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CONTROLE DE ESTOQUE

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Revista Faculdade Montes Belos, v. 4, n. 2, Nov. 2011 
 
Controle de Estoque
1 
 
Leonardo Felix de Andrade
2
, Itamar Pereira de Oliveira
3 
 
Resumo: Esse artigo é resultado de estudo científico realizado na empresa Gelnex Ind. & Com. LTDA 
instalada na cidade de Nazário e objetivou aumentar os níveis de atendimento do estoque de seus clientes 
internos, pois nos seus estoques sempre ocorre falhas com falta de material, falta de organização dos estoques, 
altos níveis de estoque de determinados itens e falta de outros que necessitam de reposição, isso acarreta muitos 
transtornos para a empresa como paradas de produção, gastos desnecessários com manutenção e aumento 
desnecessários no custo de cada produto faltante, devido à esses motivos a gerência teve que rever seus 
conceitos e investir em treinamento de seus colaboradores nos quais se vê técnicas básicas de controle de 
estoque a curva ABC, Just time ou kambam e a relação logística com os estoques. 
 
Palavras chaves: Alto custo de estoque. Curva ABC. Desorganização. Falta de estoque. Logística. Paradas de 
produção. 
 
Inventory Control
 
 
Summary: This article is resulted of a scientific study carried through in the company Gelnex Ind. & Limited 
Comp. installed in Nazário city objecting to increase the levels of supply attendance of internal customers. 
Therefore in relation to the supplies always occur imperfections as lack of material, lack of supply organization, 
high levels of supply of determined item and lacks that they need spare. This causes many upheavals for the 
company as unnecessary production stops, expenses with unnecessary maintenance and increase in the cost of 
each missing product. Due to these reasons the management must review concepts and to invest in collaborator 
training in which personal talents can learn about ABC curve, sees techniques basic of supply control, Just time 
or Kambam and the logistic relation with the supplies. 
 
Key words: High cost of supply. ABC curve. Disorganization. Lack of supply. Logistic. Low productivity. 
 
 
1
 Trabalho realizado na Faculdade Montes Belos (FMB) como parte das exigências para receber o título de Bacharel em 
Administração de Empresa. 
2
 Formando da FMB de 2009/02. 
3
 Professor PhD, Orientador da FMB. 
 
2 
L. F. Andrade et al. Controle de Estoque 
 
Revista Faculdade Montes Belos, v. 4, n. 2, Nov. 2011 
 
1. Introdução 
 
 Em 2004, foi inaugurada a primeira fábrica de 
gelatina tipo B do Centro Oeste na cidade de Nazário-
GO, dando início a uma sequência de atos que 
levaram a desenvolver a região de 2005 até hoje. Com 
isso, a empresa teve um desenvolvimento na sua 
capacidade produtiva de 150 t/mês para 500 t/mês, 
visando duplicar sua capacidade produtiva até 2012. 
 Em consequência a esse crescimento 
gradativo, várias questões que não faziam parte de 
seus projetos foram surgindo e uma delas ocorreu em 
relação à formação de seus gestores de estoque, que 
por sua vez causa um problema muito grande, devido 
ao alto custo do produto estocado. A falta de peças e 
os gastos desnecessários com urgências para não parar 
o setor produtivo tornam-se um dominó. Por exemplo, 
se falta uma peça de um determinado equipamento 
“Spiral”, para o setor de manutenção e não tem a peça 
desejada, esse setor para e vai influenciar todo o resto 
da produção, pois cada setor depende do outro para 
dar sequência na produção. Como resultado, tem se 
observado prejuízos incalculáveis para a empresa que 
gasta cerca de 50 mil reais no ano com esse tipo de 
urgência. 
Se no mercado tivessem pessoas qualificadas e 
disponíveis para suprirem essa demanda, que é a 
necessidades de várias empresas que precisam desse 
tipo de serviço especializado em outras empresas, os 
mesmos problemas financeiros com altos custos para 
suprir sua necessidade produtiva, para não deixar a 
produção parar e necessária atenção a todos os 
departamentos inter-relacionados. Quando isso ocorre 
causa todo um transtorno na gerência da empresa que 
tem que ser chamada em horas adversas, fora de 
horário de serviço. 
Isso levou a gerência da empresa a tomar 
várias decisões na hora de pensar em ampliá-la 
criando projetos para a melhoria do controle de 
estoque com modernização dos equipamentos e 
qualificação de seus colaboradores da área de 
estoques de materiais diversos. 
O gerenciamento e controle de estoques e uma 
das grandes preocupações das pequenas e grandes 
empresas devido a essas ferramentas serem de 
extrema importância em seu custo e o preço final de 
seus produtos, deixando desde os gestores de 
operações, gestores financeiros e comerciais, sempre 
preocupados com essa ferramenta. Gestores de 
operações devido à movimentação de seus estoques 
tanto de peças como de produto acabado, Gestor 
financeiro devido ao valor acumulado em seus 
estoque que significa dinheiro “empatado” que 
poderia ser investido em outras áreas, Gestor 
comercial que se preocupa com o prejuízo, se caso 
faltem produtos acabados em estoques ou de peças 
que podem atrasar a sua produção e comprometer no 
atendimento aos clientes. 
 Ao mesmo tempo é comum encontrar 
operações de estoques com altos níveis de estoque e 
baixo nível de atendimento aos clientes e ao uso de 
peças, manutenções de estoques com níveis de 
estoques errados para diversos itens, excesso de 
estoque de alguns itens e falta de outros, em função 
do uso inadequado de técnicas e conceitos de gestão 
de estoques. Estoques são considerados acúmulo de 
recursos materiais entre fases especifica de processos 
de transformação que podem ser física, de estado ou 
3 
L. F. Andrade et al. Controle de Estoque 
 
Revista Faculdade Montes Belos, v. 4, n. 2, Nov. 2011 
 
bem e de posse ou localização, física no processo de 
montagem do produto final, de estado ou bem e a 
forma de tratamento do cliente para futuras 
manutenções e outras reclamações, posse ou 
localização fica com a questão de distribuição e 
logística dos estoques. 
 Os estoques podem ser representados pelo 
conjunto de matérias primas, produtos em fabricação, 
produtos prontos, material de aplicação e material de 
embalagem e peças nas indústrias e pelas mercadorias 
nas empresas comerciais. 
 As principais razões para o surgimento dos 
gestores de estoques e para manter a manutenção dos 
mesmos é uma das principais razões para a 
manutenção dos estoques. Isso reflete a falta de 
coordenação entre fases de um processo de 
transformações que podem ocorrer nas empresas que 
trabalham com a montagem de produtos, por 
exemplo: montadoras de automóveis. Caso ocorra 
uma falta de uma determinada peça todo o resto da 
produção para, incertezas com relação às taxas futuras 
de consumo e suprimento, que ocorre quando as 
empresas trabalham com estoques de peças de 
manutenção de maquinas. O gestor de estoque tem 
que prever qual a probabilidade desse maquinário 
quebrar. Esse gestor deve estar sempre fazendo 
especulação com a compra e venda de materiais. Isso 
ocorre com mais facilidade na área comercial devido 
tudo que aparece pode ser atribuído às épocas, por 
exemplo: páscoa, semana santa, natal e outros. O 
gestor de estoque tem que saber analisar como o 
mercado se comporta para que a quantidade que vai 
manter no seu estoque ou disponibilidade no canal de 
distribuição vai influenciar em todas as áreas em 
conjunto. O setorde logística deve estar trabalhando 
em consonância para facilita a distribuição de 
produtos e serviços, caso haja falha em algumas 
dessas razões que fazem sentir o cliente final. 
 
2. Revisão Bibliográfica 
 
2.1 A curva ABC e a administração de estoques. 
 
Curva ABC é um método de diferenciação dos 
estoques segundo sua maior ou menor abrangência em 
relação a determinado fator, consistindo em separar os 
itens por classes de acordo com sua importância 
relativa, também chamado de curva de Pareto. No 
âmbito da administração de estoques, a classificação 
ABC mais utilizada é a obtida pela demanda 
valorizada (quantidade de demanda vezes o custo 
unitário do item). Ao ordenar os itens, nota-se que 
uma pequena quantidade de itens Classe A representa 
uma grande parcela dos recursos investidos, por outro 
lado, a grande maioria dos itens classe C tem pouca 
representatividade nestes recursos, entre as classes A 
e C situam-se itens com importância e quantidades 
médias (Classe B) (Figuras 1 e 2). 
Exemplo gráfico da Curva ABC em 
porcentagem. 
4 
L. F. Andrade et al. Controle de Estoque 
 
Revista Faculdade Montes Belos, v. 4, n. 2, Nov. 2011 
 
A 10 a 20% dos itens
B 20 a 30% dos itens 
C de 50 a 70% dos itens
 
FIGURA 1.- Percentual da quantidade de itens representados pelas classes A, B e C. 
 
58%25%
17%
A 50 a 70% do valor 
B de 20 a 30% do valor 
C de 10 a 20% do valor 
 
FIGURA 2.- Percentual dos valores de cada item representados pelas classes A, B e C. 
 
A curva ABC é uma da mais usadas nos 
estoques da maioria das empresas. De acordo com 
Santos (2005): “Para administrar os estoques foram 
desenvolvidas várias técnicas, algumas de difícil 
aplicação nas micro e pequenas empresas: O sistema 
ABC; O modelo do lote econômico de compra; O 
MRP (Material requirement planning); O Just-in-
Time dentre outros. A mais simples e, portanto, mais 
acessível ao segmento é o sistema ABC que 
comumente já é instintivamente praticado pela 
maioria das empresas de alguma forma” 
Dentro do critério ABC, pode-se estabelecer 
níveis de serviços diferenciados para as diversas 
classes, por exemplo: 99% para itens A, 95% para 
itens B e 85% para itens C, de forma a reduzir o 
capital empregado em estoques, ou pode-se usar 
5 
L. F. Andrade et al. Controle de Estoque 
 
Revista Faculdade Montes Belos, v. 4, n. 2, Nov. 2011 
 
métodos diferentes para controlar o estoque e, assim, 
minimizar o esforço total de gestão. 
Do exposto acima, decorre que os materiais 
considerados como classes A merecem um tratamento 
administrativo preferencial no que diz respeito à 
aplicação de políticas de controle de estoques, já que 
o custo adicional para um estudo mais minucioso 
destes itens é compensado. Em contrapartida, os itens 
tidos como classe C não justifica a introdução de 
controles muito precisos, devendo receber tratamento 
administrativo mais simples. Já os itens que foram 
classificados como B poderão ser submetidos a um 
sistema de controle administrativo intermediário entre 
aqueles classificados como A e C (PEREIRA, 2005). 
De acordo com os autores a curva ABC é a 
mais usada e mais fácil de ser implantada nas 
empresas podendo diminuir os riscos com falta e 
podendo usá-la para controlar os produtos ou peças 
que mais saem ou os que têm um maior valor 
agregado gerando um maior controle sobre o estoque. 
A curva ABC é um importante 
instrumento para o 
administrador; ela permite 
identificar aqueles itens que 
justificam atenção e tratamento 
adequados quanto à sua 
administração. Obtém-se a 
curva ABC através da 
ordenação dos itens conforme a 
sua importância relativa. 
Verifica-se, portanto, que, uma 
vez obtida a sequencia dos 
itens e sua classificação ABC, 
disso resulta imediatamente a 
aplicação preferencial das 
técnicas de gestão 
administrativa, conforme a 
importância dos itens. A curva 
ABC tem sido usada para de 
estoques, para a definição de 
políticas de vendas, para o 
estabelecimento de prioridades, 
para a programação da 
produção e uma série de outros 
problemas usuais nas empresas 
(AURÉLIO, 2005, p. 83). 
Essa é a base de conhecimento que permite 
gerar a chamada Curva ABC, que classifica os 
produtos em três categorias, das quais o valor de A 
representa a maior parte do valor dos bens estocados 
(80%), apesar de ser a menor parte em quantidade (15 
a 20%). B, por sua vez, representa de 35 a 40% dos 
bens, porém valendo em torno de 15% do total 
estocado, enquanto C representa a grande maioria dos 
materiais (40 a 50%), porém valendo apenas de 5 a 
10% do total do estoque (MONTSERRAT, 2007). 
Essa verificação da curva ABC nos estoque 
tem levado a descobertas que atualmente varias 
empresa de médio e grande porte não percebem o 
motivo que seus estoque estão com valores tão alto, 
pois priorizam o controle de peças e materiais que não 
tem alto valor em estoque olham apenas a quantidade 
exemplo fitas isolantes, colas, parafusos etc. e 
esquecem das peças de alto valor que normalmente 
são as consideradas classe A pela maiorias das 
empresas que adotam esse conceito da classificação 
ABC, devido serem um pequeno numero em estoque 
mais representam o maior valor em estoque. 
 
2.2 Controle de estoques 
 
 Desde os primeiros habitantes que viviam em 
sociedade e comunidade relacionadas ao comércio ou 
pequenos negócios, já existiam fatores indispensáveis 
para a realização com sucesso de uma empresa. 
Vivemos no momento de globalização, porém o 
controle de estoque é fundamental, tanto na vida das 
empresas como no controle do próprio país. O 
6 
L. F. Andrade et al. Controle de Estoque 
 
Revista Faculdade Montes Belos, v. 4, n. 2, Nov. 2011 
 
controle de estoque é o procedimento adotado para 
registrar, fiscalizar e gerir a entrada e saída de 
mercadorias e produtos, seja numa indústria ou no 
comércio. 
 Aurélio (2006) relata que administrar estoques 
é maximizar o efeito lubrificante no feedback de 
vendas e o ajuste do planejamento da 
produção.Partindo deste princípio, a empresa que 
não planeja a sua produção de acordo com a demanda, 
poderá correr o risco de ter matéria-prima em excesso 
ou falta destas. Francischini et al. (2002) propõem que 
“A função do controle de estoques é definida como 
um fluxo de informação que permite comparar o 
resultado real da atividade planejada”. 
 Portanto, um bom controle de estoque passa 
primeiramente pelo planejamento, onde é necessário 
haver inteiração entre a empresa, para que o 
planejamento das ações se realizem,a contento de 
todas as partes, sendo que no almoxarifado não é 
diferente, pois, o controle deve ser feito de maneira 
ordenada e interativa para que a oferta e a procura 
estejam interligadas para um bom desempenho e que 
o feedback aconteça de modo que a empresa consiga 
manter o equilíbrio entre as ações programadas e as 
atividades realizadas com sucesso.“Dentro do controle 
de estoque eficaz é necessário que o fluxo de 
informações seja adequado e documentado, onde 
esses documentos terão uma variação de empresa para 
empresa” (FRANCISCHINI et al. 2002, p. 48). 
 Dessa forma, um modelo básico de controle de 
estoque deve registrar: Data de entrada, tipo, quantidade, custo 
unitário e custo total de cada mercadoria 
adquirida; 
 Data de saída, tipo, quantidade, custo unitário 
e custo total de cada mercadoria vendida; 
 Saldo entre mercadorias adquiridas e vendidas, 
conforme Quadro 3: 
 
QUADRO 3. Movimento interno de atividades e produtos. 
Documento De Para Função 
Requisição 
de compra 
Estoque Compras 
Solicitar a aquisição de 
determinado item para a reposição 
do estoque. 
Requisição 
de Fabricação 
Estoque Produção 
Solicitar a fabricação de 
determinado item para a reposição 
do estoque. 
Pedido de 
Cotação 
Compras Fornecedores 
Solicitar informações sobre as 
condições de fornecimento de 
determinado item (preço, 
prazo,etc.) 
Proposta ou fornecedores Compras Informar á empresa compradora as 
7 
L. F. Andrade et al. Controle de Estoque 
 
Revista Faculdade Montes Belos, v. 4, n. 2, Nov. 2011 
 
Cotação condições de fornecimento. 
Pedido de 
Compra 
Compra Fornecedor 
Solicitar a entrega de item ao 
fornecedor que melhor atender . 
Nota Fiscal Fornecedor Estoque 
Formalizar, por meio de documento 
a entrega do pedido de compra. 
Requisição de 
Material 
Usuário Estoque 
Formalizar pedido de retirada de 
determinada item em estoque para 
consumo da empresa. 
Solicitação de 
Inspeção 
Estoque 
Controle de 
Qualidade 
Solicitar inspeções e ensaios para 
verificação dos requisitos do 
produto entregue, quando 
necessário. 
Liberação para 
Consumo 
Controle de 
Qualidade 
Estoque 
Informar a conformidade ou não do 
produto entregue aos requisitos 
especificados. 
 
Fonte: Administração de Materiais e do Patrimônio, 2002. 
 
2.3 Curva dentre de serra. 
 
“Uma das maneiras de se representar a 
evolução do estoque em uma empresa é por gráfico, 
em que o eixo x coloca-se o tempo e no eixo y, a 
quantidade em estoque, conforme Figura 2.2. 
(FRANCISCHINI et al, 2002 p.149) 
 
FIGURA 2.2. Curva de reposição de material. 
Quantidade 
 consumo 
 Reposição 
 Tempo (T 
Fonte: Administração de Materiais e do Patrimônio, 2002 pg 150 
 
8 
L. F. Andrade et al. Controle de Estoque 
 
Revista Faculdade Montes Belos, v. 4, n. 2, Nov. 2011 
 
 
Segundo Aurélio (2005), a representação da 
movimentação (entrada e saída) de um item dentro de 
um sistema de estoque pode ser feita por um gráfico, 
em que a abscissa é o tempo decorrido (T), para o 
consumo, normalmente em meses, e a ordenada é a 
quantidade em unidades desta peça em estoque no 
intervalo do tempo (T) este gráfico é chamado dente 
de serra , conforme mostra a Figura 2.2. 
Como já sabemos, a pratica mostra-nos que 
estas quatro premissas citadas não ocorrem com 
frequência. Os consumos de matéria-prima, 
normalmente, são variáveis e não podemos confiar 
demais nos prazos de entrega dos fornecedores, pois 
existem falhas de operação, e sempre existe um risco 
de alguma remessa de material ser rejeitada parcial ou 
totalmente, mas ambas são suficientes para alterar o 
ciclo. Se estas ocorrências são normais, deve-se criar 
um sistema que absorva essas eventualidades, para 
diminuir o risco de ficarmos com o estoque a zero 
durante algum período. 
Este é um dos controles onde há uma 
simplificação do que ocorre na prática das empresas, 
no qual o consumo é contínuo, não há atrasos nos 
pedidos de compra por parte dos fornecedores, o 
material chega á empresa no momento em que não há 
estoque. 
 
3. Caracterização da Empresa 
 
 Em 1998, foi inaugurada a Gelnex, primeira 
fábrica de gelatina suína da América do Sul, na cidade 
de Itá-SC, sendo que, em 2002 e 2003 houve 
expansão de sua planta e conseguiram a certificação 
de GMP (Good Manufacture Practice) na planta 
industrial de Itá, seguindo os requisitos da AIB 
(American Institute of Banking), decorrendo daí a 
certificação ISO 9001-2000.(Foto 1). 
 
Foto 1. Vista Geral da Empresa Gelnex 2008. 
 
Fonte: site da Gelnex 2008 
 
9 
L. F. Andrade et al. Controle de Estoque 
 
Revista Faculdade Montes Belos, v. 4, n. 2, Nov. 2011 
 
 
Foto aérea da matriz da empresa Gelnex, localizada 
em Itá-SC. No detalhe, portaria de acesso á empresa. 
 Em 2004 deu-se início à instalação e operação 
da primeira fábrica de gelatina da região centro-oeste, 
na cidade de Nazário-GO, tendo um grande 
crescimento em sua capacidade de produção a partir 
de 2005 (Foto 2). 
 
Foto 2. Vista da Empresa Gelnex e suas facilidades técnicas. 
 
Fonte: site da Gelnex 2008. 
Foto panorâmica da filial da Gelnex, localizada na cidade de Nazário -GO. No detalhe, fachada do prédio da 
área produtiva. 
 
 
Gelatina vem da palavra “gelatas” que significa firme. 
Ela é feita de uma proteína chamada colágeno, 
extraída quase sempre do couro do boi. 
 A Gelnex está estrategicamente situada nas 
principais regiões produtoras de suíno e bovino do 
Brasil, onde desenvolvem uma sólida reputação, 
fornecendo gelatina de ambos os tipos e de alta 
qualidade:gelatina tipo A derivada da pele de porco 
produzida em Santa Catarina e a do tipo B fabricada 
através das aparas da pele de boi,produzidas em 
Nazário-GO. 
 A Gelnex hoje, com seus 11 anos de atividades 
encontra-se entre as melhores fábricas de gelatina do 
mundo, buscando sempre oferecer produtos e serviços 
de alta qualidade, capazes de satisfazer as 
necessidades de seus clientes da área farmacêutica e 
alimentícia. Fornece atualmente para mais de 15 
estados brasileiros, países do Mercosul, União 
Européia, Estados Unidos e Oriente. 
 
 
 
10 
L. F. Andrade et al. Controle de Estoque 
 
Revista Faculdade Montes Belos, v. 4, n. 2, Nov. 2011 
 
A gelatina produzida possui diversas utilidades 
conforme segue: (Figuras 1). 
 
 Área farmacêutica 
 Cápsulas duras de gelatina em duas peças 
 Cápsulas moles de gelatina 
 Comprimidos 
 Micro-encapsulação ou vitaminas 
 Área alimentícia 
 Balas de gelatina (jujubas) 
 Doces aerados (marshmallow) 
 Sobremesas de gelatina 
 Produtos lácteos 
 Estabilizantes ou espessantes de diversos 
produtos. 
 
 
Figura 1. Fluxograma do processo produtivo de gelatina tipo A e B 
 
4. O estique e o setor de compras. 
 
O setor de compras preocupa-se, 
sobremaneira, com o estoque de matéria-prima e de 
todos os insumos necessários para sua produção ou 
comercialização. É da responsabilidade de compras 
assegurar que as matérias-primas, material de 
embalagem e peças exigidas pela produção estejam á 
disposição nas quantidades certas, nos períodos 
desejados, nas finalidades corretas e com o menor 
preço. Compras não somente é responsável pela 
quantidade e pelo prazo, mas precisa também realizar 
a compra em preço mais favorável possível, já que o 
custo desses insumos é componente fundamental no 
custo do produto (AURÉLIO, 2005, p.16). 
A função de compras é um segmento essencial 
do Departamento de Materiais ou suprimentos, que 
tem por finalidade suprir as necessidades de materiais 
ou serviços, planejá-las, quantitativamente, e 
satisfazê-las no momentocerto com as quantidades 
corretas, verificar se recebeu efetivamente o que foi 
comprado e providenciar armazenamento. Compras é, 
portanto, uma operação da área de materiais, muito 
importante entre as que compõem o processo de 
suprimento. Qualquer atividade industrial necessita de 
matérias-primas, componentes, equipamentos e 
11 
L. F. Andrade et al. Controle de Estoque 
 
Revista Faculdade Montes Belos, v. 4, n. 2, Nov. 2011 
 
serviços que possa operar. No ciclo de um processo de 
fabricação, antes de se dar inicio a primeira operação, 
os materiais e insumos gerais devem estar disponíveis, 
mantendo-se, com certo grau de certeza, a 
continuidade de seu abastecimento a fim de atender as 
necessidades ao longo do período (AURÉLIO, 1993, 
p. 279). 
Segundo Aurélio (2005) a necessidade de 
comprar cada vez melhor é enfatizada por todos os 
empresários juntamente com as necessidades de 
estocar em níveis adequados e de racionalizar o 
processo produtivo. Comprar bem e um dos meios 
que devem usar para reduzir custos. Existem certos 
mandamentos que definem como comprar bem, que 
incluem a verificação dos prazos, preços, qualidade e 
volume. Mas manter-se bem relacionado com o 
mercado fornecedor, antevendo na medida do possível 
eventuais problemas que possam prejudicar a empresa 
no cumprimento de suas metas de produção, é, talvez, 
o mais importante. 
Para esse autor as três maiores 
responsabilidades comuns de qualquer empresa são 
geralmente: a área financeira, produção e a de vendas, 
principalmente, no inicio da vida de uma empresa, a 
administração cabe a um único homem, o dono, que 
cuida das três responsabilidades. Com o crescimento 
dos negócios, torna-se necessário adicionar uma 
assessoria mais profissional e delegar autoridades e 
responsabilidade. Continuando o crescimento, o dono 
passa a responder pela adoção de diretrizes de ação e 
torna-se o dirigente do empreendimento. Até esse 
ponto, as três funções têm sido subordinados 
diretamente a ele, mas estão tornando-se 
responsabilidades executivas separadas, coordenadas 
em hierarquias, reportando-se a um órgão 
administrativo geral comum e sendo coordenados pelo 
mesmo (AURÉLIO, 2005). 
 Custo de Pedido de acordo com Francischini 
et al. 2002),o custo do pedido é: “É o valor gasto pela 
empresa para que em determinado lote de compra 
possa ser solicitado ao forne cedor e entregue na 
empresa compradora. O custo de pedido refere-se aos 
custos administrativos e operacionais da área de 
compras”. 
Com relação ao custo de pedido, todo gestor 
deve ficar atento com a quantidade de custos que terá 
a partir de determinado pedido, pois, o 
desenvolvimento da empresa necessita de um 
equilíbrio entre os custos operacionais e 
administrativos para sua manutenção e 
funcionamento, levando, assim, a alcançar suas metas 
e objetivos. Na empresa Gelnex, o estoque e o setor 
de compras, trabalham em união devido as formas de 
mudanças de cargos sempre que um gestor do estoque 
sobe para o departamento de compras ou quando tem 
mudanças de cargo na empresa devido a esse fator. O 
comprador sempre está atento nos produtos mais 
críticos na empresa mesmo assim ainda ocorrem 
falhas de falta de material deixando a produção cada 
vez mais prejudicada. 
 
5. Custo da falta de estoque. 
 
 Segundo Aurélio (2005) existe certos 
componentes de custos que não podem ser calculados 
com grade precisão, mas que ocorrem quando um 
pedido atrasa ou não pode ser entregue pelo 
fornecedor. Pode-se determinar os custos de falta de 
12 
L. F. Andrade et al. Controle de Estoque 
 
Revista Faculdade Montes Belos, v. 4, n. 2, Nov. 2011 
 
estoques ou custo de ruptura da seguinte maneira: por 
meio de lucros cessantes devido à incapacidade do 
fornecimento. Perdas de lucro, com cancelamento de 
pedidos, por meio de custeios adicionais, causados 
por fornecimentos em substituições com material de 
terceiros, por meio de custeios causados pelo não-
cumprimento dos prazos contratuais como multas, 
prejuízos, bloqueios de reajustes, por meio de quebra 
da imagem da empresa, e em conseqüência 
beneficiando o concorrente. 
 Conforme a empresa Gelnex tem a falta de 
material em estoque o seu custo mensal com esse tipo 
de situação é muito alto devido a falhas no 
departamento de estoque que sempre envolvi nas 
pardas de fabrica ou demora na manutenção de 
equipamentos causando perdas de produção gerando 
prejuízos incalculáveis no final do mês. 
 
 
6. Relação logística e a administração de estoques. 
 
 A parte logística na empresa Gelnex Ind. E 
Com. LTDA tem uma grande dificuldade devida ser 
uma fabrica de Gelatina não tem maquinas 
específicas, para a fabricação todas são compradas e 
modificadas para produção de gelatina cujas peças de 
reposição tem um tempo de reposição muito alto às 
vezes chega até seis meses para chegar. Todos as 
peças especificas tem uma atenção maior e muitas 
vezes chega a faltar peças, com isso ocorre a correria 
com a gerência devido a parada da fabrica, que tem 
que ajudar a procurar peça em todo o pais ou para que 
seu fornecedor fabrique a peça o mais rápido possível. 
 Quando ocorre esse tipo de falta, normalmente 
está relacionado à falta de controle de estoque em que 
ocorre vários custos extras, momento em que o 
fornecedor aumenta o preço do produto em até 100%, 
devido a urgência e às horas extras de funcionários, a 
Gelnex tem os mesmos custo com horas extras e o 
aumento do valor do frete que na maioria das vezes 
tem que vir via linhas aéreas que chega a ser 50% do 
valor da mercadoria, além disso, destacar um 
motorista e um veiculo para ficar aguardando o 
material chegar em Goiânia para retirar e trazer para 
Nazário com urgência. Esses custos são muito altos e 
eleva o valor do estoque ao extremo, isso quando o 
material não vem trocado ou errado, pois quando 
ocorre esse incoveniente, praticamente, dobra-se o 
valor agregado do produto. 
A logística compõe-se de dois subsistemas de 
atividades: administração de materiais e distribuição 
física, cada qual envolvendo o controle da 
movimentação e a coordenação demanda-
suprimentos. A administração de materiais 
compreende o agrupamento de materiais de várias 
origens e a coordenação dessa atividade com a 
demanda de produtos ou serviços da empresa. Desse 
modo, soma esforços de vários setores, que, 
naturalmente, apresentam visões diferentes. Mesmo 
assim, pode-se concluir que uma empresa englobaria 
todas as atividades relativas aos materiais, exceto as 
diretamente vinculadas ao projeto, ou à manutenção 
dos dispositivos, equipamentos e ferramentas. Em 
outras palavras, a administração de materiais poderia 
incluir a maioria ou a totalidade das atividades 
realizadas pelos seguintes departamentos: compras, 
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Revista Faculdade Montes Belos, v. 4, n. 2, Nov. 2011 
 
recebimento, planejamento e controle de produção, 
expedição, trafego e estoques. 
 Existe crescente interesse pela administração 
logística no Brasil, e esse interesse pode ser explicado 
por seis razões principais como rápido crescimento 
dos custos, particularmente dos relativos aos serviços 
de transportes e armazenagem; desenvolvimento de 
técnicas matemáticas e do equipamento de 
computaçãocapazes de tratar eficientemente a massa 
de dados normalmente necessária para à analise de um 
problema logístico; complexibilidade crescente da 
administração de materiais e da distribuição física, 
tornando necessários sistemas mais complexos; 
disponibilidade de maior gama de serviços logísticos; 
mudanças de mercado e de canais de distribuição, 
especialmente para bens de consumo; tendência de os 
varejistas e atacadistas transferirem as 
responsabilidades de administração dos estoques para 
os fabricantes. 
 Uma das maiores expressões para a ocorrência 
de mudanças no sistema logístico vem das industrias 
que estão passando por uma crise no fluxo de caixa. 
Esse tipo de crise irá forçá-las a reduzir seus níveis de 
estoque a um mínimo e a examinar atentamente as 
condições econômicas de operações de cada um dos 
setores. Embora para sua sobrevivência em longo 
prazo o empresário necessite olhar além dos limites da 
empresa e controlar a ação dos outros elementos do 
seu mercado. O maior perigo é que uma crise 
financeira force a empresa a procurar internamente a 
solução para livrar-se de pressões imediatas, 
reduzindo a estrutura de produção, em vez de tentar 
dinamizar o sistema tanto interna quanta 
externamente, eliminando suas ineficiências 
(AURÉLIO, 1993). 
Segundo este autor, o 
almoxarifado/armazém/depósito é o responsável pela 
guarda física dos materiais em estoque, com exceção 
dos produtos em processo. É o local onde ficam 
armazenados os materiais, para atender a produção e 
os entregues pelos fornecedores. 
Ainda, esse autor relata que os administradores 
estão reconhecendo, agora, a necessidade de se 
estabelecer um conceito bem definido de logística 
industrial, uma vez que começam a compreender 
melhor o fluxo contínuo dos materiais, as relações 
tempo-estoque na produção e na distribuição e os 
aspectos relativos ao fluxo de caixa no controle de 
materiais. A verdade é que o enfoque da 
administração de materiais esta mudando o tradicional 
“produza, estoque, venda” para um conceito mais 
atualizado, que envolve “definição de mercado, 
planejamento do produto, apoio logístico”. 
A logística empresarial estuda como a 
administração pode prover melhor nível de 
rentabilidade nos serviços de distribuição aos clientes 
e consumidores, por meio de planejamento, 
organização e controles efetivos às atividades de 
movimentação e armazenagem, que visam facilitar o 
fluxo de produtos. A logística é um assunto vital à 
competitividade das empresas nos dias atuais, 
podendo ser um fator determinante do sucesso ou 
fracasso das empresas. 
 A logística dentro de uma empresa ajuda a 
melhorar seu ambiente de trabalho com a locomoção 
de seus produtos acabados e outros mais, seu principal 
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foco e no transporte dos produtos acabados e em 
processo, conforme o departamento de compras 
também tem que ter um suporte logístico adequado a 
suas necessidades de compras caso isso não ocorra, 
pode não conseguir entregar as peças e matérias 
primas na hora certa no lugar certo na quantidade 
certa e em um preço justo. 
 
7. Just in time. 
 
 A idéia do Just in time surgiu no Japão na 
década de 70 e foi sendo assimilada pela indústria 
ocidental, de forma mais efetiva, a partir dos anos 80. 
A Toyota Motor Company, sentindo a necessidade de 
coordenação da produção com as diferentes 
solicitações da demanda por veículos (modelos, cores 
etc.) foi que primeiro aplicou a teoria do JIT à suas 
linhas de montagem. De forma geral, o sucesso dos 
produtos japoneses industrializados deve-se, 
principalmente, aos sistemas de manufatura que 
conseguiram agregar, ao mesmo tempo, alta qualidade 
e preços competitivos. Esses sistemas, apoiados pelo 
conceitos do JIT, trabalham com a meta do estoque 
“Zero”, que e um dos fundamentos básicos do JIT. 
Segundo Aurélio (2005) o JIT tem sido 
apresentado através de muitas definições que evoluem 
na medida de sua aceitação. Uma da mais comuns 
refere se ao JIT como um método de redução de 
desperdícios nos processos de manufatura. Ao 
contrário da abordagem tradicional dos sistemas de 
produção, que “empurram” os estoques, o JIT 
caracteriza-se como um sistema de “puxar” a 
produção ao longo do processo, de acordo com a 
demanda. Genericamente falando, um sistema de 
“puxar” estoques significa que qualquer movimento 
de produção somente é liberado na medida da 
necessidade sinalizada pelo usuário da peça ou 
componente em fabricação, ou seja, os centros de 
trabalho não estão autorizados a produzir e 
“empurrar” os lotes apenas para manter ocupados 
operários e equipamentos. 
Infelizmente, a assim chamada entrega just in 
time (a tempo) é muito difícil de obter, pois depende 
quase exclusivamente do fornecedor, e haverá 
situações em que este não cumprirá com o prazo 
estabelecido, afetando qualquer planejamento prévio 
que tenha sido feito por sua empresa. Portanto, caso 
não esteja bem dimensionado seu volume de estoques, 
a empresa pode acabar por ficar sem produtos para 
atender seus processos fabris e/ou seus clientes ou 
mesmo, por outro lado, perder dinheiro com o encalhe 
desses estoques mal planejados. 
Just in Time, também conhecido como Sistema 
de Produção Toyota ou Sistema Kanban, é, segundo o 
Dicionário de Economia e Administração de Paulo 
Sandroni, "um sistema de controle de estoques no 
qual as partes e componentes são produzidas e 
entregues nas diferentes seções, um pouco antes de 
serem utilizadas" (MONTSERRAT, 2007). 
O Just in time conforme os autores dizem 
ainda é usado em varias empresas do ramo 
automobilístico, mas na empresa Gelnex também se 
trabalha com esse tipo de controle, quando chega à 
matéria prima, ela já é programada antes pelo setor de 
produção assim que chega na porta da empresa tem 
que ser recebida caso aja paradas de produção, não 
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Revista Faculdade Montes Belos, v. 4, n. 2, Nov. 2011 
 
compra, evitando, desse modo, acumulo de matéria 
prima na empresa. 
 
8. Material de Métodos. 
 
 Esse trabalho foi desenvolvido para ajudar a 
empresa Gelnex Ind. E Com. Ltda a desenvolver 
atividades para melhorar o desempenho do seus 
estoques com técnicas básicas como aplicação da 
curva ABC, Just in Time, organização de suas áreas 
de estocagem para ajudar seus gestores de estoque a 
não deixar ocorrer falta de material e peças, assim, 
não tendo prejuízo com paradas desnecessárias de 
fabricas e gastos com manutenção desnecessário. 
 Foi pesquisado acerca do estoque da Gelnex e 
foi constatado que a maioria de seus itens estava com 
altos níveis desnecessários para empresa e com um 
valor muito alto de estoque, isso com ajuda dos 
relatórios tirados do sistema da empresa e com a ajuda 
de todos os setores envolvidos com os estoques, as 
pessoas da área da produção, manutenção, laboratório 
e administrativos. 
 A pesquisa foi realizada com as partes que 
mais usam material estocado eletricistas, mecânicos, 
auxiliares de produção, auxiliares de limpeza e 
operadores de maquinas cerca de 50% dos que 
frequentaram o almoxarifado nos dias das pesquisas, 
respondendo um questionário de 10 questões após 
analisar o material que eles mais retiram do estoque. 
 Foram coletadas informações em livros, 
revistas e jornaiscomo referenciais observando 
pontos de vista de diferentes autores além da 
utilização de um questionário desenvolvido para 
coleta de informação com a finalidade de discutir 
problemas reconhecidos pelos usuários, das empresas 
que cuidam de atividades inerentes à administração. 
 
9. Considerações finais. 
 
 Conclui-se que, a cada dia que passa, a 
empresa vem crescendo sua linha de produção 
aumentando sua capacidade produtiva, mais com a 
dificuldade em gerenciar seus estoques, tendo 
prejuízos devido ao fator logístico de seus materiais, 
cuja maioria de seus fornecedores é de origem de 
outros estados, não trabalha com material em estoque, 
seus prazos de fabricação são longos e ainda faltam 
investimentos em aparelhos para melhorar seu 
controle de estoque e treinamentos dos seus gestores 
de estoques. 
 Com tudo, diminuir o valor em estoque e 
aumentar o índice de atendimentos dos seus maiores 
clientes sem receber reclamações dos setores mais 
afetados da produção e manutenção, que recebem as 
maiores queixas da diretoria devido às paradas de 
produção e os altos custos com a manutenção da 
fábrica. 
 Assim, tendo em vista a melhoria de do 
controle de estoque, esperamos uma redução de 30% 
no valor de manutenção e redução de 70% nas paradas 
desnecessárias de produção a aproximadamente uma 
redução do valor agregado em estoque de 40% e um 
aumento de 90% no atendimento aos setores 
envolvidos com o estoque. 
 Este trabalho de conclusão de curso foi 
importante à prática de trabalho, pois refletimos 
acerca de alguns aspectos simples para o controle de 
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estoques que contribui para uma mudança de 
comportamento e uma visão global ampliando o 
conhecimento sobre os diferentes aspectos que 
envolvem o trabalho do gestor no controle dos 
estoques. 
 Espera-se que o conteúdo apresentado sirva 
para reflexão para os Gestores de estoques da Gelnex 
e outras empresas de hábitos para que possam integrar 
o processo do controle de estoques. Nessa 
perspectiva, espera-se conscientizar os gestores do 
papel importantíssimo desempenhado pelos seus 
departamentos adequando-os as grandes e constantes 
transformações pelas quais a sociedade vem passando. 
 
10. Referências Bibliográficas. 
 
SANTOS, I. Ferramentas Úteis para melhorar o 
desempenho e agilizar processos. Controle de 
estoque. Disponível em: <http://www.ivansantos. 
com.br/conest.htm>. Acesso em 07 de maio de 2009. 
 
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Classificando os estoques e determinando 
prioridades. Disponível em: 
<http://www.ivansantos.com.br/ 
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AURÉLIO, M. P. D. Princípios, Conceitos e Gestão. 
5ª edição. São Paulo.Editora Atlas. 2005. 336 p. 
 
AURÉLIO, M. P. D. Administração de Materiais. 4ª 
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MONTSERRAT, H. F. Controle dos Estoques e 
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 ALMEIDA, D.; LUCENA, M. Gestão estoques na 
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MARTIORI, INFOMÁTICA. Processo da gelatina 
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Acesso: 03/12/2008.

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