Buscar

trabalho unopar pdf 05 de novembro

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ITAITUBA-PA 
2017 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOME DO(S) AUTOR (ES) EM ORDEM ALFABÉTICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO 
GRADUAÇÃO EM TECNOLOGIA EM SEGURANÇA NO TRABALHO 
AÇÕES PREVENTIVAS E CORRETIVAS PARA 
POSSÍVEIS ACIDENTES EM ATERROS SANITÁRIOS 
 
ITAITUBA-PA 
2017 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AÇÕES PREVENTIVAS E CORRETIVAS PARA POSSÍVEIS 
ACIDENTES EM ATERROS SANITÁRIOS 
 
Trabalho apresentado à Universidade Norte do Paraná - 
UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de 
média bimestral nas disciplinas de: Gestão e 
Saneamento Ambiental, Higiene do Trabalho e 
Segurança Industrial, Higiene do Trabalho e 
Biossegurança, Seminário Interdisciplinar IV. 
 
Orientador: Prof.: Vinícius Pires Rincão / Juliana 
Alberton Frias; Claudiane Ribeiro Balan; Silvia Paulino 
Ribeiro Albanese; Edinei Hideki Suzuki. 
 
NOME DO(S) AUTOR(ES) EM ORDEM ALFABÉTICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 3 
2. IDENTIFICAÇÃO DOS RISCOS ........................................................................... 5 
3. PROJETO DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES COM BASE NOS RISCOS 
IDENTIFICADOS. ........................................................................................................ 7 
4. PROJETO DE CAPACITAÇÃO DE COMO OS TRABALHADORES DO ATERRO 
SANITÁRIO PODEM LIDAR COM POSSÍVEIS ACIDENTES................................... 10 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 15 
 3 
1 INTRODUÇÃO 
De acordo com a norma brasileira NBR 15849 (ABNT, 2010), aterro 
sanitário é uma “técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo, sem 
causar danos à saúde pública e à sua segurança, minimizando os impactos 
ambientais, método este que utiliza princípios de engenharia para confinar os 
resíduos sólidos à menor área possível e reduzi-los ao menor volume permissível, 
cobrindo-os com uma camada de terra na conclusão de cada jornada de trabalho, ou 
a intervalos menores, se necessário”. 
Este método de disposição final dos resíduos deve contar com todos os 
elementos de proteção ambiental: 
 Sistema de impermeabilização de base e laterais; 
 Sistema de recobrimento diário e cobertura final; 
 Sistema de coleta e drenagem de líquidos percolados; 
 Sistema de coleta e tratamentos dos gases; 
 Sistema de drenagem superficial; 
 Sistema de tratamento de líquidos percolados; 
 Sistema de monitoramento. 
Além dessas exigências técnicas estruturais e construtivas, há que se 
avaliarem também as probabilidades de impacto local e sobre a área de influência 
do empreendimento e se buscar medidas para mitigá-los. Embora consistindo numa 
técnica simples, os aterros sanitários exigem cuidados especiais, e procedimentos 
específicos devem ser seguidos desde a escolha da área até a sua operação e 
monitoramento. (FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE- BELO 
HORIZONTE 2006) 
A construção do aterro começa com a escavação de um grande buraco, 
mas antes disso, o solo é perfurado ate o lençol freático para verificar se não é 
arenoso demais e calcular o limite de escavação que deve ficar a menos de dois 
metros do lençol. Tratores concentram a terra no fundo do buraco. Sobre o solo 
compactado, é colocada uma manta de polietileno de alta densidade e, sobre ela, 
uma camada de pedra brita, por onde passam os líquidos e gases liberados 
pelo lixo. É feito uma camada de impermeabilização a cada 5 metros de lixo. Para 
drenar o percolado (líquido que sai do lixo misturado à água da chuva) a cada 20 
metros são instalados calhas de concreto, que levam a mistura até a lagoa de 
 4 
acumulação que é tratado no próprio aterro e lançado no esgoto ou é recolhido e 
transportado em caminhões para uma estação de tratamento de esgoto. Quando o 
aterro esgota sua capacidade, é preciso fechá-lo. Sua vida útil é de cerca de 10 
anos e a maior parte deles dá origem a áreas verdes de conservação. Como o gás e 
o percolado continuam sendo gerados por pelo menos 15 anos, não se recomenda 
que o terreno seja usado para construções. 
Poderão ser dispostos no aterro sanitário os resíduos sólidos de Classe II 
- Não-Inertes - segundo as definições apresentadas na NBR 10.004/1987 da ABNT. 
Sob nenhuma hipótese deverão ser recebidos resíduos sólidos de Classe I, 
classificados como perigosos. Observada a condição acima definida, poderão ser 
recebidos, dentre outros: resíduos sólidos urbanos de origem domiciliar e comercial; 
resíduos dos serviços de capina, varrição, poda e raspagem; resíduos de 
gradeamento, desarenação e lodos desidratados das Estações de Tratamento de 
Esgoto; resíduos desidratados de veículos limpa-fossas; resíduos desidratados de 
Estações de Tratamento de Água e resíduos sólidos provenientes de indústrias, 
comércios ou outras origens que tenham sua classificação como Classe II 
comprovada por laudo técnico de análises laboratoriais, conforme normas 
específicas da ABNT. 
O lixo solta gases que são captados por uma rede de tubos verticais que 
possuem furos e por esses canos os gases sobem e chegam à superfície do aterro. 
Alguns gases são recolhidos em tambores e outros são liberados na atmosfera. A 
operação segura de um aterro sanitário envolve empilhar e compactar os resíduos 
sólidos e cobri-los diariamente com uma camada de solo. A compactação tem como 
objetivo reduzir a área disponível prolongando a vida útil do aterro, ao mesmo tempo 
em que o propicia a firmeza do terreno possibilitando seu uso futuro para outros fins. 
A cobertura diária do solo evita que os resíduos permaneçam a céu aberto, com 
possível contato com animais (pássaros) e sujeito a chuva, e também para diminuir a 
liberação de gases mal cheirosos, bem como a disseminação de doenças. 
As vantagens do aterro sanitário são: 
 O gás do lixo desperdiçado é convertido em fonte de energia renovável; 
 A liberação de metano (CH4) para a atmosfera é reduzida ou eliminada; 
 O gás de aterro representa uma alternativa para os combustíveis 
convencionais; 
 Muito eficiente para a geração de energia com motores a gás; 
 5 
 A energia gerada através da queima do gás de aterro não é tarifada pela 
utilização da rede de distribuição das concessionárias; 
 Evita o contato humano direto com o lixo; 
 Diminui o risco de contaminação das águas subterrâneas, qu ando 
executado adequadamente; 
 Pode aproveitar áreas topograficamente inutilizadas; 
Fomenta o emprego e protege a qualidade de vida das gerações futuras. 
 
2. IDENTIFICAÇÃO DOS RISCOS 
 
Entretanto, os aterros sanitários também apresentam algumas 
desvantagens, como a geração de odores característicos, a possibilidade de 
exposição e riscos aos trabalhadores, a necessidade de grandes áreas para o 
empreendimento e ainda a resistência por parte da comunidade do entorno, 
havendo também proliferação de vetores e potenciais doenças associadas e, além 
do mais, após seu encerramento a possibilidade de passivos ambientais. Costa e 
Ribeiro (2013, p. 53). 
Os riscos são diversos: risco químico (gases, névoa, neblina, poeira e 
substâncias químicas tóxicas), físico (ruídos, vibração, calor, frio e umidade), 
biológico (doenças patológicas, animais transmissores de doenças), ergonômico 
(levantamento de peso em excesso, correr atrásdo caminhão, subir no caminhão) e 
acidentes (corte com materiais perfurantes, quedas, contusões, atropelamento e 
esmagamento). A liberação de gás metano pela decomposição de resíduos 
orgânicos quando mal procedido (metano é um gás que a grava o efeito estufa, 
muitas vezes mais potente do que o dióxido de carbono), pode oferecer perigo aos 
trabalhadores, como também aos moradores próximos; 
Os resíduos sólidos municipais contêm diversos microrganismos, uma vez 
que resíduos hospitalares como curativos, agulhas, seringas e luvas descartáveis 
são misturados a resíduos domiciliares como fraldas descartáveis, camisinha, papel 
higiênico e absorvente. Estes oferecem um preocupante risco sanitário e ambiental, 
pois são possíveis fontes de propagação de doenças, (SILVA; HOPPE, 2005). 
O odor vindo dos resíduos pode causar mal-estar, cefaleias e náuseas em 
trabalhadores e pessoas que se encontrem próximo ao sistema de manuseio, 
 6 
transporte e destinação final dos resíduos (OLIVEIRA; CASTRO; ZANDONADI, 
2012). 
Os trabalhadores estão expostos a poeiras ocasionadas pela 
movimentação dos resíduos e do escapamento das máquinas, o que se agrava em 
períodos de estiagem. A poluição gerada pelos veículos também é fator relevantes à 
saúde dos trabalhadores, uma vez que doenças respiratórias são as mais comuns 
neste período. A poeira é responsável pelo desconforto e perda momentânea da 
visão, além de problemas respiratórios e pulmonares (OLIVEIRA; SANTOS, 2009). 
Os trabalhadores do aterro sanitário, por realizarem suas atividades ao ar 
livre, ficam expostos ao calor, ao frio, à chuva, às variações bruscas de temperatura, 
além dos ruídos em excesso, que promovem a perda parcial ou permanente da 
audição, causam cefaleia, desidratação, tensão nervosa e estresse (OLIVEIRA; 
CASTRO; ZANDONADI, 2012). 
Na identificação dos riscos ergonômicos, apresentam a má postura no 
trabalho decorrente do manuseio do maquinário (pá carregadeira, trator esteira reto 
escavadeira ou caçambas) e da retirada e manuseio dos resíduos oriundos das 
caçambas. 
As situações de emergência que podem acontecer na implantação e na 
operação de aterros sanitários são as seguintes: 
 
 Escorregamentos; 
 Incêndios; 
 Explosões; 
 Vazamentos de gases; 
 Vazamentos de lixiviados 
 Ruptura ou rompimento de taludes; 
 Tombamento e colisão de veículos ou equipamentos. 
 Acidentes fatais (exemplo: trabalhadores enterrados sob pilhas de resíduos); 
 
 
 
 
 
 7 
3. PROJETO DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES COM BASE NOS RISCOS 
IDENTIFICADOS. 
É no trabalho e pelo trabalho que o homem é valorizado e reconhecido 
perante a sociedade e utiliza-se deste para sua sobrevivência. Desta forma o 
trabalho passa a ter também uma acepção um tanto deletéria, isto é, o trabalho ao 
mesmo tempo em que dignifica o homem, também não é uma atividade 
necessariamente benéfica a sua saúde, na medida em que esta provoca fadiga e 
sofrimento (MADRUGA, 2002). 
A produção de resíduos sólidos urbanos vem crescendo nas últimas 
décadas principalmente pelo aumento do consumo de produtos industrializados e 
pela proliferação dos “descartáveis” que fazem parte dos costumes ocidentais, que 
são responsáveis pela geração de imensas quantidades de resíduos, 
transformando-os em um dos maiores problemas da sociedade moderna (ABEQ, 
2001). 
 Quanto à mão-de-obra, um aterro sanitário dispõe de: 
• engenheiro de campo, em regime de tempo parcial; 
• encarregado-geral, incumbido do controle da operação do aterro sanitário, em 
tempo integral; 
• ajudantes de operação, para auxílio aos operadores de máquinas e para o controle 
e encaminhamento dos caminhões coletores de lixo à frente de serviço; 
• operadores de tratores de esteira; 
• operador de máquinas de terraplenagem; 
• motorista de caminhão-basculante; 
• motorista de caminhão-pipa; 
• topógrafo e auxiliares de topografia, para demarcação e monitoramento periódico 
da frente de serviço; 
• auxiliares de serviços gerais, para plantio de grama, urbanização e manutenção da 
limpeza do empreendimento; 
• vigias. 
Durante a sua jornada de trabalho estes profissionais lidam com os 
resíduos sólidos gerados pela população. Dessa forma, a segurança do trabalho, 
adota medidas de proteção, visando à minimização dos acidentes diários, doenças 
ocupacionais, bem como proteger a integridade física e mental do trabalhador. A 
 8 
adoção de medidas e ações preventivas em qualquer grupo profissional é 
fundamental à saúde do trabalhador. No caso destes profissionais, o uso de 
Equipamentos de Proteção Individual (EPI) deve ser obrigatório segundo a Norma 
Regulamentadora 6 (NR6). A obrigatoriedade de seu uso reflete em maior segurança 
às atividades que expõem o profissional e com isso o risco de acidentes é reduzido. 
Fazer uso rigoroso dos EPIs como máscaras, luvas, botas e uniformes, 
minimiza a possibilidade de contaminação e garante a boa qualidade de trabalho. O 
empregado tem direito a receber EPIs em conformidade com a atividade que exerce 
e em bom estado de uso. Quanto aos deveres, a norma traz a seguinte 
determinação ao empregado: a) usar apenas para a finalidade a que se destina; b) 
responsabilizar-se pela guarda e conservação; c) comunicar ao empregador 
qualquer alteração que o torne impróprio para uso; d) cumprir as determinações do 
empregador sobre o uso adequado. 
Os E.P. I devem ser limpos e desinfetados, a cada vez que há troca de 
usuário. É necessário que se ajude o operário a conservar o seu equipamento de 
proteção individual, não só conscientizando-o de que, com a conservação, ele se 
estará protegendo como, também, oferecendo-lhe lugar próprio para guardar o EPI 
após o seu uso. Sempre que possível à verificação e a limpeza destes equipamentos 
devem ser confiadas a uma pessoa habilitada para este fim. Dependendo do caso, o 
próprio trabalhador pode se ocupar desta tarefa, desde que receba orientação para 
isso. 
De acordo com a NR21 nos trabalhos realizados a céu aberto, é 
obrigatória a existência de abrigos, ainda que rústicos capazes de proteger os 
trabalhadores contra intempéries. Devem ser exigidas medidas especiais que 
protejam os trabalhadores contra a insolação excessiva, o calor, o frio, a umidade, a 
chuva e os ventos inconvenientes. 
Com o objetivo de controlar os riscos de acidentes em aterros sanitários, 
abaixo serão citadas algumas medidas preventivas para casos de emergências: 
 
 
 
 
 
 
 9 
Quadro 01: Ações de emergência 
Acidentes Ações preventivas 
 
 
Escorregamentos do maciço/aterro 
-Inspeções visuais: identificação de 
trincas, recalques, erosões, etc. 
-Controle por instrumentação: 
piezômetros, deslocamentos, etc. 
-Observações no sistema de drenagem 
e cobertura vegetal; etc. 
 -Medições de gases e pressões do 
interior do maciço; 
- Outras ações cabíveis. 
Incêndio - Cobertura dos resíduos; - Segregação 
dos resíduos. 
Explosão no maciço de resíduos - Inspeções visuais nos drenos de gases 
e chorume; 
-Observações de trincas, recalques, etc. 
- Garantir ventilação adequada durante a 
escavação do maciço de resíduos. 
-Medições do entorno com 
explosivímetro. 
Vazamentos de gases -Garantir ventilação adequada no interior 
das edificações; 
 -Inspeções visuais nos drenos de gases 
e chorume; 
-Observações de trincas, recalques, etc. 
 
Vazamento de chorume do aterro e 
lagoa 
- Inspeções visuais identificando pontos 
de surgência, drenos, lagoa, etc.; 
-Manutenção dos equipamentos; - E 
outras ações cabíveis. 
 
Com relação aos riscos biológicos, para prevenção de doenças com a 
Hepatite B, a Febre Amarela, o Tétano,entre outras, é necessário a utilização de 
vacinas ou soros, pois estes contém agentes infecciosos inativados ou produtos que 
induzem a produção de anticorpos pelo próprio organismo da pessoa vacinada. Tem 
poder preventivo. Contém os anticorpos necessários para combater determinada 
doença ou intoxicação. Tem poder curativo. 
Para o bom funcionamento do aterro sanitário é imprescindível a 
permanência do encarregado, devidamente treinado e capacitado para o controle 
operacional da unidade, como também a participação de um técnico de segurança 
do trabalho, o qual deve orientar aos trabalhadores os riscos aos quais estão 
expostos e formas de prevenção. 
 
 
 10 
4. PROJETO DE CAPACITAÇÃO DE COMO OS TRABALHADORES DO ATERRO 
SANITÁRIO PODE LIDAR COM POSSÍVEIS ACIDENTES. 
A primeira avaliação do acidente tem como constatar e minimizar os 
problemas que colocam a vida da vítima em risco, principalmente os que dizem 
respeito às vias respiratórias e circulação todo processo deve ser rápido e, 
organizado e eficiente para a garantia da vida da vítima, segundo o Serviço de 
Atendimento Móvel de Urgência (SAMU, 2010) por isso, quem vai prestar socorro, 
precisa ao menos ter noção da sequência dos procedimentos a ser procedido, saber 
identificar a situação do acidentado, o tempo de ação e pausa de cada massagem, 
entre outros fatores (BERGERON et al., 2007). 
Para iniciar os primeiros socorros a primeira ação a ser praticada é 
procurar tranquilizar a vítima do pânico que acabou de sofrer em razão do acidente 
(TEIXEIRA; SILVA, 2009), procurar avaliar o acidentado e lhe prestar solidariedade, 
fazer perguntas para ver se está consciente, se informar de sua pressão, telefone de 
algum familiar ou amigo que possa ligar, manter todo o controle e lhe passar 
segurança (CICV, 2006), assim será mais fácil prestar o socorro, mas antes de iniciar 
qualquer procedimento deve-se ter a certeza de que não irá piorar ainda mais o 
estado da vítima (TEIXEIRA; SILVA, 2009), pois “prestar um socorro sem padrão de 
assistência, gerando agravos adicionais ao paciente é Negligência” (SILVA, 2007, p. 
50). 
No entendimento de Teixeira e Silva (2009, p. 03), ao prestar socorro à 
pessoa deve atentar-se a alguns princípios essenciais, tais como: 
 
• Agir com calma e confiança – evitar o pânico 
• Ser rápido, mas não precipitado; 
• Usar bom senso, sabendo reconhecer suas limitações; 
• Usar criatividade para improvisação; 
• Demonstrar tranquilidade, dando ao acidentado segurança; 
• Se houver condições solicitar ajuda de alguém do mesmo sexo da vítima; 
• Manter sua atenção voltada para a vítima quando estiver interrogando-a; 
• Falar de modo claro e objetivo; 
• Aguardar a resposta da vítima; 
• Não atropelar com muitas perguntas; 
• Explicar o procedimento antes de executá-lo; 
 11 
• Responder honestamente as perguntas que a vítima fizer; 
• Usar luvas descartáveis e dispositivas boca-máscara, improvisando se necessário; 
para proteção contra doenças de transmissão respiratória e por sangue; 
• Atender a vítima em local seguro (removê-la do local se houver risco de explosão, 
desabamento ou incêndio). 
Todavia, antes de iniciar o socorro a vítima é importante observar o local 
onde ela se encontra e verificar se existe algum risco de intoxicação, incêndio que 
possam agravar as condições da vítima (DRAGANOV, 2007), em seguida, com 
calma e tranquilidade se inicia os procedimentos de socorro os quais devem ser 
aplicados de forma correta (LOMBA; LOMBA, 2006), tais técnicas são imediatas e 
temporárias até que chegue o socorro especializado (NOVAES; NOVAES, 1994), 
além do mais, a procedência dos primeiros socorros não substitui a necessidade do 
acidentado ser avaliado posteriormente pelo profissional médico, mas contribui para 
ganhar tempo até que se chegue a uma unidade hospitalar (DUTRA, 2005). 
Os ferimentos são as alterações mais comuns de ocorrer em aterros 
sanitários. São lesões que surgem sempre que existe um traumatismo, seja em que 
proporção for desde um pequeno corte ou escoriação de atendimento doméstico até 
acidentes violentos com politraumatismo e complicações. 
A seguir serão citadas as lesões mais comuns em ambientes de trabalho 
como o aterro sanitário, ocorridas a partir dos acidentes supracitados, será citada 
também uma série de recomendações para o atendimento de primeiros socorros, as 
ações que devem ser tomadas em casos de acidente, enfim como os trabalhadores 
do Aterro Sanitário podem lidar com possíveis acidentes. 
Em todos os acidentes com lesões corporais, deve-se verificar a 
gravidade deles, efetuando os procedimentos de primeiros socorros e, em seguida, 
encaminhando o trabalhador ao serviço médico. 
Para todos os casos o primeiro passo é não tocar no ferimento 
diretamente com os dedos. Os ferimentos podem inflamar e infeccionar muito 
rapidamente, dependendo do grau de limpeza e dos cuidados que forem tomados 
para prevenir a contaminação. Ter em mente a necessidade de cobrir o ferimento 
com compressa limpa e encaminhar o acidentado para atendimento especializado. 
Em qualquer forma de atendimento a ferimentos provocados por qualquer 
tipo de acidente, sempre conduzir da seguinte forma: 
 
 12 
1. Lavar as mãos com água corrente e sabão antes de manipular o ferimento; 
2. Parar ou controlar qualquer tipo de hemorragia; 
3. Cuidar e prevenir o estado de choque; 
4. Procurar auxílio especializado com urgência, nos casos de lesões graves, e 
encaminhar o acidentado para atendimento especializado. 
 
 Ferimento na Cabeça 
 
· Deitar o acidentado de costas (em caso de inconsciência ou inquietação). 
· Afrouxar as roupas do acidentado. 
· Colocar compressa ou pano limpo sobre o ferimento (em caso de 
hemorragia). 
· Prender a compressa com esparadrapo ou tira de pano. 
 
 Traumatismos Abdominais 
 
Mais de 60% dos traumatismos abdominais são causados por acidentes 
automobilísticos, mas podem ocorrer em ambientes de trabalho devido à pancada de 
objetos pesados ou a quedas violentas amparadas pelo choque do abdome contra 
alguma superfície dura. Os traumatismos abdominais são classificados de abertos 
ou fechados. Os traumatismos abertos ou feridos podem ocorrer de forma simples, 
como um ferimento qualquer, ou de forma mais grave, quando ocorre ruptura de 
músculos e da parede abdominal em grande extensão, suficiente para provocar uma 
evisceração. Nos casos de evisceração não se devem, de forma alguma, tocar nas 
vísceras, nem tentar colocá-las de volta, para dentro da cavidade abdominal. 
A primeira coisa a ser feita é providenciar para que seja encontrado 
socorro médico ou remoção especializada o mais rápido possível. Em seguida 
colocar o acidentado em local confortável, em decúbito dorsal, colocando uma manta 
ou cobertor enrolado sob seus joelhos, para diminuir a pressão sobre o ventre e 
impedir o afastamento muscular. O ferimento deverá então ser coberto com curativo 
ou compressa, ou pano limpo umedecido em solução salina, caso não seja possível, 
em água limpa. Estas compressas não devem ser de materiais aderentes. Envolver 
o curativo cuidadosamente com bandagens fixadas firmemente, mas nunca 
apertada. Não dar nada para o acidentado beber ou comer, ainda que se queixe de 
muita fome ou sede. 
 13 
 
 Contusões 
 
As contusões são lesões provocadas por pancadas, sem a presença de 
ferimentos abertos, isto é, sem rompimento da pele. Não há solução de continuidade 
da pele e só ocorre derramamento de sangue no tecido subcutâneo, ou em camadas 
mais profundas. Estas lesões quando superficiais não ameaçam a vida, porém 
podem alertar a quem estiver fazendo a prestação de primeiros socorros, paraa 
possibilidade de lesões de órgãos internos. Esta lesão é das mais frequentes e pode 
ocorrer durante a atividade laboral no aterro sanitário, pelos mais diversos motivos, 
entre os quais batidos em ferramentas, taludes, equipamentos, quedas. 
As lesões contusas podem ser tratadas de maneira simples, desde que 
não apresentem gravidade. Normalmente, bolsa de gelo ou compressa de água 
gelada nas primeiras 24 horas e repouso da parte lesada são suficientes. Se 
persistirem sintomas de dor, edema, hiperemia, pode-se aplicar compressas de calor 
úmido. Deve ser procurado auxílio especializado. As contusões simples, de um 
modo geral, não apresentam complicações, nem necessitam de cuidados especiais. 
Todavia, deve-se ficar alerta para contusões abdominais, mesmo que não 
apresentem nenhum sintoma ou sinal, pois poderá ter havido complicações internas 
mais graves. 
No que se refere aos riscos biológicos acima citados, serão também 
informados alguns cuidados a serem tomados: 
Para as hepatites virais agudas (Hepatite B), indica-se apenas repouso 
relativo (com restrição de atividades físicas), dieta balanceada e medicamentos para 
dor e febre, caso ocorram. Na hepatite viral crônica, existem alguns tratamentos 
específicos, indicados em alguns casos, que permitem a destruição do vírus e 
redução do risco de cirrose e câncer. 
Para o Tétano, independentemente de o esquema vacinal estar completo 
ou não, a limpeza do ferimento com água e sabão e a retirada de corpos estranhos 
(terra, fragmentos de madeira) é essencial, até para evitar infecção secundária com 
outras bactérias. Para as pessoas não vacinadas, é fundamental completar a 
vacinação antitetânica no posto de saúde mais próximo de sua residência. 
Para a Febre Amarela, há tratamento direto, ou seja, são administrados 
líquidos e transfusões de sangue ou apenas plaquetas, caso sejam necessárias. Por 
fim, para a Dengue, é aconselhável ficar em repouso e beber líquidos. É importante 
 14 
evitar a automedicação, pois a mesma pode ser perigosa. Deve-se usar apenas 
remédios sob prescrição médica. Não é aconselhável usar remédios à base de ácido 
acetilsalisílico (AAS), como “Aspirina” ou outros similares, porque eles facilitam a 
hemorragia. 
Com relação aos acidentes, o quadro 02 apresenta algumas ações 
corretivas, que devem ser realizadas. 
 
Quadro 01: Ações corretivas 
Acidentes Ações corretivas 
 
 
 
Escorregamentos do maciço/aterro 
-Reconfiguração geométrica; 
- Retaludamento; 
- Reforço do sistema de drenagem; 
 - Avaliação de riscos imediatos e 
futuros; - Isolamento e evacuação da 
área; 
 - Paralisação das operações na CTR e 
entorno; 
- Acionamento da defesa civil; 
Incêndio -Abafamento utilizando solo; 
- Isolamento da área. 
 
 
 
Explosão no maciço de resíduos 
-Implantação de medidas corretivas; 
- Avaliação de riscos imediatos e futuros; 
- Isolamento e evacuação da área; 
- Paralisação das operações na CTR e 
entorno; 
- Acionamento da defesa civil e outros 
órgãos competentes; 
 
 
 
Vazamentos de gases 
- Cobertura dos resíduos; 
 - Avaliação de riscos imediatos e 
futuros; 
- Isolamento e evacuação da área; 
- Paralisação das operações na CTR e 
entorno; 
- Acionamento da defesa civil e outros 
órgãos competentes; 
 
 
 
 
 
 
Vazamento de chorume do aterro e 
lagoa 
- Contenção; 
 - Remoção do percolado; 
 -Execução de diques de contenção; 
- Disposição do líquido na lagoa de 
chorume; 
- Aumento da frequência de envio à 
Estação de Tratamento; 
- Avaliação de riscos imediatos e futuros; 
- Isolamento da área; 
- Paralisação das operações na CTR 
quando interferir no processo de 
disposição; 
-Comunicação aos órgãos ambientais. 
 15 
REFERÊNCIAS 
 
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2010. NBR15849: 
Resíduos sólidos urbanos – Aterros sanitários de pequeno porte – Diretrizes 
para localização, projeto, implantação, operação e encerramento. 
 
COSTA, Beatriz Souza; RIBEIRO, José Cláudio Junqueira. Gestão e 
gerenciamento de resíduos sólidos: direitos e deveres. Rio de Janeiro: Lumen 
Juris, 2013 
 
FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE. Orientações básicas para a 
operação de aterro sanitário / Fundação Estadual do Meio Ambiente. - Belo 
Horizonte: FEAM, 2006. 36p. 
 
MADRUGA, R.B. Cargas de trabalho encontradas nos coletores de lixo 
domiciliar – um estudo de caso. Universidade de Santa Catarina – Programa de 
Pós-Graduação em Engenharia de Produção, 2002. Disponível em: 
http://www.tese.ufsc.br/teses/PEPS2 947. pdf. Acesso em: Novembro 2017. 
 
OLIVEIRA, A. P. S.; ZANDONADI, F. B.; CASTRO, J. M. Avaliação dos riscos 
ocupacionais entre trabalhadores da coleta de resíduos sólidos domiciliares da 
cidade de Sinop – MT: um estudo de caso. 2012. Artigo [Especialização em 
Engenharia de Segurança do Trabalho]-Universidade de Cuiabá. Cuiabá: UNIC, 
2012. 
 
SILVA C.E., HOPPE A.E. Diagnóstico dos Resíduos de Serviço de Saúde no 
Interior do Rio Grande do Sul. Revista engenharia sanitária e ambiental; 10(2) 
:146-151, 2005. 
 
ZIADE, E. Atenção Médica e Primeiros Socorros, Tratamentos, Padronizados. 
Instituto de Engenharia Nuclear, CNEN, R.J.

Outros materiais