo (facultas agendi) Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Pessoa Natural Conceito: Considera-se pessoa natural o ser humano tal como ele é, com todos os predicados que integrem a sua individualidade. É o ser humano considerado como sujeito de direitos e obrigações. O termo “pessoa física” é utilizado na França e na Itália; usado, outrossim, na legislação brasileira. Contrapõe-se à “pessoa coletiva”. Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Incapacidades Conceito: Considerando o princípio “capacidade como regra e a incapacidade como exceção”, incapacidade civil é a restrição legal ao poder de agir e, pela característica de restrição vem expressamente prevista em lei. Ou seja, ato jurídico inter vivos ou causa mortis não constitui incapacidade, mas apenas a lei. Espécies: Absoluta Relativa Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Incapacidade Absoluta Art. 3º do Código Civil Proibição total do exercício do direito por parte do incapaz. Acarreta a nulidade do ato quando praticado pelo próprio incapaz. Representação. Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Incapacidade Relativa Art. 4º do Código Civil Diz respeito àqueles que podem praticar por si os atos da vida civil, desde que assistidos por quem o direito encarrega desse ofício, em razão de parentesco, de relação de ordem civil ou de designação judicial, sob pena de anulabilidade daquele ato (Art. 171, I, CC), dependente da iniciativa do lesado havendo até hipótese em que tal ato poderá ser confirmado ou ratificado. OBS.: Há atos que o relativamente incapaz poderá praticar livremente, sem autorização. Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Pródigos Conceito - são considerados relativamente incapazes, aqueles que, comprovada, habitual e desordenadamente dilapidam seu patrimônio, fazendo gastos excessivos (RT. 477:149) Art. 4º, IV do CC. Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Índios Constituição Federal – art. 231 e 232. Código Civil – art. 3º, § único Estatuto do Índio – Lei 6.001/73 Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Suprimento da Incapacidade Representação Legal. Voluntária – art. 115 a 120 do CC. Art. 653 do CC – Mandato. Assistência Art. 1.690, CC. Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Cessação da Incapacidade Maioridade – art. 5º do CC. Critério etário Emancipação Voluntária – art. 5º, § único, I, do CC. Judicial – (tutor) Legal – art. 5º, § único, II a V, do CC. Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Extinção da Personalidade Pessoa Natural Art. 6º CC – Extinção pela morte. Morte real – art. 6º, 1ª parte CC Declaração por atestado de óbito Paralisação da atividade encefálica Morte Civil – art. 1.816 CC Morte presumida – art. 6º, 2ª parte Morte simultânea ou comoriência – art. 8º CC. Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Individualização da Pessoa Natural Nome: é a designação ou sinal exterior pelo qual a pessoa identifica-se no seio da família ou sociedade (Washington de Barros Monteiro) Lei 6.015/73 – art. 54 a 58 Código Civil – art. 16 a 19 Elementos: Pré-nome – simples e composto Sobrenome – indicação de filiação Agnome – filho, junior, neto Alcunha - apelido Alteração – Lei 6.015/73 – art. 56 a 58 e a Lei 9.807/99 (proteção de vítimas e testemunhas) Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Individualização - Estado Conceito: é o modo particular de existir. Aspectos Individual – idade, sexos, saúde, cor, altura Familiar – vínculo conjugal, parentesco por consanguinidade e afinidade Político – Nacional Nato ou naturalizado Estrangeiro Atributos Indivisibilidade Indisponibilidade Imprescritibilidade Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Domicílio Conceito: Sede jurídica da pessoa, onde ela se presume presente para efeitos de direito – art. 70 a 74, 76 a 78 CC. Espécies Necessário ou legal – art. 76, § único e 1.569 CC; Lei 6.515/77 – art. 2º e LINDB – art. 7º § 8º. Voluntário – art. 78 do CC. Perda Pela mudança – art. 74 do CC. Por determinação legal. Pelo contrato – art. 78 do CC. Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Atos do Registro Civil Conceito: É a anotação de dados pessoais por agentes públicos. Tem por base a publicidade Lei 6.015/73 – art. 1º, § 1º. Lei 10.406/02 – art. 9º. Averbação – qualquer anotação feita à margem do registro para indicar alterações ocorridas no estado jurídico do registrado. Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Direitos da Personalidade São direitos subjetivos da pessoa de defender o que lhe é próprio, ou seja, a sua integridade física (vida, alimentos, próprio corpo, vivo ou morto, corpo alheio vivo ou morto, partes separadas do corpo vivo ou morto); a sua integridade intelectual (liberdade de pensamento, autoria científica, artística e literária) e a sua integridade moral (honra, recato, segredo pessoal, profissional e doméstico, imagem, identidade pessoal, familiar e social) (Maria Helena Diniz) Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Características Intransmissibilidade e irrenunciabilidade – art. 11 ao 21 CC. Absolutismo – erga omnes Não limitação Imprescritibilidade Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Direito da Personalidade Direito ao corpo vivo ou morto – art. 13 a 15 do CC. Direito ao nome – art.16 a 19 do CC. Direito à imagem – art. 20 CC. Direito à privacidade – ar. 21 CC. Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Ausência Conceito - é a pessoa que desaparece de seu domicílio, sem dar notícia do seu paradeiro e sem deixar um representante ou procurador para administrar-lhe os bens – Art. 22 ao 25 do CC. Sucessão provisória – art. 26 ao 36 do CC Sucessão definitiva – art. 37 a 39 do CC Retorno do ausente – art. 33, § único, 36 e 39 do CC Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Pessoa Jurídica Conceito – é um ente fictício formado por pessoas naturais ou patrimônios e reconhecido como sujeito de direitos e deveres. Art. 40 a 69 do CC. Natureza jurídica – explicada pelas teorias Teoria da ficção Teoria da equiparação Teoria da realidade objetiva ou orgânica Teoria da realidade das instituições jurídicas Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Teoria da Ficção Legal (Savigny, Friedrich Karl von) – criação artificial da lei para exercer direitos patrimoniais e facilitar a função de certas entidades, uma vez que só o homem é capaz de ser sujeito de direitos. Doutrinária (Vareilles-Sommières) – criação artificial da lei, não tem existência real, mas intelectual, existente somente na “inteligência dos juristas”. OBS.: Maria Helena Diniz critica essa teoria, considerando-a demasiado abstrata e inaceitável, porquanto o Estado é Pessoa Jurídica e, se é ficção, o poder emanado do Estado também o é. Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Teoria da Equiparação Windscheid e Brinz Entende, de modo sintético, que a pessoa jurídica é um patrimônio equiparado no seu tratamento jurídico às pessoas naturais. OBS.: Maria Helena Diniz rechaça essa teoria, afirmando que tal viés eleva os bens à categoria de sujeito de direitos e obrigações, confundindo pessoas com coisas. Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Teoria da Realidade Objetiva ou Orgânica Gierke e Zitelmann A pessoa jurídica é um organismo social com existência própria distinta da dos seus membros (pessoa natural) tendo por objetivo realizar um fim social. OBS.: Maria Helena Diniz considera inaceitável, pois o fenômeno volitivo é peculiar do ser humano e a pessoa jurídica, enquanto ente coletivo, não tem vontade própria. Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Teoria da Realidade Jurídica ou Institucionalista Hauriou, Maurice É eclética. Considera pessoas jurídicas como organizações sociais destinadas a um serviço ou ofício, e por isso personificadas. Tem como base a análise das relações sociais, não da vontade humana, mas de uma ideia socialmente útil (as instituições) dotados de ordem e organização próprios. OBS.: Maria Helena Diniz defende ser esta a teoria que melhor atende à essência da pessoa jurídica. Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Teoria da Realidade Técnica Saleilles e Colin e Capitant Adotada pelo Direito Brasileiro – Art. 45 do CC. Personificação é atribuída a grupos em que a lei reconhece vontade e objetivos próprios, para poder participar da vida jurídica nas mesmas condições das pessoas naturais. Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Classificação das Pessoas Jurídicas Quanto à nacionalidade Nacionais – Cód. Civil – Art. 1.126 a 1.133. Estrangeiras – Cód. Civil – art. 1.134 a 1.141. Quanto à estrutura interna Corporação (universitas personarum) – associação, sociedades simples e sociedade empresária. Fundação (universitas bonorum) – patrimônio personalizado. Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Classificação das Pessoas Jurídicas – cont. Quanto à função e capacidade – art. 40 do CC. – Pessoa Jurídica de Direito Público - Externo: nações estrangeiras, santa sé, união aduaneiras e organismos internacionais – art. 42 do CC. - Interno: Administração Direta (art. 41, I a III do CC): União, Estados, Distrito Federal, Territórios e Municípios. Administração Indireta (art. 41, IV e V do CC): Autarquias (INSS, INCRA, INPI, USP), Associações Públicas, Fundações e Agências Executivas e Reguladoras Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Classificação das Pessoas Jurídicas – cont. – Pessoa Jurídica de Direito Privado – Art. 44, I a V do CC. Fundações Particulares – art. 63 do CC. Associações – CF/88 – art. 17 I a IV, § 1º a 4º; Lei 9.096/95. Sociedade Simples – prestadoras de serviços técnicos. Sociedade Empresária – Art. 986 a 1.195 do CC. Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Pessoa Jurídica Existência legal De Direito Público – Fatos históricos, criação constitucional, lei especial e tratados internacionais. De Direito Privado 1ª Fase – ato constitutivo Unilateral – inter vivos ou causa mortis (fundações) Bilateral ou Plurilateral – inter vivos (associações e sociedades) Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Pessoa Jurídica Direito Privado – cont. Elementos: Material – atos de associação, fins e conjunto de bens. Formal – deve ser por escrito público ou particular. Fundações – instrumento público ou testamento (art. 62 CC) 2ª Fase – Registro Público Art. 45, 46, 984, 985, 998, 1.134 e 1.150 CC. Fundações – intervenção do MP – art. 62 a 69 CC.; art. 764 e 765 do Novo CPC. Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Capacidade da Pessoa Jurídica Direitos Subjetivos Direito da personalidade – art. 52 CC Patrimoniais ou reais Industriais Obrigacionais Sucessão Limitações Em razão da natureza – art. 49 CC; art. 12, I e II CPC Decorrente de lei – CF, art. 176, § 1º, 190 e 222. Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Responsabilidade da Pessoa Jurídica Contratual Inadimplemento contratual – Art. 389 do CC. Vício dos serviços ou produto – Lei 8.078/90 – art. 12 a 25 (responsabilidade objetiva). Extracontratual De Direito Privado – responsabilidade objetiva por atos praticados por seus representantes art. 931, 932, III, e 933 do CC. De Direito Público – responsabilidade objetiva com direito à ação regressiva Art. 43 do CC; Constituição Federal – art. 37, § 6º. Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Responsabilidade da Pessoa Jurídica – cont. Delitual Imputabilidade criminal Responsabilidade penal – Lei 9.605/98 – art. 3º. Exercício da ação penal – art. 37 do CPP Responsabilidade penal do seu representante – Lei 8.078/90 – art. 61 a 80. Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Pessoa Jurídica - Domicílio Conceito - sede jurídica onde os credores podem demandar o cumprimento das obrigações. É o local de suas atividades habituais, de seu governo, administração ou direção, ou o determinado no ato constitutivo. Pessoa Jurídica de Direito Público Interno art. 75, I a III do CC.; art. 45, 51 e 52 do Novo CPC; art. 109, §§ 1º a 4º Const. Federal. Pessoa Jurídica de Direito Privado - Art. 75, IV, §§ 1º e 2º, do CC; art. 21, I, § único, do Novo CPC. Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Operações de reorganização estrutural societária Transformação É a operação pela qual a sociedade de determinada espécie passa a pertencer a outra, sem que haja a sua dissolução ou liquidação mediante alteração em seu estatuto social e quadro societário, regendo-se, por normas que disciplinam a constituição e inscrição do tipo societário em que se converteu. Art. 1.113 ao 1.115 CC. Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Operações de reorganização estrutural societária - cont. Incorporação É operação pela qual uma sociedade vem a absorver uma ou mais com a aprovação dos sócios desta (mediante quorum absoluto ou qualificado legalmente requerido conforme o tipo societário das sociedades envolvidas), sucedendo-as em todos os direitos e obrigações e agregando seus patrimônios aos direitos e deveres, sem que com isso venha a surgir uma nova sociedade. Art. 1.116 a 1.118 do CC. Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Operações de reorganização estrutural societária - cont. Fusão É operação pela qual se cria, juridicamente, uma nova sociedade para substituir aquelas que vieram a fundir-se e a desaparecer, sucedendo-as ope legis, por ter havido união dos patrimônios, nos direitos, responsabilidades e deveres, sob denominação diversa, com a mesma ou com diferente finalidade e organização. Art. 1.119 a 1.121 do CC. Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Operações de reorganização estrutural societária - cont. Cisão É a separação patrimonial de sociedades, ou seja, a operação pela qual uma sociedade transfere parcelas de seu patrimônio para uma ou mais sociedades constituídas para esse fim ou já existentes, extinguindo-se a sociedade cindida, se houver total transferência de seu patrimônio, ou dividindo-se o seu capital, se parcial a transferência. Art. 1.122 §§ 1º a 3º CC. Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Fim da Pessoa Jurídica Pessoa Jurídica de Direito Público Termina pela ocorrência de fato histórico, por norma constitucional, lei especial ou tratados internacionais. Pessoa Jurídica de Direito Privado Dissolução – Art. 51 § 1º; 54, IV; 1.033; 1.125; 1.034 e 1.028, II CC. Liquidação – art. 51,§§ 2ª e 3º, art. 61,§ 2º, e art. 69 CC. Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Dissolução da Pessoa Jurídica Pelo decurso do prazo de sua duração. Pela deliberação entre membros, salvo direito de minoria e de terceiro. Pela deliberação dos sócios, por maioria absoluta. Pela falta de pluralidade de sócios, se a sociedade simples não for reconstituída no prazo de 180 dias. Por determinação legal – art. 1.033 do CC Por ato governamental. Pela dissolução judicial. Por morte de sócio, se os remanescentes assim deliberarem. Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Grupos Despersonalizados Conceito - conjunto de direitos e obrigações, pessoas e bens, sem personalidade jurídica e com capacidade processual mediante representação. Tem legitimidade ativa e passiva para acionar e serem acionadas em Juízo. Falta de affectio societatis. Art. 91 do CC. Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Grupos despersonalizados – cont. Família – agrupamento caracterizado pelo conjunto de pessoas e pela massa comum de bens. Não há responsabilidade patrimonial da família, mas apenas de seus membros Massa falida – acervo dos bens pertencentes ao falido. Instituição criada por lei para exercer direitos do falido. Representado pelo síndico (administrador judicial) Art. 75, V, do Novo CPC. Art. 81, §2º Lei 11.101/05 (Regula Recuperação Judicial) Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Grupos despersonalizados – cont. Herança Jacente e Vacante Herança jacente – quando abre a sucessão sem que o de cujus tenha deixado testamento e não há conhecimento da existência de herdeiro. Serão declarados VACANTES, os bens da herança jacente, se promovidas a arrecadação e praticadas todas as exigências legais, não aparecem herdeiros ou se todos os chamados a suceder a ela renunciarem . Acervo administrado por um curador. Art. 1.819 a 1.823 do CC. Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Grupos despersonalizados – cont. Espólio Surge com a abertura da sucessão. Massa patrimonial, um complexo de direitos e obrigações do falecido. Representada pelo inventariante nomeado (art. 75,VII, e 613 do Novo CPC) Identificada como unidade até a partilha, com a atribuição dos quinhões aos sucessores (art. 618 e 655 do Novo CPC) Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Grupos despersonalizados – cont. Sociedades não personificadas Denominadas sociedades de fato ou irregulares. Art. 75, IX, do Novo CPC. Por falta de registro ou autorização legal (art. 986 CC) Condomínio Geral ou comum Edilício – Art. 1.314 a 1.358 do CC Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Desconsideração da Pessoa Jurídica Teoria “disregard doctrine” Desenvolvida inicialmente pelos tribunais norte-americanos, permite ao juiz desconsiderar os efeitos da autonomia jurídica da sociedade para atingir e vincular a responsabilidade dos sócios com o intuito de impedir fraudes e abusos de direito cometidos por meio da personalidade jurídica que causem prejuízos ou danos a terceiros. Art. 50 do CC e Lei 8.078/90 (Código de Defesa do Consumidor) Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa BENS Teoria “disregard doctrine” Permite ao juiz desconsiderar os efeitos da autonomia jurídica da sociedade para atingir e vincular a responsabilidade dos sócios com o intuito de impedir fraudes e abusos de direito cometidos por meio da personalidade jurídica que causem prejuízos ou danos a terceiros. Art. 50 do CC e Lei 8.078/90 (Cód. Defesa Consumidor) Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Classificação dos Bens Critérios diversos para classificação Qualidades físicas: Mobilidade, fungibilidade, divisibilidade Relações entre si Principais e acessórios Pessoa titular do domínio Públicos e particulares Suscetibilidade de negociação Coisas do comércio e fora do comércio Os Bens podem enquadrar-se em mais de uma categoria Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Classificação dos Bens no Código Civil Livro II – Parte Geral – Título único: Capítulo I – Dos bens considerados em si mesmos Art. 79 a 91 CC Capítulo II – Dos Bens reciprocamente considerados Art. 92 a 97 CC Capítulo III – Dos Bens Públicos Art. 98 a 103 Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Bens considerados em si mesmos Corpóreos – existência material. Incorpóreos – sem existência material. Móveis – removíveis sem destruição ou alteração de sua substância, Art. 82 a 84 do CC. Por natureza Antecipação Determinação legal Imóveis ou bens de raiz – não podem ser transportados sem prejuízo de sua substância ou destruição. Art. 79 a 81 do CC. Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Bens considerados em si mesmos – cont. Fungíveis e infungíveis – que podem ou não ser substituído por outro do mesmo gênero, espécie, qualidade e quantidade – art. 85 do CC. Consumíveis – móveis que se destroem à medida que são utilizados e que são postos à alienação. Inconsumíveis – são reiteradamente utilizados sem prejuízo da essência do bem. – art. 86 do CC. Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Bens considerados em si mesmos – cont. Divisíveis – podem ser fracionados sem prejuízo de seu valor econômico, substância e utilidade. Indivisíveis – não se repartem, pois perderiam a as essência: Por natureza – art. 88 CC Por determinação legal – art. 1.386, 1.421 e 1.791 § único do CC. Por vontade das partes – art. 314 do CC. Singulares – embora reunidos se consideram de per si independente dos demais. – art. 89 do CC. Coletivos – constituído de várias coisas são consideradas em conjunto de um único bem. – art. 90 e 91 do CC. Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Bens reciprocamente considerados Principal – existem por si só, independente dos demais. Acessório – dependem da existência do principal. Art. 92, CC. Importância da Divisão: Accessorium sequitur principale – Bem acessório segue o principal, salvo disposição em contrário – Art. 92 do CC. O acessória pertence ao titular do principal – Art. 1.248, 1.209, 233 e 287 do CC. Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Espécies de bens acessórios Frutos – utilidades que uma coisa periodicamente produz (periodicidade, inalterabilidade da substância da coisa principal e separabilidade desta) Origem – naturais, industriais e civis Estado – pendentes, percebidos, estantes, percipiendos e consumidos Produtos – utilidades que alteram a substância e que não se reproduzem periodicamente.- Art. 95 CC. Rendimentos – frutos civis, prestações periódicas em dinheiro, decorrente da concessão de uso e gozo de um bem. – Art. 206, § 3º, III e 1.215 do CC. Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Espécies de bens acessórios – cont. Benfeitorias – obras ou despesas que se fazem em bem móvel ou imóvel para conservá-lo, melhorá-lo ou embelezá-lo. – Art. 96 do CC. Voluptuárias Úteis Necessárias Acessão – modos originários de aquisição – art. 1.248 a 1.259 do CC. Pertença – coisas destinadas a conservar ou facilitar o uso das coisas principais. Art. 93 do CC. Profa. Ana Maria Viola de Sousa Espécies de bens acessórios – cont. Partes integrantes – são considerados imóveis por acessão física artificial. Se forem móveis ligados a um imóvel. Ex.: Rodas e motor de um automóvel A lâmpada de um lustre. Janelas, portas e telhas de uma casa. Profa. Ana Maria Viola de Sousa Bens considerados em relação ao titular do domínio Bens Públicos – são bens de domínio nacional, pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno – art. 98 CC. Uso comum – art. 99, I e 103 do CC. Uso especial – art. 99, II do CC. Dominicais – art. 99, III e § único, do CC. Características: Inalienabilidade – art. 100 do CC. Imprescritibilidade – art. 191 § único da CF. Impenhorabilidade – Art. 188 da CF. Profa. Ana Maria Viola de Sousa Bens considerados em relação ao titular do domínio - cont. Bens particulares – são os pertencentes à pessoa natural ou jurídica de direito privado. OBS: Há coisas que não são públicas nem particulares, por não pertencerem a ninguém (res nullius). Ex. animais selvagens em liberdade, conchas na praia, coisas abandonadas. Exceto coisas imóveis que nunca serão res nullius (art. 1.276 e §§ 1º e 2º CC) Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa Bens fora do comércio Bens alienáveis – os que podem ser transferidos ou apropriados passando, gratuita ou onerosamente de um patrimônio a outro, quer por sua natureza ou por disposição legal. Bens inalienáveis – os que não podem ser transferidos. Bens públicos – art. 100 CC Bens de Fundação – art. 62 a 69 CC Bens de menores – art. 1.691 CC Terreno onde edificou-se prédio de condomínio por andares – art. 1.331§ 2º CC. Bem de família – art. 1.711 a 1.722 do CC. Por vontade humana ou em razão de cláusula em doação ou testamento. Art. 1.911 CC. Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
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