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TCC MBA Logistica Empresarial 2020

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE SÁ JUIZ DE FORA
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LOGÍSTICA EMPRESARIAL
JAIME APARECIDO FAIAO
ACREDITAÇÃO HOSPITALAR: O caminho percorrido até a qualidade total
Juiz de Fora
2020
JAIME APARECIDO FAIÃO
ACREDITAÇÃO HOSPITALAR: O caminho percorrido até a qualidade total
Artigo apresentado ao Curso de Pós-Graduação MBA em Logística Empresarial do Centro Universitário Estácio Juiz de Fora como requisito parcial para obtenção de título de Especialista.
Orientador: xxxxxxxx
Juiz de Fora
2020
SUMÁRIO
1 – INTRODUÇÃO  
2 – REFERENCIAL TEÓRICO 
2.1 – Construção civil 
2.1.1 – Características do comercio varejista de materiais de construção 
2.2 – Gestão de estoques 
2.2.1 – História do controle de estoques 
2.2.2 – Custos associados aos estoques 
2.2.3 – Classificação dos estoques quanto ao tipo 
2.2.4 – Previsão de estoque 
2.2.5 – Avaliação de estoques 
3 – METODOLOGIA 
3.1 – Coleta de dados 
3.2 – Análise de dados 
3.3 - Sugestões para melhoramento do controle de estoque 
4 – CONCLUSÃO 
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
RESUMO
A construção civil é um segmento que apresentou um crescimento exponencial nos últimos anos, em especial na última década. Crescimento esse alavancado pelo sonho da casa própria e os grandes empreendimentos imobiliários. Onde as lojas de materiais de construção são as grandes responsáveis por manter esse mercado abastecido e atender o consumidor final. Para se obter sucesso num mercado tão rivalizado, é preciso ter produtos de boa qualidade, preços acessíveis, atendimento caracterizado e rígidos controles dos níveis de serviços e acuracidade dos estoques. Saber mensurar as necessidades e ter domínio dos produtos oferecidos é fundamental, sendo assim o gerenciamento de estoque se tornou um diferencial competitivo, empresas que utilizam desses métodos de controles tendem a gerenciar melhor seus recursos financeiros e materiais, proporcionando uma melhor precisão na demanda de ressuprimento e previsão de vendas. Uma empresa que tem uma gestão eficiente de estoque, não possui materiais imóveis no almoxarifado, e não deixa escassear produtos nas prateleiras. A empresa Casa Gisele Materiais de Construção, foi analisada com relação aos seus níveis de estoque e gerenciamento. Percebemos que é uma empresa que já possui um sistema informatizado, que apresenta um ambiente de trabalho aparelhado e de boa qualidade, que já possui um sensato nível de preocupação com a gestão dos seus recursos materiais em estoque. Mas que ainda carece de adequações para melhor otimizar o tempo e o espaço, majorando assim seu nível de serviço e por conseguinte a lucratividade. 
 
Palavras-chave: Estoque. Gerenciamento. Controle. Construção civil.
1. INTRODUÇÃO
 Caracterizado pelo crescente aumento populacional, observamos um avanço na demanda de pessoas em busca da habitação própria. Impactando diretamente na economia do país, e ampliando horizontes no segmento de comércio varejista de materiais de construção, e investimentos em gestão para suprir todas essas necessidades. Visando um novo conceito de pequenas empresas no ramo de materiais de construção, entendemos que estas estão cada vez mais adicionando valores ao comércio, demonstrando expertises nos meios de acondicionamento e transporte direto de itens em pequenos ou grandes volumes até o cliente final, evitando assim compras volumosas e armazenamento de grandes quantidades de itens em seus almoxarifados, minimizando as perdas e desperdícios. 
Novos métodos e modelos surgiram ao longo do tempo para atender as tendências de distribuição, com objetivo de diminuir gastos e reduzir desperdícios desnecessários. O mercado atual exige que os gestores dessas empresas de pequeno porte entendam as necessidades dos seus clientes, assim precisam ter uma visão estratégica aprofundada sobre os diferentes fatores que influenciam na hora da compra, entre elas, conservar as características originais dos produtos durante a armazenagem e distribuição. Gestores que atuam nesse segmento, precisam estar constantemente atualizados logisticamente, com um bom nível de conhecimento geográfico da região que pretendem atender, para que não haja contratempos e perda da qualidade dos produtos ou serviços prestados ao consumidor final, garantindo máxima satisfação dos níveis de atendimento. 
Existe uma busca incessante por parte dos lojistas por fornecedores que proporcionem uma maior comodidade no atendimento de suas demandas de ressuprimentos. A facilidade e praticidade na entrega dos produtos, em embalagens com maior número de informações e de fácil armazenamento em seus depósitos. Proporcionando que os esforços dos pequenos varejistas sejam direcionados ao seu consumidor final. 
Sendo assim, iremos compreender nesse trabalho as formas praticas, rápidas e eficientes que estão sendo introduzidas no mercado atual, focando totalmente no controle e gerenciamento de estoques, visando beneficiar as empresas através de uma melhor disponibilidade dos produtos. A empresa aqui estudada, Casa Gisele Materiais de Construção, atua há cerca de seis anos com vendas no varejo de materiais para construção na cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais. 
Durante o trabalho, acompanhamos os procedimentos de armazenamento dos materiais básicos vendidos na loja, com o objetivo de entendê-los, descrevendo os meios que são utilizados para recebimento, armazenamento e movimentação dos materiais. Além disso, auxiliamos na criação de novas rotinas estratégicas para o sistema de armazenamento da empresa, propondo a implantação de novos métodos que podem minimizar os custos, reduzir as perdas e maximizar as receitas. Apresentando sugestões no que diz respeito a um controle de estoque na área da construção civil. 
Nesse sentido, pretendemos demostrar que é de fundamental importância à aplicação de um sistema de controle de estoques eficaz e adequado a esse tipo de atividade comercial, tendo em vista o alto investimento nesse tipo de ativo, e principalmente visando a maximização da rentabilidade e diminuição dos custos operacionais. O controle de estoques, a armazenagem, e o acompanhamento da gestão dos itens de revenda são partes essenciais no desenvolvimento de uma empresa, visto que hoje em dia, cada vez mais as organizações tendem a suprir suas necessidades e inovar no mercado globalizado.
Observando a rentabilidade do segmento em estudo, juntamente com as dificuldades deparadas, as formas de melhorias das atividades, para a diminuição dos riscos encontrados nas lojas de materiais de construção, sugerimos que para uma empresa se manter no mercado extremamente competitivo, precisa-se de ferramentas eficazes de controle e gestão dos estoques de seus produtos.
O Controle de Estoques é uma ferramenta ativa nas organizações, que visa encontrar melhorias na gestão dos custos e disponibilidade dos produtos ofertados. Aspectos estes que impactam diretamente na rentabilidade delas, e promove importantes ganhos de eficiência na redução dos custos de manutenção de estoques, reduzindo falhas de reabastecimento, ruptura de estoques, melhor eficiência de armazenagem, planejamento e controle do fluxo de materiais dentro da empresa. Ainda como característica principal, está o alto nível de serviço oferecido ao consumidor final, trabalhando com índices elevados de acuracidade de estoque, garante-se uma satisfação de todos os atores envolvidos na cadeia de valores.
A implantação de um sistema de controle de estoque traz informações de maneira capaz de produzir dados suficientes para a tomada de decisões, e dessa forma trazendo soluções para as dificuldades de armazenamento e controle de produtos, com o objetivo de diminuir as perdas.
REFERENCIAL TEÓRICO
Construção Civil
Contemplamos continuamente que a construção civil vem se expandindo significativamente no comércio de pequeno e grande porte, trazendo assim novos desafios para todos os atores envolvidos nesse setor, a grande responsabilidade do comércio varejista, éatender de forma eficaz e eficiente as necessidades do segmento, não deixando o fluxo ser interrompido, demonstrando um total interesse no desenvolvimento e conclusão dos empreendimentos. Dentre os muitos desafios encontrados, buscaremos solucionar e atualizar meios modernos para o ganho de qualidade no atendimento, tempo e lucratividade.
Uma construção é um empreendimento que requer planejamento prévio, para que haja rapidez na sua execução, entendemos que há uma necessidade de mão de obra e de insumos para cada etapa a ser executada, desde a sua fundação até seus últimos detalhes de acabamento. Em cada fase da execução, requer-se o uso de técnicas, ferramentas e materiais específicos, assim entendemos, que tudo deve estar na hora certa e no local certo. Evitando qualquer tipo de gargalo que interrompa o andamento do projeto.
No contexto geral buscamos minimizar os custos da operação e maximizar o controle dos materiais, de forma a manter um elevado nível de qualidade. Para isso utilizaremos de tecnologias que nos auxiliará nas decisões estratégicas. Sabemos das peculiaridades de alguns produtos fornecidos pelos grandes atacadistas, dentre elas, produtos entregues em grandes volumes que necessitam ser fracionados para a venda final. Onde esses são os mais trabalhosos para os lojistas, pois requerem disponibilidade de espaços apropriados para armazenagem e veículos adequados a distribuição final. Com isso, abordaremos quais os meios mais modernos que estão sendo utilizados para facilitar o armazenamento desses itens.
2.1 Características do comércio varejista de materiais de construção
As atividades que correspondem ao setor de comércio varejista de materiais de construção, possuem como características, um mix abrangente de mercado consumidor, clientes de diferentes classes sociais, diversidades de produtos, serviços e fornecedores. O principal objetivo que levam os clientes as pequenas lojas de comércio varejista de materiais de construção é a disponibilidade imediata dos produtos, preços acessíveis, oferta variada de itens e o atendimento humanizado.
Levando em consideração a competitividade do segmento, as empresas tendem sempre a buscar melhor qualidade e diversidade de produtos para satisfazerem as diferentes classes sociais que buscam por esse serviço. Existem os que procuram preço e os que buscam por qualidade. Uma boa relação com os fornecedores é essencial para uma organização que busca crescimento do seu negócio e reconhecimento da sua marca no mercado. O segmento de lojas de materiais de construção é um setor extremamente concorrido e rentável, onde o diferencial para se manter no topo do mercado é um bom gerenciamento dos estoques, com níveis de acuracidade elevados, alinhamento dos níveis estratégicos e informações corretas para se nortear as tomadas de decisões.
2.2 Gestão de estoques
A gestão de estoques emergiu da necessidade de controle e organização dos materiais e insumos a serem comercializados nas organizações. No passado, esse controle era feito por meio de fichas de prateleiras, também conhecidas como fichas de controle. Atualmente ainda existem empresas que utilizam desses métodos rudimentares e ultrapassados. Com o avanço e a popularização da tecnologia da informação, surgiram novas ferramentas, técnicas e procedimentos que aprimoraram o setor, e possibilitaram processos mais eficientes de gestão de estoques.
Através do uso de uma gestão de estoque informatizada e precisa, as empresas conseguem prevê o quanto será necessário investi em compras de ressuprimento junto aos fornecedores para os próximos períodos contábeis. Manter um estoque mínimo é estrategicamente necessário, pois é esse que porventura irá absorver vendas sazonais, ou possíveis rupturas dos estoques. Manter esses níveis de estoque requer investimentos financeiros em compras emergenciais, custos de armazenagem e manutenção. Assim, o uso de sistemas modernos de controle ajuda na mensuração dos custos operacionais de um estoque.
De tal forma, para que não se comprometa os recursos financeiros destinados a manutenção dos níveis de estoques, ou mesmo, o tempo com dúvidas de que comprar, os gestores devem manter procedimentos operacionais padrões, como planejamento, análise e avaliação dos principais fornecedores parceiros. A empresa deve sempre ter um programa operacional que automatize e otimize a gestão de estoques, dessa forma será possível verificar e analisar a demanda dos itens armazenados, ponto de ressuprimento, lead time de reposição, rotatividade de produtos e giro de estoques.
O lead time de reposição de um produto pode ser definido como sendo o período entre o recebimento do pedido de compra pelo fornecedor, e a disponibilidade do item ao consumidor final. São várias as etapas que envolvem um processo de reposição de estoques, sendo assim, o administrador de materiais deve assegurar que todos os processos sejam cumpridos sem erros.
I – Informar ao setor de compras da necessidade de ressuprimento;
II – Cumprir o prazo de entrega acordado com o fornecedor: fabricação, separação e expedição do pedido final;
III – Emitir Pedido de Compra;
IV – Constatar a real necessidade de reposição pelo almoxarifado;
V – Realizar os procedimentos de inspeção e controle de qualidade sempre que necessário;
Conforme o SEBRAE (2019) existe passos a serem seguidos para um controle de estoque eficaz, e o primeiro deles é “fazer com que o gestor financeiro tenha o controle completo do estoque da sua empresa, separado por tipo de mercadoria/produto”. Isso é possível quando nas fichas de estoque são registradas a quantidade, o custo unitário e total de todas as mercadorias da empresa, com uma certa regularidade, é preciso confirmar o saldo apurado na ficha de estoque com o saldo físico presente armazenado, e esse deve ter sempre níveis elevados de acuracidade.
Quanto aos estoques desnecessários, e mesmo assim mantidos pela empresa, acontece um desperdício de mercadoria, o que significa uma perda da capacidade física do local destinado ao armazenamento, e como consequência existem perdas no investimento feito. Dessa forma, Palmisano et al, (2004), alerta que quando há conhecimento de que os estoques criam perdas, e quando encontramos motivos que mostram a necessidade de estoques, a intenção é utilizá-las de uma forma competente.
2.3 História do controle de estoques
A história do Controle de Estoques se inicia em tempos remotos da humanidade. Relata-se que na Pré-história, na antiga Mesopotâmia, quando a inteligência humana ainda era pouco desenvolvida, em pesquisas arqueológicas verificou-se que o estoque era controlado por rabiscos feitos por sinais em pedras, e que nos remetem à aproximadamente 8.000 A.C. Daí se conclui que, já naqueles tempos, o homem se preocupava em ter o controle dos estoques dos seus bens.
Com o surgimento do Homo Sapiens, houve uma evolução, ocasionando então a necessidade de fazer o controle dos excedentes da produção. À medida que o homem passou a acumular riqueza, que acabava se transformando em patrimônio, foram surgindo técnicas para controlar esse patrimônio. Na época, o homem controlava seus estoques com pedras, ossos de pequenos animais, folhas de arvores e desenhos. Com a evolução do controle, o homem passou a utilizar as fichas de barro para controlar seus estoques com sinais pictográficos.
Com o excedente em seus estoques, o homem passou a trocar mercadorias conforme suas necessidades. Os que tinham estoque de cereais em excesso, trocavam por outras mercadorias que necessitavam, como por exemplo, pode-se destacar a troca por armas, animais para criação, peixe seco, ou outros insumos que houvesse necessidade. Através dessas trocas é que finalmente surgiu o comércio mercantil, o que era denominado de comércio por escambo.
A história atual do controle de estoque, refere-se à logística empresarial, sendo o termo logistique de origem francesa. O conceito existe desde a década de 40, quando foi utilizado pela primeira vez, pelas Forças Armadas Norte-americana, durante a Segunda Guerra Mundialpara o processo de aquisição e distribuição de insumos as tropas em combate.
Carvalho (2002, p.31) define logística de estoque como sendo:
Logística é a parte do Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento que planeja, implementa e controla o fluxo e o armazenamento eficiente e econômico de matérias-primas, materiais semi-acabados e produtos acabados, bem como as informações a eles relativas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender as exigências dos clientes.
No Brasil, os métodos modernos de gerenciamento de estoque só começaram a ser estudados a partir da década de 50, e os resultados apresentados são bem satisfatórios. Nesse contexto, Viana (2002), cita que assim, em qualquer empresa, os estoques representam componentes extremamente significativos, sejam sobre aspectos econômico-financeiros ou operacionais críticos. Isso já não acontece com empresas prestadoras de serviços públicos ou serviços em geral. Após 1950, várias mudanças ocorreram como: o gosto dos consumidores, e maiores variedades de mercadorias. As empresas nesse período perceberam que não há vantagens em manter estoques, visto que o custo é significativamente elevado, então resolveram transferir a responsabilidade para os seus fornecedores, fazendo com que haja entregas de mercadorias mais frequentes.
Na década de 70 a logística já tinha se propagado, e várias empresas passaram a adotá-la, porem algumas ainda se preocupando com os lucros e esquecendo os custos. Em virtude das diversas crises econômicas ocorridas no período, as empresas passaram a se preocupar com a gestão de suprimentos. Nesse sentido, Bowersox e Closs (2001), dizem que o gerenciamento de estoque é o processo integrado pelo qual são obedecidas às políticas da empresa e da cadeia de valor com relação aos estoques.
Com o desenvolvimento da área de marketing, evolui a logística integrada nas empresas, onde estas mudaram seu foco de produção para o consumidor, isto é, produzir para entregar, evitando acúmulo de estoque, elevando assim a gestão por administração de materiais.
2.4 Custos associados aos estoques
Com relação aos custos associados ao estoque das mercadorias Garcia et al. (2006, p. 14-16) divide em três áreas:
Custos de manutenção de estoques: custos proporcionais a quantidade armazenada e ao tempo que fica em estoque. Um dos custos mais importante é o custo de oportunidade do capital. Este representa a perda de receitas por capital investido em estoques em vez de tê-lo investido noutra atividade econômica. Uma interpretação comum é considerar o custo de manutenção de estoque de um produto como uma pequena parte do seu valor unitário;
Custos de pedido: custos referentes a uma nova encomenda, podendo esses custos ser tanto variáveis como fixos. Os custos fixos associados a um pedido são, o envio da encomenda, receber essa mesma encomenda e inspeção. O exemplo principal de custo variável é o preço de compra dos artigos encomendados;
Custo de falta: custos derivados de quando não existe estoque suficiente para satisfazer a procura dos clientes em dado período. Como exemplos temos: pagamento de multas contratuais, perdas de venda, deterioração da imagem da empresa, perda de Market share, e utilização de planos de contingência.
Assim, podemos definir que os custos de manutenção se associam a todos os custos necessários para manter uma quantidade certa de mercadorias por determinado período. Já nos custos de pedido incluem-se os custos fixos administrativos que estão associados as aquisições requeridas para a reposição do estoque, e junto ao custo de manutenção dá-se o custo total.
Segundo Dias (2005), todo e qualquer armazenamento gera determinados custos, que são: juros, depreciação, aluguel, equipamentos de movimentação, deterioração, obsolescência, seguro, salários e conservação.
2.5 Classificação dos estoques quanto ao tipo
Os estoques são classificados contabilmente no plano de contas da empresa no ativo circulante, em conta de estoques, e se resumem em estoque ativo e estoque inativo, conforme Dias (2005).
O estoque ativo é todo estoque resultante de um planejamento prévio e destinado a uma utilização em: mercadorias, matérias-primas, produtos em processo, produtos acabados, almoxarifado (materiais administrativos, ou peças e reparos). O estoque inativo é todo estoque inutilizado, decorrente de alterações de programas, mudanças nas políticas de estoque ou eventuais falhas de planejamento, que engloba as seguintes categorias: Estoque disponível e Estoque alienável.
Define-se o estoque disponível, como sendo os materiais sem perspectiva de utilização, isto é, sem destinação definida, total ou parcialmente, e o estoque alienável, como sendo o material disponível, inservível, obsoleto, e ainda sucatas destinadas à venda.
2.6 Previsão de estoque
O estudo dos estoques está pautado na previsão do consumo de materiais. A previsão de consumo ou da demanda estabelece as estimativas futuras dos produtos acabados comercializados pela empresa. Dessa forma, a previsão sempre é considerada como uma hipótese mais plausível dos resultados. As informações iniciais que permitem decidir quais serão as dimensões e a distribuição no tempo da demanda dos produtos acabados são classificadas em duas categorias, são elas: quantitativas e qualitativas.
A – Quantitativas: evolução das vendas no passado; variáveis cuja evolução e explicação estão ligadas diretamente as vendas. Por exemplo: criação e vendas de produtos infantis; área licenciada de construções e vendas futuras de materiais de construção; variáveis de fácil previsão; relativamente ligadas às vendas (populações, renda, PNB); e influência da propaganda.
B – Qualitativas: opinião dos gerentes; opinião dos vendedores; opinião dos compradores; e pesquisa de mercado.
2.7 Avaliação de estoques
A administração dos materiais armazenados, não se resume apenas em controlar a quantidade e qualidade dos itens a disposição dos setores de produção, vendas e administrativos da organização, mais também agregar valor monetário aos mesmos. Ou seja, o volume financeiro empregado nesse material estocado, é repassado aos custos dos produtos produzidos.
Segundo Crepaldi (2010, p. 42):
Como a empresa compra várias unidades em períodos diferentes com preços diferentes, e não os consome na mesma proporção, eles acabam misturando-se no almoxarifado. Para atribuir custo às unidades consumidas, usamos os mesmos critérios utilizados pela Contabilidade Financeira, o Sistema de Inventario Permanente e Periódico e os Métodos de Avaliação de Estoques: Peps (primeiro a entrar, primeiro a sair), Custo Médio e Ueps (último a entrar, primeiro a sair)
A avaliação do volume financeiro alocado nos estoques é feita por meio dos preços de custo e de mercado. O preço de custo refere-se ao produto fabricado pela empresa, ou seja, é o que custou para fabricar determinado produto. E o preço de mercado refere-se ao produto comprado, cujo valor consta na nota fiscal de compra. Essa avaliação de estoque é importante para que não ocorram problemas, Ivan (2007), afirma que, “se a empresa conseguir identificar qual unidade foi vendida e quais unidades ficaram em estoque no final do período, a mensuração do custo das mercadorias vendidas e do estoque final não apresenta problemas”.
Existem os métodos de avaliação de estoques que possuem o objetivo de separar o custo das mercadorias entre o que foi vendido e o que permaneceu em estoque, sendo o processo mais importante no controle de custos. Registra-se a movimentação dos estoques, Crepaldi (2010), afirma que, “os métodos mais comuns no Brasil são o preço específico, o custo médio e o Peps, e em menor escala, o Ueps”.
I – Preço específico
Esse método de avaliação de estoque, é utilizado quando é necessário fazer a determinação do preço específico de cada unidade do estoque, para no ato da venda, fazer a baixa pelo valor específico do custo apurado. É mais usado em empresas que fabricam produtos de grande porte, como veículos, máquinas pesadas e de grande porte, pois no estoquefinal seu valor será a soma de todos os custos específicos de cada unidade existente.
II – Avaliação pelo custo Peps ou Fifo (primeiro a entrar, primeiro a sair)
Peps (primeiro a entrar, primeiro a sair) ou Fifo (first in, first out), é o método baseado na cronologia das entradas e saídas, ou seja, sai o primeiro material que entrou em estoque, com seu respectivo preço unitário e assim seus valores são contabilizados no estoque.
Conforme o artigo, “O que são Peps, Ueps e custo médio?”, publicado em 2017, esse método auxilia a diminuir a perda de produtos e como consequência os prejuízos, e evita que os produtos que acabaram de chegar sejam vendidos antes daqueles que já estão no estoque a bastante tempo.
III – Avaliação pelo custo médio ou média ponderada
O custo médio é o método mais utilizado pelas empresas, é quando calculamos a média entre o somatório do custo total e o somatório das quantidades, chegando a um valor médio de cada unidade. Cada valor médio de unidade em estoque se altera pela compra de outras unidades por um preço diferente.
O método de avaliação pelo custo médio é simples e ao mesmo tempo age como um moderador de preços, eliminando as flutuações que possam ocorrer, ele tem como característica a fixação de preço médio entre todas as entradas e saídas. O procedimento de baixa dos produtos em estoque é feito normalmente pela quantidade da própria ordem de fabricação, ou pedidos de venda, e os valores finais de saldo são dados pelo preço médio dos produtos.
Ludícibus e Marion (1999), afirmam “que existe uma fusão das quantidades monetárias que ocorrem por causa de novas compras, junto com o total do que já existia no estoque mesmo antes da compra, obtemos o novo custo monetário através da divisão desse valor global , pelo total de unidades que existem”, assim cada vez que ocorrer uma nova compra com valor diferente, acontecera uma alteração no custo unitário.
IV – Avaliação pelo custo Ueps ou Lifo (último a entrar, primeiro a sair)
Ueps ou Lifo é o método baseado na cronologia de entradas e saídas, e considera que o primeiro material a sair deve ser o último que entrou no estoque, entende-se assim, que sempre teremos uma valorização do saldo baseado nos últimos preços.
De tal modo, Crepaldi (2010), define que esse método apresenta estoques por valores mais reduzidos e custos das mercadorias vendidas mais elevados, por esse motivo, o método Ueps é um procedimento bastante utilizado em economias inflacionarias, auxiliando na contabilização dos produtos para definição de preços de vendas, e reflete em custos mais próximos da realidade de mercado, entretanto não é aceito pelo fisco, pelo fato de aumentar o estoque e diminuir os lucros.
3 METODOLOGIA
3.1 Coleta de dados
A pesquisa foi realizada na cidade de Juiz de Fora, no estado de Minas Gerais. A empresa estudada Casa Gisele Materiais de Construção, é uma empresa de comércio varejista de materiais para construção civil que iniciou sua trajetória no setor em 2014. Nos primeiros passos do estudo, foi realizada uma revisão de literatura sobre os métodos e classificações de estoque e a sua importância, através de livros, revistas, sites e teses.
A partir dessa revisão bibliográfica, tornou-se possível desenvolver melhor a pesquisa, a fim de alcançar os objetivos propostos. A metodologia de pesquisa utilizada foi baseada em uma abordagem qualitativa, onde os dados para o desenvolvimento foram coletados pelo próprio autor.
Os procedimentos empregados foram de observação e interpretação, a partir dos dados coletados, expressando a realidade vivenciada durante o processo de pesquisa em campo, buscou-se informações para descrever os resultados. Com o objetivo de descobrir como funciona os processos de armazenagem dos materiais básicos, desde o recebimento dos produtos na empresa, conferência, armazenamento, separação, até a entrega ao cliente final. Foi realizada uma entrevista com o gestor da empresa, que também é o responsável pelo recebimento, conferência, classificação e armazenagem dos itens. Durante a entrevista propôs saber como são guardados em estoque os insumos básicos da organização, e quais as técnicas utilizadas para um armazenamento seguro, eficaz e eficiente. Garantindo que os produtos mantenham suas qualidades inalteradas e cheguem ao consumidor sem nenhum dano.
3.2 Análise de dados
Através das entrevistas realizadas e observações in loco, entendemos que se trata de uma empresa informatizada, que possui um programa próprio para controlar os níveis de estoque, onde frequentemente acontecem mudanças. Mais nem sempre foi assim, conforme afirmou o gestor responsável: “no início da empresa, os relatórios e as notas fiscais de saída eram feitos manualmente e nunca se sabia ao certo a quantidade de produtos estocados, com isso o fluxo de caixa ficava desorganizado e não sabíamos se estávamos lucrando ou não”.
Para que a empresa esteja preparada para atender as demandas do mercado, precisa-se desenvolver estratégias que à ajude a organizar os estoques, e no planejamento das compras, onde essa, é uma das tarefas mais difíceis para empresa, segundo seu gestor. Para isso, é preciso que as informações contábeis no sistema operacional utilizado sejam precisas. Entretanto, para que as informações sejam fidedignas, um sistema operacional informatizado é indispensável dentro da organização.
Quando questionado sobre a importância do sistema de controle de estoque, o empresário respondeu: “com o controle de estoque podemos saber o que temos para vender e o que não possuímos, dessa forma a lucratividade da empresa só tende a crescer, pois ficamos sabendo com antecedência os produtos que ficarão em falta, facilitando assim o pedido de ressuprimento dos materiais”. Através dessa resposta, percebemos que realmente existe a preocupação dentro da empresa com relação ao controle de estoque. Onde ainda complementou: “se tivermos muita mercadoria, significa dizer que o dinheiro está parado dentro da empresa e se falta mercadoria, perdemos nossa venda e nosso cliente fica insatisfeito, por isso precisamos de um estoque ideal”.
Observamos os processos de controle da empresa durante alguns dias, e percebemos que mesmo com toda a organização, ainda é preciso ir ao depósito verificar a presença de alguns produtos, perdendo tempo durante a venda e muitas vezes fazendo com que o cliente fique esperando. Isso porque, ainda existem produtos não cadastrados no programa operacional utilizado, ou ainda acontece de a venda realizada não ser registrada no programa de controle. Pois em alguns casos, vendedores ao realizar uma venda de determinado produto, encaminham o cliente para o caixa com uma nota manual, ou apenas diz ao operador de caixa o valor a ser recebido.
Percebemos também, que muitos produtos apesar de estarem disponíveis no sistema não são encontrados pelos vendedores, isso acontece por inconsistência do nome registrado com nome pelo qual o vendedor conhece o produto. De tal forma, passam muito tempo procurando o nome correto do item, e por fim acabam encaminhando o cliente ao caixa sem realizar a baixa do produto vendido. Detectamos também que os vendedores possuem autonomia para cadastrar produtos não encontrados no sistema, isso faz com que haja inconsistência na avaliação dos dados analisados.
Ao conversarmos sobre a concorrência, o entrevistado afirmou que era necessária uma mudança de atitudes para se destacar num mercado tão competitivo, para isso, seria necessário atualizar-se e utilizar as tecnologias já implantadas na empresa de forma positiva. Ele reconheceu que mudanças são fundamentais para levar a empresa ao novo patamar de sucesso. Em suas palavras: “se conseguirmos controlar totalmente os estoques, nossas vendas aumentarão, o fluxo de caixa crescera e consequentemente os resultados financeiros da empresa melhorarão bastante, gastaremos menos, obteremos uma lucratividade maior e a rotatividade dos produtos crescerá”.
Questionamos sobre a técnica utilizada para controlar as entradas e saídas dosprodutos na empresa, ele respondeu da seguinte forma: “procuramos utilizar em nossa empresa o método Peps, o primeiro produto a entrar em estoque, será o primeiro a sair também, para não perdemos mercadorias, vendemos sempre os itens que entraram primeiro no depósito, principalmente o material básico, como areia, tijolos, cimento, britas e telhas.” Escolhemos os três produtos com maior giro de estoque na loja para analisar suas entradas e saídas durante junho de 2020, realizando o controle através de uma tabela extraída do próprio programa já utilizado pela organização.
Estoque de areia (analisado em m³)
	Areia - m³
	Data 
	Entrada
	Saída
	Estoque
	01-jun
	42
	2
	40
	02-jun
	-
	5
	35
	03-jun
	-
	3
	32
	04-jun
	-
	1
	31
	05-jun
	-
	2
	29
	08-jun
	-
	4
	25
	09-jun
	-
	4
	21
	10-jun
	-
	2
	19
	11-jun
	-
	0
	19
	12-jun
	-
	5
	14
	15-jun
	14
	3
	25
	16-jun
	-
	4
	21
	17-jun
	-
	1
	20
	18-jun
	-
	2
	18
	19-jun
	-
	4
	14
	22-jun
	-
	6
	8
	23-jun
	28
	0
	36
	24-jun
	-
	2
	34
	25-jun
	-
	4
	30
	26-jun
	-
	1
	29
Tabela 1 - fonte: controle interno da empresa analisada
Estoque de brita (analisado em m³)
	Brita - m³
	Data 
	Entrada
	Saída
	Estoque
	01-jun
	56
	7
	49
	02-jun
	-
	6
	43
	03-jun
	-
	3
	40
	04-jun
	-
	8
	32
	05-jun
	-
	2
	30
	08-jun
	 
	1
	29
	09-jun
	 
	7
	22
	10-jun
	 
	0
	22
	11-jun
	 
	4
	18
	12-jun
	28
	0
	46
	15-jun
	-
	2
	44
	16-jun
	-
	5
	39
	17-jun
	-
	7
	32
	18-jun
	-
	6
	26
	19-jun
	-
	4
	22
	22-jun
	-
	4
	18
	23-jun
	-
	4
	14
	24-jun
	42
	3
	53
	25-jun
	-
	6
	47
	26-jun
	-
	3
	44
Tabela 2 - fonte: controle interno da empresa analisada
Estoque de cimento (analisado em sacos de 50kg)
	Cimento - saco 50kg
	Data 
	Entrada
	Saída
	Estoque
	01-jun
	560
	15
	545
	02-jun
	-
	23
	522
	03-jun
	-
	15
	507
	04-jun
	-
	30
	477
	05-jun
	-
	50
	427
	08-jun
	-
	5
	422
	09-jun
	-
	10
	412
	10-jun
	-
	50
	362
	11-jun
	-
	21
	341
	12-jun
	-
	8
	333
	15-jun
	-
	13
	320
	16-jun
	-
	26
	294
	17-jun
	-
	23
	271
	18-jun
	280
	9
	542
	19-jun
	-
	18
	524
	22-jun
	-
	24
	500
	23-jun
	-
	46
	454
	24-jun
	-
	35
	419
	25-jun
	-
	29
	390
	26-jun
	-
	46
	344
Tabela 3 - fonte: controle interno da empresa analisada
Durante o período dessa análise, os produtos foram distribuídos através do método Peps, de tal forma que os materiais saiam cronologicamente de acordo com as entradas. Com um controle exato das saídas dos produtos, foi possível prever as demandas futuras de compra, criando um estoque ideal para melhor atender os consumidores, controlando de forma eficiente o giro dos itens estocados e prevenindo possíveis obsolescências.
Quando perguntado sobre os resultados esperados com um melhor controle de estoques, o gestou indagou que: “o objetivo é evitar o desperdício e aproveitar as oportunidades... Temos que prestar mais atenção nos detalhes, pois eles fazem toda a diferença, o mais importante é a satisfação dos nossos clientes e otimizar o tempo dos nossos colaboradores”.
Na hora de fazer os pedidos de compra, ainda existe uma indecisão sobre quais produtos devem ser pedidos, assim produtos são comprados sem uma real necessidade, e produtos que são realmente necessários não são comprados. Mesmo com todas as mudanças que ocorreram desde a fundação da empresa, percebemos que ainda existem necessidades de aperfeiçoamento das técnicas para melhor controlar os estoques, isso inclui o monitoramento frequente das vendas, para obtenção de informações precisas para o planejamento futuro de novas compras.
Imagem 1: Recebimento de areia
Fonte: acervo interno da empresa, 2019
Imagem 2: Estoque físico de areia
Fonte: acervo interno da empresa, 2020
Imagem 3: Recebimento de brita
 Fonte: acervo interno da empresa, 2019
Imagem 4: Estoque físico de brita
Fonte: acervo interno da empresa, 2020
Imagem 5: Recebimento de cimento
Fonte: acervo interno da empresa, 2019
Imagem 6: Estoque físico de cimento
Fonte: acervo interno da empresa, 2019
Ainda que o controle de estoques já seja realizado com frequência dentro da empresa, é preciso o emprego de técnicas modernas que ajudarão a organização a crescer, encontrar formas e maneiras eficazes de manter um nível de acuracidade de estoques elevado, agregando valor ao serviço, facilitando a análise e conferência dos produtos. A todo o momento surgem inovações tecnológicas, que se usadas de forma correta podem ajudar a gestão, mantendo elevados índices de serviço e tomadas de decisão com rapidez e eficiência.
Quando não existe preocupação com a gestão dos recursos físicos da empresa, a mesma passa a sofrer com problemas recorrentes, inclusive problemas financeiros e as consequências são imensuráveis, podendo ocasionar o colapso da organização, isso acontece porque os estoques de uma empresa não são independentes, todas as decisões tomadas com relação a gestão do mesmo, terão influência sobre os outros setores da empresa.
Com uma boa administração do setor, os desperdícios ficam controlados, os investimentos passam gerar retornos, os produtos não sofrem com obsolescência, ou rupturas nos níveis de estoques.
Entretanto, percebemos que dentro da organização Casa Gisele Materiais de Construção, não existe um colaborador responsável apenas pelas demandas de controle dos estoques, há apenas um gestor que faz o cadastro das mercadorias, os pedidos de ressuprimento, e todas as demais funções administrativas do setor, além do mais, não existe uma conferência frequente dos níveis de estoque físico e contábil. A melhor estratégia é destinar um colaborador treinado e responsável exclusivamente pelas demandas do setor, onde ele fará o recebimento das notas fiscais de entrada, conferência física dos itens, e o lançamento no sistema de controle. Assim teremos um melhor controle dos níveis de ressuprimento, evitando a ausência de produtos básicos ao seguimento comercial da empresa.
Aconselhamos também que sejam feitos inventários cíclicos periódicos, e no mínimo a cada semestre um inventario total dos itens armazenados em estoque. Para contagem, identificação, classificação e conferência dos níveis presentes no estoque físico com o estoque contábil, com isso perdas serão mitigadas, e mesmo com níveis elevados de produtos será possível identificar possíveis desvios e manter o estoque sempre atualizado. Com um inventário atualizado periodicamente as perdas serão mínimas, aumentando as margens de lucratividade, fidelização dos clientes com atendimento mais rápidos e melhor imagem da empresa perante a sociedade comercial.
Outra sugestão é o treinamento constante dos funcionários, desde vendedores, operadores de caixa e todos os responsáveis pela logística da empresa. Dessa forma, eles saberão qual o core business e reconhecerão mais facilmente todos os produtos ofertados pela organização, estando assim preparados para entender as mais variadas necessidades dos clientes com rapidez, eficiência e qualidade.
O investimento em treinamento é válido para todos os funcionários, de todos os setores da empresa. Para que tenhamos uma equipe entrosada e preparada no atendimento aos clientes internos e externos. Todavia, o atendimento realizado por colaboradores capacitados, elevam os níveis de serviços ofertados aos consumidores, e quanto mais conhecimento e domínio da área de atuação, melhor será o desempenho
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em um cenário de mercado cada vez mais competitivo, é possível perceber quais são as empresas que fazem uso de um bom planejamento estratégico e gerencial; essas se sobressaem perante seus concorrentes. Uma percepção gerencial, aliada a uma visão sistêmica são atitudes a serem consideradas para o crescimento da organização. O sucesso do controle de estoques está totalmente ligado a essas atitudes e senso de organização empresarial. A arte de estocar não é tão simples como se pode parecer, vai além de simplesmente guardar produtos em local pré-determinado, é preciso possuir vasto conhecimento prático, teórico e planejamento constante. Só assim temos níveis aceiráveisde assertividade, que por consequente redução de custo e maximização dos lucros.
Os gestores da empresa Casa Gisele Materiais de Construção, perceberam que controlar seus estoques de materiais pode ser um diferencial estratégico, que auxilia no crescimento da empresa e a destaca diante aos seus concorrentes. A gestão se comprometeu-se a buscar novas alternativas que tragam técnicas para dentro da organização, com o objetivo do melhoramento contínuo das suas atividades, focadas nas sugestões oferecidas nesse estudo.
No decorrer desse trabalho, foi possível compreender que sem um estoque controlado, a empresa não estará preparada o suficiente para satisfazer os anseios dos seus clientes. Portanto, o controle de estoques é uma ferramenta indispensável na composição de empreendimento de sucesso. Percebemos também, que a empresa analisada desenvolve estratégias que ajudam no seu crescimento, mas que ainda precisa de métodos que otimizem melhor as vantagens competitivas que um controle de estoques é capaz de proporcionar. Por muitas vezes esses fluxos de itens são controlados de maneira erronia, gerenciando informações incorretas, dificultando assim a tomadas de decisões.
No decorrer da análise, percebemos que a falta de controle de estoques já fez com que produtos de alto valor agregado ficassem estocados por muito tempo na área de armazenamento, sem ao menos serem colocados expostos na área de vendas, perdendo totalmente seu valor de mercado por obsolescência. Com um gerenciamento ativo de estoques é possível saber qual a real necessidade de ressuprimento, melhor o fluxo de materiais, diminuir as perdas, aumentar a rotatividade, e por consequência o retorno do investimento.
O controle de estoques pode ser um diferencial competitivo, que faz com que a empresa passe a frentes das concorrentes e amplie seu market share, um planejamento eficaz e uma execução desses planos podem ajudar no crescimento da empresa. Manter um estoque controlado pode ser inovador para a organização e essa inovação atrai clientes, os quais percebem os resultados desse controle gerencial aplicado na hora de realizarem suas compras na loja. E é exatamente isso que os levam a você na hora da compra.
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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CARVALHO, José Meixa Crespo de. Logística. 3ª ed. Lisboa: Edições Silabo, 2002.
CREPALDI, Silvio aparecido. Curso Básico de custos. 5ª ed. - São Paulo: Atlas,2010. 
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GARCIA, Eduardo Saggioro [et al.] Gestão de Estoques: Otimizando a logística e a cadeia de suprimentos. 1ª ed. Rio de Janeiro: E-Papers Serviços Editoriais, 2006. 
IVAN. Importância do controle de estoque de mercadorias para as empresas comerciais. 2007. Disponível em: https://administradores.com.br/artigos/importancia-do-controle-de-estoque-demercadorias-para-as-empresas-comerciais. Acesso em 10 de outubro de 2019. 
LUDÍCIBUS, Sergio de. MARION, José Carlos. Introdução a Teoria da Contabilidade. São Paulo: Atlas, 1999. 
O que são PEPS, UEPS e Custo Médio? 2017. Disponível em: https://blog.egestor.com.br/o-que-sao-peps-ueps-e-custo-medio/. Acesso em 15 de outubro de 2019. 
PALMISANO, Ângelo. [Et al.] Gestão da Qualidade-Tópicos avançados. 1ª. ed. São Paulo: Ed. Thomson Pioneira,2004. 
SEBRAE. Como realizar o controle de estoque das suas mercadorias. 2019. Disponível em: http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/artigosOrganizacao/comoelaborar-o-controle-de-estoque-demercadorias,8e80438af1c92410VgnVCM100000b272010aRCRD. Acesso em 10 de outubro de 2019. 
VIANA, João José. Administração de materiais. São Paulo: Atlas S. A. 2002.

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