Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Unidade 3 Fadiga conceitos e aplicações Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso Fadiga Ocorrência: carregamento dinâmico (variação de cargas e tensões repetidamente com o tempo) Origem: Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso área de concentração de tensão trincas entalhes furos rebaixos Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso Fonte: Shigley Exemplo: Falha por Fadiga Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso Fonte: Shigley Exemplo: Falha por Fadiga Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso Fonte: Shigley Exemplo: Estágio de Falha por Fadiga Trincas Origem: fabricação do elemento desenvolvimento com o tempo Em fadiga, a trinca geralmente se inicia em uma imperfeição ou descontinuidade do material, que atuam como pontos de concentração de tensões. Existem três estágios básicos e fundamentais na falha por fadiga: I - a nucleação da trinca II - a propagação da trinca e III - a fratura súbita, devido ao crescimento instável da trinca Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso Trincas Estágio I Etapa onde ocorre surgimento da trinca, é chamada de fadiga de estágio I Ocorrência do deslizamento dos grãos (metalografia). Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso Trincas Estágio II Etapa onde ocorre a extensão da trinca, é chamada de fadiga de estágio II. O crescimento da trinca ocorre de forma ordenada. Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso Trincas Estágio III Etapa onde ocorre a fratura final, é chamada de fadiga de estágio III. Ocorre quando a trinca é suficientemente longa Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso Nucleação da trinca Propagação da trinca Fratura súbita (PERIGOSA) Trincas – Estágios Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso Método da Vida sob Fadiga Para predizer quando, ou se, uma componente de máquina carregada ciclicamente irá falhar em fadiga, em um determinado período de tempo, utiliza-se geralmente três métodos: I - Método da Vida sob Tensão → o qual será abordado aqui... II - Método da Vida sob Deformação → indicado para baixa ciclagem III - Método da Mecânica de Fratura Linear Elástica → indicado quando a trinca já existe Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso Método da Vida sob Fadiga Tais métodos tentam predizer a vida, em número de ciclos de tensão até a ocorrência de falha, 𝑵 , para um nível de carregamento especificado. Classificação: fadiga de baixo ciclo 𝟏 ≤ 𝑵 ≤ 𝟏𝟎𝟑 𝒄𝒊𝒄𝒍𝒐𝒔 fadiga de alto ciclo 𝑵 > 𝟏𝟎𝟑 𝒄𝒊𝒄𝒍𝒐𝒔 Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso Ciclo de Tensão ou Revesão de tensão Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso Método da Vida sob Tensão Para estabelecer a resistência à fadiga de um material, muitos testes se fazem necessários em decorrência da natureza estatística da fadiga. Esses testes são realizados na máquina de viga rotativa de alta velocidade de R. R. Moore. Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso Essa máquina sujeita o corpo de prova à flexão pura (sem cisalhamento transversal) por meio de pesos. Método da Vida sob Tensão O corpo de prova é tensionado até sua destruição e, contando o total de ciclos. Para o ensaio de viga rotativa, uma carga de flexão constante é aplicada, e o número de revoluções dessa viga requerido até a falha é registrado. O primeiro ensaio é realizado a uma tensão um pouco inferior à resistência última de tração (𝑆𝑢𝑡) do material. O segundo teste é feito a uma tensão menor que aquela utilizada no primeiro teste. O processo é continuado, e os resultados são traçados em um diagrama 𝑺 − 𝑵. Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso 𝑺𝒆 𝑺𝒖𝒕 Vida infinita Baixo ciclo Alto ciclo Vida finita Diagrama 𝑺 − 𝑵 Sendo: 𝑺𝒇 → resistência à fadiga 𝑵 → número de ciclos de tensão 𝑺𝒆 → limite de resistência à fadiga ou limite de endurança 𝑺𝒖𝒕 → resistência última a tração Características: Aço UNS G41300 → 𝑺𝒖𝒕 = 𝟖𝟏𝟎 𝑴𝑷𝒂 Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso Diagrama 𝑺 − 𝑵 informações Fonte: Shigley Método da Vida sob Tensão Para metais não-ferrosos ou “ligas”, o gráfico do diagrama 𝑺 − 𝑵 , jamais se torna horizontal, de modo que esses materiais não tem um limite de endurança. Uma vez que o alumínio não tem um limite endurança, normalmente a resistência à fadiga 𝑺𝒇 é relatada até um número específico de ciclos, normalmente 𝑵 = 𝟓 × 𝟏𝟎𝟖 ciclos de tensão inversa. Esse diagrama é traçado em escala logarítmica para enfatizar a flexão na curva, que poderia não ser aparente se os resultados fossem traçados usando-se coordenadas cartesianas Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso Diagrama 𝑺 − 𝑵 Ligas de Alumínio representativas excluindo ligas forjadas com 𝑆𝑢𝑡 < 260 𝑀𝑃𝑎 𝑵 = 𝟓 × 𝟏𝟎𝟖 Fonte: Shigley Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso Limite de Resistência à Fadiga O diagrama 𝑺 − 𝑵 relaciona o nível de tensão com o número de ciclos aplicado até a falha. Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso Limite de Resistência à Fadiga Observe que no gráfico, ocorre um “joelho” e, além desse “joelho” não ocorrerá falha, não importa o quão grande seja o número de ciclos. A resistência correspondente ao “joelho” é chamada de Limite de Resistência à Fadiga ou Limite de Endurança e é representada pela sigla 𝑆′𝑒 Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso Limite de Resistência à Fadiga Relacionando o limite de resistência à fadiga (𝑺′𝒆) com a resistência última à tração (𝑺𝒖𝒕), construiu-se o seguinte diagrama: Informações sobre o diagrama: Gráfico dos limites de resistência à fadiga versus resistências à tração procedentes de resultados de ensaios verdadeiros para uma grande quantidade de ferros forjados e de aços. Fonte: Shigley Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso Limite de Resistência à Fadiga Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso pontos espalhados pontos agrupados Limite de Resistência à Fadiga Mischke analisou uma grande amostra de dados reais de teste procedentes de várias fontes e conclui que o limite de endurança pode, de fato, estar relacionado com a resistência última à tração: Para Aços: 𝑆′𝑒 ≅ 0,5 ∙ 𝑆𝑢𝑡 → 𝑆𝑢𝑡 ≤ 1400 𝑀𝑃𝑎 𝑆′𝑒 = 700 𝑀𝑃𝑎 → 𝑆𝑢𝑡 > 1400 𝑀𝑃𝑎 Para Ferro Fundido: 𝑆′𝑒 ≅ 0,4 ∙ 𝑆𝑢𝑡 → 𝑆𝑢𝑡 < 420 𝑀𝑃𝑎 𝑆′𝑒 = 175 𝑀𝑃𝑎 → 𝑆𝑢𝑡 ≥ 420 𝑀𝑃𝑎 Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso (3.1) (3.2) Limite de Resistência à Fadiga O Limite de Endurança para váriasclasses de ferros fundidos, polidos ou usinados estão listados na tabela A-24 (Budynas - 10ᵃ edição) Ligas de alumínio não tem Limite de Endurança. As resistências à endurança de algumas ligas de alumínio a 5 108 ciclos de tensão revertida são dadas na tabela A-24 (Budynas - 10ᵃ edição) Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso R e si st ê n c ia à F a d ig a Número de ciclos de tensão 𝑵 𝒍𝒐𝒈 𝑺𝒆 𝑺𝒖𝒕 alto ciclo baixo ciclo Mischke analisou o diagrama 𝑺 − 𝑵 e definiu analiticamente a resistência à fadiga (𝑺𝒇), tanto para regiões de baixos ciclos quanto para regiões de altos ciclos Resistência à Fadiga Mischke definiu que: 𝑆𝑓 = 𝑥 ∙ 𝑁 𝑦 Onde: 𝑺𝒇 → resistência à fadiga 𝑵 → número de ciclos de tensão 𝒙 → coeficiente 𝒚 → coeficiente Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso (3.3) Resistência à Fadiga Sendo: 𝑥 = 𝑓 ∙ 𝑆𝑢𝑡 2 𝑆𝑒 e 𝑦 = − 1 3 ∙ log 𝑓 ∙ 𝑆𝑢𝑡 𝑆𝑒 Onde: 𝑺𝒖𝒕 → resistência última a tração 𝑺𝒆 → limite de endurança 𝒇 → fração da resistência à fadiga Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso (3.4) (3.5) Resistência à Fadiga A fração da resistência à fadiga (𝒇) pode ser determinada por: Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso Fonte: Shigley 𝑆𝑢𝑡 < 490 𝑀𝑃𝑎 adote 𝑓 = 0,9 Resistência à Fadiga Se uma tensão completamente invertida (𝝈𝒂 ), for provida, estabelecendo 𝑺𝒇 = 𝝈𝒂 na equação (3.3) , temos: 𝜎𝑎 = 𝑥 ∙ 𝑁 𝑦 O número de ciclos até falha poderá ser expresso como: 𝑁 = 𝜎𝑎 𝑥 1 𝑦 Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso (3.7) (3.6) Resistência à Fadiga A fadiga de baixo ciclo é frequentemente definida como uma falha que ocorre entre um intervalo: 1 ≤ 𝑁 ≤ 103 𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜𝑠 Podendo ser determinada por: 𝑆𝑓 ≥ 𝑆𝑢𝑡 ∙ 𝑁 log 𝑓 3 Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso (3.8) Exercício - 1 Considere o aço 1050 𝐻𝑅, que possui uma resistência à tração 𝑆𝑢𝑡 = 630 𝑀𝑃𝑎. Determine: a) O limite de endurança 𝑆′𝑒 de viga rotativa a 106 𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜𝑠 b) A resistência à fadiga 𝑆𝑓 para um espécime de viga rotativa polido correspondendo a 104 𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜𝑠 até falha c) A vida esperada 𝑁 sob uma tensão completamente invertida de 385 𝑀𝑃𝑎. Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso Fatores Modificadores O Limite de Resistência à Fadiga 𝑺′𝒆 , é obtido através de testes padronizados em condições ideais (laboratório). Portanto, o limite de resistência deve ser adequado às diferenças físicas existentes entre o ambiente de teste e o elemento real a ser projetado. Essa diferenças físicas incluem: Material: composição, base de falha, variabilidade, etc Manufatura: método, tratamento térmico, condição de superfície, concentração de tensão, etc Ambiente: corrosão, temperatura, estado de tensão, etc Projeto: tamanho, forma, vida, etc Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso Fatores Modificadores Joseph Marin analisou todos os fatores modificadores e definiu a seguinte equação: 𝑆𝑒 = 𝑘𝑎𝑘𝑏𝑘𝑐𝑘𝑑𝑘𝑒𝑆′𝑒 Onde: 𝒌𝒂 → fator de modificação de condição de superfície 𝒌𝒃 → fator de modificação de tamanho 𝒌𝒄 → fator de modificação de carga 𝒌𝒅 → fator de modificação de temperatura 𝒌𝒆 → fator de confiabilidade 𝑺′𝒆 → limite de endurança (laboratório) 𝑺𝒆 → limite de endurança corrigido Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso (3.9) Fator de Superfície - 𝑘𝑎 A superfície de um corpo de prova (laboratório) é altamente polida. O fator de modificação depende da qualidade do acabamento da superfície da peça real e da resistência à tração do material que a constitui. O fator de modificação da condição da superfície é dado por: 𝑘𝑎 = 𝑎 ∙ 𝑆𝑢𝑡 𝑏 Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso (3.10) Fator de Superfície - 𝑘𝑎 𝑘𝑎 = 𝑎 ∙ 𝑆𝑢𝑡 𝑏 Onde: 𝑺𝒖𝒕 → resistência à tração mínima do material 𝒂 e 𝒃 → tabela 6-2 (Shigley) Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso Fonte: Shigley (3.10) Exercício - 2 Um aço tem uma resistência última mínima de 𝟓𝟐𝟎 𝑴𝑷𝒂 e uma superfície usinada. Estime 𝒌𝒂 Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso Fator de Tamanho - 𝑘𝑏 Os corpos de prova utilizados em testes de fadiga (laboratório) apresentam, normalmente, dimensões reduzidas. A correção de tamanho deve ser aplicada, pois, em um volume maior, aumenta a probabilidade de imperfeições, ocasionando falhas a níveis de tensões bem mais baixos em relação aos testes. Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso Fator de Tamanho - 𝑘𝑏 As equações a seguir apresentam os fatores de tamanho para peças em modo rotativo: Para flexão e torção: 𝑘𝑏 = 1,24 ∙ 𝑑 −0,107 → 2,79 ≤ 𝑑 ≤ 51 𝑚𝑚 𝑘𝑏 = 1,51 ∙ 𝑑 −0,157 → 51 < 𝑑 ≤ 254 𝑚𝑚 Para carregamento axial: 𝑘𝑏 = 1 Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso (3.11) Fator de Tamanho - 𝑘𝑏 Um dos problemas que surgem ao usar a Equação (3.11) é o que fazer quando uma barra redonda em flexão não esta rodando (modo não-rotativo) ? Ou ainda, quando uma seção transversal não circular é usada ? Por exemplo, qual é o fator de tamanho (𝑘𝑏) de uma barra de 6 𝑚𝑚 de espessura e 40 𝑚𝑚 de largura ? Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso Fator de Tamanho - 𝑘𝑏 Para essas situações, Marin definiu uma dimensão efetiva 𝒅𝒆 , equivalente a 95% da área de tensão máxima de um corpo de prova, ou seja: 𝑑𝑒 = 𝐴95 0,0766 Determinado 𝒅𝒆 substitui-se o mesmo na Equação (3.11) no lugar de 𝒅 A tabela 6-3 provê valores de 𝐴95 de formas estruturais comuns sob flexão não-rotativa. Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso (3.12) Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso Fonte: Shigley 𝐴95 = 0,01046 ∙ 𝑑 2 𝑑𝑒 = 0,370 ∙ 𝑑 𝐴95 = 0,05 ∙ 𝑏ℎ 𝑑𝑒 = 0,808 ∙ 𝑏ℎ Fator de Tamanho - 𝑘𝑏 Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso Fonte: Shigley Fator de Tamanho - 𝑘𝑏 Exercício - 3 Um eixo de aço carregado sob flexão tem 𝟑𝟐 𝒎𝒎 de diâmetro, com uma manga afiletada de 𝟑𝟖 𝒎𝒎 de diâmetro. O material desse eixo tem uma resistência média à tração de 𝟔𝟗𝟎 𝑴𝑷𝒂. Estime o fator de tamanho de Marin 𝒌𝒃 se o eixo for utilizado em um: (a) Modo rotativo (b) Modo não-rotativo Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso Fator de Carregamento - 𝑘𝑐 Quando ensaios de fadiga são realizados com flexão rotativa, carregamento axial (puxar-empurrar) e carregamento torcional, os limites de endurança diferem-se com relação a resistência última à tração (𝑆𝑢𝑡) Portanto, adota-se: 𝑘𝑐 = 1 0,85 0,59 → 𝑓𝑙𝑒𝑥ã𝑜 𝑎𝑥𝑖𝑎𝑙 𝑡𝑜𝑟çã𝑜 Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso (3.13)Fator de Temperatura - 𝑘𝑑 Testes de fadiga (laboratório) são realizados, geralmente, a temperatura ambiente. Quando as temperaturas operacionais estão abaixo da temperatura ambiente, a fratura frágil é uma forte possibilidade e, portanto, deve ser investigada primeiramente. Quando as temperaturas operacionais são superiores a temperatura ambiente, o escoamento deve ser investigado a princípio, pois a resistência a ele cai muito rapidamente com a temperatura. Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso Fator de Temperatura - 𝑘𝑑 O fator de redução da resistência à fadiga devido a elevadas temperaturas 𝑘𝑑 , é definido por Shigley e Mitchell (1989), como: 𝑘𝑑 = 0,9877 + 0,6507 10 −3 𝑇℃ − 0,3414 10 −5 𝑇℃ 2 + + 0,5621 10−8 𝑇℃ 3 − 6,2460 10−12 𝑇℃ 4 Onde: 𝑻℃ → temperatura de operação → 𝟑𝟕℃ ≤ 𝑻℃ ≤ 𝟓𝟒𝟎℃ Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso (3.14) Fator de Temperatura - 𝑘𝑑 Caso seja conhecido a resistência à tração à temperatura de operação 𝑺𝑻 e, a resistência à tração à temperatura ambiente 𝑺𝑹𝑻 , pode-se então, utilizar a seguinte relação: 𝑘𝑑 = 𝑆𝑇 𝑆𝑅𝑇 Com o auxílio dessa relação, foi possível determinar a tabela 6-4 (a seguir), referente aos aços Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso (3.15) Fator de Temperatura - 𝑘𝑑 Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso Fonte: Shigley Exercício - 4 Um aço 1035 apresenta uma resistência à tração de 490 𝑀𝑃𝑎 e deve ser usado em uma peça que trabalhe a 230℃. Estime o fator de modificação de temperatura de Marin 𝑘𝑑 e 𝑆𝑒 230℃, utilizando: (a) A Equação (3.14) (b) A Tabela 6-4 Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso Fator de Confiabilidade - 𝑘𝑒 Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso Fonte: Shigley De acordo com Haugen e Wirching, considerando um desvio-padrão do limite de endurança de menos de 𝟖%, tem-se: Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso Entalhe e Concentração de Tensão A existência de irregularidades ou descontinuidades, tais como furos, reentrâncias ou entalhes, em uma peça aumenta as tensões teóricas significativamente na vizinhança imediata da descontinuidade. A máxima tensão resultante decorrente da irregularidade ou defeito (neste caso - fadiga), é definida utilizando um fator de concentração de tensão em fadiga 𝑲𝒇 juntamente com a tensão nominal do material, ou seja: 𝜎𝑚á𝑥 = 𝐾𝑓 ∙ 𝜎0 ou 𝜏𝑚á𝑥 = 𝐾𝑓𝑠 ∙ 𝜏0 Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso (3.16) Entalhe e Concentração de Tensão 𝜎𝑚á𝑥 = 𝐾𝑓 ∙ 𝜎0 ou 𝜏𝑚á𝑥 = 𝐾𝑓𝑠 ∙ 𝜏0 Onde: 𝜎𝑚á𝑥 → máxima tensão de flexão 𝜎0 → tensão nominal de flexão 𝐾𝑓 → fator de concentração de tensão em fadiga 𝜏𝑚á𝑥 → máxima tensão de cisalhamento 𝜏0 → tensão nominal de cisalhamento 𝐾𝑓𝑠 → fator de concentração de tensão em fadiga Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso (3.16) Entalhe e Concentração de Tensão A sensibilidade a entalhe 𝒒 é definida pela equação: 0 ≤ 𝑞 ≤ 1 Onde: 𝐾𝑡 ou 𝐾𝑡𝑠 → fator de concentração de tensão para carga estática Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso 𝑞 = 𝐾𝑓 − 1 𝐾𝑡 − 1 𝑞𝑠 = 𝐾𝑓𝑠 − 1 𝐾𝑡𝑠 − 1 ou (3.17) Entalhe e Concentração de Tensão A equação sensibilidade a entalhe 𝒒 mostra que: quando 𝒒 = 𝟎 , então 𝑲𝒇 = 𝟏 e o material não tem qualquer sensibilidade a entalhes quando 𝒒 = 𝟏 , então 𝑲𝒇 = 𝑲𝒕 e o material tem sensibilidade completa a entalhe. Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso 𝑞 = 𝐾𝑓 − 1 𝐾𝑡 − 1 𝑞𝑠 = 𝐾𝑓𝑠 − 1 𝐾𝑡𝑠 − 1 ou (3.17) Entalhe e Concentração de Tensão No trabalho de análise ou projeto: 1. encontre 𝑲𝒕 , a partir da geometria da peça → utilize as tabelas A-13 (apêndice do livro) 2. especifique o material e encontre 𝒒 → utilize as figuras 6-20 e 6-21 3. Utilize a Equação (3.17) e determine 𝑲𝒇 Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso Entalhe e Concentração de Tensão Exemplo de Tabela A-13 – eixo rebaixado em tração Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso Fonte: Shigley 𝐾𝑡 Entalhe e Concentração de Tensão Exemplo de Tabela A-13 – eixo rebaixado em torção Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso Fonte: Shigley 𝐾𝑡𝑠 Entalhe e Concentração de Tensão Exemplo de Tabela A-13 – eixo rebaixado em flexão Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso Fonte: Shigley 𝐾𝑡 Entalhe e Concentração de Tensão tração e flexão Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso 𝑞 Fonte: Shigley Entalhe e Concentração de Tensão Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso torção Fonte: Shigley 𝑞𝑠 200 Bhn = 689 MPa Entalhe e Concentração de Tensão Na falta das figuras 6-20 e 6-21, o fator de concentração de tensão em fadiga (𝑲𝒇) pode ser determinado por outras duas teorias: Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso 𝐾𝑓 = 𝐾𝑡 1 + 2 𝐾𝑡 − 1 𝐾𝑡 ∙ 𝑎 𝑟 𝑎 → Tabela 6-15 𝑎 → Fórmula 𝐾𝑓 = 1 + 𝐾𝑡 − 1 1 + 𝑎 𝑟 𝑒𝑟𝑟𝑜 ≅ 2,5% Kunn-Hardrath Heywood (3.18) (3.19) Entalhe e Concentração de Tensão 𝑎 → constante de Neuber [ 𝑖𝑛] Fórmula de Kunn-Hardrath Para o aço → flexão ou carregamento axial 𝑎 = 0,246 − 3,08 10−3 𝑆𝑢𝑡 + +1,51 10−5 𝑆𝑢𝑡 2 − 2,67 10−8 𝑆𝑢𝑡 3 Onde: 𝑺𝒖𝒕 → resistência à tração mínima do material [𝑘𝑝𝑠𝑖] Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso (3.20) Entalhe e Concentração de Tensão 𝑎 → constante de Neuber [ 𝑖𝑛] Fórmula de Kunn-Hardrath Para o aço → torção 𝑎 = 0,190 − 2,51 10−3 𝑆𝑢𝑡 + +1,35 10−5 𝑆𝑢𝑡 2 − 2,67 10−8 𝑆𝑢𝑡 3 Onde: 𝑺𝒖𝒕 → resistência à tração mínima do material [𝑘𝑝𝑠𝑖] Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso (3.21) Entalhe e Concentração de Tensão 𝑎 → constante de Neuber [ 𝑖𝑛] Fórmula de Kunn-Hardrath Unidades: 𝑎 → 𝑖𝑛 e 𝑆𝑢𝑡 → 𝑘𝑝𝑠𝑖 Conversões: 1 𝑖𝑛 = 25,4 𝑚𝑚 1 𝑘𝑝𝑠𝑖 ≅ 6,89 𝑀𝑃𝑎 Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso Entalhe e Concentração de Tensão 𝑎 → constante de Neuber [ 𝑚𝑚] Tabela de Heywood Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso Fonte: Shigley ressalto → mangas fenda → reentrâncias Exercício - 5 Um eixo de aço sob flexão tem uma resistência última de 700 𝑀𝑃𝑎 e uma manga com um raio de filete de 3 𝑚𝑚 conectando um diâmetro de 32 𝑚𝑚 a um de 48 𝑚𝑚 Estime 𝐾𝑓 usando: a) As cartas de sensibilidade Eq. (3.17) b) A Equação de Kunn-Hardrath Eq. (3.18) c) A Equação de Heywood Eq. (3.19) Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso Exercício - 6 A figura abaixo mostra um eixo rotativo, usinado, sustentado em mancais de esferas em A e D e carregado por uma força estática (𝑭) de 𝟔, 𝟖 𝒌𝑵. Empregando resistências "mínimas" ASTM,( 50% de confiabilidade), estime a vida da peça. Considere: 𝑆𝑢𝑡 = 690 𝑀𝑃𝑎 (resistência mínima a tração) 𝑟 = 3 𝑚𝑚 (raio de arredondamento - entalhe) 𝑇℃ = 50℃ (temperatura de operação) Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso Exercício - 6 Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso Diagrama de momento flexor Desenho de eixo mostrando todas as dimensões em milímetros Análise: A falha ocorrerá provavelmente no ponto B, no ponto C ou no Momento Máximo. O ponto do momento máximo não possui entalhe Pontos B e C possuem entalhe Ponto B possui seção menor que o ponto C Portanto, a falha ocorrerá no ponto B E... Da RM temos... 𝑀𝐵 = 695,5 𝑁.𝑚 Exercício - 6 Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso Tensões Flutuantes à Flexão Tensões flutuantes frequentemente tomam a forma de um padrão senoidal, devido à natureza de algumas máquinas rotativas. Porém, isso não é uma regra. Descobriu-se que, em padrões periódicos exibindo um único máximo e um único mínimo de força, a forma da onda não é importante, mas sim os picos de forças, alto (máximo) e baixo (mínimo). Logo: 𝐹𝑚𝑎𝑥 e 𝐹𝑚𝑖𝑛 Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso Tensões Flutuantes à Flexão Se a força maior é 𝐹𝑚𝑎𝑥 e a menor é 𝐹𝑚𝑖𝑛 , então uma componente estável (fixa) e uma componente alternante podem ser construídas como segue: 𝐹𝑚 = 𝐹𝑚𝑎𝑥 + 𝐹𝑚𝑖𝑛 2 e 𝐹𝑎 = 𝐹𝑚𝑎𝑥 − 𝐹𝑚𝑖𝑛 2 Onde: 𝑭𝒎 → componente média estável da variação da força 𝑭𝒂 → amplitude da componente alternante de força Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso (3.22) Tensões Flutuantes à Flexão Exemplo de alguns dos vários sinais de tensão- tempo que ocorrem: Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso Tensão flutuante senoidal Tensão flutuante repetida Tensão flutuante completamente reversa Tensões Flutuantes à Flexão A partir da Figura 6-23, temos: 𝜎𝑚 = 𝜎𝑚𝑎𝑥 + 𝜎𝑚𝑖𝑛 2 e 𝜎𝑎 = 𝜎𝑚𝑎𝑥 − 𝜎𝑚𝑖𝑛 2 Onde: 𝝈𝒎𝒂𝒙 → tensão máxima 𝝈𝒎𝒊𝒏 → tensão mínima 𝝈𝒎 → tensão média 𝝈𝒂 → tensão de amplitude Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso (3.23) Tensões Flutuantes à Flexão Adicionalmente à Equação (3.23), temos: 𝑅 = 𝜎𝑚𝑖𝑛 𝜎𝑚𝑎𝑥 e 𝐴 = 𝜎𝑎 𝜎𝑚 Onde: 𝑹 → razão de tensão 𝑨 → razão de amplitude Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso (3.24) (3.25) Tensões Flutuantes à Flexão Atenção: Sempre analisar a concentração de tensão: 𝜎𝑎 = 𝐾𝑓 ∙ 𝜎𝑎𝑜 e 𝜎𝑚 = 𝐾𝑓 ∙ 𝜎𝑚𝑜 Onde: 𝝈𝒂𝒐 → tensão de amplitude nominal introduzida por 𝑭𝒂 𝝈𝒎𝒐 → tensão média nominal introduzida por 𝑭𝒎 Na ausência de concentração de tensão → 𝐾𝑓 = 1 Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso (3.26) Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso Critério de Falha por Fadiga Analise o Diagrama de Fadiga Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso 𝜎𝑒 𝜎𝑒 𝑆𝑢𝑡 𝑆𝑒 0 𝜎𝑎2 𝜎𝑎1 𝜎𝑚2 𝜎𝑚1 𝐵 𝐴 Te n sã o a lt e rn a n te Tensão média (𝜎𝑚) Linha de carregamento Linha de Langer (escoamento) Linha de Goodman Linha de Soderberg Ponto de Falha Fonte: Shigley Critério de Falha por Fadiga Diagrama de Fadiga onde: 𝝈𝒆 → tensão de escoamento 𝑺𝒆 → limite de endurança corrigido 𝑺𝒖𝒕 → resistência última a tração 𝝈𝒎 → tensão média 𝝈𝒂 → tensão de amplitude Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso Fonte: Shigley Critério de Falha por Fadiga Do Diagrama de Fadiga, retira-se duas relações: Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso Critério de Goodman – Flexão → utilizado para materiais frágeis Critério de Soderberg – Flexão → utilizado para materiais dúcteis 𝜎𝑎 𝑆𝑒 + 𝜎𝑚 𝑆𝑢𝑡 = 1 𝐹𝑆 𝜎𝑎 𝑆𝑒 + 𝜎𝑚 𝜎𝑒 = 1 𝐹𝑆 (3.27) (3.28) Exercício - 7 A figura abaixo mostra um eixo rotativo e a tensão flutuante nominal (no centro da seção de 50 𝑚𝑚) à qual ele é submetido. O eixo é fabricado de um aço com 𝑆𝑢𝑡 = 600 𝑀𝑃𝑎 e 𝜎𝑒 = 400 𝑀𝑃𝑎. Possui superfície usinada e trabalha a temperatura ambiente. Adote confiabilidade de 50%. Considerando um carregamento a flexão, estime o fator de segurança em relação a uma eventual falha por fadiga. Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso Tensões Flutuantes à Torção Por analogia, temos: 𝑇𝑚 = 𝑇𝑚𝑎𝑥 + 𝑇𝑚𝑖𝑛 2 e 𝑇𝑎 = 𝑇𝑚𝑎𝑥 − 𝑇𝑚𝑖𝑛 2 Onde: 𝑻𝒎𝒂𝒙 → torque máximo 𝑻𝒎𝒊𝒏 → torque mínimo 𝑻𝒎 → componente média estável da variação de torque 𝑻𝒂 → amplitude da componente alternante de torque Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso (3.29) Tensões Flutuantes à Torção Por analogia, temos: 𝜏𝑚 = 𝜏𝑚𝑎𝑥 + 𝜏𝑚𝑖𝑛 2 e 𝜏𝑎 = 𝜏𝑚𝑎𝑥 − 𝜏𝑚𝑖𝑛 2 Onde: 𝝉𝒎𝒂𝒙 → tensão torcional máxima 𝝉𝒎𝒊𝒏 → tensão torcional mínima 𝝉𝒎 → tensão torcional média 𝝉𝒂 → tensão torcional de amplitude Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso (3.30) Tensões Flutuantes à Torção Por analogia, temos: 𝑅 = 𝜏𝑚𝑖𝑛 𝜏𝑚𝑎𝑥 e 𝐴 = 𝜏𝑎 𝜏𝑚 Onde: 𝑹 → razão de tensão 𝑨 → razão de amplitude Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso (3.31) (3.32) Tensões Flutuantes à Torção Atenção: Sempre analisar a concentração de tensão: 𝜏𝑎 = 𝐾𝑓 ∙ 𝜏𝑎𝑜 e 𝜏𝑚 = 𝐾𝑓 ∙ 𝜏𝑚𝑜 Onde: 𝝉𝒂𝒐 → tensão de amplitude nominal introduzida por 𝑻𝒂 𝝉𝒎𝒐 → tensão média nominal introduzida por 𝑻𝒎 Na ausência de concentração de tensão → 𝐾𝑓 = 1 Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso (3.33) Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso Fonte: Shigley Critério de Falha por Fadiga Analise o Diagrama de Fadiga Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso 𝜎𝑒 𝑆𝑠𝑦 𝑆𝑠𝑢 𝑆𝑒 0 𝜏𝑎2 𝜏𝑎1 𝜏𝑚2 𝜏𝑚1 𝐵 𝐴 Te n sã o t o rc io n a l a lt e rn a n te Tensão torcional média (𝜏𝑚) Linha de carregamento Linha de Langer (escoamento) Linha de Goodman Linha de Soderberg Ponto de Falha Critério de Falha por Fadiga Diagrama de Fadiga onde, segundo Smith: Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso 𝑺𝒔𝒖 → módulo torcional de ruptura 𝑺𝒔𝒚 → resistência ao escoamento de torção 𝑆𝑠𝑢 = 0,67 ∙ 𝑆𝑢𝑡 𝑆𝑠𝑦 = 0,577 ∙ 𝜎𝑒 (3.34) (3.35) Critério de Falha por Fadiga Diagrama de Fadiga onde: 𝝈𝒆 → tensão de escoamento 𝑺𝒆 → limite de endurança corrigido 𝑺𝒖𝒕 → resistência última a tração 𝝉𝒎 → tensão torcional média 𝝉𝒂 → tensão torcional de amplitude 𝑺𝒔𝒖 → módulo torcional de ruptura 𝑺𝒔𝒚 → resistência ao escoamento de torção Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. BossoFonte: Shigley Critério de Falha por Fadiga Do Diagrama de Fadiga, retira-se duas relações: Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso Critério de Goodman – Torção → utilizado para materiais frágeis Critério de Soderberg – Torção → utilizado para materiais dúcteis 𝜏𝑎 𝑆𝑒 + 𝜏𝑚 𝑆𝑠𝑢 = 1 𝐹𝑆 𝜏𝑎 𝑆𝑒 + 𝜏𝑚 𝑆𝑠𝑦 = 1 𝐹𝑆 (3.36) (3.37) Exercício - 8 A figura abaixo mostra um eixo rotativo e a tensão flutuante nominal (no centro da seção de 50 𝑚𝑚) à qual ele é submetido. O eixo é fabricado de um aço com 𝑆𝑢𝑡 = 600 𝑀𝑃𝑎 e 𝜎𝑒 = 400 𝑀𝑃𝑎. Possui superfície usinada e trabalha a temperatura ambiente. Adote confiabilidade de 50%. Considerando um carregamento a torção, estime o fator de segurança em relação a uma eventual falha por fadiga. Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso
Compartilhar