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Classificação da Polícia

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ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE? 
A reprodução deste material é condicionada a autorização, sendo terminantemente proibido o seu uso para fins comerciais. A violação do direito autoral é crime, punido com prisão e 
multa, sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis. Inscrição no INPI: 905146603 para Classe 41 (educação) e 905146573 para Classe 
16 (livros didáticos e congêneres) - Biblioteca Nacional: n° 2012/RJ/19521 - 641.675, livro 1.233 folha 417- Website protegido por leis de direitos autorais. 
Assessoria Jurídica: Tiago Koutchin - OAB/MS 14.707 - contato: tiagok.rosavitoriano@hotmail.com 
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ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE? 
A reprodução deste material é condicionada a autorização, sendo terminantemente proibido o seu uso para fins comerciais. A violação do direito autoral é crime, punido com prisão e 
multa, sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis. Inscrição no INPI: 905146603 para Classe 41 (educação) e 905146573 para Classe 
16 (livros didáticos e congêneres) - Biblioteca Nacional: n° 2012/RJ/19521 - 641.675, livro 1.233 folha 417- Website protegido por leis de direitos autorais. 
Assessoria Jurídica: Tiago Koutchin - OAB/MS 14.707 - contato: tiagok.rosavitoriano@hotmail.com 
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A atividade policial tem sido comumente classificada conforme o momento de atuação. Quando a 
atuação se estabelece antes do evento danoso, diz-se uma polícia preventiva, se atua após, diz-se 
uma polícia repressiva. 
 
Desta forma, a polícia preventiva é classificada como “polícia administrativa” e a polícia repressiva 
e classificada como “polícia judiciária”. 
 
CRETELLA JUNIOR (1968) nos ensina que a polícia administrativa poderia ser dividida conforme os 
vários ramos de atividade da administração e a polícia de segurança é um destes ramos que tem 
por objeto a proteção dos direitos individuais. Numa primeira divisão, ter-se-ia um ramo geral e um 
especial. A polícia administrativa geral cuidaria, com fins preventivos, de atuar desvinculada de 
outras atividades do serviço público e seu objeto seria a segurança e tranquilidade públicas. A polícia 
administrativa especial seria intrínseca a serviços públicos específicos, seria um acessório destes 
serviços. HELY L. MEIRELLES (2006), além de admitir esta classificação, faz uma relação direta da 
polícia administrativa especial a "setores específicos da atividade humana que afetem o interesse 
coletivo, tais como a construção, a indústria de alimentos, o comércio de medicamentos, o uso das 
águas, a exploração das florestas e das minas, para os quais há restrições próprias e regime jurídico 
peculiar". 
 
Logo, percebamos que há uma polícia administrativa geral, que cuida da segurança pública e uma 
polícia administrativa especial, que cuida de serviços públicos específicos. 
 
MOREIRA NETO (2005) afirma ainda que a polícia administrativa incide nas atividades das pessoas, 
na liberdade e nos direitos fundamentais, já a polícia judiciária incide nas pessoas, no seu direito 
de ir e vir, e é voltada à repressão da conduta típica. Afirma ainda, ser a polícia judiciária uma 
espécie do gênero polícia que se encontra destacada da polícia administrativa. HELY L. MEIRELLES 
(2006), em entendimento semelhante, afirma que a polícia administrativa atua sobre bens, direitos 
e atividades, já a polícia de segurança, e também a polícia judiciária se exerce sobre as pessoas. 
 
Desta forma, podemos entender a divisão das funções do exercício do poder de polícia do Estado 
da seguinte maneira: em polícia administrativa específica, como instrumento acessório dos vários 
ramos das atividades da administração pública, e em polícia de segurança, como um ramo geral da 
função de polícia administrativa e polícia judiciária, voltada para a segurança das pessoas, individual 
ou indiscriminadamente. 
 
O Constitucionalista PEDRO LENZA (2009), vai mais além e coloca a polícia de segurança como 
gênero das espécies polícia administrativa, ostensiva ou preventiva, e, polícia judiciária ou 
investigativa. Percebamos, que nesta classificação, a espécie polícia administrativa, é aquela geral, 
voltada à segurança pública e exercida pelos órgãos policiais com este atributo. 
 
Note-se que algumas ambiguidades existem. Ora a polícia administrativa é espécie do gênero 
polícia, ora é gênero de várias espécies. No entanto há de se concluir que polícia administrativa, 
polícia de segurança e polícia judiciária, são todas espécies do gênero polícia. 
 
Como informamos no inicio, não pretendemos nos aprofundar as discussões na divisão e 
classificação da polícia que é oriunda da doutrina francesa. Até mesmo porque, para a doutrina 
brasileira esta distinção é de pouca importância, e como afirma BANDEIRA DE MELLO (2009), as 
intervenções da administração pública devem ocorrer no mesmo nível. 
 
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16 (livros didáticos e congêneres) - Biblioteca Nacional: n° 2012/RJ/19521 - 641.675, livro 1.233 folha 417- Website protegido por leis de direitos autorais. 
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Algumas considerações que colocamos a respeito da atividade de polícia do Estado, e que deve 
interessar ao nosso entendimento no contexto das funções da atividade policial é a distinção do 
exercício das funções de polícia administrativa geral, representada na atividade de polícia de 
segurança e o exercício das funções de polícia judiciária, como espécies da polícia, no Estado de 
Direito. 
 
Nesse sentido, afirma-se que polícia administrativa é a função da polícia como órgão de prevenção 
com o objetivo de prestar a segurança pública e, que a função de polícia judiciária, é voltada à 
repressão e tem por objetivo a conduta típica. 
 
O eminente jurista, Álvaro Lazzarini, citado pela professora Maria Sylvia Di Pietro (LAZZARINI, 2000, 
apud DI PIETRO, 2002, p. 112): afirma que: ‘(...) a linha de diferenciação está na ocorrência ou 
não de ilícito penal. Com efeito, quando atua na área do ilícito puramente administrativo (preventiva 
ou repressivamente), a polícia é administrativa. Quando o ilícito penal é praticado, é a polícia 
judiciária que age’”. 
 
Cuida dos atos de polícia administrativa, o Direito Administrativo, que no seu caráter preventivo é 
regido pelos atos administrativos e não se fundamenta em nenhum ato posterior. Cuida dos atos 
de polícia judiciária, o Direito Processual Penal, que regem estas funções, entre outras legislações, 
o Código de Processo Penal, que estabelece: “a polícia judiciária será exercida... no território de 
suas respectivas circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais e da sua autoria” 
(art. 4º, do CPP) grifo nosso. 
 
Logo, a polícia judiciária, tem por escopo a função de “apurar infrações penais e sua autoria” através 
do inquérito policial, um procedimento administrativo e de caráter inquisitivo, o que consiste na 
realização de uma investigação preliminar ao processo penal. Resumem-se as atribuições da polícia 
judiciária nos atos deste procedimento. Fora disto, é a polícia administrativa que atua. 
 
CELSO BASTOS (2001), ao distinguir as duas espécies da atividade policial, nos ensina: 
 
Dos ensinamentos expostos, e percebendo os limites de atuação destes dois ramos da atividade 
policial voltados para a segurança pública, podemos concluir que: a polícia de segurança é composta 
por uma polícia administrativa, que age de forma preventiva,independente de autorização judicial 
e com o objetivo de impedir a ocorrência do crime; e, por uma polícia judiciária, que age de forma 
repressiva, com base numa futura submissão dos seus atos ao Poder Judiciário, visando à elucidação 
do crime já perpetrado. 
 
Diante destas assertivas, resta-nos averiguar quais órgãos policiais brasileiros tem atribuições para 
exercerem as funções de polícia administrativa e quais terão as atribuições para exercerem as 
funções de polícia judiciária. 
 
A Carta Política de 1988, em seu artigo 144, estabelece quais os órgãos policiais brasileiros existem 
e em que atividade policial eles são responsáveis pela segurança pública. E o mandamento é 
imperativo: 
 
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para 
a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos 
seguintes órgãos: 
I - polícia federal; 
II - polícia rodoviária federal; 
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III - polícia ferroviária federal; 
IV - polícias civis; 
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares 
 
Por mais que se queira inferir, por questões corporativistas, a existência de um órgão de “polícia 
judiciária” no Brasil, seja em âmbito estadual ou federal, isto não existe! Apenas aqueles citados 
nos incisos de I a V, do art. 144, referidos, são órgãos policiais. 
 
O que existe, isto sim, são órgãos policiais com atribuições de exercer as funções de polícia 
administrativa e as funções de polícia judiciária. 
 
E, os parágrafos deste mesmo artigo 144 da Constituição são explícitos quanto às atribuições destes 
órgãos. 
 
Assim, os incisos do § 1º, determinam que a Polícia Federal, destina-se a: 
 
I - apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e 
interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras 
infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme, 
segundo se dispuser em lei; 
II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o 
descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas de 
competência; 
III - exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras; 
IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União. 
 
Nos demais parágrafos, a Constituição dá a destinação para os demais órgãos policiais, reservando 
no âmbito federal, o patrulhamento ostensivo das rodovias e ferrovias federais (§§ 2º e 3º), para a 
polícia rodoviária e polícia ferroviária federais, portando, órgãos que exercem funções de polícia 
administrativa ou preventiva no âmbito das rodovias e ferrovias federais. 
 
Já em âmbito estadual, os §§ 4º e 5º, determina a incumbência das polícias civis, as “funções de 
polícia judiciária e a apuração de infrações penais”, e que cabem “às polícias militares... polícia 
ostensiva e a preservação da ordem pública”. Portanto, órgãos policiais estaduais, que desenvolvem 
as atividades de polícia judiciária ou repressiva e de polícia administrativa ou preventiva, 
respectivamente. 
 
Voltemos a analisar agora, dentro da classificação doutrinária do Direito Administrativo, e dentro 
dos preceitos do Direito Constitucional Pátrio, as destinações da Polícia Federal, como órgão de 
segurança pública. 
 
No âmbito estadual, verificamos que a “preservação da ordem pública” cabe ostensivamente, às 
polícias militares. No entanto, o caput do art. 144, diz que a “preservação da ordem pública e da 
incolumidade das pessoas e do patrimônio”, será exercida, entre os demais, “através dos seguintes 
órgãos: I – Polícia federal;”. 
 
Já os incisos do § 1º, estabelecem ainda, que Polícia Federal tem destinação de exercer as “funções 
de polícia judiciária da União”, e “apurar infrações penais” (Inc. I e IV), ou seja, as funções 
estabelecidas no art. 4º do CPP. 
 
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Determina, também o mesmo parágrafo, à Polícia Federal, as destinações de “prevenir e reprimir o 
tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o descaminho”, além de “exercer as 
funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras”. 
 
Portanto ações preventivas para impedir a ação criminosa do tráfico ilícito, do contrabando e do 
descaminho. E, no patrulhamento das fronteiras secas e marítimas, e aeroportuárias (inc. II e III), 
configurando-se também, a Polícia Federal, uma polícia administrativa em sentido geral, ou de 
polícia de segurança. 
 
O professor constitucionalista, PEDRO LENZA, já citado, em seu compêndio “Direito Constitucional 
Esquematizado”, mostra com uma clareza cristalina e de forma simples, por meio de um 
organograma das funções constitucionais de cada órgão policial brasileiro, que a Polícia Federal é a 
única polícia que exerce ao mesmo tempo as funções de polícia administrativa e de polícia judiciária. 
 
Vale ressaltar, que à luz da doutrina administrativa e dos conceitos aqui expostos, percebe-se que 
todos os órgãos policiais relacionadas no art. 144, podem, eventualmente, exercerem atividades de 
polícia administrativa em sentido específico, ou seja, como órgão da administração voltado a 
atividades acessórias de determinada serviços públicos específicos, por exemplo, quando as polícias 
civis exercem funções de polícia de vigilância sanitária, ou quando as polícias militares e rodoviária 
federal exercem funções de fiscalização de polícia de trânsito; ou ainda, quando a Polícia Federal 
exerce fiscalização de polícia de migração ou quando exerce a fiscalização de precursores químicos 
e na fiscalização da atividade de segurança privada. Portanto, exemplos de polícia administrativa 
fora da atividade geral de polícia de segurança. 
 
DARCY BRUM (2009) no artigo “O poder de polícia da autoridade marítima brasileira”, que examina 
possibilidade legal do poder de polícia de segurança da autoridade marítima e os possíveis óbices 
do seu exercício, descreve com maestria a função de polícia de segurança da Polícia Federal no 
policiamento marítimo. 
 
Ensina-nos, que a Autoridade Marítima, representada pelo Comandante da Marinha, é uma 
“competência geral de polícia administrativa especial”, ou seja, inclui-se nas competências gerais e 
subsidiárias da Marinha de Guerra, como atividade de polícia administrativa especial, e não como 
polícia de segurança, por se referir “a um específico setor da Administração”, como a fiscalização 
do tráfego aquaviário, a salvaguarda da vida humana no mar e à segurança da navegação,fiscalização de navio, plataformas e suas instalações de apoio, e as cargas embarcadas, de natureza 
nociva ou perigosa, etc. 
 
O articulista, citando Duarte Neto, coloca que a Lei nº 9.537/1997, Lei de Segurança do Tráfego 
Aquaviário, que dispõe sobre segurança do tráfego aquaviário em águas sob jurisdição nacional, 
quando alterou a denominação de Polícia Naval para Inspeção Naval, “teve o propósito de evitar 
possível confusão entre as atividades previstas na Lei de Segurança do Tráfego Aquaviário e a 
repressão ao contrabando ou aos furtos e assaltos praticados em embarcações nos portos, como 
ficou registrado na tramitação da Câmara”. 
 
Por fim, assevera o autor, que a preocupação do legislador foi em definir que a atividade de polícia 
administrativa da Autoridade Marítima, não se confunde com a atividade de polícia de segurança, 
“que incluiria, por exemplo, a repressão ao tráfico de drogas e armas, à pirataria, ao contrabando 
e ao descaminho”. 
 
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Não obstante, há patenteado na legislação específica, a previsão legal para a Autoridade Marítima 
exercer as funções de polícia de segurança pela hoje denominada Patrulha Naval, com competência 
concorrente com a Polícia Federal. 
 
DARCY BRUM, assim se pronuncia a respeito: “a tarefa de implementar e fiscalizar o cumprimento 
de leis e regulamentos, no mar e nas águas interiores, atribuída à Marinha pela Lei Complementar 
que trata da organização, do preparo e do emprego das Forças Armadas, corresponde a uma 
atividade de polícia de segurança pública ostensiva. Nesse ponto, há concorrência de competências 
entre Marinha e a Polícia Federal, em que pese ter sido alterada a denominação da Polícia Naval, 
substituída por Inspeção Naval, e os esforços para manter a Lei nº 9.537/1997, Lei de Segurança 
do Tráfego Aquaviário, na esfera da polícia administrativa” (em sentido especial). “Ainda que por 
outro instrumento, mantém-se a Autoridade Marítima competente para atuar na repressão de 
delitos, no mar e nas águas interiores, autorizada a realizar tarefa que, na competência da Polícia 
Federal, é intitulada de Polícia Marítima”. 
 
Ensina-nos que: “As tarefas de segurança pública nos portos e no mar territorial brasileiro são 
atribuições da Polícia Federal que constituem a Polícia Marítima. Então, a Polícia Marítima engloba 
atividades de polícia de segurança pública, com o policiamento ostensivo, preventivo, e de polícia 
judiciária, porque é atribuição do DPF instaurar os procedimentos investigatórios para apurar a 
prática de delitos federais”. 
 
E conclui dizendo, referenciando-se na Portaria nº 2, de 05/08/1999, MJ/DPF, que “a Polícia 
Marítima é uma atividade de competência do Departamento de Polícia Federal (DPF). Essa atividade 
é exercida, em âmbito nacional, pela Divisão de Polícia Marítima, Aeroportuária e de Fronteiras 
(DPMAF) do DPF e, regionalmente, por Unidades de Polícia Marítima, com atuação nos portos e mar 
territorial brasileiro”. E assevera ainda, ter “por objetivo a prevenção e a repressão aos ilícitos 
praticados a bordo, contra ou em relação a embarcações na costa brasileira, e a fiscalização do 
fluxo migratório no Brasil, sem prejuízo da prevenção e repressão aos demais ilícitos de competência 
do DPF, podendo estender-se além do limite territorial”. 
 
Porém, constata o autor uma triste realidade, conhecida por todos nós, policiais federais, ao afirmar 
que: “o DPF autolimitou sua atividade de polícia marítima.” 
 
No entanto, a par desta constatação de abandono proposital e intencional das funções de polícia 
administrativa da Polícia Federal, como polícia de segurança, não só nesta área, mas, também no 
policiamento das fronteiras secas e na segurança do vôo no policiamento aeroportuário, ou ainda 
na prevenção efetiva ao tráfico ilícito de drogas, à pirataria, ao contrabando, e ao descaminho; toda 
a sorte de crimes é perpetuada diuturnamente por falta de um trabalho efetivo da Polícia Federal 
como polícia administrativa da União. 
 
Assim sendo, sabemos que a Polícia Federal é a única polícia brasileira que exerce as suas funções 
de polícia, como polícia administrativa, no sentido geral, como polícia de segurança e como polícia 
judiciária, diferente das demais polícias brasileiras que, ou exercem apenas a função de polícia 
judiciária, como as polícias civis, ou só exercem, apenas as funções de polícia administrativa, como 
as polícias militares; no entanto estamos reféns de uma situação inexplicável, em que não se valoriza 
e nem se implementa esta atividade na Polícia Federal. 
 
http://www2.forumseguranca.org.br/content/pol%C3%ADcia-administrativa-ou-preventiva-e-pol%C3%ADcia-judici%C3%A1ria-ou-repressiva