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Teoria Geral do Direito Civil i 1cna

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Universidade do Vale do Paraíba
Teoria Geral do Direito Civil 
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Apresentação
Plano de Ensino
Critérios de Notas
Avaliações
Avaliações Escritas Individuais
Trabalhos Manuscritos Individuais
Trabalhos em Grupo com Arguição Oral
										Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Introdução
Etimologia de “Direito”: Originou-se do latim directum, verbo dirigere, que significa reger, governar, dando ideia daquilo que é reto, trazendo consigo a metáfora de que o direito deve ser uma linha reta, direta, consoante as regras traçadas para a convivência. (Cristiano Chaves de Farias)
Conceito de Direito: “É o conjunto das normas gerais e positivas que regulam a vida social”. (Washington de Barros Monteiro)
É uma ordenação heterônoma das relações sociais, baseada numa integração normativa de fatos e valores. (Maria Helena Diniz)
Caráter Genérico – aplicação a todos os indivíduos.
Caráter Jurídico – diferenciada das demais regras pela garantia do Estado.
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Conceito de Direito – cont.
ASPECTOS FUNDAMENTAIS DO DIREITO
Norma agendi – Conjunto de regras sociais, complexo de normas (regras e princípios).
Facultas agendi – Disciplinam obrigações e poderes. Depende da vontade humana.
Direito como o justo – Dar a cada um o que é seu, segundo uma igualdade; noção de equidade. (Aristóteles)
Direito como busca do bem comum – Por si só, busca sempre o bem comum, indo além de sua validade formal estatal. (São Tomás de Aquino)
Sanctio Iuris – Sanção do Direito, força do Estado e dos Grupos Intermediários. (Limongi França)
										Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Direito e Moral
Direito
Norma de comportamento
Regras estabelecidas na busca da paz
Ação exterior do homem
Abrangência delimitada.
Aplicação objetiva
Sanções concretas
Imperativo Hipotético (visa um fim específico, além de seus próprios instrumentos)
Moral
Norma de comportamento 
Consciência Individual
Foro íntimo
Abrangência ampla
Aplicação Subjetiva
Sanção social
Imperativo Categórico (fim em si mesmo, de abrangência universal)
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
OBS.: Normas morais tendem a se transformar em normas jurídicas.
Direito Positivo e Direito Natural
Direito Positivo é o ordenamento jurídico em vigor, num determinado país e numa determinada época – jus in civitate positum. (Carlos Roberto Gonçalves)
	Advém do Estado, o qual confere a unidade normativa da nação. (Maria Helena Diniz)
Direito Natural desenvolve-se sob o nome de jusnaturalismo, sendo visto como “expressão de princípios superiores ligados à natureza racional e social do homem”. (C. Massimo Bianca)
	Pontifica que os valores e princípios básicos são imanentes à natureza humana, independendo do talante do legislador humano, seguindo sempre a máxima latina bonum faciendum et malum vitandum. (Maria Helena Diniz)
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Direito Objetivo e Subjetivo
Direito Objetivo é o complexo de normas jurídicas que regem o comportamento humano de modo obrigatório, prescrevendo uma sanção no caso de sua violação. (Maria Helena Diniz)
Direito Subjetivo é a permissão, dada por meio de norma jurídica, para fazer alguma coisa, para ter ou não ter algo, ou, ainda, a autorização para exigir, por meio dos órgãos competentes do direito público ou por meio de processos legais, em caso de prejuízo causado por violação de norma, o cumprimento de norma infringida ou a reparação do mal sofrido. (Goffredo Telles Junior)
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Direito Público e Privado
Direito Público é aquele que regula relações em que o Estado é parte, regendo a organização, a atividade do Estado, considerando em si mesmo, em relação com outro Estado e em suas relações particulares, quando procede em relação de seu poder soberano e atua na tutela do bem coletivo. (Maria Helena Diniz)
Direito Privado é o que disciplina relações entre particulares, nas quais predomina, de modo imediato, o interesse de ordem privada, como, por exemplo, compra e venda, doação, usufruto, casamento, testamento, empréstimo etc. (Maria Helena Diniz)
OBS.: Hans Kelsen, ao seu modo, nega a diferença fundamental entre direito público e direito privado, já que postula pela unidade do conhecimento jurídico-científico.
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Ramos do Direito Público
1. INTERNO (Maria Helena Diniz)
Direito Constitucional – regula a estrutura básica do Estado, organização, divisão dos poderes, funções, limites de seus órgãos e das relações entre governantes e governados.
Direito Administrativo – normas que regem atividades estatais, excetuando as jurisdicionais e legislativas.
Direito Tributário – conjunto de normas que aludem à instituição, arrecadação e fiscalização de tributos (impostos, taxas e contribuições) devidos pelos cidadãos ao Estado.
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Ramos do Direito Público – cont.
INTERNO - cont.
Direito Financeiro – regula a receita e a despesa do Estado.
Direito Processual – disciplina atividade do Poder Judiciário e dos que a ele requerem ou perante eles litigam (distribuição de justiça).
Direito Penal – conjunto de normas que define crimes e estabelece penas na manutenção da ordem jurídica (prevenção e repressão).
Direito Previdenciário – disciplina a contribuição para o Seguro Social e seus benefícios.
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Ramos do Direito Público – cont.
2. EXTERNO (Maria Helena Diniz)
Direito Internacional
Público – normas disciplinadoras das relações entre Estados.
Privado – rege as relações do Estado com cidadãos pertencentes a Estados diversos.
OBS.: A autora considera o Direito Internacional Privado como ramo do Direito Público Interno.
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Ramos do Direito Privado
Direito Civil – regula os direitos e deveres de todas as pessoas contendo normas sobre o estado, capacidade e as relações referentes à família, às coisas, às obrigações e às sucessões.
Direito Empresarial (Comercial) – disciplina atividade econômica de produção e circulação de bens e serviços do empresário e da sociedade empresária.
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Ramos do Direito Privado – cont.
Direito do Trabalho – rege as relações entre empregado e empregador, compreendendo normas sobre a organização do trabalho e da produção.
Direito do Consumidor – normas que regem as relações de consumo existentes entre consumidor e fornecedor.
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Direito Civil
Conceito – É o ramo do direito privado destinado a reger relações familiares, patrimoniais e obrigacionais que se formam entre indivíduos encarados como tais, ou seja, enquanto membros da sociedade. (Serpa Lopes)
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Histórico do Direito Civil
Direito Romano
Jus Civile (súditos romanos) e Jus Gentium (estrangeiros)
Justiniano: Jus Civile (Império Romano), Jus Gentium (nações estrangeiras) e Jus Naturale (direito natural = ideal jurídico)
Idade Média
Corpus Juris Civilis (Direito germânico e Canônico)
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Histórico do Direito Civil – cont.
Idade Moderna
Surgimento do Estado Moderno
Racionalização do pensamento e da cultura
Construção da Ciência Jurídica
Conceitos abstratos e caráter sistemático da ordem jurídica
Estado Nacional ou Absoluto, ascensão da burguesia, vontade do Rei como Lei
Substituição do Estado Absoluto pelo Estado Liberal
Revolução Francesa (1789)
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789)
Constituição como característica fundamental
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Codificação do Direito Civil
Brasil
Período colonial – Ordenações Filipinas
Independência (1822) – Normas Portuguesas
1824 – Constituição do Império – Referiu-se à organização do Código Civil baseado na Justiça e na Equidade
1865 – Teixeira de Freitas (1ª tentativa)
1900 – Projeto do Código Civil (Clóvis Bevilaqua)
1916 - Lei nº 3.017 – Código Civil
2002 – Lei nº 10.406 – Novo Código Civil
Profa.
Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Código Civil – Conteúdo
Parte Geral – Especial - Complementar
PARTE GERAL – Art. 1º ao 232
Pessoas – naturais e jurídicas
Domicílio
Bens
Fatos jurídicos
Negócios Jurídicos
Atos jurídicos: lícitos e ilícitos
Prescrição e Decadência
Prova
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Código Civil – Conteúdo – cont.
PARTE ESPECIAL
Direito das Obrigações – Art. 233 a 965
Modalidades
Transmissão
Adimplemento e extinção
Inadimplemento
Contratos em geral
Várias espécies de contrato
Dos atos unilaterais
Títulos de crédito
Responsabilidade civil
Preferências e privilégios creditórios
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Código Civil – Conteúdo – Parte Especial – Cont.
Direito de Empresa – Art. 966 a 1.195
Empresário
Sociedade
Estabelecimento Comercial
Institutos Complementares
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Código Civil – Conteúdo – Parte Especial – Cont.
Direito das Coisas – Art. 1.196 a 1.510
Posse
Direitos reais
Propriedade
Superfície
Servidões
Uso
Habitação
Direito do promitente comprador
Penhor, Hipoteca, Anticrese
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Código Civil – Conteúdo – Parte Especial – cont.
Direito de Família – art. 1.511 a 1.783
Casamento 
Relações de parentesco
Regime de bens entre os cônjuges
Alimentos
Bens de Família
União Estável
Tutela e Curatela
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Código Civil – Conteúdo – Parte Especial – cont.
Direito Sucessões – art. 1.784 a 2.027
Sucessão em geral 
Sucessão legítima
Sucessão testamentária
Inventário e Partilha
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Direito Civil – Livro Complementar
Disposições finais e transitórias – art. 2.028 a 2.046
Tem por objetivo, além de dispor sobre o início de sua obrigatoriedade, da vacatio legis e da revogação das leis precedentes, apontam soluções para as questões intertemporais, conciliando a regra do efeito imediato da lei nova e o princípio da irretroatividade da lei. (Osni de Souza)
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Princípios Básicos do Direito Civil
Personalidade
Autonomia da Vontade
Liberdade de estipulação negocial
Propriedade individual
Intangibilidade familiar
Legitimidade da herança e do direito de testar
Solidariedade social
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
LINDB – Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro
CONTEÚDO
Normas sobre aplicação e entendimento de regras, indicando as dimensões de tempo e espaço.
Decreto-Lei nº 4.657/42, revogou (LICC = Lei de Introdução ao Código Civil – Lei nº 3.071/1916)
Lei nº 12.376/2010 – nova nomenclatura
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
LINDB – cont.
FUNÇÕES
Regular vigência e eficácia normativa – art. 1º
Soluções de conflitos de normas no tempo e no espaço – art. 2º
Não aceita alegação de desconhecimento da lei – art. 3º
Possibilita meios para integração, suprindo as lacunas – art. 4º
Permite ao juiz interpretar normas objetivando o fim social e o bem comum – art. 5º
Preserva situações consolidadas – art. 6º
Regula o direito internacional privado brasileiro – art. 7º a 17º
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
LINDB – cont.
Aplicação de normas
Subsunção – o fato individual se enquadra no conceito abstrato da norma jurídica.
Integração – ao aplicar a norma ao caso concreto, o juiz não encontra norma que lhe seja aplicável.
Correção – solução diante de normas conflitantes (antinomias)
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
FONTES DO DIREITO
Lei – sentido amplo. Preceito jurídico escrito, emanado do poder competente, obrigatório e com sanção.
Costume – regra estabelecida pelo povo, de práticas reiteradas, apresentando continuidade, uniformidade, diuturnidade, moralidade e obrigatoriedade.
Jurisprudência – pronunciamento do Poder Judiciário em determinado sentido, a respeito de certo objeto de forma constante e pacífica.
Princípios Gerais do Direito – diretrizes norteadoras do ordenamento jurídico. Direito Romano: viver honestamente, dar a cada um o que é seu e não lesar o próximo.
Doutrina – reflexões dos estudiosos do Direito.
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
LEI
Etimologia – segundo Cícero, lei vem do latim lex, que deriva de eligere, significando escolher, eleger, selecionar, já que a lei é a norma escolhida pelo legislador. (Goffredo Telles Junior)
Sentido amplo – sinônimo de norma jurídica.
Sentido estrito – norma elaborada pelo Poder Legislativo por meio de processo adequado.
Conceito - a Lei é “um ato do Poder Legislativo que estabelece normas de comportamento social. Para entrar em vigor, deve ser promulgada e publicada no Diário Oficial. É, portanto, um conjunto ordenado de regras que se apresenta como um texto escrito”. (Francisco Amaral)
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Vigência da Lei
Início da vigência
Publicação no Diário Oficial
A vigência da lei não se inicia na data da publicação, exceto se ela determinar.
Art. 1º da LINDB – 45 dias depois de oficialmente publicada.
O intervalo entre a data da publicação e a sua entrada em vigor se chama vacatio legis.
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Vigência da Lei – cont.
Cessação da Vigência
É tornar sem efeito uma lei.
Espécies:
Ab-rogação – é a supressão total da norma anterior.
Derrogação – torna sem efeito uma parte da lei.
Expressa – ocorre quando o legislador declara extinta a lei velha.
Tácita –quando houver incompatibilidade entre a lei velha e a nova (art. 2º, § 2º, LINDB)
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Obrigatoriedade da Lei
Princípio da obrigatoriedade – art. 3º da LINDB
“Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece.”
Exceptio ignorantiae juris
Exigência do cumprimento de todos
Razões de interesse público
Visando a convivência social
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Integração das Normas Jurídicas
Conceito - É o preenchimento de lacunas, mediante aplicação e criação de normas individuais.
Meios de integração:
Analogia
Costumes
Princípios gerais de direito
Equidade
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Analogia
Conceito - é a aplicação de um caso não previsto diretamente por norma jurídica uma norma prevista para hipótese semelhante.
Requisitos:
Que o fato considerado não tenha sido especificamente objetivado pelo legislador (lacuna);
Que haja um ponto de contato, relação de coincidência entre a situação prevista e a não prevista em lei;
Que o ponto comum tenha sido determinante na implantação da regra prevista pelo legislador.
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Analogia – cont.
Espécies
Legis (Legal) – consiste na aplicação da norma existente destinada a reger caso semelhante ao previsto.
Juris (jurídico) – baseia-se num conjunto de normas para extrair elementos que possibilitem sua aplicação ao caso concreto não previsto, mas semelhante.
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Costumes
Conceito - É a prática uniforme, constante, pública e geral de determinado ato.
Condições:
Continuidade
Uniformidade
Diuturnidade
Moralidade
Obrigatoriedade
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Costumes – cont.
Espécies
Secundum legem – previsto em lei. Ex.: art. 1.297, CC (direito de tapagem)
Praeter legem – supre a lei nos casos omissos. Ex.: Art. 126, CPC (o juiz não se exime de sentenciar, ou despachar, alegando lacuna ou obscuridade da lei).
Contra legem – contrário à lei. Não admitido.
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Princípios Gerais
Conceito - São diretrizes norteadoras de todo o ordenamento jurídico.
Direito Romano – Princípios Gerais:
Viver honestamente (honeste vivere)
Dar a cada um o que é seu (suum cuique tribuere)
Não lesar o próximo (alterum non laedere)
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Equidade
Conceito - Aplicação de norma ao caso concreto, objetivando ideal de justiça, atendendo à finalidade social e o bem comum.
Espécies:
Legal – contida no texto normativo. Ex.: 1.584, do CC (guarda unilateral ou compartilhada)
Judicial - o legislador implícita ou explicitamente incumbe ao juiz a decisão. Ex.: 1.740, II do CC (direito
de pedir correção do tutelado)
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Interpretação das Normas Jurídicas
Conceito - Interpretar é o meio de desvendar o sentido e o alcance da norma jurídica.
Técnicas de interpretação:
Gramatical – exame do texto normativo, sua pontuação, vocábulo, origem etmológica.
Lógica – meio de raciocínio
Sistemática – correlação de uma norma com outras relativas com o mesmo objeto.
Histórico – antecedente da norma
Sociológico ou teleológico – adapta o sentido e a finalidade da norma às novas exigências sociais.
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Conflito da Lei no Tempo
Critérios para solução:
Disposições transitórias elaboradas pelo próprio legislador
Princípio da retroatividade - a norma atinge efeitos de atos praticados sob a vigência da norma revogada.
Princípio da irretroatividade – nova lei não se aplica a situações constituídas anteriormente.
Respeito ao art. 5º, XXXVI da CF – ato jurídico perfeito, direito adquirido e a coisa julgada.
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Eficácia da Lei no Espaço
Princípio da territorialidade – norma aplicável apenas no território do Estado que a promulgou. LICC, art. 8º e 9º.
Princípio da extraterritorialidade – os Estados permitem em seu território seja aplicada, em certas hipóteses, normas estrangeiras. LICC, art. 7º, 10, 12 e 17.
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
PESSOAS
Conceito: 
	“Pessoa é o ente físico ou coletivo suscetível de direitos e obrigações, sendo sinônimo de sujeito de direitos” (Maria Helena Diniz)
	 Pessoa latim personae = per + sonare
 soar com intensidade
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Personalidade Jurídica
Conceito: Personalidade exprime a aptidão genérica para adquirir direitos e contrair obrigações (Caio Mario da Silva Pereira)
O Código Civil de 2002 reconhece os atributos da personalidade com sentido universal ao dispor no art. 1º “toda pessoa” é capaz de direitos e deveres na ordem civil. 
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Capacidade
Conceito: Capacidade é a medida da personalidade, podendo ser plena ou limitada (Carlos Roberto Gonçalves).
Capacidade 
De fato ou de exercício. É a aptidão de exercer por si os atos da vida civil, dependendo, portanto, do discernimento que é critério, prudência, juízo, tino, inteligência, e, sob o prisma jurídico a aptidão que tem a pessoa de distinguir o lícito do ilícito, o conveniente do prejudicial (Antonio Chaves)
De direito ou de gozo. É a aptidão para adquirir direitos e contrair deveres.
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Legitimação
Conceito: Legitimação é a aptidão para a prática de determinados atos jurídicos.
Exemplos:
Art. 496 do CC 
Art. 1.647 e incisos do CC
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Sujeitos da Relação Jurídica
Conceito: Relação Jurídica é toda relação da vida social regulada pelo Direito (José Tavares)
Sujeitos de direitos são pessoas (Novo Código Civil – Parte geral)
Direito objetivo (norma agendi) 
Direito subjetivo (facultas agendi)
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Pessoa Natural
Conceito: Considera-se pessoa natural o ser humano tal como ele é, com todos os predicados que integrem a sua individualidade. É o ser humano considerado como sujeito de direitos e obrigações.
O termo “pessoa física” é utilizado na França e na Itália; usado, outrossim, na legislação brasileira.
Contrapõe-se à “pessoa coletiva”.
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Incapacidades
Conceito: Considerando o princípio “capacidade como regra e a incapacidade como exceção”, incapacidade civil é a restrição legal ao poder de agir e, pela característica de restrição vem expressamente prevista em lei.
	Ou seja, ato jurídico inter vivos ou causa mortis não constitui incapacidade, mas apenas a lei.
Espécies:
Absoluta
Relativa
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Incapacidade Absoluta
Art. 3º do Código Civil
Proibição total do exercício do direito por parte do incapaz.
Acarreta a nulidade do ato quando praticado pelo próprio incapaz.
Representação.
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Incapacidade Relativa
Art. 4º do Código Civil
Diz respeito àqueles que podem praticar por si os atos da vida civil, desde que assistidos por quem o direito encarrega desse ofício, em razão de parentesco, de relação de ordem civil ou de designação judicial, sob pena de anulabilidade daquele ato (Art. 171, I, CC), dependente da iniciativa do lesado havendo até hipótese em que tal ato poderá ser confirmado ou ratificado.
OBS.: Há atos que o relativamente incapaz poderá praticar livremente, sem autorização.
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Pródigos
Conceito - são considerados relativamente incapazes, aqueles que, comprovada, habitual e desordenadamente dilapidam seu patrimônio, fazendo gastos excessivos (RT. 477:149)
Art. 4º, IV do CC.
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Índios
Constituição Federal – art. 231 e 232.
Código Civil – art. 3º, § único
Estatuto do Índio – Lei 6.001/73
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Suprimento da Incapacidade
Representação 
Legal.
Voluntária – art. 115 a 120 do CC.
Art. 653 do CC – Mandato.
Assistência
Art. 1.690, CC.
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Cessação da Incapacidade
Maioridade – art. 5º do CC.
Critério etário
Emancipação
Voluntária – art. 5º, § único, I, do CC.
Judicial – (tutor)
Legal – art. 5º, § único, II a V, do CC.
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Extinção da Personalidade
Pessoa Natural
Art. 6º CC – Extinção pela morte.
Morte real – art. 6º, 1ª parte CC
Declaração por atestado de óbito
Paralisação da atividade encefálica
Morte Civil – art. 1.816 CC
Morte presumida – art. 6º, 2ª parte
Morte simultânea ou comoriência – art. 8º CC.
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Individualização da Pessoa Natural
Nome: é a designação ou sinal exterior pelo qual a pessoa identifica-se no seio da família ou sociedade (Washington de Barros Monteiro)
Lei 6.015/73 – art. 54 a 58
Código Civil – art. 16 a 19
Elementos:
Pré-nome – simples e composto
Sobrenome – indicação de filiação
Agnome – filho, junior, neto
Alcunha - apelido
Alteração – Lei 6.015/73 – art. 56 a 58 e a Lei 9.807/99 (proteção de vítimas e testemunhas)
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Individualização - Estado
Conceito: é o modo particular de existir.
Aspectos
Individual – idade, sexos, saúde, cor, altura
Familiar – vínculo conjugal, parentesco por consanguinidade e afinidade
Político – Nacional
Nato ou naturalizado
Estrangeiro
Atributos
Indivisibilidade
Indisponibilidade
Imprescritibilidade
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Domicílio
Conceito: Sede jurídica da pessoa, onde ela se presume presente para efeitos de direito – art. 70 a 74, 76 a 78 CC.
Espécies
Necessário ou legal – art. 76, § único e 1.569 CC; Lei 6.515/77 – art. 2º e LINDB – art. 7º § 8º.
Voluntário – art. 78 do CC. 
Perda
Pela mudança – art. 74 do CC.
Por determinação legal. 
Pelo contrato – art. 78 do CC.
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Atos do Registro Civil
Conceito: É a anotação de dados pessoais por agentes públicos.
Tem por base a publicidade
Lei 6.015/73 – art. 1º, § 1º. 
Lei 10.406/02 – art. 9º.
Averbação – qualquer anotação feita à margem do registro para indicar alterações ocorridas no estado jurídico do registrado.
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Direitos da Personalidade
São direitos subjetivos da pessoa de defender o que lhe é próprio, ou seja, a sua integridade física (vida, alimentos, próprio corpo, vivo ou morto, corpo alheio vivo ou morto, partes separadas do corpo vivo ou morto); a sua integridade intelectual (liberdade de pensamento, autoria científica, artística e literária) e a sua integridade moral (honra, recato, segredo pessoal, profissional e doméstico, imagem, identidade pessoal, familiar e social) (Maria Helena Diniz)
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Características 
Intransmissibilidade e irrenunciabilidade – art. 11 ao 21
CC.
Absolutismo – erga omnes
Não limitação 
Imprescritibilidade
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Direito da Personalidade
Direito ao corpo vivo ou morto – art. 13 a 15 do CC.
Direito ao nome – art.16 a 19 do CC.
Direito à imagem – art. 20 CC.
Direito à privacidade – ar. 21 CC.
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Ausência
Conceito - é a pessoa que desaparece de seu domicílio, sem dar notícia do seu paradeiro e sem deixar um representante ou procurador para administrar-lhe os bens – Art. 22 ao 25 do CC.
Sucessão provisória – art. 26 ao 36 do CC
Sucessão definitiva – art. 37 a 39 do CC
Retorno do ausente – art. 33, § único, 36 e 39 do CC
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Pessoa Jurídica
Conceito – é um ente fictício formado por pessoas naturais ou patrimônios e reconhecido como sujeito de direitos e deveres.
Art. 40 a 69 do CC.
Natureza jurídica – explicada pelas teorias
Teoria da ficção
Teoria da equiparação
Teoria da realidade objetiva ou orgânica
Teoria da realidade das instituições jurídicas
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Teoria da Ficção 
Legal (Savigny, Friedrich Karl von) – criação artificial da lei para exercer direitos patrimoniais e facilitar a função de certas entidades, uma vez que só o homem é capaz de ser sujeito de direitos.
Doutrinária (Vareilles-Sommières) – criação artificial da lei, não tem existência real, mas intelectual, existente somente na “inteligência dos juristas”.
 OBS.: Maria Helena Diniz critica essa teoria, considerando-a demasiado abstrata e inaceitável, porquanto o Estado é Pessoa Jurídica e, se é ficção, o poder emanado do Estado também o é.
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Teoria da Equiparação
Windscheid e Brinz
Entende, de modo sintético, que a pessoa jurídica é um patrimônio equiparado no seu tratamento jurídico às pessoas naturais.
OBS.: Maria Helena Diniz rechaça essa teoria, afirmando que tal viés eleva os bens à categoria de sujeito de direitos e obrigações, confundindo pessoas com coisas.
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Teoria da Realidade Objetiva ou Orgânica
Gierke e Zitelmann
A pessoa jurídica é um organismo social com existência própria distinta da dos seus membros (pessoa natural) tendo por objetivo realizar um fim social.
OBS.: Maria Helena Diniz considera inaceitável, pois o fenômeno volitivo é peculiar do ser humano e a pessoa jurídica, enquanto ente coletivo, não tem vontade própria.
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Teoria da Realidade Jurídica ou Institucionalista
Hauriou, Maurice
 É eclética. Considera pessoas jurídicas como organizações sociais destinadas a um serviço ou ofício, e por isso personificadas. Tem como base a análise das relações sociais, não da vontade humana, mas de uma ideia socialmente útil (as instituições) dotados de ordem e organização próprios. 
OBS.: Maria Helena Diniz defende ser esta a teoria que melhor atende à essência da pessoa jurídica.
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Teoria da Realidade Técnica
Saleilles e Colin e Capitant
Adotada pelo Direito Brasileiro – Art. 45 do CC.
Personificação é atribuída a grupos em que a lei reconhece vontade e objetivos próprios, para poder participar da vida jurídica nas mesmas condições das pessoas naturais. 
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Classificação das Pessoas Jurídicas
Quanto à nacionalidade
Nacionais – Cód. Civil – Art. 1.126 a 1.133.
Estrangeiras – Cód. Civil – art. 1.134 a 1.141. 
Quanto à estrutura interna
Corporação (universitas personarum) – associação, sociedades simples e sociedade empresária.
Fundação (universitas bonorum) – patrimônio personalizado.
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Classificação das Pessoas Jurídicas – cont.
Quanto à função e capacidade – art. 40 do CC.
 – Pessoa Jurídica de Direito Público
- Externo: nações estrangeiras, santa sé, união aduaneiras e organismos internacionais – art. 42 do CC.
- Interno: 
Administração Direta (art. 41, I a III do CC):	União, Estados, Distrito Federal, Territórios e Municípios.
Administração Indireta (art. 41, IV e V do CC):	Autarquias (INSS, INCRA, INPI, USP), Associações Públicas, Fundações e Agências Executivas e Reguladoras
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Classificação das Pessoas Jurídicas – cont.
 – Pessoa Jurídica de Direito Privado – Art. 44, I a V do CC.
Fundações Particulares – art. 63 do CC.
Associações – CF/88 – art. 17 I a IV, § 1º a 4º; Lei 9.096/95.
Sociedade Simples – prestadoras de serviços técnicos.
Sociedade Empresária – Art. 986 a 1.195 do CC.
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Pessoa Jurídica
Existência legal
De Direito Público – Fatos históricos, criação constitucional, lei especial e tratados internacionais.
De Direito Privado
1ª Fase – ato constitutivo 
Unilateral – inter vivos ou causa mortis (fundações)
Bilateral ou Plurilateral – inter vivos (associações e sociedades)
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Pessoa Jurídica Direito Privado – cont.
Elementos:
Material – atos de associação, fins e conjunto de bens.
Formal – deve ser por escrito público ou particular.
Fundações – instrumento público ou testamento (art. 62 CC)
2ª Fase – Registro Público
Art. 45, 46, 984, 985, 998, 1.134 e 1.150 CC.
Fundações – intervenção do MP – art. 62 a 69 CC.; art. 764 e 765 do Novo CPC.
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Capacidade da Pessoa Jurídica
Direitos Subjetivos
Direito da personalidade – art. 52 CC
Patrimoniais ou reais
Industriais
Obrigacionais
Sucessão
Limitações
Em razão da natureza – art. 49 CC; art. 12, I e II CPC
Decorrente de lei – CF, art. 176, § 1º, 190 e 222.
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Responsabilidade da Pessoa Jurídica
Contratual
Inadimplemento contratual – Art. 389 do CC.
Vício dos serviços ou produto – Lei 8.078/90 – art. 12 a 25 (responsabilidade objetiva).
Extracontratual
De Direito Privado – responsabilidade objetiva por atos praticados por seus representantes 
	art. 931, 932, III, e 933 do CC.
De Direito Público – responsabilidade objetiva com direito à ação regressiva
Art. 43 do CC; Constituição Federal – art. 37, § 6º.
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Responsabilidade da Pessoa Jurídica – cont.
Delitual
Imputabilidade criminal
Responsabilidade penal – Lei 9.605/98 – art. 3º.
Exercício da ação penal – art. 37 do CPP
Responsabilidade penal do seu representante –
	Lei 8.078/90 – art. 61 a 80.
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Pessoa Jurídica - Domicílio
Conceito - sede jurídica onde os credores podem demandar o cumprimento das obrigações. É o local de suas atividades habituais, de seu governo, administração ou direção, ou o determinado no ato constitutivo.
Pessoa Jurídica de Direito Público Interno art. 75, I a III do CC.; art. 45, 51 e 52 do Novo CPC; art. 109, §§ 1º a 4º Const. Federal.
Pessoa Jurídica de Direito Privado - Art. 75, IV, §§ 1º e 2º, do CC; art. 21, I, § único, do Novo CPC.
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Operações de reorganização estrutural societária
Transformação
É a operação pela qual a sociedade de determinada espécie passa a pertencer a outra, sem que haja a sua dissolução ou liquidação mediante alteração em seu estatuto social e quadro societário, regendo-se, por normas que disciplinam a constituição e inscrição do tipo societário em que se converteu.
Art. 1.113 ao 1.115 CC.
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Operações de reorganização estrutural societária - cont.
Incorporação
É operação pela qual uma sociedade vem a absorver uma ou mais com a aprovação dos sócios desta (mediante quorum absoluto ou qualificado legalmente requerido conforme o tipo societário das sociedades envolvidas), sucedendo-as em todos os direitos e obrigações e agregando seus patrimônios aos direitos e deveres, sem que com isso venha a surgir uma nova sociedade.
Art. 1.116 a 1.118 do CC.
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Operações de reorganização estrutural societária - cont.
Fusão
É operação pela qual
se cria, juridicamente, uma nova sociedade para substituir aquelas que vieram a fundir-se e a desaparecer, sucedendo-as ope legis, por ter havido união dos patrimônios, nos direitos, responsabilidades e deveres, sob denominação diversa, com a mesma ou com diferente finalidade e organização.
Art. 1.119 a 1.121 do CC.
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Operações de reorganização estrutural societária - cont.
Cisão
É a separação patrimonial de sociedades, ou seja, a operação pela qual uma sociedade transfere parcelas de seu patrimônio para uma ou mais sociedades constituídas para esse fim ou já existentes, extinguindo-se a sociedade cindida, se houver total transferência de seu patrimônio, ou dividindo-se o seu capital, se parcial a transferência.
Art. 1.122 §§ 1º a 3º CC.
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Fim da Pessoa Jurídica
Pessoa Jurídica de Direito Público
Termina pela ocorrência de fato histórico, por norma constitucional, lei especial ou tratados internacionais.
Pessoa Jurídica de Direito Privado
Dissolução – Art. 51 § 1º; 54, IV; 1.033; 1.125; 1.034 e 1.028, II CC.
Liquidação – art. 51,§§ 2ª e 3º, art. 61,§ 2º, e art. 69 CC.
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Dissolução da Pessoa Jurídica
Pelo decurso do prazo de sua duração.
Pela deliberação entre membros, salvo direito de minoria e de terceiro.
Pela deliberação dos sócios, por maioria absoluta.
Pela falta de pluralidade de sócios, se a sociedade simples não for reconstituída no prazo de 180 dias.
Por determinação legal – art. 1.033 do CC
Por ato governamental.
Pela dissolução judicial.
Por morte de sócio, se os remanescentes assim deliberarem.
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Grupos Despersonalizados
Conceito - conjunto de direitos e obrigações, pessoas e bens, sem personalidade jurídica e com capacidade processual mediante representação.
Tem legitimidade ativa e passiva para acionar e serem acionadas em Juízo.
Falta de affectio societatis.
Art. 91 do CC.
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Grupos despersonalizados – cont.
Família – agrupamento caracterizado pelo conjunto de pessoas e pela massa comum de bens. Não há responsabilidade patrimonial da família, mas apenas de seus membros
Massa falida – acervo dos bens pertencentes ao falido.
Instituição criada por lei para exercer direitos do falido.
Representado pelo síndico (administrador judicial)
Art. 75, V, do Novo CPC.
Art. 81, §2º Lei 11.101/05 (Regula Recuperação Judicial)
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Grupos despersonalizados – cont.
Herança Jacente e Vacante
Herança jacente – quando abre a sucessão sem que o de cujus tenha deixado testamento e não há conhecimento da existência de herdeiro.
Serão declarados VACANTES, os bens da herança jacente, se promovidas a arrecadação e praticadas todas as exigências legais, não aparecem herdeiros ou se todos os chamados a suceder a ela renunciarem .
Acervo administrado por um curador.
Art. 1.819 a 1.823 do CC.
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Grupos despersonalizados – cont.
Espólio
Surge com a abertura da sucessão.
Massa patrimonial, um complexo de direitos e obrigações do falecido.
Representada pelo inventariante nomeado (art. 75,VII, e 613 do Novo CPC)
Identificada como unidade até a partilha, com a atribuição dos quinhões aos sucessores (art. 618 e 655 do Novo CPC)
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Grupos despersonalizados – cont.
Sociedades não personificadas
Denominadas sociedades de fato ou irregulares.
Art. 75, IX, do Novo CPC.
Por falta de registro ou autorização legal (art. 986 CC)
Condomínio
Geral ou comum
Edilício – Art. 1.314 a 1.358 do CC
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Desconsideração da Pessoa Jurídica
Teoria “disregard doctrine”
Desenvolvida inicialmente pelos tribunais norte-americanos, permite ao juiz desconsiderar os efeitos da autonomia jurídica da sociedade para atingir e vincular a responsabilidade dos sócios com o intuito de impedir fraudes e abusos de direito cometidos por meio da personalidade jurídica que causem prejuízos ou danos a terceiros.
Art. 50 do CC e Lei 8.078/90 (Código de Defesa do Consumidor)
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BENS
Teoria “disregard doctrine”
Permite ao juiz desconsiderar os efeitos da autonomia jurídica da sociedade para atingir e vincular a responsabilidade dos sócios com o intuito de impedir fraudes e abusos de direito cometidos por meio da personalidade jurídica que causem prejuízos ou danos a terceiros.
Art. 50 do CC e Lei 8.078/90 (Cód. Defesa Consumidor)
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Classificação dos Bens
Critérios diversos para classificação
Qualidades físicas: 
Mobilidade, fungibilidade, divisibilidade
Relações entre si
Principais e acessórios
Pessoa titular do domínio
Públicos e particulares
Suscetibilidade de negociação
Coisas do comércio e fora do comércio
Os Bens podem enquadrar-se em mais de uma categoria
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Classificação dos Bens 
no Código Civil
Livro II – Parte Geral – Título único:
Capítulo I – Dos bens considerados em si mesmos
	Art. 79 a 91 CC
Capítulo II – Dos Bens reciprocamente considerados
	Art. 92 a 97 CC
Capítulo III – Dos Bens Públicos
	Art. 98 a 103
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Bens considerados em si mesmos
Corpóreos – existência material.
	Incorpóreos – sem existência material.
Móveis – removíveis sem destruição ou alteração de sua substância, Art. 82 a 84 do CC.
Por natureza
Antecipação
Determinação legal 
	Imóveis ou bens de raiz – não podem ser transportados sem prejuízo de sua substância ou destruição. Art. 79 a 81 do CC.
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Bens considerados em si mesmos – cont.
Fungíveis e infungíveis – que podem ou não ser substituído por outro do mesmo gênero, espécie, qualidade e quantidade – art. 85 do CC.
Consumíveis – móveis que se destroem à medida que são utilizados e que são postos à alienação. Inconsumíveis – são reiteradamente utilizados sem prejuízo da essência do bem. – art. 86 do CC.
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Bens considerados em si mesmos – cont.
Divisíveis – podem ser fracionados sem prejuízo de seu valor econômico, substância e utilidade. Indivisíveis – não se repartem, pois perderiam a as essência:
Por natureza – art. 88 CC
Por determinação legal – art. 1.386, 1.421 e 1.791 § único do CC.
Por vontade das partes – art. 314 do CC.
Singulares – embora reunidos se consideram de per si independente dos demais. – art. 89 do CC.
	Coletivos – constituído de várias coisas são consideradas em conjunto de um único bem. – art. 90 e 91 do CC.
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa
Bens reciprocamente considerados
Principal – existem por si só, independente dos demais.
	Acessório – dependem da existência do principal.
	Art. 92, CC.
Importância da Divisão:
Accessorium sequitur principale – Bem acessório segue o principal, salvo disposição em contrário – Art. 92 do CC.
O acessória pertence ao titular do principal – Art. 1.248, 1.209, 233 e 287 do CC.
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Espécies de bens acessórios
Frutos – utilidades que uma coisa periodicamente produz (periodicidade, inalterabilidade da substância da coisa principal e separabilidade desta)
Origem – naturais, industriais e civis
Estado – pendentes, percebidos, estantes, percipiendos e consumidos
Produtos – utilidades que alteram a substância e que não se reproduzem periodicamente.- Art. 95 CC.
Rendimentos – frutos civis, prestações periódicas em dinheiro, decorrente da concessão de uso e gozo de um bem. – Art. 206, § 3º, III e 1.215 do CC.
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Espécies de bens acessórios – cont.
Benfeitorias – obras ou despesas que se fazem em bem móvel ou imóvel para conservá-lo, melhorá-lo ou embelezá-lo. – Art. 96 do CC.
Voluptuárias
Úteis
Necessárias
Acessão – modos originários de aquisição – art. 1.248 a 1.259 do CC.
Pertença – coisas destinadas a conservar ou facilitar o uso das coisas principais.
Art. 93 do CC.
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Espécies de bens acessórios – cont.
Partes integrantes – são considerados imóveis por acessão física artificial. Se forem móveis ligados a um imóvel.
Ex.: Rodas e motor de um automóvel
		 A lâmpada de um lustre.
 Janelas, portas e telhas de uma casa.
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Bens considerados em relação ao titular do domínio
Bens Públicos – são bens de domínio nacional, pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno – art. 98 CC.
Uso comum – art. 99, I e 103 do CC.
Uso especial – art. 99, II do CC. 
Dominicais – art. 99, III e § único, do CC.
Características:
Inalienabilidade – art. 100 do CC.
Imprescritibilidade – art. 191 § único da CF.
Impenhorabilidade – Art. 188 da CF.
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Bens considerados em relação ao titular do domínio - cont.
Bens particulares – são os pertencentes à pessoa natural ou jurídica de direito privado.
OBS:
Há coisas que não são públicas nem particulares, por não pertencerem a ninguém (res nullius). Ex. animais selvagens em liberdade, conchas na praia, coisas abandonadas.
Exceto coisas imóveis que nunca serão res nullius (art. 1.276 e §§ 1º e 2º CC)	
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Bens fora do comércio
Bens alienáveis – os que podem ser transferidos ou apropriados passando, gratuita ou onerosamente de um patrimônio a outro, quer por sua natureza ou por disposição legal.
Bens inalienáveis – os que não podem ser transferidos.
Bens públicos – art. 100 CC
Bens de Fundação – art. 62 a 69 CC
Bens de menores – art. 1.691 CC
Terreno onde edificou-se prédio de condomínio por andares – art. 1.331§ 2º CC.
Bem de família – art. 1.711 a 1.722 do CC.
Por vontade humana ou em razão de cláusula em doação ou testamento. Art. 1.911 CC.
Profa. Dra. Ana Maria Viola de Sousa

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